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Alterações farmacológicas em pediatria e geriatria Carolina Figueiredo Freitas Mestre em Gestão e administração da Assistência Farmacêutica pela Universidade Federal Fluminense [email protected] FARMACOLOGIA APLICADA A PEDIATRIA E GERIATRIA

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Alterações farmacológicas em pediatria e geriatria

Carolina Figueiredo Freitas

Mestre em Gestão e administração da Assistência Farmacêutica pela

Universidade Federal Fluminense

[email protected]

FARMACOLOGIA APLICADA A PEDIATRIA

E GERIATRIA

Carolina Figueiredo Freitas

• Farmacêutico pela Universidade Severino Sombra em 2004.

Professor Colaborador Mestre na Universidade do Grande Rio –

Unigranrio, desde 2015. Mestre em Gestão e Administração da

Assistência Farmacêutica pela Universidade Federal Fluminense

em 2015.

• Professora colaboradora na Universidade do Grande Rio –

Unigranrio – Duque de Caxias.

IDOR

DEFINIÇÕES

Farmacocinética x Farmacodinâmica

ABSORÇÃO

DISTRIBUIÇÃO

BIOTRANSFORMAÇÃO

EXCREÇÃO

MECANISMOS DE AÇÃO

RELAÇÃO ENTRE CONCENTRAÇÃO E EFEITO

IDOR

DEFINIÇÕES

ESTÁGIOS DA INFÂNCIA

Pré Maturo: < 37 semanas de gestação no nascimento

Recém-nascido : até os 28 dias de vida;

Infante: De 1 a 12 meses (1 ano de vida);

Criança: Até 12 anos de vida.

Adolescente: 13 a 18 anos

Adaptação de Platt, 2003.

DEFINIÇÕES

A American Academy of Pediatrics estima que três quartos do

que é prescrito nos Estados Unidos não tem informações

pediátricas adequadas.

“A investigação farmacológica-clínica em crianças tem critérios

próprios e mais específicos. Problemas éticos, dificuldades

logísticas e consentimentos legais dificultam ou mesmo

impedem a realização de ensaios clínicos na infância”.

IDOR

DEFINIÇÕES

• “medicamentos off label” - medicamentos que

foram autorizados por um órgão regulador, para

uso em determinados grupos etários e patologias,

mas que é prescrito de forma diferente do que

preconiza a bula e diretrizes clínicas em relação à

dose, faixa etária, freqüência, apresentação e via de

administração.

IDOR

RELAÇÃO RISCO X BENEFICIO

“O emprego de fármacos sem a devida garantia de

eficácia e, sobretudo, da segurança somente pode

ser justificado em situações nas quais o risco de se

utilizá-los é menor do que o de não fazê-lo”.

(WANNMACHER, 2007)

IDOR

RISCO NA GESTAÇÃO (FDA)

FARMACOCINÉTICAPEDIATRIA

IDOR

ALTERAÇÕES DO CORPO HUMANO

IDOR

ABSORÇÃOA absorção de medicamentos nos lactentes de menos de 6 meses

pode variar devido ao esvaziamento gástrico, que é menor no prematuro e

maior em neonato e lactente.

Até 4 dias de vida prematuros podem não apresentar secreção

gástrica.

• Evitar medicamentos dependentes do baixo pH estomacal.

A velocidade do trânsito intestinal no lactente é maior, atingindo

níveis adultos ao redor dos 6 a 8 meses de idade.

• Evitar medicamentos com absorção entérica.

OBS: Se a via de administração for intramuscular, a absorção no

prematuro pode ser afetada devido a baixa massa muscular e uma pobre

perfusão sanguínea em vários músculos.

IDOR

ABSORÇÃO

IDOR

ABSORÇÃO

A absorção cutânea em recém-nascidos, infantes e crianças é

substancialmente maior em comparação com a de adultos, devido ao

subdesenvolvimento da barreira epidérmica, maior hidratação do extrato

córneo e maior área de superfície

IDOR

ABSORÇÃO – RECÉM NASCIDO X CRIANÇAS MAIORES E ADULTOS

FÁRMACO

AMPICILINA

DIAZEPAM

DIGOXINA

FENITOÍNA

FENOBARBITAL

PARACETAMOL

ABSORÇÃO ORAL

AUMENTADA

NORMAL

NORMAL

DIMINUÍDA

DIMINUÍDA

DIMINUÍDAIDOR

DISTRIBUIÇÃO

Quantidade de água x Superfície corporal

Peso corporal do recém nascido = percentual de70% a 75% de água – adulto 50% a 60%.

Melhor distribuição de fármacoshidrossolúveis (ampicilina e aminoglicosídeos)

Dificuldade em concentrar fármacoslipossolúveis

IDOR

DISTRIBUIÇÃO

Ligação as proteínas séricas

Medicamentos que se ligam a proteínas séricas,

como diazepam,fenitoína, ampicilina e fenobarbital

pode-se encontrar níveis plasmáticos aumentados, pois

essa ligação, principalmente albumina, na infância é

diminuída.

Medicamentos podem competir com a bilirrubina

na ligação a albumina (sulfonamidas).

IDOR

BIOTRANSFORMAÇÃO

IMATURIDADE DO SISTEMA ENZIMÁTICO

Muitas enzimas que metabolizam fármacos estão em concentrações baixas

ao nascer, embora haja indução de algumas isoenzimas específicas depois

do nascimento.

Cuidado ao calcular ajuste de dose por peso e superfície corpórea,

pois com o desenvolvimento, enzimas surgem e aceleram o metabolismo

hepático, causando uma instabilidade na depuração dos fármacos.

No recém nascido a depuração é lenta e meias-vidas de eliminação

prolongadas, o que vai mudando com o desenvolvimento.

IDOR

EXCREÇÃO

Função Renal Imatura

Nos recém nascidos a termo tem reduções acentuadas da TFG –

taxa de filtração glomerular, que passa a assemelhar-se à do adulto entre 6

e 12 meses de idade.

Recomendações para correção de dose em crianças são variáveis de

acordo com o fármaco e faixa etária.

t ½ (meia-vida)– aumentado

IDOR

EXCREÇÃO

FÁRMACO T ½ NEONATO (HORAS) T ½ ADULTO (HORAS)

Diazepam 25 - 100 40 - 50

Digoxina 60 - 70 30 - 60

Fenitoína 0 a 2 dias – 803 a 14 dias - 1814 a 50 dias - 6

12 - 18

Fenobarbital 0 a 5 dias – 2005 a 15 dias – 1001 a 30 meses - 50

64 - 140

Paracetamol 2 – 2,5 0,9 – 2,2

Salicilatos 4,5 - 11 10 - 15

Teofilina Recém nascidos – 13 – 26Criança – 3 - 4

5 - 10

IDOR

ADMINISTRAÇÃO INTRAVENOSA

A administração intravenosa de fármacos em recém-nascidos requer

atenção especial devido a pequeno calibre das veias, presença de maior camada

adiposa e emprego de pequenos volumes (expondo a erros de diluição).

Os excipientes presentes em algumas das formulações intravenosas

podem causar diversos efeitos adversos. Há relatos de hiperosmolaridade

resultante da administração intravenosa de preparação de multivitamínicos

contendo propilenoglicol.

Propilenoglicol, álcool benzílico e polietilenoglicol causam toxicidade em

neonatos devido à função renal imatura.

Preparações injetáveis contendo álcool benzílico têm sido relacionadas à

ocorrência de síndrome respiratória em prematuros e crianças. Possivelmente, seu

metabólito promove acidose metabólica, o que aumenta a hemorragia

intraventricular e conseqüente mortalidade.

IDOR

FARMACODINÂMICAPEDIATRIA

IDOR

FARMACODINÂMICA

As diferenças farmacodinâmicas entre pacientes

pediátricos e adultos não foram bem exploradas, mas

certamente existem.

Vale citar efeitos de medicamentos em crianças tais

como:

- tetraciclinas – formação dentária

- fluoroquinolonas – cartilagem do crescimento

IDOR

FARMACODINÂMICA

IDOR

FARMACODINÂMICA

Fatores que influenciam na farmacodinâmica

DOSE

POSOLOGIA

FORMA FARMACÊUTICA

DURAÇÃO DO TRATAMENTO

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

ADESÃO AO TRATAMENTO

Devem ser criteriosamente calculados em relação aopeso ou superfície corpórea

Avaliada de acordo com idade,desenvolvimento da criança e capacidadede deglutição.

Não ultrapassar data limite detratamento ou até suspender o uso assimque desaparecerem os sintomas

Principalmente com nutrientes

Dependente dos responsáveis

IDOR

MEDICAMENTOS UTILIZADOS EM CRIANÇA

ANALGÉSICOS E ANTITÉRMICOS

FORMA FARMACÊUTICA

DOSE DIÁRIA

DOSE MÁXIMA INTERVALO

PARACETAMOL Sol. Oral 200mg/mlCom. 500 e 750 mg

10 a 15 mg/kg/dia

100 mg/kg/dia 4-6

IBUPROFENO Suspensão oral 20mg/ml

Comp. 300 e 600 mg

5-10 mg/kg/dose

40 mg/kg/dia 6-8

DIPIRONA Sol. Oral 500mg/ml

- - 6

IDOR

RECOMENDAÇÕES AGENTE CONTRA-

INDICAÇÕES

GRAVIDEZ AMAMENTAÇÃO FUNÇÃO RENAL FUNÇÃO

HEPÁTICA

PARACETAMOL Alergia B É excretado no leite

materno

TFGE 10 - 50

ml/min: administrar a

cada 6 horas.

TFGE < 10 ml/min:

administrar a cada 8

horas.

Utilizar com

cautela.

Evitar o uso crônico

na IH

Not exceed 2 g/24

h

AGENTE CONTRA-INDICAÇÕES GRAVIDEZ AMAMENTAÇÃO FUNÇÃO RENAL FUNÇÃO

HEPÁTICA

DIPIRONA Alergia/Asma/Rinite

Porfiria/Deficiência

G6PD

Distúrbio medular

C A lactação deve ser

evitada durante e até

48 horas após o uso

de dipirona, devido à

excreção dos

metabólitos no leite

materno.

Em pacientes com

insuficiência renal,

evitar o uso de altas

doses de dipirona. À

curto prazo não é

necessária redução

da dose.

Em pacientes com

insuficiência

hepática, evitar o

uso de altas doses

de dipirona. À curto

prazo não é

necessária redução

da dose.

AGENTE CONTRA-

INDICAÇÕES

GRAVIDEZ AMAMENTAÇÃO FUNÇÃO RENAL FUNÇÃO

HEPÁTICA

IBUPROFENO Alergia/Asma/Rinite

Diatéses hemorrágicas

Úlcera péptica

Não determinado Não determinado Recomenda-se o uso

da medicação com

função renal

preservada.

Evitar na doença

hepática grave

Precaution

IDOR

ANTIBIÓTICOS

- Amoxicilina (ácido clavulônico)

- Azitromicina (acima de 6 meses)

- Cefaclor

- Cefalexina

- Eritromicina, estolato (> biodisponbilidade em crianças)

- Claritromicina (acima de 6 meses)

- Metronidazol

- Trimetoprima/sulfametoxazol*

- Rifamicina

FÁRMACOS COMUNS EM PEDIATRIA

IDOR

ANTIFÚNGICOS

- Cetoconazol/ Fluconazol;

- Griseofulvina;

FÁRMACOS COMUNS EM PEDIATRIA

IDOR

ANTI-HISTAMÍNICOS

- Dexclorfeniramina;

- Fexofenadina;

- Dimenidrinato;

- Hidroxizina;

FÁRMACOS COMUNS EM PEDIATRIA

IDOR

ANTIEMÉTICOS

- Bromoprida;

- Domperidona;

- Dimenidrinato;

- Metoclopramida;

?

FÁRMACOS COMUNS EM PEDIATRIA

IDOR

ANTIASMÁTICOS

- Salbutamol;

- Salmeterol;

- Brometo de ipratrópio + Fenoterol

- Beclometasona;

- Fluticasona;

- Prednisolona;

- Montelucaste;

- Cromolina.

FÁRMACOS COMUNS EM PEDIATRIA

IDOR

ANTICONVULSIVANTES

- Ácido Valpróico (Acima de 10 meses)

- Carbamazepina (< 6 anos)

- Fenobarbital

FÁRMACOS COMUNS EM PEDIATRIA

IDOR

DESCONGESTIONANTES, EXPECTORANTES E ANTITUSSÍGENOS

- Sorine®;

- Hedera helix (RN);

- Guaifenesina;

- Acetilcisteína;

- Bromexina e Ambroxol

- (a partir de 1 ano)

FÁRMACOS COMUNS EM PEDIATRIA

IDOR

OREXÍGENOS

- Buclizina;

- Biotônico Fontoura;

- Polivitamínicos.

FÁRMACOS COMUNS EM PEDIATRIA

IDOR

ANTIPARASITÁRIOS

- Permetrina – Escabiose e Pediculose;

- Ivermectina – Escabiose e Pediculose;

- Albendazol;

- Secnidazol;

FÁRMACOS COMUNS EM PEDIATRIA

IDOR

Outros- Simeticona e Dimeticona;

- Pimetixeno;

- Metilfenidato;

- Repositores da flora intestinal.

FÁRMACOS COMUNS EM PEDIATRIA

IDOR

FARMACODINÂMICA - INTERAÇÕES

FÁRMACO MECANISMO EFEITO

Hidróxido de alumínio Quelação de fósforo, ferro e ácido fólico

Constipação

Carbonato de Cálcio Quelação de fósforo encontrado em nutrientes

Potencial quelação de ferro

Deficiência dos elementos na dienta

Cefuroxima Aumento da absorção com nutrientes

Aumento da eficácia antimicrobiana

Claritromicina Absorção retardada por alimentos

Diminuição da eficácia antimicrobiana

Digoxina Redução na absorção por alimentos ricos em fibras

Diminuição da eficácia

Metronidazol Alteração do paladar Diminuição do apetite

Omeprazol Redução da absorção de ferro e vitamina B12

Deficiência de nutrientes

Fenobarbital Indução de metabolismo de vitaminas D e B12

Deficiência de vitaminas

CÁLCULOS DE DOSE EM PEDIATRIA

Dose calculada por peso ou superfície corpórea

Reajustes são necessários até um peso máximo de 25 a 30 Kg. Além

desse peso utiliza-se a dose preconizadas para adultos.

Prefere-se calcular dose por superfície corpóral quando o peso for

superior a 10 Kg.

Existem duas formas de calcular a superfície corpórea, com o

nomograma, onde se obtem a superfície corporal pela interseção do peso e

estatura, ou pela fórmula.

FÓRMULA PARA CÁLCULO DA SUPERFÍCIE CORPOREA

SC (m2) = 0,007184 X ( Altura (cm) )0,725) X ( Peso (kg) )0,425

IDOR

CÁLCULOS DE DOSE EM PEDIATRIA

NOMOGRAMA

CÁLCULOS DE DOSE EM PEDIATRIA

Equação de Cockcroft-Gault

IDOR

CÁLCULOS DE DOSE EM PEDIATRIA

NOME DA REGRA OU

FÓRMULA

PARTICULARIDADE DA

REGRA

FÓRMULA

Regra de Clark Peso corporal < 30 kg DP = DA x peso da criança

Regra de Law < de 1 ano de idade DP = idade da criança(meses) X DA

Fórmula de Young 1 a 12 anos de idade DP = idade da criança(meses) x DA

70 kg

150

(idade da criança + 12)

DA = Dose do adulto já estabelecidaDP = Dose Pediátrica

IDOR

DETERMINAÇÃO DA POSOLOGIA COM BASE EM PESO, IDADE E ÁREA DE SUPERFÍCIE CORPORAL

PESO (KG) IDADE APROXIMADA ÁREA DE SUPERFÍCIE CORPORAL (m2)

PERCENTAGEM DA DOSE DO ADULTO (%)

3 Recém-nascido 0,20 12

6 3 meses 0,30 18

10 1 ano 0,45 28

20 5,5 anos 0,80 48

30 9 anos 1,00 60

40 12 anos 1,30 78

50 14 anos 1,50 90

60 Adulto 1,70 102

70 Adulto 1,73 103

IDOR

FARMACOLOGIA GERIÁTRICA

IDOR

FARMACOLOGIA GERIÁTRICA

O aumento da longevidade do ser humano determina o aparecimento

de doenças crônicas associadas à idade mais avançada, as quais

contribuem para maior consumo de medicamentos.

População geriátrica é o segmento mais medicado da sociedade,

consumindo de 25 até 45% do total de fármacos vendidos em países

desenvolvidos.

IDOR

PRINCIPAIS ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS

IDOR

FARMACOCINÉTICAx

FARMACODINÂMICA

IDOR

FARMACOCINÉTICA

Alterações de DISTRIBUIÇÃO devido a diferente proporção dos

constituintes corporais e DIMINUIÇÃO DE DEPURAÇÃO RENAL de fármacos

são as mudanças farmacocinéticas mais relevantes no paciente idoso.

IDOR

FARMACOCINÉTICA

ABSORÇÃO

As mudanças fisiológicas incluem diminuição da

superfície de absorção, diminuição do volume sangüíneo esplâncnico,

aumento do pH gástrico devido a diminuição de secreçã gástrica e

redução da motilidade do trato gastrintestinal.

Observam-se diminuição do pico de concentração sérica

e demora no início do efeito (aumento da latência).

IDOR

FARMACOCINÉTICAMudanças Farmacocinéticas – Composição Corporal –

Distribuição de Fármacos

Redução em massa corporal magra, albumina sérica

e água corporal total e aumento no percentual de gordura

corporal resultam em alterações na distribuição dos

fármacos,dependendo de lipossolubilidade e ligação protéica.

Fármacos como:

Paracetamol – fármaco hidrossolúvel – aumenta concentração

sanguínea

Diazepam – altamente lipossolúvel – queda da concentração

plasmática IDOR

FARMACOCINÉTICABiotransformação

Diminuição de fluxo sangüíneo hepático a partir dos

65 anos acarreta alterações nas fases I e II do metabolismo de

fármacos. Há conseqüências clínicas quando o metabolismo de

fase II resulta em metabólitos ativos que se acumulam, como

diazepam. Se os metabólitos são inativos, não há problemas.

Alterações no metabolismo acarretam

prolongamento da meia-vida de alguns fármacos e podem alterar

a biodisponibilidade daqueles que sofrem metabolismo de

primeira passagem.

IDOR

FARMACOCINÉTICAFármacos de natureza ácida :

- Barbitúricos;

- Benzodiazepínicos

- Opióides

- Salicilatos

- Penicilinas

- Sulfonamidas

- Varfarina

OBS: Ajuste de dose somente em pacientes com hipoalbuminemia diagnosticada e

deficiência de depuração (renal ou hepática).

Tem albumina como principalsítio de ligação protéica.

Albumina diminuída em idosos

Aumentando a fração livre dofármaco, aumentando risco detoxicidade.

IDOR

FARMACOCINÉTICAFármacos excretados essencialmente pela filtração glomerular :

- Penicilinas

- Cefalosporinas

- Aminoglicosídeos

OBS: A meia vida de gentamicina, lítio e digoxina, por exemplo,

dobra em pacientes idosos, passando a ser de 4, 48 e 80 horas

respectivamente. Levando a necessidade de redução de doses ou

aumento de intervalo na administração.

Menor eliminação

IDOR

FARMACOCINÉTICAMECANISMO FISIOLÓGICO

ALTERADO

FÁRMACOS AFETADOS

Aumento de

Responsividade Tecidual

Anticolinérgicos

Lidocaína

Anti-histamínicos

Benzodiazepínicos

Barbitúricos

Opióides

Decréscimo da taxa de

albumina

Opióides

Salicilatos

Benzodiazepínicos

Barbitúricos

Varfarina

Sulfonamidas

Fenitoína

Decréscimo de

metabolismo hepático

Benzodiazepínicos

Morfina

Meperidina

Propoxifeno

Lidocaína

Varfarina

Propranolol

Barbitúricos

Decréscimo de excreção

renal

Penicilinas G e V

Ampicilina

Amoxicilina

Estreptomicina

Gentamicina

Tetraciclina

Doxiciclina

Lítio

Digoxina

FARMACOCINÉTICA

IDOR

FARMACODINÂMICA Fatores que influenciam na farmacodinâmica

DOSE

POSOLOGIA

FORMA FARMACÊUTICA

DURAÇÃO DO TRATAMENTO

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

ADESÃO AO TRATAMENTO

Devem ser criteriosamente adaptados de acordo com arecomendação para uso em idosos.

Avaliada de acordo com idade, capacidadede deglutição.

Não ultrapassar data limite detratamento ou até suspender o uso assimque desaparecerem os sintomas

Principalmente com medicamentos

Dependente do cuidador

IDOR

Insuficiência Hepática

Bilirrubina sérica

Albumina sérica

Tempo de protrombina

Presença de encefalopatia

Presença de ascite

Classificação Child-Pugh

IDOR

AJUSTE DE DOSE DE MEDICAMENTOS

Insuficiência Hepática

Argatroban

Amoxicilina-clavulanato

Caspofungina

Tigeciclina

Voriconazol

Antiretrovirais

Estatinas

IDOR

Insuficiência Renal

Ajuste de dose de medicamentos

Prolongamento do t1/2 de fármacos eliminados por excreção renal.

Monitorização da concentração plasmática (Vancomicina,

aminoglicosídeos)

Cockroft - Gault

Clearance de creatinina

(x 0.85 para mulheres)

ClCr = (140 – idade) x Peso

Creatinina x 72

IDOR

INSUFICIÊNCIA RENAL

Ajuste de dose de medicamentos

Aciclovir

Amicacina

Amoxicilina-clavulanato

Imipenem

Piperacilina-tazobactam

Teicoplanina

Vancomicina

OBS: Em paciente idoso as penicilinas apesar de terem excreçãopredominantemente renal, apresentam considerável margem desegurança.

IDOR

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAShttp://www.aap.org/bookstorepubs.html

http://www.fisterra.com/material/medicamentos/080118FarmacologiaPediatricaA

P_GruposTerapeuticos.pdf

http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/multimedia/paginacartilha/docs/farma

cosc.pf

http://www.fda.gov/default.htm

http://www.revistas.ufg.br/index.php/fef/article/viewFile/67/66

http://www.med.unne.edu.ar/catedras/farmacologia/temas_farma/volumen4/cap

5_geriatrica.pdf

Farmacologia Clínica: Fundamentos da Terapêutica Racional - Flavio Danni Fuchs &

Lenita Wannmacher & Maria Beatriz C. Ferreira

As Bases Farmacologicas da Terapeutica - Laurence L. Brunton, Alfred Goodman

Gilman

Farmacocinética Básica e Aplicada – Silvia Storpirtis; Maria Nlla Gai; Daniel Rossi de

Campos; José Eduardo Gonçalves – Rio de Janeiro, 2011. IDOR

Excercício - Casos Clínicos• Paciente Idoso: AF, paciente do sexo masculino, 75

anos, com insuficiência renal grave, tem comodoença pré existente hipertensão, diabetes eAlzheimer. Complete o caso e monte sua prescrição.

• Paciente pediátrico: Paciente RBO, 4 anos, comTumor renal (tumor de Wilms), em tratamento comantineoplásicos, com infecção de garganta, em usode antibiótico. Complete o caso e monte aprescrição.

IDOR