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  • 1MANUAL DO ENSINO DA CONDUO

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    FICHA TCNICA CONDUO EM CONDIES ADVERSAS

    Nveis GDE Nvel 3 Nvel Tctico

    Temas Transversais Tema 5 Conhecimento das Regras de Trnsito; Tema 6 Domnio das Situaes de Trnsito; Tema 7 Controlo do Veculo

    Sntese informativa Conduo em condies de m visibilidade e aderncia com chuva Conduo com vento forte Conduo com nevoeiro Calor Frio e a conduo com gelo e neve Trfego intenso e trnsito em filas

    SUGESTES DE OPERACIONALIZAO

    FORMAO TERICA

    Nvel 3 Nvel Tctico - Regras de trnsito e Sinais e Comportamento Dinmico do Veculo

    Objectivos Mtodos e Recursos

    Conhecer condies adversas conduo e respectivas estratgias

    defensivas aplicveis

    Mtodo interrogativo

    Mtodo expositivo

    Mtodo demonstrativo

    Vdeos e manuais

    Simulador de conduo

    Portaria n 536/2005, de 22 de Junho Cap. I, Sec. I, V 2.2

    FORMAO PRTICA

    Nvel 3 Nvel Tctico - Domnio das Situaes de Trnsito

    Objectivos Mtodos e Recursos

    Aplicar no trnsito as tcnicas de conduo tendentes a reduzir o

    risco de acidente sob o efeito de condies adversas

    Veculo de instruo

    Portaria n 536/2005, de 22 de Junho Cap. II, Sec. II - 3.3

  • 2CONDUZIR CHUVAA conduo em dias de chuva comporta um aumento do risco de acidente,

    resultante de factores tais como:

    Menor visibilidade;

    Menor aderncia;

    Maior stress fsico.

    A aderncia a quantidade de atrito que em cada momento existe entre

    os pneus e o pavimento. A gua pode funcionar como um lubrificante

    diminuindo o atrito ou, sendo em quantidades grandes, pode aumentar

    a resistncia ao rolamento. Normalmente a gua no pavimento tambm

    transforma a terra em lama, e transforma-se em gelo com baixas

    temperaturas.

    Outra condicionante da chuva a diminuio da visibilidade, causada pela

    gua que escorre e pelo embaciamento do pra-brisas e vidros do veculo,

    pelo funcionamento dos limpa pra-brisas e desembaciadores. Quanto

    mais intensa a chuva, menor a visibilidade disponvel.

    CONDIES DE CONDUO ADVERSAS

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  • 3 O aumento da carga ou stress fsico provocado pela conduo prolongada

    debaixo de ms condies de aderncia e de visibilidade, muitas vezes

    associadas temperatura e humidade do habitculo, aumentam a fadiga e

    condicionam o comportamento do condutor.

    Em situaes de chuva forte, e particularmente quando associada a

    velocidades elevadas em auto-estrada, aumenta a probabilidade de

    hidroplanagem, ou seja, o efeito de planagem do veculo sobre um

    pelcula de gua.

    VENTO FORTEO vento afecta a estabilidade do veculo, particularmente quando muito

    forte e sopra lateralmente. O vento forte afecta os veculos, especialmente

    em zonas abertas de plancie, zonas martimas costeiras ou de montanha, e os

    veculos de caixa fechada e altas ou os que transportam cargas no tejadilho.

    no atravessamento de pontes ou viadutos, em especial em vias de

    velocidade mais elevada ou auto-estradas, que se nota mais a influncia

    do vento no comportamento dinmico do veculo.

    Alguns locais so mesmo assinalados com sinalizao vertical que indica as

    zonas onde o vento forte com frequncia afecta a estabilidade do veculo.

    Tambm a deslocao do ar causado pela passagem de veculos pesados em

    alta velocidade nas auto-estradas, provoca ventos laterais que afectam os

    veculos ligeiros mais leves. A fora do ar provocada pelos veculos pesados,

    afecta em especial os ligeiros durante as ultrapassagens, empurrando-os

    para o exterior.

    NEVOEIROAlguns dos mais graves e aparatosos acidentes ocorrem com nevoeiro.

    Nestas condies h um conjunto de regras simples que devem sempre ser

    contempladas.

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  • 4 Est preparado para o nevoeiro?

    O nevoeiro pode surgir praticamente em todo o lado, mas sobretudo em zonas

    baixas, ao nvel do mar ou em zonas altas de montanha, ele mais frequente.

    Por vezes, estradas com declives alternados e acentuados, tm bancos de

    nevoeiro nas zonas mais baixas.

    O nevoeiro constitudo por partculas de gua (so nuvens) pelo que

    muitas vezes, dependendo da temperatura exterior, os vidros da viatura

    ficam molhados quando passamos em zonas de nevoeiro.

    Frequentemente o nevoeiro acompanhado de temperaturas baixas,

    que provocam o embaciamento dos vidros e consequente diminuio da

    visibilidade para o exterior.

    Em pocas de nevoeiro, deve manter as escovas limpa-vidros funcionais,

    gua no limpa pra-brisas e o aquecimento ou o ar condicionado a ventilar

    contra o pra-brisas.

    A velocidade deve ser especialmente moderada com nevoeiro. A velocidade

    segura nestas condies deve permitir que o condutor consiga parar no

    espao visvel.

    A distncia de segurana aplicvel com nevoeiro, no a mesma que em

    condies de boa visibilidade, pois muitas vezes, mal se v o carro da frente.

    Ao considerar a distncia de segurana, devemos tomar em considerao

    que o nevoeiro no apresenta uma densidade constante. H zonas mais

    densas onde a visibilidade repentinamente se reduz.

    em especial nestes locais, que se do os acidentes mais graves. Os

    condutores entram de repente numa zona com visibilidade quase nula,

    assustam-se, travam, e provocam sries de travagens em cadeia, de onde

    resultam graves colises e despistes.

    As luzes so um elemento fundamental na comunicao no nevoeiro, em

    especial as luzes de mdios. Elas devem ser sempre usadas, de dia ou de

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    noite com nevoeiro. Os mximos devem ser evitados, em especial noite,

    pois reflectem-se no nevoeiro impedindo a visibilidade a maior distncia.

    Sempre que necessrio, mantenha ligados os faris de nevoeiro traseiros.

    Os 4 piscas ou luzes de emergncia, s devem ser utilizados se o veculo

    estiver imobilizado, ou a circular a velocidades muito baixas ou quando

    fizer uma travagem forte e repentina.

    Quando circular no nevoeiro, verifique continuamente os retrovisores em

    especial se tiver de travar.

    Se circular em auto-estrada, encoste fila da direita, pois ter sempre uma

    escapatria na berma e, em caso de imobilizao por fora de qualquer

    acidente, permitir-lhe- fugir rapidamente para fora da estrada.

    E em caso de nevoeiro forte, pense em parar e aguarde que o nevoeiro

    levante.

    CALORO calor excessivo tambm prejudicial para a conduo, e at para o prprio

    veculo. Para evitar os efeitos negativos do calor durante a conduo:

    Sempre que possvel, estacione o veculo em local com sombra ou deixe os vidros ligeiramente abertos;

    Durante a conduo, mantenha a circulao de ar dentro do veculo, abrindo ligeira-mente as janelas ou o ventilador e, em caso de necessidade, o ar condicionado;

    Mantenha uma garrafa de gua potvel no veculo;

    No mantenha crianas ou idosos dentro de veculos estacionados nem durante muito tempo mesmo quando conduz. Mantenha o veculo arejado e pare com frequncia para se hidratarem.

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    FRIO, NEVE E GELOO frio excessivo aumenta o stress do condutor e tal como a chuva e o calor,

    quando continuado, aumenta a fadiga na conduo.

    O frio est associado a condies climatricas e de aderncia que so

    normalmente desadequadas para a conduo; a queda de neve ou geada e

    a formao de gelo no pavimento.

    Nestas condies existe uma diminuio muito grande da aderncia e da

    capacidade de traco do veculo, sendo nalguns casos mesmo nula, ou

    seja, o veculo pode no conseguir mesmo andar ou travar. Nalguns casos

    e nalguns locais, formam-se finas camadas de gelo e os veculos podem

    entrar em derrapagem.

    Nestes casos, os sistemas electrnicos de segurana activa, o sistema

    de travagem ABS ou de controlo traco ou de estabilidade, perdem a

    eficcia e no actuam como necessrio.

    No caso de circulao em locais com neve, os condutores tm de recorrer

    colocao de correntes ou proteces nos pneus das rodas de traco ou

    mesmo substituio por pneus especiais para neve.

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    TRFEGO INTENSOCom o aumento do nmero de veculos em circulao nas estradas

    portuguesas, a intensidade do trnsito por vezes ultrapassa as capacidades

    de concepo das vias, particularmente nas grandes cidades e seus acessos,

    em especial durante as chamadas horas de ponta de manh e ao final da

    tarde, constituindo-se filas de trfego intenso.

    Outras vezes, motivadas por acidentes, obras ou acontecimentos pontuais

    (feiras, concentraes desportivas, acontecimentos sociais, etc.), surgem

    as filas de trnsito, quando a velocidade de cada veculo depende daquele

    que o precede.

    nestes momentos que os condutores se impacientam, se tornam

    agressivos e com comportamentos menos cvicos ou civilizados.

    Muitos acidentes, frequentemente de pouca gravidade mas que afectam

    ainda mais a circulao nestes momentos, resultam da falta de distncia

    entre veculos, quando parados nas filas ou em movimento.

    A distncia a manter quando parado, deve ter em considerao a

    possibilidade de:

    Sair da fila em que se encontra, sem ter de efectuar marcha-atrs;

    Encostar esquerda ou direita para dar passagem a um veculo prioritrio;

    Manter um espao de segurana para evitar uma coliso de traseira;

    Manter um espao de segurana para o caso do veculo da frente descair numa subida;

    Manter o espao necessrio para no bloquear a passagem transversal de outros veculos em interseces ou no acesso a parques de estacionamento ou outros.

    Em movimento, mantenha uma distncia sempre superior ao seu tempo de

    reaco, de forma a:

    Poder parar com suavidade sempre que o veculo da frente se imobiliza, mesmo que bruscamente;

    Poder seleccionar uma sada de emergncia no caso de uma travagem brusca ou diminuio inesperada do espao pela entrada de outro veculo na fila;

    Evitar mudanas baixas e arranques bruscos e rpidos.