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“Reciclar é bonito. Quer ser o Patinho Feio?” Boletim do que por cá se faz. FAZENDO Edição nº. 4 | Quinzenal DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Quinta-feira 13 NOVEMBRO 2008 Agenda Cultural Faialense

FAZENDO 4

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Agenda Cultural FaialenseComunitário, não lucrativo e independente.

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Page 1: FAZENDO 4

“Reciclar é bonito. Quer ser o Patinho Feio?”

Boletim do que por cá se faz.

FAZENDOEdição nº. 4 | Quinzenal

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Quinta-feira13 NOVEMBRO 2008

Agenda Cultural Faialense

Page 2: FAZENDO 4

#2 COISAS... compostas

Benvindos a esta terra rodeada por maronde todos os homens se deixam estar.

Será isto verdade?

Olhamos para longe, onde tudo se desenvolve, tudo se movimenta, tudo cresce, e dizemos, já por tradição, que aqui, nada acontece. Mantemos os olhos bem abertos, direccionados para Lisboa, Porto, e Coimbra: espaços abrem, espaços fecham, pessoas, artistas, cientistas, nascem, visitam, ou são atraídos até. Toda a actividade destas grandes cidades dever-se-á certamente ao grande fluxo de pessoas, ao investimento por parte de empresas e instituições e à grande densidade populacional que estas comportam. Mas, perguntamos, quais as difi-culdades apresentadas ao cidadão comum, desde a concepção até à concretização de uma ideia, num destes grandes centros? A verdade é que estes sítios de grande dimensão encontram-se sobrepopulacio-nados e o espaço físico que poderia ser aproveitado para tais construções é limitado, tanto porque, devi-do ao anterior, existe alguém em cada canto, como também, a área disponível para novos investimentos é escassa. Para além do mais, nas grandes cidades, a tendência para a estratificação social é maior, tor-nando a comunicação entre indíviduos de diferentes classes precária, quase inexistente. A dificuldade do passo inicial para a concretização de novas ideias que abranjam classes sociais distintas é acrescida. O próprio processo de abertura de novos estabeleci-mentos comerciais ou espaços culturais é demorado e extremamente competitivo.Nós, neste pequeno lugar, por muitos inconvinientes

que possamos evidenciar, temos facilidades que não se encontram nos grandes centros. Somos quinze mil, mas conhecemo-nos todos. Somos pequenos, mas temos muito por onde crescer. Somos ricos e pobres, mas nem tantos de uns nem de outros. Crescemos juntos, pois não temos para onde fugir. Estas características tornam possível acções indi-viduais e colectivas capazes de movimentar várias pessoas e instituições. O facto de sermos poucos e pequenos permite-nos estar a par da situação actual pormenorizadamente e obter uma cooperação entre todos mais forte e coesa. A prova disto é este jornal, criado em menos de três semanas.Hoje e aqui, experienciamos uma grande desenvoltu-ra cultural que se exprime de diversas formas: temos músicos, pintores, cineastas, escritores e até cientis-tas. Adquirimos um estatuto científico reconhecido no exterior através do trabalho desenvolvido, em particular, pelo DOP, departamento o qual muitos e de vários países escolhem como local de trabalho. Agora, crescemos também no universo das artes, refira-se o Cineclube da Horta que este ano, através do FFF08, atraiu grandes nomes do cinema, como Fernando Meirelles, e promoveu o contacto entre pólos de desenvolvimento cultural (Cineclubes) a nível nacional. Sem esquecer também de mencionar o Museu da Horta que para além de dar formação em pintura, a nós residentes, tem trazido várias ex-posições de nível internacional e dado relevância à arte regional. De outro ângulo, no meio de nós, têm nascido diferentes iniciativas, como a banda “Ban-darra”, que mais cedo ou mais tarde, sem sombra de dúvida, será ouvida por muitos outros que não faialenses, ou até, entrelaçada com a nossa cultura, nascem, de outra cultura, mornas caboverdianas pela voz e engenho de Alexandre Delgado, entre outros

projectos originais. Fora da arte e da ciência surgem também iniciativas que contribuem para outro tipo de cultura, aquela feita pelos hábitos e mentalidades das pessoas, como o jornal “Avenida Marginal” em que a voz é dada ao povo. A adicionar a tudo isto, es-tão aqueles indivíduos que por esta razão ou aquela passam por cá e decidem ficar, fazendo arte, constru-indo cultura, como este último caso de Pedro Solà, uma dádiva da Argentina. Não podemos ignorar a contribuição de todos os que nesta ilha não nasce-ram mas que a decidiram adoptar como sua, pois sem dúvida, grande parte deste impulso cultural deveu-se a estes – Estrangeiros e Portugueses continentais – por várias razões para além da mais evidente - a de constituriem um público interessado e participa-tivo. Os factos acima apresentados são sinais óbvios de que o panorama cultural se encontra em desenvol-vimento nesta pequena terra rodeada por mar. Mas, para continuarmos crescendo neste sentido os ho-mens não se poderão deixar estar. É necessário o in-teresse e a participação de todos: o Teatro Faialense, durante o FFF08, na maior parte dos dias, teve o auditório principal meio cheio e meio vazio. Um observador independente diria que tal crescimento cultural não está de acordo com a necessidade do sí-tio em questão pois não há público para os eventos promovidos e concretizados. No entanto, este ob-servador, não seria um de nós, porque se aqui tivesse nascido e vivido, sabia perfeitamente que o número de pessoas interessadas é muito maior do que aquele que se observa nos espaços culturais. Assim, e com entusiasmo, apelo a que a vontade supere a inércia que nos assombra, para que possamos finalmente crescer.

Jácome Armas

FICHA TÉCNICA

FAZENDOIsento de registo na ERC ao

abrigo da lei de imprensa 2/99 de 13 de Janeiro, art. 9º, nº2.

DIRECÇÃO GERALJácome Armas

DIRECÇÃO EDITORIALPedro Lucas

COORDENADORES TEMÁTICOS

Catarina AzevedoLuís MenezesLuís Pereira

Pedro GasparRicardo Serrão

Rosa Dart

COLABORADORESAriadna BigarósBeatriz OliveiraIlídia QuadradoJaen Nieto AmatRenata Lima

Ricardo Guilherme

GRAFISMO E PAGINAÇÃOVera Goulart

[email protected]

ILUSTRAÇÃO CAPALuís Rocha

PROPRIEDADEJácome ArmasPedro Lucas

SEDERua Rogério Gonçalves, nº18,

9900-Horta

PERIODICIDADEQuinzenal

Tiragem_400

IMPRESSÃOGráfica O Telegrafo, De Maria

M.C. Rosa

[email protected]

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Fernando Lopes, realizador homenageado no FFF08, abismado com a nossa grandiosa rosa-dos-ventos, decidiu realizar um filme do género documentário não sobre o arqué-tipo artístico, segundo ele, quase divino, que concebeu esta obra prima mas sim sobre o método de construção da mesma ordenado

pelo Engenheiro Arantes e Oliveira e orien-tado pelo mestre José da Silva em 1961. Este documentário de dez horas consiste numa re-posição da construção original no espaço de criação deste grande mestre: uma adega no Capelo. Fernando Lopes num último sopro, após um discurso de quarenta e cinco minu-tos que lhe desidratou quase por completo, babujou ao público que desta vez a comun-hão entre ele e ‘o seu amigo mestre José da Silva’ tinha sido religiosamente estabelecida por intermédio de uma garrafa de aguardente de mel de produção caseira. Antes de cair re-dondo no chão, Fernando Lopes desculpou-se afirmando ter presenciado uma aparição da Nossa Senhora da Conceição que o forçou ao visionamento do fundo da garrafa desta especialidade. A não perder, no FFF09, a antestreia desta grande realização que per-mitirá ao público entrar no seu inconsciente profundo e sonhar com as suas próprias cria-ções artísticas até ao exacto momento em que alguém, desconfortávelmente sentado, se le-vante e bata palmas.

Jacobino Louco

Luís Rocha

A cronicazinha...

Fazer em cima do joelhoFernando Lopes apresentará novo documentário no FFF09

O Projecto “Açores em Dança”, apoiado pela Presidência do Governo Regional dos Açores - Di-recção Regional da Cultura, consiste na realização de um workshop de dança, denominado “A Arte e Natureza do Corpo em Movimento”, com a duração de uma semana, em cada uma das ilhas dos Açores. Tem como principal objectivo alargar e dinamizar a prática desta arte, através do ensino da vertente de “Improvisação em Dança”.Cada workshop, organizado e leccionado por Beat-riz, dirige-se a adolescentes e adultos que tenham in-teresse e curiosidade em explorar o seu próprio mo-vimento, de uma forma natural, livre e espontânea, de acordo com a teoria de Bonnie Bainbridge Cohen (Body-Mind Centering). Deseja-se, assim, motivar o estudo do corpo, como estímulo à consciencializa-ção de capacidades individuais, em simbiose com mecanismos da mente, bem como da criatividade e imaginação.Prevê-se complementar os locais de trabalho com experiências realizadas no exterior, idealizando-se conectar a dança com outras artes, nomeadamente Vídeo e Fotografia.Este projecto irá realizar-se en-tre Novembro de 2008 e Março de 2009 e pretende criar um maior elo de ligação entre as ilhas, através da Dança. De momento decorre na ilha do Faial, na Sociedade Amor da Pátria até dia 15 de Novembro (ver agenda para mais informações).

Beatriz Oliveira

Projecto “Açores em Dança”

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Cinema e Teatro DESCULPA PÁ PIPOCA

Morte em VenezaUm filme de Luchino Visconti

Todos temos os nossos filmes p r e d i l e c t o s , “Morte em Veneza” do mestre Luchino Visconti, é um daqueles que tem um lugar especial no meu imaginário de espectador atento. Uma fita

rodada em 1971, baseada num livro de Thomas Mann, cujo personagem principal é um escritor de meia idade, um académico alemão em crise, com uma vida reclusa e austera, e que se vê repen-tinamente tomado pela ânsia de respirar novos ares. Faz, uma viagem sem destino e acaba por ir parar a Veneza. Já no filme, Visconti resolveu mudar o ofício do personagem. De escritor passa a compositor. Com esta mudança, Luchino Vis-conti criou uma personagem idêntica ao grande maestro e compositor austríaco Gustav Mahler. Não foi por acaso que a música de Mahler foi es-colhida para a banda sonora do filme. Música que fica registada junto às belas imagens de Veneza. As obras das criaturas com a obra de Deus. Na minha opinião, o filme não trata a arquitectura, nem a música ou toda a atmosfera natural que está à volta de Veneza. A componente artística deste filme está em Tadzio, nas formas perfeitas e se-melhantes a uma escultura grega. Uma escultura, que se move, fala e até ri, representando a arte no seu estado puro. Um filme em que o silêncio fala. Visconti filma o próprio silêncio, entremeando-o com curtos diálogos de uma profundidade impressionante. Uma obra-prima do cinema ital-iano e universal, simplesmente imperdível.

L.P.

À VISTA

FAIAL FILMES FEST 08A grande festa do Cinema nos Açores!A semana começou com o bom augúrio da descoberta. Com alguma dificuldade os de cá observaram o encolher de ombros meio envergonhado dos de lá, a reafirmar que a distância que por vezes separa as ilhas do continente é feita de factores alheios à geografia, mas rapidamente se instalou o encanto no lugar do embaraço de ambos os lados. Pudera! Dias de Melo e a sua obra elevam-se muito acima de qualquer des-cuido, e as palavras eloquentes de Sidónio Bettencourt e Victor Rui Dores, na hom-enagem que o Faial Filmes Fest 2008 prestou ao escritor picoense, a inaugurar a sua 4ª edição, logo impressionaram os primeiros convidados do Festival: havia aqui nas ilhas um escritor que desconheciam e cuja obra, ainda para mais, contém Cinema… O “caso” haveria de ser tema de conversa durante a semana do Festival de Curtas das Ilhas e o outro homenageado do FFF08, o cineasta português Fernando Lopes, não escondeu o fascínio pela recém-descoberta de Dias de Melo: “vou espicaçar o Bruno para fazer um filme baseado num livro dele!”. Não se sabe se (o) Bruno de Almeida, realizador do filme THE LOVEBIRDS, que abriu o conjunto das Sessões Especiais do Faial Filmes Fest 2008, o fará, mas sabe-se da sua admiração pelo realizador de UMA ABELHA NA CHUVA, entre muitos outros filmes, a quem carinhosamente trata por “’vô Lopes”. O respeito pelo cineasta que haveria de marcar o chamado “cinema novo português” com o filme BELARMINO (1964), foi, de resto, vincado no segundo dia do FFF08, numa Sessão Especial em que foi projectado o documen-tário realizado por outro Lopes, João Lopes - conhecido crítico de Cinema do nosso país -, FERNANDO LOPES, PROVAVELMENTE.Quarta-Feira. Casa cheia no Cine Teatro Faialense para a antestreia mais aguar-dada e propalada da semana do Faial Filmes Fest 2008. A adaptação para Cinema do Ensaio Sobre a Cegueira, do Nobel português José Saramago, fora profusamente falada – criticada e polemizada - e a antestreia no Faial tinha já há dias sucesso ga-rantido, do ponto de vista da adesão do público, conhecida a afluência à bilheteira. A este facto não terá sido alheia a anunciada presença do realizador Fernando Meire-lles, acompanhado do argumentista Don McKellar e do produtor Niv Fichman, no Faial e na própria sessão. Meirelles, McKellar e Fichman deixaram-se contagiar e

contagiaram a assistência, numa breve mas comunicativa alocução sobre o filme e a vinda ao Faial.Menos gente na segunda antestreia nacional do Faial Filmes Fest 2008, mas ainda assim um momento especial da homenagem a Fernando Lopes, com a projecção do seu último filme O MEU AMIGO MIKE AO TRABALHO e a presença do realizador na sessão, de viva voz e emoção.Sexta e Sábado, dias reservados à Competição da Selecção Oficial do FFFF08. Trin-ta filmes em concurso: 20 na Secção Nacional e 10 na Secção Regional, compostas dos filmes que por cá se vão fazendo, sendo que “cá” significa o Todo, para o qual concorrem re-alizadores que vivem no continente e que vivem nas ilhas do mesmo país. Assim se faz a identidade cinematográfica de Portugal; assim o desejamos, cada vez mais, e é também por isso e para isso, sobretudo, que o Faial Filmes Fest se fez, criou e quer crescer, contribuindo para a partilha de saberes e emoções que alimentam a criatividade, o desenvolvimento do ser humano e das sociedades, composta de múltiplas ex-periências. Deste “caldo” se fez também o XVII Encontro Nacional de Cineclubes, que decorreu paralelamente ao Festival. Ali discutiram-se novos caminhos para o movimento cineclubista português, com entusiasmo e alguma polémica à mistura. O Encontro da Horta, que contou com a maior assembleia dos últimos anos da Federação Portuguesa de Cineclubes (FPCC) - 26 cineclubes - e com a in-confundível e generosa participação do Presidente da Federação Internacional de Cineclubes, Paolo Minuto, viu nascer uma nova e jovem Direcção da FPCC - bem como a Delegação dos Açores da Federação, com sede na Horta -, sobre a qual se depositam grandes expectativas.Feita a entrega de prémios do Faial Filmes Fest 2008, conhecidos os melhores, nas perspectivas do Júri e do Público, fechou-se o pano sobre a 4ª edição do Festival de curtas das Ilhas. Mas não totalmente. Por detrás desse mesmo pano, enquanto decorria o extenso programa do Festival para o público em geral, a “rapaziada” das oficinas do FFF08 trabalhava afincadamente, tanto na produção de filmes em plano sequência como na produção de bandas sonoras. É o resultado de cada uma das ofi-cinas do FFF08, e da sua reunião, que em breve poderemos mostrar e os faialenses poderão ver, num dos grandes ecrãs da Horta.

Renata Lima

Já foi visto...

“Entre os Dedos”Uma película de Tiago Guedes e Frederico Serra

“Entre os Dedos” é uma novíssima co-produção Luso-Brasileira, com Filipe Duarte, Isabel

Abreu, Lavínia Moreira, Gonçalo Waddington, Luís Filipe Rocha, Fer-nanda Lapa, Paula Sá Nogueira, João Pedro Vaz e participação especial de Eunice Muñoz, Adriano Luz, Nuria Mencia, Nuno Lopes, Cláudia Jardim, Liliana Soudo, Ruben Correia, Edward Fao, Bruno Matay e Adriana Queiroz. Na nota de intenções do filme, podemos ler: - “Mal e bem, certo e errado, preto e branco. Será algures no meio destes extremos que todos nos situamos. Nas falhas, nas limitações, nas imperfeições, vamos tentando sobreviver no meio de todo este ruído, à procura uns dos outros com cada vez menor capacidade de sentir, de nos vermos, de nos ouvirmos ou de nos tocarmos.Uma incomunicabilidade crescente que vai passando de pais para filhos, dividindo por todos a responsabilidade de sermos o que somos, de agirmos como agimos.E é esse legado de desamor e apatia que vai passando de gerações para ge-rações, onde somos todos vitimas e carrascos, e uns se afogam e deixam ir, enquanto outros esbracejam com todas as forças para se manter à tona, em busca de uma redenção qualquer, de um significado qualquer, que nos permita coabitar com a irreversibilidade desta nossa tão frágil condição hu-mana.” - Tiago Guedes e Frederico Serra. Sítio Oficial na net em: http://www.clapfilmes.pt/entreosdedos/.

L.P.

(fotografia de Ricardo Guilherme)

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#4 COMICHÃO NO OUVIDO Música

O verão de 2008 foi tempo de consagração para os bAndARRA. Não haverá grande registo na história da música made in Faial de tanta gente a trautear as mesmas canções (chamemos-lhes) popu-lares. A gravação de uma maqueta com quatro temas e a criação de um espaço para o grupo no myspace serviram de base a um sucesso concretizado em cima do palco, e em versão original. Como deve ser…

FAZENDO - Como é que surgem os bAndARRA?

BANDARRA - A vontade de fazermos algo de novo no panorama musical Faialense, juntando as influências e as ideias de cada um na busca de sonoridades originais foi a base para este projecto, inicialmente com o nome funfarra. A banda surgiu em meados de Março de 2007, com quatro elementos - Pietá, Fausto, Manu e Pe-dro. Pouco tempo depois juntaram-se a Cláudia e o Chris. Com a saída do Pedro entrou o Vítor (Tobias) e o grupo ficou completo. No início deste ano, o grupo mudou o nome para bANdARRA, de-nominação actual.

F - A ideia de criar originais vem desde o início ou surge mais tarde?

B - Vem do início, apesar de não ter sido imediato. Foi necessário passar por uma fase de conhecimento mútuo e de fortalecimento como grupo.

F - Como descrevem a vossa música?

B - Os bandarra dedicam-se a fazer canções (música e letra) para serem partilhadas com o público. Para além da exploração das harmonias e melodias definimos personagens em cada uma das canções que, de uma forma irónica, visam a luta contra a apatia, o conformismo, a cegueira, a estranha forma de humanidade que cada vez mais se vai instalando em nós, animais com razão. Parale-lamente, exaltamos a alegria e a vontade de viver, porque a vida é curta de mais para andarmos distraídos dessas coisas.

F - A gravação da maqueta e a página no myspace de que modo ajudaram para o vosso sucesso este verão?

B - Penso que ambas as situações ajudaram, apesar de achar que o myspace poderá ser mais efectivo numa perspectiva futura, e que a maqueta não traduz a energia que se sente e transmite em palco. As coisas têm corrido bem essencialmente em cima do palco, e é aí que também nos divertimos mais.

F - Sentiram dificuldades perante o público em apostar num al-inhamento só de originais, ou pelo contrário, acham que isso foi motivo de maior estímulo?

B - Em 2007, para além dos covers começámos a introduzir alguns originais, que tiveram uma grande aceitação, pelo que o alinhamento só de originais de 2008 aconteceu como uma evolução natural. Os originais sempre foram o nosso objectivo, e finalmente agora há condições para se trabalhar exclusiva-mente nesse sentido. Quanto ao estímulo, não há comparação. É o público que nos estimula ao nos apoiar como tem apoiado,

e nos leva a querer compor mais e melhor.

F - Há disco na “calha”? Para quando?

B - Sim. Se tudo correr bem será um projecto para 2009.

F - Outros projectos e ambições para o futuro?

B - O futuro tanto é perto como longe. Para o futuro que é longe, a nossa ambição é que haja saúde e logo se vê. Para o futuro mais próximo, gostaríamos de levar a nossa música ao continente por-tuguês e a outras paragens internacionais (adorávamos fazer uma tournée pela América Latina), continuar a progredir tecnicamente e musicalmente, e continuar o trabalho de composição introduz-indo algumas inovações ao nível da sonoridade e da presença em palco. Mas sintetizando tudo isto, o nosso grande objectivo para o futuro é continuarmos a divertir-nos.

Pedro Lucas

Já foi ouvido...

01Projecto Fuga 2008

Pedro Marques Pereira, pianista, compositor e produtor, é o cérebro por detrás do Projecto Fuga. Em 01 destaca-se a colaboração de dez vozes convidadas, que conferem ao disco uma heterogeneidade de ambientes sonoros. São elas JP Simões (Quinteto Tati /Belle Chase Hotel), Fernanda Takai (Pato Fu), Celina da Piedade (Uxu Kalhus, Rodrigo Leão), Enjel Eneh (can-tor nigeriano), Teresa Gabriel, Ana Deus (Ban/Três Tristes Tigres), Adolfo Luxúria Canibal (Mão Morta), Helena Caldeira, Pedro Bonifrate (Supercordas) e Rozett.O Projecto Fuga nasce da necessidade de escape. Da necessidade de evasão. Deixar tudo e fugir. Fugir inerte, ficar quieto a ouvir os sons e as pa-lavras. As incursões multifacetadas pela música brasileira, música ligeira e pop portuguesa, jazz e um pouco de soul, conferem a este trabalho uma singularidade interessante, o que faz com que, não sendo excepcional, dê vontade de ouvir e voltar a ouvir, pelo menos por uns tempos…

F.

SOLOAntónio Pinho Vargas 2008

António Pinho Vargas é consid-erado por muitos, o pai do jazz

português. Este ano lançou o álbum Solo, num muito aguardado regresso aos palcos e ao meio musical. Nas palavras do próprio António Pinho Vargas, Solo não é um produto de jazz. Exposto assim tão crua-mente e um pouco em contraponto com as essências antigas de um percurso de muitos anos, o novo disco do compositor português é, num registo individu-alizado na intimidade do piano, de facto, uma obra menos jazzística e mais “clássica”. Trata-se, afinal, de redescobrir o passado trilhado nos caminhos do jazz e não só, de nele recolher uma colecção de com-posições, de lhes juntar dois inéditos e, com isso, dar um sentido de coesão e congruência ética a alguns dos episódios mais marcantes de um trajecto de fina liberdade estética.Este trabalho é pois um belo percurso pela inven-tividade e pelas múltiplas identidades musicais de António Pinho Vargas, numa atmosfera sem artifí-cios e despidas de arranjos, logo mais intimista e pes-soal. Só para apreciadores.

F.

MAMA AFRICAMiriam Makeba 2oo1

No passado dia 10, faleceu Miriam Makeba com 76 anos, natural de Joanesburgo, Áfri-ca do Sul. Makeba faleceu em pleno palco, vítima de ataque cardíaco, quando dava um concerto em Nápoles contra a camorra (máfia). Pode dizer-se que Miriam Makeba viveu

sete vidas. Resistiu quatro divórcios, à morte da sua filha, a aci-dentes de viação e aviação, a perseguições por parte dos Afrikaans e do FBI devido à sua luta pelos direitos civis dos negros, a 30 anos de permanente exílio, ao “apartheid” e às contra-ofensivas gover-namentais norte-americanas dirigidas ao “black power”. Ainda as-sim, Makeba foi a porta-voz do presidente guineense Sékou Touré em Nova Iorque e embaixatriz africana da ONU, trabalhando de perto com a FAO (Food and Agriculture Organisation), no sentido de fazer lobbying pela diminuição da fome no mundo, tendo con-quistado o prémio de paz Dag Hammarskjold (antigo secretário geral das Nações Unidas) em 1986.À parte da carreira político-social, na música, Makeba coleccionou recordes. Não pelos mais de 40 discos que gravou, mas por ter sido a primeira artista africana a conquistar um grammy em 65, com “An Evening With Harry Belafonte”; e a atingir o top ten de singles norte-americano em 67, com “Pata Pata”.“The Guinea Years” é uma antologia que retrata o tempo em que Makeba viveu exilada na Guiné-conacri, entre as décadas de 70 e 80. A “Mama África”, como era conhecida, evidenciou uma grande veia soul-jazz, na ex-pressividade vocal de uma artista que cresceu a ouvir Duke Elling-ton, Billie Holiday e Ella Fitzgerald, e a extrema habilidade para cantar em nove línguas (francês, inglês, arábico, xhosa, kikongo, maninka, fula, nyanja e shona). Mama África, um disco lançado em 2001, é uma compilação dos temas mais marcantes da sua carreira de mais de 40 anos, tendo este disco a particularidade de alinhar as músicas por ordem cronológica. É pois uma viagem intensa e diversificada pelo universo desta cantora que marcou profunda-mente o panorama musical Africano do século XX. Em homena-gem a Miriam Makeba apresentamos este disco, indispensável em qualquer casa.

F.

bANdARRAmania

À DESCOBERTA

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Artes Plásticas PVC

Por uma “Oficina de Artes”:um projecto contemporâneo

Instalada pelo Museu da Horta na Biblioteca Pública e Arquivo Regional João José da Graça, está patente ao público de 5 de Novembro a 31 de Dezembro a exposição de fotografia intitu-lada Thiago Romão de Sousa: um fotógrafo dos Açores.Esta exposição visa dar a conhecer uma parte do acervo da Photografia Popular da ilha do Faial, estabelecimento comercial que abriu na Rua da Conceição nº29, cidade da Horta, em 1908, e que se manteve em actividade até à década de 60 do séc.XX.Aberto o atelier de fotografia por Thiago Romão de Sousa, após o seu falecimento em 1946, deu continuidade à Photografia Popular a sua aju-dante e afilhada de baptismo, Elvira dos Anjos Silva, mais conhecida por Elvira Romão de Sou-sa.Pós-sismo de 1998, foi todo o seu espólio ad-quirido pelo coleccionador particular Duarte Cota Moniz, com cerca de 7 000 negativos, que hoje integra o Arquivo de Fotografia dos Açores, Direcção Regional da Cultura, e que está a ser objecto de intervenção conservativa.

L.M.

Thiago Romão de SousaUm fotógrafo dos Açores

De conversa com amigo de longa data, falamos de que a ilha do Faial nos últimos tempos tem surpreendido pelo número de eventos culturais, e crescido a produção local em número e qualidade. Derivando, fixamos a nossa conversa sobre a disponibilidade de espa-ços físicos para manter e dinamizar as actuais e novas práticas culturais.É com entusiasmo que verificamos, de facto, associações culturais ou organizações e grupos não tipificados, e fora do âmbito oficial, tomarem iniciativas díspares e de qualidade nos últimos tempos na Horta. A título de exemplo, vejam-se os casos de grupos de teatro locais, de praticantes individuais ou organizados em bandas musicais, do interesse despertado pelas artes plásticas, até ao Cine-Clube da Horta, que para além da sua programação anual, o impacto e o nível que teve a última realização do Faial Film Fest, que não se conteve apenas na exibição fílmica, nem nas fronteiras regionais.São numerosos os eventos, e embora aqui não caiba enunciá-los de forma sucinta, deverá acrescentar-se as iniciativas e o patamar de qualidade que vem conquistando algumas das nossas sociedades filarmónicas. Seja permitido destacar aqui o caso da Filarmónica Artista Faialense e o dinamismo e diversificação instrumental da Filarmónica Unânime Praiense, recentemente através da sua Dixie Band, sem desprimor para as restantes.Acontece que, pela forma organizativa de alguns grupos e associações, existem dificuldades de um espaço de reunião e ensaio, de ateliers, de exercício e cruzamento de experiências, para o que se nos afigura a necessidade de encontrar uma solução. Para além deste espaço se projectar como um prolongamento livre do ensino, dos conhecimentos adquiridos e de divulgação das artes, seria potencialmente um esforço adequado e consequente de promoção das possibilidades individuais e colectivas no domínio da criação artística. Reforçando a ideia, a criação de um espaço com esta tipologia, aberto á troca de ideias e de experiências estéticas e lúdicas, seria um meio adequado para o desenvolvimento de projectos colectivos, ou instrumento para o desenvolvimento cultural de cada um e de todos nós, contribuindo de forma decisiva para o desenvolvimento sustentado em termos culturais da cidade e do concelho.Noutra perspectiva, a criação de uma “Oficina de Artes”, mais do que uma “casa de abrigo de práticas artísticas”, aberta à contem-poraneidade, seria um contributo importante para a democratização do acesso aos bens culturais e, por essa via, para a construção de um concelho mais democrático e inclusivo.Um verdadeiro projecto de intervenção e sustentabilidade cultural.

Luís Menezes

António DacostaPintor Europeu das Ilhas

António Dacosta é uma das figuras mais importantes da pintura surrealista portuguesa e da pintura açoreana em geral. Nasce em Angra do Heroísmo no ano de 1914 e toma as paisagens da sua ilha natal como o ponto de partida para a sua arte. Em 1935 desloca-se para Lisboa para estudar na Escola Superior de Belas-Artes. Aí envolve-se no meio artístico e intelectual e afirma-se como um dos fundadores do movimento surrealista português e como crítico de arte no “Diário Popular”.Em 1947 obtém uma bolsa do governo francês e muda-se para Paris onde trabalha como crítico de arte. Entre 1949 e 1972 abandona a pintura, o que cria uma aura mítica em torno da sua obra. Até a morte o surpreender em 1990, e sobretudo na década de 80, retoma o imaginário insular na sua obra.

Pedro Lucas

Fontes: www.serralves.pt; www.wikipedia.com

Já foi visto...

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# 6 - ENDOS, - ANDOS, - INDOS Literatura

Publicado pela D.Quixote , o livro de Bégaud-eau – mais conhecido pelo facto da sua adaptação cinematográfica ter ganho a Palma de Ouro no Festival de Cannes do que propriamente como livro – aborda um tema muito caro aos franceses: a escola e o seu pendor para ser um espelho fiel da evolução sociológica e cultural da sociedade.Através do relato de um professor, que descreve o seu quotidiano numa escola secundária de um

bairro problemático dos subúrbios de Paris, so-mos confrontados com uma sala de aula que se torna o palco de conflitos não só étnicos e cul-turais mas também daqueles inerentes ao con-fronto de valores e ideias.Curiosamente, o que parece ser de início um rela-to previsível do professor idealista que consegue, ao longo do ano, transformar verdadeiramente os seus alunos – e que nos remete imediatamente para a imagem de um Sidney Poitiers convin-cente no seu papel do professor ideal – acaba por ser um retrato fiel da incapacidade da escola para acompanhar uma sociedade que lhe retirou o seu papel formativo para a transformar num mero de-positário de pessoas.Claro que a sociedade francesa, marcada pelas memórias de Maio de 68 e pelos inúmeros con-flitos étnicos vividos nas grandes cidades, não é comparável à realidade regional mas, para quem conhece as nossas salas de aula, aqueles alunos

com o horizonte fechado pela incerteza e pela desmotivação parecem estranhamente famil-iares.Misto de confissão e de ensaio sociológico, porém sem falsos moralismos, “A Turma” acaba por ser também o retrato de duas gerações com anseios e desejos que não se coadunam e que, particular-mente na escola, se digladiam num confronto já habitual entre adolescentes e adultos. A adaptação cinematográfica, que es-treia agora em Portugal, distingue-se antes do mais por ter o autor no principal papel e pelo facto dos actores não serem profissionais mas sim escolhidos de entre alunos que perseveraram numa oficina de teatro promovida pelo mesmo. São estes “sobreviventes” que incarnam com vi-vacidade uma realidade que lhes é muito próxima e nem sempre agradável.

Catarina Azevedo

“Aforismos”de Franz Kafka

A Assírio e Alvim publica “Aforismos”, uma obra menos conhecida, mas que não deixa de lembrar “ O Processo” ou “A Metamorfose”, já que os temas abordados – a alienação do Homem e o absurdo da existência num mundo dominado por instituições sociais – continuam a reflectir as angústias que habitavam este autor e que mar-caram todas as suas obras.Editora que nos habituou a escolhas menos ób-vias mas de grande qualidade, a Assírio e Alvim permite-nos descobrir um livro que nos inter-roga, obrigando-nos à introspecção e a um novo olhar sobre a sociedade que nos rodeia.

C.A.

“Como um Ro-mance” de Daniel Pennac

“O verbo ler não suporta o imperativo” - é desta forma lapidar que Pennac inicia uma obra que pretende alertar os pais e professores que o acto de ler nunca pode ser uma obrigação, nem uma recompensa, nem um sacrifício. De uma forma inteligente, original e divertida, o autor guia-nos por um caminho trilhado diariamente por aqueles que consideram a leitura fundamental para a formação do jovem, não obtendo, contudo, sucesso. Conduz à reflexão e à desejada mudança na forma de encarar a leitura.

Ilídia Quadrado

A propósito de filmes… um livro: “A Turma” de François Bégaudeau

À CONQUISTA

Já foi lido...

Mãe, não tenho nada para ler...

“Diário de um ingénuo”

De certeza que já alguma vez ouviste falar do Spirou e do seu inevitável companheiro Fantasio. Gostavas de descobrir a razão que o leva a usar uma roupa tão estranha ou como é que estes dois se conheceram? Então, dá uma espreitadela a “Diário de um ingénuo,” um livro de Émile Bra-vo, em que descobres um outro lado deste herói.Se gostas de banda desenhada, de História ou simplesmente de te rir, este é um livro a não perder (só tens é de ter cuidado para que os teus irmãos mais velhos ou os teus pais não te o roubem!) .

C.A.

“A Turma”

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Ciência e Ambiente APAGA A LUZ

Como já foi referido no primeiro número do Fazendo, as invasões biológicas são consid-eradas, após a perda de habitats, o segundo maior problema ambiental do século XXI.

Nos Açores existem quatro espécies marin-has consideradas invasoras. Contudo, a alga verde Caulerpa webbiana possui um potencial invasivo superior devido a uma série de pro-priedades que caracterizam as espécies deste género (Caulerpa) e que as torna competiti-vamente dominantes sobre as outras algas: (i) produzem toxinas – defesa química contra a herbivoria e a competição interespecífica; (ii) possuem dois tipos de reprodução: sexuada e vegetativa; (iii) absorvem nutrientes a partir

do sedimento (as outras só na coluna de água) e (iv) encontram-se bem adaptadas para a utilização oportunística dos recursos, através de modificações morfológicas e fisiológicas.

C. webbiana é uma espécie cosmopolita, nunca antes declarada como invasora noutras partes do mundo. No entanto, tudo indica que nos Açores está a adquirir um comportamen-to invasor preocupante. Foi detectada pela primeira vez em 2002, nas imediações do por-to da Horta. Actualmente está presente dentro da baía da Horta, dispersa por uma área com cerca de 10 hectares de substrato rochoso.

A fase actual dos trabalhos visam encontrar a melhor forma de combater esta ameaça para que, num futuro próximo (esperamos), pos-sam ter lugar missões de erradicação ou con-trolo da expansão desta alga pelo arquipélago inteiro.

Jaen Nieto Amat e Ariadna Bigarós

Para mais informações sobre C. webbiana e mais! visite o site: http://www.caulerpawebbiana.com. Se avistar esta alga pode informar-nos preenchendo o formulário disponível no site ou então ligando para o 292 200 452. Se gosta de fotografia e tiver fotografado a C. webbiana, pode adicioná-las à galeria presente no site (as fotografias serão identificadas)!

Uma inimiga em nosso mar, Caulerpa webbiana, veio para ficar?

O Turismo é uma das actividades que mundialmente apresenta índices de crescimento eventualmente considerados preocu-pantes. Cada vez mais pessoas pretendem visitar mais lugares, quer seja em trabalho ou em férias. Acontece que, o tempo despendido em cada viagem é cada vez menor – muitas viagens mas mais curtas – o que leva a um impacto maior nas diversas comunidades, assim como nos diversos recursos ambientais.Neste contexto, é cada vez mais importante ajudar os diversos in-tervenientes da actividade turística a adoptar as medidas apropria-das a uma redução efectiva dos diversos impactos no ambiente.É a partir destes pressupostos que surge a campanha “Chave Verde”.A Campanha “Chave Verde” é um programa de qualidade ambiental e educação ambiental, de âm-bito internacional, que pretende acolher na sua rede todas as estruturas hoteleiras que se preocupam com um melhor ambiente, e que acreditam que, ter boas práticas ambientais, é um desejo cada vez maior dos seus clientes.Assim, esta iniciativa da responsabilidade da Funda-ção para a Educação Ambiental está a ser implemen-tada em Portugal pela Associação Bandeira Azul, constituindo-se assim como um “eco-label” inde-pendente.Este projecto nasceu na Dinamarca em 1984 e ini-cialmente dedicado apenas a Hotéis e similares, é hoje implementado em 11 países, reconhecendo os esforços efectuados no sentido de uma orientação sustentada do Turismo.Os objectivos desta Campanha de Educação Ambi-ental são: 1. Sensibilizar para a alteração de práticas e compor-tamentos entre os responsáveis, participantes e de-cisores do sector turístico (empresas, autoridades, clientes e comunidades locais) através da Educação Ambiental.2. Envolver estes “actores” na responsabilização face ao Turismo Sustentável, através da Educação Ambiental.3. Reconhecer as iniciativas de gestão ambiental de sucesso como mais valias no caminho para um Tur-ismo Sustentável.4. Contribuir através de um melhor desempenho ambiental do sector do turismo para a promoção de Agendas 21 Locais.

Para saber mais:http://www.abae.pt/programa/ChaveVerde/

ECOTECA DO FAIAL

A Chave Verde em 2008

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#8 FAZENDUS Agenda

Durante a Época Lectiva 08/09 Projecto Teatral Infantil orientado por Anabela Morais

Atelier “O Jogo Dramático”. Terças e quintas-feiras das 17 às 18 horas. Para crianças dos 6 aos 12 anos.Atelier “Leitura de Textos Teatrais”. Segundas e quartas – feiras, das 18 às 19 horas. Para jovens dos 10 aos 12 anos.Teatro Faialense

Até 15 de Novembro Projecto “Açores em Dança”

Workshop de Improvisação de dança “A Arte e Natureza do Corpo em Movimento” por Beatriz Oliveira Todos os dias na Sociedade Amor da Pátria, das 17.00h às 18.30h – entre os 12 e os 17 anos, e das 19.00h às 20.30h – a partir dos 18 anos.

Até 30 de Novembro Exposição de pintura de Pedro Solà

Museu da Horta

Exposicão de pintura “Sete Mares” de António Domin-gosTeatro Faialense

Exposição de Lomografia: “Lomo!”Igreja de São Francisco, 15h00-17h00

Até 7 de Dezembro Workshop de pintura com Pedro Solà

Todos os Sábados e DomingosSala Polivalente da Biblioteca Pública e Arquivo Regional João José da Graça, 14.00h-16.00h

Até 31 de Dezembro Exposição de Thiago Romão de Sousa: Um Fotógrafo

dos AçoresMuseu da Horta

14 de Novembro Recital de Piano com Luisa Tender

Auditório da Biblioteca Pública e Arquivo Regional João José da Graça, 21h30(Entrada livre mediante levantamento de ingresso na BPARJG até dia 13 de Novembro)

Cinema: “Pequeno Grande Dave”Teatro Faialense, 21h30(repete dias 15 e 16)

15 de Novembro Abertura da Exposicão de Desenho “Trabalhos no Pa-

pel” de Ken DonaldSala Polivalente da Biblioteca Pública e Arquivo Regional João José da Graça (até dia 15 de Dezembro)

Animação musical para crianças com Hang Drum.Por Maria Margarita.Bar Azul, 15h00.

Teatro: “Memórias de um Vulcão” Pelo grupo de teatro Sortes à VenturaPolivalente dos Flamengos, 21h00

Desfile Zimodas, integrado no pro-jecto de divulgação da Liga Portuguesa contra o CancroSociedade Amor da Pátria, 21h30(Entrada livre)

18 de Novembro Cinema: “Os Bórgia”

Uma fita realizada pelo espanhol António Hernándes e no naipe de actores, conta com Roberto Álva-res, Eloy Azorín, Linda Batista entre outros. Baseado na história de uma das mais importantes e controversas famílias, os Borgias, que foram acusa-dos de cometer crimes e incestos e despertaram o ódio, inimigos e admi-radores como nenhuma outra família. Juan (Sergio Múñiz), César (Sergio Peris-Mencheta) e Jofré (Eloy Azorin) são os três filhos de Rodrigo Borgia (Luís Homar). Os três vão para o Vaticano onde decorre o conclave para eleger um novo Papa. Descobrem então que o pai acaba de ser eleito Sumo Pontífice como Alexandre VI. O novo Papa quer aumentar o território do Vaticano de todas as maneiras possíveis. Para isso, nomeia o seu filho mais velho, Juan, para capitão dos exércitos. Mas César quer ocupar o lugar do seu irmão Juan e controlar o exército. Os dois acabarão por se tornar rivais, enquanto os inimigos da família tentam impedir a hegemonia dos Bórgia em Roma. Filme estreado pelo Cineclube da Horta. Auditório do Teatro Faialense, 21h30

19 de Novembro III Fórum de Prevenção das Toxicodependências

Auditório do Teatro Faialense, 9h00Auditório da Escola Secundária Manuel Arriaga, 10h00

20 de Novembro III Fórum de Prevenção das Toxicodependências

Auditório do Teatro Faialense, 9h30

21 de Novembro III Fórum de Prevenção das Toxicodependências

Auditório do Teatro Faialense, 10h30

Teatro: “Memórias de um Vulcão”Pelo Grupo de Teatro Sortes à VenturaPolivalente do Salão, 21h00

Cinema: “Babylon A.D.”Auditório do Teatro Faialense, 21h30(repete dias 22 e 23)

25 de Novembro Cinema: “Gomorra”

Um excelente filme de 2008. Uma co-produção italiana, Cantonesa e Francesa, e que conta com a re-alização de Matteo Garrone. No elenco, Toni Servillo, Gianfelice Imparato, Maria Nazionale Salva-tore, Abruzzese e Ciro Petrone. Poder, dinheiro e sangue: são estes os valores que os moradores da Província de Nápoles e Caserta têm de enfrentar diariamente. Os habitantes destas localidades, nunca têm uma escolha e são praticamente obrigados a obedecer às regras do “sistema”, (máfia) a Camorra. Um sortudo, apenas, pode pensar em levar uma vida normal. São cinco histórias teci-das em conjunto num cenário violento, fixado num mundo cruel e aparentemente imaginário, mas que está profundamente en-raizado na realidade. A película foi rodada com algum risco nos sítios onde tudo se passa, misturando actores com gente local. De realçar também, que este filme ganhou o Grande Prémio do Fes-tival de Cannes deste ano, e pode já ser visto na Horta, integrado na programação regular do Cineclube da Horta. Auditório do Teatro Faialense, 21h30

26 de Novembro Teatro: “E nós aqui no meio de não saber nada”

Pelo grupo Teatro de GizAuditório do Teatro Faialense, 21h30(repete dias 27,28 e 29, com sessão dupla às 17h30 dia 30)

Já faltou mais!