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Prevenção e Promoção à Saúde Geriatria e Gerontologia Dra Silvana de Araújo Geriatria/2006

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Prevenção e Promoção à Saúde

Geriatria e Gerontologia

Dra Silvana de Araújo

Geriatria/2006

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Promoção # Prevenção• Promoção é mais amplo e visa desenvolvimento de

pessoas, melhor entendimento e controle de sua saúde e bem estar; visa à sociabilização e relação com o ambiente; é multidimencional, envolve não só o indivíduo, mas sua família e outros grupos. Intersetorial: educação, saneamento, habitação, renda, trabalho, alimentação, meio ambiente, lazer, acesso a bens e serviços essenciais, desemprego, estresse, pobreza, violência, isolamento social

• Prevenção: refere - se a doenças e pode ser a nível primário, secundário, ou terciário

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Importância

• Grande aumento da população idosa

• Melhora da qualidade de vida

• Redução nos gastos com saúde pública

• Aumento da sobrevida

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Limitações

• Cultura com relação ao idoso

• Acesso a multidisciplinaridade

• Acesso a exames complementares, terapêutica e reabilitação

• Cooperação familiar e da sociedade

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Dificuldades

• No Brasil: a Medicina acabou enclausurada na prática individual, predominando visão por ótica curativa e acentuada divisão entre teoria e prática, entre psíquico e orgânico, entre indivíduo e sociedade (Torres, 2002)

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Promoção de Saúde

• Desde o relatório Lalonde (1974): “Adicionar vida aos anos.”

• Qualidade de vida (OMS)• Envelhecimento saudável dá lugar ao

envelhecimento ativo (Kalache & kickbush, 1997)

• Manutenção da autonomia• Manutenção da independência funcional

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Promoção à Saúde

• Fatores relacionados ao sistema de apoio: segurança financeira, combater o preconceito social, segurança pública para o idoso, formação de cuidadores qualificados

• Desenvolvimento pessoal: estilo de vida, auto - estima, adaptação a perdas, atividades físicas, sociais e culturais

• Tanatologia

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Promoção à Saúde

• Promover a mobilidade do idoso, que é de extrema importância para a manutenção da independência funcional

• Combater os fatores de risco para quedas

• Promover a integração social do idoso, que pode ser reduzida por: aposentadoria, urbanização, depressão, solidão, incapacidade de se deslocar ...

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Prevenção à Saúde - Primária• Primeiro nível: evitar os mecanismos e fatores

desencadeantes da doença antes que esta tenha se instalado ( ex. osteoporose, imunizações, programas educacionais, atividades físicas, grupos de convivência ),

• Segundo nível: requer o conhecimento epidemiológico com vistas a estruturar programas de rastreamento visando detectar a doença enquanto assintomática ou curável, e combatê - la. Ou ainda tentar reduzir o ritmo da evolução de uma doença crônica

• No idoso é de particular importância pelo efeito Iceberg.

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Prevenção Primária (segundo nível)

• Reforço das ações dirigidas à detecção precoce de doenças crônico-degenerativas como HAS, DM, osteoporose

• Rastreio precoce de danos auditivos, visuais, proprioceptivos

• Utilização de protocolos próprios para situações comuns entre idosos, tais como risco de queda, alterações do humor e perdas cognitivas

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Prevenção Primária – segundo nível

• Prevenção de perdas dentárias e de outras afecções da cavidade bucal

• Prevenção de deficiências nutricionais• Avaliação das capacidades e habilidades

funcionais no ambiente domiciliar, com vistas à prevenção da perda de independência e autonomia

• Prevenção do isolamento social

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Prevenção Secundária

• Pressupõe o diagnóstico e tratamento precoces para idosos com capacidade funcional preservada (poderiam ser atendidos por clínicos bem treinados) e

• Limitação da invalidez para idosos frágeis, com múltiplas patologias (geriatria seria mais recomendada)

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Leavell e Clarck, 1976

Prevenção Terciária

• Terciária: tratar precocemente as doenças sintomáticas estabelecidas e suas complicações, evitar perda funcional. – Reabilitar precocemente

• È a prevenção mais prevalente no idoso acima de 75 anos, devido às múltiplas comorbidades já instaladas, associadas a problemas sociais

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Estratégias para Prevenção

• Diagnóstico e tratamento precoce das doenças

• Resolução dos processos agudos sociais

• Aperfeiçoar o estado funcional do idoso, nem sempre a cura é possível

• Prover adequação ambiental, social aos pacientes que estão deixando o hospital

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Estratégias para Prevenção

• Cuidados adequados para pacientes terminais• Suporte e informação aos cuidadores• Identificar situações de risco• Multidisciplinaridade• Acesso à ajuda na comunidade local• Treinamento ao trabalhador da saúde para

cuidados com idoso

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Prevenção à saúde

• Doenças mais prevalentes: cardiovasculares, pulmonares, neoplasias, injúrias, dçs. infecciosas, musculoesqueléticas, sensoriais e demência

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Prevenção à saúde

• Dçs. Cardiovasculares:– H.A.S.: identificação e tratamento de H.A.S. é a

melhor forma de prevenção para dçs. CV, principalmente no idoso

– O tto da H.A.S. mostra redução da morbidade, de eventos cerebrovasculares

– Deve ser investigada H.A.S. a cada 1-2 anos (US Preventive Task Forces)

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Prevenção à saúde

• Tabagismo:– Seu combate também tem benefícios em

idosos: reduz IAM, disfunção pulmonar e mortalidade

– Representa fator de risco claro para dçs. Cardiovasculares, pulmonar, gastrointestinal e neoplasias

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Prevenção à saúde

• Sedentarismo:– Exercícios são válidos na prevenção primária

de dç. CV e de morte– Relação com longevidade– Prevenção secundária pós IAM– Estimular exercícios aeróbicos e de resistência

conforme tolerados

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Prevenção à saúde

• Dislipidemias:– Forte relação com desenvolvimento de dç.

aterosclerótica– Ideal: modificação do estilo de vida desde a

juventude– Investigação do colesterol a cada 5 anos

(adultos), em idosos indefinido tempo exato

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Prevenção à saúde

• Os idosos só ultimamente têm sido envolvidos em estudos

• Uso de vastatinas tem sido relacionado a redução da morbimortalidade

• >75 anos assintomáticos: questiona - se sua investigação

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Prevenção à saúde

• Aspirina:– Prevenção secundária de IAM, AVC isquêmico– Dose: 80 a 325 mg / dia

• Prevenção secundária rígida pós IAM e AVC: cessar tabagismo, controle lipídico, combate à obesidade, TRH, controle pressórico

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Prevenção de neoplasias

câncer de mama: neoplasia muito prevalente em idosas– Redução da morbimortalidade com o

diagnóstico precoce– Mamografia a cada 1 ano ( dos 40 aos 50 anos )

e a cada 2 anos a partir dos 50 anos– Exame clínico anual (palpação)

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Mamografia– Soc. Americana de câncer: mamografia anual > 50 a

ou a cada 1-2 a para 50-69a– US and Canadian Task Fource: anual dos 50 aos 69

anos e após 70 anos de acordo c/ clínica– American Geriatrics Society: Mamografia a cada 1 a

3 anos para 70-85 anos– Forum of Breast Cancer Screening in Older Women:

mamografia bianual até 75 anos e após se o estado geral de saúde for bom e a expectativa de vida longa

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Câncer de mama

• Fatores de risco: história familiar positiva para parentes de primeiro grau, reposição estrogênica pós - menopausa, nuliparidade, radiação do tórax

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Câncer colorretal

• Alta incidência entre 70 e 80 anos

• Fatores de risco: história de ca cólon anteriomente, história familiar de pólipos adenomatosos, dç. Crônica inflamatória do intestino

• Prevenção primária: dieta com fibras, emagrecimento

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Câncer colorretal• Prevenção secundária: toque retal anual,

pesquisa de sangue oculto nas fezes anualmente após 50 anos, retossigmoidoscopia a cada 3 - 5 anos

• Colonoscopia a cada 5 anos se risco elevado

• Após 85 anos com o declínio da saúde, ou se pesquisa prévias negativas, cessar prevenção

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Câncer de Pulmão

• Principal prevenção primária é cessar tabagismo

• Prevenção secundária com RxTx, exame de escarro não têm sido eficazes

• Fatores de risco: tabagismo ( risco elevado até 15 anos após cessar fumo ), exposição a asbesto, urânio e radiação

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Câncer cervical • Fatores de risco: múltiplos parceiros sexuais,

infecções pelo HPV• Exame pélvico e Papanicolau anual, se 3 exames

consecutivos normais, passar 2 - 3 a• O Papanicolau em idosas não é bem definido (seu

uso pode diminuir ou descontinuar após 65-69 anos)• Na ausência de investigação anterior e naquelas

pacientes com grande expectativa de vida, manter prevenção

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Câncer de próstata

• Maior prevalência nos homens idosos

• Mortalidade eleva com a idade

• Fatores de risco: história familiar positiva

• Toque retal anual após 40 anos

• PSA anual após 50 anos

• Ultrassonografia pélvica ou transretal, se sugestivo

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Câncer de próstata

• Crescimento lento: questiona - se a prevenção e tto da dç. em pacientes > 80 anos, ou com múltiplas dçs. associadas

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Prevenção à saúde

• Doenças infecciosas:– Prevenção primária: vacinação – Pneumocócica: polissacárides de pneumococos,

protege por 9 anos ou mais. Dose única após 65 anos, repetir se dose anterior antes dos 65 anos.

– Influenza: anualmente, sobretudo para dçs. crônicas, DPOC, institucionalizados. Proteção de 60 - 80%. Reduz morbimortalidade e complicações virais

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Prevenção à saúde

• Doenças infecciosas:– Tétano - difteria: reforço a cada 10 anos

• Diabetes melitus: não há prevenção específica, mas deve - se orientar dieta, controle de peso, exercícios– Investigação periódica da glicemia

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Prevenção à saúde

• Doença tireoidiana: – Realizar TSH periodicamente em

assintomáticos– Apresentação atípica na maior parte dos casos

• Osteoporose: prevenção primária: TRH logo após menopausa, exercícios físicos, cálcio na dieta, combater tabagismo

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Prevenção à saúde

• Osteoporose: prevenção secundária: densitometria óssea para pacientes de risco, assintomáticas.– Prevenção de fraturas, combatendo - se os

fatores de risco para quedas

• Déficits sensoriais: após 65 anos avaliação a cada 1-2 anos para glaucoma, assim como audição

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Prevenção à saúde

• Demências: prevenção das demências de causas reversíveis e demência vascular ( controle dos fatores de risco para aterosclerose e êmbolos )

• Prevenção nos asilos: normalmente a nível terciário, com atenção e combate à imobilidade, incontinência, perda funcional.