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11 UNIVERSIDADE MOGI DAS CRUZES CRISTIANO CAMBI PINTO ETELVINA RODRIGUES NASCIMENTO LEANDRO TAVARES SIDNEY MOTTA GESTÃO AMBIENTAL COMO PARTE DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO EMPRESARIAL

GESTÃO AMBIENTAL COMO PARTE DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO EMPRESARIAL

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UNIVERSIDADE MOGI DAS CRUZES

CRISTIANO CAMBI PINTO

ETELVINA RODRIGUES NASCIMENTO

LEANDRO TAVARES

SIDNEY MOTTA

GESTÃO AMBIENTAL COMO PARTE DO PLANEJAMENTO

ESTRATÉGICO EMPRESARIAL

São Paulo, SP

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2009

UNIVERSIDADE MOGI DAS CRUZES

CRISTIANO CAMBI PINTO

ETELVINA RODRIGUES NASCIMENTO

LEANDRO TAVARES

SIDNEY MOTTA

GESTÃO AMBIENTAL COMO PARTE DO PLANEJAMENTO

ESTRATÉGICO EMPRESARIAL

Profº Ms. Hosney Santos

São Paulo, SP

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de Pós Graduação em Gestão Ambiental da UMC – Universidade de Mogi das Cruzes, Campus Villa-Lobos, como parte dos requisitos para a conclusão do curso.

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2009

FOLHA DE APROVAÇÃO

CRISTIANO CAMBI PINTO

ETELVINA RODRIGUES NASCIMENTO

LEANDRO TAVARES

SIDNEY MOTTA

GESTÃO AMBIENTAL COMO PARTE DO PLANEJAMENTO

ESTRATÉGICO EMPRESARIAL

Aprovado em: ...........................................

BANCA EXAMINADORA

Profº Ms. Hosney Santos (Orientador)Universidade de Mogi das Cruzes – UMC

Profº Dr. Ronaldo Raemy RangelUniversidade de Mogi das Cruzes – UMC

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de Pós Graduação em Gestão Ambiental da UMC – Universidade de Mogi das Cruzes, Campus Villa-Lobos, como parte dos requisitos para a conclusão do curso.

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Profº Ms. Rosana Maria de Macedo BorgesUniversidade de Mogi das Cruzes – UMC

DEDICATÓRIA

Dedicamos esse trabalho a todos os que de alguma maneira ajudaram em nossa

caminhada acadêmica: familiares, amigos e professores.

Dedicamos também a Deus, que nos deu a vida e permite que continuemos

executando nossas obras.

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AGRADECIMENTOS

RESUMO

“É melhor atirar-se à luta em busca de dias melhores, mesmo

correndo o risco de perder tudo, do que permanecer estático,

como os pobres de espírito, que não lutam, mas também não

vencem que não conhecem a dor da derrota, nem a glória de

ressurgir dos escombros. Esses pobres de espírito, ao final de

sua jornada na Terra não agradecem a Deus por terem vivido,

mas desculpam-se perante Ele, por terem apenas passado

pela vida...”.

(Bob Marley)

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RESUMO

O presente trabalho visa demonstrar a evolução do pensamento ambiental, traçando um paralelo comparativo com o crescimento da população e consumo energético ao longo das últimas décadas, de forma a propiciar ao pesquisador, argumentos na demonstração de que a invasão do tema ambiental hoje na mídia, discursos políticos e encontros internacionais, não é um mero modismo, mas sim a decorrência do consumo desenfreado, propiciando um desenvolvimento desordenado, com necessidades imediatistas e, portanto, sem planejamento. Atentamos também para a ausência de uma linguagem comum, o que nos remete a NBR ISO 14000, como forma de atender esta lacuna, além de propiciar um sistema de gestão que pode demonstrar os níveis de desempenho ambiental das empresas, estas vistas como os agentes mais importantes na questão do consumo de matérias primas, uma vez que modificam os recursos em larga escala, de acordo com a demanda dos mercados. Nesta conjuntura, destacamos ainda o BSC, uma vez que nosso foco recai sobre a gestão empresarial, como forma de conter aos conflitos identificados na dita sustentabilidade, entendida em seu sentido mais amplo, considerando o triple botton line, tendo o aspecto cultural também como determinante, além das perspectivas ambientais, sociais e econômicas, dentro do planejamento estratégico das organizações. A utilização de cases acrescentam a visão prática do aqui exposto. Além de fornecer uma relação de indicadores normalmente utilizados pelas empresas, com comentários e reflexões sobre os mesmos.

Palavras-chaves: Indicadores, Meio ambiente, Planejamento estratégico e NBR ISO 14000

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ABSTRACT

This paper demonstrates the evolution of environmental thinking, making a parallel comparison with the population growth and energy consumption over the past decades in order to provide the researcher, arguments in the statement that the invasion of environmental issues on the media, political speeches and international, not a mere fad, but rather the result of unbridled consumption, providing an unregulated development, with immediate needs and, therefore, no planning. It also considers the lack of a common language, which points to ISO 14000, as a way to address this gap, in addition to providing a management system that can demonstrate the levels of environmental performance of companies that can be viewed as more agent important in the consumption of raw materials, since they modify the resources on a large scale, according to market demand. Therefore, we note also the BSC, since our focus is on corporate management as a way to identify prospect conflicts in the so-called sustainability, understood in its broadest sense, considering the triple bottom line, and the cultural aspect as well as determining in addition to environmental aspects, social and economic, within the strategic planning of organizations. The use of cases adds a practical vision outlined. In addition to providing a list of indicators typically used by companies, with comments and reflections on them.

Keywords: Indicators, Environment, Strategic Planning and NBR ISO 14000

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Evolução da consciência ambiental..............................................16

Tabela 2 A importância do pensamento ambiental.....................................17

Tabela 3 Capacidade de produção com energia eólica em 2008...............22

Tabela 4 Crescimento populacional mundial...............................................24

Tabela 5 Distribuição da população brasileira.............................................26

Tabela 6 Critérios para definição de impactos ambientais..........................39

Tabela 7 Indicadores praticados por empresas...........................................45

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 Demonstrativo das mudanças ocasionadas em empresas com aconscientização ambiental............................................................18

Figura 2 Gráfico do consumo de energia mundial......................................20

Figura 3 Gráfico do crescimento na demanda por energia e no crescimento econômico do país ......................................21

Figura 4 Gráfico do crescimento populacional em relação ao tempo........24

Figura 5 Gráfico Comparativo entre crescimento energético, crescimento populacional e eventos ambientais...............................................26

Figura 6 BSC no apoio a gestão.................................................................31

Figura 7 Esquema de funcionamento dos itens da NBR ISO 14000..........37

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LISTA DE ABREVIAÇÕES E SIGLAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas

BID Banco Interamericano de Desenvolvimento

BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social

BSC Balanced Scorecard

CEBRAP Centro Brasileiro de Análise e Planejamento

CNUMAD Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento

DIN Deutsches Institut für Normung

EMAS Environmental Management and Audit Scheme

GATT General Agreement on Tariffs and Trade

ICA Indicador de Condição Ambiental

IDA Indicador de Desempenho Ambiental

ISO International Organization for Standardization

MME Ministério de Minas e Energia

MW Megawatt

NBR Norma Brasileira

ONGs Organizações não Governamentais

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ONU Organização das Nações Unidas

PROINFA Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica

SGA Sistema de Gestão Ambiental

TEP Tonelada equivalente de petróleo

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...................................................................................................11

1 - TERMOS E DEFINIÇÕES (ESCOPO) .........................................................14

2 - A EVOLUÇÃO DA QUESTÃO AMBIENTAL...............................................16

2.2 - Crescimento no consumo energético mundial ................................19

2.2.1 - Fontes energéticas ..............................................................21

2.3 - O crescimento populacional no mundo...........................................23

3 - AGENTE DE MUDANÇAS...........................................................................28

3.1 - Marketing ambiental........................................................................28

3.2 - Alguns motivos para que a sua empresa adote um programa

de marketing ambiental.....................................................................29

4 - GESTÃO AMBIENTAL EMPRESARIAL ( BSC)..........................................31

4.1 - Perspectivas do BSC.......................................................................32

4.2 O MEIO AMBIENTE NO BSC...........................................................34

5 - NORMA AMBIENTAL ..................................................................................35

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5.1 - História e evolução do ISO 14000...................................................35

5.2 - Utilidade das novas normas - ISO 14000........................................36

5.3 - Conceitos gerais - ISO 14.000 ........................................................36

5.4 - Requisitos da ISO 14000.................................................................37

5.5 - Utilização na prática.........................................................................38

5.6 - benefícios e resultados da ISO 14000.............................................40

6 - INDICADORES DE MEDIÇÃO DE DESEMPENHO AMBIENTAL...............42

6.1 - indicadores de desempenho ambiental............................................43

6.2 - indicadores ambientais praticados por algumas empresa................44

7 - METODOLOGIA DA PESQUISA.................................................................47

CONCLUSÃO....................................................................................................48

REFERÊNCIAS.................................................................................................49

ANEXO A .........................................................................................................54

ANEXO B ..........................................................................................................65

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INTRODUÇÃO

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Dentre os desafios da humanidade, nunca um assunto tomou uma proporção

intensamente global como a questão ambiental, aqui encarada como um ponto de

convergência de todos os esforços humanos em uma demonstração inequívoca de

que nosso planeta é um único organismo vivo, de cujo bem estar depende nossa

sobrevivência.

Neste contexto encontramos o termo gestão ambiental e sua aplicação em

vários aspectos, de onde depreendemos que este é bastante abrangente, sendo

freqüentemente usado para designar ações ambientais em determinados espaços

geográficos, como por exemplo: gestão ambiental de bacias hidrográficas, gestão

ambiental de parques e reservas florestais, gestão de áreas de proteção ambiental,

gestão ambiental de reservas de biosfera e outras tantas modalidades de gestão

que incluam aspectos ambientais.

A presente pesquisa, entretanto, visa focar a gestão ambiental empresarial

que está essencialmente voltada às organizações, ou seja, companhias,

corporações, firmas, empresas ou instituições e pode ser definida como sendo um

conjunto de políticas, programas e práticas administrativas e operacionais que levam

em conta a saúde e a segurança das pessoas e a proteção do meio ambiente

através da eliminação ou minimização de impactos e danos ambientais decorrentes

do planejamento, implantação, operação, ampliação, realocação ou desativação de

empreendimentos ou atividades, incluindo-se todas as fases do ciclo de vida de um

produto.

Infelizmente a globalização, tema que envolve diversas áreas inclusive do

direito, de fato implantou uma relação constante entre países, principalmente na

esfera comercial. Entretanto, essa forma de relacionamento, prático ou jurídico,

ainda não contemplou a área ambiental, aqui as discussões internacionais se

encontram em fase incipiente, documentadas, porém não implantadas. O que nos

remete a focar nosso estudo na questão ambiental dentro das empresas, que dentro

do escopo mundial, funcionam como células de um organismo muito maior e

complexo, porém, no conjunto das decisões destas “células”, advém o futuro de

nosso planeta.

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Inicialmente e sem a noção do todo, enfatizamos que os fundamentos, ou

seja, a base de razões que levam as empresas a adotar e praticar a gestão

ambiental são vários. Podem se apresentar desde procedimentos obrigatórios de

atendimento à legislação ambiental até a fixação de políticas ambientais que visem a

conscientização de todo o pessoal da organização.

A busca de procedimentos gerenciais ambientalmente corretos, incluindo-se

aí a adoção de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA), na verdade, encontra

inúmeras razões que justificam sua implementação. Os fundamentos predominantes

podem variar de uma organização para outra e diante desta constatação,

procuramos com base em indicadores históricos sobre o consumo energético,

crescimento das populações e o próprio desenvolvimento do pensamento ambiental,

representado por tratados e encontros temáticos dentre outros, compreender as

razões que levaram as relações empresariais a atingirem tal ponto, não

espontaneamente, mas como resultado de um crescimento desordenado, trazendo à

sociedade atual a constatação de que os recursos naturais (matérias-primas) são

limitados e estão sendo fortemente afetados pelos processos de utilização, exaustão

e degradação decorrente de atividades públicas ou privadas, portanto estão cada

vez mais escassos, relativamente mais caros ou se encontram legalmente mais

protegidos.

De tal constatação surgem ações que passam, por exemplo, pela reavaliação

da utilização de bens naturais (água, ar), que já não são mais bens livres/grátis. Por

exemplo, a água possui valor econômico, ou seja, paga-se, e cada vez se pagará

mais por esse recurso natural. Determinadas indústrias, principalmente com

tecnologias avançadas, necessitam de áreas com relativa pureza atmosférica. Ao

mesmo tempo, uma residência num bairro com ar puro custa bem mais do que uma

casa em região poluída. O crescimento da população humana, principalmente em

grandes regiões metropolitanas e nos países menos desenvolvidos, exerce forte

conseqüência sobre o meio ambiente em geral e os recursos naturais em particular.

A legislação ambiental exige cada vez mais respeito e cuidado com o meio

ambiente, exigência essa que conduz coercitivamente a uma maior preocupação

ambiental. Pressões públicas de cunho local, nacional e mesmo internacional

exigem cada vez mais responsabilidades ambientais das empresas. Bancos,

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financiadores e seguradoras dão privilégios a empresas ambientalmente sadias ou

exigem taxas financeiras e valores de apólices mais elevadas de firmas poluidoras.

A sociedade em geral e a vizinhança em particular está cada vez mais exigente e

crítica no que diz respeito a danos ambientais e à poluição provenientes de

empresas e atividades.

Organizações não-governamentais estão sempre mais vigilantes, exigindo o

cumprimento da legislação ambiental, buscando a minimização de impactos, a

reparação de danos ambientais ou impedem a implantação de novos

empreendimentos ou atividades. Compradores de produtos intermediários estão

exigindo cada vez mais produtos que sejam produzidos em condições ambientais

favoráveis. A imagem de empresas ambientalmente saudáveis é mais bem aceita

por acionistas, consumidores, fornecedores e autoridades públicas. Acionistas

conscientes da responsabilidade ambiental preferem investir em empresas lucrativas

sim, mas ambientalmente responsáveis. E neste cenário, a gestão ambiental

empresarial está na ordem do dia, principalmente nos países ditos industrializados e

também já nos países considerados em vias de desenvolvimento.

Justifica-se assim o escopo deste trabalho, onde a partir da análise dos

indicadores acima mencionados, bem como com a verificação do comportamento

das empresas frente à questão ambiental, buscamos entender ou constatar com a

compreensão da importância do Balanced Scorecards (BSC) nas organizações,

realizando uma avaliação de Relatórios Sociais e relatórios de gestão de empresas

representativas no cenário nacional, buscamos enxergar como a questão local pode

se correlacionar com as necessidades globais e qual o instrumental necessário para

que tal intercâmbio ocorra, apresentando aqui a NBR ISO 14001:2004, como uma

forma de linguagem internacional comum, além de um sistema de gestão ambiental,

que independentemente de certificações, pode conduzir as organizações a um

amadurecimento e entendimento que certamente nos levarão a um futuro promissor.

Page 17: GESTÃO AMBIENTAL COMO PARTE DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO EMPRESARIAL

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1 TERMOS E DEFINIÇÕES (ESCOPO)

Organização

Mencionada como "uma empresa, corporação, firma, empreendimento, instituição e partes ou combinações destas, mesmo que não pertençam à mesma razão social públicas e privadas, que tenham sua própria função e administração". Cláusula 3.12 da ISO 14001(1996)

Meio ambiente

Pode ser definido como os "arredores" no qual uma organização opera, incluindo "ar, água, terra, recursos naturais, flora, fauna, seres humanos e suas inter-relações." O meio ambiente se alonga do interior da organização até o sistema global.

Aspecto ambiental

Definido como um elemento da atividade produtos e/ou serviços de uma organização que possa interagir com o meio ambiente. Fica a cargo da organização identificar os aspectos ambientais de seus produtos, processos e serviços ao estabelecer um Sistema de Gestão Ambiental

Impacto ambiental

Qualquer mudança no ambiente seja adversa ou benéfica, resultante total ou parcialmente das atividades, produtos e/ ou serviços de uma organização.

Sistema de Gestão Ambiental

Parte do sistema total que inclui a estrutura organizacional, as atividades de planejamento, as responsabilidades, práticas, procedimentos, processos e recursos para desenvolver, implementar, alcançar, proceder à avaliação crítica e manter as políticas ambientais.

Auditoria do Sistema de Gestão Ambiental

Processo de verificação sistemático e documentado para obter e avaliar objetivamente evidências para determinar se o Sistema de Gestão Ambiental de uma organização está em conformidade com os critérios de auditoria formados pela própria organização.

Desempenho ambiental

Refere-se a resultados mensuráveis do Sistema de Gestão Ambiental, relacionados com o controle dos aspectos ambientais de uma organização baseados em suas políticas, objetivos e alvos ambientais.

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28

Melhoria contínua

Dizem respeito ao processo de aperfeiçoar um Sistema de Gestão Ambiental para atingir melhorias no desempenho ambiental total em alinhamento com as políticas da organização.

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2 EVOLUÇÃO DA QUESTÃO AMBIENTAL

As questões ambientais atualmente possuem grande evidência,

entretanto esta situação é fruto da evolução de uma questão já tratada desde

1950, além de outros expoentes não retratados na tabela abaixo em vista de

seu menor peso ou conexão com o assunto tratado nesta dissertação.

A tabela 1 relaciona alguns fatos marcantes e a evolução do

pensamento ambiental, que posteriormente apresentaremos em forma de

gráfico para demonstração da evolução deste pensamento, em relação a

importantes indicadores ligados a própria sobrevivência humana.

Tabela 1: Evolução da consciência ambiental

Ano do

EventoHistórico

1952 Londres - Poluição causa 4.000 mortes

1960

Debates, principalmente americanos, polarizam “crescimento econômico”

versus “preservação ambiental”, impreguinado por um temor apocalíptico da

“explosão demográfica”, mesclado ao perigo de uma guerra nuclear ou pela

precipitação provocada pelos seus testes.

1962Publicado livro de Rachel Carson “Silent Spring” primavera silenciosa,

explicando os efeitos da DDT, (dicloro-difenil tricloroetano)

1968

Constituiu-se o Clube de Roma, composto por cientistas, industriais e

políticos, que tinha como objetivo discutir e analisar os limites do

crescimento econômico levando em conta o uso crescente dos recursos

naturais.

1980

Expressão desenvolvimento sustentável publicada no documento “The World

Conservation Strategy” da WWF (World Wildlife Fund) e da IUCN

(International Union for Conservation of Nature) formulado por solicitação do

PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente).

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Tabela 1: Evolução da consciência ambiental

1992

ECO 92 - Conferência das Nações Unidas para Meio Ambiente e Desenvolvimento - no Rio de Janeiro consagra o encontro entre meio ambiente e desenvolvimento. Participação de 178 países, tem como resultado os documentos:

Declaração do Rio de Janeiro sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento Convenção sobre Mudanças Climáticas, Declaração de Princípios sobre

Florestas, Convenção sobre a Biodiversidade Agenda 21

Iniciou-se um novo ciclo de conferências da ONU para dar continuidade aos temas tratados em 1992.

1997 Surgimento da The Global Reporting Initiative (GRI), para relatar as atividades sustentáveis das companhias.

2000Lançamento das Diretrizes para Relatórios de Sustentabilidade - GRI, documento revisado e atualizado em setembro do mesmo ano, durante o Encontro Mundial para o Desenvolvimento Sustentável.

2002 As Nações Unidas aprovam a Carta da Terra, que pretende ter a abrangência da Declaração dos Direitos Humanos.

2005Protocolo de Kioto: O Protocolo entra em vigência após 7 anos de sua proposição.

2006Lançamento do filme “An inconvenient truth” de Al Gore que posiciona a questão do aquecimento global na grande mídia.

2009 Conferência de Copenhagen

Fonte: Rondon Mamede Fartá

O anexo A apresenta a relação completa de eventos ocorridos no mundo de 1808 até os dias atuais.

A evolução da consciência ambiental traz uma alteração conceitual da visão da humanidade em relação ao ambiente conforme procuramos demonstrar na tabela 2 apresentando a comparação entre os aspectos “visão dominante” e “visão da ecologia profunda”.

Tabela 2: A importância do pensamento ambiental

Visão Dominante Visão da Ecologia Profunda

Domínio sobre a natureza Harmonia com a natureza é essencial

Meio ambiente natural é visto, principalmente, como fonte de recursos para pessoas e indústrias

Toda natureza tem um valor intrínseco, não somente como “recursos”

Crescimento na produção industrial e no consumo de energia e recursos naturais para satisfazer o crescimento populacional

Todas as espécies foram criadas iguais

Tabela 2: A importância do pensamento ambiental

Crença de que os recursos são infinitos Os recursos da terra são limitados, impondo limites reais ao crescimento

Progresso tecnológico continuará a produzir soluções para todos os problemas

Tecnologia deve ser apropriada, tanto em termos humanos quanto ambientais. A ciência não tem todas as respostas

Consumismo: o consumidor é o rei Ao invés do consumismo, o objetivo deve ser simplificar nossas necessidades

Page 21: GESTÃO AMBIENTAL COMO PARTE DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO EMPRESARIAL

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Estruturas de poder centralizadorasEstruturas de poder deverão ser descentralizadas, baseadas em “biorregiões naturais” e afinadas com os direitos e requisitos das minorias.

Fonte: Maria Elisabeth Pereira Kraemer

O presente estudo vislumbra as empresas como sendo um dos

principais agentes de mudanças, capaz de reverter danos ambientais ou

mitigar impactos gerados por sua produção, com a otimização da extração de

matérias-primas, métodos de fabricação, embalagens, performance dos

produtos, dentre outros.

Procuramos demonstrar na figura 1 à evolução natural do pensamento

ambiental considerando vários aspectos ligados a produção

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Figura 1: Demonstrativo das mudanças ocasionadas em empresas com a conscientização ambiental

O crescimento da consciência ambiental não pode ser estudado

isoladamente, haja vista que vários fatores influenciam e sofrem influência

direta dos temas discutidos.

Não se pode deixar de lado o crescimento populacional mundial, que

impacta diretamente no meio ambiente, que sofrera com mais resíduos sendo

EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO

PRÁTICA

CONVENCIONAL

 A - Lucro a qualquer custo, sem preocupações com desperdícios e perdas.

 

B - Os resíduos são um problema para a empresa e devem ser descartados com mínimo custo.  C – Investimento em proteção ambiental desnecessário.

D – Ser reativo a leis e normas.

E – O trato das questões ambientais são problemas constantes.

PRÁTICA

CONSCIENTE

A - Obter lucro com a segurança de diminuir custos, resíduos e perdas. Controlar e mensurar.

B - Reduzir, reutilizar e por ultimo reciclar, em todas as etapas e destinar adequadamente os resíduos.

C - Investimento em qualidade, melhoria nos processos e meio ambiente.

D - Ser proativo em relação as Leis e normas, atuando além das exigências.

E – Utiliza a questão ambiental como uma oportunidade.

Page 22: GESTÃO AMBIENTAL COMO PARTE DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO EMPRESARIAL

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ofertados nem sempre de maneira adequada, com a degradação de rios e

córregos, com a devastação de superfícies, entre inúmeros fatores.

2.2 CRESCIMENTO NO CONSUMO ENERGETICO MUNDIAL

Outro fator de potencial degradação ao meio ambiente pode ser o

aumento no consumo de energia. A queima do carvão para a produção de

inúmeros produtos, a extração desenfreada de petróleo, o uso de energias

renováveis são alguns dos fatores que se mal utilizados podem degradar de

forma trágica o meio ambiente.

Para se mensurar o aumento no consumo energético traremos alguns

dados históricos.

Fica evidente que preservar não significa parar de produzir, mas sim

produzir de maneira sustentável, preservando a fonte, mantendo o equilíbrio

entre os interessados e a busca pela produção mais limpa.

Um dos grandes problemas para o meio ambiente é o crescimento no

consumo energético mundial. Do ano de 2000 até 2020 é previsto um aumento

de 57% no consumo de energia, quase 3% ao ano, segundo dados do

Ministério das Minas e Energia.

Um dos maiores crescimentos vem da Ásia, que cresce mais de 5% ao

ano, impactando de forma assustadora no consumo de energia, chegando a

previsões de crescimento na casa de 90% até 2020.

Outros grandes consumidores vêm da América Central e América do Sul

que juntos chegam a perspectivas no aumento do consumo de 78% até 2020.

A Figura 2 mostra o consumo mundial de energia desde a década de 70

até os dias atuais.

Page 23: GESTÃO AMBIENTAL COMO PARTE DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO EMPRESARIAL

33

Figura 2: Gráfico do consumo de energia mundialFonte: Ministério de Minas e Energia.

Um fator preocupante no consumo energético mostra que apenas 20%

da população no mundo consome 58% de toda energia gerada, enquanto 80%

recebe, ou pelo menos tem acesso, a 42%.

Mais de 1,9 bilhões de pessoas não tem acesso a energia, apenas no

Brasil esse numero chega a 20 milhões de pessoas, mais de 5 milhões de

residências sem energia elétrica, segundo dados do IBGE.

Apenas 7% da população dos países mais ricos consomem 34% de toda

energia que se produz no mundo.

No Brasil a demanda por energia terá um aumento ainda maior que a

média anual nas próximas décadas. A figura 3 mostra o comparativo entre a

demanda por energia e a taxa de crescimento econômico.

Page 24: GESTÃO AMBIENTAL COMO PARTE DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO EMPRESARIAL

Demanda de energia Taxa de crescimento na década (% ao ano)

% ao ano

34

Mtep: Tonelada equivalente de petróleo (em milhões)

Figura 3: Gráfico do crescimento na demanda por energia e no crescimento econômico do país

Fonte: Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (CEBRAP) 

O preço pago pelo brasileiro pela energia que chega a sua casa é 60%

mais caro do que em países como os Estados Unidos e Espanha, um dos

principais fatores para que isso ocorra é o grande desperdício de energia, 13%

de toda energia produzida é desperdiçada.

Para se ter uma idéia, o total de energia que é desperdiçado no Brasil

equivale ao consumo de 37% das residências do país, conforme dados do

MME.

2.2.1 FONTES ENERGÉTICAS

As principais fontes energéticas mundiais são:

Petróleo – como principal fonte;

Gás natural – podendo ser a fonte com maior crescimento;

Carvão – queda crescente do consumo;

Energia Nuclear – ainda é uma incerteza, seu crescimento depende de

muito investimento;

Energia Eólica – pouco utilizada, implantação custosa pelo retorno;

Mtep

Page 25: GESTÃO AMBIENTAL COMO PARTE DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO EMPRESARIAL

35

Energia Solar – ainda necessita de investimentos;

Energia Geométrica – pouco explorada

Biomassa – pode ser uma saída para a reutilização de resíduos.

O consumo de petróleo deverá continuar em crescimento. Países

Asiáticos, em especial a China, contribuem para que isso aconteça. Estima-se

que o crescimento passe dos 1,5% anuais das ultimas décadas para 2,5% nos

próximos anos.

Por sua vez o consumo de gás natural vem ganhando força, estatísticas

apontam um forte crescimento chegando a 2,4% anuais.

O carvão é um dos maiores problemas para o meio ambiente. Sua

utilização acarreta em inúmeros impactos ambientais, este é o principal

aspecto que faz essa fonte ser a mais combatida pelo mundo.

Mesmo com todos os problemas percebidos pela utilização do carvão,

alguns paises ainda o utilizam em larga escala, caso de China e Índia. Apenas

esses dois paises representam mais de 40% no consumo mundial de carvão.

A utilização da energia nuclear ainda depende de investimentos, não só

em instalações e novas tecnologias, mas em educação e conscientização da

população. Mesmo sendo uma importante fonte de energia ainda é vista com

preocupação, em função dos riscos associados a sua produção.

A energia eólica ainda carece de inovações tecnológicas. Suas

instalações dependem de muito investimento, frente ao retorno oferecido.

Mesmo com poucas inovações o consumo desse tipo de energia

cresceu 350% de 2000 até 2008. Em alguns paises a energia eólica já tem

considerável representatividade, como mostra a tabela 3;

Tabela 3 – Capacidade de produção com energia eólica em 2008

Pais Alemanha EUA Espanha Índia China Dinamarca FrançaResto do

mundo

Page 26: GESTÃO AMBIENTAL COMO PARTE DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO EMPRESARIAL

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MW 22.300 16.900 15.200 8.150 6.100 2.810 2.505 20.284

% 23,6 17,9 16,1 8,6 6,4 3,5 2,7 21,5

Fonte: Ministério de Minas e Energia.

No Brasil o crescimento no uso da energia eólica teve grande avanço

nos últimos dez anos. O país tem capacidade produtiva de 250 MW, desse

numero 208 MW foram instalados de 2006 até 2007.

Grande parte da energia eólica produzida no Brasil é utilizada na

irrigação e no bombeamento de água. O crescimento na produção se deve

muito ao programa PROINFA do Governo Federal, que possibilita a construção

de novas usinas em diversas regiões do Brasil.

2.3 O CRESCIMENTO POPULACIONAL NO MUNDO

O crescimento populacional também é um dos aspectos de grande

relevância para o meio ambiente. Segundo dados da ONU (Organização das

Nações Unidas), divulgado em 5 de Agosto de 2008, existem 6,7 bilhões de

pessoas habitando planeta.

Na tabela 4 são apresentados dados de crescimento populacional

mundial.

Tabela 4 – Crescimento populacional mundial.

Ano Quantidade de Habitantes

400 a.C 250 milhões

1850 1,2 bilhões

1900 1,6 bilhões

1950 2,4 bilhões

1970 3,6 bilhões

1980 4,5 bilhões

Tabela 4 – Crescimento populacional mundial.

2000 6 bilhões

2005 6,3 bilhões

Page 27: GESTÃO AMBIENTAL COMO PARTE DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO EMPRESARIAL

Quantidad

e de hab

itantes em

bilhões

2054

2028

2012

1999

1987

1975

1960

1930

18001

7

6

5

4

33

2

8

9

Ano de referência referênciancia

37

2008 6,7 bilhões

2020* 7,5 bilhões*

2050* 9,2 bilhões*

Fonte: ONU (Organização das Nações Unidas).

*estimativa de crescimento populacional.

Para que a população dobrasse de tamanho passaram-se mais de 1000

anos, porém a partir de 1900 o crescimento foi acelerado chegando aos 6,7

bilhões de habitantes. A figura 4 demonstra essa evolução.

Figura 4: Gráfico do Crescimento populacional em relação ao tempo. Fonte: ONU

O desenvolvimento tecnológico, o avanço da medicina, melhorias no

saneamento, desenvolvimento agrícola, aumento de informações, são alguns

dos aspectos que fizeram com que o aumento da população fosse possível.

No Brasil, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatísticas), a população em 2007 era de 184,5 milhões de habitantes. A

maior concentração de população é nas grandes capitais como mostra a tabela

5:

Page 28: GESTÃO AMBIENTAL COMO PARTE DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO EMPRESARIAL

38

Tabela 5 - Distribuição da população brasileira em 2008.

Estados População

São Paulo 10.886.518

Rio de Janeiro 6.093.472

Belo Horizonte 2.412.937

Manaus 1.612.475

Belém 1.408.487

Fortaleza 2.431.415

Salvador 2.892.625

Recife 1.533.580

Porto Alegre 1.420.467

Curitiba 1.797.408

Brasília 2.455.903

Fonte: IBGE (Instituto Brasileiro de geografia e Estatística).

Estudos apontam que no Brasil terá cerca de 259,8 milhões de

habitantes no ano de 2050, e teremos como expectativa de vida 81 anos,

expectativa essa que é igual a dos japoneses nos dias atuais.

Com o aumento da população mundial o meio ambiente deve sofrer

mais efeitos negativos, degradação de áreas rurais como conseqüência da

saturação de áreas urbanas, aumento de resíduos, maior consumo de produtos

que são retirados da natureza.

A figura 5 demonstra o crescimento de eventos ambientais em relação

ao consumo energético e populacional. Observa-se que o crescimento

energético não acompanha o aumento da demanda gerada pelo crescimento

populacional o que gera visíveis distorções representadas pelo aumento bem

mais acentuado dos eventos ambientais, em relação aos outros dois

indicadores. Dessa constatação advém a realidade matematicamente

demonstrada de que se ações concretas não forem empreendidas, o

esgotamento total de recursos do planeta, aumento de catástrofes ambientais,

sofrimento e degradação das sociedades humanas podem ser ameaças

eminentes.

A figura 5 apresentando em um só plano o crescimento populacional,

energético e eventos ambientais.

Page 29: GESTÃO AMBIENTAL COMO PARTE DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO EMPRESARIAL

39

1950 1960 1970 1980 1990 20000

2

4

6

8

10

0

4

8

12

16

20

Energia (Btep) População (Bilhões) Eventos (unidades)

Décadas

Un

idad

es d

e ev

ento

s

Bil

es

Figura 5: Gráfico comparativo entre crescimento energético, crescimento populacional e eventos ambientais.Fonte: Ministério de Minas e Energia

3 AGENTES DE MUDANÇAS

Considerando que as empresas e seus conglomerados são importantes

agentes de transformação do ambiente natural, passamos a avaliar diversos

mecanismos que podem se atraentes a adesão das organizações para uma

Page 30: GESTÃO AMBIENTAL COMO PARTE DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO EMPRESARIAL

40

maior consciência ambiental, assim como, apresentamos ferramentas que

podem facilitar a inclusão desta questão no planejamento estratégico das

corporações.

3.1 MARKETING AMBIENTAL

O Marketing Ambiental conhecido também como Marketing Verde,

Ecologicamente Correto ou Ecomarketing é visto por organizações como uma

ferramenta de estratégia. Para viabilizar este objetivo é necessário desenvolver

uma cultura de comunicação capaz de integrar conteúdos de vários

departamentos técnicos ligados ao meio ambiente e qualidade de vida. É

responsável em dar forma à política ambiental da empresa, auxiliando a

otimizar e a implementar seu aperfeiçoamento integrado a um Sistema de

Gestão Ambiental (SGA).

As organizações utilizam esse marketing a fim de se projetarem e

manterem uma imagem limpa perante seus stakeholders, planejando e

desenvolvendo um mercado e uma sociedade sustentável. Mas com isso surge

a dúvida se essa postura, oriunda de organizações realmente conta com uma

mudança de consciência ou uma oportunidade para se ganhar mercado? Seja

qual for o motivo, a verdade é que todos ganham: o consumidor, a organização

e principalmente o meio ambiente.

O Marketing Ambiental não se limita à promoção de produtos que

tenham alguns atributos verdes (tais como recicláveis e produtos que não

destruam a camada de ozônio). Isso porque, para posicionar-se como

ambientalmente responsável, a empresa deve, antes de qualquer coisa,

organizar-se para ser uma empresa ambientalmente responsável em todas as

suas atividades. Para isso, todos os funcionários devem estar conscientes de

que a empresa não pode ter nenhuma falha em seu comportamento ambiental,

pois é muito difícil e demorado o processo de reconstrução da imagem de uma

empresa previamente retratada na mídia como ambientalmente irresponsável.

As empresas também devem adotar um comportamento pró-ativo, ou

seja, devem estar sempre aperfeiçoando seu comportamento ambiental, pois

Page 31: GESTÃO AMBIENTAL COMO PARTE DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO EMPRESARIAL

41

as expectativas da população quanto ao verde está em constante mudança e

os objetivos que as empresas devem buscar atingir, em termos de emissões

atmosféricas, por exemplo, são ideais (emissão zero de partículas poluentes).

Por isso, para atingir tais objetivos, as empresas necessitam de metas cada

vez mais rígidas.

3.2 RAZÕES PARA QUE AS EMPRESA ADOTEM UM PROGRAMA DE MARKETING AMBIENTAL

1. Funcionários e Acionistas sentem-se melhor por estarem associados

a uma empresa ambientalmente responsável, e essa satisfação pode até

mesmo resultar em aumento de produtividade da empresa.

2. Redução de Custos - Ocorre na medida em que a poluição representa

materiais mal aproveitados devolvidos ao meio ambiente, ou seja, a maior parte

da poluição resulta de processos ineficientes, que não aproveita

completamente os materiais utilizados. Além disso, a simples auditoria

ambiental pode identificar custos desnecessários que a empresa pode eliminar,

compensando os investimentos necessários.

3. Facilidades na Obtenção de Recursos - Bancos e, principalmente,

organizações de desenvolvimento (como o BNDES e o BID) oferecem linhas de

crédito específicas para projetos ligados ao meio ambiente com melhores

condições, tais como maior prazo de carência e menores taxas de juros. Além

disso, a maior parte dos bancos analisa a desempenho ambiental das

empresas no momento de conceder financiamentos. Dessa forma, empresas

mais agressivas ao meio ambiente podem precisar pagar juros mais altos ou

até mesmo ver negado seu pedido de financiamento.

4. Pressão Governamental - Os diversos Governos no mundo, através

de legislação, vêm buscando corrigir através de multas e proibições, práticas

das empresas que geram impactos ambientais significativos.

5. Pressão das ONGs e sociedade em geral – Os diversos seguimentos

pressionam as empresas “incorretas” através de boicotes, campanhas

veiculadas na imprensa, lobby junto a legisladores, entre outros.

Page 32: GESTÃO AMBIENTAL COMO PARTE DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO EMPRESARIAL

42

4 GESTÃO AMBIENTAL EMPRESARIAL (BSC)

Umas das formas de garantir que a questão ambiental estará presente

no planejamento estratégico das empresas é a inclusão de indicadores na

ferramenta BSC ou Balanced Scorecard que significa Indicadores Balanceados

é uma das grandes ferramentas administrativas que tem surtido grandes

resultados consistentes e lucrativos para organizações de todo o mundo.

Desenvolvida pelos consultores Robert Kaplan e David Norton no início

dos anos 90. Surgiu como resultado de um estudo dirigido a várias

Page 33: GESTÃO AMBIENTAL COMO PARTE DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO EMPRESARIAL

43

organizações, a partir da necessidade das organizações terem maior controle

sobre suas expectativas.

Atualmente o BSC é um conceito consolidado e com muitas literaturas e

publicações sobre o assunto, muitas empresas privadas e públicas de

diferentes portes e segmentos tem o modelo em funcionamento, assim

podemos dizer que ele é um grande sucesso e realmente ajudam a melhorar a

gestão nas empresas.

O Balanced Scorecard é uma ferramenta de apoio organizacional, com a

finalidade de capacitar, acompanhar e monitorar as evoluções das decisões no

aspecto de visão e estratégia de uma organização, fazendo com que os

objetivos da organização sejam tangíveis e previsíveis. Além disso, o BSC

provê uma descrição clara sobre o que as empresas deveriam mensurar para

equilibrar a sua perspectiva financeira.

Os indicadores, objetivos, metas e iniciativas são respostas aos

diagnósticos e aos planos de ação implementados e convertidos em metas. As

peças fundamentais para o sucesso do BSC é comprometimento das pessoas

envolvidas, elas devem levar a organização ás perspectivas dos seus

proprietários e acionistas.

O BSC é um trabalho modelo desenvolvido sobre quatro perspectivas

interligadas entre si, como mostra a figura 6. Pretendendo-se assim ampliar a

visão do sistema de controles tradicionais, para além dos utilizados indicadores

financeiros.

Page 34: GESTÃO AMBIENTAL COMO PARTE DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO EMPRESARIAL

44

Figura 6: BSC no apoio a gestão.Fonte: Kaplan

“O BSC é uma construção interativa feita pelos gestores da própria organização orientados por consultores externos experientes. As diferentes perspectivas, ou blocos como se mostra na imagem, deste sistema têm responsáveis com nomes e suportam-se uns aos outros, a fraqueza de um dos blocos usados na construção pode condicionar negativamente a execução da estratégia global da empresa. Quem falha fica no centro das atenções e é chamado à responsabilidade. Neste sentido, é sempre indispensável ter o envolvimento e compromisso de todos os decisores”. (Dumont, 2006, p. 210)

4.1 PERSPECTIVAS DO BSC

Perspectivas financeiras

Representa a visão e as necessidades de satisfação dos acionistas, nem

um BSC fica completo sem uma perspectiva financeira, tanto do setor público

como privado.

Os indicadores financeiros que podem ser considerados no BSC

constam lucratividade, redução de custos, retorno sobre investimentos,

aumento de receitas e outros. Nessa perspectiva, as medidas financeiras

demonstram se a empresa esta obtendo sucesso com as estratégias definidas,

implementadas e executadas.

Page 35: GESTÃO AMBIENTAL COMO PARTE DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO EMPRESARIAL

45

Perspectivas do Cliente

O cliente é o referencial para qualquer empresa é a principal fonte de

receita para qualquer organização. O cliente busca da organização quatro

conceitos tempo, qualidade, desempenho e serviço. No BSC deve se buscar o

que o cliente valoriza, assim é importante a organização mensurar a satisfação

do cliente, sua participação no mercado, a retenção e a captação de clientes e

a lucratividade dos clientes. O foco seria “o que o cliente quer?” e procurar

atende-lo com maior lucratividade.

Perspectivas do processo interno

Essa perspectiva é elaborada após as perspectivas financeiras e de

cliente, pelo ponto de vista das pessoas que executam o trabalho. Assim

colaboradores identificam os processos internos mais críticos na organização

nos quais a excelência deve ser alcançada, seja para satisfazer as

necessidades de clientes e acionistas.

As principais mudanças operacionais são: qualidade, custo e tempo de

operação e resposta

Perspectivas de aprendizado e crescimento

As perspectivas de aprendizados e crescimento são a base para a

obtenção dos objetivos das outras perspectivas e provem de três fontes

principais, as pessoas, o sistema e os procedimentos adotados da

organização. Nessa perspectiva podemos mensurar o nível de satisfação de

funcionários em relação ao trabalho, lucratividade por funcionário, rotatividade

de funcionários.

Page 36: GESTÃO AMBIENTAL COMO PARTE DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO EMPRESARIAL

46

Os objetivos dessa metodologia vão muito além do que se pode extrair

de um simples conjunto de indicadores. Quando implantada adequadamente e

com comprometimento em organizações permite benefícios como:

- Permite desenvolver uma cultura de aprendizagem e melhoria continua

- Promove a sinergia organizacional;

- Influenciar e modificar comportamento de pessoas chaves na

organização;

-Facilita a comunicação dos objetivos estratégicos, focalizando os

colaboradores na sua consecução;

-Traduz a estratégia em objetivos e ações concretas;

- Suporta a atribuição de incentivos em função do desempenho

individual e da contribuição para os resultados Criar uma visão integral da

organização e sua situação atual;

Assim esse sistema de gestão ajuda a reduzir a quantidade de

informação utilizada a um conjunto mínimo de indicadores vitais e críticos para

a organização.

4.2 O MEIO AMBIENTE NO BSC

Em relação ao meio ambiente, as empresas devem conquistar continuamente seus espaços nas comunidades em que atuam. Para os autores, a incapacidade de atendimento às regulamentações ambientais e sociais de cada país onde a empresa atua, pode comprometer as operações, o crescimento e, por conseguinte a geração de valor futuro para os acionistas. Nessa mesma linha, REINHARDT (2000) identifica o gerenciamento do risco ambiental, como forma de gerar riqueza para os acionistas. Para o autor, acidentes ambientais podem resultar em altos custos, seja com despoluição, seja com processos judiciais, além de prejuízos para a reputação e imagem da empresa com possíveis boicotes dos clientes (KAPLAN e NORTON 2004).

Muitas empresas nacionais ou que aqui atuam, tais como Unibanco,

Siemens, Shell, Petrobras e Eletrosul estão buscando integrar diversos

medidores não financeiros em seus modelos de avaliação de desempenho. No

caso do Unibanco, este foi um dos bancos pioneiros na utilização do BSC no

Brasil.

Page 37: GESTÃO AMBIENTAL COMO PARTE DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO EMPRESARIAL

47

5 NORMA AMBIENTAL

A organização que demonstra preocupação quanto à qualidade de seus

produtos e como estes estão sendo produzido, revela que é uma organização

que zela pela imagem e visa lucros com permanência dos seus clientes.

Com o aumento da informação sobre a degradação do meio ambiente o

perfil do consumidor mais exigente e que possui um poder aquisitivo mais

elevado passou a ser tendencioso para a área de qualidade ambiental, ou seja,

consumir produtos que possuem um selo e ou certificação de qualidade

ambiental com a qual revela que a empresa possui critérios cujas

preocupações com a qualidade do produto está em todos os processos, desde

a escolha dos insumos, meios de produção, destinação de resíduos e o meio

ambiente sem prejuízos.

Em todo o levantamento realizado conforme anteriormente exposto, o

que percebemos é a ausência de uma metodologia e de uma linguagem

internacional comum, que possam demonstrar a evolução das atitudes voltadas

à preservação do meio ambiente no mundo, facilitar o intercâmbio de

informações e apontar de forma simples e acessível às partes interessadas, os

caminhos a serem seguidos e neste contexto, o mais próximo que chegamos

deste ideal, foi a estrutura constante da norma ISO 14000, mais

especificamente a NBR ISO 14001: 2004. Abaixo alguns detalhes sobre a ISO

14000.

5.1. HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DO ISO 14000

No início da década de 90, diversos países desenvolviam normas e

procedimentos no campo ambiental. O Reino Unido possuía a Norma BS-7750

(base para o posterior desenvolvimento da EMAS – Environmental

Management and Audit Scheme e da série ISO-14000); o Canadá, as

auditorias de gerenciamento ambiental, rótulos ecológicos e outras normas; a

União Européia possuía a EMAS, o Gerenciamento Ecológico e Regulamentos

para Auditorias. Muitos outros países, como EUA, Alemanha e Japão, tinham

Page 38: GESTÃO AMBIENTAL COMO PARTE DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO EMPRESARIAL

48

introduzido Programas de Rotulagens Ecológicas.

Esta profusão de normas ambientais – e uma certa pressão

internacional para que houvesse uma unificação – fez com que a ISO avaliasse

a necessidade de uma norma internacional para o Gerenciamento Ambiental.

Com a finalidade de: a) Promover um Sistema de Gestão Ambiental similar ao

Sistema de Qualidade; b) Enriquecer as habilidades das organizações em

atender e medir as melhorias do desempenho ambiental; e c) Facilitar as

habilidades das organizações em atender e medir as melhorias do

desempenho ambiental foi instituído o SAGE (Strategic Advisory Group on the

Environment), em 1991, para analisar onde tais padrões poderiam ter utilidade.

A Série ISO-14000 foi designada para cobrir os seguintes temas:

Sistema de Gerenciamento Ambiental; Auditoria Ambiental; Avaliação do

Desempenho Ambiental; Rotulagem Ambiental; Análise do Ciclo de Vida;

Aspectos Ambientais em Normas de Produtos.

5.2 UTILIDADE DAS NOVAS NORMAS - ISO 14000

O conjunto de Normas ISO-14000 fez com que o mundo focasse as

questões ambientais, encorajando a busca de um planeta mais limpo, seguro e

saudável para todos.

Não existe um limite para a aplicação de um sistema de gestão

ambiental e podem ser incluídos os produtos, serviços, atividades, operações,

plantas, transportes etc. No mínimo, conforme caracterizado no capítulo de

marketing ambiental acima, é um importante instrumento de aferição e

demonstração de resultados ambientais adequados.

5.3 CONCEITOS GERAIS - ISO 14.000

O Sistema de Gestão Ambiental descrito na ISO 14000 aplica-se a

aspectos ambientais de forma que a organização possa controlar e sobre os

quais espera-se que tenha influência, sendo que a norma em si não declara

critérios específicos de desempenho ambiental.

Page 39: GESTÃO AMBIENTAL COMO PARTE DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO EMPRESARIAL

49

Uma certificação ISO 14000 não garante que uma empresa em

particular, alcance o melhor desempenho ambiental possível. Ela somente

atesta que foram instalados os elementos básicos de um sistema de gestão

ambiental. As melhorias contínuas a que se faz referência na norma reportam-

se a melhorias continuas no sistema gerencial, e não no desempenho

ambiental diretamente.

A finalidade principal de um sistema de gestão ambiental é a de fornecer

a uma organização um processo estruturado e um contexto de trabalho com os

quais ela possa alcançar e controlar sistematicamente o nível de desempenho

ambiental que estabelecer para si. O nível real de desempenho, os sucessos e

o resultado em relação a todo o entorno, depende do contexto econômico, da

regulamentação e de outras circunstancias que impactam direta e

indiretamente o processo.

5.4 REQUISITOS DA ISO 14000

Deve haver a descrição dos requisitos e compromissos, sendo que nesta

fase, a organização define uma política ambiental e assegura seu

comprometimento com ela, seguindo=se o planejamento, onde esta mesma

organização formula um plano que satisfaça às políticas. Em um seguimento

lógico, adentramos a fase em que a organização implementa um plano em

ação, fornecendo os recursos e mecanismos de apoio.

A medição e avaliação dá-se no momento que é realizada a medição,

monitoramento e avaliação de seu desempenho ambiental.

A figura 7 mostra o esquema de funcionamento dos itens da NBR ISO

14000, compilado e formatado de acordo com a NBR

Page 40: GESTÃO AMBIENTAL COMO PARTE DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO EMPRESARIAL

50

Figura 7: Esquema de funcionamento dos itens da NBR ISO 14000Fonte:

5.5 UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA

Para reverter a dificuldade em padronizar o alcance de um impacto

ambiental, totalmente com base na norma ISO 14000, podemos utilizar uma

matriz com gradações conforme o exemplificado abaixo, que caracteriza-se

como uma ferramenta importante A utilização da Matriz de Classificação dos

Aspectos e Impactos Ambientais, pode abranger os seguintes critérios para

pontuação:

1. Atividade2. Aspectos3. Impactos4. Situação da operação5. Gravidade/intensidade6. Freqüência ou probabilidade de ocorrência7. Extensão8. Exigência legal

A tabela 6 apresenta os critérios para definição dos impactos ambientais

Tabela 6 - Critérios para definição dos impactos ambientais

4.6 ANÁLISE DA DIREÇÃO

4.1 REQUISITOS LEGAIS

4. SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL

IMP

AC

TO

AM

BIE

NT

AL

IDE

NT

IFIC

ÃO

IMP

AC

TO

AM

BIE

NT

AL

CO

NT

RO

LE

Fluxo Informações

I SO 14001:2000

4.2 POLÍTICA AMBIENTAL

4.3PLANEJAMENTO

4.4 IMPLEMENT. E OPERAÇÃO

4.5 VERIFICAÇÃO

MELHORIA CONTÍNUA

entra

da

saíd

a

Atividades que adicionam valor

Page 41: GESTÃO AMBIENTAL COMO PARTE DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO EMPRESARIAL

51

1- Atividade local verificado2- Aspecto tipo do impacto gerado3- Impacto descrição do impacto gerado

4- Situação da Operação

A = Anormal N = NormalE =

Emergencial

5- Gravidade

Catastróficaimplica em morte, perda do sistema ou

danos ambientais severos4 pontos

Crítica

consumo significativo de recursos naturais; geração elevada de poluição, danos

grandes no sistema ou no meio ambiente; ferimentos ou doenças graves

3 pontos

Marginal

Consumo moderado de recursos naturais; geração moderada de poluição e rejeitos; danos pequenos no sistema ou no meio

ambiente; ferimentos leves ou doenças não importantes.

2 pontos

Desprezível

Consumo desprezível de recursos naturais; não causa poluição significativa, não causa danos ao sistema e ao meio ambiente; não

causa doenças ou ferimentos.

1 ponto

6- Freqüência ou probabilidade

da ocorrência

FreqüenteOcorre freqüentemente (ou alta

probabilidade), ou ocorre permanentemente quando iniciada a atividade.

5 pontos

ProvávelIrá ocorrer várias vezes na vida do sistema

ou do processo.4 pontos

OcasionalIrá ocorrer algumas vezes ao longo da vida

do sistema ou do processo.3 pontos

RemotaNão se espera que ocorra (embora haja alguma expectativa) ao longo da vida do

sistema.2 pontos

ImprovávelPode-se assumir que não irá ocorrer ao longo da vida do sistema ou processo.

1 ponto

7- Extensão

Os impactos se restringem somente ao local da ocorrência 1 ponto

Os impactos se restringem aos limites físicos da empresa 2 pontos

Os impactos atingem a região adjacente à empresa 3 pontosOs impactos atingem amplas áreas externas à empresa 4 pontos

8- Exigência Legal

Há exigência legal SNão há exigência legal N

9- Tipo de Impacto

Causa benefícios ao meio ambiente +Causa danos ao meio ambiente -

10- Requisito Legal

Legislação vinculada constante para consulta no endereço: \\Ssp0008\AREQ\GESTÃO AMBIENTAL

Fonte: Curso de Pós Graduação em Gestão Ambiental da UMC.A pontuação final para priorização das ações será o resultado da

multiplicação dos pontos atribuídos à gravidade, freqüência e extensão de cada

impacto, que gerará sua classificação para priorização do tratamento. No caso

em questão, utilizando-se impactos aferidos conforme anexo B, foram

Page 42: GESTÃO AMBIENTAL COMO PARTE DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO EMPRESARIAL

52

considerados significativos os impactos com pontuação maior ou igual a 18,

para fins deste sistema proposto.

Outros aspectos exigidos pela NBR são que as empresas que buscam a

certificação ou simplesmente adotá-la como um modelo de gestão, é que:

elaborem um programa ambiental, que determine estratégias, linhas de

atuação e a descrição de responsabilidades que permitam à empresa alcançar

os objetivos e metas ambientais definidos; implementem um SGA, ou seja, o

estabelecimento de um sistema de procedimentos operacional e de controle

que assegurem a implantação com êxito, da política e do programa ambiental;

realizem auditorias ambientais; estabeleçam um sistema de comunicação e

uma política ambiental.

Além do acima ainda há a necessidade de que a organização possua

procedimentos que permitam identificar, conhecer, administrar e controlar os

resíduos que ela gera durante o processamento e uso do produto, tais como:

emissões atmosféricas, efluentes líquidos e resíduos sólidos, As exigências

legais devem ser rigorosamente cumpridas e ficar claras à direção da empresa.

Os funcionários devem conhecer quais são essas exigências e quais as

documentações necessárias para seu cumprimento.

5.6 BENEFÍCIOS E RESULTADOS DA ISO 14000

Os certificados de gestão ambiental da série ISO 14000 atestam a

responsabilidade ambiental no desenvolvimento das atividades de uma

Page 43: GESTÃO AMBIENTAL COMO PARTE DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO EMPRESARIAL

53

organização.

Para a obtenção e manutenção do certificado ISO 14000, a organização

tem que se submeter a auditorias periódicas, realizadas por uma empresa

certificadora, credenciada e reconhecida pelos organismos nacionais e

internacionais.

Nas auditorias são verificados o cumprimento de requisitos como:

Cumprimento da legislação ambiental;

Diagnóstico atualizado dos aspectos e impactos ambientais de cada

atividade;

Procedimentos padrões e planos de ação para eliminar ou diminuir os

impactos ambientais sobre os aspectos ambientais;

Pessoal devidamente treinado e qualificado.

6 INDICADORES DE MEDIÇÃO DE DESEMPENHO

AMBIENTAL

Page 44: GESTÃO AMBIENTAL COMO PARTE DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO EMPRESARIAL

54

Todas as empresas buscam atingir objetivos e metas para atingir o

sucesso.

Para o alcance de objetivos, há necessidade da utilização de

ferramentas que possam mensurar o que se pretende aferir. Uma das

ferramentas é a utilização de um ”indicador”.

O principal objetivo dos indicadores é o de quantificar e agregar

informações de maneira que seu entendimento fique mais aparente. Eles ainda

simplificam as informações, melhorando o processo de comunicação.

São consideradas ainda ferramentas que podem ser utilizadas para a

organização monitorar determinados processos, aplicáveis inclusive aos

considerados críticos quanto ao alcance ou não de uma meta ou padrão

mínimo de desempenho estabelecido. Possibilitam ainda, correções de

possíveis desvios identificados a partir do acompanhamento de dados,

buscando-se a identificação das causas prováveis, e também do não

cumprimento de determinada meta. Dessa forma, contribui para a elaboração

de propostas de ação para melhoria do processo.

O indicador ainda tem outro papel relevante, pois servem também

para medir o grau de sucesso da implantação de uma estratégia em relação ao

alcance do objetivo estabelecido por uma organização. Entretanto, é

fundamental que seja observado o fato de que um indicador não pode

apresentar complexidade ou ser de difícil entendimento. São classificadas

ainda, cinco benefícios das medidas decorrentes da utilização de indicadores

de desempenho:

- primeiro: satisfação dos clientes;

- segundo: monitoramento do processo;

- terceiro: benchmarking de processos;

- quarto: benchmarking de atividades; e,

- quinto: a geração de mudanças.

Para todos os casos, é necessário que as medidas registradas de

desempenho estejam corretas para possam ser devidamente aproveitadas e

proporcionar mudança com sucesso.

Na construção de indicadores, devem ser ressaltados os seguintes

atributos:

Base científica

Page 45: GESTÃO AMBIENTAL COMO PARTE DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO EMPRESARIAL

55

Periodicidade adequada

Valores padrões

Fontes de informação

Facilidade de monitoramento

Sensibilidade adequada

Modelo adequado

Conforme informações obtidas no caderno de Excelência da FNQ – Prêmio Nacional da Qualidade, com livre interpretação a seguir, o sistema de medição de desempenho deve ser definido a partir da missão da organização e das estratégias relacionadas com essa missão, por meio da identificação dos fatores críticos de sucesso do seu negócio. Os fatores críticos de sucesso são determinados a partir da missão e da estratégia empresarial; um fator crítico de sucesso é o processo crítico que pode ser alvo de melhorias. Quanto ao tipo de indicadores de acordo, ocorre uma confusão conceitual a respeito da distinção entre Indicadores Ambientais, Indicadores de Desenvolvimento Sustentável e Indicadores de Desempenho Ambiental. Os indicadores ambientais traduzem dados relativos a determinado componente ou conjunto de componentes de um ou vários ecossistemas; já os indicadores de desenvolvimento sustentável compreendem informações relativas às várias dimensões do desenvolvimento sustentável: econômicas, sociais, ambientais e institucionais e, por último, os indicadores de desempenho ambiental preocupam-se em refletir os efeitos sobre o meio ambiente dos processos e técnicas adotados para realizar as atividades de uma organização. (CAMPOS, 2003).

6.1 INDICADORES DE DESEMPENHO AMBIENTAL

Como referência conceitual à seleção de indicadores de desempenho

ambiental emerge a norma ISO 14031 – “Gestão Ambiental – avaliação do

desempenho ambiental – diretrizes” que trata especificamente das diretrizes

para a avaliação de desempenho ambiental e a adoção de indicadores de

desempenho ambiental, a qual lista mais de 100 indicadores ilustrativos. A

NBR ISO 14031 descreve duas categorias gerais de indicadores a serem

considerados na condução da Avaliação de Desempenho Ambiental:

Indicador de Condição Ambiental (ICA): fornece informações sobre a

qualidade do meio ambiente onde se localiza a empresa por meio da

comparação com os padrões e regras ambientais estabelecidos pelas

normas e dispositivos legais. (Ex: qualidade do ar, da água).

Page 46: GESTÃO AMBIENTAL COMO PARTE DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO EMPRESARIAL

56

Indicador de Desempenho Ambiental (IDA), analisa a eficiência da

empresa em relação a seus principais aspectos ambientais (consumo de

energia, matéria prima, de materiais e a geração de resíduos).

Já Ferreira (2000, p. 89), afirma que um sistema de informações

gerenciais com base na evolução dos indicadores deve atender às

necessidades da gestão com os seguintes requisitos:

1. estar integrado ao sistema formal de informação da empresa;

2. identificar as ocorrências relativas ao meio ambiente que afetam o

resultado da empresa;

3. identificar alternativas que possam melhorar o resultado da empresa;

4. permitir a avaliação econômica da gestão ambiental.

6.2 INDICADORES AMBIENTAIS PRATICADOS ALGUMAS

EMPRESAS

A partir de artigos publicados na Revista Banas Qualidade, compilados

de forma a compor um conjunto único de indicadores, anteriormente dispersos

em vários números da revista, apresentamos na tabela 7, os principais

indicadores praticados por empresas reconhecidas no mercado:

Tabela 7 – Indicadores Ambientais praticados por empresas

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57

Fonte:Revista Banas Qualidade

A análise dos resultados que podem ser observados acima, nos levou às

seguintes reflexões:

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58

Os indicadores estão diretamente relacionados aos serviços prestados

pelas empresas. Não sendo desejável inventar indicadores;

Os indicadores de consumo de energia, água, coleta seletiva e

tratamento de efluentes são os mais comuns entre as empresas

consideradas: há indicador que é fundamental;

Existem indicadores que não precisam de estrutura mais complexa para

sua composição e acompanhamento, onde uma planilha de excel é

suficiente para acompanhamento: exemplos: consumo de água, energia,

gás;

Não se pode avaliar o que não pode ser mensurado;

Alguns indicadores como consumo de água, energia, combustível são

normalmente praticados por empresas do mais diferentes setores no

mercado;

Existe uma preocupação com o entorno das instalações das empresas,

quando se propõe a acompanhar o desempenho de impactos ao meio

ambiente, ou seja, a abrangência é restrita.

7 METODOLOGIA

Page 49: GESTÃO AMBIENTAL COMO PARTE DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO EMPRESARIAL

59

Segundo Cervo & Bervian (1983, p.23 apud ANDRADE, 2001, p. 131). Em seu sentido mais geral, o método é a ordem que se deve impor aos diferentes processos necessários para atingir um fim dado ou um resultado desejado. Nas ciências, entende-se por método o conjunto de processos que o espírito humano deve empregar na investigação e demonstração da verdade.

Metodologia pode ser a maneira na qual foi baseado a pesquisa de um

trabalho.

Os métodos de abordagem e de procedimentos podem ser considerados

como gerais, seguindo fundamentos lógicos e essencialmente racionais. A

principal característica do método de abordagem pode ser o fato estar baseado

em princípios lógicos, permitindo sua utilização em varias ciências.

Segundo Lakatos (1981, p. 32 apud ANDRADE, 2001, p. 133) “os

principais métodos de procedimentos, na área das ciências sociais são:

histórico, comparativo, estatístico, funcionalista, estruturalista, monográfico

etc”.

O método histórico busca no passado informações e estudos que podem

influenciar no mundo de hoje. Pesquisa nas raízes antepassadas resposta a

perguntas atuais.

O método comparativo examina comparações em busca de respostas e

possíveis diferenças que expliquem fenômenos ou atitudes.

O método estatístico se fundamenta em probabilidades, com grande

precisão, mesmo admitindo pequena margem de erro.

O método estruturalista segundo Gil (1988, p. 38 apud ANDRADE 2001,

p. 134) “o termo estruturalismo é utilizado para designar as correntes de

pensamento que recorrem à noção de estrutura para explicar a realidade em

todos os níveis”.

O método monográfico, o qual foi utilizado para execução de todo esse

trabalho, baseia-se no estudo de determinado tema, procurando obter-se varias

idéias de um mesmo assunto. A pesquisa utilizada na elaboração desta analise

baseou-se em referências teóricas, entrevistas, observações de campo sobre o

tema e fundamentalmente na experiência profissional dos autores.

CONCLUSÃO

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60

Constatamos vários desarranjos técnicos, tanto no planejamento, como

na tomada de decisões. Há necessidade de mudar, esta foi nossa principal

conclusão e com esta constatação, a dificuldade de estabelecer o COMO

mudar o rumo da situação. De forma bastante simples e singela, consideramos

que precisamos melhorar a conscientização das organizações e pessoas, pois

o meio ambiente é onde você está e não somente pássaros e florestas, verde e

céu azul, como equivocadamente difundido até em campanhas comerciais do

governo.

Embora as empresas fossem no decorrer deste trabalho identificadas

como os principais agentes de transformação, e, portanto, o foco das

pesquisas, entendemos que deve haver também parcela considerável de

contribuição das pessoas, pois inegavelmente, a sociedade tem poder de

mobilização e de sua melhoria. Grandes transformações podem ocorrer, ou

seja, a vontade do povo é forte e benéfica se corretamente orientada. Da

mesma forma, se incentivada ao consumo desenfreado, desperdícios, cultura

do descartável, etc., pode tornar-se força destrutiva.

Nesta jornada, nos deparamos ainda com eventos ambientais antes

tidos como isolados, mas que quando colocados em uma mesma linha do

tempo, traz um refinamento do pensamento, não deixando recair somente

sobre o aspecto econômico a determinação de ações. Ressaltamos que para

assegurar a qualidade das informações aqui contidas, os dados utilizados

foram baseados em informações do IBGE, Fundação Nacional da Qualidade –

FNQ, Ministérios das Minas e Energia, ONU e ABNT, dentre outros,

organizações de notória credibilidade no cenário nacional e internacional. As

informações aqui contidas são passíveis de outras interpretações, visto que na

maior parte das deduções foi utilizado o conhecimento obtido até o momento e

na ausência de trabalhos similares, não há referencial comparativo adequado

para utilizar como parâmetro. A intenção deste ensaio é aguçar o espírito de

gestores e formadores de opinião, oferecendo nova perspectiva de análise de

uma questão fundamental para a sobrevivência da espécie.

REFERÊNCIAS

Page 51: GESTÃO AMBIENTAL COMO PARTE DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO EMPRESARIAL

61

Livros:

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ARACELI, Cristina de Souza Ferreira. Agregando valor para a empresa – Contabilidade Ambiental. São Paulo: Ed. Bookmann, 2002.

ASHLEY, Patrícia . Ética e responsabilidade social nos negócios. São Paulo: São Paulo: Saraiva, 2004.

BARBIERI, José Carlos. Gestão Ambiental Empresarial: conceitos, modelos e instrumentos. São Paulo: Saraiva, 2004.

CALDEIRON, Sueli Sirena. Recursos naturais e meio ambiente. Uma visão do Brasil. Rio de Janeiro: IBGE, 1999

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DRUCKER, Peter. Fundamentos da administração. O auto controle por meio da medição. São Paulo: Nobel, 2006.

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Artigos

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CAMPOS, L. M. de S. Sistema de Gestão e Avaliação de Desempenho Ambiental: A Avaliação de um Modelo de SGA que utiliza o Balanced Scorecard (BSC). Arquivos de Gestão Ambiental, vol. 18, n.3, set/dec. 2008. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-65132008000300010&script=sci_arttext. Acesso em:17 out. 2009.

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Doria, Maria Alice. Direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado. Revista Banas. São Paulo, vol 195, ago. 2008.

FATÁ, R. M. Consciência e meio ambiente. Câmara de Cultura. São Paulo. 2003

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REIS, Luciano Gomes dos. Sistemas de gestão de qualidade: Custos inerentes e o problema da descontinuidade. IX Congresso Internacional de Custos. 2006.

Reis, V. R. Agenda 21 Local: Uma Abordagem Crítica. São Paulo. Universidade Presbiteriana Mackenzie, 1999.

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Revistas

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LIMA, Flávia, GUIMARÃES, Joice. Primeiro contrato de venda de crédito carbono pós Kyoto é assinado no Brasil. Arquivos de Meio Ambiente, ago. 2007. Disponível em: http://www.revistameioambiente.com.br/2007/08/30/primeiro-contrato-de-venda-de-credito-carbono-pos-kyoto-e-assinado-no-brasil/. Acesso em: 28 out. 2009.

REVISTA BANAS DE QUALIDADE. São Paulo: Editora de Produtos e Serviços Ltda, n. 189, fev. 2008.

REVISTA BANAS DE QUALIDADE. São Paulo: Editora de Produtos e Serviços Ltda, n. 195, ago. 2008.

REVISTA BANAS DE QUALIDADE. São Paulo: Editora de Produtos e Serviços Ltda, n. 199, dez. 2008.

REVISTA BANAS DE QUALIDADE. São Paulo: Editora de Produtos e Serviços Ltda, n. 2004, mai. 2009.

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66

ANEXOS

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ANEXO A – EVENTOS AMBIENTAIS

DATA ACONTECIMENTOS

1808 Criação do Jardim Botânico do Rio de Janeiro

1854 O chefe indígena Seatle remete correspondência para o Governo Norte Americano.

1864 Lançamento do Livro: "O Homem e a Natureza" ou "Geografia Física Modificada pela Ação do Homem" do Norte-Americano: Georges Perkins Marsh.

1869Ernst Haeckel propõe o termo “Ecologia” para o estudo das relações entre as espécies e seu ambiente.

1872 Criação do primeiro Parque Nacional: Yellowstone, nos Estados Unidos da América.

1826 Foi criado o primeiro Parque Estadual em São Paulo, denominado de Parque da Cidade.

1930 I Conferência Brasileira de Proteção à Natureza – Museu Nacional.

1937 Criação do Parque Nacional de Itatiaia.

1939 Criação do Parque Nacional do Iguaçu.

1948 Conferência Internacional em Fontainbleau - França - Apoio da UNESCO.

1948 Da Conferência de Fontainbleau surgiu a: União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) [Em 1972 se transformou no PNUMA].

1951 A UICN publicou: "Estudo da Proteção da Natureza no Mundo".

1952 Conhecido também como Big Smoke, foi um período de severa poluição atmosférica.

1953Lançamento do livro: "Fundamentos da Ecologia" de Engene

1961O Governo declara o Pau Brasil como árvore símbolo e o Ipê como a flor símbolo do Brasil.

1962 Lançamento do livro: "Primavera Silenciosa" de Rachel Carlson.

1965 Lançamento do livro: "Antes Que a Natureza Morra" de Jean Dorst.

ANEXO A – EVENTOS AMBIENTAIS

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68

1965Conferência de Educação da Universidade de Keele – Grã-Bretanha (Uso da Expressão E. A., definida como conservação).

1966 Pacto Internacional sobre os Direitos Humanos. Assembléia Geral da ONU.

1968Constituiu-se o Clube de Roma, composto por cientistas, industriais e políticos, que tinha como objetivo discutir e analisar os limites do crescimento econômico levando em conta o uso crescente dos recursos naturais.

1968 Revolução Estudantil de Maio (França) e a Primavera de Praga (Tchecoslováquia).

1968 Criação do Clube de Roma (30 pessoas de 10 países).

1971Cria-se no Rio Grande do Sul da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural – AGAPAN

1972Lançamento do Relatório: “Os Limites do Crescimento” idealizado pelo Clube de Roma.

1972

• Conferência das Nações Unidas sobre: “O Meio Ambiente Humano”.• Chamada de Conferência de Estocolmo – Suécia (113 países).• Realizado em 5 de junho – tornou-se o Dia Mundial do Meio Ambiente.• Discussão do Desenvolvimento e Ambiente, Conceito de Ecodesenvolvimento.• Três resultados: Criação do PNUMA (1972), Declaração da ONU sobre o Ambiente Humano (1972) e Criação do PIEA (1975).

1972Criação em Nairobi – Quênia - do Programa das NaçõesUnidas para o Meio Ambiente (PNUMA).(Transformação da UICN que surgiu em 1948).

1972 Declaração da ONU sobre o Ambiente Humano.

1972A Universidade Federal de Pernambuco inicia campanha de reintrodução do Pau Brasil, que era considerado extinto em 1920.

1973 Registro Mundial de Programas em E. A. – USA.

1973Conferência de Washington – Acordo de Cities (Sobre o comércio de plantas e animais ameaçados).

1973Criação da Secretaria Especial de Meio Ambiente – SEMA, no âmbito do Ministério do Interior.(Início da Educação Ambiental).

1974Seminário de E. A. em Jammi, Finlândia.Reconhece a E. A. como Educação Integral e Permanente.

ANEXO A – EVENTOS AMBIENTAIS

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69

1975Criação do Programa Internacional de Educação Ambiental (PIEA), na Conferência de Belgrado. (Ex: Iugoslávia, atual Sérvia) – representantes de 65 países.

Entre 1975 e 1977

Reuniões regionais para a preparação da Conferência de Tbilisi na Geórgia (ex-URSS).Estados Unidos – Europa – África – América Latina.

1976Reunião subregional de E. A. para o ensino secundário. Chosica – Peru.(Questões ambientais na América Latina estão ligadas às necessidades de sobrevivência e aos Direitos Humanos).

1976 Conferência de Bogotá – Colômbia.

1976I Conferência das Nações Unidas Sobre Assentamentos Humanos – Habitat I – Vancouver – Canadá.

1976A SEMA, a Fundação Educacional do Distrito Federal e a Universidade de Brasília realizam o primeiro curso de extensão para professores do 1º grau, em Ecologia.

1976Congresso de E. A. Brasarville – África.Reconhece que a pobreza é o maior problema ambiental.

1977Seminários, Encontros e Debates preparatórios para a Conferência de Tbilisi. Realização da FEEMA – RJ.

1977O Conselho Federal de Educação (C. F. E.) tornou obrigatória a disciplina Ciências Ambientais em cursos Universitários de Engenharia.

1977Conferência Intergovernamental de E. A. de Tbilisi – Geórgia (Ex. União Soviética) – UNESCO e PNUMA (O Brasil não participou).(Princípios e Estratégias para a E. A., com 41 recomendações).

1978 1º Simpósio Nacional de Ecologia – Curitiba.

1978Nos cursos de Engenharia Sanitária são inseridas as disciplinas: Saneamento Básico e Saneamento Ambiental.

1979 Lançamento do livro: “Ecologia – 1º e 2º graus” – D.E.M – MEC/CETESB – SP.

1979Seminário de E. A. para a América Latina – São José da Costa Rica – PNUMA e UNESCO.

ANEXO A – EVENTOS AMBIENTAIS

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70

1980Seminário Regional Europeu sobre E. A., para Europa e América do Norte.(Assinala a importância do intercâmbio de informações e experiências).

1980Seminário Regional sobre E. A. nos Estados Árabes: Manama, Bahrein. UNESCO/PNUMA.

1980 Primeira Conferência Asiática sobre E. A. – Nova Dheli, Índia.

1981 Lei Federal de 6.902 Menciona a E. A.

1981Lei Federal de 6.938Lei da Política Nacional do Meio Ambiente.

1985A Secretaria Especial do Meio Ambiente (SEMA) produziu um documento que avaliava o desenvolvimento da E. A. no país.

1985

Parecer nº 819/85 – MEC.(A Ecologia será tratada não como matéria ou disciplina específica, mas sim como unidades de estudos constantes das disciplinas que integram o núcleo comum, especialmente as de Ciências Físicas e Estudos Sociais no 1º e 2º graus)

1986A SEMA e a Universidade Nacional de Brasília, organizam a primeiro curso de especialização em E. A (1986 a 1988).

1986A Secretaria Especial do Meio Ambiente (SEMA) organizou em Brasília :I Seminário: “Universidade e Meio Ambiente”.(Repetiram-se em 1987, 1988, 1990 e 1992).

1986 Conferência da ONU em Harare (Zimbábue): Meio Ambiente e Desenvolvimento.

1987Congresso Internacional Sobre Educação e Formação Relativas ao Meio Ambiente – Moscou/Rússia – UNESCO/PNUMA (94 países).(Estratégia Internacional para o Decênio de 90).

1987Parecer nº 226/87 – C.F.E / MEC(Documento de grande valor na História da E.AInclusão de E. A nos currículos escolares de 1º e 2º graus).

1987Lançamento do livro: “Nosso Futuro Comum”, que recebeu a denominação de relatório da Comissão Brundtland, pela F. G. V.

1987 II Seminário: Universidade e Meio Ambiente. Belém – Pará.

1987 Protocolo de Montreal/Canadá sobre a Camada de Ozônio (24 países).

1988Seminário Latino-Americano de E. A. em Buenos Aires/Argentina – PNUMA e UNESCO.

ANEXO A – EVENTOS AMBIENTAIS

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71

1988Declaração de Caracas/Venezuela. ORPAL/PNUMAGestão Ambiental na América Latina.(Necessidade de mudar o modelo de desenvolvimento).

1988 1º Congresso Brasileiro de E. A – Ibirubá – RS.

1988Publicação da Edição Piloto do Livro: Educação Ambiental – Guia para Professores de 1º e 2º graus. Pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente de SP e a CETESB.

1988Nova Constituição da República Federativa do Brasil.(Tem um capítulo sobre o Meio Ambiente).

1988 Governo brasileiro lança o Programa “Nossa Natureza”.

1988 III Seminário: Universidade e Meio Ambiente–Cuiabá- Mato Grosso

1989Governo Federal cria o IBAMA, pela fusão da SEMA, SUDEPE, SUDEHVEA E IBDF.(Nele funciona a divisão de E. A.)

1989Primeiro Seminário sobre materiais para E. A.Santiago / Chile. ORLEAC – UNESCO – PIEA.

1989Convenção Internacional de Basiléia..(Proibição de comércio internacional de substâncias tóxicas).

19891989 1º Fórum de E. A – São Paulo. CECAE/USP.

1989Sociedade Brasileira de Zoologia relacionou 250 espécies de animais em extinção no Brasil.

1989Declaração de Haia, preparatório da Rio-92.(Aponta a importância da cooperação internacional nas questões ambientais).

19891º Encontro Nacional Sobre E. A. no Ensino Formal - Recife - Pernambuco. Promoção do IBAMA/Universidade Federal de Pernambuco.

1989Criação do Fundo Nacional de meio Ambiente – FNMA – no Ministério do Meio Ambiente – MMA.

1990 A ONU declara 1990 o Ano Internacional do Meio Ambiente.

1990Declaração Mundial Sobre Educação para Todos – Jomtien/Tailândia.(Destaca o conceito de Analfabetismo Ambiental).

1990I Curso Latino – Americano de especialização em E. A. - Cuiabá – MT.PNUMA – IBAMA – CNPq – CAPES – UFMT (1990 a 1994).

ANEXO A – EVENTOS AMBIENTAIS1990 IV Seminário: Universidade e Meio Ambiente – Florianópolis – Santa Catarina.

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72

1990Convenção Internacional Sobre Preparo, Resposta e Cooperação em Caso de Poluição por Óleo. Londres/Grã Bretanha (71 países)

1991 Reuniões preparatórias da Rio-92.

1991Encontro Nacional de Políticas e Metodologias para a E. A.MEC/SEMA/UNESCO e Embaixada do Canadá.

1991Reunião da Coordenação dos Amigos da Terra da América Latina e do Caribe – Cuenca – Equador.(Documento: Carta de Cuenca).

1991Portaria nº 678/91 – MEC(Determinou que a Educação Escolar deveria contemplar a Educação A., permeando todo o currículo dos diferentes níveis e modalidades de ensino).

1991 Criação de Universidade Livre do Meio Ambiente – Curitiba/Paraná.

1991Lançamento do “Projeto de Informação entre IBAMA e MEC”.(Encarte da Revista Nova Escola).

1991Portaria nº 2421/91 – MEC(Institui o grupo de trabalho para E.A. Preparatório para a Rio – 92).

1992 V Seminário: Universidade e Meio Ambiente – Brasília – Distrito Federal

1992

Conferência das Nações Unidas Sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento – Rio de Janeiro – Brasil (chamada de Rio 92, Eco-92 ou UNCED.Ocorreu após:

20 anos de Estocolmo15 anos de Tbilisi5 anos de Moscou

• Ocorreram:

- Debates oficiais,- 1ª jornada Internacional de E. A,

- Fórum Global e,- Workshop sobre E. A.

• Documentos produzidos:- Agenda 21 – Subscrita por 170 países (resultante dos debates oficiais).

- A Carta Brasileira Para a Educação Ambiental (produzida no workshop. Promovido no CIAC do Rio das Pedras, em Jacarepaguá).

- O Tratado de E. A. Para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global (resultado da 1ª Jornada Internacional de Educação Ambiental).

• Compromissos da Rio 92- Carta do Rio Sobre Desenvolvimento

e Meio Ambiente,- Convenção das Mudanças Climáticas,- Convenção da Biodiversidade e,

- Declaração das Florestas.

ANEXO A – EVENTOS AMBIENTAIS1992 2º Fórum de Educação Ambiental – São Paulo

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1992 Criação dos Núcleos Estaduais de E. A. do IBAMA – NEA’s.

1992 1º Encontro Nacional dos Centros de E. A. – MEC/Foz do Iguaçu.

1993Portaria nº 773/93 – MEC.(Cria Grupo de Trabalho de E. A. / Futura Coordenação de Educação Ambiental).

1993Congresso Sul-Americano – Argentina.(Continuidade da Eco-92).

1993 Plano Decenal de Educação Para Todos – Jomtien – Tailândia.

1993Plano Decenal de Educação para Todos – MEC(Período de 1993 a 2003).

1993 Conferência Mundial dos Direitos Humanos – Viena/ONU.

1993Proposta Interdisciplinar de E. A. para Amazônia. Realizado pelo IBAMA, Universidades e SEDUC’s da região.[Publicação de um documento metodológico e um de caráter temático (1992 a 1994).]

1993Criação dos Centros de E. A. do MEC.(Finalidade de criar e difundir metodologias em E. A.)

1993Reingresso na Câmara dos Deputados, projeto de lei para criar a Política Nacional de E. A.

1993 Declaração de Nova Dheli – Índia ( Sobre Educação)

1994 Conferência Internacional Sobre População e Desenvolvimento – Cairo – Egito – ONU.

1994 I Congresso Ibero-Americano de E. A. – Guadalajara – México.

1994Lançamento do Programa Nacional de E. A. (PRONEA).MMA / IBAMA / MEC / MCT / MINC

1994 Publicação da Agenda 21 feita por crianças e jovens. (Em Português) – UNICEF.

1994 3º Fórum de Educação Ambiental - São Paulo

1995Portaria nº 482 – MEC.(Criou o curso de Auxiliar Técnico em Meio Ambiente como habilitação em nível de 2º grau).

1995

Conferência Mundial Sobre Desenvolvimento Social (pobreza) – Copenhagen – Dinamarca – ONU.

(Criação de um ambiente econômico – político – social – cultural e jurídico que permita o desenvolvimento social).

ANEXO A – EVENTOS AMBIENTAIS1995 4ª Conferência Mundial Sobre a Mulher – Beijing – China.

1995 Conferência Internacional Sobre Mudanças Climáticas – Berlim – Alemanha.

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1995Criação da Câmara Técnica Temporária de E. A. do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA).

1996Lei Federal nº 9276/96[Plano Plurianual do Governo - (1996 a 1999 - inclui a promoção da E. A)].

1996 Afirmação de Aman – Jordânia. ( Sobre Educação)

1996 45ª Conferência Internacional da UNESCO – Genebra – Suíça. ( Sobre Educação)

1996II – Conferência das Nações Unidas sobre Assentamentos Humanos – Habitat II / Istambul - Turquia

1996Cursos de capacitação em E. A. para os técnicos das SEDUC’s e DEMEC’s nos estados. Convênio: UNESCO e MEC.(Para orientar a implantação dos Parâmetros Curriculares).

1996 O M.M.A cria o grupo de trabalho de E. A. – Portaria nº 353/96.

1996Lei nº 9394/ 96(Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional).

1996Protocolo de intenções M. M. A. e M. E. C.(Para a Cooperação Técnica e Institucional em Educação Ambiental).Comissão de Desenvolvimento Sustentável (Programa de Trabalho).

1997V Conferência Internacional sobre Educação de Adultos(Declaração de Hamburgo – Alemanha)

1997

Ocorreu o Rio + 5.Reunião do setor não governamental para avaliar avanços após a Rio 92, principalmente a Agenda 21.(Serviu como preparativo para a reunião de junho).

1997Seção Especial da ONU nos Estados Unidos para avaliar os avanços da Rio – 92(19ª Assembléia da ONU. Tema: Meio Ambiente).

1997 II Congresso Ibero-Americano de E. A. – Guadalajara – México.

1997 IV Fórum de Educação Ambiental – Rede Brasileira de E. A. – Guarapari – ES.

1997 I Encontro da Rede Brasileira de Educadores Ambientais – Guarapari – ES.

ANEXO A – EVENTOS AMBIENTAIS

19971ª Conferência Nacional de E. A. (ICNEA) – Brasil 20 anos de Tbilisi–Governo Federal com a participação da Rede de E. A.(Documento produzido: Declaração de Brasília para E. A.)

1997 Conferência sobre E. A. – Nova Dheli– Índia.

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1997O MEC lançou: Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN’ s.(Incluindo a E. A. como Tema Transversal.)

1997Cursos de E. A. para a Coordenação de E. A., para as escolas técnicas. UNESCO e MEC.

1997Segunda etapa da capacitação em E. A. para os técnicos das SEDUC’s e DEMEC’s. UNESCO e MEC.

1997 I Teleconferência Nacional de E. A. Brasília. MEC.

1997Conferência Internacional sobre Meio Ambiente e Sociedade: Educação e Conscientização Pública para a Sustentabilidade. Thessaloniki – Grécia.

1997Protocolo de Kyoto – Diminuição da emissão dos gases causadores do efeito estufa (160 países).

1998Lançamento da publicação: “A Implantação da EducaçãoAmbiental no Brasil” – MEC/COEA.

1999 Criação da diretoria de E. A. do MMA (no Gabinete do Ministro).

1999Lei Federal 9.795/99Política Nacional de Educação Ambiental (será regulamentada pelo CONAMA e CNE).

1999O M.M.A lança o Movimento de Proteção à Vida (que produz o documento: Caderno de Princípios de Proteção à Vida).

1999A Coordenação de E. A. do MEC passa a fazer parte da Secretaria de Ensino Fundamental.

1999Portaria nº 1648/99 – MEC(Institui o Grupo de Trabalho para estudar medidas para implantar a Política Nacional de Educação Ambiental).

2000Protocolo de Cartagena de Segurança Biológica – Montreal – Canadá (135 países).(Regula o comércio de OGMs.)

2000Texto do Programa Salto Para o Futuro 2000 – Sobre Educação Ambiental – MEC/SEF/SEED.

ANEXO A – EVENTOS AMBIENTAIS2000 A Carta da Terra (UNESCO).

2000 Fórum Mundial de Educação – Dakar – Senegal.

2000 Seminário de E. A. organizado pela COEA / MEC. Brasília – DF.

2000Curso básico de E. A. à distância.DEA / MMA / UFSC / LED / LEA.

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2001 O M. M. A. lança o documento: Agenda Ambiental na Escola.

2001 Lei Federal nº 10.172/01(Plano Nacional de Educação).

2001Reunião de Bonn/Alemanha e Marrakech/Marrocos(Sobre a implantação do Protocolo de Kyoto).

2001 Diretrizes de Bonn (182 países). Sobre o uso de OGMs

2001Convenção de Estocolmo / Suécia (120 países)(Sobre o Boicote às Substâncias Batizadas de: “Os 12 sujos”).

2001Conferência de Bonn /Alemanha(Sobre a Água do Planeta).

2002Declaração do Milênio das Nações Unidas(ONU)-Nairobi Quênia( Diminuição da Proporção de Pobreza – Tanto de fome como também da falta de acesso à Água Potável)

2002Decreto nº 4281/02(Regulamenta a Lei nº 9795 de 27/4/99).

2002Cúpula da Terra – Joannesburgo – África (também chamada de Rio + 10).(Apresentação das Agendas 21 Nacionais e análise dos avanços ocorridos).

2003Decreto de 28 de novembro de 2003. Criação da Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável e da Agenda 21 Brasileira na Câmara de Políticas dos Recursos Naturais, do Conselho de Governo

20031ª Conferência Nacional do Meio Ambiente ( CNMA) Brasília - DF( Delegados de todos os Estados do Brasil)

2003Conferência Nacional Infanto- Juvenil pelo Meio Ambiente Brasília – DF( 400 jovens delegados de todos os Estados)

2005 Protocolo de Kioto: O Protocolo entra em vigência após 7 anos de sua proposição.

2006Lançamento do filme “An inconvenient truth” de Al Gore que posiciona a questão do aquecimento global na grande mídia.

2009 Conferencia de Copenhagen

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Fonte: Rondon Mamede Fatá

ANEXO B – ATIVIDADE, IMPACTOS E ASPECTOS

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