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1. O CRÉDITO E O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO A palavra crédito se origina do vocabulário latin credere, que quer dizer: crer, confiar, acreditar (SILVA, 1997). Se utilizar-se o substantivo crédito, verifica-se que ele significa literalmente “confiança”. Para Ferreira (1986), a palavra crédito significa: segurança na verdade de alguma coisa; suas afirmações merecem crédito. Essa confiança está presente nas relações diárias das pessoas e das empresas, possibilitando a compra e venda de serviços ou produtos. Segundo Schrickel (1998): Crédito é todo ato de vontade ou disposição de alguém de destacar ou ceder, temporariamente, parte de seu patrimônio a um terceiro, com a expectativa de que esta parcela volte a sua posse integralmente após decorrido o tempo estipulado. O crédito assume fundamental participação no desenvolvimento de um país. Em qualquer de suas possibilidades, seja financiando o consumo de pessoas físicas, assistindo o capital de giro de empresas ou financiando investimentos, estará sempre ligado a desenvolvimento econômico e social. Numa analogia bastante simples, promover o crescimento econômico envolve mobilizar insumos assim como no feitio de um bolo. É necessário ter em mão todos os ingredientes – farinha, leite, ovos, fermento, açúcar – e poder (e saber) usá-los. Esses ingredientes são interligados e complementares. Na falta de um deles, não haverá bolo. O crédito é um insumo essencial para o crescimento econômico. Vejamos como isso acontece, iniciando com alguns conceitos econômicos, como PIB e poupança. O PIB (Produto Interno Bruto) de um país é o resultado da soma de todos os bens, produtos e serviços produzidos pela sociedade. Poupança, no contexto econômico, representa a parcela não consumida (o excedente) da sociedade. O Crédito, assim, está ligado à produção, na medida em que disponibiliza recursos ociosos da economia à assistência creditícia de empresa produtoras de bens ou serviços. Por isso, o volume de crédito e PIB estão intimamente ligados. Mas não é só no financiamento de infra-estrutura e na aquisição de bens de capital que o crédito contribui para a evolução do PIB. Ao mesmo tempo em que faz chegar ao empreendedor recursos para que este possa produzir bens ou serviços para a sociedade, o crédito assume fundamental importância para o desenvolvimento econômico em outras áreas. Quando fornece recursos para o consumidor antecipar a aquisição de bens, o crédito está auxiliando o processo econômico na medida em que facilita o consumo, aquece a produção e mantém os níveis de emprego. 1

Gestão e análise de risco de crédito apostila i

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1. O CRÉDITO E O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

A palavra crédito se origina do vocabulário latin credere, que quer dizer: crer, confiar, acreditar (SILVA, 1997). Se utilizar-se o substantivo crédito, verifica-se que ele significa literalmente “confiança”.

Para Ferreira (1986), a palavra crédito significa: segurança na verdade de alguma coisa; suas afirmações merecem crédito. Essa confiança está presente nas relações diárias das pessoas e das empresas, possibilitando a compra e venda de serviços ou produtos.

Segundo Schrickel (1998):

Crédito é todo ato de vontade ou disposição de alguém de destacar ou ceder, temporariamente, parte de seu patrimônio a um terceiro, com a expectativa de que esta parcela volte a sua posse integralmente após decorrido o tempo estipulado.

O crédito assume fundamental participação no desenvolvimento de um país. Em qualquer de suas possibilidades, seja financiando o consumo de pessoas físicas, assistindo o capital de giro de empresas ou financiando investimentos, estará sempre ligado a desenvolvimento econômico e social.

Numa analogia bastante simples, promover o crescimento econômico envolve mobilizar insumos assim como no feitio de um bolo. É necessário ter em mão todos os ingredientes – farinha, leite, ovos, fermento, açúcar – e poder (e saber) usá-los. Esses ingredientes são interligados e complementares. Na falta de um deles, não haverá bolo.

O crédito é um insumo essencial para o crescimento econômico. Vejamos como isso acontece, iniciando com alguns conceitos econômicos, como PIB e poupança.

O PIB (Produto Interno Bruto) de um país é o resultado da soma de todos os bens, produtos e serviços produzidos pela sociedade. Poupança, no contexto econômico, representa a parcela não consumida (o excedente) da sociedade.

O Crédito, assim, está ligado à produção, na medida em que disponibiliza recursos ociosos da economia à assistência creditícia de empresa produtoras de bens ou serviços. Por isso, o volume de crédito e PIB estão intimamente ligados.

Mas não é só no financiamento de infra-estrutura e na aquisição de bens de capital que o crédito contribui para a evolução do PIB. Ao mesmo tempo em que faz chegar ao empreendedor recursos para que este possa produzir bens ou serviços para a sociedade, o crédito assume fundamental importância para o desenvolvimento econômico em outras áreas.

Quando fornece recursos para o consumidor antecipar a aquisição de bens, o crédito está auxiliando o processo econômico na medida em que facilita o consumo, aquece a produção e mantém os níveis de emprego.

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Quando disponibiliza recursos aos exportadores, o crédito está facilitando o superávit comercial e proporcionando o ingresso de divisas no país.

Quando destinado ao setor agroindustrial, o crédito fomenta a produção e auxilia o processo de geração de emprego e renda.

Se destinados às famílias de baixa renda, via microcrédito ou programas governamentais, o crédito tem função social relevante na redução da exclusão social e na melhor distribuição de renda.

Em qualquer de suas formas, o crédito sempre estará ligado ao desenvolvimento econômico e social de um país.

Em países mais desenvolvidos, o volume de crédito é tão elevado que chega a ultrapassar o PIB. No Brasil, essa relação é ainda bem moderada. Entretanto, o País deverá acompanhar a tendência internacional, com significativo aumento para os próximos anos.

2 – OS C’s DO CRÉDITO

É muito importante numa análise criteriosa para concessão do crédito. No processo decisório, geralmente o agente financiador, geralmente, o concessor de crédito tem como parâmetros alguns fatores ao definir sobre a concessão ou não do crédito e o seu montante. Vários autores citam esses fatores chamando-os de “Os C’s” e os apresentam como sendo partes de sua análise. Para Weston e Brigham (apud Silva, 1988, p. 130), os cinco C’s do crédito são: caráter, condições, capacidade, capital e colateral. Porém, Silva, 1988, acrescenta o sexto C que é conglomerado.

Gitman (1997, p. 696-7) também cita os C’s do crédito enfatizando os aspectos pessoais, caráter e capacidade, considerando-os como fatores mais importantes para a concessão de empréstimos, pois, o analista de crédito geralmente dá maior importância aos dois primeiros C’s do crédito – caráter e capacidade – uma vez que eles representam os requisitos fundamentais para a concessão de crédito a um solicitante.

2.1 - Caráter

Por ser um fator pessoal torna-se muito difícil uma análise cem por cento segura em relação ao caráter de um pretendente de crédito. Por isso o analista recorre a dados históricos para verificar como o tomador de crédito honrou seus compromissos anteriores, sem tem restrições junto aos órgãos de proteção ao crédito e se foi pontual no pagamento dos créditos a ele concedidos.

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Nesse sentido Gitman (1997, p. 696) reporta-se ao caráter como sendo “... o histórico do solicitante quanto ao cumprimento de suas obrigações financeiras, contratuais e morais”.

Mesmo considerando esses aspectos não fica descartada a possibilidade de a qualquer momento o postulante ao crédito deixar de ter esse “caráter”, ou seja, mudar a forma de agir em relação a seus credores ao longo do tempo. Preocupação apresentada por Silva (1988, p. 130) quando cita o ditado popular: “alguém só é honesto até o dia em que deixa de ser”.

Para ressaltar ainda mais a relevância do caráter em análise, destaca-se que para Schrikel (1988): “... este é o mais importante e crítico C em qualquer concessão de crédito, não importando, em absoluto, o valor da transação”, pois:

“como um empréstimo, a rigor, é uma permuta de alguma coisa tangível... é imperativo que o devedor tenha um animus de devolver a coisa após decorrido o prazo convencionado entre as partes. O caráter, relacionado aos empréstimos em geral, diz respeito, portanto, à determinação de pagar do tomador (SCHRIKEL, 1998, p. 48)”

Outro fator relevante relacionado ao caráter é a inadimplência. Esta se refere ao não pagamento de um empréstimo no prazo combinado entre as partes. “As empresas tornam-se inadimplentes por terem retornos baixos ou negativos, sendo incapazes de pagar obrigações, no vencimento” (GITMAN, 1997, p. 757).

Além de se considerar que a inadimplência pode ser decorrente do caráter do devedor, ou seja, da vontade de não pagar a obrigação, existem outras causas da inadimplência como as apresentadas por Gitman (1997) que considera a principal delas a má administração da empresa, como também dificuldades setoriais em tempo de crises econômicas.

2.2 - Capacidade

A capacidade de se honrar o pagamento de um determinado empréstimo pode ser analisada sobre vários aspectos de forma a se mensurar as habilidades do devedor pagar suas dívidas, no âmbito interno de suas atividades.

Para Gitman (1997, p. 696) capacidade é: “... o potencial do cliente para quitar o crédito solicitado”. E esse potencial pode ser avaliado, segundo esse autor, pelos índices de liquidez e endividamento da empresa.

A utilização dos indicadores de liquidez na determinação da capacidade de pagamento é muito oportuna, pois o conceito de capacidade e liquidez é muito parecido. A diferença é que, quando se

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trata de liquidez, além da capacidade que é o potencial do cliente em quitar o crédito obtido, deve haver pontualidade quanto ao prazo combinado. Pois, “... a liquidez é a capacidade de liquidar obrigações em dia” (SCHRIKEL, 1998, p. 223).

Outras formas de análise de capacidade poderão também ser usadas, como, por exemplo, uma investigação, segundo Silva (1998, p. 149-151), sobre aspectos como a estrutura organizacional que se pode revelar o grau de modernização de seus produtos e serviços; o sistema de informações gerenciais para prestar informações cada vez mais rápidas e seguras, de forma a manter a competitividade da empresa; o sistema de marketing da empresa, para ganhar e manter mercados e garantir um faturamento condizente com sua estrutura, assim, como o grau de investimento em pesquisas para desenvolvimento de novos produtos e manutenção da lucratividade.

Para bem se avaliar a capacidade do tomador de crédito, o emprestador deve conseguir respostas a uma série de perguntas, segundo Schrikel (1998) que se referem a dados pessoais do mesmo, tais como: idade, grau de educação, formação acadêmica, experiência profissional, posicionamento gerencial sobre os negócios, etc.

Tendo essas informações como apoio para medir a capacidade do devedor, Schrickel (1998) faz uma análise mais voltada ao aspecto gerencial do negócio e aos recursos humanos do devedor. Enfatiza os valores educacionais, capacitação profissional e forma de gestão como maneira de se analisar a capacidade de pagamento e de permanência das empresas do mercado. É um aspecto de análise diferente do apresentado por Gitman (1997), já mencionado, que enfatiza o processo mais técnico, através da utilização das demonstrações financeiras, para a realização da análise da capacidade de pagamento. Ainda, outra visão com ênfase no aspecto mercadológico é apresentado por Silva (1988), voltada para a análise das estratégias utilizadas pela empresa de forma a se manter competitiva, acompanhando as inovações na estrutura, nos produtos e serviços, mantendo sua lucratividade e contribuindo para sua permanência no mercado, o que levará ao bom termo de seus negócios com os credores e conseqüentemente, à determinação de sua capacidade em honrar seus compromissos.

2.3 Capital

O capital, considerado como um dos C’s do crédito refere-se à solidez da empresa, ou a estrutura de composição da mesma no sentido de a empresa ter recursos próprios que aplicados na atividade produtiva vai gerar resultados que permitirão arcar com o ônus dos créditos conseguidos junto a terceiros. Assim, para uma análise de crédito, é importante verificar o montante de capital próprio que é empregado em uma empresa e também sua estrutura, comparativamente, ao capital

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de terceiros, o que deverá gerar receita capaz de soldar os empréstimos realizados.

Como apresenta Ruth (1991, p.118):

O capital refere-se aos fundos disponíveis para operar uma empresa. A esse respeito existem duas considerações fundamentais a fazer: o montante de capital patrimonial que os proprietários investiram na empresa e o grau de eficiência com que o total do capital é nela empregado. Geralmente, é um mau sinal quando a participação de capital dos proprietários é consideravelmente menor do que a participação de capital de credores. Existem exceções – a própria indústria bancária é uma delas...

Schrickel (1998, p.52) para descrever o C capital, apresenta esse item relacionado às pessoas físicas e jurídicas. Para a pessoa física o capital, na análise de credito, não se reporta ao patrimônio dessa pessoa, mas sim à sua renda, ou seu salário, pois são dessas fontes que provêem os recursos para saldar seus empréstimos.

Porém para as empresas, esses recursos provêem da utilização de seu capital. Dessa forma a análise de crédito, quando se trata de pessoa jurídica, principalmente, no que se refere ao capital, é baseada no patrimônio do tomador do empréstimo, mas não só considerado o montante desse Patrimônio Líquido, ou capital social, mas sim à forma como ele está investido, sua composição em relação ao capital de terceiros, sua taxa de retorno e outros indicadores revelados pela análise econômico-financeira da empresa.

2.4 Condições

A análise a ser feita considerando o C condições é a observação das variáveis micro e macro econômicas externas à atividade do tomador do empréstimo. Segundo Scrickel (1998 p.53-4):

“... as condições dizem respeito ao micro e macrocenário em que o tomador de empréstimos está inserido. No caso de empresas, tal cenário é o ramo de atividade e economia como um todo. Vale dizer, é muito importante saber avaliar o momento do empréstimo.”

A identificação de tendências setoriais, crescimento e recessão de mercados relacionados com o ramo de atividade da empresa, sua dependência do governo, do mercado externo, informações sobre concorrência do setor e políticas econômicas que possam vir a alterar as condições de comercialização de produtos relacionados com sua operacionalização, são alguns fatores de auxílio para a identificação das condições que poderão ser favoráveis ou não ao retorno do crédito concedido.

Porém, além de analisar as condições do tomador do empréstimo, em alguns casos, circunstâncias especiais poderão influenciar

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favoravelmente a outra parte na concessão do credito. Essas circunstâncias podem ser:

“... as condições econômicas e empresariais vigentes, bem como circunstâncias particulares que possam afetar qualquer dar partes envolvidas na negociação” (GITMAN 1997, p.697).

2.5 Colateral

Colateral Significa garantia. Esse C do crédito deve ser, como os demais, sempre analisado no conjunto da situação em que deve ocorrer o crédito.

Santos (2000, p.33) define:

“... garantia, em seu aspecto de risco, como a vinculação de um bem de uma responsabilidade conversível em números que assegure a liquidação do empréstimo.”

É natural que se o pretendente ao crédito, por exemplo, não tiver caráter, mesmo oferecendo suficientes garantias, o risco desse empréstimo não voltar no prazo combinado será muito grande. A garantia nunca deve ser o motivo para se efetuar o crédito. Somente ela não faz com que o crédito retorne no prazo combinado. Ações judiciais para cobrança do crédito inadimplente podem ser muito demoradas e na maioria das vezes serão questionadas muitas cláusulas do acordo previamente firmado entre as partes. A intenção de qualquer instituição de crédito é o retorno dos empréstimos concedidos e que seja no prazo combinado para que possam realizar novos negócios com rendimento melhor que pendências nos tribunais de cobrança de devedores inadimplentes, que podem se arrastar por anos sem solução.

Assim, Santos (2000, p.33) qualifica as melhores garantias como sendo:

“... as de maior liquidez, especialmente as chamadas autoliquidáveis, ou seja, aquelas cuja conversão em caixa e respectiva liquidação do contrato de crédito independem de sentença judicial.

Enquanto Santos (2000) aponta as qualidades da garantia Gitman (1997) preocupa-se com sua quantidade, pois este é outro tipo de análise que deve ser feita sobre o colateral, ou seja, verificar se as garantias oferecidas para quitar a dívida em caso de inadimplência. Assim menciona Gitman (1997, p.696) sobre o assunto:

“Colateral é o montante de ativos colocados à disposição pelo solicitante para garantir o crédito. Naturalmente, quanto maior esse montante, maior será a probabilidade de se recuperar valor creditado, no caso de inadimplência.”

Porém sua existência, mesmo que seja autoliquidez e de montante suficiente, não assegura totalmente o pagamento do crédito

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no prazo combinado, nem deve ser a justificativa para a concessão de empréstimos. Como argumenta Santos (2000, p.34): “... A decisão de conceder crédito deve ser baseada na capacidade de reembolso do cliente e não sobre as garantias”.

Nesse Sentido também argumenta Schrickel (1998, p.55) que o colateral apenas serve para atenuar impactos negativos relativos à capacidade, ao capital e às condições, porém nunca deve ser utilizado para compensar elementos que caracterizem falta de caráter por parte do pretendente ao crédito.

Outra análise, que deve ser feita sobre o colateral, que ressalta ainda mais a sua importância, é a que um empréstimo a um tomador de crédito que não ofereça garantias pode se tornar de alto risco, porque o caráter desse tomador pode se modificar ao longo do prazo de pagamento do mesmo. Pois, como já comentado, “todo mundo é honesto até o dia em que deixa de ser”. Dessa forma, se alguém pretende obter um empréstimo já com a intenção de não o pagar, quando essa intenção não for identificada na análise de crédito, a exigência de uma solida garantia pode inibir o desejo do tomador mal intencionado, pois em caso de inadimplência ele será cobrado judicialmente e, provavelmente, perderá o objeto da garantia. Se não houver garantia e se o tomador do empréstimo não tiver bens em seu nome, que possam ser penhorados no processo de cobrança judicial, a única medida a ser tomada pelo credor contra o devedor é a inclusão de seu nome junto aos órgãos de proteção ao crédito. Assim fica revelado ao público o seu caráter, o que o impedirá de angariar novos créditos, porém o valor emprestado dificilmente voltará ao credor.

Além da qualidade e do montante, outros aspectos devem ser considerados na análise das garantias. Um deles está relacionado à sua desvalorização: existem bens que perdem seu valor com muita rapidez, como é o caso de equipamentos de informática.

2.6 Conglomerado

A análise para a concessão de crédito às empresas que participam de um grupo econômico deve ser feita de forma geral para todo o conglomerado. Geralmente as empresas pertencentes a um determinado grupo seguem as tendências desse grupo. A preocupação com o conglomerado com um todo é papel do analista no momento da investigação de todos os C’s do crédito, pois se o grupo econômico é bem ou mal avaliado quanto aos itens caráter e capacidade, por exemplo, dificilmente uma das empresas desse grupo em particular avaliada diferentemente.

Outros fatores devem ser observados para se analisar a performa da empresa e se chegar à decisão correta quanto ao crédito a ser concedido, além dos vários já considerados: quanto às instalações da empresa, se são imóveis alugados ou próprios; o grau de informatização da mesma e a questão da seguridade.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASABREU, Aline França de. Sistemas de informações gerenciais – uma abordagem orientada a negócios. Florianópolis: IGTI, 2000.

GITMAN, Lawrence J. Princípios de administração financeira. 7ª. Ed. Harbra, 1997.

RUTH, George E. Empréstimos a pessoas jurídicas. São Paulo: IBCB, 1991.

SANTOS, José Odálio dos. Análise de crédito: empresas e pessoas físicas. São Paulo: Atlas, 2000.

SCHRICKEL, Wolfgang Kurt. Análise de crédito: concessão e gerência de empréstimos. 4ª. Ed. São Paulo: Atlas, 1998.

SILVA, José Pereira da. Análise e decisão de crédito. São Paulo: Atlas, 1988.

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EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO - LEVANTAMENTO

O relatório abaixo apresenta as seguintes contas:

CONTAS SALDO EM R$Capital Social 3.000.000Financiamentos a Longo Prazo 361.956Outros créditos de longo prazo 93.760Banco conta-corrente 669.243Fornecedores 3.512.965Clientes 9.553.773Investimentos em ações 301.218Contas a Receber de Coligadas 34.621Estoques 1.786.003Dividendos a Pagar 121.500Contas a Pagar a Longo Prazo 4.794Financiamentos 1.021.243Duplicatas Descontadas -1.756.812Imobilizado Liquido 4.129.366Reservas de Capital 3.262.608Encargos Trabalhistas a Recolher 595.557Provisão para Devedores Duvidosos -275.359Impostos a Recolher 596.110Reservas de Lucros 1.876.420Contas a Receber 161.770Despesas Pagas Antecipadamente 120.262Provisão para IR 205.039Contas a Pagar 358.681Depósitos judiciais 99.028

TOTAL 29.833.746

Pede-se:

a) Classificar cada uma das contas acima em AC; ARLP; AP; PC; PELP ou PL.

b) Montar o Balanço Patrimonial.

ANÁLISE DA SITUAÇÃO PATRIMONIAL A PARTIR DO BALANÇO ABAIXO

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ATIVO 31/03/2008 (A)

31/12/2007(B)

Circulante 6.851 6.596 . Caixa, Bancos e Aplicações Financeiras 1.727 2.139 . Contas a Receber 1.362 1.497 . Estoques 2.733 2.264 . Impostos a Recuperar 482 310 . Dividendos e Juros s/ Capital Próprio 3 4 . Despesas do Exercício Seguinte 56 73 . Outros 488 310Realizável a Longo Prazo 2.005 1.959 . Sociedades Ligadas 47 49 . Depósitos Judiciais e Compulsórios 113 108 . IR e CS Diferidos 405 395 . Impostos a Recuperar 1.126 1.175 . Outros 314 232 Permanente 12.251 12.337 .Investimentos 42 1.073 .Imobilizado 9.540 8.576 .Diferido 2.669 2.687

Total do Ativo 21.108 20.892

PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 31/03/2008 (A)

31/12/2007(B)

Circulante 5.213 5.923 . Fornecedores 2.866 2.968 . Financiamentos 1.387 1.180 . Salários e Encargos Sociais 261 261 . Dividendos e Juros s/ Capital Próprio 308 308 . Imposto de Renda a Pagar 55 15 . Impostos a Recolher 158 162 . Adiantamentos de Clientes 65 23 . Outros 112 1.006Exigível a Longo Prazo 9.397 8.589 . Financiamentos 7.976 7.202 . Impostos e Contribuições a Recolher 1.247 1.210 . Outros 174 177Resultados de Exercícios Futuros 24 25Participação Acionistas Minoritários 635 598Patrimônio Líquido 5.839 5.757 . Capital Social 4.641 4.641 . Reservas de Capital 457 458 . Ações em Tesouraria -13 -258 . Reserva de lucros 671 915 . Lucros Acumulados 83 0

Total do Passivo e PL 21.108 20.892

Balanço Patrimonial

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Obs.: Data: 31 de Dezembro. Em milhares de reais

ATIVO 2010 2009 2008

Circulante Caixa e bancos 3.989 6.197 5.539Aplicações financeiras 93.789 116.209 236.413Duplicatas a Receber 208.766 178.315 155.746Provisão para contas de realização duvidosa (6230) (5.563) (5.198) Tributos a recuperar 20.696 26.850 15.033 Demais contas a receber 24.193 21.158 8.186Estoques 181.843 117.754 79.338Despesas do exercício seguinte 5.177 1.963 1.319 532.223 462.883 496.376Não circulante

Realizável a longo prazo

Empresas controladoras e controladas 1.120Depósitos e empréstimos compulsórios 13.033 11.946 9.926Depósitos judiciais 17.755 17.056 11.079Imposto de renda e contribuição social diferidos 36.661 36.179 28.821Tributos a recuperar 27.883 32.867 Adiantamento a fornecedores 23.380 Demais contas a receber 157 1.008 299 118.869 99.056 51.245

Permanente Investimento Empresas coligadas e outros investimentos 1.976 2.892 1.798Imobilizado 1.449.959 1.486.639 886.289Diferido 18.682 21.131 14.066 1.470.617 1.510.662 902.153

Total do Ativo 2.121.709 2.072.601 1.449.774

PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2010 2009 2008

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Circulante Empréstimos e financiamentos 144.654 133.647 91.196Fornecedores 92.820 84.409 62.907Salários e encargos sociais 20.512 14.772 12.133Impostos a recolher 8.045 6.846 Imposto de renda e contribuição social a pagar 2.436 6.842 4.962Dividendos propostos 5.524 4.517 Demais contas a pagar 23.078 22.047 19.503 297.069 273.080 190.701 Não circulante

Exigível a longo prazo Empréstimos e Financiamentos 288.412 344.641 317.205Imposto de renda e contribuição social diferidos 31.420 7.088 11.576Financiamentos de importações 98.717 94.144 71.178Demais contas a pagar 2.545 4.789 3.396 421.094 450.662 403.355

Patrimônio Líquido Capital social 1.116.817 916.817 634.797Reserva de reavaliação 104.304 172.869 36.570Reserva de lucros 182.425 259.173 184.351Lucros acumulados 1.403.546 1.348.859 855.718

Total do Passivo e Patrimônio Líquido 2.121.709 2.072.601 1.449.774

2010 2009 2008Receita Operacional Bruta 1.574.836 1.061.497 995.348

Mercado interno 1.192.171 961.867 766.220Mercado externo 382.665 199.630 229.128

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Deduções e imposto sobre vendas (203.440) (132.684) (90.150)Receita Operacional Líquida 1.371.396 1.028.813 905.198Custo dos produtos vendidos 881.577 580.717 469.948 Lucro Bruto 489.819 448.096 435.250

Despesas (receitas) Operacionais Com vendas 132.271 103.560 97.345Gerais e administrativas 79.692 68.670 56.202Honorários dos administradores 5.021 4.072 3.547Despesas financeiras 165.250 114.350 93.290Receitas financeiras (179.881) (86.134) (73.805)Equivalência patrimonial Empresa coligada Outras despesas operacionais, líquidas 5.655 20.837 13.932 208.008 225.355 190.511 Lucro Operacional Líquido 281.811 222.741 244.739 Lucro (pejuízo) não operacional, líquido 2.230 (262) -4.779 Lucro antes do imposto de renda e da contribuição social 284.041 222.479 239.960

Imposto de Renda e Contribuição Social Do exercício (37.483) (40.295) (31.684)Diferidos (22.142) 11.846 3.337 (59.625) (28.449) (28.347) Lucro antes da participação dos acionistas minoritários 224.416 194.030 211.613Participação dos acionistas minoritários (856) (894) Lucro líquido do exercício 224.416 193.174 210.719

PONTO DE EQUILÍBRIO

O ponto de equilíbrio é uma ferramenta indispensável na gestão financeira e, tem por objetivo, determinar o equilíbrio entre vendas, custos variáveis, custos fixos, margem de contribuição e lucro.

Na análise financeira para crédito, torna-se essencial conhecer a realidade de nossos futuros pretendentes ao crédito e saber como anda a sua gestão nesta área.

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Page 14: Gestão e análise de risco de crédito   apostila i

Assim, de uma forma bem rápida utilizando-se da fórmula abaixo, podemos obter a referida informação:

PONTO DE EQUILÍBRIO = CUSTOS FIXOS : MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO x VENDAS

PE = CF : MC x VENDA

Nesse sentido, presente os dados abaixo, calcule o ponto de equilíbrio da empresa Ind. e Com. de Frios Ltda. Após, faça a demonstração para confirmar o que se pede.

Venda.................................................................................... R$ 450.000,00

Custos Variáveis:CPV............................................................................................... R$ 292.500,00 Fretes............................................................................................ R$ 8.389,50PIS/Confins................................................................................... R$ 9.132,30Embalagem................................................................................... R$ 18.621,50Mão-de-obra + encargos............................................................... R$ 32.413,40

Serviços........................................................................................R$ 613,30

Comissões.................................................................................... R$ 12.500,00

Custos fixos................................................................................ R$ 37.466,484.1 Pró-labore............................................................................... R$ 12.000,004.2 Sal. + encargos....................................................................... R$ 2.800,004.3 Seguros................................................................................... R$ 1.000,004.4 Despesas Bancárias............................................................... R$ 500,004.5 Juros....................................................................................... R$ 450,004.6 Honorários Contábeis............................................................. R$ 1.800,004.7 Material de Consumo............................................................. R$ 2.200,004.8 Aluguel.................................................................................... R$ 6.000,004.9 Despesas de Viagens............................................................. R$ 04.10 Água, luz e telefone.............................................................. R$ 1.850,004.11 Propaganda.......................................................................... R$ 1.000,004.12 Depreciação.......................................................................... R$ 2.800,00

4.14 Ônibus, táxi, selos................................................................. R$ 166,484.15 Outras despesas................................................................... R$ 4.900,00

ESTRUTURA DE RESULTADO

NOME DA EMPRESA:

DISCRIMINAÇÃO MÊS % MÊS %

1. VENDAS TOTAIS

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1.1 Vendas

1.2 Serviços

2. CUSTOS VARIÁVEIS

2.1 CPV ou CMV

2.2 Fretes

2.3 PIS/CONFINS

2.4 Embalagens

2.5 Mão de obra + encargos.

2.6 Serviços de terceiros

2.7 Comissões

3. MARCEM CONTRIBUIÇÃO

4. CUSTOS FIXOS

4.1 Pró-labore

4.2 Sal. + encargos

4.3 Seguros

4.4 Despesas Bancárias

4.5 Juros

4.6 Honorários Contábeis

4.7 Material de Consumo

4.8 Aluguel

4.9 Despesas de Viagens

4.10 Água, luz e telefone

4.11 Propaganda

4.12 Depreciação

4.13 Veículos

4.14 Ônibus, táxi, selos

4.15 Outras despesas

5. LUCRO OPERACIONAL

6. RES. EXTRA OPERAC.

7. LUCRO LÍQUIDO

8. PONTO DE EQUILIBRIO

1. Exercício proposto – fluxo de caixa direto

Elabore o fluxo de caixa com os dados abaixo

M E S E SDISCRIMINAÇÃO 1 2 3 4 5 61. Saldo inicial 80 - - - - -2. Recebimento das vendas

700 650 720 780 600 680

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3. Outros recebimentos - 5 15 8 10 124. Pagamentos de compras

280 260 290 310 240 270

5. Pagamento de despesas

350 330 360 390 300 340

6. Outros pagamentos 310 150 - 25 50 25

A empresa solicitou ao Banco, pedido de empréstimo no valor de R$200 mil. Referido empréstimos tem data prevista em 15.01 e seu pagamento está marcado para 15.04. Assim, deverá ser incorporado no mês 01 e será pago no mês 4, com juros simples de 2% a. m.

2. Exercício proposto – fluxo de caixa indireto

Com base na DRE abaixo, elabore fluxo de caixa projetado – método indireto -, pelo período de 03 anos, concluindo se tecnicamente a empresa obterá o empréstimo para construção da nova sede.

DISCRIMINAÇÃOA N O S1 2 3

RECEITA OPER. BRUTA 1.300.000 1.400.000 1.500.000(-) Vendas canceladas 30.000 40.000 50.000(-) CPV 870.000 900.000 1.000.000(-) Despesas comerciais 120.000 140.000 150.000(-) Despesas administrativas 40.000 50.000 60.000(-) Juros s/ Empr. Existentes - - -(+) Res. Equiv. Patrimonial 1.000 1.000 2.000(=) Lucro Operacional 241.000 271.000 242.000(-) Dividendos 40.000 50.000 30.000(=) Lucro do Exercício 201.000 221.000 212.000

O financiamento bancário de longo prazo, constante do balanço anterior, no valor de R$18.000,00, será pago em 3 parcelas iguais, sendo a primeira em 30.06.2011 (projetado), a segunda em 31.12.2011 (projetado) e a terceira em 30.06.2012 (projetado). A taxa de juros – simples - é de 12% a.a. Considere como inicio do período a data de 02.01.2011.

As despesas de depreciação estão incluídas no CPV e apresentam respectivamente os seguintes valores: R$5.000,00; R$6.000,00 e R$7.000.00.

Em 02.01.2011 (projetado) a empresa está considerando uma entrada no seu fluxo de caixa o valor do financiamento pretendido de R$600.000,00 para construção da nova sede.

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A linha de crédito prevê juros simples anuais de 12% a.a., reposição do principal em 05 parcelas iguais, anuais e sucessivas, vencendo a primeira em 31.12.2011.

A taxa de juros praticada pelo mercado para operações de capital de giro é de 24% ao ano. A alíquota de Imposto de Renda mais contribuição social é de 30%.

3. DRE – COM FLUXO DE CAIXA

A empresa solicitou ao Banco de Investimento valor de R$8.000,00, como forma de complementar a implantação de seu projeto. A análise dos demais fatores intervenientes do crédito foi realizada e aponta para a normalidade. Resta conhecer o fluxo de caixa da empresa e decidir pela aprovação ou não do referido empréstimos.

A empresa Albatroz tem serviços contratados pelos próximos 3 anos de 20 contratos em t=1, 30 contratos em t=2 e 40 contratos em t=3. Os preços de venda destes contratos são respectivamente: $1.400,00, $1.500,00 e $1.600,00 pelos próximos 3 anos. O Custo variável Unitário é $700,00, $800,00 e $900,00 em t=1, t=2 e t=3 respectivamente. Os Custos fixos são de $3.200,00 ao ano pelos próximos 3 anos. A alíquota do IR é 30%.

Considere que o imposto de renda é com base no Lucro real. Os investimentos totais necessários para o perfeito atendimento destes contratos são da ordem de $20.000,00, hoje.

Os sócios só têm $12.000,00. As taxas de juros disponíveis são de 22% ao ano. Assuma que somente serão feitos os pagamentos dos juros dos empréstimos, ficando o principal para o final.

4. ELABORAÇÃO DE FLUXO DE CAIXA ANUAL – DECISÃO PARA

CRÉDITO

Seu grupo é proprietário de uma revenda de caminhões. A

Locadora PESADA Ltda, está fazendo uma proposta para comprar 20

caminhões zero quilômetro, cujo preço de aquisição é de $100.000,00

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Page 18: Gestão e análise de risco de crédito   apostila i

cada um. A empresa aportou recursos da ordem de $1.500.000,00,

como forma de realizar o referido negócio. Também, dos referidos

recursos, reservaram $100.000,00 para deixar no caixa da empresa a

título de capital de giro, isto é, para pagar as despesas que vierem a

ocorrer antes das receitas no curso das operações normais. O restante

necessário para a aquisição dos autos será financiado em 3 anos, com

carência do principal no primeiro ano (isto é, pagamento apenas dos

juros mensais, quanto ao capital será parcelado em duas vezes – 50%

no ano II e 50% no ano III) pela Empresa de Revenda de Caminhões, a

uma taxa de 3% ao mês.

Todas as instalações físicas necessárias, lojas, garagens e escritórios

são alugados.

Valor médio da locação de cada caminhão por mês: $7.200,00.

Custos operacionais variáveis por veículo por mês (lavagem,

manutenção, etc): $400,00.

Custos operacionais fixos da PESADA por mês (aluguéis, salários dos

funcionários, etc): 6.000,00.

A taxa de locação é de 95%. Isto significa que ao longo do tempo, em

média, a empresa tem 95% dos veículos alugados a clientes.

A alíquota do IR é 25%.

Para os anos seguintes, as receitas crescerão a ordem de 10% ao ano e

as despesas terão crescimento médio de 5%.

Elabore o demonstrativo de resultados – fluxo de caixa anual e decida a

operação. Considere que as demais informações da cliente são boas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

GITMAN, Lawrence J. Princípios de Administração Financeira – editora Harbra – 1997 – São Paulo-SP.BRASIL, Haroldo Vinagre. Gestão Financeira das Empresas – Um modelo Dinâmico. Editora Qualitymark, 1997 – Rio de Janeiro-RJ.MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial. Editora Atlas, 1995 – São Paulo – SP.

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Anexo I

FLUXO DE CAIXA PROJETADO

Anexo II

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DISCRIMINAÇÃOMESES

1 2 3 4 5 61.SALDO INICIO RECEBIDO

2.RECEBIMENTO DE VENDAS

3.OUTROS RECEBIMENTOS

4.ENTRADA DE CAIXA (1+2+3)

5.PAGAMENTO DE COMPRAS

6.PAGAMENTO DE DESPESAS

7.OUTROS PAGAMENTOS

8.SAÍDAS DE CAIXA (5+6+7)

9.SOBRAS OU DÉFICIT DE CAIXA (4-8)10.PAGAMENTO EMPRÉSTIMO

11.SALDO FINAL (9-10)

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DESCRIMINAÇÃO A N O S

GERAÇÃO INTERNA DE RECURSOS X1 X2 X3 X4 X51.RECEITAS OPER.BRUTA2.(-)Devoluções de Vendas3.(-)Custo Produtos Vendidos4.(-)Despesas Monetárias5.(-)Juros s/Emprest.(19+20)6.= Lucro Tributável7.(-)I. R. e Contr. Social8.= Lucro após o I. Renda9.(-)Dividendos/Participações10.(+)Depreciação/Amortização Gastos Diferidos11.(+)Juros s/Emprest.(5)12.= Lucro Financ. antes Juros

FONTES (ENTRADAS)13.(+)LUCRO FINANCEIRO(12)14.(+)RECURSOS PROPRIOS

Aumento de CapitalDesimobilizaçõesOutras

15.(+)RECURSOS DE TERC.Empréstimos bancários

• Contratados• Pretendidos

16.(+)DEBENTURES17.= TOTAL DAS FONTES

USOS (SAÍDAS)18.(+)INVESTIMENTOS19.(+)JUROS SOBRE EMPR. EXISTENTES20(+)JUROS SOBRE EMPR. PRETENDIDOS21.(+)REPOS. DE EMPREST.

• Existente• Pretendidos

22.(+)23.(+)OUTRAS24.= TOTAL DOS USOS25.POSIÇÃO DE CAIXA DO PERÍODO (17-24)26.POSIÇÃO DE CAIXA ACUMULADA (25+26 ANTERIOR)