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1 São Paulo, Agosto 2011 Proposta de Trabalho Financiamento público de PD&I 27 de Setembro 2012 Pedro Wongstchowski

Financiamento público de PD&I Brasil conta hoje com instituições e instrumentos para apoiar o processo de inovação. Os gargalos são mais relacionados à sustentabilidade, escala

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São Paulo, Agosto 2011Proposta de Trabalho

Financiamento público de PD&I

27 de Setembro 2012

Pedro Wongstchowski

Fundos Setoriais: criação, objetivos, governança e

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objetivos, governança e reforma

� Os Fundos Setoriais foram criados no final dos anos 90 vinculados aos setoresprodutivos tanto pela fonte de financiamento e como pela alocação dos recursos;

� Objetivo de fortalecer o SNI, apoiar a inovação e ampliar a articulaçãouniversidade – empresa;

� Fontes de financiamento estáveis e com potencial de crescimento;

� Gestão compartilhada em comitês gestores com representantes do MCTI, ministérios

Fundos Setoriais

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� Gestão compartilhada em comitês gestores com representantes do MCTI, ministériossetoriais, agências reguladoras, comunidade científica e setor produtivo;

• A FINEP é a Secretaria Executiva do FNDCT e responde pelas secretarias técnicas do Fundos Setoriais;

• Em 2004 foram criadas as Ações Transversais com objetivo de financiar projetos que fora do alcance dos fundos setoriais;

• Atualmente as principais fontes de recursos do FNDCT são os fundos setoriais e a amortização dos empréstimos que o FNDCT vem fazendo para a FINEP

FNDCT e Fundos Setoriais: Arrecadação e

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Setoriais: Arrecadação e alocação dos recursos

Orçamento Geral da União e do MCTI2001-2011

2,20%

2,40%

2,60%

2,25%

1,96%

2,52%

2,34%

2,45%

2,35%

2,14%

2,21%

2,08%

2,34%

MCTI/OGU

MCTI(s/FNDCT) /OGU

Fonte: MCTI, Demonstrativo da Arrecadação, Orçamento e Execução dos Fundos Setoriais; Demais Fontes; SIGA, Senado Federal e IBGE (INPC). Elaboração própria.

1,00%

1,20%

1,40%

1,60%

1,80%

2,00%

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

1,96%

1,89%

FNDCT e Orçamento MCTI2000-2011

25,0%

30,0%

35,0%

40,0%

26,0%

32,6%34,0%

29,8%

36,2%

30,2%

FNDCT/MCTI

Fonte: MCTI, Demonstrativo da Arrecadação, Orçamento e Execução dos Fundos Setoriais; Demais Fontes; SIGA, Senado Federal e IBGE (INPC). Elaboração própria.

0,0%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

10,7%

17,9%

15,9%

23,6%

21,4% 21,9%

TI

Recursos do FNDCT1999/2011

2.500

3.000

3.500

4.000

Valores Constantes (Ano Base 2011) - Índice IGP-DIR$ Milhões Total Arrecadado R$ 27,3 bi

R$ 10,7 bi

Fonte: Finep, preparado pela Secretaria Executiva do FNCTD a partir dos dados do OGUe execução do FNDCT.

-

500

1.000

1.500

2.000

2.500

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

Crédito – R$ 2,3 bi

Empresas e instituições de C&TAplicações FNDCT (não reembolsável) – R$ 14,3 bi

Contingenciado / Excluído do Orçamento

FNDCT – Participação de cada fundo na arrecadação 1999- 2011

Fonte: MCTI

Fundos Setoriais: Valor contratado / Arrecadado1999-2011

6.000

7.000

8.000

9.000

Mil

es

33,2%

34,7%

9

0

1.000

2.000

3.000

4.000

5.000

Mil

es

Arrecadado por fundo Contratados por fundo ou ação

44,7%49,1%

39,1%22,1%

19,3%

14,5%

46,8%

48,6%

10,1% 53,8%

48,4%34,0%

22,5%

Fonte: SIAFI e MCTI

Fundos Setoriais: tamanho e número de projetos contratados 1999-2011

50,0%

60,0%

70,0%61,8%

% número de projetos

10

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

0,01-100100,01-200

200,01 -500500 -1.000

Acima de 1.000,01

13,1%12,4%

5,2% 7,48%

% número de projetos

Valor total do projeto (intervalo em R$)

Fonte: MCTI

Finep: evolução das operações contratadas de crédito1999-2010, em número e valor (em R$ milhões correntes)

Fonte: Finep

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Conclusões

� Os gastos em PD&I no Brasil continuam tímidos e os Fundos Setoriais não induziram mudanças significativas na inovação.

� O Brasil conta hoje com instituições e instrumentos para apoiar o processo de inovação.

Os gargalos são mais relacionados à sustentabilidade, escala e operação

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� Os gargalos são mais relacionados à sustentabilidade, escala e operação dos instrumentos;

� A arrecadação dos Fundos Setoriais foi crescente mas não impediu a queda da participação do orçamento do MCTI no Orçamento Geral da União. O compromisso com a inovação passa por assegurar dotação orçamentária adequada para o MCTI e suas agências;

� Os Fundos Setoriais são hoje essenciais para o MCTI:� Na última década o FNDCT correspondeu a mais de ⅓ do total do orçamento do

MCTI;

� 48% dos recursos arrecadados foram contingenciados e 8,5% emprestados àFINEP;

A arrecadação dos Fundos cresceu mais de 7 vezes em termos reais desde sua

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� A arrecadação dos Fundos cresceu mais de 7 vezes em termos reais desde suacriação e no mesmo período o orçamento do MCTI cresceu 3;

� Os recursos arrecadados pelo FNDCT estão substituindo recursos orçamentáriosdo MCTI, financiando atividades que deveriam ser cobertas pelo orçamento.

� As fontes têm potencial de crescimento, mas há concentração dos recursos nopetróleo, CIDE e Energia Elétrica e a sustentabilidade do FNDCT estáameaçada pela realocação do CT- Petro a partir de 2016.

Evolução do FNDC) – Estimativa perda receita extinção CT-Petro 1999-2025

Fonte: Finep, 2012

� Os impactos dos Fundos Setoriais sobre o Sistema Nacional de Inovação esobre a própria inovação têm sido limitados. Isto se deve tanto à limitaçãodos recursos disponíveis para atender às demandas como também adificuldades criadas pelo quadro legal institucional. É preciso avaliar aimportância e os impactos para as empresas que estão utilizando osinstrumentos.

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instrumentos.

� Os Fundos Setoriais contribuíram para melhorar o sistema de C&T,particularmente em termos de infraestrutura, mas os benefícios para ainovação são mais restritos e mais recentes, e estão associados àsubvenção e expansão do crédito com redução da taxa de juros. Noentanto, as operações ainda são limitadas e alcançam poucas empresas.

� Além de assegurar a plena execução do FNDCT, é preciso viabilizar umprograma de investimentos em infraestrutura de CT&I para dotar o país decapacidade para inovar.

� A pulverização e dispersão no uso dos recursos reduz o papel estratégicodo FNDCT. É preciso repensar as diretrizes estratégicas para as ações doFNDCT, delimitar com mais clareza objetivos e campos de ação;

� Os recursos destinados aos projetos cooperativos e subvenção têm sidorelativamente baixos. É preciso estimular e atrair as empresas para

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relativamente baixos. É preciso estimular e atrair as empresas paraparticipar e cofinanciar projetos cooperativos;

� Para tanto, é preciso melhorar as condições de acesso das empresas aosrecursos do FNDCT por meio da mobilização para a inovação e adequaçãoe simplificação dos procedimentos à realidade das empresas;

� Valorizar o papel dos Comitês Gestores e dos setores produtivos na orientação estratégica dos fundos setoriais;

� Criação de mecanismo formal para a definição das ações transversais com participação dos representantes do governo, academia e setores produtivos.

� As operações de crédito da FINEP dependem hoje de recursos transitórios do PSI e dos empréstimos do FNDCT e Funttel, soluções paliativas e insuficientes para atender à demanda crescente das empresas. É preciso eliminar o contingenciamento e definir novas fontes de financiamento para a Finep.

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