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Filosofia Política Clássica
Antiguidade Clássica - Platão
Platão - seres humanos são divididos em três almas ou
princípios de atividades:
alma desejante que busca a satisfação dos apetites
do corpo;
alma colérica que defende o corpo contra as
agressões do meio ambiente e de outros humanos;
alma racional que se dedica ao conhecimento.
As pólis são divididas em três classes sociais:
classe econômica dos proprietários de terra,
artesãos, comerciantes;
classe militar dos guerreiros;
classe dos magistrados, encarregados da
administração, do governo e da justiça na pólis;
Antiguidade Clássica - Platão
Natureza Humana Natureza da Pólis
Desejo Classe Econômica
Coragem Classe Militar
Razão Classe dos Magistrados
A justiça acontece quando cada um aceita e respeita a classe
que mais lhe cabe de acordo com sua alma. A sociedade justa
é governada pelos filósofos, administrada pelos cientistas,
protegida pelos guerreiros e mantida pelos produtores.
Antiguidade Clássica - Platão
Aristóteles – o homem é um animal político, pois detém a
linguagem ou a fala, e não simplesmente a voz.
Pólis – comunidade última. A mais importante, pois visa o bem
comum. A comunidade política por natureza.
A cidade deve realizar a justiça distributiva, que consiste em
dar a cada um o que é devido e sua função é dar
desigualmente aos desiguais para torná-los iguais.
Antiguidade Clássica - Aristóteles
Justiça política depende do que cada cidade valoriza
mais: honra - monarquia, virtude - aristocracia,
igualdade - politeia. Sempre busca o Bem Comum.
Formas degenerativas: tirania, oligarquia e
democracia. Não busca o Bem Comum, mas interesses
particulares.
Antiguidade Clássica - Aristóteles
Filosofia Política Moderna
Maquiavel (1469-1527)
Filosofia Política Moderna
Com Maquiavel:
- política torna-se um campo autônomo, sem ser
condicionada por princípios válidos a outros
campos filosóficos, como a moral e a ética.
- política se destaca do pensamento especulativo,
ético e religioso.
Filosofia Política Moderna
Não se preocupa como deveria ser o governo ou
o governante ideal, mas o que interessa é:
- como os homens governam?
- qual o limite ao uso da violência para conquistar
ou conservar o poder?
- quando o poder se torna arbitrário?
Filosofia Política Moderna
Principais características da política de Maquiavel:
1. Realismo político: a busca pela verdade efetiva das
coisas. O "ser" e não o "dever ser"
Contra a filosofia política de Platão, Aristóteles e Cícero.
"Daí é necessário que um príncipe, desejoso de
conservar-se, aprenda os meios de poder não ser bom e a
fazer ou não uso disso, conforme as necessidades" (O
príncipe)
Filosofia Política Moderna
2. Virtù e Fortuna:
Virtù: força, vontade, habilidade, capacidade de dominar a
situação.
Fortuna: sorte ou destino. Árbitra de metade de nossas
ações.
Príncipe - deve se valer da virtú contra as intempestividades
da fortuna.
Principais características da política de Maquiavel:
Filosofia Política Moderna
Tomás Morus (1478-1535)
Filosofia Política Moderna
UTOPIA
Filosofia Política Moderna
Utopia - "lugar que não existe" ou "aquilo que
não existe em nenhum lugar"
Capital: Amarouta - que evapora, que some como
miragem.-
Rio: anidro - sem água.
Principe: Ademo - sem povo.
- bastaria o homem seguir a razão e as leis da
natureza para acabar com os males da sociedade.
Filosofia Política Moderna
- não era um programa político, mas sim
princípios que deveriam servir como normas.
- não há classes sociais, nem diferença de status,
as pessoas trabalhavam seis horas por dia para
dar lugar ao lazer, não havia dinheiro, nem
propriedade particular.
Filosofia Política Moderna
O contratualismo
Thomas Hobbes
(1588-1679)
John Locke
(1632-1704)
Jean-Jacques
Rousseau
(1712-1778)
Filosofia Política Moderna
- Antes de criar a Sociedade Civil, os homens viviam em
Estado de Natureza.
- Estado de Natureza: situação pré-social na qual os
indivíduos vivem isoladamente.
- A passagem do Estado de Natureza para a Sociedade
Civil se dá pelo Contrato Social, pelo qual os indivíduos
renunciam à liberdade natural e transferem a um terceiro -
o soberano - o poder de criar e aplicar as leis.
O contratualismo
Filosofia Política Moderna
Estado
de Natureza
Estado
Civil Contrato
Social
Por que e como nasce o Estado?
O Estado não é natural e sim socialmente construído
por meio de um pacto, ou contrato, social.
O contratualismo
Filosofia Política Moderna
Thomas Hobbes
e o Leviatã
O contratualismo
Filosofia Política Moderna
• Jean Bodin (1530-1596):
– O poder absoluto serve para fazer as leis sem estar sujeito a elas e nem às de seus predecessores.
– “O rei não pode dar ordens a sim mesmo”.
– Determinação divina. O rei não pode ser contestado pelos seus súditos.
• Jacques Bossuet (1627-1704):
– O rei é o ministro de Deus e seu representante na Terra. O rei só deve dar explicações à Deus.
Filósofos do Absolutismo
Filosofia Política Moderna
- Estado de Natureza - os indivíduos
vivem isolados e em luta permanente.
"A guerra de todos contra todos"
"O homem é o lobo do homem"
- Estado em que reina o medo,
principalmente da morte violenta.
- A vida não tem garantias, as posses
não têm reconhecimento.
Thomas Hobbes e o Leviatã
Thomas Hobbes e o Leviatã
Os homens, por meio do contrato social, deixam a
liberdade de lado em troca de segurança e proteção.
Os homens reunidos numa multidão formam o corpo
político - uma pessoa artificial criada pela ação humana e
que se chama Estado.
É preciso que todos os homens deleguem a um único
homem (ou a uma assembléia) o poder de representá-los.
Esse é um acordo entre os súditos e não entre os súditos
e o soberano. O poder deste deve ser indivisível e
absoluto.
John Locke
e os três direitos inalienáveis
Estado de Natureza - todos os homens nascem com três
direitos naturais e inalienáveis: a vida, a liberdade e a
propriedade (bens necessários para a conservação de
ambas).
Há um quarto direito que é a proteção a estes direitos
naturais.
O pacto social serve para que esses direitos sejam
fortalecidos.
O Estado nasce para assegurar os direitos naturais e
inalienáveis dos homens.
John Locke
e a propriedade privada
Como justificar a propriedade privada como um direito
natural e o trabalho como legitimador da propriedade
privada?
Deus é um arquiteto que fez uma obra: o mundo. Como
obra do trabalho divino, o mundo a Ele pertence. É seu
domínio, sua propriedade. Deus criou o homem a sua
imagem e semelhança, ao expulsá-lo do paraíso disse ao
homem que ele teria o mundo com o suor de seu rosto.
A primeira propriedade do homem é o seu corpo com o
qual ele pode trabalhar e ampliar suas propriedades.
John Locke
e a propriedade privada
Jean-Jacques Rousseau
e o Bom Selvagem
Estado de Natureza:
indivíduos vivem isolados
pelas florestas
sobrevivendo com que a
natureza lhes dá. Estado de
felicidade original.
Jean-Jacques Rousseau
e a propriedade privada
(UEL – 2005) “O verdadeiro fundador da sociedade civil foi o
primeiro que, tendo cercado um terreno, lembrou-se de dizer
isto é meu e encontrou pessoas suficientemente simples para
acreditá-lo. Quantos crimes, guerras, assassínios, misérias e
horrores não pouparia ao gênero humano aquele que,
arrancando as estacas ou enchendo o fosso, tivesse gritado a
seus semelhantes: „Defendei-vos de ouvir esse impostor;
estareis perdidos se esquecerdes que os frutos são de todos
e que a terra não pertence a ninguém!‟”. (ROUSSEAU, Jean-
Jacques. Discurso sobre a origem e os fundamentos da
desigualdade entre os homens. Trad. de Lourdes Santos
Machado. São Paulo: Nova Cultural, 1997. p. 87.)
Jean-Jacques Rousseau
e a propriedade privada
O Estado de Natureza rousseauniano se transforma em
Estado de Sociedade (parecido com o Estado de Natureza
hobbesiano) a partir do surgimento da propriedade
privada.
Os homens reunidos formam a vontade geral como corpo
moral coletivo ou Estado.
Os indivíduos criam-se a si mesmos como povo e é este
que transfere os direitos naturais para que sejam
transformados em direitos civis. Ou seja, o governante
não é o soberano, mas representante da soberania
popular. São cidadãos do Estado e súditos das leis.
Immanuel Kant (1724-1804)
Königsberg
- Crítica da Razão
Pura.
- Crítica da Razão
Prática.
- Crítica do
Julgamento.
Razão prática:
- razão capaz de determinar a vontade e a ação moral;
- a razão é suficiente por si só para mover a vontade e
assim criar princípios e leis morais de valor universal.
- Leis morais são imperativos categóricos.
A Crítica da Razão Prática
Máximas - princípios práticos subjetivos - servem para
aquele que propõe.
Imperativos - princípios práticos objetivos - válidos para
todos.
Imperativos hipotéticos - determinam a vontade como
condição - "se quiser passar de ano terá que estudar"
Imperativos categóricos - determinam a vontade como
vontade - "deve e pronto", "deves porque deves"
A Crítica da Razão Prática
1) Lei Universal: "Age como se a máxima de tua ação devesse
tornar-se, através da tua vontade, uma lei universal."
2) Fim em si mesmo: "Age de tal forma que uses a
humanidade, tanto na tua pessoa, como na pessoa de qualquer
outro, sempre e ao mesmo tempo como fim e nunca
simplesmente como meio".
3) Legislador Universal(ou da Autonomia): "Age de tal
maneira que tua vontade possa encarar a si mesma, ao mesmo
tempo, como um legislador universal através de suas
máximas."
Imperativo categórico
- Homem: natureza x liberdade.
- Liberdade é a independência em relação à lei natural dos
fenômenos.
- Homem é livre por meio da razão, mas suas escolhas
devem seguir a razão como um dever.
Liberdade = Dever.
A Crítica da Razão Prática
Lei moral kantiana - se dá pela forma e não pelo conteúdo.
- Leis jurídicas: dirigidas às ações externas dos indivíduos.
- Leis morais: dirigidas às ações internas dos indivíduos.
A Crítica da Razão Prática
Passagem do Estado de Natureza para a Sociedade Civil
simplesmente por um comando a priori da razão e não por
uma utilidade qualquer. (deontologia – “Teoria do dever”)
- organizar-se segundo um direito;
- adotar a forma republicana de governo;
- estabelecer a paz internacional.
Contrato social kantiano