Franz Kafka

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FRANZ KAFKADADOS BIOGRFICOS- Nasceu em Praga, Repblica Checa, em 1883- Filho de judeus, cresceu sob a influncia da cultura Judaica, checa e alem.- De 1901 a 1906, frequentou a Universidade de Praga e formou-se em Dreito. Entretanto, frequentou ambientes literrios e politicos e aderiu chamada Escola de Praga.- As suas obras integram uma perspetiva sobre a condio do ser humano do seu tempo e abordam temas como a opresso burocrtica das instituies, a justia e a fragilidade do homem comum, face aos problemas quotidianos, as ansiedades e a alienao do homem do sculo XX.

- Intitulada Considerao, a sua primeira obra foi publicada em 1913. No entanto, foi pouco conhecida.- As suas obras mais conhecidas so A Metamorfose, O Processo, O Castelo, Amrica, A Sentena, O Covil e O Artista da Fome.- Para se entender a obra de Kafka, necessrio ter ateno ao seguinte:- No h a inteno de mostrar uma obra bonita, mas antes evidenciar que esta se baseia na dor;- Ficar atento aos detalhes do texto, pois as imperfeies so propositadas;-

- Durante a sua vida, as suas obras no eram muito conhecidas;- Faleceu a 3 de junho de 1924, vtima de tuberculose.- Apesar de ter deixado expresso que os seus escritos deveriam ser quimados aps a sua morte, o seu amigo e bigrafo Max Brod no acedeu ao seu pedido, dado o valor literrio que lhes atribua.

O Covil uma coletnea de contos.Esta obra apresenta nove narrativas, todas elas incompletas, com histrias distintas e sem aparente relao entre si.A temtica geral das narrativas a forma como a personagem principal lida com uma crise existencial / problema, muitas vezes pensando que uma ou vrias personagens secundrias conspiram a sua queda.As personagens principais so, por norma, homens, mas existem narrativas onde a personagem principal uma mulher ou at mesmo um animal, como o caso da primeira narrative presentada na obra.

O Covil comea com a concluso bem sucedida da toca e o narrador, alegando que j no tem medo , em seguida, confrontado com o seu receio de que algum poderia, inadvertidamente, descobrir a abertura da toca e destruir tudo. Embora no auge de sua vida, ele no pode estar tranquilo, mesmo nas suas tocas mais forte, cmara interior, por algum desconhecido, inimigo sem nome pode ser escavando em direo a ele. O narrador tem a vantagem de conhecer todas as passagens da toca e cada uma das seus mais de cinquenta cmaras; ele est, no entanto, a envelhecer. No s inimigos da superfcie podem assust-lo e tambm criaturas lendrias do interior da Terra, em quem ele acredita firmemente. O narrador orgulha-se particularmente da Praa-Forte que tem, a qual, para a sua construo derramou sangue. Nela ele colocou todos os seus recursos. Por outro lado, ele teme o facto de guardar toda a sua comida num nico lugar, podendo desastrosamente errado. Nesses momentos, ele entra em pnico e redistribui-os para vrias cmaras, de forma aleatria. Ento, refletindo sobre os problemas com o regime e o custo para a sua presuno, quando ele j no pode ver todos os mantimentos juntos, ele coloca-los de volta na Praa-Forte, desejando agora que ele tinha planejado e construdo vrias delas quando era mais jovem. s vezes, os cheiros tentadores dos alimentos estocados domin-lo: sesses Gorging seguir-se, seguido de renovada culpa e recriminao.Esses lapsos sempre levar a uma reviso do plano de todo o Covil, e sua gula exige sua sada da toca para reabastecer-lo. Quando ele se aproxima do labirinto elaborado logo na entrada, ele sente tanto orgulho neste teoricamente brilhante tour de force e medo de que no poderia sustentar um ataque srio. Em qualquer caso, tarde demais para pensar seriamente em construir uma outra, labirinto absolutamente inexpugnvel; que levaria a fora de um gigante, de que ele s pode sonhar.Saindo pelo alapo coberta de musgo, ele momentaneamente aprecia as liberdades de vida fora: o melhor (se mais difcil) a caa, a sensao de fora fsica. No entanto, ele nunca pode se aventurar muito longe da toca; de fato, o pensamento de sua presena o sustenta. Mesmo assistindo a entrada para dias e noites a fio reafirma seu senso de segurana: Ele ainda tem que ver qualquer um que investiga a porta da frente. certo que ele teve de fugir ao sentir o cheiro de qualquer inimigo srio, ento ele no pode ter certeza de sua ignorncia ou de atitude para com o toca. Esta mesma reflexo sobre a sua segurana, inevitavelmente, leva-o a considerar os seus perigos. Ele at mesmo brinquedos brevemente com a idia de voltar sua existncia pr-toca, "uma sucesso indiscriminado de perigos", mas perigos cuja universalidade impediu de se concentrar em qualquer particular, de um modo que ele agora ...

Um mdico de aldeia trata das desventuras de um mdico numa noite escura em que chamado para uma falsa urgncia. Este conto tem uma atmosfera pesada e est cheio de seres mitolgicos (e simblicos).Chacais e rabes um conto que liga Franz Kafka ao sionismo (autodeterminao do povo judeu). Trata-se de um conto centrado no dilogo entre um viajante europeu e alguns chacais encontrados no deserto. Estes pedem ao viajante que acabe com um dio antiqussimo entre eles. O viajante tratado como um messias e os chacais queixam-se que os rabes so sujos e insensatos (ao contrrio dos homens do Norte, ou seja, da Europa). O conto termina com os chacais a beberem o sangue de um camelo morto e a serem chicoteados por um rabe, que refere o dio existente. Segundo algumas interpretaes, os chacais so os judeus ortodoxos que na altura viviam na Palestina.Outro conto que tem como tema a relao pai-filho O Veredito. Com este ttulo que nos remete para o mundo dos juzes e das leis, Kafka constri um conto volta da verdade, da mentira e da amizade. O clmax do conto uma conversa entre pai e filho. Sentenciado como culpado, o filho cometer o suicdio.Reminiscncia do caminho-de-ferro de Kalda o elogio da vida solitria. Esta uma histria que faz parte dos Dirios. O autor pe as palavras num antigo empregado dos caminhos-de-ferro russo. Ainda dentro desta temtica, encontramos O Solteiro, a descrio dos hbitos de Prflury, o solteiro, que parece ser uma caricatura do prprio Franz Kafka (uma auto-caricatura bem-humorada)