46
FACULDADE MARIA MILZA BACHARELADO EM BIOMEDICINA ANA CLEIDE DOS SANTOS PASSOS PREVALÊNCIA DE ALERGIA RESPIRATÓRIA ENTRE UNIVERSITÁRIOS DO INTERIOR DA BAHIA GOVERNADOR MANGABEIRA-BA 2013

FACULDADE MARIA MILZA BACHARELADO EM BIOMEDICINA

  • Upload
    others

  • View
    9

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: FACULDADE MARIA MILZA BACHARELADO EM BIOMEDICINA

FACULDADE MARIA MILZA

BACHARELADO EM BIOMEDICINA

ANA CLEIDE DOS SANTOS PASSOS

PREVALÊNCIA DE ALERGIA RESPIRATÓRIA ENTRE

UNIVERSITÁRIOS DO INTERIOR DA BAHIA

GOVERNADOR MANGABEIRA-BA

2013

Page 2: FACULDADE MARIA MILZA BACHARELADO EM BIOMEDICINA

2

ANA CLEIDE DOS SANTOS PASSOS

PREVALÊNCIA DE ALERGIA RESPIRATÓRIA ENTRE

UNIVERSITÁRIOS DO INTERIOR DA BAHIA

Monografia apresentada ao curso de

Bacharelado em Biomedicina da Faculdade

Maria Milza como requisito final para a

obtenção do título de Bacharel em

Biomedicina.

Profa. Msc. Luciana Souza de Aragão França

(Orientadora)

GOVERNADOR MANGABEIRA-BA

2013

Page 3: FACULDADE MARIA MILZA BACHARELADO EM BIOMEDICINA

3

Ficha catalográfica elaborada pelo processamento Técnico da Biblioteca da FAMAM

P289p Passos, Ana Cleide dos Santos.

Prevalência de alergia respiratória entre Universitários do interior da Bahia. / Ana Cleide dos Santos Passos. – Governador Mangabeira, BA: FAMAM, 2013.

45 f.

Orientadora: Profª. Msc. Luciana Souza de Aragão França. Monografia (Graduação em Biomedicina) – Faculdade Maria

Milza, 2013.

1. Alergia Respiratória - Universitários. 2. Sistema Imunológico. 3. Reações Alérgicas. 4. Alergia. I. FAMAM - Faculdade Maria Milza. II. França, Luciana Souza de Aragão, orient. III. Título.

CDD 616.2

Page 4: FACULDADE MARIA MILZA BACHARELADO EM BIOMEDICINA

4

ANA CLEIDE DOS SANTOS PASSOS

PREVALÊNCIA DE ALERGIA RESPIRATÓRIA ENTRE UNIVERSITÁRIOS DO

INTERIOR DA BAHIA

Aprovada em__/__/__

BANCA DE APRESENTAÇÃO

_____________________________________________

Msc. Luciana Souza de Aragão França (Orientadora)

FAMAM

_____________________________________________

Dr ª Kellyanne dos Anjos Carvalho

_____________________________________________

Msc. Paulo R. R. Mesquita

FAMAM

GOVERNADOR MANGABEIRA

2013

Page 5: FACULDADE MARIA MILZA BACHARELADO EM BIOMEDICINA

5

DEDICATÓRIA

Dedico a minha monografia primeiramente a Deus, aos meus Pais, a meu

irmão, a minha filha, e as pessoas que contribuíram de maneira direta ou

indireta para a conclusão dos meus objetivos.

Page 6: FACULDADE MARIA MILZA BACHARELADO EM BIOMEDICINA

6

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus pelas oportunidades que me foram dadas na vida, principalmente por ter

conhecido pessoas e lugares interessantes, mas também por ter vivido fases difíceis, que

foram matérias-primas de aprendizado.

Aos meus pais, Antonio José dos Passos e Maria dos Santos Passos, sem os quais eu não

estaria aqui, e por terem me fornecido condições para me tornar o profissional que sou.

A meu irmão Adenilton Passos, que desde o inicio dessa caminhada sempre esteve ao meu

lado, me ajudando de todas as maneiras possíveis.

A minha filha, Maria Eduarda, que mesmo sem saber, me deu forças para alcançar essa

trajetória.

A todos os meus amigos de graduação, em especial a João Paulo, Décio Oliveira e Jessica

Fernandes, que sempre esteve do meu lado, contribuindo para vencermos essa batalha juntos.

A minha orientadora, Luciana Souza de Aragão França, por ter acreditado em mim, pela

confiança que me passou, por ser esta pessoa maravilhosa, e por ser referência como

profissional.

A todos Mestres, professores, colaboradores da instituição Faculdade Maria Milza.

A Michael Freitas (in memoriam) por ter sido um exemplo de pessoa, sendo um coordenador

do curso de Biomedicina, por ter sido responsável, por sempre lutar pela turma correndo atrás

dos nossos direitos e aos ensinamentos, principalmente por ter sido humilde diante de vários

problemas.

A Rosimeire Ferreira de Souza, amiga, mãe, irmã, a você que sempre esteve do meu lado, em

qualquer circunstâncias quando eu precisava de você não era capaz de me dizer um não.

A toda minha Familia, que contribuíram de forma direta ou indireta para a realização do meu

maior sonho.

E o meu agradecimento a todos que estiveram do meu lado, acreditando que eu seria capaz,

apostando na minha capacidade, pois nenhum caminho é longo quando se tem amigos por

perto, te dando forças, segurando a sua mão para vencer qualquer batalha.

Page 7: FACULDADE MARIA MILZA BACHARELADO EM BIOMEDICINA

7

RESUMO

Alergia pode ser considerada como uma resposta exagerada do sistema imunológico a uma

substância estranha ao organismo. As reações alérgicas podem acometer exclusivamente a

pele ou também podem afetar simultaneamente diversos outros tecidos ou órgãos. As doenças

respiratórias alérgicas tem alcançado uma elevada prevalência com consequente aumento dos

custos de saúde necessários para o controle adequado. A intensidade de alergia respiratória

pode aumentar de acordo com a resposta imunológica que cada indivíduo apresenta.Este

trabalho propôs o desenvolvimento de um estudo de corte transversal para identificar, através

de um questionário baseado no ISAAC e no método de Gallup, a prevalência de alergias em

jovens universitários do interior da Bahia, determinando quais os principais tipos

predominantes de alergia e destacar os alérgenos desencadeadores. Foram abordados 132

voluntários, sendo que o tipo mais prevalente foi alergia a ácaros, na faixa etária entre 16 a 22

anos, sendo na maioria do sexo feminino. Este trabalho servirá como base para o

desenvolvimento posterior de um estudo de intervenção, visando o tratamento ou prevenção

de alergias de acordo com a realidade da região. Este trabalho mostrou que entre

universitários do interior da Bahia, principalmente das cidades de Cruz das Almas e Santo

Antonio de Jesus, o tipo de alergia mais prevalente é a alergia respiratória, tendo ácaros de

poeira doméstica como principal aeroalérgeno e a rinite como manifestação clinica mais

relatada, ocorrendo no período de dezembro a fevereiro e junho a agosto. Dessa forma, o

desenvolvimento de produtos e protocolos que possam atuar no controle da alergia

respiratória serão úteis na região, atuando na prevenção e promoção da saúde, além de

complementar a preparação profissional dos acadêmicos que vierem a desenvolver trabalhos

sobre o tema com embasamento científico, realizando ações coniventes com os ideais de

pesquisa, ensino e extensão.

Palavras-chaves: Alergia.Sistema imunológico.Prevalência.

Page 8: FACULDADE MARIA MILZA BACHARELADO EM BIOMEDICINA

8

ABSTRACT

Allergy can be considered as an exaggerated immune response to a foreign substance to the

organism. Allergic reactions can affect only the skin and may also simultaneously affect many

other tissues or organs. Allergic respiratory diseases has reached a high prevalence with

consequent increased need for adequate control healthcare costs. The intensity of respiratory

allergy can increase according to host immune response. This work proposed the development

of a cross-sectional study to identify the prevalence of allergies in university students of the

interior of Bahia, using a questionnaire based on the ISAAC and the method of Gallup. The

specific objectives were to determining which major predominant types of allergy and

highlight the triggering allergens. We interviewed 132 volunteers, and that the most prevalent

type of allergy was dust mite allergy, ranging in age from 16 to 22 years, mostly female. This

work will serve as a basis for further development of an intervention study targeting the

treatment or prevention of allergies according to the reality of the region. This study showed

that among college the interior of Bahia , particularly the cities of Cruz das Almas and Santo

Antonio de Jesus, the most prevalent type of allergy is respiratory allergy , with house dust

mites as a major aeroallergen and rhinitis as the most reported clinical manifestation occurring

in the period from December to February and June to August . Thus, the development of

products and protocols that can act in the control of respiratory allergy will be useful in the

region , working in prevention and health promotion , as well as complement the professional

preparation of students who come to develop work on the subject with scientific background ,

connive performing actions with the ideals of research, teaching and extension.

Page 9: FACULDADE MARIA MILZA BACHARELADO EM BIOMEDICINA

9

LISTA DE TABELAS

Tabela 1- Dados epidemiológicos dos universitários do interior da Bahia ........................ 26

Tabela 2- Prevalência de alergias entre universitários determinado tipos de alergias e faixa

etária utilizando o questionário adaptado do Estudo Internacional de Asma e Alergias em

Crianças (ISAAC) .............................................................................................................. 28

Tabela 3- Relação entre os sintomas relatados e as doenças alérgicas entre universitários do

interior da Bahia ................................................................................................................. 30

Tabela 4- Relação entre alergias, histórico familiar e fatores predisponentes de doenças

alérgicas .............................................................................................................................. 32

Page 10: FACULDADE MARIA MILZA BACHARELADO EM BIOMEDICINA

10

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 : A cascata alérgica na asma e rinite ................................................................... 19

Figura 2- Cálculo de tamanho de amostra para análise de freqüência em uma população

............................................................................................................................................. 22

Figura 3- Frequência de alergias durante o ano ................................................................. 29

Page 11: FACULDADE MARIA MILZA BACHARELADO EM BIOMEDICINA

11

SUMÁRIO

1.INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 11

2. REFERENCIAL TEÓRICO ........................................................................................ 13

2.1 ALERGIA ...................................................................................................................... 13

2.1.1 FISIOPATOLOGIA ................................................................................................... 13

2.1.2 Alergia Alimentar ....................................................................................................... 14

2.1.3 Alergia Medicamentosa .............................................................................................. 14

2.1.4 ALERGIA CUTÂNEA .............................................................................................. 15

2.1.5 Resposta Imunológica da alergia cutânea ................................................................... 15

3 ALERGIA RESPIRATÓRIA ........................................................................................... 16

3.1 ASMA ............................................................................................................................ 16

3.1.1 Asma Atópica e Não Atópica ................................................................................... 17

3.2 RINITE ALÉRGICA ..................................................................................................... 17

3.2.1 RESPOSTA IMUNOLÓGICA DA ASMA E RINITE .............................................. 18

3.3 HIPOTESE DE HIGIENE ............................................................................................. 19

3.4 EPIDEMIOLOGIA ........................................................................................................ 20

3.5 TRATAMENTO ............................................................................................................ 20

4. METODOLOGIA .......................................................................................................... 21

4.1 NATUREZADOESTUDO ............................................................................................ 21

4.2 ÁREA DE ESTUDO ..................................................................................................... 21

4.2.1 População Alvo ......................................................................................................... 21

4.2.2Critérios de inclusão .................................................................................................. 22

4.2.3Critérios de exclusão ................................................................................................. 22

4.3 RISCOS ......................................................................................................................... 22

4.4 BENEFÍCIOS ................................................................................................................ 23

4.5 COLETA DE DADOS .................................................................................................. 23

4.6 ANÁLISE DOS DADOS .............................................................................................. 24

4.7 ASPECTOS ÉTICOS .................................................................................................... 24

5. RESULTADO E DISCUSSÃO ..................................................................................... 25

REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 34

APEDNDICE A ................................................................................................................. 37

APEDNDICE B .................................................................................................................. 39

ANEXOS ............................................................................................................................ 45

Page 12: FACULDADE MARIA MILZA BACHARELADO EM BIOMEDICINA

12

1.INTRODUÇÃO

Alergia pode ser considerada como uma resposta exagerada do sistema imunológico a

uma substância estranha ao organismo que na maioria das vezes é definida como

hipersensibilidade a um determinado estímulo externo específico (BARBALHO, 2003).

Reações alérgicas e pseudo-alérgicas correspondem a aproximadamente 25% das

reações adversas a medicamentos e são observadas com frequência nos ambulatórios de

alergia clínica. As reações acometem exclusivamente a pele ou também afetam

simultaneamente diversos tecidos (BERND, 2005). Existem dois tipos de alergia, alergia

cutânea e alergia respiratória. A alergia cutânea se dá a partir de um simples contato com um

determinado patógeno ou antígeno como o níquel, podendo provocar vermelhidão da pele,

prurido entre outras. A alergia respiratória acontece de forma controversa, ela provoca efeitos

internos no corpo humano, como asma, rinite alérgica e entre outras, quando o determinado

patógeno entra em contato com o anticorpo IgE especifico são liberadas várias substâncias

químicas na corrente sanguínea, que percorrem todo corpo, em seguida invadem o sistema

respiratório provocando efeitos e sintomas de alergia (HARVEY, 2004).

Há evidências de que a prevalência de doenças alérgicas tem aumentado nos últimos

anos em todo o mundo, especialmente nos países industrializados. A alergia respiratória é

influenciada por diversos fatores genéticos que determinam a susceptibilidade de um

individuo, bem como a exposição a fatores ambientais (MAIA et al, 2004). Atualmente, as

doenças respiratórias alérgicas tem alcançado elevada prevalência, com o consequente

aumento dos custos de saúde necessários para o controle adequado (SCHOENWETTER et al ,

2004).

Ácaros domésticos, e seus detritos, estão entre os mais importantes

alérgenos. Alérgenos provenientes de baratas não devem ser negligenciados, já que esses

insetos são cada vez mais prevalentes em áreas urbanas. Crianças alérgicas também tendem a

tornar-se sensibilizadas contra a caspa, urina, saliva e cabelo de animais de sangue quente,

como cães, gatos, pequenos roedores e pássaros(ARGENT, 2008).

Segundo exames epidemiológicos, 20-30% da população de países industrializados

manifestam sintomas de alergia. A distribuição da frequência das doenças alérgicas varia com

a idade. Na infância predominam as dermatites atópicas e intolerância a alimentos. Na

adolescência e no adulto, encontram-se principalmente a asma e a rinite alérgica. Na terceira

idade, diminui a prevalência das doenças atópicas. Na infância, as alergias afetam mais os

meninos e na vida adulta mais as mulheres. Em relação às áreas acometidas as alergias são

Page 13: FACULDADE MARIA MILZA BACHARELADO EM BIOMEDICINA

13

mais freqüentes entre os moradores das cidades do que da zona rural. A população dos países

industrializados é mais acometida do que a população de países em desenvolvimento

(CLINICA DE ALERGIA RESPIRATÓRIA, 2013).

É muito importante ressaltar que não existe cura para alergias e os tratamentos

oferecidos tem efeitos colaterais. Anti-histamínicos e esteróides são drogas que, entre outros

efeitos colaterais, podem afetar os reflexos e o processo do crescimento em crianças, em

adultos, podem ocorrer obesidade, estrias e manchas vermelhas (equimoses) na pele, aumento

da pressão e da glicose, sangramento digestivo, catarata, piora de glaucoma, osteoporose e

insuficiência da glândula adrenal (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ALERGIA E

IMUNOPATOLOGIA, acesso em 2013). Os corticosteróides alteram a forma como o sistema

imune funciona e podem inibir a habilidade da pele para combater infecções bacterianas ou

fúngicas. A imunoterapia, também chamada de vacinação antialérgica, é o único tratamento

para alergia que pode diminuir em longo prazo sua sensibilidade aos alérgenos, no entanto

apresentam a inconveniência de as vacinas para alergia geralmente serem aplicadas toda

semana, durante vários meses, o local da injeção pode ficar dolorido e o risco de anafilaxia

(LINNEA, 2006).

Para iniciar um estudo de intervenção, visando o tratamento ou prevenção de alergias é

necessário compreender a realidade da região e isso só é possível a partir de estudos prévios

descritos na literatura ou na ausência destes, a partir de um estudo de corte transversal, que

evidencia a prevalência de um evento e permite o desenvolvimento de hipóteses. Este trabalho

propõe o desenvolvimento de um estudo de corte transversal para identificar a prevalência de

alergias em jovens do interior da Bahia, determinando quais os principais tipos predominantes

de alergia e destacar os alérgenos desencadeadores e fatores de risco. E teve como objetivo

geral identificar a prevalência de alergias em jovens universitários do interior da Bahia, e

como objetivos específicos determinar os principais tipos de alergias existentes, destacar os

principais alérgenos desencadeadores e relatar os principais fatores associados. O local de

estudo escolhido foi a Faculdade Maria Milza (FAMAM) por se tratar de uma instituição que

atrai alunos de diferentes locais do interior da Bahia.

Page 14: FACULDADE MARIA MILZA BACHARELADO EM BIOMEDICINA

14

2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 ALERGIA

Alergias representam as doenças crônicas mais frequentes nos dias de hoje, afetando,

com as estimativas mais conservadoras, o cotidiano de mais de 60 milhões de pessoas.

Enquanto no início do século 20, as alergias eram vistas como doenças raras, as últimas

décadas tem visto um aumento dramático na incidência destas doenças. O aumento no índice

destas doenças respiratórias é causado por diversos fatores, como mudanças ambientais,

incluindo a variação climática, um estilo de vida urbana sedentária, afetando por um lado, a

intensidade, tipo e diversidade de exposições, sendo o potencial genético e a exposição aos

alérgenos ponto fundamental para a sensibilização atópica e a expressão clínica da doença

(Naspitz et al, 2004; PAPADOPOULOS et al, 2012). A incidência crescente de doenças

alérgicas nas ultimas três décadas apresentam um aumento significativo e paralelo em relação

à poluição do ar, assim os poluentes ambientais também favorecem o aumento de alergias

(SOLÉ et al, 1998).

As alergias envolvem quase todos os órgãos do corpo humano, resultando em um

amplo espectro de sintomas e assim as suas manifestações cobrem uma vasta variedade de

fenótipos. Entre estes vários tipos de alergias, as que estão em maior predominância são as

alergias alimentares, alergias a medicamentosas, que são as mais frequentes e graves, e

alergias a picadas de insetos (PAPADOPOULOS et al, 2012).

Alérgenos são substâncias capazes de induzir resposta imunológica com a produção de

anticorpos da classe E (IgE). Eles concebem grupos diversos de proteínas e são provenientes

de várias fontes ambientais. Devem ser pequenos e leves, o suficiente para estarem em

dispersão no ar e alcançarem as vias aéreas inferiores quando respirados com o ar. Os

alérgenos inaláveis são responsáveis pelas alergias respiratórias (asma e rinite alérgica) e

podem contribuir para a exacerbação da dermatite atópica (BRÍGIDA et al, 2001).

2.1.1 FISIOPATOLOGIA

Para o desencadeamento de sintomas de alergia, acontece um processo em que os

anticorpos, após entrarem em contato com o devido alérgeno, se ligam aos seus devidos

receptores presentes em células como, basófilos e mastócitos teciduais do trato respiratório, e,

na presença de antígenos, desencadeiam a degranulação e liberação de mediadores

inflamatórios (histamina, triptase, leucotrienos e prostaglandinas). Estes mediadores são

Page 15: FACULDADE MARIA MILZA BACHARELADO EM BIOMEDICINA

15

responsáveis pela reação alérgica imediata, que é caracterizada pela vasodilatação, contração

da musculatura lisa e secreção de muco referente aos diferentes sintomas. Quando ocorre a

liberação de quimiocinas e citocinas pelos mastócitos, leva a um aumento de expressão das

moléculas de adesão para as células (eosinófilos, basófilos e linfócitos). Além de ocorrer essa

adesão, as triptases ativam células endoteliais aumentando a permeabilidade vascular, após

esse processo os leucócitos são transportados para a via aérea durante uma fase relativamente

assintomática, em seguida são liberadas outras citocinas e proteases que tem como função

destruir o tecido adjacente. Os mediadores lipídicos também contribuem para a manutenção

de uma fase tardia da resposta alérgica, que é desencadeado após um período de 4 a 8 horas

após a reação imediata (COCCO, 2008).

2.1.2 Alergias Alimentares

As alergias alimentares estão ganhando importância pela alta prevalência nos últimos

anos, com um aumento significativo entre crianças de até três anos de idade, pelo fato de

apresentarem nessa idade uma sensibilidade maior a alimentos. A presença de sintomas

respiratórios manifestados de forma isolada é muito pouco freqüente nas alergias alimentares.

Nem sempre é possível correlacionar sintomas de alergia respiratória com alergia a proteínas

alimentares, em alguns casos a ingestão de determinado alimento pode deflagrar crises de

broncoespasmo,sem que essa esteja associada à alergia respiratória (COCCO, 2008).

2.1.3 Alergia Medicamentosa

Na prática atual da Alergia Clinica reações adversas a medicamentos são cada vez

mais frequentes. Estima-se a prevalência de 2% a 6% das internações hospitalares são

causadas por reações a medicamentos ( BERND, 2005 ). As reações adversas causadas por

medicamentos podem ser agrupados em três categorias, como previsíveis comuns,

imprevisíveis incomuns e a outra categoria é relacionada com o aumento estatístico da

decorrência de uma determinada doença desenvolvida em pacientes expostos a um

medicamento frente a sua frequência basal em não expostos. Em um valor aproximado 80%

das reações adversas a medicamentos são do tipo previsíveis, que são relacionadas com a

atividade farmacológica da droga, e as imprevisíveis/incomuns ficam em torno de 6% a 10%

Page 16: FACULDADE MARIA MILZA BACHARELADO EM BIOMEDICINA

16

que são dependentes das características dos pacientes, não são relacionados a atividade

farmacológica da droga, elas incluem manifestações de intolerância a diversos fármacos e

reações alérgicas. Quando há participação de anticorpos circulantes específicos ou linfócitos

específicos sensibilizados, utiliza-se a denominação “reação alérgica a medicamentos” ( DIAS

et al, 2004).

2.1.4 ALERGIA CUTÂNEA

Segundo Murphy et al,(2010) alergia cutânea ocorre quando a barreira efetiva formada

pela pele, com função primária de impedir a entrada da maioria dos alérgenos, é rompida pela

injeção local de pequenas quantidades de alérgenos. A entrada deste alérgeno na epiderme ou

derme causa reação alérgica localizada, conhecida como dermatite atópica. A dermatite

atópica é uma doença inflamatória da pele, de caráter crônico e recidivante, caracterizada por

prurido intenso e lesões eczematosas, que pode estar relacionado a outras doenças atópicas

como a rinite e a asma. A expressão sintomática de dermatite atópica, assim como de outras

doenças atópicas, envolve a interação de múltiplos genes, do ambiente e do sistema

imunológico, destacando a sensibilização a alérgenos e o predomínio Th2 (CASTRO et al

2006).

Há o consenso na literatura de que várias doenças como a dermatite de contato,

anafilaxia, a rinite e a asma podem ser causadas pelas devidas exposições de aereoalérgenos

no ambiente. Os testes cutâneos constituem como uma ferramenta auxiliar importante no

diagnostico de doenças alérgicas (MOTTA et al , 2005).

2.1.5 Resposta imunológica da Alergia Cutânea

A dermatite atópica é uma doença inflamatória cutânea bifásica caracterizada por uma

fase inicial onde há predomínio de citocinas TH2 e uma fase posterior crônica com

predominância TH1. Os alérgenos que penetram na epiderme em decorrência da diminuição

da função da barreira cutânea são capturados pelas moléculas de IgE via receptores de alta e

baixa afinidade das células de Langerhans, que são as principais células apresentadoras

de antígenos da epiderme. O antígeno é internalizado e processado para então se ligar ao

complexo de histocompatibilidade de classe II presente na superfície da células de

Langerhans e posteriormente ser apresentado aos linfócitos (CASTRO et al, 2006). A ativação

local na pele de células inflamatórias, como os mastócitos, leva imediatamente a um aumento

local na permeabilidade vascular, que causa extravasamento de fluidos e consequentemente

Page 17: FACULDADE MARIA MILZA BACHARELADO EM BIOMEDICINA

17

formação de edemas. A ativação dos mastócitos também estimula a liberação de químicos das

terminações nervosas locais, por um reflexo de axônio que acaba causando a vasodilatação

dos vasos sanguíneos cutâneos circundantes, que causam vermelhidão localizada. A lesão

cutânea resultante é denominada pápulo-eritematosa, essa reação com forma disseminada é

geralmente conhecida como urticária (formação de pápulas circundas por vergões vermelhos,

inchaço e coceira), essa lesão ocorre devido o contato dos alérgenos ingeridos penetrados na

corrente sanguínea que acabam atingindo a pele. O aparecimento de grandes placas

eritematosas e pruriginosas na pele ocorre devido a liberação de histamina pelos mastócitos

ativados pelo alérgeno (MURPHY, 2010).

Linfócitos ativados passam a expressar em sua superfície o antígeno linfocitário cutâneo,

sendo então capaz de migrar seletivamente para a pele onde em um segundo contato com o

antígeno, passará a sintetizar citocinas de padrão TH2 (IL-4, IL-5, IL-13 e IL-16). A IL-4

estimulará os linfócitos B a produzirem IgE, enquanto a IL-5 induzirá a síntese e maturação

dos eosinófilos. As citocinas de perfil TH2 promovem eosinofilia pela regulação local da

produção de IL-5 e de fatores quimiotáticos e pela supressão da produção de IFNγ. Além

disso, as células dendríticas epidérmicas ativadas sintetizam e liberam IL-12, que promovem a

mudança no padrão de citocinas pelos linfócitos T, passando de TH2 para TH1 caracterizando

a fase crônica da alergia cutânea. Nesta fase há produção de IL-5, GM-CSF, IL-12 e INFγ

secundárias à infiltração cutânea por eosinófilos e macrófagos. A eosinofilia tecidual é

encontrada tanto da fase aguda como da crônica. Nos tecidos, os eosinófilos podem

desgranular, liberando proteínas que promovem lesão tecidual. Os eosinófilos podem também

atuar como células imunorregulatórias pela produção de citocinas como IL-4, IL-5 e IL-13. O

desenvolvimento de um perfil de resposta TH1 ou TH2 é controlado pela produção relativa de

IL-12 e INFγ (TH1) versus IL-4 e IL-10 (TH2). Como a IL-12 passa a predominar no sítio de

inflamação, ocorrerá o favorecimento de uma resposta celular (TH1) (CASTRO, et al 2006).

3. ALERGIA RESPIRATÓRIA

3.1 ASMA

A asma é considerada como uma doença crônica das vias aéreas mais comuns, e é

caracterizada por obstrução ao fluxo aéreo, reversível espontaneamente ou com tratamento. A

hipersensibilidade aos ácaros da poeira doméstica está entre um dos mais principais

predisponentes da asma, mas os alérgenos de baratas presente também em domicílios são

altamente capazes de precipitar a crise da asma em pacientes predispostos a alergias e podem

sensibilizar 50% a 60% dos asmáticos em nosso meio (ARRUDA et al, 1991).

Page 18: FACULDADE MARIA MILZA BACHARELADO EM BIOMEDICINA

18

Na patogenia da asma está envolvida uma variedade de células e mediadores

inflamatórios que atuam sobre a via aérea e levam ao desenvolvimento e manutenção dos

sintomas. Entre os pontos importantes estão os fatores de risco derivados de fatores

ambientais que são exposição a poeira domiciliar, a baratas, infecções virais e muitos casos

aspectos genéticos.

O diagnóstico da asma é eminentemente clínico e, sempre que possível, a prova de

função pulmonar deve ser realizada, para a confirmação diagnóstica e para a classificação da

gravidade. O diagnostico pode ser dado de acordo com alguns sintomas como, sibilância,

dispneia, desconforto torácico e tosse, e em alguns casos a história familiar de asma crônica

(MINISTERIO DA SAÚDE,2010).

3.1.1 Asma Atópica e Não Atópica

Indivíduos atópicos tendem a reagir de forma exagerada, com produção de grandes

quantidades de IgE especifica, para o determinado alérgeno. Estes indivíduos apresentam

altos níveis de IgE e a reação cutânea é positiva a extratos de alérgenos através de testes

cutâneos de hipersensibilidade imediata. Devidamente os linfócitos T desses determinados

indivíduos respondem a alérgenos in vitro com a produção de citocinas características de

células Th2: interleucina (IL)-4, IL-5 e IL-13, ao contrário daquelas que são produzidas pelas

células Th1. Sendo assim, foi comprovado que a ativação de células Th2 ativadas por

alérgenos é o elemento central para o desencadeamento e a manutenção da resposta alérgica

mediada por anticorpo IgE (SILVA et al, 2009).

Segundo Silva et al (2009), definindo também a asma não atópica, ele afirma que a

mesma é desencadeada pela infecção do trato respiratório. Os vírus, mais do que as bactérias,

são os principais agentes etiológicos envolvidos. Nesses indivíduos o resultado dos testes

cutâneos são em geral negativos, os níveis séricos de IgE são normais e embora a

hipersensibilidade venha a ter alguma importância, as teorias atuais só apontam uma

hiperirritabilidade da árvore brônquica.

3.2 RINITE ALÉRGICA

A rinite alérgica é caracterizada por uma inflamação das membranas nasais, induzida

por exposição à alérgenos. Clinicamente, a rinite alérgica é caracterizada por prurido nasal

intenso, espirros em salva, obstrução nasal, coriza hialina, respiração oral, diminuição de

Page 19: FACULDADE MARIA MILZA BACHARELADO EM BIOMEDICINA

19

olfato, sintomas decorrentes do processo inflamatório tipicamente rico em eosinófilos que

causam a irritação no nariz, devido a liberação de histaminas (CAMPANHA , 2008). A rinite

alérgica resulta da ativação dos mastócitos das mucosas do epitélio nasal por alérgenos que se

difundem pela membrana mucosa das passagens nasais, a rinite é comumente causada por

alérgenos ambientais que estão presentes durante certas estações do ano (MURPHY, 2010 ).

A rinite alérgica se desenvolve a partir de fatores etiológicos quando se evidencia pela

respiração oral. A elucidação para esse fato é devido ao estabelecimento do processo

inflamatório presente nessa morbidade que é desencadeada tanto pelo contato com os

alérgenos quanto com agentes irritantes. Esse processo inflamatório desencadeia a obstrução

nasal e consequentemente a respiração oral. Processos inflamatórios nasais, como a rinite

alérgica podem aumentar ainda mais a hiperresponsividade brônquica e assim intensificar a

inflamação crônica do epitélio de todo trato respiratório em resposta aos alérgenos através do

sistema imunológico(CAMPANHA, 2008).

3.2.1 Resposta imunológica da Asma e Rinite

O índice de doenças alérgicas vem aumentando significamente nos últimos anos.

Alguns fatores são apontados como causadores deste processo alérgico, entre eles o que está

em maior prevalência é exposição a alérgenos intradomiciliares pelo fato de indivíduos ter

uma maior permanência dentro das moradias, exposição a agentes poluentes e o menor

estimulo ao sistema imune, pelo emprego precoce de antimicrobianos na defesa contra

infecções(SPALDING et al, 2000).

Ainda conforme descrito por Spalding et al (2000), a associação de anticorpos com

doenças alérgicas, tem uma paralela caracterização da Imunoglobulina E (IgE), através dos

trabalhos, uma maior quantidade de anticorpos (IgE) produzida se fixa a receptores de alta

afinidade presente na membrana celular de mastócitos e basófilos. No entanto o nível de IgE

no soro, e relacionada com a IgE total produzida, sobrepondo a quantidade de IgE disponível

ao nível celular. O nível de Imunoglobulinas IgE no soro varia com a idade e tende a flutuar

em consequência do contato com o antígeno. Indivíduos atópicos, que apresentam doenças

alérgicas, como a asma e a rinite se caracterizam por desenvolver altos títulos de anticorpos

IgE, para alérgenos do ambiente. De modo geral a imunoglobulina IgE sérica está sempre

elevada nos quadros mais graves ou extensos de atópicos. Devido a este critério é possível

verificar IgE mas elevada em indivíduos com asma do que aqueles com rinite alérgica, pelo

fato de que em alguns casos a asma se desenvolva para um caso crônico.

Page 20: FACULDADE MARIA MILZA BACHARELADO EM BIOMEDICINA

20

A resposta imunológica da asma e da rinite alérgica não se diferenciam, afetam o

nariz, os seios paranasais e brônquios. Todo o processo inflamatório alérgico, desde a

sensibilização até a resposta alérgica á exposição ao antígeno, infiltração, ativação de

mastócitos, linfócitos, eosinófilos, produção de citocinas, e liberação de mediadores pró-

inflamatórios, tendem a ocorrer de forma semelhante, tanto na asma quanto na rinite. Na

resposta imunológica alérgica há sempre o predomínio de uma subpopulação de linfócitos

Th2, que são responsáveis pela liberação e produção de Interleucinas(IL) 4, 5, e 13, embora

essas interleucinas não contribua de forma exclusiva. As IL-4 E IL-13 são de extremamente

importância para a produção de IgE(anticorpo importante para o desencadeamento do

processo alérgico), e tem como papel de ativação dos mastócitos e basófilos. A IL-5 é

responsável pelo recrutamento, ativação e prolongamento da vida dos eosinófilos, que tem

como função inibir a sua apoptose. A partir do contato direto com o devido alérgeno ou

antígeno a resposta imunológica se desenvolve a partir de fatores que persistem nas células

afetadas e desencadeiam o processo de inflamação (Figura 1) ( RIZZO; CRUZ, 2007).

Figura 1 : A cascata alérgica na asma e rinite.

Fonte: (RIZZO; CRUZ , 2007)

3.3 HIPÓTESE DE HIGIENE

Page 21: FACULDADE MARIA MILZA BACHARELADO EM BIOMEDICINA

21

Na infância, os fatores ambientais tendem a influenciar no desenvolvimento de

doenças alérgicas desenvolvidas a partir de infecções causadas por alérgenos ou helmintos. O

surgimento de doenças infecciosas numa determinada faixa etária, na infância, podem

contribuir para um determinado equilíbrio da atividade imunológica na vida futura do

individuo, impedindo o surgimento de alergias devido a defesa dos anticorpos que foi gerado

pelo contato na infância (PONTE et al, 2007 ).

A hipótese de higiene coloca as alterações no estilo de vida das pessoas vividas na

sociedade ocidental como melhores nas ultimas décadas, devido a ter um aumento

significativo nas condições de higiene básica as alergias só aumentaram em maior

prevalência, devido a fatores associados a modos de vida, como a redução do número de

pessoas na família, calendários de vacinas amplos, melhores condições sanitárias, isso

explicita um aumento significativo na prevalência de doenças alérgicas, já que os fatores

acima acaba impedindo o contato de alérgenos com determinados indivíduos na infância,

provocando o impedimento do equilíbrio imunológico no mesmo (TAKETOMI et al, 2005 ).

3.4 EPIDEMIOLOGIA

No Brasil, foram realizados poucos estudos sobre a asma, e isto tem como

consequência o desconhecimento da realidade dessa patologia em diferentes áreas do país,

tornando um pouco difícil a execução de programas de prevenção da mesma. Mundialmente a

asma é uma doença crônica de difícil cura, pois é uma doença persistente, que geralmente é

mais comum na infância, cerca de 4,8 milhões de crianças são afetadas por ano. A taxa de

prevalência da asma aumentou 72,3% nos períodos de 1979 e 1998 (SOLÉ et al, 2004).

Um estudo desenvolvido por Almeida e colaboradores no Hospital Universitário

Professor Edgard Santos – Universidade Federal da Bahia, mostrou 55,1% de pacientes com

diagnóstico de rinite, 26% de asma, 13,3% de urticária idiopática, 8% de hipersensibilidade a

drogas, dermatite atópica foi diagnosticada em 4% dos pacientes (4%), angioedema em 3,7%,

3,6% com dermatite de contato e conjuntivite alérgica em 2% dos pacientes (ALMEIDA et al,

2008).Anteriormente, Baqueiro e cols. (2007), após realização de estudos em dois grupos

diferentes de níveis socioeconômicos, encontraram prevalências semelhantes às encontradas

por Medeiros e colaboradores para asma brônquica tendo um resultado em porcentagem de

(12,1%) e rinite (18,8%) em indivíduos de nível socioeconômico baixo, no entanto em

indivíduos de nível socioeconômico elevado as prevalências de asma e rinite tiveram um

aumento respectivamente de 21,1% e 32,5%.

Page 22: FACULDADE MARIA MILZA BACHARELADO EM BIOMEDICINA

22

3.5 TRATAMENTOS

No tratamento para os diversos tipos de alergias é indicado sempre a utilização de

corticosteróides por tempo indeterminado, mas segundo a literatura, o uso prolongado desses

corticosteróides principalmente em crianças, pode levar a supressão adrenal, com redução da

produção de hormônio de crescimento e consequente baixa estatura, demonstrando que o uso

de corticosteróides tem efeitos adversos(BALBANI et al,1997).

4. METODOLOGIA

4.1 NATUREZADOESTUDO

Esta pesquisa cientifica trata-se de um estudo exploratório, de corte transversal que foi

realizado no período de agosto a novembro de 2013.

A pesquisa exploratória tem como seu principal objetivo identificar os conceitos

iniciais sobre um tópico, dar ênfase na determinação de quais conceitos devem ser medidos e

como devem ser medidos, buscar e descobrir novas possibilidades e dimensões da população

de interesse (FREITAS et al , 2000)

No corte transversal a coleta dos dados deve ocorrer, em um só momento, pretendendo

descrever e analisar o estado de uma ou várias variáveis em um dado momento (FREITAS et

al, 2000).

4.2 ÁREA DE ESTUDO

Este estudo foi realizado na instituição de ensino do interior da Bahia, a Faculdade

Maria Milza (FAMAM), situada na cidade de Governador Mangabeira – BA.

4.2.1 População Alvo

A população alvo desse estudo foi estudantes universitários da Faculdade Maria Milza

(FAMAM). De modo a obter dados que sejam reprodutíveis e com alta confiabilidade de

95%, devem ser selecionados uma população de 274 indivíduos aleatoriamente (tamanho de

amostra para determinação de frequência em uma população considerando 95% de nível de

confiabilidade, calculado no programa OpenEpi:

http://www.openepi.com/OE2.3/Menu/OpenEpiMenu.htm).

Page 23: FACULDADE MARIA MILZA BACHARELADO EM BIOMEDICINA

23

Tamanho da população: 1800

Frequência do evento: 30% de alérgicos nos países industrializados

Figura 2- Cálculo de tamanho de amostra para análise de frequência em uma população.

Os estudantes foram abordados em sala de aula, mediante uma explicação sobre a

relevância do estudo e convidados a participar do mesmo. Os que aceitaram, foram instruídos

a ler o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (apêndice A) antes da realização do

questionário.

4.2.2 Os critérios de inclusão foram:

Se predispor conscientemente a responder o questionário.

Ser estudante regularmente matriculado da faculdade em estudo.

4.2.3 Os critérios de exclusão foram:

Não ser estudante de graduação dessa instituição.

Page 24: FACULDADE MARIA MILZA BACHARELADO EM BIOMEDICINA

24

4.3 COLETA DE DADOS

De inicio, foram contatados os responsáveis pela instituição,apresentando a pesquisa e

solicitando sua autorização mediante a assinatura da carta de anuência para que o

estabelecimento seja incluído no estudo e que os universitários possam participar da pesquisa

(anexo 1). Os universitários foram instruídos a ler o (TCLE) (apêndice A) e, assim

concordaram com os termos e assinou o mesmo.

A coleta de dados foi realizada através da aplicação de um questionário aos alunos

para obtenção de informações a respeito dos dados sócio demográficos baseados no método

de Gallup (idade, sexo, endereço, estado civil, número de moradores na mesma casa,

escolaridade) e informações relacionadas à alergia (apêndiceB).

Os dados coletados foram categorizados de acordo com as características

sóciodemográficas e com os parâmetros de avaliação de alergias, baseado no questionário

ISAAC. O “International Study of Asthma and Aller-gies in Childhood” (ISAAC), que tem

como propósito criar um método claro e maximizar os efeitos da pesquisa epidemiológica,

para estabelecer um método padrão e facilitar a colaboração internacional. Os objetivos do

ISAAC são: descrever a prevalência e gravidade das doenças alérgicas, em diferentes centros;

obter medidas basais, tendências futuras da prevalência e gravidade das doenças; relacionar

fatores etiológicos, genéticos, modo de vida, ambiente e tratamento (ESTEVES et al, 1999).

Como dados sócio demográficos avaliamos: Idade: em anos para se obter dados

contínuos , media e mediana; Município de Residência: referida pela paciente, dividida em

Salvador ou cidade do interior da Bahia; Cor da pele: característica autodeclarada,

categorizada em: Amarela, Branca, Indígena, Parda, Negra; Estado Civil: dividida em:

Solteiro, Convive/União Estável, Casado, Divorciado, Viúvo; Presença de filhos e quantas

pessoas residem no domicílio.

Para identificação das alergias e fatores associados os critérios a seguir foram

avaliados: histórico de rinite, sinusite, asma, alergia respiratória, alergia cutânea, alergia

alimentar, alergia a medicamentos, presença de animais domésticos no domicílio, forma e

frequência de limpeza da casa, presença de umidade, como se adquiriu a doença, sintomas

relatados, diagnóstico e tratamento.

4.4 ANÁLISE DOS DADOS

Page 25: FACULDADE MARIA MILZA BACHARELADO EM BIOMEDICINA

25

Os dados obtidos foram apresentados em forma de tabelas, apresentando as

características de distribuição dos valores observados. Foi realizada análise estatística

descritiva para as variáveis categóricas, incluindo a frequência e percentagem. Foram

avaliadas as variáveis preditoras e a associação destas com a presença das alergias serão

estudadas através do teste qui-quadrado e teste exato de Fisher. A análise estatística foi

realizada com o programa GraphPad Prism, versão 5. Consideram-se como significantes

ocorrências com risco tipo I (erro α) inferior a 0,05 ou 5%.

4.5 ASPECTOS ÉTICOS

O relativo estudo foi encaminhado ao comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade

Maria Milza (CEP-FAMAM),e aprovado com o parecer de número 113/2013 (anexo 2), por

se tratar de um estudo na área de saúde, envolvendo diretamente a participação de seres

humanos, estabelecendo as Diretrizes e Normas Regulamentadoras de Pesquisas como consta

na resolução 466/12, que regem os princípios éticos da pesquisa garantindo todo sigilo e

anonimato dos sujeitos. Os universitários que não concordaram ou que desistiram durante a

coleta de dados sobre o estudo tiveram os seus direitos reservados, não sendo incluídos na

amostra.

Page 26: FACULDADE MARIA MILZA BACHARELADO EM BIOMEDICINA

26

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Dentre os estudantes da Faculdade Maria Milza contatados, 132 individuos foram

voluntários, um valor que dá um grau de confiabilidade acima de 80% para as análises (Figura

2). O presente estudo teve como objetivo investigar a prevalência dos tipos de alergias

predominantes entre os universitários do interior da Bahia. A FAMAM foi escolhida por se

tratar de uma faculdade de médio porte que abrange indivíduos de diversos interiores

circunvizinhos. A aplicação do questionário validou os dados epidemiológicos dos

universitários, indicando que em uma população total de 132 voluntários, o gênero de maior

prevalência era o feminino, com faixa etária de 16 a 22 anos, de cor autodeclarada parda, cujo

estado civil predominante eram solteiros, e a maioria reside nas cidades de Cruz das Almas e

Santo Antonio de Jesus, as duas maiores da região (Tabela 1).O predomínio de mulheres entre

os alérgicos pode ser em função da faculdade apresentar maior numero de alunos do sexo

feminino, a literatura mostra um amplo predomínio de indivíduos do sexo feminino com

diferentes alergias (PARK et al, 2010). Além disso, as mulheres tem maior percepção em

relação a sinais e sintomas de várias doenças e utilizam mais os serviços de saúde

(PINHEIRO et al, 2002).

Page 27: FACULDADE MARIA MILZA BACHARELADO EM BIOMEDICINA

27

Tabela 1- Dados epidemiológicos dos universitários do interior da Bahia.

GÊNERO MASCULINO 37

FEMININO 95

TOTAL 132

FAIXA ETÁRIA

16-22 68

22-35 60

35-50 3

50-65 1

TOTAL 132

COR

PARDA 73

NEGRA 30

AMARELA 5

BRANCA 24

INDÍGENA 0

TOTAL 132

MUNICIPIO DE RESIDÊNCIA

SANTA TEREZINHA 3

CRUZ DAS ALMAS 37

SANTO ANTONIO DE JESUS 35

CABAÇEIRAS DO PARAGUASSU 7

CASTRO ALVES 4

SAPEAÇU 13

MURITIBA 5

CACHOEIRA 3

SÃO FELIPE 4

CONCEIÇÃO DO ALMEIDA 6

GOVERNADOR MANGABEIRA 3

FEIRA DE SANTANA 7

MARAGOJIPE 3

SÃO FÉLIX 2

TOTAL 132

ESTADO CIVIL

SOLTEIRO 113

CASADO 13

VIÚVO 0

DESQUITADO 0

DIVORCIADO 1

UNIÃO ESTÁVEL 5

Total 132

Page 28: FACULDADE MARIA MILZA BACHARELADO EM BIOMEDICINA

28

A avaliação da prevalência das alergias é de suma importância, pois permite

identificar qual o tipo e alergia que está em maior predominância e direcionar as ações

preventivas e terapêuticas de forma específica. De acordo com os questionários, a alergia a

ácaros da poeira doméstica se destaca com maior prevalência entre os voluntários, sendo

relatada por 59 indivíduos, correspondendo a 44,7% dos voluntários. Outros tipos de alergias

bem citados foram alergia a medicamentos, fumaça e material de limpeza (tabela 2). Diante a

um levantamento recente a dois hospitais britânicos foi determinado que a reação adversa a

medicamentos é responsável por 5-6% das internações de pacientes maiores de 16 anos,

constata-se que reações adversas a medicamentos são muito frequentes nessa faixa etária

(BERND, 2005). O aumento do índice de alergias a fumaça vem aumentando devido a fatores

correlacionados a poluição do meio ambiente, sendo totalmente associada a fumaça de

cigarro, exaustão de diesel, entre outras e isso acaba influenciando no desenvolvimento de

doenças alérgicas, e na maioria dos casos em especial a asma (TAKETOMI et al, 2005).

Diante uma pesquisa realizada em cinco regiões do Brasil para destacar os principais

desencadeadores de reações alérgicas foi constatado um predomínio acentuado de total

positividade de alérgenos inalantes, principalmente os ácaros, sendo que apenas os indivíduos

com predisposição à atopia desenvolvem sensibilização e manifestam a doença alérgica. (NASPITZ

et al, 2004; RIZZO, 1991) Estudos anteriores realizados, já haviam apontado um índice

elevado de ácaros como causadores de reações alérgicas, destacando os mais importantes D

Dermatophagoides peronyssinus, Dermatophagoides farinae, Blomia tropicalis (NASPITZ

et al, 2004; SARINHO et al, 2004).

Page 29: FACULDADE MARIA MILZA BACHARELADO EM BIOMEDICINA

29

Tabela 2- Prevalência de alergias entre universitários determinado tipos de alergias e faixa

etária utilizando o questionário adaptado do Estudo Internacional de Asma e Alergias em

Crianças (ISAAC).

16-22

(%)

22-35

(%)

35-50

(%)

50-65

(%)

Tota

l

ALERGIA A MEDICAMENTOS 9,8 9,1 0,8 0,0 19,7

ALERGIA A ÁCAROS ( POEIRA DOMÉSTICA) 24,2 18,9 1,5 0,0 44,7

ALERGIA A NÍQUEL 1,5 2,3 0,0 0,0 3,8

ALERGIA A FUNGOS 5,3 6,8 0,8 0,0 12,9

ALERGIA ALIMENTARES 8,3 2,3 0,0 0,0 10,6

ALERGIA A LÁTEX 0,8 0,0 0,0 0,0 0,8

ALERGIA A MATERIAL DE LIMPEZA 9,8 6,1 0,8 0,8 17,4

ALERGIA A FUMAÇA (CIGARRO,

ESCAPAMENTO DE CARRO...) 11,4 5,3 1,5 0,0 18,2

Total 71,2 50,8 5,3 0,8

Dentre os indivíduos que relataram algum tipo de alergia (82), os sintomas apareciam

principalmente entre os meses de dezembro a fevereiro, correspondendo ao período do verão,

e no período de junho a agosto, período do inverno (Figura 3). As características da região

influenciam bastante nesse resultado, no verão há predominância de muita poeira, um fator

predisponente para acúmulo de ácaros, já no período do inverno as baixas temperaturas são

comuns nessas cidades, o que reforça o aparecimento de doenças alérgicas. A qualidade do ar

é totalmente influenciada pelas condições que determinam uma elevada concentração de

poluentes e está diretamente associada a ocorrência de alergias respiratórias. No inverno, em

função da inversão térmica, a qualidade do ar piora, ocorre aumento nos níveis de materiais

particulados, monóxido de carbono, óxidos de nitrogênio e óxidos de enxofre. Entretanto, no

verão as concentrações dessas moléculas são mais elevadas, em função do aumento da

intensidade de luz solar, aumento da temperatura e acúmulo das partículas pela camada de

ozônio (VIANNA et al, 2008).

Page 30: FACULDADE MARIA MILZA BACHARELADO EM BIOMEDICINA

30

Figura 3- Frequência de alergias durante o ano

dez-fe

v

mar

-mai

jun-a

go

set-nov

0

10

20

30

40

50

Meses de ocorrência (estações do Ano)

% V

olu

ntá

rio

s c

om

Sin

tom

as

de

Ale

rgia

Procuramos relacionar os sintomas relatados com os tipos de alergias a que são

comuns entre os universitários (tabela 3). Além de ser o sintoma mais prevalente na rinite, a

coriza foi o sintoma mais relatado entre os estudantes (62 indivíduos), seguido da erupção

cutânea (51 indivíduos) e de falta de ar ou cansaço (39 indivíduos), sintomas relacionados

com alergias cutâneas e asma, respectivamente. Um estudo realizado em Salvador mostra uma

relação positiva entre a rinite crônica e a asma com a positividade dos testes cutâneos para

ácaros (MEDEIROS et al, 1997), indicando que a alta prevalência de alergias à poeira pode

estar relacionada a presença de sintomas da rinite entre os mais citados nesse trabalho.

Page 31: FACULDADE MARIA MILZA BACHARELADO EM BIOMEDICINA

31

Tabela 3- Relação entre os sintomas relatados e as doenças alérgicas entre

universitários do interior da Bahia.

RINITE N ALERGIA CUTANÊA N

Coriza 62 Erupção cutânea 51

Espirros repetidos 40 Coceira intensa na pele 25

Coceira nasal insistente 20 Empolação 20

Placas vermelhas na pele 21

ASMA N TUBERCULOSE N

Sensação de aperto ou opressão no peito 4 Tosse seca 11

Chiados no peito 7 Tosse crônica noturna 2

Falta de ar ou sensação de cansaço 39

CONJUTIVITE ALÉRGICA N OTITE N

Vermelhidão nos olhos 15 Otites repetidas 4

Coceira intensa nos olhos 8 Faringite 18

Lacrimejamento 16

Alguns fatores associados ao desenvolvimento de alergias foram avaliados como

ventilação, método e frequência de limpeza da residência, presença de alérgenos (animais,

fungos e baratas) e histórico familiar de doenças alérgicas. A maioria dos voluntários que

apresentaram sintomas dos diversos tipos de reações alérgicas relatou o uso diário de

ventilador e ar condicionando dentro das suas moradias, e como método utilizado para

limpeza da casa foi citado principalmente a utilização de vassouras e pano úmido de forma

diária. Sendo que a utilização de ar condicionado e ventilador é uma porta para entrada de

ácaros, fazendo com que eles fiquem condicionados dentro do filtro destes materiais, o

ventilador ajuda o espalhamento da poeira doméstica junto com a utilização de vassouras,

pois eliminam pó, e neste pó consequentemente haverá ácaros domésticos, que provavelmente

é disseminado da poeira doméstica causando uma reação alérgica pela inalação de

determinados alérgenos. Dentre os indivíduos que apresentaram algum tipo de alergia (82), 48

deles apresentaram histórico familiar e 34 não apresentava histórico familiar de doenças

alérgicas, e a analise estatística indicou um risco relativo de 1,62, ou seja indivíduos com

histórico familiar de alguma doença alérgica tem 1,62 vezes mais chance de desenvolver

alergia.(tabela 4) . O fator genético contribui para desenvolvimento de doenças alérgicas,

Page 32: FACULDADE MARIA MILZA BACHARELADO EM BIOMEDICINA

32

principalmente a asma, que tem por sua natureza hereditária (PINTO et al, 2008). Embora

muitos trabalhos relatem relação entre alergias e presença de fungos (CROCE, 1989), pelos de

animais (LAILA et al, 2001) e antígenos de baratas (KANG, 1990), portanto não foi

observada correlação entre esses fatores nos indivíduos avaliados nesse trabalho.

Tabela 4- Relação entre alergias, histórico familiar e fatores predisponentes de doenças

alérgicas.

Alergias

Histórico Familiar * Fungos Animais

domésticos Barata

Sim

82

Sim

48 13 49 47

Não

34 69 33 35

Não

50

Sim

18 6 28 24

Não

32 44 22 26

Fisher's exact test; * p < 0,05

Os indivíduos alérgicos em minoria (38) ressaltaram que as reações alérgicas

desenvolvidas acabam afetando o seu dia-a-dia, impedindo a realização de atividades diárias,

e a forma de tratamento mais utilizada pelos voluntários foi a administração de

medicamentos, principalmente anti-histamínicos, pois a utilização dos mesmos acaba agindo

de maneira imediata combatendo o aparecimento dos sintomas, embora 82 indivíduos não

sabiam relatar qual medicamento haviam utilizado. O uso de corticoides e anti-histamínicos é

indicado para o tratamento de diversos tipos de alergias, pois a utilização deles acaba

reduzindo de maneira eficaz o aparecimento dos sintomas (NUNES et al, 2010).

Page 33: FACULDADE MARIA MILZA BACHARELADO EM BIOMEDICINA

33

Page 34: FACULDADE MARIA MILZA BACHARELADO EM BIOMEDICINA

34

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente estudo teve como importante hipótese mostrar que com o desenvolvimento

econômico/industrial das regiões do interior do país, há uma melhora nas condições sanitárias

da região e com isso o aumento da prevalência de alergias, se igualando aos países

industrializados e o tratamento adequado depende do conhecimento dos alérgenos da região.

Este trabalho mostrou que entre universitários do interior da Bahia, principalmente das

cidades de Cruz das Almas e Santo Antonio de Jesus, o tipo de alergia mais prevalente é a

alergia respiratória, tendo ácaros de poeira doméstica como principal aeroalérgeno e a rinite

como manifestação clinica mais relatada, ocorrendo no período de dezembro a fevereiro e

junho a agosto. Conclui-se que a prevalência de alergia respiratória entre universitários do

interior da Bahia é alta, a maioria dos entrevistados relataram algum tipo de alergia. Dessa

forma, o desenvolvimento de produtos e protocolos que possam atuar no controle da alergia

respiratória serão úteis na região, atuando na prevenção e promoção da saúde, além de

complementar a preparação profissional dos acadêmicos que vierem a desenvolver trabalhos

sobre o tema com embasamento científico, realizando ações coniventes com os ideais de

pesquisa, ensino e extensão.

Page 35: FACULDADE MARIA MILZA BACHARELADO EM BIOMEDICINA

35

REFERÊNCIAS

ABBAS, A.K; ANDREW, H.L. Imunologia celular e molecular. Elsevier, Rio de Janeiro, 5ª

edição, 2005.

ALMEIDA, L.F; ROSÁRIO, D.A.V; ALMEIDA, M.C.F, et al.Prevalência de doenças

alérgicas em Ambulatório Especializado da Universidade Federal da Bahia: Rev. bras. alerg.

imunopatol. vol. 31, Nº 5, 2008.

ARGENT, A. Consenso de Asma Bronquial. Arquivos argentinos de pediatria. Buenos

Aires; abril 2008, v.106, n.2.

ARRUDA, L.K, RIZZO, M.C; CHAPMAN.M.D et al. Ex posure and sensitation dust nite

allergens among asthmastisc childrem in São Paulo, Brazil. Clin Exp Allery, 1991; 21: 433-

459.

Associação brasileira de Alergia e Imunopatologia. Disponível em<http

www.aspai.org.br/secão.asp?s=81&id=31>1> Acesso 2 abr 2013.

BALBANI, A.P.S; NASCIMENTO, E.V; SANCHEZ, T.G et al. Tratamento da rinite alérgica

em criança: prescrição leiga de medicamentos e intoxicação. São Paulo, 1997.

BAQUEIRO, T; PONTES L.C de, CARVALHO, F.M; SANTOS, N.M, ALCANTRA, N.M.

Medical Asthma and rhinitis symptoms in individuals from different socioeconomic levels in

a Brazilian city. Student's Group. Allergy Asthma Proc. May-Jun 2007;28(3):362-7.

BARBALHO, M.C.M. O resgate da totalidade da pessoa da alergia á alergia. Goiânia – Goiás

, maio 2003.

BERND, L.A.G. Alergia a medicamentos: Revista brasileira de alergia e imunopatologia,

Porto Alegre 2005.

BRÍGIDA, M.R.S.D; FILHO, W.A.R; ZAVADNIAK, A.F. Alérgenos inaláveis em Curitiba:

uma revisão de sua relevância clinica. Rev. Bras.alerg. imunopatol. V. 24, p.189-195, 2001.

CAMPANHA, S.M.A; FREIRE , L.M.S; FONTES, M.J.F. O impacto da asma, da renite

alérgica e da respiração oral na qualidade de vida de crianças e adolescentes. Rev. CEPAC .

São Paulo, v.10, n.4, 513-519, out-dez, 2008.

CASTRO, A.P.M; SOLÉ, D et al. Guia Prático para o manejo da dermatite atopica.

Rev.bras.alerg.imunopatol. vol.29, nº6, 2006.

CLINICA DE ALERGIA RESPIRATÓRIA. Disponivel em <http:

www.alergiarespiratória.com.br. (Acesso em: 12 de mar de 2013).

COCCO, R. Alimento e asma. Gaz.méd.Bahia, 2008; cáp.78, pág 114-116.

Page 36: FACULDADE MARIA MILZA BACHARELADO EM BIOMEDICINA

36

CROCE, J. Fungos ambientais e alergias respiratórias. Seminário sobre preservação de bens

culturais. Sistema integrado de bibliotecas. 1989.

DIAS, A.T.N; NUNES, P.B; COELHO, H.L.L; DIRCEU, S. Reações alérgicas a

medicamentos: Jornal da pediatria. Vol 80, nº 4, 2004.

ESTEVES, P.C; TRIPPIA, S.G; FILHO, N.A.R; CALEFFE, L.G. Validação do questionário

do ISAAC para rinite alérgica perene e sazonal(polinose) em Curitiba.

Rev.bras.alerg.Imunopatol, 1999;22(4);106-113.

FREITAS, H; OLIVEIRA, M; SACCOL, A.Z; MOSCAROLA, J. O método de pesquisa

survey. Revista de administração . São Paulo, v.35,n.3 , p.105-112, julho/setembro.

HARVEY, R.G. Manual colorido de dermatologia do cão e gato. Ed.Revinter, pg. 20; 2004.

KANG, B.C. Cockroach allergy. Rev.Allergy. 1990.

LAILA, F; LIMA, B.C; COSTA, E. Sensibilização a alérgeno inaláveis em pacientes com

alergia respiratória na cidade do Rio de Janeiro: comparação entre asma brônquica e rinite

isolada. Rev.bras.imunopatol. pg. 54-64, 2001.

LINNEA, L; JEFFWALD, M.D.”Howstuff Works – Fundamentos sobre o tratamento da

alergia”. Publicado em 03 de maio de 2006 (atualizado em 11 de abril de 2007).

MAIA, J.G.S; MARCOPITO,L.F; AMARAL, A.N , et al. Prevalência de asma e sintomas

asmáticos em escolares de 13 e 14 anos de idade. Rev.saúde pública , 2004, 38(2): 292.São

Paulo.

MEDEIROS, J.M et al. Sensibilização a aereoalérgenos em indivíduos com asma brônquica e

ou rinite crônica em Salvador, Bahia. Rev. Bras. Alerg. Imunopatol. 1997.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Cadernos de atenção básica : Doenças respiratórias crônicas.

Brasília-DF,2010.

MOTTA, A.A; KALIL, J; BARROS, M.T. Testes cutâneos. Rev.Bras. alerg.

Imunopatologia. 2005 VOL.28, N.2.

MURPHY, K; TRAVERS, P; WALPORT, M. Imunobiologia de Janeway. Ed.7, Porto

Alegre: Artmed, 2010, p.908.

NUNES, I.C.C; SOLÉ, D. Rinite alérgica: indicadores de qualidade de vida. Jornal.

Brás.pneumol. vol.36. São Paulo. 2010.

PAPADOPOULOS, N.G; AGACHE, I et al. Research nus in allergy: na EAACI position

paper, in collaboration Wilth EFA. Clinical and Translational Allergy. 2012.

PARK, M.A; MATESIC. D; MARKUS, P.J et al. International scientific conference/strong.

Abstract 1254, 2010.

Page 37: FACULDADE MARIA MILZA BACHARELADO EM BIOMEDICINA

37

PINHEIRO, R.S; VIACAVA, F; TRAVASSOS, C; BRITO, A.S. Genero morbidade, acesso e

utilização de serviços de súde no Brasil. Rev.cs col. Pg. 687-707, 2002.

PINTO, L.A; STEIN, R.T; KABESCH, M. O impacto da genética na asma infantil.

Jornal.pediat. vol.84. Porto Alegre, 2008.

PONTE, E.V; RIZZO, J.A; CRUZ, A.A. Inter-relação entre asma, atopia e infecções

helmínticas. Jornal.bras.Pneumol, 2007.

RIZZO, J. Â; CRUZ, A. A. Asma e rinite, uma mesma doença. Rev.bras.alerg.imunopatol,

2007; pág- 41-46, cap.30.

RIZZO, M.C. Níveis de exposições a alérgenos domiciliares e anticorpos séricos específicos

em crianças atópicas asmáticas e controles não-atópicos não-asmáticos em São Paulo. Escola

paulista de Medicina. São Paulo, 1991, pg. 135.

SARINHO, E; RIZZO, M.C; JUST, E et al. Sensibilização aos ácaros domésticos em crianças

atópicas e não atópicas de Recife. Revista brasileira de alergia e imunopatologia. 2004.

SCHOENWETTER, W.F; DUPCLAY, L.J; APPAJOSYULA, S; BOTTEMAN, M.F et al;

Economic impact and quality of life burden of allergic rhinitis. Cur med res opin , pg.

305-317, 2004.

SILVA, D.R.N da; SCNEIDER, A.P; STEIN, R.T. O papel do aleitamento materno no

desenvolvimento de alerhgias respiratórias. Scientia Médica, Porto Alegre, v.19, n.1, p.35-

42, jan/mar.2009.

SPALDING, S.M; WACD, V; BERND, L.A.G. IgE sérica total em atópico e não atópico na

cidade de Porto Alegre. Rev.Med. Brasil. 2000, 46(2): 93-7.

SOLÉ, D; NUNES, I.C.C, RIZZO, M.C.V et al; A asma na criança: classificação e

tratamento. Jornal de pediatria. Rio de Janeiro, v. 74, 1998.

TAKETOMI, E.A; SEGUNDO, G.R.S; SILVA, D.A.O. Alergia, esxposição alergênica e

condições socioeconômicas. Rev.bras.elrg.imunopatol. Vol. 28, nº 6, 2005.

VIANNA, N.A; ANDRADE, L.R de; MACHADO, A.S; SALDIVA, P.H.N. Uma proposta de

intersetorialidade para investigar poluição atmosférica e alergias respiratórias.

Gaz.méd.Bahia. pg. 86-92, 2008.

Page 38: FACULDADE MARIA MILZA BACHARELADO EM BIOMEDICINA

38

APÊNDICE A

Page 39: FACULDADE MARIA MILZA BACHARELADO EM BIOMEDICINA

39

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Você está sendo convidado a participar de um estudo denominado “Prevalência de alergia respiratória

entre universitários do interior da Bahia”. Sua participação é totalmente voluntária e a sua permissão par a

participar do estudo pode ser retirada a qualquer momento, sem precisar justificar, não resultando em punições.

O objetivo deste trabalho é o desenvolvimento de um estudo de corte transversal para identificar a

prevalência de alergias em jovens do interior da Bahia, determinando quais os principais tipos predominantes de

alergia e destacar os alérgenos desencadeadores.

A sua participação no referido estudo será no sentido de responder a um questionário baseado no

questionário anexo. Os registros da sua participação (nome da instituição e de seu Responsável ou qualquer outro

dado ou elemento que possa, de qualquer forma, o identificar) serão mantidos confidencialmente, sendo de

conhecimento apenas dos autores do projeto. Os resultados da pesquisa serão disponibilizados a todos os

participantes e serão tornados públicos sejam eles favoráveis ou não. Sua colaboração com essa pesquisa irá

servir de base para novos estudos sobre alergias. Contribuindo com dados específicos da região sobre causas

doenças do trato respiratório, sintomas, fatores de riscos, possibilitando melhores diagnósticos e tratamentos.

Você poderá entrar em contato com a equipe responsável pelo trabalho, a qualquer momento, para obter

informações e esclarecimentos adicionais antes, durante e depois da sua participação e receberá uma cópia deste

termo de consentimento livre e esclarecido. Esse estudo será desenvolvido na Faculdade Maria Milza-

FAMAM/BA.

Os pesquisadores envolvidos como referido projeto são:

Ana Cleide dos Santos Passos, telefone75-8104-6608,email:[email protected]

Luciana Souza de Aragão França , telefone71-9938-3801, email: [email protected]

Enfim,tendosidoorientadoquantoaoteordetodooaquimencionadoecompreendidoanaturezaeoobjetivodojár

eferidoestudo,estandototalmentecientedequenãohánenhumvaloreconômico,areceberouapagar,porsuaparticipação,

manifesteseuconsentimentomedianteassinaturaabaixo.

_____________________________,____/__________________/_____

__________________________________________________________

Nome do entrevistado

__________________________________________________________

Assinatura do entrevistado

__________________________________________________________

__________________________________________________________

Assinatura(s) do (s)pesquisador (ES) responsável (eis)

Page 40: FACULDADE MARIA MILZA BACHARELADO EM BIOMEDICINA

40

APENDICE B

Page 41: FACULDADE MARIA MILZA BACHARELADO EM BIOMEDICINA

41

QUESTIONÁRIO

01. Cidade onde mora: __________________________________________________

02. Tipo de residência:

( ) Casa ( ) apartamento

03. Há quanto tempo mora no local (em anos): ____________________________

04. Sexo:

( ) Feminino ( ) Masculino

05. Estado civil:

( ) Solteiro(a)

( ) Casado(a)

( ) Viúvo(a)

( ) Desquitado(a)

( ) Divorciado(a)

( ) União estável

06. Tem filhos(as)?

( ) Não ( ) Sim. Quantos? ____________________

07. Quantas pessoas moram com você?

______________________________________________________

08. Cor: (autodeclarada)

( ) Parda

( ) Negra

( ) Amarela

( ) Branca

( ) Indígena

09. Idade:

( ) 16 a 22 anos

( ) 22 a 35 anos

( ) 35 a 50 anos

( ) 50 a 65 anos

( ) mais de 65 anos

10. Qual o principal responsável pelo sustento de seu grupo familiar?

( ) Pai

( ) Mãe

( ) Pai e Mãe

( ) Você mesmo

( ) Cônjuge

( ) Parente. Qual(is)? ________________________________________

( ) Outros ____________________________________________

11.Possui alguma doença alérgica como :

( ) Alergia a medicamentos

Page 42: FACULDADE MARIA MILZA BACHARELADO EM BIOMEDICINA

42

( ) Alergia a ácaros (poeira domestica)

( ) Alergia a níquel (bijouteria)

( ) Alergia a fungos

( ) Alergia alimentares

( ) Alergia a látex (borracha)

( ) Alergia a material de limpeza

( ) Alergia a fumaça (cigarro, escapamento de carro...)

Outros: __________________________________________

12. No ultimo ano teve algum desses sintomas?

( ) erupção cutâneaQuantas vezes: ( ) pelo menos 1x( )menos de 5 x ( ) mais de 5x ( )

todo mês ( ) falta de ar ou sensação de cansaço Quantas vezes: ( ) pelo menos 1x( )menos de 5 x (

) mais de 5x ( ) todo mês ( ) corizaQuantas vezes: ( ) pelo menos 1x( )menos de 5 x ( ) mais de 5x ( ) todo mês

( ) coceira intensa na peleQuantas vezes: ( ) pelo menos 1x( )menos de 5 x ( ) mais de

5x ( ) todo mês ( ) vermelhidão dos olhosQuantas vezes: ( ) pelo menos 1x( )menos de 5 x ( ) mais de

5x ( ) todo mês ( ) coceira intensa nos olhosQuantas vezes: ( ) pelo menos 1x( )menos de 5 x ( ) mais de

5x ( ) todo mês ( )lacrimejamentoQuantas vezes: ( ) pelo menos 1x( )menos de 5 x ( ) mais de 5x ( )

todo mês ( ) Sensação de "aperto" ou opressão no peito ("peito preso")Quantas vezes: ( ) pelo menos

1x( )menos de 5 x ( ) mais de 5x ( ) todo mês ( ) Chiados no peitoQuantas vezes: ( ) pelo menos 1x( )menos de 5 x ( ) mais de 5x ( )

todo mês ( ) Tosse secaQuantas vezes: ( ) pelo menos 1x( )menos de 5 x ( ) mais de 5x ( ) todo

mês ( ) Tosse acompanhada de eliminação de secreção (gosma branca) Quantas vezes: ( ) pelo

menos 1x( )menos de 5 x ( ) mais de 5x ( ) todo mês ( ) Espirros repetidosQuantas vezes: ( ) pelo menos 1x( )menos de 5 x ( ) mais de 5x ( )

todo mês () Coceira nasal insistente (ou os ouvidos, céu da boca e garganta)Quantas vezes: ( ) pelo

menos 1x( )menos de 5 x ( ) mais de 5x ( ) todo mês ( ) Mucosa nasal congestionada e narinas entupidasQuantas vezes: ( ) pelo menos 1x(

)menos de 5 x ( ) mais de 5x ( ) todo mês ( ) empolaçãoQuantas vezes: ( ) pelo menos 1x( )menos de 5 x ( ) mais de 5x ( ) todo

mês ( ) Placas vermelhas na peleQuantas vezes: ( ) pelo menos 1x( )menos de 5 x ( ) mais

de 5x ( ) todo mês ( ) alteração de olfato e paladarQuantas vezes: ( ) pelo menos 1x( )menos de 5 x ( ) mais

de 5x ( ) todo mês ( ) Tosse crônica noturnaQuantas vezes: ( ) pelo menos 1x( )menos de 5 x ( ) mais de

5x ( ) todo mês ( ) otites repetidasQuantas vezes: ( ) pelo menos 1x( )menos de 5 x ( ) mais de 5x ( )

todo mês ( ) Faringite (dor de garganta)Quantas vezes: ( ) pelo menos 1x( )menos de 5 x ( ) mais

de 5x ( ) todo mês

13. Algum desses sintomas já te impediu de realizar atividades diárias?

( ) sim( ) não

Page 43: FACULDADE MARIA MILZA BACHARELADO EM BIOMEDICINA

43

14. Em que período do ano (meses) é pior o aparecimento?

____________________________________

15. Possui algum histórico de algumas dessas doenças:

( ) Asma

( ) Rinite Alérgica

( ) Sinusite

( ) Conjutivite alérgica

( ) Tuberculose

( ) Amigdalite

( ) Otite

( ) Desvio de Septo

( ) Dermatite

Outras:__________________________________________

16. Desde quando tem a doença: ______________________________________________________________________

17. Como foi feito o diagnóstico: ___________________________________________________________________________

_________________________________________________________________

18.Quais formas utilizadas para o tratamento ( ex: cirurgia, mudança de hábitos,

medicamentos): ___________________________________________________________________________

_________________________________________________________________

19. Existem outras pessoas na família com algum tipo de alergia?

( ) não ( ) sim Quem?______________ Que tipo?__________________________

20. Possui algum animal doméstico no domicilio:

( ) Cão( ) Gato ( ) Pássaro

Outros: _________________________________________________________

21. Forma de limpeza da casa:

( ) Aspirador de pó( ) Espanador ( ) Vassoura ( ) Pano úmido

Outros : ___________________________________________________

22. Frequência de limpeza da casa:

( ) Todos os dias

( ) 2 vezes por semana

( ) 3 vezes por semana

( ) Semanalmente

23. Há presença de umidade (fungos) na casa:

( ) Sim

Onde? _______________________________________________

Em que período do ano é pior o aparecimento? ____________________________________

( ) Não

24. Há presença de depósitos no domicilio?

( ) Sim ( ) Não

25. Há presença de roedores?

( ) Sim ( ) Não

26. Há presença de baratas?

( ) Sim ( ) Não

27. Ventilação do quarto em que você dorme ou passa maior parte do tempo:

( ) ventilador

( ) ar condicionado

Page 44: FACULDADE MARIA MILZA BACHARELADO EM BIOMEDICINA

44

( ) janela aberta durante o dia

( ) janela aberta durante a noite

Page 45: FACULDADE MARIA MILZA BACHARELADO EM BIOMEDICINA

45

ANEXOS

Page 46: FACULDADE MARIA MILZA BACHARELADO EM BIOMEDICINA

46

D E C L A R A Ç Ã O

Eu, Josemare Pinheiro, portador da cédula de identidade nº

_____________________________, declaro estar ciente da pesquisa intitulada “Prevalência

de alergiarespiratória entre universitários do interior da Bahia”, de responsabilidade do(s)

pesquisador(es): Luciana Souza de Aragão França e Ana Cleide dos Santos Passos.

Em relação a pesquisa supracitada, informamos que o acesso dos pesquisadores ao local

da pesquisa e o desenvolvimento da mesma com os alunos dessa instituiçãoserá autorizado

somente após a emissão do PARECER DE APROVAÇÃO do Comitê de Ética em

pesquisa em Seres Humanos da FAMAM.

Declaro conhecer e cumprir com as Resoluções Éticas Brasileiras, em especial a

Resolução CNS 196/96. Esta instituição está ciente de suas co-responsabilidades como

instituição co-participante do presente projeto de pesquisa, e de seu compromisso no

resguardo da segurança e bem-estar dos sujeitos de pesquisa nela recrutados, dispondo de

infra-estrutura necessária para a garantia de tal segurança e bem-estar.

Local/Setor onde a pesquisa será realizada:.Faculdade Maria Milza- Governador

Mangabeira-Bahia

Por ser verdade, firmo a presente.

Governador Mangabeira, 17 de maio de 2013

Assinatura do Responsável pela Instituição, (com carimbo)