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Fatores da produtividade japonesa Luciano S. Gaino Professor na EAESP/FGV, com especialização em administração de recursos na Harvard Business Scholl e em relações trabalhistas no Japan Institute of Labor; superintendente de Recursos Humanos da S.A. O Estado de São Paulo e diretor da Polis Consultoria de Política e Estratégia S. C. Ltda Durante a década de 63-73, a economia japonesa cresceu a uma média de 10,2%, taxa acima da média dos países ocidentais mais desenvolvidos. Mesmo após a crise do petróleo, observa-se que a taxa do PNB japonês manteve-se mais elevada do que as reveladas pelos demais países. Há uma série de causas internas e externas que podem ser destacadas como responsáveis pela sustentação desse crescimento econômico, mas parece haver certa evidência de que alguns fatores são chave no sucesso: a) ampla disponibilidade de recursos humanos educados e disciplinados; b) alto nível de poupança entre as famílias; c) elevado espírito competitivo dos principais protagonistas econômicos; d) sustentação de uma política governamental desenvolvimentista; e) ambiente econômico internacional favorável. Apesar da destruição provocada pela guerra, uma vasta quantidade de trabalhadores bem-educados e disciplinados estava apta a ser mobilizada para a imediata reconstrução econômica e para a rápida expansão começada em meados da década de 50. Essa foi uma herança valiosa da política educacional praticada pelo Japão desde o fim do século XIX, quando o imperador Meiji introduziu o ensino primário gratuito e obrigatório, uma das medidas tomadas com o objetivo de preparar o país para a industrialização e o desenvolvimento. Atualmente, o ensino compulsório tem a duração de nove anos, atendendo a totalidade das crianças japonesas. A partir do nível médio, o ensino começa a tornar-se seletivo, exigindo que os alunos se submetam a um exame para poder matricular-se, mas ainda assim 94% freqüentam os cursos colegiais ou técnicos, dos quais aproximadamente 40% atingem o nível superior. A partir do nível médio, a concorrência dos jovens ao nível superior torna-se altamente competitiva, pois freqüentar uma boa escola significa credenciar-se a um bom emprego nas boas empresas japonesas. Prover recursos para a educação dos filhos é um dos motivos que leva os japoneses a pouparem uma grande parcela dos seus rendimentos, mas tradicionalmente a poupança é considerada uma virtude e uma necessidade social para garantir a segurança das famílias sob condições relativamente insuficientes dos benefícios da seguridade social. A prática da concessão de gratificações duas ou três vezes por ano, realizada tanto pelas empresas privadas quanto pelas públicas, contribui para as altas taxas de poupança, que é canalizada para os bancos e instituições de seguro que, conseqüentemente, financiam projetos de investimento. Amplas doses de investimento nos setores privado e público, ano após ano, contribuíram para uma expansão da capacidade produtiva e da infra-estrutura econômica, ocasionando um incessante desenvolvimento no nível nacional de produtividade em todos os setores da economia. O espírito competitivo japonês ganhou nova dimensão logo após o fim da II Guerra Mundial, sendo redirecionado para a reconstrução do país, então ambientado numa série de programas de democratização econômica, política e social. A nova geração de administradores de negócios, guindada às posições executivas, defrontou-se com intensa competição para a sobrevivência das

Fatores Da Produtividade Japonesa

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Fatores da produtividade japonesa Luciano S. GainoProfessor na EAESP/FGV, com especialização em administração de recursos na Harvard Business Scholl e em relações trabalhistas no Japan Institute of Labor; superintendente de Recursos Humanos da S.A. O Estado de São Paulo e diretor da Polis Consultoria de Política e Estratégia S. C. Ltda  Durante a década de 63-73, a economia japonesa cresceu a uma média de 10,2%, taxa acima da média dos países ocidentais mais desenvolvidos. Mesmo após a crise do petróleo, observa-se que a taxa do PNB japonês manteve-se mais elevada do que as reveladas pelos demais países. Há uma série de causas internas e externas que podem ser destacadas como responsáveis pela sustentação desse crescimento econômico, mas parece haver certa evidência de que alguns fatores são chave no sucesso: a) ampla disponibilidade de recursos humanos educados e disciplinados; b) alto nível de poupança entre as famílias; c) elevado espírito competitivo dos principais protagonistas econômicos; d) sustentação de uma política governamental desenvolvimentista; e) ambiente econômico internacional favorável.Apesar da destruição provocada pela guerra, uma vasta quantidade de trabalhadores bem-educados e disciplinados estava apta a ser mobilizada para a imediata reconstrução econômica e para a rápida expansão começada em meados da década de 50. Essa foi uma herança valiosa da política educacional praticada pelo Japão desde o fim do século XIX, quando o imperador Meiji introduziu o ensino primário gratuito e obrigatório, uma das medidas tomadas com o objetivo de preparar o país para a industrialização e o desenvolvimento.Atualmente, o ensino compulsório tem a duração de nove anos, atendendo a totalidade das crianças japonesas. A partir do nível médio, o ensino começa a tornar-se seletivo, exigindo que os alunos se submetam a um exame para poder matricular-se, mas ainda assim 94% freqüentam os cursos colegiais ou técnicos, dos quais aproximadamente 40% atingem o nível superior.A partir do nível médio, a concorrência dos jovens ao nível superior torna-se altamente competitiva, pois freqüentar uma boa escola significa credenciar-se a um bom emprego nas boas empresas japonesas. Prover recursos para a educação dos filhos é um dos motivos que leva os japoneses a pouparem uma grande parcela dos seus rendimentos, mas tradicionalmente a poupança é considerada uma virtude e uma necessidade social para garantir a segurança das famílias sob condições relativamente insuficientes dos benefícios da seguridade social. A prática da concessão de gratificações duas ou três vezes por ano, realizada tanto pelas empresas privadas quanto pelas públicas, contribui para as altas taxas de poupança, que é canalizada para os bancos e instituições de seguro que, conseqüentemente, financiam projetos de investimento. Amplas doses de investimento nos setores privado e público, ano após ano, contribuíram para uma expansão da capacidade produtiva e da infra-estrutura econômica, ocasionando um incessante desenvolvimento no nível nacional de produtividade em todos os setores da economia.O espírito competitivo japonês ganhou nova dimensão logo após o fim da II Guerra Mundial, sendo redirecionado para a reconstrução do país, então ambientado numa série de programas de democratização econômica, política e social. A nova geração de administradores de negócios, guindada às posições executivas, defrontou-se com intensa competição para a sobrevivência das organizações sob condições econômicas caóticas. Foram necessários grandes esforços para reorganizar os recursos de produção e distribuição e instalar inovações tecnológicas para expandir e modernizar a produção e reduzir os custos de produção e operação.Uma das manifestações mais marcantes do espírito competitivo japonês está revelada no Sistema de Relações Trabalhistas adotado após a II Guerra Mundial, incentivando os empregados a se organizarem em sindicatos e barganharem coletivamente com as empresas. Estas, por sua vez, procuram atender às demandas aumentando a produtividade para satisfazer razoavelmente as reivindicações sindicais por salários mais altos e melhores condições de trabalho. Essa sinergia criou condições favoráveis para a expansão do mercado consumidor, parcialmente tornada possível pelo rápido crescimento salarial dos trabalhadores japoneses, possibilitando às empresas expandir os seus meios de produção para ganhar na economia de escala e baixar os custos por unidade. Esse crescimento da produtividade verificou-se também na agricultura, através da introdução de metodologias mais modernas

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de plantio e aproveitamento do solo escasso e do desenvolvimento de máquinas e equipamentos mais adequados.A devastação provocada pela guerra reduziu à metade o PNB japonês e a um terço a produção industrial, demandando um esforço de recuperação sem precedentes para reconstruir o país e retomar o desenvolvimento econômico. Nesse sentido, foram utilizados todos os recursos das políticas monetária e fiscal disponíveis para mobilizar a produção nacional, modernizar os recursos produtivos, expandir as exportações e o intercâmbio comercial internacional para garantir um suprimento continuado de energia e matérias-primas. Aproveitando o potencial dos recursos humanos, foram incentivados os programas de influxo e absorção de tecnologia através de uma efetiva utilização e desenvolvimento de novos conhecimentos científicos, associados à expansão de infra-estrutura econômica e social. Isso incluía melhorias nos sistemas de transporte e comunicação, mobilização dos recursos de capital, depreciação acelerada dos ativos, política de empréstimos a baixos juros, programas de subsídios, isenção ou redução de impostos e taxas, assistência e orientação do Banco Central nas operações dos bancos comerciais, para que suas atividades fossem eficazes e discriminadamente utilizadas para acelerar e redirecionar os fluxos de investimento de capital consistentemente com as altas taxas de crescimento econômico. Tais medidas proliferaram eficazmente, graças à estratégia traçada logo após o término da guerra para prover medidas que garantiriam estabilidade política por tempo prolongado, sob um regime liberal democrático.Além do esforço interno desencadeado para a reconstrução e o desenvolvimento do país, o Japão soube aproveitar as condições favoráveis da firme expansão da economia mundial que se deu durante as décadas de 50 e 60, geradas pelos programas de cooperação econômica entre os países de maior desenvolvimento industrial, firmando acordos que permitiram maior liberalização nas políticas de comércio e capital e redução ou isenção de tarifas alfandegárias. A facilidade de reorientar rapidamente a sua capacidade produtiva permitiu ao Japão maximizar suas exportações, respondendo prontamente às mudanças nos padrões internacionais de consumo, tão bem quanto às mudanças dos preços relativos internos.As crises da economia internacional da década de 70 não deixaram de afetar seriamente a realidade japonesa, altamente dependente da importação de energia e alimentos, acarretando sérias ameaças à estabilidade econômica do país, decorrentes da pressão inflacionária gerada pela elevação dos preços do petróleo, alimentos e matérias-primas importadas. Essas pressões afetaram também os movimentos trabalhistas, que demandaram elevações maiores nos salários para garantir um ganho real. Os desequilíbrios econômicos e sociais decorrentes da pressão inflacionária demandaram medidas para restabelecer as condições de equilíbrio necessárias ao desenvolvimento do país, incluindo a preocupação de preservar a tradição do emprego vitalício, um dos pontos de maior orgulho da prática trabalhista japonesa.O emprego vitalício, a remuneração por maturidade e o sindicato por empresa são três pilares aos quais se atribui o sucesso do sistema trabalhista japonês e, por extensão, boa parte do sucesso econômico-social daquele país. Dos três, apenas a organização sindical é regulada por lei, enquanto que o Emprego Vitalício e o Sistema de Remuneração estão assentados em tradições respeitadas pelas empresas. Entretanto, o sistema trabalhista não seria tão bem-sucedido se não estivesse ambientado num sistema econômico que permitisse a garantia do emprego e salário num clima de estabilidade viável. A integração dos sistemas educacional, trabalhista e econômico, interagindo com um lastro cultural peculiar às tradições do povo, traduz-se na produtividade japonesa.(http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-75901984000200005&script=sci_arttext )

Produtividade - O exemplo japonêsJapão uma máquina econômica ambiciosa e cujos métodos tornaram-se alvo da comunidade empresarial, que buscou compreendê-la para adaptá-los e alcançar melhores condições na competição global.

O Japão é o maior exemplo de sucesso e de melhoria de qualidade e produtividade. Neste e nos próximos textos convido a todos os leitores a dar um passeio por essa história tão fascinante e ao mesmo tempo intrigante. Uma história de competência, de poder de

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realização e de sucesso.

Durante longos anos o Japão se enclausurou completamente, fechando suas portas para o mundo. Foi a chamada Era Tokugawa que cobriu o período de 1603 a 1868. Nesse período tem origem os grandes valores da sociedade japonesa. Em 1853, os americanos invadiram a baía de Uraga e forçaram o Japão a abrir o seu comércio com outras nações. Esse foi o estopim inicial de um longo período de turbulência que culminou com uma guerra civil interna e diversos confrontos com outros povos em expansão. Os conflitos internos e externos só terminaram com a chamada Revolução Meiji, restaurando o império, unificando e inaugurando o processo de modernização do país.

Os sistemas feudalistas e dos samurais foram extintos tendo o cuidado de preservar todos os valores da sociedade. A filosofia instituída no Japão foi: �espírito japonês, tecnologia ocidental.�

A revolução industrial japonesa durou cerca de quarenta anos. Teve como objetivo a defesa da nação contra o avanço dos colonizadores europeus. A indústria bélica teve um papel fundamental neste processo de modernização, uma vez que contava com amplo subsídio do governo, favorecendo a formação dos chamados Zaibatsu, inspiração para Willian Ouchi intitular seu livro �Teoria Z, z de zaibatsu, onde as principais empresas eram organizadas em � �pequenos grupos. Cada grupo era composto por mais ou menos vinte a trinta grandes empresas, todas aglomeradas em torno de um banco poderoso. Essas grandes empresas representavam cada um dos importantes setores industriais da economia, como empresas de navegação, siderurgia, companhia de seguros, comércio, etc. Por outro lado, ao redor de cada uma dessas grandes empresas, existia uma série de empresas satélites que fabricavam submontagens ou prestavam serviços que eram vendidos exclusivamente a um único cliente maior. É importante observar que essas pequenas empresas não eram consideradas membros do grupo e por esta razão não desfrutavam da proteção financeira ou outros tipos de proteção oferecidos às grandes empresas. Esse modelo constituía um monopólio bilateral, onde as empresas satélites tinham somente um cliente e a grandes empresas somente um fornecedor para cada um de seus insumos. Por isso a importância da preservação de valores como confiança, sensibilidade e sutileza, e outros. 

O desenvolvimento industrial é apenas o aspecto visível que repousa sobre esses valores que permaneceram. Um outro aspecto importante a ser ressaltado, é que, apesar da figura formal do Imperador, com a Revolução Meiji ascenderam ao poder os ex-samurais, que, na falta de uma atividade militar, tornaram-se burocratas acumulando assim, alguma experiência administrativa. Esses ex-samurais levavam consigo os valores distintivos de sua classe: �compromisso com a educação, responsabilidade social, auto-respeito e devoção à tarefa que deviam cumprir. �

Externamente, o Japão adotou perante seus vizinhos uma atitude imperialista predatória a partir de suas vitórias nas guerras contra a China e contra a Rússia, no início do século. Tal postura culminou com a Segunda Guerra Mundial, cuja conseqüência foi a destruição quase que completa do país. Mais uma vez, os valores culturais seculares sobreviveram permeando o funcionamento da sociedade.

Após a Segunda Guerra o povo japonês estava decidido a apagar as lembranças do período anterior e buscar a prosperidade como nação. Com isso uma nova visão de poder se instalou: não mais a expansão através do poderio militar mas, através do poder econômico.

Para essa empreitada o Japão contou com os investimentos e a intervenção dos Estados Unidos. Apesar dos rigores da intervenção, particularmente nos aspectos econômicos, o Japão acabou se beneficiando da Guerra Fria entre os Estados Unidos e a União Soviética. Para manter um aliado no Oriente, os americanos afrouxaram algumas de suas exigências, permitindo a ascensão dos keiretsu, trustes industriais japonesas, com patrocínio do MITI � Ministry of International Trade and Industry. A grande diferença é que nos moldes americanos as empresas deveriam se desenvolver por si mesmas, enquanto que no Japão as indústrias estavam apoiadas no poder político que estava compromissado com sua prosperidade, disposto a protegê-la e fortalece-la, superando, inclusive, a indústria americana, antes de abrir o país ao comércio internacional. 

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Em 1960, o governo japonês traçou um plano de longo prazo e estratégias para dobrar o PIB em um prazo de dez anos. Desencadeou-se, assim, o período de alto crescimento do país, tornando-o uma das nações mais avançadas do mundo. Assim, o período pós-guerra, caracterizado por uma crise generalizada cedeu, incluindo a consolidação do que se considera os três pilares da recuperação do país em pouco mais de duas décadas: um partido político forte consolidado no poder, paz trabalhista e unificação do povo.

Além disso, outros fatores contribuíram para formar o amplo quadro de referência da sociedade japonesa: o compromisso do governo com a educação, além da valorização cultural, uma alta taxa de poupança interna, a ampla utilização dos serviços de consultoria para o desenvolvimento empresarial, a compra de tecnologia, a manutenção da essência de valores culturais seculares, apesar do processo de ocidentalização do estilo de vida ocorrido a partir do início da restauração.

É dentro deste contexto que se desenvolveu a administração japonesa, que transformou o país numa máquina econômica ambiciosa e cujos métodos tornaram-se alvo da comunidade empresarial, que buscou compreendê-la para adaptá-los e alcançar melhores condições na competição global. 

Foi na Era Meiji que pela primeira vez uma palavra correspondente a �produtividade foi usada. �Mesmo assim seu significado ainda não correspondia ao conceito atual, pois derivava da palavra productiviness� � que na verdade significava algo como à �capacidade de produção �. Durante a Segunda Guerra Mundial a palavra �produtividade passou a ser usada comumente, �porém, no sentindo de eficiência de investimento� �, conforme atestam periódicos econômicos e de negócios daquela época. 

Definir o que vem a ser produtividade talvez não seja o mais importante, até porque ela, assim como a qualidade, foi sendo definida de várias maneiras ao longo da história. Na verdade a palavra produtividade foi mencionada pela primeira vez em um artigo científico assinado por François Quesnay em 1766, uma década antes do início da Revolução Industrial. Dez anos mais tarde o grande Adam Smith, pai da economia moderna, admitia a existência de um tipo de trabalho que produz valor e esse deveria ser chamado de trabalho produtivo. Mais de cem anos depois, Jevons, em 1878, esboçava a primeira definição de produtividade, embora inconscientemente, ao afirmar que: �o grande objetivo do trabalho deve ser tornar o trabalho o mais produtivo possível, isto é, conseguir a maior quantidade de riqueza que pudermos com uma razoável quantidade de trabalho �. Em 1883 Littre definiu produtividade como sendo a faculdade de produzir ou � � �desejo de produzir �. 

O crescimento e desenvolvimento econômico de uma empresa e até mesmo de um país está diretamente relacionado ao crescimento da qualidade de seus produtos e serviços e consequentemente de sua produtividade A melhor distribuição dos ganhos gerados pelo aumento da produtividade é o que se denomina de Valor Adicionado. Essa premissa é relativamente nova. Trata-se de uma questão que surgiu, coincidentemente, no mesmo período da Revolução Industrial quando muito se falou em produtividade, mas o conceito ainda não estava claro. Foi somente no início do século XX que o termo adquiriu o significado preciso e que prevalece até hoje. 

A partir da primeira metade do século XX, quando a febre da produção em massa já começava a mostrar sinais de cansaço, os problemas de capacidade e sistema de produção começaram a vir a tona, em função disso e com a intervenção de economistas como Marx, Schumpeter, Keynes e outros, o conceito de produtividade galgou a uma posição de destaque transformando-se em um importante indicador tanto no gerenciamento empresarial como na economia.