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Faculdade Canção Nova Jornalismo- 8º Período Disciplina: TCC Professora: Joice Aluna: Denise Campos Fichamento Bibliográfico Referência Bibliográfica: LAGE, Nilson. A reportagem: teoria e técnica de entrevista e pesquisa jornalística. Rio de Janeiro: Record, 2009, 189p. Capítulo 1- Ser Repórter No primeiro capítulo, Lage (2009) apresenta um histórico do Jornalismo, e da profissão do repórter. Lembra que no início do século XVII, o discurso retórico era usado no texto informativo. O Publicismo A partir de 1609, os jornais passaram a divulgar as idéias burguesas, e logo depois, os aristocratas passaram a promover a edição de jornais. Ali surgia a imagem mais antiga e renitente do jornalismo: o publicismo. "Por muitas décadas, o jornalista foi essencialmente um publicista, de quem se esperavam orientações e interpretação política." (LAGE, 2009, p.10) A linguagem dominante ficava entre a fala parlamentar, a análise erudita e o sermão religioso. Lage (2009) afirma que o conceito publicístico do jornalismo perdura até hoje. Apresenta um breve histórico do jornalismo no Brasil e diz que "as pessoas que detém algum poder ou se estabelecem em áreas de influência social costumam sustentar uma visão publicística do jornalismo." (LAGE, 2009, p.11) Sensacionalismo e Educação

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livro de Nilson Lage

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Faculdade Canção NovaJornalismo- 8º PeríodoDisciplina: TCCProfessora: JoiceAluna: Denise Campos

Fichamento BibliográficoReferência Bibliográfica: LAGE, Nilson. A reportagem: teoria e técnica de entrevista e pesquisa jornalística. Rio de Janeiro: Record, 2009, 189p.

Capítulo 1- Ser Repórter No primeiro capítulo, Lage (2009) apresenta um histórico do Jornalismo, e da

profissão do repórter. Lembra que no início do século XVII, o discurso retórico era usado no texto informativo.

O PublicismoA partir de 1609, os jornais passaram a divulgar as idéias burguesas, e logo

depois, os aristocratas passaram a promover a edição de jornais. Ali surgia a imagem mais antiga e renitente do jornalismo: o publicismo. "Por muitas décadas, o jornalista foi essencialmente um publicista, de quem se esperavam orientações e interpretação política." (LAGE, 2009, p.10)

A linguagem dominante ficava entre a fala parlamentar, a análise erudita e o sermão religioso.

Lage (2009) afirma que o conceito publicístico do jornalismo perdura até hoje.Apresenta um breve histórico do jornalismo no Brasil e diz que "as pessoas que

detém algum poder ou se estabelecem em áreas de influência social costumam sustentar uma visão publicística do jornalismo." (LAGE, 2009, p.11)

Sensacionalismo e EducaçãoLage (2009) escreve sobre o século XIX e a Revolução Industrial, que levou a

mecanização também a industria gráfica. As tiragens de jornais, então, multiplicaram-se por cem ou por mil. Surgiram as impressoras rotativas, o linotipo. Então foi necessário mudar o estilo das matérias que os jornais publicavam, pois a retórica do jornalismo publicista era impenetrável aos novos leitores, herdeiros de uma tradição de cultura mais objetiva.

Neste momento também nascia o mercado publicitário e com ele a integração da imprensa com os interesses gerais da economia. "Precisavam de anúncios e estes dependiam do número de leitores." (LAGE, 2009, p.14)

O jornalismo dessa época pode ser, segundo Lage (2009), considerado de um lado, educador, e de outro, sensacionalista. O jornal ensinava às pessoas o que ver, o

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que ler, como se vestir, como se portar. Em relação ao sensacionalismo, Lage (2009) diz que essa vertente se justifica pelo fato de, para cumprir a função sociabilizadora e educativa, o jornalismo deve primeiro atingir o público, envolvê-lo para que este leia até o fim e se emocione. "A realidade deveria ser tão fascinante quanto a ficção e, se não fosse, era preciso fazê-la ser". (LAGE, 2009, p.15)

O Nascimento da ReportagemLage (2009) diz que aí nasce a reportagem e o repórter. Escritores de folhetins e

jornalistas precisaram reformar a modalidade escrita da língua. Descobriu-se a importância dos títulos, e dos furos.

Repórteres passaram a ser bajulados, temidos e odiados. A reportagem colocou em primeiro plano novos problemas, como discernir o que é privado, de interesse individual, do que é público, de interesse coletivo; o que o Estado pode manter em sigilo e o que não pode; os limites éticos do comércio e os custos sociais da expansão capitalista. (LAGE, 2009, p.17)

O Jornalismo como técnica Lage (2009) afirma que a indústria dos jornais prosperou com a América. As

tiragens excediam tudo o que se vira até então. A luta pelo furo e pela conquista do leitor a qualquer preço fez com que o jornalismo colocasse repórteres em toda a parte, nas repartições, sindicatos, empresas e conduziu a relações menos éticas entre jornalistas e fontes. Começaram os cursos superiores de jornalismo e foram criados padrões para a apuração e o processamento de informações.

Estabeleceu-se que a informação jornalística deveria reproduzir os dados obtidos com as fontes; que os testemunhos de um fato deveriam ser confrontados uns com os outros para que se obtivesse a versão mais próxima possível da realidade (...) que a relação com as fontes deveria basear-se apenas na troca de informações; e que seria necessário, nos casos controversos, ouvir porta-vozes dos diferentes interesses em jogo. (LAGE, 2009, p.18)

Começa a ser usado o LEAD, com as informações principais da notícia. Destacou-se a importância da ética como fator de regulação da linguagem jornalística.

Em relação a figura do repórter, o autor lembra que antes imaginava-se que os repórteres somente deveriam apurar as notícias. Hoje, com os computadores, a responsabilidade do repórter cresceu. Ele deve apurar bem, mas formular seu texto como o melhor dos redatores e participar das tarefas de edição.

O Repórter como Testemunha

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Lage (2009) afirma que o século XX foi o século do jornalismo-testemunho. "A informação deixou de ser apenas ou principalmente fator de acréscimo cultural ou recreação para tornar-se essencial à vida das pessoas." (LAGE, 2009, p.21)

É importante também que o repórter seja um tradutor da fala de especialistas, que usam um vocabulário especializado. É papel do repórter permitir que o leitor oriente-se diante da realidade.

O Repórter como AgenteLage (2009) escreve que o repórter está onde o leitor, ouvinte ou espectador

não pode estar. É os olhos e os ouvidos do público, seleciona e lhe transmite o que pode ser interessante. Se torna, assim, um agente inteligente.

Um agente inteligente deve ter autonomia, isto é, operar sem intervenção direta de seu contratante; ter habilidade social, isto é, interagir com outros agentes, desenvolvendo, para isso, competência comunicativa; ser reativo, isto é, perceber o meio em que atua e responder em tempo aos padrões de mudança que ocorrem nele, e ser capaz de tomar a iniciativa, comportando-se de modo a cumprir sua tarefa. (LAGE, 2009, p.24)

O insight da reportagemO autor afirma que o repórter deve ter intuição, faro e percepção- competências

humanas que podem ser aprimoradas pela educação e pelo exercício.

Capítulo 2 - Pautas e PautasLage (2009) começa o capítulo contando como o planejamento da pauta

começou, com as revistas, que ao contrário dos jornais, não tem o compromisso de cobrir todos os assuntos, mas podem selecioná-los. “Matérias de revista são feitas a partir de enfoques editoriais específicos, que precisam ser considerados previamente” (LAGE, 2009, p.29)

A revista, bem mais que o jornal, obedece a um discurso institucional que lhe é próprio: magazines sobre automóveis vendem a cultura do automóvel (não necessariamente produtos de uma fábrica ou marca)... A identificação pelo leitor dessa ideologia ou forma de ver o mundo é o segredo de marcas como Time, Playboy ou The National Geografic Magazine. (LAGE, 2009, p.30)

1- HistóricoLage (2009) diz que revistas como a Time realizam semanalmente, desde seu

início, sua reunião de pauta. As matérias, então, são programadas, não apenas quanto aos fatos a serem apurados, mas, principalmente, quanto á linha de orientação do texto.

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A política da revista é reunir volume de informação muito maior do que aquele que será publicado, exatamente para permitir seleção de fatos que dêem apoio à linha editorial (escolhem-se e ampliam-se os que a sustentam; desprezam-se ou minimizam-se os que a contrariam). (LAGE, 2009, p.30)

É esse o modo de produção de qualquer revista, e particularmente, das de informação geral. Lage (2009) diz que nos magazines semanais pode haver mais de uma reunião de pauta. “Quando a linha editorial está introjetada (ela é uma espécie de regra tácita do jogo) o debate concentra-se em tornos de detalhes da confecção.” (LAGE, 2009, p.31)

Lage (2009) faz ainda um histórico de como a pauta se generalizou no Brasil.

2- O que éLage(2009) afirma que a denominação PAUTA aplica-se a duas coisas

diferentes: é o planejamento de uma edição ou parte da edição e também aplica-se a tarefa do repórter. “Boas pautas são aquelas que dão origem a matérias que devem sair com destaque e, supostamente, acrescentam algo ao currículo do repórter.” (LAGE, 2009, p.35)

Lage (2009) afirma que o êxito de uma pauta depende de quem a executa, e que o trabalho de reportagem não é apenas o de seguir um roteiro de apuração e apresentar um texto correto.

Como qualquer projeto de pesquisa, envolve imaginação, insight: a partir dos dados e indicações contidos na pauta, a busca do ângulo (às vezes apenas sugerido ou nem isso) que permita revelar uma realidade, a descoberta de aspectos das coisas que poderiam passar despercebidos. (LAGE, 2009, p.35)

3- ObjetivosLage (2009) afirma que o primeiro objetivo da pauta é planejar uma edição. “Mas

a pauta é capaz também de assegurar a conformidade da matéria do jornal ou revista com interesses empresariais ou políticos.” (LAGE, 2009, p.36). Esse tipo de controle, segundo o autor, pode ser muito eficiente no caso de reportagens.

4- Decisões de PautaLage (2009) apresenta como acontece a preparação da pauta em veículos

diários. 5- Origens e Seleção

“Programa-se geralmente a pauta de reportagem (a reportagem aborda um assunto em visão jornalística) a partir de fatos geradores de interesse, encarados de certa perspectiva editorial.” (LAGE, 2009, p.39)

Lage (2009) lembra que nada impede que se programem reportagens sem gancho, pincipalmente em áreas como comportamento e saúde.

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6- Excessos e Escassez das PautasPreconceitos e pressupostos ajudam pouco e atrapalham muito em jornalismo.

“A crença de que uma metrópole é violenta pode obscurecer a realidade de que boa parte das pessoas se diverte com tranquilidade nas noites dessa mesma metrópole.” (LAGE, 2009, p.42). A partir de conceitos universais como esse, nada mais haveria de descobrir no mundo além do que se imagina que ele seja. A essência do jornalismo, pelo contrário, é a partir da observação da realidade, esteja ou não conforme alguma teoria.

7- Procedimentos para a Organização das PautasLage (2009) diz que muitas reportagens resultam da observação de fatos que

geralmente passam despercebidos e afirma que informações são matéria-prima abundante e a dificuldade consiste em selecioná-las, isto é, “definir quais reunem as condições de interesse público necessárias para a sua transformação em notícia.” (LAGE, 2009, p. 46)

Capítulo 3- Fontes e FontesLage (2009) apresenta o que são as fontes. “Poucas matérias jornalísticas

originam-se integralmente da observação direta. A maioria contém informações fornecidas por instituições ou personagens que testemunham ou participam de eventos de interesse público.” (LAGE, 2009, p.49)

Lage (2009) frisa que é tarefa comum dos repórteres selecionar e questionar essas fontes, colher dados e depoimentos, situá-los em algum contexto e processá-los segundo técnicas jornalísticas.

1- HistóricoLage (2009) faz um histórico de como se conseguiam as fontes, pelas

assessorias de imprensa.

2- Os fundamentos teóricosLage (2009) afirma que entre o fato e a versão jornalística que se divulga, há

todo um processo de percepção e interpretação que é a essência da atividade dos jornalistas. Diz também que esta percepção da realidade começa exatamente na fonte, que formula uma primeira representação que será levada adiante. “Cada indivíduo da cadeia informativa entende a realidade conforme seu próprio contexto e seu próprio estoque de memória.” (LAGE, 2009, p.54) Os modelos mentais refletem crenças da pessoa, adquiridas por observação, informação ou inferência.

3- A Natureza das FontesLage (2009) classifica as fontes em oficiais, oficiosas e independentes; primárias

e secundárias; testemunhas e experts.

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4- O Jornalista como Fonte O autor destaca que em algumas situações temos o jornalista como fonte, como

é o caso do assessor de imprensa.

Capítulo 4- O entrevistador e o entrevistado Lage (2009) define a entrevista como o procedimento clássico de apuração de

informações em jornalismo. "É uma expansão da consulta às fontes, objetivando, geralmente, a coleta de interpretações e a reconstituição de fatos."(LAGE, 2009, p.74)

1- Os tipos de entrevista O autor classifica as entrevistas do ponto de vista dos objetivos em ritual,

temática, testemunhal e em profundidade.Quanto às circunstâncias de realização, as entrevistas variam em ocasional, de

confronto, coletiva e dialogal.

2- Entrevistas em presença e mediadasLage (2009) afirma que as entrevistas podem ser feitas presencialmente ou à

distância. Orienta, ainda, a como conduzir bem uma entrevista. O repórter faz antes uma pesquisa e tem, portanto, idéia do que vai perguntar. No entanto, é engano imaginar que a preparação prévia de um questionário viabiliza uma boa entrevista: ela depende muito da maneira como é conduzida. (LAGE, 2009, p. 80)

3- Apresentação da EntrevistaDo ponto de vista da apresentação, Lage (2009) afirma que a entrevista varia

confirme o veículo. Por exemplo, no meio impresso, a entrevista pode ser tratada

como notícia. Selecionam-se as proposições mais relevantes dentre aquelas das respostas, ordenam-se da mais relevante para a menos relevante e transcrevem-se nessa ordem, intercalando as informações ambientais (quem, que, quando, onde, por que, para que, circunstâncias eventuais) e procurando alternar discurso direto e indireto. (LAGE, 2009, p.84)

Capítulo 5- Repórteres e Ética Lage (2009) afirma que ética é o estudo dos juízos de valor aplicáveis à conduta

humana, no todo ou em um campo específico e que os jornalistas em quase todos os países têm seus códigos de ética. O autor vai apresentar como acontece esta ética na prática jornalística.

1- Ética e Filosofia

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O autor apresenta aqui como a ética surge desde o campo filosófico até a prática jornalística nos dias atuais.

2- O Código de ÉticaLage (2009) apresenta artigos do Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros,

aprovado em congresso da categoria. O autor frisa que o Código tem 27 artigos e pode ser consultado nos sítios da Internet da Federação Nacional de Jornalistas e de vários sindicatos. O autor se detém nos artigos de 6 a 17, que tratam da conduta e das responsabilidades profissionais do jornalista, lista cada um dos artigos, que vai tratar de temas como o dever do jornalista e suas responsabilidades.

3- A Ética da Relação com as FontesO autor afirma que "as relações entre jornalistas e fontes são as mais citadas

quando se trata da ética do jornalismo" (LAGE, 2009, p.95). A relação com as fontes deve ser cordial e correta, pois trata-se inegavelmente de uma troca, em que a informação (e nada mais) deve ser trocada.

"O direito fundamental da fonte é o de ter mantido o conteúdo do que revela."(LAGE, 2009, p.95)

Lage (2009) discorre sobre a relação jornalista-fonte durante o restante do ítem.

4- Entre Informar e Não InformarLage (2009) diz ser necessário considerar que a informação pública não é

apenas uma questão dos jornalistas, mas também de suas fontes, particularmente as institucionais. Dá como exemplo o caso da Escola Base, em que o casal dono da escola foi perseguido pelo ódio popular a partir de uma falsa acusação.

O autor reforça que os jornalistas devem respeitar as instituições, por mais defeitos que tenham. "Seria um absurdo negar a essas instituições o mesmo respeito que nos merece a cidadania." (LAGE, 2009, p.101)

5- De quem é o Compromisso ÉticoO autor afirma que um problema hoje em dia é quanto à responsabilidade pelo

trabalho dos jornalistas. Lembra que a partir da globalização, se procura impor uma punição financeira ao invés da punição criminal. "Em decorrência, os supostos crimes de imprensa passam a ser cobrados principalmente das empresas, menos dos jornalistas pessoas físicas."(LAGE, 2009, p.102)

Lage (2009) afirma que jornalistas e empresas precisam ser éticos.

6- Os pequenos sistemas de coaçãoNeste ítem, o autor fala sobre os processos contra empresas jornalísticas de

pequeno capital.

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Capítulo 6- Reportagem EspecializadaLage (2009) começa o capítulo afirmando que as redações são divididas em

editorias, e que deveria haver profissionais das diversas áreas que fossem também jornalistas. Mas o que acontece é que "a situação predominante, por toda a parte, é a de jornalistas que se especializam para cobrir áreas de conhecimento" (LAGE, 2009, p.111)

"A Teoria da Cognição sustenta que, para transmitir o conhecimento de algo, é preciso entender esse algo- isto é, construir um modelo mental dele."(LAGE, 2009, p.111)

1- Notícia e Informação JornalísticaO autor afirma que "o conceito de notícia - em que pese o uso amplo da palavra

news (notícia) em inglês- pode ser, assim, substituído pela expressão informação jornalística." (LAGE, 2009, p.112)

Lage (2009) diz que a reportagem é a exposição que combina interesse do assunto com o maior número possível de dados.

O autor lembra que material jornalístico caracteriza-se por sua atualidade, universalidade, periodicidade e difusão, mas o que mais o identifica é a estruturação retórica em torno de pontos de interesse jornalístico.

Por fim, o autor faz um paralelo entre notícia e informação.

2- Política, Esportes, Artes e EspetáculosO autor afirma que a política, assim como o esporte, admite um tipo de cobertura

que não se pode chamar simplesmente de noticiosa. É preciso mostrar a situação política, ou a do campeonato, por exemplo, e discorre sobre essas duas vertentes.

Em relação as artes e espetáculos, Lage (2009) diz que a crítica ocupa o papel correspondente às crônicas de política e de esportes, orientando o gosto do público.

3- Ciência, Tecnologia e ProduçãoO autor lembra que assuntos de ciência e tecnologia são material jornalístico

cada vez mais frequente nos meios de comunicação, e a principal razão disso é a crescente aplicação da tecnologia que determina mudanças na sociedade. Afirma ao longo do capítulo que a reportagem de ciência e tecnologia cumpre algumas funções básicas: informativa, educativa, social, cultural, econômica, político-ideológica.

4- EconomiaO autor transcorre sobre o jornalismo econômico, e afirma que a riqueza passa a

ser hoje aparentemente determinada não pelas fazendas e fábricas, pelos bancos e comércio, mas pela concentração de inteligência e poder. "E o jornalismo está no centro dessa era da informação."(LAGE, 2009, p.130)

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O autor termina o capítulo afirmando que a reportagem econômica ocupa-se també, das idéias e costumes, artes, espetáculos e esportes. "O que vai caracterizá-lo, então, já não é mais o tema, mas o enfoque, voltado para as possibilidades de apropriação e lucro."(LAGE, 2009, p.130)

Capítulo 7- Repórteres e PesquisaO autor começa o capítulo afirmando ser comum quem pensa em reportagem

negligenciar a pesquisa. "A imagem corriqueira do repórter é a de alguém dependente de fontes e sem acesso às fontes das fontes- isto é, aos documentos primários de que se origina a informação levada a público." (LAGE, 2009, p.133)

1- Dificuldades de PesquisaO autor frisa que a consulta a documentos pode ser complicada, quando não se

conhece bem os processos de arquivamento. Devemos conhecer a lógica da edição, se quisermos procurar matérias em jornais, por exemplo. Porém, a pesquisa é imprescindível. "Complicada ou não, a pesquisa é a base do melhor jornalismo.”(LAGE, 2009, p.134)

Lage (2009) diz que os prazos e o fato das empresas não quererem deslocar profissionais para um processo de investigação também atrapalham a pesquisa.

2- Investigação e InterpretaçãoLage (2009) afirma que toda reportagem pressupõe investigação e

interpretação. Explica a diferença entre o jornalismo interpretativo e o jornalismo investigativo.

3- Jornalismo de PrecisãoO autor afirma que hoje, num mundo em que o volume de informações duplica-

se a cada cinco anos, somente especialistas serão capazes de entender e de comunicar. O jornalista, segundo Lage (2009), deve, portanto, saber como encontrar a informação, como avaliá-la e analisá-la e como transmiti-la.

“O que é necessário é fornecer ao público informação objetiva que consulte suas necessidades e desejos.” (LAGE, 2009, p.145)

4- Uma Pauta de PrecisãoO autor dá um exemplo do que é uma pauta de precisão, e afirma que “O

processamento de informação pela reportagem desloca-se da mera construção da mensagem para a elaboração de seu conteúdo, a partir de dados primários.”(LAGE, 2009, p.149)

5- A Pesquisa Institucional

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Lage (2009) explica que o fator que levou muitas empresas jornalísticas a criar seus próprios organismos de pesquisa foi o medo de que o jornalismo se tornasse mero reprodutor de discursos interesseiros. Por exemplo, o autor cita o Datafolha, da Folha de São Paulo. Porém, o autor ressalta que esses institutos acabam por agir como institutos de pesquisa convencionais, não sendo capazes de cumprir pautas de reportagem e se limitando a aferir a opinião pública.

Capítulo 8- Reportagem Assistida por Computador O autor começa o capítulo falando sobre o fato de que a introdução dos

computadores modificou bastante a prática do jornalismo. Ressalta, porém, que essa modificação é mais profunda do que parece à primeira vista e que o processo promete tornar-se permanente.

Lage (2009) afirma que a tecnologia estimula, ainda, o individualismo, e, por outro lado, o surgimento de comunidades dispersas que se unem por padrões de comportamento ou preferências. A tecnologia altera, portanto, “não apenas a maneira de fazer jornalismo, mas a gama de informações a ser veiculada.”(LAGE, 2009, p. 155)

1-Técnicas InstrumentaisO autor define a RAC (Reportagem Assistida por Computador) dizendo que se

baseia no emprego de técnicas instrumentais: “a navegação e busca na Internet, a utilização de planilhas de cálculo e de bancos de dados.”(LAGE, 2009, p.156)

1.1- A InternetO autor explica o que é a internet e como teve início. Diz se preocupar com a

confiabilidade dos dados e informações que são encontrados nos sites, e sua segurança.

1.2- Planilhas de CálculoO autor explica como o jornalista pode fazer uso das planilhas de cálculo, diz

que a planilha funciona como uma calculadora eletrônica muito sofisticada, e que servem ao jornalista por exemplo na cobertura de esportes, ciências sociais e da natureza, economia e política.

1.3- Bancos de DadosLage (2009) define bancos de dados como dispositivos que permitem armazenar

de maneira ordenada grande volume de informações. Indica aos jornalistas que por exemplo, sejam especializados em polícia, a ir colecionando em bancos de dados informações sobre a criminalidade em geral e sobre casos específicos.

O autor diz ainda que a cultura do banco de dados deve estender-se a todo arquivamento feito em computador.

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2- Usos da RACO autor lembra que um computador e uma conexão a Internet possibilitam ao

repórter acessar, de qualquer parte do mundo, seus próprios arquivos ou milhões de bancos de dados sobre os mais diferentes assuntos.

Lage (2009) lembra que a RAC parece ainda mais promissora na produção de matérias mais analíticas e profundas, combinando-se o uso da internet com métodos de pesquisa.

O autor ressalta que o uso da RAC é grande nos Estados Unidos e que já existem várias ferramentas produzidas para ela.

3- Pesquisa QualitativaLage (2009) explica como se dá o processo de pesquisa qualitativa. Os passos

são: criar um painel de especialistas sobre o tema; preparar um questionário inicial, enviar o questionário aos especialistas; fazer um resumo das respostas; montar um relatório; enviar novamente as perguntas, até que elas comecem a se equilibrar. O autor chama apresenta o método como Delfos.

Por fim, o autor conclui falando sobre a formação do jornalista, e defende a formação universitária. Afirma que o jornalista é a pessoa que escreve e edita informação em diferentes meios, e a competência é algo fundamental para que se possa exercer a profissão com dignidade. Para isso, o autor defende que 50% do curso seja para as disciplinas técnicas.