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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTADUAL DA ZONA OESTE COLEGIADO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE GESTÃO DE SISTEMAS DA INFORMAÇÃO APLICADA A FARMÁCIA MAGISTRAL Veronica dos Santos Rio de Janeiro 2012

Gestão de sistema da inGESTÃO DE SISTEMAS DA INFORMAÇÃO APLICADA A FARMÁCIA MAGISTRAL

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observa-se que neste segmento do setor existem diversos desafios a serem vencidos, onde o maior foco está direcionado para manter a qualidade do medicamento, que vai desde o processo de aquisição de insumos, armazenamento, processo produtivo, tempo de produção da medicação, tempo de espera do cliente até que sua medicação esteja disponível para uso, por exemplo. Surgiu, então, a questão do quanto à informatização é importante para o setor magistral, que a cada dia conquista uma parcela maior do mercado farmacêutico, possibilitando assim que novas formas de gerenciamento de estoque e produção, possam se conciliar com a necessidade imediata do cliente.

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  • CENTRO UNIVERSITRIO ESTADUAL DA ZONA OESTE

    COLEGIADO DE CINCIAS BIOLGICAS E DA SADE

    GESTO DE SISTEMAS DA INFORMAO APLICADA

    A FARMCIA MAGISTRAL

    Veronica dos Santos

    Rio de Janeiro

    2012

  • ii

    VERONICA DOS SANTOS

    Discente do curso em Tecnologia em Produo de Frmacos

    Matrcula 0713800339

    GESTO DE SISTEMAS DA INFORMAO APLICADA

    A FARMCIA MAGISTRAL

    Trabalho de Concluso de Curso, TCC,

    apresentado ao Curso de Graduao em

    Tecnologia em Produo de Frmacos da UEZO

    como parte dos requisitos para a obteno do grau

    de Tecnlogo em Produo de Frmacos, sob a

    orientao da professora Dra. Alessandra Micherla

    Rodrigues do Nascimento.

    Rio de Janeiro - 2012

  • iii

    GESTO DE SISTEMAS DA INFORMAO APLICADA

    A FARMCIA MAGISTRAL

    Elaborado por Veronica dos Santos

    Discente do Curso de Produo de Frmacos da UEZO

    Este trabalho de Graduao foi analisado e aprovado com grau:................

    Rio de Janeiro, 02 de julho 2012.

    _____________________________________________________

    Profa. Dra. Alessandra Micherla Rodrigues do Nascimento (UEZO)

    Orientadora

    _____________________________________________________

    Profa. Dra. Rosana da Paz Ferreira (UEZO)

    Examinadora

    _____________________________________________________

    Prof. Dr. Leandro Medeiros Motta (UEZO)

    Examinador

    Julho de 2012

  • iv

    ... A lenda pessoal aquilo que voc sempre desejou fazer. Todas as pessoas, no

    comeo da juventude, sabem qual sua lenda pessoal. Nesta altura da vida, tudo

    claro, tudo possvel, e no temos medo de sonhar e de desejar tudo quilo que

    gostaramos de fazer. Entretanto, medida que o tempo vai passando, uma misteriosa

    fora comea a tentar provar que impossvel realizar a Lenda Pessoal. Esta fora

    que parece ruim, na verdade est ensinando a voc como realizar sua Lenda Pessoal.

    Est preparando seu esprito e sua vontade, porque existe uma grande verdade neste

    planeta: seja voc quem for, quando quer com vontade alguma coisa, porque este

    desejo nasceu na alma do Universo.

    sua misso na Terra.

    PAULO COELHO

    Dedico este trabalho a minha me Lucy e

    ao meu pai Dlcio, pelo apoio incondicional

    em todos os momentos que necessitei de

    apoio nessa parte do caminho.

  • v

    AGRADECIMENTOS

    Agradeo a minha famlia, ao meu pai Dlcio dos Santos que sempre soube mostrar

    com dignidade os caminhos que deveramos percorrer, a minha me Lucy Maria dos

    Santos a pacincia e o apoio interminvel em todos os momentos e todas as decises.

    Aos meus irmos: Monica Cristina dos Santos Vieira amiga e companheira de jornada,

    ao Marcus Aurlio dos Santos, a Valeria dos Santos, e Andrea dos Santos o

    companheirismo e a alegria como lio de convivncia aos sobrinhos por quebrar a

    rotina dura e trazer de volta quem sou.

    Aos cunhados e amigos que sempre torceram por este momento.

    A minha orientadora Professora Dr. Alessandra Micherla Rodrigues do Nascimento.

    Aos funcionrios da instituio que por muitas vezes buscaram solues para os

    contratempos no decorrer deste caminho.

    A empresa Fotossntese - Farmcia de Manipulao e Homeopatia principal fonte de

    dados do estudo, aos professores que muito contriburam com o aperfeioamento de

    minha viso sobre a vida.

    "Comece fazendo o que necessrio,

    depois o que possvel, e de repente voc

    estar fazendo o impossvel."

    So Francisco de Assis

  • vi

    RESUMO

    Com o objetivo de realizar estgio supervisionado foi desenvolvido no laboratrio

    central da Farmcia de Manipulao e Homeopatia Fotossntese estudos referentes ao

    mtodo de gerenciamento de produo da empresa, observa-se que neste segmento

    do setor existem diversos desafios a serem vencidos, onde o maior foco est

    direcionado para manter a qualidade do medicamento, que vai desde o processo de

    aquisio de insumos, armazenamento, processo produtivo, tempo de produo da

    medicao, tempo de espera do cliente at que sua medicao esteja disponvel para

    uso, por exemplo. Surgiu, ento, a questo do quanto informatizao importante

    para o setor magistral, que a cada dia conquista uma parcela maior do mercado

    farmacutico, possibilitando assim que novas formas de gerenciamento de estoque e

    produo, possam se conciliar com a necessidade imediata do cliente. O trabalho

    proposto foi um estudo de caso de um sistema de informao na questo empresarial

    da empresa Fotossntese Farmcia de Manipulao e Homeopatia, e pretende-se

    com isso diagnosticar as vantagens e desvantagens do uso das ferramentas na gesto

    da informao e gerencialmente da empresa.

    Palavras-chave: Farmcia Magistral, Gerenciamento de sistema informatizado.

  • vii

    ABSTRACT

    In order to perform the supervised internship was developed in the laboratory of the

    central pharmacy of Manipulation and Homeopathy Pharmacy Photosynthesis studies

    relating to the method of production management company, it is observed that in this

    thread there are several challenges to be overcome, where the biggest focus this

    directed to maintain the quality of the medicinal product, which goes from the

    acquisition of inputs, storage, production process, production time of medication,

    costumer waiting time until your medication is available for example. Then came the

    question of how much the computerization is important for the masterly sector that

    every day winning a larger share of the pharmaceutical market, allowing new forms of

    production and inventory management, can reconcile with the immediate need of the

    client.

    Key-word: Pharmacy Masterly, Computerized management system.

  • viii

    SUMRIO

    1. INTRODUO............................................................................................ 12

    1.1 HISTORIA DA FARMCIA MAGISTRAL...................................... 12

    1.2 O SISTEMA DE INFORMAO.................................................... 13

    2. OBJETIVO.................................................................................................. 16

    2.1. OBJETIVO GERAL....................................................................... 16

    2.2. OBJETIVO ESPECFICO............................................................. 16

    3. METODOLOGIA........................................................................................ 17

    3.1. SUJEITO DO ESTUDO................................................................ 17

    3.2. SUJEITO DE PESQUISA............................................................. 17

    4. SISTEMA DA INFORMAO.................................................................... 18

    4.1 GESTO EMPRESARIAL OU GESTO DE NEGCIOS............. 20

    4.2 O MERCADO FARMACUTICO................................................... 21

    4.2.1 UM DOS PROBLEMAS DAS FARMCIAS MAGISTRAIS......... 24

    4.2.2 SISTEMAS DE PRODUO...................................................... 25

    4.2.3 MAPEAMENTO DO PROCESSO PRODUTIVO........................ 26

    4.2.3.1 MTODO DE MISTURA E ENCHIMENTO............................. 37

    4.3 O FRMULA CERTA.................................................................. 41

    4.3.1 SOBRE O SOFTWARE.............................................................. 41

    4.3.1.1 SOLUES DE DVIDAS...................................................... 44

    4.3.1.2 CONTROLE DE QUALIDADE................................................. 50

    5. CONCLUSO............................................................................................. 52

    6. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS........................................................... 53

  • ix

    LISTA DE TABELAS

    Tabela 01 Grupo de atividades......................................................................... 21

    Tabela 02 Seo em Anexo do grupo de atividades......................................... 22

    Tabela 03 POP - Condies gerais................................................................... 33

    Tabela 04 POP - Armazenamento.................................................................... 34

    Tabela 05 POP - Equipamentos e controle de limpeza e sanitizao............... 34

    Tabela 06 POP- Garantia de Qualidade............................................................ 35

    Tabela 07 POP - Controle de Matria Prima e gua........................................ 35

    Tabela 08 POP - Normas de Manipulao de Alopticos e Homeopticos...... 36

    Tabela 09 POP - Escriturao........................................................................... 36

    Tabela 10 POP - Reclamaes e Esclarecimentos........................................... 37

    Tabela 11 POP - Controle de Aviamento de Receitas...................................... 37

    Tabela 12 POP - Dispensao.......................................................................... 37

    Tabela 13 Capacidade dos Invlucros de Gelatina........................................... 38

  • x

    LISTA DE FIGURAS

    FIGURA 01 Funes do Sistema da Informao............................................ 20

    FIGURA 02 Fluxograma de atividades de produo....................................... 27

    FIGURA 03a Ordem de Produo.................................................................. 28

    FIGURA 03b Ordem de Produo.................................................................. 29

    FIGURA 04 Relatrio Peso Mdio.................................................................. 30

    FIGURA 05 Tela - Peso Mdio........................................................................ 31

    FIGURA 06 Encapsuladora Manual................................................................ 39

    FIGURA 07 Tela Inicial................................................................................. 40

    FIGURA 08 Tela - Acesso ao Sistema............................................................ 41

    FIGURA 09 Tela - Conferncia de Estoque.................................................... 41

    FIGURA 10 Tela - Margem de lucros.............................................................. 42

    FIGURA 11 Tela - Histrico do Produto.......................................................... 43

    FIGURA 12 Tela - Orientao ao Consumidor................................................ 44

    FIGURA 13 Tela - Declarao de Servios Farmacuticos............................ 45

    FIGURA 14 Tela - Ateno farmacutica........................................................ 45

    FIGURA 15 Tela - Servios Farmacuticos.................................................... 46

    FIGURA 16 Tela - Identificao de dados do Produto................................... 47

    FIGURA 17 Tela - Especificao Tcnica do Produto.................................... 48

    FIGURA 18 Tela - Identificao do Produto.................................................... 49

    FIGURA 19 Tela - Produtos Semi Acabados.................................................. 50

    FIGURA 20 Tela - Frmula Padro................................................................. 50

    FIGURA 21 Tela - Clculo de Excipientes...................................................... 51

    FIGURA 22 Tela - Incluso de Receitas......................................................... 52

  • xi

    LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

    ANFARMAG Associao Nacional de Farmcia Magistral

    ANVISA Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria

    BPF Boas Prticas de Manipulao

    BPMF Boas Prticas de Manipulao em Farmcias

    CFF Conselho Federal de Farmcia

    CIPA Comisso Interna de Preveno de Acidentes

    CRF Conselho Regional de Farmcia

    ECF Emissor de Cupom Fiscal

    OTC Over The Counter

    P.A Princpio Ativo

    POP Procedimento Operacional Padro

    PVC Poli Cloreto de Vinila

    RDC Resoluo da Diretoria Colegiada

    S.I Sistema de Informao

    T.I Tecnologia da Informao

    T.M Tintura Me

    TEF Transferncia Eletrnica de Fundos

  • 12

    1. INTRODUO

    1.1 HISTRIAS DA FARMCIA MAGISTRAL

    Desde os primrdios da humanidade o instinto de sobrevivncia levou o homem a

    descobrir a cura para as suas doenas. Atravs da descoberta das propriedades

    curativas de diversas substncias encontradas na natureza. Utilizando como frmacos,

    diversas ervas, o homem observou que algumas terapias apresentavam melhores

    resultados. Surgiu, assim, a arte do boticrio, isto , a arte da preparao dos materiais

    medicinais, o local onde eram preparados e vendidos era denominado de botica. Um dos

    mais antigos documentos farmacuticos conhecidos o papiro Ebers considerado o mais

    importante da histria da farmcia. Durante vrios sculos da idade antiga, pesquisas

    farmacuticas comeavam em diversas partes da Europa e da sia. Entre os sculos II e

    III d.C., no Imprio Romano, Galeno de Prgamo iniciou estudos mdicos que o

    consagraram como um dos pais da farmcia. Sua filosofia mdica ainda persiste e

    constitui a base filosfica da medicina atual. A primeira escola de farmcia de que se tem

    notcias foi criada pelos rabes, tambm no sculo II d.C.

    No Brasil, h registros histricos que apontam o padre Jos de Anchieta como um

    dos primeiros boticrios. Ele estudava as plantas, as drogas e a toxidez dos alimentos

    aliando seus conhecimentos aos rituais de cura dos pajs. Os jesutas possuam um

    receiturio onde se encontravam formulaes dos medicamentos e seus processos de

    preparao. A passagem do nome de comrcio de botica para farmcia surgiu com o

    Decreto 2.055, em dezembro de 1857, quando ficaram estabelecidas as condies para

    que os farmacuticos e os no habilitados na profisso tivessem licena para continuar a

    ter suas boticas no pas.

    Nos anos 40 e 50 com o incentivo do governo Getlio Vargas, indstrias

    estrangeiras de medicamentos se instalaram no pas e encontraram solo frtil o

    medicamento surgiu como instrumento de dominao tcnica e econmica e comeou

    ento a decadncia das farmcias magistrais, as quais quase desapareceram nos anos

    60 at meados dos anos 80. Paralelamente, ocorreu desvalorizao do farmacutico de

    forma geral, no final dos anos 80 vrias aes e conscientizaes, principalmente pelo

    Conselho Federal de Farmcia (CFF) e Conselho Regional de Farmcia (CRF), fizeram

    com que a populao percebesse o papel social do farmacutico, e dessa forma ocorreu

    o resgate da verdadeira misso do profissional de farmcia, colocando em evidencia a

    essncia dos antigos boticrios que alm de manipular os medicamentos, eram como

    amigos e zelavam pela sade da famlia. Ocorreu nesse perodo um boom de farmcias

    magistrais trazendo uma boa fatia da clientela de medicamentos industrializados, indo

  • 13

    contra os interesses da indstria e atraindo a preocupao das autoridades sanitrias,

    visto que, como em toda atividade profissional que cresce desenfreadamente, surgem

    tambm falhas inerentes ao ser humano, VOTTA, R (1965).

    O ano 2000 foi um marco importante na histria da farmcia magistral. A ento

    recm-criada Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria (ANVISA) publicou a RDC 33/00

    trazendo o manual de Boas Prticas de Manipulao e Fabricao (BPMF) ocorreu

    normatizao do setor. Muita coisa mudou, mas todos se adequaram e continuaram

    fazendo a diferena, o setor cresceu ainda mais.

    O ano de 2006 pode ser considerado outro divisor de guas para a manipulao.

    Nova resoluo publicada. No dia 18 de dezembro de 2006 foi publicada a to

    comentada RDC 214/2006 aps um ano e meio de discusso em consulta pblica via

    internet. Tanta polmica fez com que alteraes fossem propostas e algumas aceitas

    com a publicao de nova RDC em outubro de 2007, RDC 67/2007.

    1.2 O SISTEMA INFORMATIZADO

    A existncia de Sistemas de Informao no contempornea aos computadores.

    Verifica-se que antes de sua existncia, os seres humanos organizavam as suas

    atividades e recorriam a diferentes tipos de estratgias de forma a suportarem as suas

    necessidades de informao para apoio tomada de deciso. Um dos exemplos

    recorrentes o esforo de guerra, onde as questes associadas com a informao,

    nomeadamente a comunicao, o comando e o controle, exigem uma articulao de

    esforos e de organizao de um grande nmero de indivduos.

    De um modo geral, o ser humano, consome informaes para tomar decises e,

    desta forma concretizar em ao as suas intenes. Atualmente, o computador uma

    das tecnologias mais populares e eficazes que o indivduo tem ao seu dispor para lidar

    com a informao. A crescente presena dos computadores no dia a dia revela-se quer

    em casa, no trabalho e num nmero crescente de atividades as vantagens de sua

    utilizao.

    As mudanas pelas quais as organizaes passaram, desde o final do sculo

    passado, reestruturaram os processos de trabalho, o tipo de recursos humanos

    necessrios, a forma de tratamento e disseminao das informaes, entre outros

    aspectos, impulsionados pelo uso de modernas tecnologias, como a computacional, para

    realizao de suas atividades. A integrao entre os aspectos tcnicos e humanos torna-

    se valorizada. Especialmente, com o uso dos computadores, a prpria forma de

    organizao das tarefas modificou-se com a nova estrutura de informtica disponibilizada

  • 14

    pelos microcomputadores, que trazem vinculados filosofia de descentralizao, muitas

    vezes distorcida (BUZZI, 2008).

    As organizaes e a tecnologia da informao (TI) tm passado

    concomitantemente por mudanas profundas nas ltimas dcadas. Empresas removem

    camadas gerenciais intermedirias, tornando suas estruturas mais horizontais, mais

    descentralizadas; mudam os processos para atender a flexibilidade e o conhecimento

    requeridos na nova economia; direcionam seu foco em estreitas esferas de atividades,

    seja reduzindo o escopo, terceirizando ou realizando alianas estratgicas (CASTELLS,

    1999).

    A competitividade a palavra chave no mercado quer seja entre os setores

    ligados ao mesmo ramo de atividade, ou no. A busca pela sua atualizao no mercado,

    a sua eficincia (tanto nos produtos, como nos servios oferecidos), fundamental para a

    qualidade. E nessa busca por satisfao do cliente e qualidade dos produtos, que as

    empresas comeam a rever e reestruturar seus conceitos, tentando assim detectar at

    mesmo antecipar-se aos possveis problemas, buscando para isso, solues imediatas e

    tambm em longo prazo. Toda empresa deve ter um planejamento, gerenciamento e

    recursos, para poderem ser disponibilizados de acordo com sua necessidade e

    capacidade. Deve ter, contudo, apoio de todos os departamentos para que possa

    desenvolver um trabalho que permita garantir ao cliente um nvel de servio adequado ao

    que se prope e ao que o cliente procura.

    A informtica no mais um privilgio das grandes empresas e os softwares

    empresariais no necessitam mais dos grandes e caros mainframes para process-los.

    De um lado a necessidade das empresas por informaes rpidas e integradas, de outro

    lado o avano da TI (Tecnologia da Informao) com equipamentos menores e com

    maior capacidade de processamento com menor custo e tecnologia de interconexo mais

    desenvolvida, formam um ambiente propcio para o desenvolvimento e implantao do SI

    (Sistema de Informao), de um software integrado de gesto empresarial.

    Um software de gesto empresarial, na sua abrangncia, capaz de concentrar

    todo o planejamento dos recursos de uma empresa, incluindo os mdulos de recursos

    humanos, materiais, financeiros, contabilidade, compras, manuteno, planejamento e

    controle de estoque, entre outros.

    O trabalho proposto foi um estudo de caso de um Sistema de Informao na

    gesto empresarial da empresa Fotossntese, farmcia de manipulao, e pretende-se

  • 15

    com isso diagnosticar as vantagens e desvantagens do uso das ferramentas na gesto

    da informao e gerencialmente da empresa.

  • 16

    2. OBJETIVO

    2.1. OBJETIVO GERAL

    Este trabalho tem objetivo de observar a funcionalidade e eficincia de um

    sistema informatizado de gerenciamento de produo, estoque e controle de qualidade

    especifico para farmcia magistral utilizando o programa Frmula Certa.

    2.2. OBJETIVOS ESPECFICOS

    Analisar os Sistemas de Informao comerciais para Farmcias;

    Observar como o controle de estoque integralizado facilita o desenvolvimento e a

    organizao dos seus processos, bem como sua rastreabilidade.

    Verificar as melhorias ou no do desempenho com foco na atuao assertiva na

    reduo dos erros nos pedidos com itens faltantes, realizao da compra de

    acordo com as necessidades.

    Verificar a qualificao da administrao pelo controle e auxlio dos colaboradores

    para uma boa rotina de comrcio.

    Observar os pontos crticos onde ser possvel avaliar as falhas que possam vir a

    ocorrer em um sistema informatizado;

    Propor aes de melhorias para o sistema de informao utilizado.

  • 17

    3. METODOLOGIA

    A proposta desse trabalho caracteriza-se por um estudo de pesquisa exploratria

    onde se busca identificar o uso de instrumentos informatizados utilizados em farmcia de

    manipulao. O mtodo baseia-se em estudo de caso. O estudo de caso, segundo Yin

    (2001), consiste em uma investigao emprica que investiga um fenmeno

    contemporneo dentro de seu contexto da vida real, especialmente quando os limites

    entre o fenmeno e o contexto no esto claramente definidos. Gil (1996) afirma que a

    pesquisa tem como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas

    a torn-lo mais explcito.

    3.1. O SUJEITO DO ESTUDO

    A pesquisa foi realizada em uma farmcia de manipulao localizada no bairro de

    Campo Grande Rio de Janeiro - RJ, denominada Fotossntese, que utiliza em sua gesto

    o programa Frmula Certa.

    3.2. INSTRUMENTO DE PESQUISA

    O software Frmula Certa possui banco de dados genuinamente nacional, com

    mais de cinco mil monografias. Possui suporte tcnico ALTERNATE|TECNOLOGIES e

    o suporte farmacoteraputico do Grupo Zanini Oga. Este software cliente-servidor utiliza

    para programao a linguagem Delphi com banco de dados Fire Bird. um gerenciador

    logstico global para farmcias de manipulao.

    O software integra todas as informaes necessrias para a administrao global

    da farmcia: Automao de Oramentos e Vendas, Pesagem Monitorada e Controle de

    Estoque, Terminal de Caixa, Emisso de Cupom Fiscal (ECF) e Transferncia Eletrnica

    de Fundos (TEF), Mapas e Livros, Gerador de Etiquetas, Controle de Convnios, Fluxo

    de Caixa, Visitao Mdica, Produtividade de Funcionrios e dezenas de Relatrios

    Gerenciais.

  • 18

    4. SISTEMA DA INFORMAO

    Cada vez mais as organizaes esto dependentes da tecnologia da informao

    para gerir seus negcios, conforme cita OBRIEN (2006) ao afirmar que:

    A tecnologia da informao est redefinindo os fundamentos dos negcios. Atendimento ao cliente, operaes, estratgias de produto e marketing e distribuio dependem muito, ou s vezes at totalmente, dos SI - Sistemas de Informao. A tecnologia da informao e seus custos passaram a fazer parte integrante do dia-a-dia das empresas.

    Sistemas de informao um conjunto organizado de pessoas, hardware,

    software, rede de comunicao e recursos de dados que coleta, transforma e dissemina

    informaes em uma organizao. O sistema recebe recursos de dados como entrada e

    os processa em produtos, como sada (OBRIEN, 2006).

    Houve uma mudana significativa nas empresas, com a expanso dos sistemas

    de informao e, esse aumento, trouxe ao novo gerente as informaes, que antes eram

    simples relatrios de departamentos, tornando-se relatrios pr-definidos das quais ele

    necessitaria para a tomada de decises. A importncia e a necessidade dos Sistemas de

    Informaes dentro da empresa esto redefinindo os fundamentos dos negcios, que

    servem para garantir o bom desempenho da empresa, bem como avaliar, manter ou

    alterar suas estratgias de metas e ajudam a receber de volta informaes para que se

    possam fazer avaliaes: se o pretendido est sendo colocado em prtica. Para que se

    tenha um sistema de informao eficiente necessrio que todas as informaes sejam

    adequadas, s assim, ento, poder ter um controle e tomada de decises eficientes

    para o qual se props a trabalhar (OBRIEN, 2006).

    Sistema um conjunto de partes interagentes e interdependentes que,

    conjuntamente, formam um todo unitrio com determinado objetivo e efetuam

    determinada funo. O sistema procura desenvolver algumas tcnicas para viabilizar e

    lidar com a grandeza das empresas; procura ter uma viso do todo, para a qual no se

    permite ver em separado, ou seja, uma depende da outra; e ainda o estudos dos

    relacionamentos entre os elementos, que mudam de acordo com seus arranjos

    estruturais e da sua dinmica.

    Ainda para o autor a informao um dado trabalhado que permite ao executivo

    tomar decises, a informao como um todo, de extrema importncia dentro da

    empresa, pois quando usada corretamente integra os diversos subsistemas e as funes

    de vrios setores organizacionais da empresa. Portanto, to importante quanto ter uma

    informao saber us-la, pois uma informao produzida que no seja distribuda em

    tempo hbil, perde a sua eficincia (OLIVEIRA, 2001).

  • 19

    Investir em tecnologia da informao inerente a qualquer empresa que queira ter

    um excelente atendimento a cliente, operaes, estratgias de produto e de marketing de

    distribuio. Cada vez mais as empresas necessitam de controles de suas atividades,

    com informaes geis, completas e precisas. Um sistema de informao pode ser a

    soluo ideal para estas necessidades (OBRIEN, 2006).

    Hoje, todos admitem que conhea os sistemas de informao essencial para os

    administradores, porque a maioria das organizaes precisa deles para sobreviver e

    prosperar. Com os sistemas, as empresas podem aumentar o seu grau e alcance de

    participao no mercado, oferecer novos produtos, adequar-se internamente e, muitas

    vezes, transformar radicalmente o modo como conduzem seus negcios (LAUDON E

    LAUDON 2004).

    Conforme poder ser observado na Figura 1, um sistema de informao pode ser

    definido como um conjunto de componentes que se interagem para coletar dados ou

    recuper-los, processar, armazenar e distribuir informaes; informaes essas que

    sero utilizadas para apoiar em uma tomada de deciso, coordenao e ao controle de

    uma organizao, alm, ainda, de poder auxiliar os gerentes e trabalhadores a analisar e

    visualizar problemas e assuntos complexos e criar novos produtos. importante salientar

    que os sistemas de informaes necessitam do feedback, para que sejam analisados os

    desenvolvimentos das metas e ou objetivos planejados e, se necessrio fazer ajustes e

    correes das entradas.

    Figura 1: Funes de um sistema de informao

    Fonte: LAUDON E LAUDON (2004).

    AMBIENTE

    ORGANIZAO CLIENTES FORNECEDORES

    ENTRADA

    SISTEMA DA INFORMAO

    SADA

    PROCESSAR CLASSIFICAR ORGANIZAR CLCULAR

    AGNCIAS

    REGULADORAS ACIONISTAS CONCORRENTES

    FEEDBACK

  • 20

    Sistema pode ser definido simplesmente como um grupo de elementos inter-

    relacionados ou em interao que formam um todo unificado. Ou seja, sistema nada

    mais que um grupo de componentes inter-relacionados que trabalham rumo a uma

    meta comum, recebendo insumos e produzindo resultados em um processo organizado

    de transformao (OBRIEN, 2006).

    Os sistemas possuem trs componentes ou funes bsicas em interao

    segundo OBRIEN (2006, p. 7), que so:

    Entrada: Envolve a captao e reunio de elementos que ingressam no sistema

    para serem processados.

    Processamento: Envolve processos de transformao que convertem insumo

    (entrada) em produto.

    Sada: Envolve a transferncia de elementos produzidos por um processo de

    transformao at seu destino final.

    O autor ainda afirma que para o sistema ser ainda mais til deve-se incluir os

    componentes feedback e controle. Que tm por finalidade, respectivamente, de gerar

    dados sobre o desempenho do sistema e a monitorao do mesmo. Existem diferenas

    entre dados e informaes, e cabe ao administrador saber distinguir e trabalhar estes

    conceitos a fim de se obter o recurso necessrio organizao (OBRIEN, 2006).

    Dado qualquer elemento identificado em sua forma bruta que, por si s, no conduz a

    uma compreenso de determinado fato ou situao (OLIVEIRA, 2001).

    A informao deve ter dados apresentados de uma forma significativa e til para

    os seres humanos e que os mesmo devem auxiliar o processo de tomada de deciso,

    controlar operaes, analisar problemas e desenvolver novos produtos ou servios

    (LAUDON E LAUDON 2004).

    Stair define informao como: ... conjunto de fatos organizados de tal forma que

    adquirem valor adicional alm do valor do fato em si (Stair 1998).

    OLIVEIRA (2001) cita que a informao um dado trabalhado que permite ao

    executivo tomar decises, em outras palavras, a informao o resultado da anlise dos

    dados que permite modificar ou afetar o comportamento existente na empresa.

    4.1. GESTO EMPRESARIAL OU GESTO DE NEGCIOS

    A palavra gesto pode ser considerada como a arte ou capacidade de administrar

    recursos para que esses sejam eficientes e eficazes no cumprimento de suas

    expectativas ou funes. A gesto empresarial para as empresas responsvel por fazer

  • 21

    os fatos acontecerem de forma produtiva e rentvel para os objetivos das empresas

    (NAKAGAWA, 1987).

    O modelo de gesto definido como sendo a representao abstrata e

    simplificada de objetos, sistemas, processo ou eventos reais (NAKAGAWA, 1987).

    Nos ltimos quarenta anos, a demanda por novos produtos provocou uma grande

    expanso da economia mundial, ocasionando crescentes e profundas mudanas

    estruturais. Porm, toda mudana, para que seja implementada, depende da gesto, do

    management. No entender de alguns autores, a cincia do sculo XX que mais

    contribuiu para o progresso humano foi cincia organizacional (DE MASI, apud

    TARAPANOFF, 2001).

    Foi o desenvolvimento dessa cincia que possibilitou o fortalecimento de cada

    atividade, cognitiva e operacional, a um nvel desconhecido em todas as pocas

    anteriores da histria, dentro e fora dos locais de trabalho. Milhes de homens e

    mulheres na prtica cotidiana, milhares de especialistas em suas profisses, partindo das

    grandes descobertas de Taylor e Fayol (transio dos sculos IX e XX), passando pela

    administrao das relaes humanas (1930), da pesquisa operacional (1940), do

    planejamento estratgico (dcadas de 50 a 70), da qualidade total em estilo japons

    (1980) e da gesto da informao e do conhecimento (1990), revolucionaram o modo

    pelo qual os seres humanos organizam seus prprios recursos e aumentam o seu

    rendimento. Foi gesto que introduziu as novas tecnologias, nas casas, nas diverses,

    nos ambientes de trabalho e criou as empresas em rede, as multinacionais, os distritos

    industriais, a globalizao da economia e, consequentemente, a universalizao de

    gostos e de costumes (TARAPANOFF, 2001).

    O principal objetivo da gesto potencializar recursos informacionais de uma

    organizao e sua capacidade de informao, ensinando-a a aprender e a adaptar-se s

    mudanas ambientais com a construo de uma organizao voltada para o aprendizado.

    A gesto da informao (a sua coleta, o processamento e a utilizao) garante o suporte

    para o desenvolvimento de uma organizao capaz de se adaptar ao ambiente hostil da

    concorrncia crescente (GARVIN, 1993).

    4.2. O MERCADO FARMACUTICO

    O mercado farmacutico comumente descrito como sendo dividido em quatro

    segmentos: medicamentos de referncia (marca ou inovadores), similares, genricos e

    medicamentos de venda livre sem necessidade de receita mdica, tambm denominada

    Over The Counter (OTC), porm, deixa de incluir neste mercado os medicamentos

  • 22

    manipulados em farmcias magistrais hoje presente em grande parte dos municpios do

    pas (SILVA, 2007).

    O Brasil representa o 9 maior mercado farmacutico do mundo em faturamento.

    O setor qumico-farmacutico se caracteriza por um forte dinamismo centrado em

    pesquisa e desenvolvimento, produo industrial e comercializao com investimentos

    elevados e estratgia de competio fundamentada na diferenciao (CANONGIA, 2002).

    Segundo o Conselho Federal de Farmcia (CFF): manipulao compreende o

    conjunto de operaes farmacotcnicas, realizadas na farmcia, com a finalidade de

    elaborar produtos e fracionar especialidades farmacuticas. Farmcia de Manipulao

    o estabelecimento de sade onde os medicamentos so preparados de acordo com a

    necessidade do cliente, mediante receita emitida por profissional autorizado. Os

    medicamentos so preparados por farmacuticos e equipes tcnicas especializadas,

    atendendo a diversas especialidades mdicas. So chamadas de preparaes

    medicamentosas individualizadas ou personalizadas.

    De acordo com a ANVISA Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria, as

    farmcias so classificadas em 06 (seis) grupos de atividades, estabelecidos no

    Regulamento Tcnico da RDC 214|06, conforme apresentados nas Tabelas 1 e 2.

    Tabela 1: Grupo de atividades

    Grupos

    Atividades

    Natureza dos Insumos Disposies a serem

    Atendidas

    GRUPO I Manipulao de medicamentos a

    partir de insumos/matrias primas,

    inclusive de origem vegetal.

    Regulamento tcnico e Anexo I.

    GRUPO II Manipulao de substncias de baixo

    ndice teraputico.

    Regulamento tcnico e Anexo I

    e II.

    GRUPO III Manipulao de antibiticos,

    hormnios, citostticos e substncias

    sujeitas a controle especial.

    Regulamento tcnico e Anexo I

    e III.

    GRUPO IV Manipulao de produtos estreis. Regulamento tcnico e Anexo I

    e IV.

    GRUPO V Manipulao de medicamentos

    homeopticos.

    Regulamento tcnico e Anexo I

    (quando aplicvel) e V.

    GRUPO VI Manipulao de doses unitrias e de

    dose de medicamentos em servios

    de sade.

    Regulamento tcnico e Anexo I

    (no que couber), Anexo IV

    (quando couber) e Anexo VI.

  • 23

    Tabela 2: Anexos das disposies a serem atendidas conforme grupo de atividades

    Regulamento Tcnico da RDC 214/06

    ANEXO I Boas Prticas de Manipulao em Farmcias

    ANEXO II Boas Prticas de Manipulao de substancias de Baixo ndice

    Teraputico

    ANEXO III Boas Prticas de Manipulao de Antibiticos, Hormnios, Citostticos,

    e Substncias Sujeitas a controle Especial.

    ANEXO VI Boas Prticas de Manipulao de Estreis.

    ANEXO V Boas Prticas de Manipulao de preparaes Homeopticas.

    ANEXO VI Boas Prticas para Preparao de Dose Unitria e Unitarizao de

    Doses de Medicamento em Servio de Sade.

    ANEXO VII Roteiro de Inspeo para Farmcia

    ANEXO VIII Padro Mnimo para Informaes ao paciente, Usurios de Frmacos

    de Baixo ndice Teraputico.

    Fonte: ANVISA/2012

    O setor magistral, apesar de pouco citado em estudos sobre o mercado

    farmacutico brasileiro, produz uma parcela significativa dos medicamentos consumidos

    no pas, correspondendo a cerca de 9% de todo o setor farmacutico brasileiro

    (TOKARSKI, 2002).

    Segundo CROSTA (2000) o medicamento manipulado difere do medicamento

    industrializado principalmente no prazo de validade. Os produtos magistrais possuem

    prazo de validade menor. Esses medicamentos so manufaturados artesanalmente e

    compostos por vrios insumos farmacuticos que possuem prazos de validade diferentes,

    por isso, a necessidade de um gerenciamento de estoques eficiente, para evitar perdas.

    Em uma farmcia de manipulao, o planejamento quantitativo para suprimento

    dos insumos adquiridos precisa estar relacionado ao prazo de validade dos mesmos, pois

    compras em quantidades inadequadas, podem acarretar desperdcios e gastos

    desnecessrios, pois alm de arcar com a perda de matria-prima, a farmcia

    responsvel pela destinao do resduo que gera (BRASIL, 2004).

    A primeira regulamentao especfica para este setor surgiu em 2000, com a

    publicao da RDC n 33. Esta norma envolve todos os setores da farmcia, como o

    atendimento, almoxarifado e a produo entre outros (BRASIL, 2000).

    Em 2007, a ANVISA publica a RDC n 67/07, estabelecendo critrios mais rgidos

    para a manipulao de medicamentos no Brasil (BRASIL, 2007).

  • 24

    Em grande parte dos trabalhos sobre estratgia, a tecnologia, tal qual a produo,

    aparecia como rea funcional que somente era envolvida na estratgia no momento da

    implantao. Potenciais e limitaes desta rea no eram considerados prioritrios na

    formulao de estratgias, entretanto, a tecnologia tem impacto sobre toda a cadeia de

    valor da organizao e tornou-se um fator crtico de sucesso, pois pode alterar

    completamente o quadro competitivo. Toda implantao de qualquer estratgia em uma

    organizao gera mudanas que geralmente atingem toda sua estrutura. O envolvimento

    dos funcionrios no processo de formulao e implementao da estratgia facilita sua

    aceitao e diminui desvios e resultados no esperados. Vencidos estes obstculos, o

    sistema de administrao estratgica deve ocupar-se com os aspectos tticos,

    operacionais, estruturais e administrativos da empresa e na obteno e alocao de

    recursos, oramentos, acompanhamento e controle de aes, produtos e processos,

    alm de manter uma constante comunicao entre a rea estratgica e o restante da

    organizao (BETHELEM, 2002).

    4.2.1. UM DOS PROBLEMAS DAS FARMCIAS MAGISTRAIS

    No Rio de Janeiro existem diversas farmcias magistrais, segundo a Associao

    Nacional de Farmcia Magistral (ANFARMAG) no h como quantificar todos os

    estabelecimentos no Estado, pois no h obrigatoriedade que os mesmos sejam

    associados a esta instituio, tambm no bairro de Campo Grande encontra-se uma

    parcela destas Farmcias Magistrais, a busca pela preferncia do cliente leva as

    empresas a criarem estratgias que garantam sua clientela, que variam entre entregas

    domiciliares gratuitas, descontos, formulao pronta para o mesmo dia, ou mesmo em

    menos de uma hora, para manter esta preferncia empresa necessita de uma logstica

    funcional para apresentar-se competitiva ao mercado. Para este gerenciamento

    necessrio estar de acordo com as Boas Prticas de Manipulao (BPM) que constam na

    RDC 67/07 e tambm com as constantes atualizaes da ANVISA. A demanda do

    mercado cresce consideravelmente em vista das descobertas da cincia e atualizao

    das especialidades mdicas.

    O mercado magistral no dispe de muitos softwares para este gerenciamento e

    muitas vezes no atendem a realidade de custo, e estrutura operacional da empresa

    fazendo desta forma constantes buscas por programas complexos que alcancem a

    totalidade da empresa.

    Apesar da existncia de tecnologia da informao disponveis para o setor, so

    escassos os estudos sobre o planejamento e controle da produo em farmcias de

  • 25

    manipulao. A farmcia de manipulao em questo utiliza um software que contempla

    clculos de oramento de receitas farmacuticas, emitindo rtulos e ordens de produo,

    tambm utilizado programa de controle de qualidade dos medicamentos produzidos

    atravs de monitoramento do peso mdio das capsulas produzidas. Porm todos os

    recursos oferecidos no garantem que o controle do estoque esteja livre do

    desabastecimento ocasionando algumas paradas de produo de certos medicamentos

    por indisponibilidade de insumos, nem tampouco que haja variaes no peso mdio das

    capsulas.

    Num ambiente extremamente competitivo e regulamentado, uma gesto eficiente

    da produo estratgica para manter a sustentabilidade do negcio. Uma organizao

    onde cada departamento executa suas operaes de modo independente no conseguir

    sobreviver no mercado. Todas as reas da empresa, tais como: marketing, finanas,

    produo e vendas devem estar integrados (NARA, SILVA; 2004).

    Nesse contexto, as empresas tm de adaptar seus sistemas de planejamento e

    controle da produo para a melhoria contnua da produtividade, criando sistemas

    flexveis, sustentveis, com rapidez de projeto e desenvolvimento de novos produtos,

    alm de organizar o perodo de entre o inicio e o trmino de uma atividade produtiva (lead

    time) e estoques reduzidos objetivando o atendimento das necessidades do cliente,

    entregando na data correta e na quantidade prevista (LUSTOSA et al., 2008).

    4.2.2. SISTEMAS DE PRODUO

    Os sistemas de produo em lote se caracterizam principalmente por produzir

    uma grande variedade de produtos no padronizados, cada um podendo usar uma

    sequncia prpria de tarefas, com produo em lotes ou em intervalos. O fluxo

    intermitente e de baixo volume e observa-se certa dificuldade de controle, devido ao fluxo

    desordenado, repercutindo negativamente sobre estoques e programas estveis de

    qualidade. A linha de produo deve possuir caracterstica de alta flexibilidade por

    utilizao de equipamentos especficos e que exijam habilidades de trabalho

    semelhantes.

    Os itens produzidos na farmcia de manipulao so variados e o nmero de

    matrias primas utilizadas elevado, pois em uma nica formulao pode haver a

    necessidade da utilizao de substncias inertes e adjuvantes tcnicos para veicular um

    nico frmaco ativo, o que aumenta mais a quantidade de itens a serem adquiridos. As

    embalagens tambm apresentam diversas variveis a fim de acondicionar as diferentes

    formas farmacuticas. De acordo com Prista et al (2003) forma farmacutica a maneira

    pela qual o medicamento apresentado. Esta apresentao pode ser dada de vrias

  • 26

    maneiras, tais como: cpsulas, cremes, gis, xaropes, suspenses, comprimidos entre

    outras.

    4.2.3. MAPEAMENTO DO PROCESSO PRODUTIVO

    Atravs do mapeamento dos processos possvel visualizar todos os fluxos da

    farmcia e suas deficincias no seu sistema de informao. Com a anlise efetuada dos

    casos similares e seus benefcios identificados poderemos propor um sistema de

    informao adequado, que atravs de um plano de ao desenvolvido corretamente,

    trar inmeros benefcios a Fotossntese, suprindo assim suas carncias.

    Para obter uma viso mais completa, sobre todos os processos que envolvem os

    fluxos da Farmcia Fotossntese, opta-se em efetuar um fluxograma no qual, vamos

    acompanhar passo a passo como funciona cada setor da empresa. Com essas

    informaes, juntamente com os casos similares, poderemos obter futuramente um

    modelo mais completo de Sistema de Informao conforme apresenta a Figura 2.

    Figura 2. Fluxograma das atividades

    (Fonte: Alternate Technologies)

    Ao dar entrada na farmcia, a prescrio do cliente orada pela recepcionista,

    enquanto os dados so inseridos no sistema, todas as informaes pertinentes so

    avaliadas, as dosagens que possam estar fora dos padres so imediatamente

    sinalizadas para que possam ser revisadas pelo responsvel tcnico, no caso de

    medicao de uso controlado solicitada a receita especial onde o software

  • 27

    programado previamente capaz de reconhecer qual o tipo/classe, permitindo assim

    maior confiana ao cliente, tambm neste momento possvel saber se h estoque de

    insumos suficiente para a produo do medicamento, caso contrrio oferecido ao

    cliente uma previso de tempo de quando a medicao estar disponvel para entrega

    evitando o inconveniente do cliente no retirar sua medicao no prazo dado pela loja, a

    partir deste procedimento a ordem de produo (Fig. 3) repassada juntamente com a

    receita para o farmacutico para avaliao, e enviada ao laboratrio de pesagem onde de

    acordo com o Procedimento Operacional Padro (POP) da empresa, descreve:

    Figura 3(a): Ordem de Manipulao

  • 28

    Figura 3(b): Ordem de Manipulao (continuao)

    (Fonte: Alternate Technologies)

    Descrio de pesagem seguindo a ordem de manipulao fornecida pelo software

    Formula Certa. Alternate/Technologies adaptado ao POP da empresa.

    Selecionar a ordem de manipulao por ordem de prazo de entrega prometido ao

    cliente. Separar os componentes a serem utilizados. Realizar a pesagem individual de

    cada componente em papel manteiga, aps utiliz-los retornar os potes ao armrio.

    Triturar os componentes da formulao utilizando grau e pistilo devidamente limpos.

    Adicionar excipiente se necessrio, homogeneizar, enviar em recipiente apropriado

    juntamente com a ordem de manipulao para o setor de encapsulao onde a

    formulao ser acondicionada em capsulas pr-estabelecidas com tamanho e cor

    obedecendo caracterstica da medicao. Aps encapsulado, a medicao enviada

    ao setor de contagem para ser devidamente conferida acondicionada em embalagem

    apropriada, descrita na ordem de manipulao, e ou enviada para o controle de qualidade

    por escolha do funcionrio responsvel, para o acompanhamento do peso mdio, ser

    analisado gerando relatrio geral (Fig. 4) para liberao da formulao.

  • 29

    Figura 4: Relatrio Peso Mdio

    (Fonte: Alternate Technologies)

    O controle de qualidade uma ferramenta fundamental para a produo de um

    medicamento que apresente caractersticas farmacopicas e que vise garantir sua

    utilizao com segurana e eficcia (GOMES et al., 2005).

    Os produtos em doses unitrias so submetidos a testes para determinao de

    peso, uniformidade de dose e ensaios de dissoluo. No caso das cpsulas duras, o

    procedimento para o teste de determinao de peso visa verificar se o preenchimento

    dos invlucros ocorreu de modo uniforme; isto , se as cpsulas foram preenchidas com

    quantidades aproximadamente iguais de ps. Pesa-se individualmente 20 unidades e

    determina-se o peso mdio. Os limites aceitveis de variao de peso so estabelecidos

    em farmacopias, e podem ser de 10% se o peso mdio for menor ou igual a 300 mg e

    7,5% se o peso mdio for maior que 300 mg (Farm. Bras. IV, 1988).

  • 30

    FIGURA 5: Tela Peso Mdio

    (Fonte: Alternate Technologies)

    O teste de uniformidade de dose deve ser realizado nas amostras que passaram

    no teste de determinao de peso, e tem por objetivo verificar se o teor de uma

    determinada substncia ativa aproximadamente o mesmo em cada unidade da amostra

    analisada; isto , verifica a homogeneidade da mistura de ps-encapsulada, o que

    garante que o medicamento seja administrado em doses homogneas. O teste de

    dissoluo permite verificar se as cpsulas iro se romper no tempo esperado e liberar os

    ativos nelas contidos para que a quantidade adequada de substncia ativa possa ser

    dissolvida nos lquidos fisiolgicos, e, com isso, ser distribuda at o local onde ir

    exercer a ao teraputica esperada. Este teste realizado em equipamentos

    denominados de dissolutores e em condies bem definidas em farmacopias de acordo

    com a monografia da substncia ativa utilizada (PRISTA et al.; 2002; CAIAFFA et al.,

    2002). Aps devidamente conferida, rotulada a medicao posta a disposio do setor

    de entrega podendo ser rastreada pela numerao gerada na ordem de servio fornecida

    tambm ao cliente.

    Para todo trabalho realizado dentro de um laboratrio de manipulao primordial

    que todos os processos sejam baseados, em um Procedimento Operacional Padro

    (POP) adequado para cada setor. O objetivo a padronizao das operaes seguindo

    as Boas Prticas de Manipulao (BPM) em alopatia e homeopatia. A criao e o

  • 31

    cumprimento dos procedimentos de operao so garantia de qualidade de um processo

    durante todo o seu desenvolvimento e interagem com o programa Frmula Certas.

    Segundo ANVISA RDC 214/2006 anexo I para BOAS PRTICAS DE

    MANIPULAO EM FARMCIAS o principal objetivo esta em estabelecer requisitos

    mnimos de boas prticas de manipulao em farmcias (BPMF) a serem observados na

    manipulao, conservao e dispensao de preparaes magistrais, oficinais, e de

    outros produtos de interesse a sade, bem como para aquisio de matria-prima e

    materiais de embalagem.

    Os POPs bsicos da farmcia de manipulao so descritos nas Tabelas a seguir

    em sees que englobam todas as etapas de produo. Iniciando pelas condies gerais

    de trabalho (Tab.3) onde seu contedo trata da forma correta de procedimentos para

    higiene, visitao interna, normas de segurana, treinamento de pessoal. Treinamento

    pessoal, recebimento de reclamaes e sugestes, tratamento de no conformidade.

    Tabela 3: POP de Condies Gerais

    POP 3.1 Higiene das mos

    POP 3.2 Higiene pessoal

    POP 3.3 Entrada de visitantes na rea de manipulao

    POP 3.4 Procedimentos de normas de segurana (CIPA)

    POP 3.5 Treinamento pessoal

    POP 3.6 Recebimento de reclamaes e sugestes

    POP 3.7 Tratamento de no conformidade

    (Fonte: ANVISA RDC 214/2006)

    Para o armazenamento as BPM (Boas Prticas de Manipulao) estabelecem

    requisitos gerais para aquisio de drogas, insumos farmacuticos, e materiais de

    embalagem, o armazenamento, a manipulao, a conservao, o transporte, a

    dispensao de preparaes magistrais e oficinais e fracionamento de produtos

    industrializados de acordo com RDC n 214/2006, como segue na Tabela 4.

  • 32

    Tabela 4: POP para armazenamento

    POP 4.1 Fracionamento e abastecimento

    POP 4.2 Recebimento de matria prima e embalagem

    POP 4.3 Armazenagem de matria prima

    POP 4.4 Controle de estoque

    POP 4.5 Controle de temperatura em refrigeradores

    POP 4.6 Controle de temperatura e humidade

    POP 4.7 Destino de produtos vencidos, reprovados e frmulas vencidas

    POP 4.8 Seleo de aprovao de fornecedor

    (Fonte: ANVISA RDC 214/2006)

    Dentro da Tabela 5 esto descritos os procedimentos indispensveis para

    garantia de BPMF cita como os equipamentos devem ser instalados e localizados, e trata

    tambm dos procedimentos operacionais de limpeza e sanitizao das reas,

    instalaes, equipamentos e materiais que devem estar disponveis e de fcil acesso ao

    pessoal responsvel e operacional.

    Tabela 5. POP para os equipamentos e controle de limpeza e sanitizao

    POP 5.1 Destilador

    POP 5.2 Fluxo contnuo

    POP 5.3 Funcionamento e limpeza de estufa

    POP 5.4 Limpeza de caixa dagua

    POP 5.5 Controle de vetores

    POP 5.6 Limpeza de ambiente fsico

    (Fonte: ANVISA RDC 214/2006)

    A seguir a Tabela 6 descreve como a garantia de qualidade tem como objetivo

    assegurar que os produtos e servios estejam dentro dos padres de qualidade exigidos.

    Devem existir POPs escritos para manipulao das diferentes formas farmacuticas

    preparadas na farmcia. Assim como procedimentos para conservao e transporte ate a

    dispensao dos produtos manipulados.

  • 33

    Tabela 6. POP para garantia de qualidade

    POP 6.1 Dispensao de produtos prontos

    POP 6.2 Politica de qualidade

    POP 6.3 Gesto de qualidade

    POP 6.4 Pessoal

    POP 6.5 Equipamentos e Vidraria

    POP 6.6 Materiais

    POP 6.7 Controle dos processos de manipulao

    POP 6.8 Controle de qualidade

    POP 6.9 Controle de registros

    POP 6.10 Controle de documentos

    POP 6.11 Estudo de estabilidade de T.M e preparaes dispensadas e insumo inerte homeoptico

    (Fonte: ANVISA RDC 214/2006)

    A gua utilizada na manipulao de produtos considerada matria prima por

    este motivo tratada nesta seo que engloba um dos mais extensos assuntos

    referentes (BPMF), conforme Tabela 7.

    Tabela 7. POP do controle de matria prima e gua

    POP 7.1 Instruo de coleta de amostra de agua

    POP 7.2 Amostragem de matria prima para controle de qualidade

    (Fonte: ANVISA RDC 214/2006)

    O POP que trata de requisitos de BPMF a serem observados os locais especficos

    para a pesagem das matrias primas, com dimenses que facilitem a limpeza

    manuteno e outras operaes a serem executadas est descrito na Tabela 8.

  • 34

    Tabela 8: POP das normas de Manipulao Alopticos e Homeopticos:

    POP 8.1 Controle de peso em cpsula cheia

    POP 8.2 Sala de slidos-pesagem

    POP 8.3 Sala de lquidos e semilquidos

    POP 8.4 Aditivao de P. A em creme e loo

    POP 8.5 Aditivao de P. A em Xarope

    POP 8.6 Pesagem de base de shampoo

    POP 8.7 Avaliao de controle de pesagem em supositrios

    POP 8.8 Procedimento de lavagem, secagem inativao, e ou esterilizao

    POP 8.9 Preparao das formas farmacuticas derivadas

    (Fonte: ANVISA RDC 214/2006)

    A parte administrativa da empresa proporciona possvel o rastreamento de

    informaes de qualquer setor, armazenamento de fichas de produo, prazos de

    arquivamento de documentos descreve como devem ser guardados ou dispostos ao

    publico a documentao constitui parte essencial do Sistema de Garantia de Qualidade,

    descritos na Tabela 9.

    Tabela 9. POP de escriturao

    POP 9.1 Livros de receitas e notificaes

    POP 9.2 Registro informatizado

    POP 9.3 Livro de receiturio geral

    POP 9.4 Livro de registro especfico

    POP 9.5 Guarda de documentao

    (Fonte: ANVISA RDC 214/2006)

    Na Tabela 10 possvel identificar os POP nos casos de como devem proceder

    aos pedidos de atendimento a reclamaes e sugestes, qual profissional esta

    qualificado para responder a tais solicitaes.

  • 35

    Tabela 10. Reclamaes e esclarecimento

    POP 10.1 Recebimento de reclamaes e sugestes

    POP 10.2 Esclarecimento junto aos mdicos

    POP 10.3 Reclamaes junto ao fornecedor

    (Fonte: ANVISA RDC 214/2006)

    A Tabela 11 abrange procedimentos descritos para recebimentos de receitas e

    suas devidas identificaes, da responsabilidade do profissional em avaliar e orientar

    objetivando o uso correto dos produtos dentro de um prazo adequado.

    Tabela 11. Controle de aviamento de receitas

    POP 11.1 Recebimento de receita no balco

    POP 11.2 Recebimento de receita no laboratrio

    POP 11.3 Procedimento de dispensao

    POP 11.4 Avaliao farmacutica de prescrio antes da manipulao

    POP 11.5 Rotulagem

    POP 11.6 Determinao das validades

    POP 11.7 Suporte tcnico (informtica)

    (Fonte: ANVISA RDC 214/2006)

    Os POPs que descrevem as observaes que devem ser feitas antes da entrega

    ao cliente para que haja garantia total de que o produto final esta de acordo com o pedido

    do cliente utilizando todos os recursos possveis descritos na Tabela 12.

    Tabela 12. Dispensao

    POP 12.1 Estocagem de medicamentos prontos

    POP 12.2 Entrega dos medicamentos prontos

    (Fonte: ANVISA RDC 214/2006)

  • 36

    No POP especfico para o setor de pesagem de slidos, por exemplo, descrito

    todas as etapas a serem seguidas para a realizao da produo dos medicamentos em

    geral. Esta descrio de pesagem de slidos seguindo a ordem de manipulao fornecida

    pelo software Formula Certa. Alternate|Tecnologies adaptado ao POP da empresa

    descreve os seguintes procedimentos relativos preparao de capsulas gelatinosas

    duras, portanto consiste no preenchimento dos invlucros, sendo necessrio selecionar o

    de capacidade adequada ao volume ocupado pela massa da substancia a ser

    acondicionada.

    Na maioria das vezes, a quantidade do ativo prescrita no suficiente para

    preencher o involucro completamente e requer a adio de um p inerte (excipiente) para

    que as cpsulas fiquem perfeitamente cheias, garantindo boa homogeneidade durante o

    enchimento, facilidade na manipulao, aumento da estabilidade da formulao e ate

    mesmo por razes estticas. Essa diluio deve ser executada de forma que o volume

    aparente da mistura de p obtida permita encher perfeitamente os invlucros escolhidos,

    veiculando a quantidade de frmaco pretendida por dose. A uniformidade de dose das

    cpsulas duras depende de trs fatores: da escolha dos invlucros, do mtodo de mistura

    e enchimento e das caractersticas do produto a ser encapsulado (PRISTA et al., 2002;

    STULZER e TAGLIARI, 2006; ALLEN JR, POPOVICH, ANSEL, 2007).

    A maioria das formas farmacuticas slidas, produzidas em farmcias de

    manipulao capsulas de gelatina dura, visto que apresentam boa proteo ao

    frmaco, podem mascarar caractersticas organolpticas indesejveis, possvel a

    utilizao em diferentes cores, o que facilita sua diferenciao pelo paciente, e,

    principalmente por apresentar boa biodisponibilidade, se comparada s outras formas

    farmacuticas (PETRY et al.,1998).

    Tabela 13: Capacidade dos Invlucros de Gelatina.

    N cpsula 000 00 0 1 2 3 4 5

    Volume (mL) 1,40 0,95 0,68 0,50 0,37 0,30 0,21 0,13

    Nota: Os volumes variam de acordo com o fabricante (ALLEN JR, POPOVICH, ANSEL, 2007).

    A uniformidade de dose das cpsulas duras depende de trs fatores: da escolha

    dos invlucros, do mtodo de mistura e enchimento e das caractersticas do produto a ser

    encapsulado (PRISTA et al., 2002; STULZER e TAGLIARI, 2006; ALLEN JR,

    POPOVICH, ANSEL, 2007). As formulaes, normalmente, expressam as substncias

    em unidades de massa e os invlucros tm suas capacidades expressas em unidades de

  • 37

    volume. Por isso, devemos converter a unidade de massa, o grama, em unidade de

    volume, o mililitro, utilizando o conceito de densidade aparente.

    A farmacopia europeia cita o teste de densidade picnomtrica de slidos, que

    tem como objetivo determinar o volume ocupado por uma massa conhecida de um p,

    pela medida do volume de gs deslocado sob condies definidas (EP, 1999). Mas, em

    farmcias, determina-se o volume aparente do p a ser acondicionado medindo, numa

    proveta graduada de pequeno dimetro, normalmente de dez mililitros, o volume ocupado

    por um grama do p. A densidade aparente obtida ao se dividir a massa

    correspondente do p pelo seu volume aparente e expressa em g/ml. A escolha do

    tamanho da cpsula feita pela soma das densidades aparentes de todos os

    componentes da formulao (PRISTA et al., 2002).

    4.2.3.1 MTODO DE MISTURA E ENCHIMENTO

    Vrias tcnicas podem ser utilizadas para o enchimento das cpsulas com a

    mistura de ps e so vrios os modelos de encapsuladoras encontrados no mercado:

    manuais (Fig. 6) e semiautomticas. As farmcias de pequeno porte fazem uso das

    encapsuladoras manuais por serem mais adequadas capacidade de produo, por

    ocuparem pouco espao, o que viabiliza a sua utilizao sobre uma bancada associada a

    um sistema de exausto simples. O produto a ser encapsulado: Existem substncias que

    apresentam alta densidade, estreita distribuio de tamanho de partculas, dimetro

    mdio maior que 20m e baixas foras de atrao entre suas partculas, o que favorece o

    escoamento e torna fcil o processo de enchimento. Mas, por outro lado, existem

    substncias que, por no apresentarem essas propriedades, escoam com dificuldade

    tornando a mistura difcil, tendendo segregao e, consequentemente, a um

    preenchimento irregular (AULTON, 2005) Para contornar esses problemas pode-se

    utilizar a adio de Substncias Lubrificantes, ou ento proceder formao de

    pequenos grnulos com maior densidade por processos de granulao (LACHMANN,

    2001; PRISTA et al., 2002)

  • 38

    As encapsuladoras manuais so

    confeccionadas de Poli Cloreto

    de Vinila (PVC) ou de acrlico,

    com capacidade que varia de 30

    a 600 unidades e bandejas para

    todos os tamanhos de invlucros

    disponveis no mercado.

    Figura 6: Encapsuladora Manual

    Fonte: Avancini equipamentos.

    4.3. O FRMULA CERTA

    4.3.1. SOBRE O SOFTWARE

    O Formula Certa um Software cliente-servidor que utiliza para programao a

    linguagem Delphi com banco de dados Fire Bird. um gerenciador logstico global para

    farmcias de manipulao. O software integra todas as informaes necessrias para a

    administrao global da farmcia: Automao de Oramentos e Vendas, Pesagem

    Monitorada e Controle de Estoque, Terminal de Caixa, Emisso de Cupom Fiscal (ECF) e

    Transferncia Eletrnica de Fundos (TEF), Mapas e Livros, Gerador de Etiquetas,

    Controle de Convnios, Fluxo de Caixa, Visitao Mdica, Produtividade de Funcionrios

    e dezenas de Relatrios Gerenciais.

    A Figura 7 representa a tela inicial do software Frmula Certa, a partir desta tela

    o usurio insere seus dados, fornecidos pelo setor de informtica e tem acesso ao

    sistema online interligado a toda rede de gerenciamento da empresa. Esta tela comum

    a qualquer setor informatizado que esteja interligado ao software Frmula Certa, que vai

    do atendimento ao controle de qualidade possibilitando o cruzamento de dados

    referentes a formulaes, clientes, princpios ativos entre outros.

    Atravs desta tela inicial o usurio tem acesso prxima tela (Fig. 8) que se

    refere aos dados relativos a vrios cones, no item Produtos possvel visualizar todos os

    produtos que a empresa fornece facilitando assim a informao ao cliente. Outra

    possibilidade que acessam pelo cone Cliente todas as informaes referentes aos

    Clientes, como dados cadastrais, observaes mdicas, entre outras, alm de visualiza o

    cone Receitas onde feita a incluso da prescrio mdica.

  • 39

    Figura 7: Tela inicial do Formula Certa

    Fonte: Alternate Technologies.

    possvel, tambm, a partir da tela Ateno Farmacutica fornecer ao cliente

    informao pertinente a parmetros fisiolgicos e bioqumicos, aplicaes de injetveis,

    dentre outros grava e imprime a declarao de servios farmacuticos com todas as

    referencias de acordo com a RDC44|09.

    O cone Monitoramento proporciona o lead time, fornecendo informaes de

    tempo de produo e atravs do cone Caixa e possvel acompanhar o fluxo de venda em

    todas as filiais da empresa. O cone Matriz-Filial mantem dados entre a Matriz e suas

    Filiais atualizando, tambm possibilitando o envio de informaes para a produo e

    estoque. Atravs do cone Back-up como em todo e qualquer sistema informatizado

    destina-se a manuteno do sistema. Dentro do cone Analise realiza-se o controle dos

    insumos e produtos da empresa.

    Atravs da tela visualizada na Figura 9 possvel ao usurio controlar e identificar

    todo o seu produto armazenado, e por consequente acompanhar entrada e sada de

    insumos, utilizados diariamente. Esta tela e usada continuamente pelo setor de

    almoxarifado, e por meio dela tambm feito o inventario e o controle de validade dos

    insumos.

  • 40

    Figura 8. Tela de acesso ao sistema Frmula Certa

    Fonte: Alternate Technologies

    Figura 9: Conferncia de Estoque

    Fonte: Alternate Technologies

  • 41

    A partir desta tela (Fig. 10) o usurio e capaz de levantar dados de compras

    agrupadas por filial, definir layouts de relatrios, fornecedor prioritrio, gerarem pedidos

    eletrnicos com vrios distribuidores de medicamentos, filtros de que podem facilitar o

    processo de aquisio dos insumos necessrio.

    Figura 10: Tela Histrico do Produto

    Fonte: Alternate Technologies

    4.3.1.1. SOLUO DE DVIDAS.

    O programa disponibiliza a Soluo de Dvidas, seja no uso do sistema, seja

    nas monografias, poupando o tempo gasto com a consulta sobre o produto em inmeros

    livros. Todo o processo pode ser impresso e fica registrado na ficha do cliente. Cruzando

  • 42

    a sugesto oferecida pelo software com o banco de dados do Grupo Zanini Oga ainda se

    pode checar qualquer interao tanto com alimentos quanto com outros medicamentos

    que o cliente estiver utilizando e, dessa forma oferecer ao cliente orientao

    extremamente segura (ALTERNATE TECHINOLOGIES-2012) (Figura 11).

    Figura 11: Tela Receitas

    Fonte: Alternate Technologies

    Ao digitar o nome possvel ver a informao completa do produto, interaes

    medicamentosas, posologia, reaes adversas, alm de fornecer ficha completa para

    orientao do cliente (Fig.12).

    No modulo ateno farmacutica (Fig.13, 14) podem ser encontrado procedimento

    para implantar servios farmacuticos adequados.

  • 43

    Figura 12: Orientao ao Consumidor

    Fonte: Alternate Technologies

  • 44

    Figura13: Declarao de Servio Farmacutico Figura 14: Ateno Farmacutica

    Fonte: Alternate Technologies

    Para esta parte especifica do trabalho (Fig. 15), o profissional conta com a opo

    na tela podendo escolher no servio ateno farmacutica os parmetros bioqumicos e

    fisiolgicos, aplicao de injetveis, aferio de presso arterial, determinao da

    glicemia capilar, gerando formulrio, grava os dados e imprime a declarao de servios

    farmacuticos com todas as referencias de acordo com a RDC 44|09.

  • 45

    Figura15: Servio Farmacutico

    Fonte: Alternate Technologies

    Na tela da Figura 16 possvel identificar os dados especficos do produto, como

    densidade, fator de correo, teor, unidade de medida, estado fsico, valor de mercado,

    estas informaes so de relevncia para o custo da medicao, para fabricao do

    produto final, para anlises futuras.

    .

  • 46

    Figura 16. Tela identificao dos dados especfico do produto

    Fonte: Alternate Technologies

    No programa ainda possvel consultar a monografia do frmaco durante o

    oramento/incluso permitindo checar informaes como precaues, posologias,

    reaes adversas, cuidados, contra indicaes, (Fig. 17).

  • 47

    Figura 17 Especificaes Tcnica de Produtos

    Fonte: Alternate Tecnologies

    Alm de checar as interaes medicamentosas e alimentares entre os

    componentes da frmula atual e o histrico de consumo do paciente seja de

    produtos manipulados e/ou industrializados e permitindo a impresso de uma ficha

    de orientaes complementares para o paciente, de acordo com a Figura 18.

  • 48

    Figura 18: Especificaes Tcnica de Produtos

    Fonte: Alternate Technologies

    O programa possibilita manter a padronizao do preparo dos excipientes,

    adjuvantes tcnicos, bases e produtos diludos, descrevendo as tcnicas de preparo de

    acordo com a farmacopeia. Indicando o excipiente mais adequado para ser utilizado na

    formulao de acordo com as especificaes tcnicas (Fig. 19, 20).

  • 49

    Figura 19: Tela Formula Padro Figura 20: Tela Clculo de Excipiente

    Fonte: Alternate Technologies

    Na impresso da ficha de produo possvel contemplar todos os clculos para

    produo da frmula j considerando teor, equivalncia, correo, sinonmias,

    transformao e converso geral na unidade padro de pesagem, alertas de etiquetas,

    de dosagens ultrapassadas, especificao dos lotes a serem utilizados com as

    informaes de fornecedor e validade, e inmeras outras mensagens dependendo da

    frmula em questo (fig. 21).

  • 50

    Figura 21: Tela de incluso de Receitas

    Fonte: Alternate Technologies

    4.3.1.2. Controle de Qualidade

    Controle de Qualidade - Conjunto de medidas destinadas a verificar a qualidade

    de cada lote de medicamentos e demais produtos abrangidos por este Regulamento,

    para que satisfaam s normas de atividade, pureza, eficcia e inocuidade (ANVISA-

    1973).

    A qualidade de um medicamento determinada pelas caractersticas do prprio

    produto e pelo cumprimento das Boas Prticas de Fabricao. Seguindo as

    caractersticas principais:

    Identidade: indica que o produto contm de fato o que o fabricante diz que

    contm os insumos descritos no rtulo.

    Pureza: indica que o produto no sofreu contaminao por outras substncias.

    Potncia: indica a capacidade do medicamento de produzir resultados desejados.

    Concentrao: a quantidade do princpio ativo (frmaco) contido em uma

    unidade do medicamento.

    Uniformidade: indica que todas as unidades daquele medicamento produzido

    possuem a mesma quantidade de princpio ativo.

  • 51

    Estabilidade: refere-se capacidade do medicamento em manter suas

    caractersticas originais inalteradas durante o seu tempo de validade.

    O software Frmula Certa disponibiliza em parceria com a empresa Ortofarma

    especificao total para a compra e o controle de qualidade de mais de mil matrias-

    primas e produtos, a fim de garantir a qualidade incio ao fim do processo de produo,

    simplificando e orientando passo a passo os testes, sempre com a metodologia de

    preparo mais simples e com referncias bibliogrficas (Fig. 22).

    Figura 22: Tela de certificado de anlises

    Fonte: Alternate Technologies

  • 52

    5. CONCLUSO

    O investimento em informatizao do sistema tem um custo elevado e nem

    sempre proporciona crescimento e credibilidade junto ao mercado, o grande atrativo de

    uma farmcia de manipulao atualmente, o tempo de atendimento juntamente com a

    qualidade do medicamento produzido e o custo final ao cliente, tornando assim maior a

    competio entre as empresas do ramo, que a cada dia se adaptam a necessidade do

    mercado buscando conquistar, mais clientes oferecendo garantia de qualidade no

    produto. Chegou-se a concluso de que o sistema informatizado traz para a empresa

    uma organizao no que diz respeito rastreabilidade, qualidade de insumos mais no

    garante que o desabastecimento no acontea, pois no depende unicamente da

    empresa e sua forma de gerenciamento.

  • 53

    6. REFERNCIAS BIBLIOGRAFIA

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