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Diário de Bordo 2012 Já lhe chamam “o ano de todos os perigos”. O ano em que recentemente entrámos irá ser, segundo tudo leva a crer, muito difícil para todos nós. A situação económica de Portugal (e de toda a zona Euro) obriga a cortes profundos e a uma mudança para uma vida de “austeridade”, termo que entrou definitivamente na linguagem do nosso dia a dia. É nossa convicção que, estando conscientes na neces- sidade de cortar todos os gastos supérfluos, é essencial continuar a apostar no sistema educativo português. Efe- tuar cortes cegos na educação poderá significar um retro- cesso que poderá demorar décadas a retificar. Se algumas empresas portuguesas conseguem, hoje em dia, competir com o que de melhor se faz a nível mundial em termos de tecnologia, por exemplo, é porque o nosso sistema educa- tivo conseguiu fornecer a estes portugueses as ferramen- tas para conseguir estar lado a lado com os melhores. Apesar do ar do tempo, estamos convictos que o ensino ministrado no nosso Agrupamento irá manter a qualidade que tem evidenciado nos últimos anos. Temos conseguido fornecer aos nossos alunos as ferramentas para prosse- guirem os seus estudos ou ingressarem no mercado de trabalho e muitos deles têm hoje vidas de sucesso que co- meçaram a ser construídas na nossa escola. A qualidade, empenho e profissionalismo dos professo- res do nosso Agrupamento são o garante da continuação da qualidade do ensino que ministramos, independemente dos cortes que possam fazer ao orçamento da escola. Para esta qualidade contribui, também, a entrega e dedicação dos técnicos e assistentes operacionais do Agrupamento bem como das entidades que connosco colaboram e muito nos apoiam, com especial destaque para a Câmara Munici- pal de Vila Velha de Ródão. Essencial para o sucesso dos nossos alunos é, também, o acompanhamento e presença dos pais e encarregados de educação, que este ano ficou bem patente na Festa de Natal. As situações de crise são, muitas vezes, oportunidades para mudar de vida e crescer. Acreditamos que, TODOS JUNTOS, conseguiremos vencer este desafio. Um bom ano! O Diretor Luís Costa Projeto “A minha escola é um Jardim” Premiado pela Fundação EDP Pág. 9 Corta-Mato Feira do Livro Pág. 15 Pág. 13 58 | Janeiro 2012 Distribuição gratuita

"Gente em Ação" nº58 - Janeiro 2012

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Jornal do Agrupamento de Escolas de Vila Velha de Ródão

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Page 1: "Gente em Ação" nº58 - Janeiro 2012

Diário de Bordo2012

Já lhe chamam “o ano de todos os perigos”. O ano em que recentemente entrámos irá ser, segundo tudo leva a crer, muito difícil para todos nós. A situação económica de Portugal (e de toda a zona Euro) obriga a cortes profundos e a uma mudança para uma vida de “austeridade”, termo que entrou definitivamente na linguagem do nosso dia a dia.

É nossa convicção que, estando conscientes na neces-sidade de cortar todos os gastos supérfluos, é essencial continuar a apostar no sistema educativo português. Efe-tuar cortes cegos na educação poderá significar um retro-cesso que poderá demorar décadas a retificar. Se algumas empresas portuguesas conseguem, hoje em dia, competir com o que de melhor se faz a nível mundial em termos de tecnologia, por exemplo, é porque o nosso sistema educa-tivo conseguiu fornecer a estes portugueses as ferramen-tas para conseguir estar lado a lado com os melhores.

Apesar do ar do tempo, estamos convictos que o ensino ministrado no nosso Agrupamento irá manter a qualidade que tem evidenciado nos últimos anos. Temos conseguido fornecer aos nossos alunos as ferramentas para prosse-guirem os seus estudos ou ingressarem no mercado de trabalho e muitos deles têm hoje vidas de sucesso que co-meçaram a ser construídas na nossa escola.

A qualidade, empenho e profissionalismo dos professo-res do nosso Agrupamento são o garante da continuação da qualidade do ensino que ministramos, independemente dos cortes que possam fazer ao orçamento da escola. Para esta qualidade contribui, também, a entrega e dedicação dos técnicos e assistentes operacionais do Agrupamento bem como das entidades que connosco colaboram e muito nos apoiam, com especial destaque para a Câmara Munici-pal de Vila Velha de Ródão. Essencial para o sucesso dos nossos alunos é, também, o acompanhamento e presença dos pais e encarregados de educação, que este ano ficou bem patente na Festa de Natal.

As situações de crise são, muitas vezes, oportunidades para mudar de vida e crescer. Acreditamos que, TODOS JUNTOS, conseguiremos vencer este desafio.

Um bom ano!

O DiretorLuís Costa

APO

IOS:

Projeto “A minha escola é um Jardim”Premiado pela Fundação EDP

Pág. 9

Corta-Mato Feira do LivroPág. 15 Pág. 13

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O jornal Gente em Ação publica, em cada um dos seus números, uma entrevista com antigos alunos que concluíram a sua formação académica e estão inseridos no mundo do trabalho. Fomos entrevistar o Ricardo e a Mónica.

Quando é que frequen-taram a nossa escola?

Ricardo - Frequentei a escola de 1990 a 1995.

Mónica – Eu frequentei a escola cerca de três anos depois, uma vez que temos essa idade de diferença.

Eram bons alunos?Mónica - Eu era boa alu-

na, tinha boas notas.Ricardo - Eu também.

O que é que achavam da escola quando a frequen-tavam?

Ricardo - Gostei imenso de andar na escola, gostava dos colegas, dos professo-res e das atividades extra-curriculares que havia, no-meadamente do desporto, que pratiquei e gostei imen-so. Aliás, o Prof. Jorge aca-bou por ser, durante alguns anos, o meu treinador e, por isso, guardo as melhores re-cordações da escola.

Mónica - Acho que é na escola que conhecemos os nossos melhores amigos e

foi aí que eu ganhei aquelas que, ainda hoje, são duas das minhas grandes ami-gas.

Qual era a vossa disci-plina favorita?

Ricardo - Bem, a minha disciplina favorita… olha, eu gostava muito de Físico-Química.

Mónica - Eu gostava mui-to também de Físico-Quími-ca e CTV, chamávamos-lhe CTV na altura, Ciências da Terra e da Vida.

Lembram-se de algum(a) professor(a) que os tenha marcado especialmente?

Ricardo – Bem, um pro-fessor que me tivesse marcado...a pergunta não é fácil, houve algumas pes-soas de quem me recordo… olha, deixa-me pensar um pouco… recordo-me do pro-fessor Jorge Filipe de Físi-co-Química, que era uma das minhas disciplinas pre-feridas… lembro-me do pro-fessor Batista de Português

e, claro, talvez por ele ser também o mais carismáti-co, recordo-me do professor Sena, que dava umas aulas muito diver-tidas.

Mónica - Eu lembro-me es-

sencialmente da professo-ra Luisinha e das aulas de História, eu adorava a letra dela! Ela, quando escrevia no quadro… ela dava-nos a papinha toda feita, não era? E eu adorava! Lembro-me também de um professor de Matemática, de quem não me recordo o nome, mas que me marcou …e também me recordo muito bem da professora Graça Passos.

Ricardo - A professora Graça Passos dava, dava…

Mónica - Uma figura ca-rismática.

Ricardo - Ciências da Ter-ra e da Vida…

Mónica - Exactamente, que me marcou…

Acham que a escola contribuiu para o vosso sucesso? De que forma?

Ricardo - Tenho a cer-teza que sim. É depois de acabarmos escola primária que, no fundo, começamos o nosso percurso escolar e, por isso, acho que é muito importante o tempo que se passa na escola e esse é o primeiro passo do nosso fu-turo.

Mónica – Sim, é quando nós acabamos a escola pri-mária e vamos para o ciclo, nós antigamente chamáva-mos assim, aí é que temos de começar a estudar, não é? Porque, até lá, a gente não estuda, e então acho que é importante ter bons professores na escola, por-que é aí que nós criamos hábitos de estudo. Quando

Ana Rita Pereira (5ºA); Iolanda Tavares (7ºA)

Mónica Santo e Ricardo Morgado

vamos para o secundário ou para a faculdade, é essen-cial que as bases estejam consolidadas.

Recordam-se de algum episódio que se tenha passado nesta escola do qual guardem uma recor-dação especial?

Mónica - As visitas de es-tudo de Moral… (risos), era o que nós mais gostávamos. As aulas de Moral eram um bocadinho “seca”, mas nós gostávamos imenso de ir a essas visitas de estudo que eram sempre em Espanha, tínhamos que dormir lá. En-tão, não era o máximo?

Ricardo - Sim, demo-ravam sempre dois a três dias, e íamos todos juntos. Tínhamos sempre um obje-tivo cultural.

Mónica - Nós não quería-mos saber da parte cultural, nós queríamos ir era para as camaratas. Divertíamo-nos imenso entre todos. Acho que é uma coisa que marca

Quais as diferenças que sentiram ao mudar desta escola para o ensino se-cundário?

Mónica - Eu sentia que aqui éramos tipo uma fa-mília, os professores co-nheciam os nossos pais e preocupavam-se muito con-nosco, era como se nós fos-semos uma espécie de se-gundos filhos. Ao irmos para Castelo Branco acabamos por nos dispersar. Eu, por exemplo, fiquei numa turma com uma amiga minha e o Ricardo ficou complemente sozinho noutra turma. Va-mos para uma cidade que é diferente do sítio ao qual estamos habituados, ini-cialmente sentimo-nos per-didos e as dificuldades au-mentam.

Ricardo – Deixamos de

ser crianças para começar a crescer. Se tivermos alguma dificuldade, temos de nos orientar sozinhos, é muito diferente.

Com que nota entraram para o ensino superior e qual o curso que frequen-taram?

Ricardo – Fui para Enge-nharia do Ambiente. Quan-do entrei, tinha média de dezassete valores.

Mónica – Quando entrei para a faculdade, escolhi um curso de que não gostei. Mudei de curso e entrei com média de quinze valores e meio.

Falem-nos um pouco do vosso percurso escolar e profissional.

Ricardo – Em Vila Velha de Ródão, frequentei o en-sino básico. Depois passei para Castelo Branco onde frequentei o 10º, 11º e 12º anos. Ao terminar o 12º ano, concorri ao ensino superior e entrei para a Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade Nova de Lisboa, em Engenharia do Ambiente. Fiz o curso em cinco anos. Fiz um está-gio académico no Instituto Nacional de Engenharia e Tecnologia Industrial. En-trei numa empresa ligada ao ramo de limpeza urbana chamada Certoma, onde continuo a trabalhar. Entre-tanto, fiz uma pausa numa empresa de consultoria.

Mónica – O meu percurso escolar foi semelhante ao do Ricardo até entrar para o ensino superior. Estive um ano na Universidade da Covilhã, no curso de Bio-química. Entretanto, achei que este curso não era o meu futuro e mudei para o

SÉRIE: ANTIGOS ALUNOS (4)Entrevista (1)

Bilhetes de IdentidadeNome: Mónica Carolina Subtil SantoData de nascimento: 19 de Abril de 1982Frequentou a escola de VVR: De 1992 a 1997Média de conclusão do 9º Ano: 4,3Profissão: Nutricionista

Nome: Ricardo André Antunes da Costa M. MorgadoData de nascimento: 20 de Agosto de 1980Frequentou a escola de VVR: De 1990 a 1995Média de conclusão do 9º Ano: 4,9Profissão: Engenheiro do Ambiente

(Continua na página Seguinte)

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Notícias

curso de Dietética e Nutri-ção, em Lisboa. Depois de concluir o curso, comecei a trabalhar numa empresa de restauração e alimenta-ção. Presentemente, estou a trabalhar na empresa Eu-reste. Além disto, fiz uma Pós-graduação, mas o meu trabalho, neste momento, desenvolve-se no Hospital de Santa Maria e a empresa onde trabalho fornece refei-ções para escolas e vários outros sítios. Também es-crevo para uma revista e, por vezes, dou consultas a pessoas que querem ema-grecer.

Que opinião têm da nos-sa escola hoje em dia?

Ricardo - Atualmente, nós já não estamos muito ligados à escola, mas pen-so que devem ter melhores condições, sei que houve

Novo Diretor do AEVVR

O professor Luís Costa é o novo diretor do Agrupa-mento de Escolas de Vila Velha de Ródão. A tomada de posse decorreu no dia 2 de setembro, pelas 18.00 horas.

Luís Costa já fazia parte da anterior direção, ocu-pando o cargo de subdiretor. Sendo assim, segundo o próprio, o novo cargo não representa grandes mudan-ças, apenas aumenta a sua responsabilidade perante a comunidade educativa. Os objetivos apresentados no seu “Projeto de intervenção” só poderão ser conse-guidos com a colaboração de todos os elementos da comunidade educativa. Apesar do muito bom desem-penho que o Agrupamento tem tido (o que foi confir-mado pelos resultados da recente Avaliação Externa a que foi submetido), só com o empenho de todos será possível fazer ainda melhor. O compromisso por ele assumido consiste em pautar a sua ação nos valores da responsabilidade e do serviço prestado à comuni-dade, sem nunca esquecer o rigor e a eficiência, co-locando todos os recursos à disposição ao objetivo central da instituição: o desenvolvimento académico, social, emocional e físico dos alunos, consubstanciado nas metas do Projeto Educativo do Agrupamento.

O novo diretor mostrou-se bastante sensibilizado pelo facto de tantos membros da comunidade esco-lar estarem presentes na sua tomada de posse para lhe desejarem boa sorte no exercício das suas novas funções.

obras, remodelações… a escola primária está lá in-tegrada … no sítio onde foi construída havia um campo de jogos. No nosso tempo, havia mais alunos a fre-quentar a escola e, se ca-lhar, havia mais animação. Através dos contactos que temos com alguns alunos, acho que todos continuam a gostar de frequentar a es-cola.

Mónica - Acho que a es-cola preserva o mesmo es-pírito … de sentirmos que somos quase uma família.

Costumavam colaborar com o Gente em Ação?

Mónica – Não, acho que nunca colaborámos, pois não?

Ricardo - Penso que não.

Leem o nosso jornal e / ou conhecem a nossa pá-

gina no Facebook?Mónica – Olhem, a pági-

na do Facebook não conhe-ço, mas conheço o jornal. Nunca fui ao Facebook, mas prometo que hei de ir.

Ricardo – Eu também.

Que mensagens ou su-gestões gostariam de dei-xar aos nossos leitores?

Mónica - Que leiam o vos-so jornal, que vão à página do Facebook do agrupa-mento … no nosso tempo tí-nhamos um jornal, mas não era nada de muito especial, nós tínhamos era a rádio…

Ricardo - A mensagem que eu vos quero deixar é que aproveitem, que estu-dem, que sejam amigos uns dos outros, que se ajudem mutuamente… isso é o mais importante.

Obrigado.

Professora Anabela Estrela(Continuação da página anterior)

Aconteceu no AEVVR Durante o primeiro período letivo foram realizadas duas ações de formação / sensibilização, tendo como des-

tinatários diferentes elementos da comunidade educativa: a formação da PORDATA destinou-se a professores e técnicos administrativos; a ação de sensibilização sobre o Centro de Recursos para a Inclusão (da APPACDM de Castelo Branco) contou com a presença de professores, funcionários e pais e encarregados de educação.

As duas ações foram organizadas, respetivamente, pelo grupo de Educação Especial e pelo Departamento de Ciências Sociais e Humanas.

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Diretor do Centro Nacional de Arte Rupestre, é um dos grandes especialistas europeus em arte rupestre pós-glaciar. A especialização adquirida nesta temática iniciou-a nos anos 70 do século XX com a participação nos trabalhos de levantamento do complexo de arte rupestre do Tejo.

A presente entrevista foi realizada no âmbito da comemoração dos 40 anos da desco-berta da arte rupestre do Tejo, num colóquio realizado em Vila Velha de Ródão, no dia 28 de outubro.

O que o mobilizou a si e aos seus companheiros de universidade para, nos anos 70, virem a Ródão?

A arqueologia é sempre uma aventura e nós, nos anos 70, quando se descobriu a arte do Tejo, em primeiro lugar, ficá-mos sempre muito comovidos pelo facto de ela ir desaparecer debaixo de água, devido a uma barragem que ia ser construí-da e nós não podíamos impe-dir isso e, portanto, essa foi a primeira motivação: salvar um património que ia ficar debai-xo de água. A partir daí, des-ta história, o nosso empenho conduz-nos sempre mais longe e isso faz parte da juventude, que também é o vosso caso, portanto nós precisamos de motivações, precisamos de projetos e nós encarámos isto como um projeto, na altura fun-damental para o país e para nós próprios. Assim, essa foi a grande motivação que acabou por nos agarrar e nos levou a estar aqui durante uns anos, até que a barragem selou a arte rupestre.

Qual o impacto que a des-coberta da arte rupestre teve em si e nos seus colegas?

Olha, o estarmos aqui 40 anos depois é uma prova mais que evidente do facto que isto influenciou imenso as nossas vidas. Condicionou a minha vida de tal maneira que me tor-nei num estudioso deste fenó-meno, não só arqueólogo, mas um estudioso do fenómeno da arte da pré-história e a condi-cionante foi de tal maneira que eu praticamente dediquei a mi-nha vida a este tema. Portan-to, quando nós agarramos um projeto com a importância que este tem, e se o levarmos com alma, com amor e com empe-

nho acaba por nos condicionar para o resto da vida, como foi o caso aqui.

Quando chegou a Ródão, qual a impressão com que ficou da localidade?

Isto há 40 anos era quase uma aldeia, nós tínhamos aqui uma pensão onde ficávamos, que era a “Pensão do Castelo”, que ficava ali assim perto de onde é hoje o cais de embar-que mas, como nós estávamos de tal maneira empenhados no trabalho arqueológico, quase nem olhávamos à volta, traba-lhávamos de dia, à tarde e à noite. De qualquer forma, a im-pressão com que eu fiquei na altura, e que ainda hoje guar-do, é que era uma terra enco-lhida aqui ao pé do Tejo, pouco desenvolvida, completamente diferente do que é hoje e seria ainda mais desenvolvida se a arte rupestre estivesse fora de água.

Como foram recebidos pela comunidade de Ródão? Integraram-se bem?

Perfeitamente, desde logo ali na pensão onde estávamos, porque ocupávamos a pensão durante semanas seguidas, jantávamos lá, normalmente, e levávamos almoço para o cam-po, umas sandes. A população, a ideia que eu tenho, é que não era assim muita, não sei agora quantos habitantes teria Ródão nessa altura, mas os contactos que aqui tivemos foram sempre muito bons, muito produtivos, tanto com as pessoas que pas-savam no café que estava ane-xo, como com a envolvente que fizemos com a comunidade: ir à farmácia, ir ao médico … nós fizemos isso tudo como verda-deiros rodenses da altura.

Houve pessoas naturais de

Ródão que, de algum modo, os tenham marcado na vossa permanência?

Sim. Desde logo, dois estão aqui hoje, eu não sei se eles nasceram cá, o Francisco Hen-riques, que é da Associação do Alto Tejo, o João Caninas, que era um miúdo que na altura se ligou muito a nós e que tam-bém acabou por se dedicar à arqueologia pelo trabalho que fez connosco e, portanto, es-sas pessoas ficaram ligadas a nós por amizade, até hoje e outras pessoas com quem pri-vávamos aqui e de quem eu já nem me lembro dos nomes, mas os contactos foram sem-pre excelentes.

O que representou para a arqueologia portuguesa a descoberta da arte rupestre do Tejo?

Como eu disse há pouco na minha intervenção, isto foi o primeiro passo da introdução

João Gouveia (8ºA); André Pequito (9ºB)

António Martinho Batista (Arqueólogo)

da arqueologia científica em Portugal, no domínio da arte pré-histórica, e nós temos mui-to orgulho em termos sido os introdutores dessa metodolo-gia no estudo da arte rupestre e, portanto, hoje em dia o facto de, como dizia há pouco, estar-mos hoje aqui a comemorar 40 anos do início destes trabalhos é um sintoma de que isto não só marcou uma geração, como faz hoje parte da história da ar-queologia portuguesa.

Os atuais estudantes de arqueologia têm a noção da importância do património submerso na barragem de Fratel?

Eu penso que não, conhe-cem hoje melhor com certe-za as coisas do Vale do Côa, porque não foram afundadas, porque foram valorizadas, porque têm um grande museu local, enquanto aqui, por mais exposições que façamos, um

colóquio ou outro de vez em quando, publicações arqueoló-gicas que são pouco lidas fora do meio arqueológico, de forma que eu acho que a arte do Tejo tem de ser muito melhor valori-zada e, para isso, é necessário, desde logo, fazer aqui um gran-de museu local.

Este património está su-ficientemente divulgado na sociedade portuguesa e nas nossas universidades?

Suficientemente divulgado não estará, embora seja bem conhecido e, na altura, a im-prensa referiu-o muito, há mui-tas notícias. Se vocês consul-tarem os jornais da época, há muita informação sobre Ródão e sobre a arte rupestre, embo-ra, claro, o facto de estar de-baixo de água não permite que essa valorização seja feita da maneira que nós gostaríamos.

(Continua na página Seguinte)

Entrevista (2)

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Entrevista (2)

Qual é a importância que atribui à arte do Tejo e ao património arqueológico de Ródão no contexto nacional?

Se juntarmos o Vale do Tejo e o Vale do Côa, em termos ar-tísticos, temos aqui o compên-dio todo da arte pré-histórica em território português. Este património do Vale do Tejo é o maior conjunto peninsular da arte pós-paleolítica, portanto, da arte dos últimos mil anos da pré-história.

O que está a ser feito para a promoção e valorização da arte do Tejo?

Olha, encontros como este de hoje, o tal museu que temos andado a planificar nos últimos anos e que esperamos poder ver arrancar brevemente, en-tretanto fizemos aqui algumas exposições ao longo dos últi-mos anos, até houve uma vez uma feira das atividades eco-nómicas, penso que a sétima, aqui em Vila Velha de Ródão que, nesse ano, usou a arte ru-pestre como tema. Mas agora voltamos à “vaca fria”, a arte está debaixo de água e é muito difícil valorizá-la, portanto seria muito interessante que ela, de vez em quando, ficasse uns tempos fora de água.

Quais as principais dife-renças ou semelhanças entre a arte do Tejo e a do Côa?

Bom, a do Côa, de uma ma-neira geral, é mais antiga, é paleolítica; aqui no Vale do Tejo só há uma gravura paleolítica. Quando acaba o fenómeno pa-leolítico no Côa, começa aqui no Tejo e, quando acaba no Tejo, volta novamente ao Côa com a idade do ferro. Portan-to, o tal ciclo rupestre começa no paleolítico há vinte e cinco mil anos e vai terminar mais ao

menos há dois mil anos, no-vamente no Côa. As gravuras do Côa, duma maneira geral, pelo facto de serem mais anti-gas, paleolíticas nomeadamen-te e por pertencerem à época glaciar, acabam por ser mais valorizadas. As do Tejo são, na sua maioria, gravuras mais esquemáticas, menos natura-listas que as do Côa. A impor-tância delas é também enorme, até porque o maior conjunto de Portugal é este.

Como é que determinam a idade das gravuras rupes-tres?

Hoje há muitas maneiras de o fazer. Se fossem pinturas, nós hoje podemos datá-las se elas tiverem qualquer elemen-to orgânico, ou seja, se forem feitas de carvão ou se tiverem qualquer englobante gorduro-so, gordura animal, podemos datá-las pelo método do carbo-no 14 ou do MAS. No caso das gravuras, estas não se podem datar diretamente, é impos-sível, mas podemos datá-las por afinidade. Se puseres um quadro do Picasso ao lado de um quadro do Leonardo da Vinci, tu até sabes de certeza qual é o mais antigo, embora possas não saber a diferença de idades entre um e outro. Na arte pré-histórica, é um bocado assim, vamos em primeiro lu-gar pelo estilo, o estilo define uma determinada época e de-pois vamos por aproximações. Temos mais de cem anos de arqueologia rupestre na Euro-pa que estabeleceu uma série de padrões analíticos e, de vez em quando, há gravuras que são encontradas, por exem-plo, em escavações cobertas por estratos arqueológicos que conseguimos datar, o que dá uma datação a que nós chama-mos “posterior a”, … portanto,

há uma série de elementos que contribuem para que nós, por vezes, cheguemos a um sítio, olhemos para um painel e di-zemos se é do neolítico, se é do calcolítico, se é da idade do bronze … e são estes os méto-dos que os arqueólogos usam para datar as gravuras.

Como explicam que esta arte surja normalmente junto aos rios?

É curioso e, normalmente, são os rios que rasgam rochas de xisto. Os xistos formam painéis lisos e estas rochas, apesar de aparentemente se esfarelarem facilmente, as suas superfícies são muito duras e resistem milhares e milhares de anos. Estes xis-tos aparecem-nos em Portu-gal, por exemplo no Douro, no Côa, no Vale do Tejo, e pos-suem painéis magníficos para fazer gravuras, mas é claro que isso não explica tudo. Os rios na pré-história eram fonte de vida, eram locais de passa-gem, e eram uma fonte de vida porque obrigavam a que os animais fossem lá beber e se-riam mais facilmente caçados. Logo, um rio congrega uma série de fatores, de elemen-tos que contribuem para que a vida pré-histórica se polarize à volta deles e, por outro lado, no caso do Tejo, também pen-samos que muitas destas gra-vuras são ofertas ao rio como identidade viva. Também outro aspeto importante é que devia haver gravuras noutros sítios, mas não se conservaram tan-to como junto aos rios. Infeliz-mente, no caso dos rios, são as barragens que as vão destruir e não há dúvida que são os sítios onde as gravuras mais tempo se conservam. Portanto, é nos rios de xisto que, de facto, se

conserva maior parte de arte pré-histórica hoje conhecida.

O que motivava estes ho-mens a gravar?

Desde logo, motivos de cará-ter religioso, rituais … pensou-se, inicialmente, que o facto de um homem pré-histórico gravar um animal poderia ser para o conseguir caçar mais facilmen-te. Podia ser ou não ser. Nós, nesse domínio, estamos sem-pre no campo das hipóteses. Mas pensamos que as gravu-ras, no caso do Tejo, são de qualquer forma um elemento ritual de qualquer tipo que nós não conseguimos identificar com segurança, porque estas sociedades não deixaram ou-tra forma de escrita. Portanto, sinteticamente, podemos dizer que uma gravura é como, por exemplo, um voto que se depo-sita na igreja.

Hoje em dia, a arte rupestre do Côa constitui um motor de desenvolvimento da re-gião. Poderá a arte rupestre

vir a desempenhar esse papel na região de Ródão? Se sim, de que forma?

Pode e deve e é isso que esta-mos aqui a discutir e tentar defi-nir, porque tendo, apesar de tudo, uma parte da arte rupestre do Tejo ainda fora de água, infelizmente na zona mais a montante, a zona de São Simão, a arte rupestre e o património histórico-arqueológico têm de servir com fator de desen-volvimento desta região do inte-rior. Hoje em dia, a economia do património é uma coisa que, infe-lizmente, ainda está muito pouco valorizada em Portugal. Agora, se nós afundarmos a arte rupestre como se fez em Ródão é difícil que ela sirva para desenvolver a região, porque as pessoas não têm maneira de a aproveitar. Cla-ro que a construção de um museu dedicado à arte rupestre seria um elemento que poderia ajudar, mas, o mais importante, é que as gravuras deveriam estar, de facto, fora de água.

Obrigado.

(Continuação da página anterior)

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Bandeira Verde

Tiago Cruz (8ºA)

No dia 10 de novembro, o Agrupamento de Escolas de Vila Velha de Rodão foi, pela segunda vez, receber a bandeira verde. Este ano, o en-contro teve lugar em Oliveira de Azeméis.

O consumo de energia representa um elevado custo no orçamento das famílias. Reduzir 1º Célsius no ar condicionado pode representar até 10% de poupança energética.

Poupe energia, o ambiente agradece!

Atividades | Projetos

EXPOSIÇÃO DE TRABALHOS NA CACTEJO

Arte Rupestre do Tejo

Para assinalar a comemoração dos 40 anos da descoberta da arte rupestre do Tejo, os alunos do 3º ciclo, na disciplina de Educação Visual, trabalhando os conteúdos programáticos da comunicação visual, seguindo o método do design nas várias fases de produção artística e plástica, realizaram trabalhos em suportes diversificados como a pedra, a madeira, o vidro e o papel, utilizando diferentes técnicas de pin-

Professores: Jorge Gouveia; Olegário Isidro

tura e desenho culminando todo este processo com a exposição de todos os trabalhos realizados, na Casa de Artes e Cultura do Tejo.

Esta iniciativa foi estruturada em colaboração com a disciplina de História que lançou o desafio, efetuou o enquadramento histórico e disponibilizou a informa-ção visual – seleção de imagens relativas aos moti-vos gravados junto às margens do rio Tejo - que deu

suporte aos trabalhos realizados pelos alunos. Este exemplo de atividade constituiu um momento

privilegiado para o reforço da identidade dos nossos jovens com o riquíssimo património arqueológico do concelho.

A exposição destes trabalhos, de elevada qualida-de estética, contribui para valorizar a exposição sobre o tema da Arte Rupestre.

Entre os dias 9 e 16 de novembro realizou-se o já habitual torneio inter-turmas de futsal. Esta atividade do Desporto Escolar foi realizada no pavi-lhão gimnodesportivo da nossa escola e foi organizada pelos professores Carlos Silva e Edgar Saraiva.

Este torneio envolveu todas as turmas do Agrupamento. Os alunos que não participaram deram o seu apoio às equipas participantes assistindo aos jogos. Os árbitros deste torneio foram os alunos que efetuaram a for-mação.

O jogador revelação do torneio foi o Rodrigo Barradas do 6ºA, o melhor jogador do torneio e também o melhor marcador foi o Bruno Antunes do 9ºA, o guarda-redes revelação foi o André Ribeiro do 8ºA e o guarda-redes com menos golos sofridos foi o Ricardo Farinha do 9ºA. Parabéns a todos eles!

As turmas vencedoras foram as seguintes: 4ºano (1º ciclo); 6ºA ( 2ºciclo) e 9ºA (3ºciclo). A equipa vencedora da final foi o 6ºA e a equipa vencedora da finalíssima foi o 9ºA.

Foi um torneio em que todos nos divertimos e demos o nosso melhor.

Ana Rita Nunes (9ºA)

Torneio Inter-Turmas de Futsal

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Carta à OphélieAna Rita Nunes (9ºA); André Pequito (9ºB)

Muita gente entra e sai da nos-sa vida ao longo dos anos. Mas só os verdadeiros amigos deixam marcas no nosso coração.

A distância não vai ser um pre-texto para te esquecermos. Fe-lizmente, hoje em dia, existem redes sociais e novas tecnologias que nos permitem falar todos os dias. Conhecemo-nos desde o in-fantário, desde pequeninos, nem sempre nos demos bem, tivemos as nossas desavenças… até que chegou o nosso ano de finalistas no infantário. Passámos para a escola primária, uma nova etapa, começámos a dar-nos melhor e assim “sucessivamente” até que chegámos ao último ano de es-cola em Vila Velha: 9ºano. Agora

O 9º ano foi ao teatrosim, podemos dizer que somos finalistas, é pena que não venhas connosco à tão desejada viagem. Mas começaste o ano connosco, acompanhaste o desenvolvimento das nossas ideias. Quando nos disseste que ias viver para outro país, não queríamos acreditar e, até ao dia em que realmente te foste embora, não acreditávamos. Mas teve de ser e assim foi.

A despedida não é o fim de uma amizade, mas o começo de uma grande saudade. Desejamos-te tudo de bom e só te pedimos uma coisa… nunca te esqueças de nós e estamos à espera que o Verão chegue bem depressa para nos vires ver.

No âmbito da disciplina de Língua Portuguesa, as turmas do 9º ano foram assistir a uma peça que todos conhecemos: Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente. Antes de irmos, aprofundámos os nossos conhecimentos sobre a peça nas aulas de Língua Portuguesa, pois o estudo desta obra pertence ao programa do 9ºano.

Dirigimo-nos ao Cineteatro em Castelo Branco para, juntamente com turmas de outras escolas do distrito, assistirmos à peça. Quando lá chegámos, aguardámos na entrada até ao início da representação. Não sabíamos ao certo se o grupo de teatro ia ser fiel ao texto escrito por Gil Vicente. Quando começou, pudemos verificar que o encenador optou por fazer uma peça moderna que tinha muitas modificações em relação ao texto original que estudámos. Foi um pouco difícil acompanharmos o que se ia passando no palco e perceber o que os atores diziam, pois alguns alunos das outras escolas não respeitaram o silêncio.

Ana Rita Nunes (9ºA); André Pequito (9ºB)

Prémios de MéritoIolanda Tavares (7ºA)

No primeiro dia de aulas, houve uma entrega de prémios para os alunos da escola que obtiveram melhores resultados no ano letivo de 2010/2011.

Eu recebi um desses prémios. Além de um diploma, recebi uma máquina fotográfica digital Canon. Quando chamaram pelo meu nome, não estava à espera, pois foi o pri-meiro ano em que deram prémios aos alunos. Fiquei muito contente por ter recebido o prémio e acho que o mereci, porque trabalhei bastante para o conseguir.

Eu acho que esta entrega de prémios é um bom incentivo para todos os alunos se esforçarem e terem boas notas.

Ao receber o Prémio de Mérito senti-me nas nuvens, cheia de alegria e satisfação. Pa-recia que estava a sonhar, como acontece aos meninos das histórias dos meus livros.

Receber este prémio foi motivo de orgulho e prazer para mim, para os meus pais, para os meus avós e para os meus professores. Representa o reconhecimento do meu trabalho escolar.

Agora, uma coisa é certa, vou responsabilizar-me e esforçar-me por estudar mais … e mais, para não me desiludir a mim própria e a todos os que comigo convivem, no ambiente escolar e familiar.

Ana Rita Pereira (5ºA)

Atividades | Notícias

Eu, quando recebi o Prémio de Mérito, primeiro fiquei muito surpreendido, pois não sabia que existia esse prémio. Depois, quando “entrei em mim”, percebi que era a realidade e que tinha recebido um computador, mas só o recebi devido ao meu esforço e trabalho porque, sempre que chego a casa, estudo no mínimo meia hora. Eu acho que este prémio serve para incentivar os alunos a fazer cada vez melhor o seu trabalho.

André Pequito (9ºB)

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Patrícia Pereira (9ºA)

Dia de Todos os Santos

No dia 1 de novembro realizou-se, em Vila Velha de Ródão, a Feira dos Santos.

O Clube de Jardinagem esteve lá a vender flores (alecrim, alfazema dentada, amor-perfeito ….) do nosso viveiro e a vender espantalhos que nós fizemos. Estiveram lá a ajudar a Beatriz e a Rita do 5ª ano, o Ricar-do e a Mariana do 6ª ano e a Patrí-cia do 9º ano. Também lá estiveram a professora Mafalda, a professora Emília e a professora Luísa. Contá-mos também com a ajuda preciosa das professoras Albertina e Isabel Mateus e do professor João Vilela.

Foi um dia muito divertido e conhe-cemos muita gente nova.

Associação de Pais

Como é da tradição, nesta feira, a As-sociação de Pais confecionou as habitu-ais papas de carolo que têm já os seus clientes fiéis e que, tal como em anos anteriores, estavam deliciosas. Vende-ram-se todas as papas e num ápice!

Já o Clube de Jardinagem esteve pre-sente com muitas plantas típicas da nossa região, plantas essas tratadas com carinho pelos alunos e professores que dinamizam este espaço. Foram também colocados à venda outros trabalhos, nomeadamente espantalhos e plantas aromáticas em pe-quenos vasos artisticamente decorados. Cada vaso era enfeitado com quadras tradi-cionais alusivas às plantas e recolhidas da poesia popular do nosso concelho. Foi esta uma forma de mostrar o trabalho desen-volvido pelos alunos e, ao mesmo tempo, de abertura à comunidade local que aderiu com entusiasmo a esta iniciativa (embo-ra o São Pedro não tenha ajudado muito).

Também os alunos finalistas do 9º ano ti-veram igualmente o seu espaço na feira e conseguiram alcançar os seus objectivos e angariar fundos para a visita de estudo que pretendem realizar no final deste ano letivo.

HALLOWEEN

No passado dia 28 de ou-tubro, celebrou-se, com al-guma antecipação, a tradi-cional festa do Halloween.

Esta actividade foi promo-vida pelos professores de In-glês e nela participaram os alunos dos 1º, 2º e 3º ciclos.

Realizou-se um concur-so intitulado “ The Scariest Halloween Object”, no qual os alunos participaram com in-teresse e muita imaginação.

Foram vários os trabalhos apre-sentados, o que dificultou bastan-te a tarefa do júri. Contudo, foram atribuídos três prémios por ciclo.

1º Ciclo:1º prémio – Leonor Araújo2º prémio – Tomás Vicente3º prémio – Gonça-lo Santos / João Prates

2º Ciclo:1º prémio – Mariana Pires2º prémio – Ana Rita / Jessica Moreira3º prémio – Bruna Martins / Ana Cardos / Rodrigo Tomás

3º Ciclo1º prémio – André Pe-quito / Iolanda Tomás2º prémio – Ivo Patrício3º prémio - Mariana Se-medo / Adriana Correia

No final, as turmas do 9º ano organizaram um desfile, no qual participaram os alunos que se mascararam para co-memorar este dia. Todos esta-vam contentes e acharam esta atividade muito engraçada.

A Associação de Pais e Encarregados de Educação, o Clube de Jardinagem e a Biblio-teca Escolar, que com eles colaborou, esti-veram presentes e representaram o Agrupa-mento de Escolas de Vila Velha de Ródão em mais uma Feira dos Santos, uma das mais animadas feiras do nosso concelho.

Alunos do 5ºA

O Dia do Idoso Alunos do 1º Ciclo

chegámos ao local, fomos acomodados de modo a que nos pudessem ouvir e ver. Cantámos para todos os presentes lindas canções e declamámos quadras. O mo-mento culminou com a oferta de um painel que regista uma linda poesia e, que logo ali, foi lida por uma das professoras. Ficá-mos todos surpreendidos com a recitação de quadras por parte de duas senhoras, revelando-nos memórias do passado. Ofe-receram-nos de seguida deliciosos biscoitos.

Ficámos muito contentes com esta visita pois, certamente, deixá-mos os nossos velhinhos mais felizes.

Nós, os meninos do 1º ciclo, juntamen-te com os do pré-escolar, decidimos co-memorar o Dia do Idoso com uma visita ao Centro de Dia de Vila Velha de Ródão.

Certamente já nos esperavam… Logo que

Idosos uns amores de pessoas

Pessoas à moda antiga

Antiga mas bonita

Bonita como as flores do meu

jardim

Jardim decorado por vozes

Vozes amigas

Amigas que fazem tudo por nós

Nós as netas ou netos deles

Deles nossos avós

Avós que nos fazem felizes.

Idoso é amigo!

Amigo a valer

A valer e brincalhão

Brincalhão e sorridente

Sorridente como uma rosa

Uma rosa sábia

Sábia e interessante

Interessante e divertida

Divertida que brinca comigo

Comigo no coração cheio

Cheio de alegrias

Alegrias com idosos

Idoso é amigoTurma D (1º Ciclo)

Atividades | Projetos

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Atividades | Projetos | Talentos

Projeto do Agrupamento Premiado a Nível NacionalProfessor Jorge Gouveia

O projeto designado “A mi-

nha escola é um Jardim” procu-

ra, através da implementação

de atividades práticas ligadas

à jardinagem e conservação de

espaços verdes, constituir um

espaço privilegiado para dar

uma resposta adequada aos jo-

vens com necessidades educa-

tivas especiais que, devido às

suas características, revelam

dificuldades no cumprimento

do currículo escolar regular.

Neste espaço pretende-se va-

lorizar alguns dos seus conhe-

cimentos, o desenvolvimento

das capacidades e autonomia

pessoal, bem como a aquisi-

ção e o desenvolvimento de

comportamentos e atitudes

indispensáveis à sua inserção

social, promovendo um con-

tato com a vida ativa e tendo

ainda como meta a promoção

da transição para a vida pós

escolar. Visa ainda o reforço da

ligação destes alunos aos res-

tantes colegas, uma vez que o

Clube de Jardinagem funciona

com inscrições abertas a todos

os alunos interessados.

Em implementação desde o

ano letivo de 2010-2011, o pro-

jeto desenvolve-se nas instala-

ções da escola e visa a repro-

dução de plantas autóctones

destinadas ao embelezamento

dos espaços verdes de institui-

ções locais. Pretende também

promover a venda, junto do pú-

blico, de plantas ornamentais.

O apoio que vai receber da

EDP contribuirá para a conso-

lidação dos objetivos pretendi-

dos, uma vez que permitirá a

instalação de uma estufa.

Os alunos envolvidos entram

em contacto com atividades de

inserção profissional, normas

de higiene e segurança no tra-

O programa EDP – Solidária Barragens distinguiu, no dia 14

de novembro, numa cerimónia realizada no Porto, 10 projetos

de instituições localizadas em regiões do Norte e Centro do

país abrangidas pelos novos investimentos hidroelétricos. O

Agrupamento de Escolas de Vila Velha de Ródão foi uma das

distinguidas através de um projeto elaborado em parceria com

a Associação de Pais e Encarregados de Educação, o municí-

pio de Ródão e a Escola Superior Agrária, do Instituto Politéc-

nico de Castelo Branco.

balho, desenvolvem conteúdos

de diferentes disciplinas como

a Matemática, a Língua Portu-

guesa e as Ciências Naturais e,

desta forma, é-lhes proporcio-

nada uma aprendizagem mais

motivadora contribuindo para o

seu sucesso educativo.

A mãe Júlia, o pai JoãoE o mano João tambémÉ a família lá de casa.Não esquecer o gato Tarecoe a caturra Flor.

Na minha família, lá em casa, somos quatro.Gritos, berros e confusãoAcontecem muito lá por casa,Mas quando chega o serãoOu se acalmam, ou levam com o rolo da massa.

Susana Silva (4ºAno)

Na minha escola festejo o São Martinho comendo castanhase bebendo suminho.

Sintam só o cheirinho das castanhas quentinhas…Cozidinhas ou assadinhasque boas que são!

Georgiana Padure (4ºAno)

São Martinho

Natal André Pina (5ºA)

O rio é bonito.

A terra cheira bem.

O vento é frio.

O céu tem nuvens.

A tempestade é violenta.

A neve parece um lençol.

O homem acende a lareira.

O Natal é feliz.

A Minha Família Bruno Canelas (4ºAno - Turma D)

Eu tenho um irmãoNão !Tenho uma irmãQue me ajuda muitoLogo pela manhã.

A minha irmãTem um bom feitioE me dá sempreUm grande assobio.

O meu pai é bombeiroDe serviço a tempo inteiroA toda a gente vai socorrerPara ninguém sofrer

Minha mãe sem pararA todos nós quer ajudarLeva a vida a sorrirPara nos fazer rir...

Gonçalo Santos (4ºAno - Turma D)

Minha irmã muito vaidosaPassa o tempo a suspirarVeste sempre cor de rosaE fala sem parar.

Eu sou o Gonçalo,Sou traquina e brincalhãoMas se me porto malLevo um grande safanão.

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“Queres Brincar Comigo?” (Mário Filipe - JI Sala 2) “O ouriço e o Crocodilo” (Leonor - JI Sala 2)

Dá-me um Abraço (Margarida - JI Sala 1)“O Sapo Encontrou Um Amigo” (João - JI Sala 1)

“Não Acordes o Urso Por Favor” (Afonso - JI Sala 2)“Joaninha” (Matilde - JI Sala 1)

A Página dos Mais Pequenos

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MagustoO Agrupamento de Escolas de Vila Velha deRódão agradece às seguintes empresas quegentilmente ofereceram os seus produtos:

AviludoBeira Sumos

Martins e SantosPequito e Mateus

Presuntos RodriguesTavares e Bento

O Nosso Magusto (Joaquim - JI Sala 2)

(à direita)A Lenda de S. Martinho

(Tomás - JI Sala 2)

A Página dos Mais Pequenos

(acima)Trabalhos Realizados

Pelos Alunos daTurma B (2º ano)

Palavra Puxa Palavra

Escola lembra-me brincarBrincar lembra-me estudarEstudar lembra-me escreverEscrever lembra-me fadasFadas lembra-me asasAsas lembra-me andorinhas

Vejam no que deu meninos e meninas!

Fada faz-me lembrar varinhaVarinha faz-me lembrar magiaMagia faz-me lembrar transformarTransformar faz-me lembrar bruxaBruxa faz-me lembrar máMá faz-me lembrar horrível

Vejam no que deu meninos e meninas!

Turma B (2º ano)

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Neste ano letivo, gostaríamos de continuar a destacar a impor-tância que tem a leitura e o pa-pel central que o Plano Nacional de Leitura (PNL) coloca neste desafio de reforçar as compe-tências de leitura das nossas crianças e dos nossos jovens.

A leitura é determinante na aprendizagem e no sucesso es-colar e profissional dos jovens. Ela é considerada como uma ferramenta insubstituível que permite aos leitores aceder a um conjunto de experiências e conhecimentos, que lhes abre janelas para o mundo que nos rodeia e os ajuda a tornarem-se, consequentemente, cida-dãos mais ativos e interventi-vos. O insucesso na aquisição de competências na leitura in-fluencia, por vezes de uma for-ma decisiva, a aprendizagem noutras áreas disciplinares. Por isso, quanto mais conseguir-mos conquistar para a leitura os nossos alunos melhores se-rão, certamente, os resultados, o que terá reflexo na qualidade das aprendizagens. Aliás, nos últimos dois anos, e lembra-

mos que este é o quinto ano de funcionamento do PNL, têm-se sentido melhorias consolidadas dos nossos alunos, nos resul-tados na Língua Portuguesa, quer nas provas de aferição, quer nos exames do 9º ano.

Graças ao PNL, as nossas bi-bliotecas têm visto o seu acervo de obras destinadas aos alunos aumentado em quantidade e melhorado muito em diversida-de. Desde o primeiro ano em que o PNL entrou em funcio-namento que a nossa escola tem assumido o compromisso de Ler+ com todos os alunos, desde o Jardim ao 3º ciclo, que têm no Estudo Acompanhado um espaço semanal reserva-do à leitura de obras integrais. Pensamos que estamos no bom caminho e que o nosso esforço não será inglório. Não é num dia que se formam leitores para a vida, mas sim no esforço continuado de todos os dias e no esforço conjunto de todos – educadores, professores e pais/encarregados de educação.

Resta-nos desejar um ano profícuo de boas leituras!

ESTE ANOQueremos continuar a Ler+

A equipa da Biblioteca Escolar e do PNL

Todos os anos se comemo-ra, no mês de outubro, o Dia Internacional das Bibliotecas Escolares, pretendendo-se assim destacar o papel cada vez mais pertinente que as bibliotecas escolares têm vin-do a ocupar na vida das es-colas. Este ano, sob o lema “Biblioteca Escolar. Saber. Um poder para a vida.”, mais uma vez se pretende realçar o poder das bibliotecas na construção do conhecimento.

A biblioteca escolar, tal como a escola, tem como ele-mento central orientador da sua atuação e do seu desen-volvimento, o aluno e o desen-volvimento dos seus conheci-mentos e das suas aptidões. Sendo o aluno esse núcleo a partir do qual se deverá pers-petivar o programa de desen-volvimento da biblioteca es-colar, é um facto que se esta estiver bem apetrechada, com recursos materiais e humanos, se tiver um bom programa de dinamização, será um fator de desenvolvimento e de promo-ção da qualidade educativa.

A biblioteca escolar deve as-sumir-se, cada vez mais, como parte integrante do processo educativo. Hoje, ela não só existe num espaço físico pen-sado de forma diversa, com uma nova filosofia de acesso aos documentos, como apre-senta também uma grande di-versidade de recursos e fontes de informação. Ela deve cons-tituir-se como um verdadeiro espaço de aprendizagem, vi-sando facilitar e promover a aprendizagem autónoma dos alunos, a interdisciplinaridade, a incorporação de métodos de aprendizagem mais ativos (ultrapassar o sistema de en-sino baseado quase exclusi-vamente na exposição oral do professor e nos manuais escolares). Não podemos es-quecer também que a cultura é um direito que deve ser ga-rantido a partir da escola e ao qual todos os cidadãos devem ter acesso. Neste sentido, a bi-blioteca escolar deve ser mais um elemento entre aqueles que possibilitam e impulsio-nam esse acesso. É um fator

24 de Outubro de 2011 - Dia Internacional da Biblioteca Escolar

Biblioteca Escolar. Saber. Um poder para a vida.

A equipa da Biblioteca Escolar

de promoção da igualdade de acesso ao conhecimento e à construção do saber. E o saber é, de facto, uma arma podero-sa, é um poder para a vida!

Mas, para que bons resulta-dos possam ser alcançados, é necessário um conjunto ar-ticulado de esforços entre a equipa da biblioteca e toda a comunidade educativa. A co-laboração entre todos é es-sencial para o sucesso dos alunos, que é o objetivo cen-tral que todos ambicionamos na escola. O sucesso da bi-blioteca escolar depende do apoio dos diversos órgãos de gestão e direção e do coleti-vo de professores, alunos e funcionários. Para que todos sintam a biblioteca da esco-la como sua, como um bem imprescindível, sem a qual ficaríamos mais pobres, bas-ta imaginarmos que ela não existia ou que fechava as suas portas. Uma escola que inves-te na sua biblioteca investe nos seus alunos, na melho-ria dos seus conhecimentos, logo, no seu próprio futuro.

sos e como os devem usar.Um dos principais obje-

tivos de ações como esta é permitir que os alunos conheçam melhor a orga-nização e funcionamento da sua biblioteca, os recur-sos e serviços de que dis-põe e as suas atividades.

A biblioteca escolar é um espaço sempre aberto a to-dos os que nela pretendam trabalhar ou ainda ocupar os seus tempos de lazer de forma criativa, num ambien-te de sã camaradagem. Os alunos possuem na bibliote-ca os recursos necessários,

humanos e materiais, para a realização dos seus traba-lhos e não só. Lá funciona também o cantinho da Mate-

BibliopaperA equipa da Biblioteca Escolar

Foi através de um jogo que, no presente ano leti-vo, partimos à descoberta da nossa biblioteca. Com a realização de um Bibliopa-per, envolvemos todos os alunos que nele participa-

ram e que nos pareceram bastante motivados para a descoberta ativa da bibliote-ca. No final, os alunos parti-cipantes ficaram a conhecer melhor a organização da biblioteca, os seus recur-

Biblioteca | Centro de Recursos

mática e os alunos podem, neste espaço, desenvolver o raciocínio através de jo-gos bastante motivadores.

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XXª Feira do Livro Professora Luísa Filipe

Vinte anos de Feira do Li-vro é marca de vitalidade e de persistência por continuarmos a acreditar na importância de iniciativas desta natureza para promover o livro e a leitura e afirmar a escola junto da comu-nidade.

A Feita do Livro do Agru-pamento de Escolas de Vila Velha de Ródão há muito que extravasa as paredes da sua biblioteca e se projeta, com humildade e saber, na comuni-dade onde está inserida que a aguarda para conhecer as no-vidades e fazer as suas com-pras de Natal.

Este evento teve a sua aber-tura no domingo, dia 11 de dezembro, e juntou numa feliz parceria, a Biblioteca Escolar,

o Plano de Ação da Matemáti-ca e a Associação de Pais que proporcionaram uma tarde de convívio com o livro e com os jogos matemáticos, realizados entre pais e filhos e ainda um “Chá com Livros” para encerrar a actividade.

No dia 12, 2ª feira, os alunos dos 1º e 2º ciclos conheceram pessoalmente o autor David Machado, falaram com ele so-bre as suas obras, sobre o seu percurso de vida e sobre os li-vros que leram e as impressões com que ficaram. A atividade terminou com uma sessão de autógrafos muito concorrida.

A vinda deste autor contou com o apoio da Associação de Estudos do Alto Tejo.

Atividades realizadas no âmbito da XXª Feira do Livro

Biblioteca | Centro de Recursos

DO ARQUIVOI Feira do Livro (1990)

No (então) “Gente em Acção” nº3 (junho 1990) era notícia, em chamada de capa [à esquerda], a realização da “Semana Cultural da Escola C+S de Vila Velha de Ródão”, com destaque para a realização da I Feira do Livro. No ano em que se comemora a XXª edição, o Diretor do Agrupamento homenageia, através da re-publicação do artigo publicado nesse número do GA, os mentores da iniciativa na nossa escola e agradece a todos aqueles que, ao longo destes vinte anos, mantiveram viva a tradição.

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Sopa de Abóbora

No dia 17 de outubro comemoramos o dia Mundial da Alimentação. Convidamos a avó Fátima Carrilho para nos ensinar a fazer uma sopa de abóbora. Também pedimos a colaboração dos nossos pais e, para tal, trouxemos de casa: batatas, cebolas, cenouras, abóbora, tomate, alho e ovos.

Assim, passamos à confeção da nossa rica sopinha. Primeiro des-cascamos as batatas, as cebolas, as cenouras, os tomates, as alhos e a abóbora, cortamos tudo aos pedacinhos, lavamos tudo muito bem lavado, deitamos tudo na panela com água, azeite e sal. Colocamos a panela no fogão. Depois de tudo muito bem cozido, passamos a puré com a varinha mágica.

No final, foi comer e chorar por mais. Nham .. Nham … que rica sopinha!

Educadoras de Infância (Porto do Tejo)

No dia 21 de outubro, fomos visitar a queijaria Lourenço e Filhos de Vila Velha de Ródão.

Fomos recebidos pela mãe do João, a D. Fátima, que nos mostrou todo o processo de fabri-

co do queijo. Primeiro, vimos a recolha do leite, de seguida o processo de refrigeração, a seguir

o aquecimento do leite e a adição do

coalho e sal e, por último, a feitura do

queijo. Vimos também que os quei-

jos mais pequenos são feitos manu-

almente, os maiores são feitos com

máquinas. Também vimos o processo

da salga, os queijos ficam submersos

dentro de grandes tanques com água

e sal. Com o soro fizemos requeijão:

“Nham – Nham” … que bom que é!

Fomos Visitar uma Queijaria Educadoras de Infância (Porto do Tejo)

Dia da Alimentação

Certamente que já não é novidade para todos nós que, para vivermos bem, com saúde e alegria, é fundamental termos sempre presente a ne-cessidade de uma alimentação variada e equilibrada. Quer isto dizer que a nossa alimentação deve incluir todos os alimentos de que o organismo precisa para crescer saudavelmente, tendo em atenção a energia gasta ao longo do dia. Assim, é necessário comer um pouco de cada um dos grupos de alimentos: dos que dão força (pão, manteiga, arroz, batatas, …) dos que protegem da doença (frutas e legumes) e dos que ajudam a cres-cer (peixe, ovos, leite, iogurte, carne, queijo, …). Não devemos esquecer ainda: a necessidade de comer a horas certas, não estar mais de três horas e meia sem comer, evitar o abuso do sal, do açúcar, das gorduras, dos fritos…, não utilizar álcool nem bebidas com corantes e conservantes.

Por tudo isto ser importante, os alunos do 1º ciclo decidi-ram comemorar o dia da alimentação fazendo uma salada de fruta que foi saboreada ao lanche. Houve ainda outras ativida-des, como declamação de poesia, representações e canções.

Palavra puxa palavra

Alimentação faz-me lembrar FrutaFruta faz-me lembrar VegetaisVegetais faz-me lembrar VitaminasVitaminas faz-me lembrar SaúdeSaúde faz-me lembrar vidaVida faz-me lembrar TerraTerra faz-me lembrar RespeitoRespeito faz-me lembrar PessoasPessoas faz-me lembrar MundoMundo faz-me lembrar AdmiraçãoAdmiração faz-me lembrar GrandiosidadeGrandiosidade faz-me lembrar MarMar faz-me lembrar PeixePeixe faz-me lembrar Pescador

Sopa de Abóbora

(Ana Catarina- JI Sala 2)

Professora Terezinha Louro | Turma B (2º ano)

A Página dos Mais Pequenos

Turma D (4ºAno)

O Dia da Alimentação

No dia 20 de outubro comemorou-se o Dia da Alimentação na nossa escola. Todos os alunos do 1º ciclo trouxeram frutas como uvas, laranjas, romãs, bananas, kiwis, maçãs, pe-ras, pêssegos, ananás, melancia e melão para fazer a salada de fruta que foi confecionada pelos alunos, com a ajuda de algumas mães e professores.

Depois do intervalo das dez e meia, vieram à escola alguns encarregados de educação declamar poemas sobre a alimentação, alguns alunos entoaram canções e outros represen-taram peças de teatro. No intervalo da tarde, comemos a salada de fruta que estava muita apetitosa, cheia de cor e sabor.

Esta atividade foi muito interessante e nós realizámo-la com muita alegria e entusiasmo.

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O Corta-Mato Escolar de 2011-2012 realizou-se no Campo de Feiras de Vila Velha de Ródão no dia 7 de dezembro, entre as 13h 00m e as 16h 45m.

Esta prova de atletismo tem uma tradição de algumas dezenas de anos no meio escolar em Portugal. Tem como objectivo principal apurar os melhores seis alunos de cada escalão etário de todos os agrupamentos de escolas do dis-trito para depois competirem a nível distrital e, finalmente, a nível nacional.

Classificação por escalões etários:

Professor Carlos Silva

Traquinas Femininos Traquinas Masculinos1º - Beatriz Ribeiro2º - Soraia Cardoso3º - Mariana Fernandes

1º - Leonardo Santos2º - Eduardo Moreira3º - Tomás Belo

Benjamins Femininos Benjamins Masculinos1º - Cátia Oliveira2º - Leonor Araújo3º - Constança Dias

1º - Leonardo Santos2º - Eduardo Moreira3º - Tomás Belo

Infantis A Femininos Infantis A Masculinos1º - Ana Rita Pereira2º - Maria Faustino3º - Tânia Pinguelo

1º - Fernando Mendes2º - Dennis Pop3º - Rodrigo Tomé

Infantis B Femininos Infantis B Masculinos1º - Bruna Flores2º - Ana Carolina Cardoso3º - Iolanda Tavares

1º - Rodrigo Barradas2º - André Pina3º - Edgar Belo

Iniciados Femininos Iniciados Masculinos1º - Sofia Ribeiro2º - Daniela Pires3º - Liliana Vilela

1º - Pedro Miguel Belo2º - Filipe Caetano3º - Bruno Antunes

Juvenis Femininos Juvenis Masculinos1º - Patrícia Pereira2º - Beatriz Simões

1º - João Matos2º - Rodrigo Martins

DO ARQUIVO

No primeiro número do “Gente em Acção” (de-zembro de 1989) era no-tícia, com chamada de capa, a realização do I Corta-Mato escolar em Vila Velha de Ródão. O Diretor deixa, através da republicação desse arti-go, os parabéns e uma palavra de agradeci-mento a todos os parti-cipantes, organizadores e entidades colabora-doras que participaram nestes mais de vinte anos de corta-matos em Vila Velha de Ródão.

Desporto

Entrega de prémios do I Corta-Mato (1989)

Reportagem fotográfica completa do Corta-Mato e fotografias da entrega das medalhas.Classificações completas em www.anossaescola.com/rodao

Corta-Mato Escolar

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A Minha BD PreferidaJoão Gouveia (8ºA)

Tintim é uma personagem mui-to famosa da ban-da desenhada criada por Hergé. O nome verda-deiro do autor é Georges Prosper Remi que nasceu em Etterbeek na Bélgica em 1907. Foi escritor, artis-ta e desenhista de banda desenhada e os seus livros mais famosos são precisamente os da personagem do Tintim. A inspi-ração para Tintim

veio, segundo declarou o próprio, do seu irmão Paul e muitas das principais perso-nagens retratadas nas suas histórias eram baseados em pessoas de carne e osso. Tintim nasceu em 1929. Desde essa altura até 1983, ano em que Hergé morre, foram editados 22 álbuns desta personagem.

Os álbuns do Tintim, como os de outros personagens criados por Hergé, são li-dos em mais de 40 línguas pelo mundo fora. O seu es-tilo influenciou a criação de outros personagens mais famosos da BD, tais como Astérix, Lucky Luke, Blake

& Mortimer e muitos outros. Os álbuns com histórias completas são um marco no desenvolvimento das his-tórias de quadradinhos. Os álbuns de Tintim são de uma precisão incrível, com todos os detalhes minuciosamente cuidados.

Tintim é um repórter que ficou famoso por todos os crimes que conseguiu des-vendar. Este repórter, em quase todas as aventuras, anda sempre acompanhado pelo capitão Haddock e pelo professor Girassol, que são os seus melhores amigos e ainda por Milu, o seu insepa-rável cão.

Eu gosto imenso dos li-vros do Tintim, porque ele e os seus amigos, em cada aventura, metem-se sempre em sarilhos mas, no final, conseguem sair vitoriosos. Os livros de que eu mais gosto desta coleção são os seguintes: Voo 714 para Sydney, Tintim na América, As 7 Bolas de Cristal e A Es-trela Misteriosa.

Agora, Tintim tornou-se ainda mais famoso com a adaptação ao cinema do álbum O Segredo do Licor-ne, pelo realizador Steven Spielberg.

A Noite dos Animais InventadosTurms D (1º Ciclo)

Título: A Noite dos Animais InventadosAutor: David Machado Edição: 2006Páginas: 32Editor: Editorial PresençaColeção: Arca do Tesouro Faixa etária: dos 6 aos 12 anos

A Noite dos Animais Inventados foi o primeiro livro que lemos do escritor David Machado, recomendado pelo Pla-no Nacional de Leitura.

A história resume-se assim: Jonas não conseguia ador-mecer naquela noite e os seus três irmãos, o Jeremias e os gémeos Jacinto e Jaime, já estavam todos a dormir profundamente, mas ele tinha medo do escuro e o quarto parecia-lhe cheio de sombras. Sentia-se tão sozinho!... Até que, de repente, teve uma ideia fabulosa. Fechou os olhos e inventou uma galinha para lhe fazer companhia até o sono chegar. Sem o saber, Jonas acabara de dar início a uma noite mágica! É que os seus irmãos, dotados também de uma imaginação poderosa, acordaram e começaram a inventar outros animais e então, atrás da galinha, vieram outros que rapidamente encheram o quarto de animação e cor desde o leopardo, a avestruz, o camelo, centenas de pirilampos, o elefante, a tartaruga, uma matilha de lobos, um imponente tigre das savanas, morcegos, uma borbo-leta, um urso, ratinhos, uma vaca, um par de porcos, um cão, um gato, lagartixas, bichos-de-conta, formigas, papa-gaios... acabando por criar um enorme dinossauro que já não cabia no quarto e assustava todos os outros animais.

Finalmente, os irmãos uniram-se e, juntos, tiveram de imaginar um comboio que transportasse todos estes se-

res para uma floresta inventada. Voltaram para as suas camas, já descansados por terem resolvido o problema e terem saído daquele sarilho, enfiaram-se debaixo de uma manta de retalhos feita pela avó e assim conceberam um final feliz que levou todos os animais para os seus habitats.

CríticaEste livro é um conto maravilhoso e muito divertido que

faz sonhar os pequenos leitores no mundo da fantasia e até os adultos que, ao lê-lo, ficam cheios de curiosidade para chegar ao fim.

Se perguntarmos aos mais pequenos sobre uma certa bruxa chamada Mimi, vamos ter surpresas. Todos conhe-cem esta simpática e original bruxinha que é uma das suas histórias preferidas, desde o jardim de infância até ao 1º ciclo (e não só…). Os livros da Bruxa Mimi, dos autores Korky Paul e Valerie Thomas, editados pela Gradiva Jú-nior, são já pelo menos dez, e são dos livros mais requisi-tados na biblioteca da nossa escola. Desde os tempos da Bruxa Mimi e A Bruxa Mimi no Inverno (os dois primeiros volumes publicados) até às últimas aventuras Que grande abóbora, Mimi! e A Bruxa Mimi no espaço, muitas foram as novidades e surpresas que a Mimi, com a sua varinha

mágica, juntamente com o seu inseparável gato Rogério, nos trouxeram. Podemos dizer que, além das histórias, muito bem escritas, a grande riqueza destes livros são as fabulosas e riquíssimas ilustrações, com pormenores que até aos adultos deixam de boca aberta. Se tem filhos pe-quenos e ainda não conhece estes livros, está em falta! Corra à biblioteca ou à livraria mais próxima e delicie-se. Ah! Agora para os fãs da Bruxa Mimi: Saiu uma nova aven-tura. Vamos tê-la em breve na nossa biblioteca. Chama-se A Mimi no fundo do Mar! Será que aí também funcionam as magias da Mimi? ABRACADABRA.

A Bruxa Preferida dos Mais PequenosProfessora Luísa Filipe

Sugestões de Leitura

Page 17: "Gente em Ação" nº58 - Janeiro 2012

GENTE EM

AÇÃOE

-Mail: gente.vvr@

gmail.com

1758 | JANEIRO | 2012

Aurea ganhou o globo de melhor intérprete individual e venceu o Best Por-tuguese Act, dos Prémios MTV EMA (European Music Awards). A cantora foi escolhida pelos fãs, que podiam votar no site da MTV.

Um ano após o lançamento do seu álbum de estreia, homónimo, Aurea, 23 anos, destacou-se num registo soul e blues, tendo alcançado, em apenas 4 meses, o primeiro lugar do top de vendas nacional com o single “Busy (For Me)”. A cantora já é dupla platina em Portugal.

Esta entrevista foi concedida aos nossos repórteres André Pequito e Pedro Ribeiro, antes do concerto que deu na Feira de Atividades Económicas de Vila Velha de Ródão, no passado mês de junho.

Qual foi a 1ª vez que se lembra de cantar?

Olha, a primeira vez que eu cantei… isto inclui a infância? … A primeira vez que eu me lembro de cantar para muita gente foi por volta dos quatro aninhos … foi talvez quando eu ainda andava na creche e fizeram uma festinha de final de ano como se costuma fazer. Então, eu subi ao palco e devia cantar uma música de Natal, só que vi tanta gente à minha frente que aquilo correu um bo-cado mal e eu desatei a chorar em cima do palco. Tiveram de me ir buscar, falaram comigo e explicaram-me a situação toda, voltei ao palco e comecei a cantar normalmente, já com menos medo do público. Esta é assim a primeira vez que me lembro de cantar a sério.

Sente-se honrada por ter o dom de uma voz que muitos desejavam ter?

Ai que pergunta! (gargalha-da) Eu sinto-me honrada é por poder fazer uma coisa de que gosto mesmo muito. Às vezes, há muitas pessoas que não têm oportunidade de chegar a fazer aquilo que realmente querem e não se chegam a sentir com-pletamente realizadas por um motivo ou por outro. Eu tive muita sorte e sou uma privile-giada! Agradeço todos os dias por isso, por poder usar uma coisa que tenho – a voz - para trabalhar e ser feliz com isso. Muito feliz mesmo!

Como e quem é que desco-briu o seu talento?

Quem descobriu o meu ta-lento chama-se Rui Ribeiro e ele já era meu amigo antes. Conhecemo-nos na universida-de, em Évora, e ele ouviu-me cantar numa brincadeira, nós costumávamos ir para a sala do convento onde tínhamos au-las na universidade, ele estava a tocar piano, ouviu-me e gos-tou da minha voz. Foi a partir daí que começou tudo.

Conte-nos como foi o seu percurso escolar.

Estudei em Silves até ao 12º ano, depois fiz os exames nacionais e concorri para a faculdade de letras de Lisboa e entrei em Linguística, mas rapidamente me apercebi que não era aquilo que eu queria, não me estava a sentir bem nesse curso, achei que não ti-nha nada a ver comigo e mudei para Teatro, em Évora, porque esse curso tinha formação vocal, dramaturgia … e isso agradou-me muito. Cheguei ao último ano do curso de Teatro, mas decidi congelar a matrícu-la, porque conheci o Rui e en-trei no mundo da música.

O que pensa das escolas portuguesas?

Eu acho que devia existir um ensino que defendesse o interesse de cada aluno, por-que nós, às vezes, temos de aprender matérias que não nos interessam e quando já temos as coisas definidas, quando já sabemos o que queremos fa-zer, podemos ficar um bocado desmotivados e perdemos a vontade de estudar. Então, eu acho que, nas escolas, devia haver mais preocupação com cada um dos alunos, ver caso a caso … sei que é complicado, sei que exige muita paciência e muita vontade de trabalhar.

Sendo tão jovem, qual é o truque para chegar tão longe e rapidamente?

Não há truque. É essa a cena! Não há truque. As coi-sas, na minha vida, foram surgindo normalmente. Falo muitas vezes em sorte e em ser privilegiada, porque real-mente as coisas surgiram as-sim naturalmente, não tenho como explicar nada e, quando surgiram, começou-se a formar uma equipa muito boa, com profissionais muito bons, pes-soas como o Mário, que me acompanham, os produtores, os compositores... É como uma família, trabalhamos muito para conseguirmos chegar a algum lado e vermos o nosso trabalho ser reconhecido.

Qual das suas músicas mais gosta e porquê?

É complicado escolher assim uma música de um disco, por-que são todas muito especiais, mas eu gosto muito do single “Busy (for me)” porque foi a música que, basicamente, me fez despertar o gosto pelo esti-lo de música do disco. A primei-ra vez que eu a ouvi, ouvi só o instrumental que o Rui tinha feito e, quando me levaram a maquete para eu gravar a voz, fiquei apaixonada pela música e disse:”É por este caminho que eu quero ir. Eu quero que o resto do disco siga este exem-plo de música”.

Em que é que se inspira para criar as suas músicas?

Não sou eu que as crio, é o Rui! (gargalhada) O Rui é o compositor das músicas.

Quantos concertos já rea-

Pedro Ribeiro (ex-aluno); André Pequito (9ºB)

Aurea

lizou?Por volta de quinze e fizemos

uma mini-tour de showcases nas Fnac’s um bocadinho no Norte, no Centro e no Sul.

Como se sente ao ser reco-nhecida como melhor intér-prete individual?

Como deves imaginar, é um grande reconhecimento. E, quando recebi o globo de ouro, fiquei assim mesmo super feliz! Não fazia ideia de que ia ga-nhar nada, fui para ali a pensar: “Já estou muito contente por ter sido nomeada e o que vier virá.” Não preparei discursos, não preparei nada e aquilo foi assim mesmo … foi uma gran-de honra e um incentivo muito grande para continuar a traba-lhar e fazer cada vez melhor.

Gostaria de ter ganho o globo de ouro “revelação do ano”?

Ah! (gargalhada) Se gosta-va? Eu gostava de ter ganho os três, não vamos por aí … não, eu fiquei muito contente por ter ganho este de “intér-prete individual”, até porque é mais direccionado para o meu trabalho, que é aquilo que eu faço, que é cantar, interpretar as músicas e, por isso, fiquei contente. É como se já tivesse ganho tudo! Fiquei muito, muito contente mesmo.

Gosta mais de cantar em português ou em inglês? Porque motivo?

Gosto mais de cantar. Eu gosto é de cantar! Como este estilo de música se justifica ser cantado em inglês, eu canto-o em inglês, mas também gosto muito de cantar em português.

Obrigado.

Entrevista (3)

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Visita de estudo a Conímbriga e PenelaBruna Martins , Ana Carolina Cardoso, Jéssica Moreira(6ºA) e Maria Faustino (5ºA)

No passado dia 30 de no-vembro, nós, os alunos do 2º ciclo, fizemos uma visita de estudo a Conímbriga e a Penela. Fomos acompa-nhados pelas professoras Anabela Santos, Elsa Flor e Luísa Filipe.

Saímos da escola às 9:00 horas, com destino a Co-nímbriga e passámos por várias terras: Perdigão, Vale da Mua, Proença-a-Nova, Sertã, Pedrógão (entre ou-tras). Fomos parando pelo caminho, porque a estrada estava a ser arranjada e chegámos finalmente a Co-nímbriga por volta das 11 horas.

Conímbriga é uma cida-de que antes era um castro e que, nos finais do séc. II a.C., foi ocupada pelos Ro-manos. Nas suas ruínas nós pudemos observar uma grande variedade de coisas: muitas casas (com os seus lindos mosaicos a revestir o chão), várias termas, os res-tos do Fórum ou praça públi-ca da cidade, uma basílica, o aqueduto, as muralhas, as canalizações e esgotos e restos de uma estrada

antiga que atravessava a cidade. Gostámos de ver especialmente as casas. Al-gumas conservavam os mu-ros, as colunas e os mosai-cos. Na Casa dos Repuxos havia um jardim central com um lago com cerca de 400 repuxos que pudemos ver a funcionar. Vi-mos como es-tão muito bem conservados os mosaicos, qua-se completos, com figuras mi-tológicas, figu-ras de animais, figuras geomé-tricas e cenas do dia-a-dia. Também gos-támos de ver a Casa da Cruz Suástica e uma casa que tinha esque-letos.

Depois da visita às ruí-nas, fomos visitar o Museu Monográfico de Conímbriga onde se conservam muitas peças vindas das escava-ções das ruínas desta an-tiga cidade. Vimos onde os romanos escreviam, as suas jóias, as moedas, restos do

equipamento dos soldados romanos (os legionários), jo-gos usados pelas crianças e muita cerâmica, objetos em vidro e em metal, restos de esculturas e ainda a recons-tituição do Forum e muitas pedras funerárias. Também havia aí duas salas com res-

tos de mosaicos. Um deles apresentava um labirinto que representa o mito do Mi-notauro. Aprendemos tam-bém a lenda do Minotauro.

Depois de almoçarmos ao ar livre, perto de um lago, fomos até Penela onde pu-demos visitar o castelo des-ta bela vila. As suas ruínas estão muito bem conserva-das e pudemos passear pe-

las muralhas, visitar a torre de menagem e até tivemos tempo para algumas brinca-deiras numas casinhas mui-to giras que lá estavam.

Por fim, regressámos a casa.

Opiniões do 6ºA sobre a visita de estudo a Conímbriga e a Penela

“Eu gostei por-que nunca tinha ido a Conímbriga nem a Penela.” - João Diogo

“Gostei muito, porque aprendi que Conímbriga é uma das maio-

res povoações romanas de que há vestígios e a estação arqueológica romana mais bem estudada no país.” - Carolina Moreira

“Entre muitas coisas, aprendi o que é um museu etnográfico!” - Bruna Mar-tins

“ O que mais me impres-

sionou em Conímbriga fo-ram aqueles mosaicos todos direitos, pequeninos e com figuras impressionantes! Não sei como conseguiram ter tanta paciência! É incrí-vel!” - Rui Tavares

“Já tinha estado em Co-nímbriga, mas não tinha ninguém para me explicar e agora a professora Luísa ex-plicou tudo; por isso aprendi coisas novas.” - Jéssica Moreira

“Em Penela, nós e as pro-fessoras escondemo-nos numa casinha junto ao cas-telo e, como alguns meni-nos tinham continuado na brincadeira, apanharam um grande susto quando ten-taram encontrar-nos e não nos viram! Foi muito diverti-do!” - Rosária Pires

“ Eu não fui à visita mas, se tivesse ido, seria para perceber melhor como eram as coisas na época dos ro-manos, como construíam sem máquinas, como fa-ziam e usavam as armas…” - João Valente

Receitas de Natal - “Espírito de Natal“Bruna Martins (6ºA) Rosária Pires (6ºA)

Ingredientes: sorrisos, ajuda, carinho, abraços, beiji-nhos e atenção em quantida-des sem fim

Preparação: Deitar a ajuda para um co-

ração, um pouco de sorriso e misturar com um olhar doce e meigo.

A seguir, junta-se carinho com um pequeno abraço e alguns beijinhos e mistura-se tudo com outro coração. Mistura-se tudo numa gran-de brincadeira durante algum tempo!

Para-se a brincadeira quan-do já estivermos cansados e pomos tudo numa conversa redonda e amiga.

Depois, é só falar e ouvir…com muita doçura! É só partir e repartir!

Ingredientes: carinho, ajuda, sorriso, abraços, beijinhos, atenção, inteligência, amor e pedaços de bondade em grandes quantidades

Preparação: Num dia, junta-se o sorriso com o carinho e mistura-se.

Bate-se a ajuda e junta-se ao preparado, com meiguice. Aquece-se o abraço e deixa-se apertar. Separa-se o “beijo” do “inho” e bate-se em palácio. No fim, junta-se tudo: o sorriso, o carinho, a ajuda, o abraço, o beijo e o “inho” em palácio. Mistura-se muito bem, com delicadeza e doçura. Depois de tudo muito bem misturado, derrete-se a atenção e a inteligência, junta-se ao resto e leva-se ao forno…que é o coração.

Retira-se aos poucos do coração aquecido e colocam-se, muito devagarinho, os pedaços de bondade. No cimo, deixa-se lugar para o amor, que vamos pondo, aos poucos.

E pronto! Fica um cesto enorme de gestos inesquecíveis para dar e repartir!

Para-se a brincadeira quando já estivermos cansados e pomos tudo numa conversa redonda e amiga.

Depois, é só falar e ouvir…com muita doçura! É só partir e repartir!

A biblioteca escolar efetuou o sorteio do seu cabaz de Natal que este ano agraciou o senhor Carlos Cristóvão.

Agradece-se a todos os colaboradores que forneceram produtos, ajuda-ram a vender e compraram as senhas que foram a sorteio.

Cabaz de Natal

Visitas de Estudo | Talentos | Notícias

Page 19: "Gente em Ação" nº58 - Janeiro 2012

GENTE EM

AÇÃOE

-Mail: gente.vvr@

gmail.com

1958 | JANEIRO | 2012

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DEVILA VELHA DE RÓDÃO

Avenida da Achada6030-221 Vila Velha de Ródão

Telefone: +351 272 541 041Fax: +351 272 541 050

E-Mail: [email protected]

COORDENAÇÃOProfessora Anabela Afonso

Professor Jorge Gouveia

GRAFISMO E PAGINAÇÃOProfessor Luis Costa

Professor Helder Rodrigues

COLABORADORESProfessores, Alunos, Pessoal Não Docente, As-sociação de Pais e Encarregados de Educação

IMPRESSÃOJornal Reconquista

Castelo Branco

[email protected]

NA INTERNET

Webpage do Agrupamentohttp://www.anossaescola.com/rodao

Plataforma Moodle(Inclui a hemeroteca GA)

http://vvr.ccbi.com.pt

Facebookwww.facebook.com/Agrevvr

Viva a Matemática

Turma B (2ºAno)

No dia 21 de outubro, todos os meninos do 1º ciclo participaram nos jogos de Matemática.

Os alunos deslocaram-se para o polivalente. O espaço era enorme! Havia muitas mesas espalhadas, cada uma com um jogo diferente. Os jogos eram tão interessantes que nem sabíamos para onde ir!

Os jogos que podíamos jogar eram os seguintes: o

jogo do semáforo, dos cães e dos gatos, da pirâmide, ouri, hex, tangran, puzzle inteligente 3D… Em cada mesa estava um professor ou colega mais velho que nos ensinava e orientava. O tempo passou tão depres-sa que nem demos conta!

Esta tarde de jogos foi formidável! Convi-vemos, jogámos, dis-cutimos e aprendemos!

Ilustração de Carolina Santos (Turma B - 1º Ciclo)

Notícias

Sonic fez 20 anos

Sonic, o ouriço mais famoso do mundo, foi criado em 1991 por Naoto Oshshima para divulgar a primeira comsola da Sega, a Me-gadrive. Com o intuito de bater a então líder, Nintendo, os criado-res da Sega tiveram a ideia de construir uma personagem que se movimentasse de forma muito rápida e ágil, mostrando as-sim o poder da nova consola. Acabou por se tornar um ícone da primeira verdadeira geração de gamers, na década de 80 do século passado. Ágil, ousado e rápido, che-gou a ser mais famo-so e reconhecido (na década de 90) do que Mickey e Mario (o seu grande rival no mun-do dos videojogos), segundo um estudo então divulgado no Rei-no Unido.

Ao longo dos anos Sonic foi aparecendo nos mais diversos meios de comunicação e suportes: foi personagem principal de várias séries de animação (que atualmente ainda se encontram em exibição no canal Kidsco.tv), revistas de banda desenhada e todo o tipo de merchandising.

Se nos primeiros anos a popularidade dos jogos do Sonic era crescente, fazendo enorme sucesso em cada novo lançamento, a partir de 1998 a série entrou em decadên-cia. A personagem em si sofreu várias alte-rações (mais alto e magro, de olhos verdes e com um aspeto mais “adolescente”), mas a maior desilusão para os fans foi o aban-dono da perspectiva em 2D em detrimento dos novos níveis em 3D. Sonic Adventure e Sonic Unleashed foram uma desilusão para os fans.

A partir de 2010 a “Sonic Team” (estúdio responsável pelos jogos do Sonic) tentou emendar a mão, criado vários jogos que pro-curaram recuperar a estética original da sé-

rie. Estes novos jogos conseguiram obter, de novo, uma óptima receção da crítica e, mais importante, dos fans. Sonic Colors (Wii e DS); Sonic 4 Episode I (PS3 e Wii) e o recente Sonic Generations, em que todas as aventuras do Sonic são revisita-das na “versão clás-sica” (2D) e “versão moderna” (3D) trou-xeram de volta o êxito à série.

É fascinante como Sonic sonsegue ser uma personagem que atravessa, de facto,

gerações: o escriba deste texto jogou inces-santemente, dia após dia, a versão original do Sonic em 1991 (quando tinha 20 anos). O seu filho, agora com 4 anos, já joga os vários jogos do Sonic (na PS3, PC e PSP), vê a série de animação todos os dias e é in-separável de uma miniatura do ouriço azul!

Professor Luís Costa

Jogos Aconselhados:Sonic the Hedgehog; Sonic the Hedgehog 2 (Disponíveis na PSN - Sony PS3/PSP - e na compilação Sega Mega Drive Collection)

Sonic Colors (Disponível para a Nintendo DS e Wii)

Sonic Generations (Disponível para a maioria das plataformas)

Sonic 4 Episode I (Disponível na PSN)

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A festa de Natal do Agrupamento de Escolas tornou-se um evento que a comunidade educativa se habituou a acompanhar, comparecendo em grande número e enchendo por completo o audi-tório da CACTEJO. O ano de 2011 man-teve a habitual participação de todas as crianças que frequentam estabelecimen-tos de educação do concelho, incluindo os pequeninos da creche da Santa Casa que, ano após ano, abrem da melhor maneira o programa da festa com a sua graça e dan-do um exemplo de interacção com os mais idosos que se juntam aos pequeninos para cantar ou representar.

De ano para ano, algumas novidades têm sido integradas no programa. Desta feita, a maior inovação resultou da grande partici-pação dos pais que subiram ao palco várias vezes e quiseram deixar aos seus filhos uma mensagem de envolvimento e de participa-ção, apelando para que a este esforço cor-responda um maior empenho e envolvimento dos seus educandos nas tarefas escolares. Assim, cantaram com as crianças da creche e do jardim-de-infância, representaram a peça Carochinha e João Ratão com um brilhantis-mo de fazer inveja aos profissionais das artes de palco e, no final, terminaram levando ao palco professores e funcionários para, em conjunto com eles e com os alunos do 1º ci-clo, cantarem uma música representativa do Natal: “O rapaz do tambor.”

A tarde começou com o almoço convívio e com a distribuição de prendas aos mais pe-queninos que anseiam pela chegada do Pai Natal que, este ano, veio especialmente car-regado de livros, afinal de contas, a melhor prenda para todas as idades.

As actividades desta tarde terminaram com uma peça de teatro, disponibilizada pelo mu-nicípio de Ródão, e apresentada pelo grupo VAATÃO, de Castelo Branco, à qual assisti-ram todos os alunos do Agrupamento.

Este programa bem preenchido e concre-tizado com bastante sucesso resultou do envolvimento da comunidade escolar e dos seus parceiros, que se envolveram e deram um importante contributo para o final de um período letivo que terminou em grande festa.

Professor Jorge Gouveia

Reportagem fotográfica completa da Festa de Natal na CACTEJO, almoço de Natal na Esco-la-Sede do Agrupamento e da Ceia de Natal, igualmente na Escola-Sede do Agrupamento.

No dia 20 de Dezembro realizou-se a tra-dicional Ceia de Natal do Agrupamento, mo-mento especial de convívio e partilha entre professores e funcionários do Agrupamento e respetivas famílias. Este ano tivémos a agra-dável surpresa de terem sido os nossos ex-alunos que se encontram a estudar na Escola de Hotelaria e Turismo do Fundão a servir a refeição.

No final, não faltou a visita do Pai Natal que distribuíu alegria pelas crianças presentes.

São momentos como este que mais uma vez vivemos que fazem este Agrupamento ESPECIAL.

Professor Luís Costa

Especial Natal

Acima e à esquerda: Festa de Natal na Casa de Artes e Cul-tura do Tejo. Abaixo: os nossos ex-alunos na Ceia de Natal, Al-moço de Natal e, mais abaixo, Ceia de Natal e a visita do sempre aguardado Pai Natal.