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GESTÃO DE OPERAÇÕES E LOGÍSTICA - GOL

GESTÃO DE ESTOQUE E SUA INFLUÊNCIA NO CUSTO DE PRODUÇÃO

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Gestão de estoques e sua influência no custo de produção

RESUMO

A administração de materiais, nas específicas áreas de gestão de estoques, compras, produção e logística, é assunto vital, pois, absorve parte substancial do orçamento operacional de uma organização. Quanto menor o nível de estoque com que um sistema produtivo consegue trabalhar, mais eficiente será. Por outro lado qualquer gerenciamento indevido pode trazer uma serie de despesas inesperadas, que serão diluídas em seu custo de produção, tornando o produto oneroso, com baixa rentabilidade e com menor competitividade de mercado. É fundamental que as empresas diminuam a quantidade de estoque, para isso deve ter uma boa gestão de compras, logística e produção. Estas ações irão reduzir seu custo unitário de produção, aumentando sua rentabilidade e sendo mais competitivo no mercado. Este estudo foi realizado com objetivo de analisar três principais etapas da cadeia produtiva na busca da redução do custo de produção. E certo a maior oportunidade que têm na relação rentabilidade e competitividade, mesmo havendo um consenso literário, ainda são questões que afetam as organizações.

Palavras-chave: produção; estoque; compras; logística; custos.

Management of supply’s and its influence in the production cost

ABSTRACT

The administration of materials, in the specific areas of management of supplys, purchases, logistic production and, is vital subject, therefore, it absorbs substantial part of the operational budget of an organization. How much lesser the level of supply with that a productive system obtains to work, more efficient will be. On the other hand any improper management can bring a series of unexpected expenditures, that will be diluted in its cost of production, becoming the onerous product, with low yield and lesser competitiveness of market. It is basic that the companies diminish the quantida oneof of supply, for this it must have a good management of purchases, logistic and production. These actions will go to reduce its unitary cost of production, increasing its yield and being more competitive in the market. This study it was carried through with objective to analyze three main stages of the productive chain in the search of the reduction of the production cost. Certain E the biggest chance that has in the relation yield and competitiveness, exactly having a literary consensus, still is questions that affect the organizations.   

Key-Word: production; supplies; purchases; logistic; costs.

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Gestão de estoques e sua influência no custo de produção

1 INTRODUÇÃO

A administração dos recursos materiais engloba uma seqüência de operações que tem seu inicio: na identificação do fornecedor, na compra do bem, no seu recebimento, na armazenagem de insumos, no transporte e acondicionamento das cargas, em sua movimentação interna durante processo produtivo, em sua armazenagem como produto acabado e, finalmente em sua distribuição ao consumidor final.

Assim, um item de estoque é um recurso, pois agregado a um produto em processo será transformado em um produto acabado, que deverá ser vendido a um preço superior ao somatório de todos os custos incorridos em sua fabricação, ou seja, para uma empresa ser rentável e competitiva nesta composição de preço deve constar todas as despesas de fabricação, daí a grande importância de um bom planejamento e controle; para não incluir nos custos erros do processo ou do responsável pelo processo: tais como uma compra mal efetuada, um frete mal contratado, desperdícios nos processos produtivos e perdas de inventários.

Administração de Materiais, assim como as gestões de: logística, compras e produção exercem a função de responder pela movimentação de materiais, no ambiente interno e externo da empresa, mais especificamente nas linhas de produção, desde a chegada da matéria-prima até a entrega do produto final ao cliente.

O conjunto; Compras, logística e produção, procuram agrupar as diversas atividades da empresa e relacioná-las aos processos de compra, transformação e distribuição de seus produtos aos clientes e consumidores finais. Esse agrupamento permite à empresa melhor controle e maior integração dos diferentes departamentos, que, originalmente, tinham visão limitada de sua área de atividade. Muitas vezes prevalecendo os interesses individuais, não importando o envolvimento que cada departamento tem sobre a distribuição dos produtos finais e conseqüente influência em toda a empresa.

Com isso, a gestão de estoque no contexto geral tem um importante papel na formação do custo unitário de produção, será a partir daí que a empresa poderá ser rentável, além de poder gerar um ambiente competitivo, todas as ações conjuntas poderão dar a sustentabilidade e a sobrevivência das empresas neste mercado tão competitivo, onde qualquer diferencial ao cliente tem grande valor.

Questionamento esse que surgiu a partir do pressuposto de que o administrador necessita saber como se comportam todo fluxo operacional em relação ao consumo e ao custo de produção.

O artigo tem como objetivo verificar a importância da gestão de estoque e suas diferentes áreas de atuação na cadeia produtiva e seu custo de produção.

O artigo foi elaborado através do método de revisão bibliográfica onde foram abordados os seguintes autores: POZO (2008); DIAS (1993); e MARTINS; ALT (2005).

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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 Gestão de Compras

Segundo, Lambert apud Martins e Alt (2005), a gestão da aquisição a conhecida função de compras, assume papel verdadeiramente estratégico nos negócios de hoje em face do volume de recursos, principalmente financeiros, envolvidos, deixando cada vez mais distante aquela visão de que era uma atividade burocrática e repetitiva, apenas um centro de despesas e não um centro de lucros. O valor total gasto em compras de insumo para a produção, seja do produto ou serviço final, varia entre 50% a 80% do total da receitas brutas. No setor industrial, esse número alcança a casa dos 57%. É fácil perceber que mesmo pequenos ganhos decorrentes de melhor produtividade na função têm grande repercussão nos lucro. Por isso e outros fatores como a reestruturação pela qual passaram as empresas nestes últimos anos, evolução tecnológica e novos relacionamentos com fornecedores, cresce cada vez mais a importância das pessoas que trabalham nesta área, área está que e conhecida por vários nomes, como suprimentos, compras ou aquisição, estarem muito bem informadas e atualizadas, terem habilidades interpessoais e dinamismo.

De acordo com Dias (1993), é um segmento essencial do departamento de Materiais ou suprimentos, que tem por finalidade suprir as necessidades de materiais ou serviços, planeja-las quantitativamente e satisfaze-las no momento certo com as quantidades corretas, verificar se recebeu efetivamente o que foi comprado e providenciar armazenagem. Portanto e uma operação da área de materiais, muito importante entre as que compõem o processo de suprimentos.

2.2 Função de Compras

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Segundo Martins e Alt (2005), o posicionamento atual da função aquisição é bem diferente do modo tradicional como era antigamente. Antes da Primeira Guerra Mundial, tinha papel essencialmente burocrático. Depois, já na década de 1970, devido principalmente à crise do petróleo, a oferta de várias matérias-primas começou a diminuir enquanto seus preços aumentavam vertiginosamente. Nesse cenário, saber o que, quanto, quando e como comprar começa a assumir condição de sobrevivência, e, assim, o departamento de compras ganha mais visibilidade dentro da organização. Hoje ela e vista como parte do processo de logística das empresas, ou seja, como parte integrante da cadeia de suprimentos (supply chain).

De acordo com Martins e Alt (2005), os imputs internos chegavam vias planejamento e controle da produção (PCP), que era gerado via planejamento das necessidades de materiais (MRP), iniciava-se uma série de cotações, geralmente via telefone, em função do cadastro de fornecedores. Escolhia um deles em função do critério preço-prazo e qualidade.

Emitia-se um pedido de compra que alimentava o MRP com as datas e quantidades previstas para entrega, o controle de qualidade (CQ) era orientado em gerar o roteiro de inspeção no recebimento, contas a pagar, por sua vez, preparava sua previsão de necessidade de fundos, a tesouraria incluía esta previsão no fundo de caixa, os materiais ao chegar, se aprovados, são armazenados nos armazéns de matérias-prima ou embalagens, ou se caso fosse reprovado era gerada nota fiscal de devolução e o processo reiniciava com fornecedor.

Segundo Pozo (2008), setor de compras ou suprimentos tem responsabilidade preponderante nos resultados de uma empresa, pois sua ação de suprir a organização com os recursos materiais para seu perfeito funcionamento e atender às necessidades de mercado.

2.3Sistema de Informação

De acordo com fonte revista Exame apud Martins e Alt 2005, este modelo que se segue e utilizado por praticamente todas as empresas, modelo padrão, porém deve ser implantado conforme necessidade de cada empresa seguindo vários critérios em particular.

a) Matriz; Escritório Central acessa todos os sistemas de dados, utilizando serviços de telecomunicação.

b) Ligações à distância (rede wan); servidores RISC mantêm a empresa ligada on-line às filiais, transportadoras, vendedores e fornecedores.

c) Fábricas; Ligam-se á matriz para ter acesso a correio eletrônico e compartilhar dados gerenciais e financeiros, como resultados, pedidos e faturamentos.

d) Clientes; Acessam as bases de dados da empresa para consultar informações sobre, estoques, notas, pedidos e faturamento.

e) Vendedores; Munidos de notebooks equipados com modem, conectam-se as empresa para tirar pedidos on-line, informações sobre estoque, faturamento e situações de créditos dos clientes.

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f) Fornecedores; Estão todos ligados à empresa. Utilizando padrão que permite a transferência eletrônica de dados (EDI), têm acesso a várias informações, como pedidos de compras.

g) Transportadoras; A fim de agilizar a comunicação, a empresa está conectada via modem ás transportadoras controlam todo o romaneio de cargas e notas fiscais.

h) Unidades de vendas e representantes; Acessam todo o sistema da matriz.

Conforme Pozo (2008), o sistema de informação que age diretamente em compras influenciando-a e permitindo seu bom desempenho, segue neste novo modelo hoje aplicado nas grandes organizações, uma definição totalmente estratégica; administração de vendas, Planejamento e controle da produção, Materiais, Transportes, Produção, Engenharia, Vendas, Qualidade, Finanças e Pesquisa & desenvolvimento.

2.4 Interface da Área de Compras na Empresa

Conforme Martins e Alt (2005), as grandes empresas buscam trabalhar neste modelo operacional, pois permite uma maior interatividade entre as diferentes áreas, facilitando fluxo de trabalho e proporcionando bons resultados.

Jurídico: Entradas; Contratos assinados, pareceres sobre processos de compras, assessoria jurídica; suporte na emissão de notas fiscais de devolução, e destruição (itens obsoletos) Saídas; Solicitações de pareceres, informações de campo sobre fornecedores, suporte nas emissões de notas fiscais de industrializações, troca e simples remessa.

Informática: Entradas; informações sobre novas tecnologias, assessoria na utilização de EDI, e-mail, intranets, extranets, softwares de compras. Saídas; informações sobre fornecedores, cópias de solicitações de compras e de pedidos de compras, cópia de contratos de fornecimento de serviços.

Marketing e Vendas: Entrada; condições do mercado de compradores, novos concorrentes, novos produtos, novas tecnologias de produtos e processos. Saídas; custos de promoções, condições do mercado fornecedor.

Contabilidade e Finanças: Entrada; custos de compras, disponibilidade de caixa assessoria nas negociações sobre condições de pagamento. Saídas; orçamentos de compras, compromissos de pagamentos, custos dos tens comprados, informações para subsidiar estudos da relação benefícios sobre custos.

Qualidade e P&D: Entrada; informações sobre qualidade, especificações de produtos a serem comprados; Saídas; histórico sobre a qualidade dos fornecimentos.

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Engenharia de Produtos e de Processos: Entradas; especificações de novos materiais, produtos a serem pesquisados e comprados, solicitações de levantamento preliminares sobre fornecedores e preços. Saídas; informações sobre fornecedores, preços, e condições de fornecimento.

Fabricação ou Produção: Entradas; necessidades de materiais e/ou componentes do processo produtivo, mediante informações de vendas. Saídas; prazos de entrega dos pedidos, recebimentos previstos.

De acordo com Pozo (2008), além das áreas mencionadas acima, ele enfatiza também á importância destas duas outras áreas que são fundamentais na gestão de compras ou suprimentos.

Materiais: Entradas; administra todos os materiais na organização e informa a situação dos estoques e os recebimentos dos pedidos de compras m andamentos. Saídas; Dá suporte necessário no abastecimento dos processos de industrialização de matéria-prima ou material de embalagem e na programação das necessidades baseando-se nos inventários.

Transporte e Logística: Entradas; Acompanha e informa situações dos fretes e posicionamento dos materiais em trânsito. Saídas; negociações de redução de custos em recebimento e principalmente na otimização das cargas junto aos fornecedores.

2.5. Gestão de Logística

Segundo Pozo (2008), a logística trata de todas as atividades de movimentação e armazenagem que facilitam o fluxo de compras, produção e distribuição, além das informações que colocam os produtos em movimentos, com o propósito de providenciar níveis de serviços adequados aos clientes a um custo razoável.

De acordo com Martins e Alt (2005), a logística é responsável pelo planejamento, operação e controle de todo o fluxo de mercadorias, produtos e matérias-prima, além das informações, desde a fonte fornecedora, ate as empresas e consumidores.

Conforme Dias (1993), além disto, os administradores estão reconhecendo que devem coordenar diversas outras áreas dentro das empresas, áreas como; suprimentos, produção, embalagens, transportes, comercialização e finanças em uma atividade de controle global, capaz de apoiar cada fase do sistema com maior eficiência e menor custo investido.

2.5.1. Atividades Primárias e de Apoio

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Segundo Pozo (2008), suas atividades podem ser distribuídas da seguinte forma:

a) Atividades primárias: Boa negociação na compra dos insumos, uma boa programação de coleta e entrega são essenciais ao cumprimento da função logística, e contribuem na redução do maior montante do custo total da logística das empresas.

Transportes: refere-se a todas as compras de insumos junto aos diversos fornecedores, e os meios utilizados para movimentar os produtos até os clientes: que podem ser via rodoviária, ferroviária, aeroviária e marítima. O gerenciamento destas atividades é de grande importância num processo produtivo, pois representa para a maioria das empresas o maior custo em relação ao total do custo da logística, como também no custo unitário de produção.

Gestão de estoques: dependendo do setor em que a empresa atua e da sazonalidade, é necessário um nível mínimo de estoque que aja como amortecedor; para que o custo de logística, oferta e demanda, caminhe favorável aos objetivos das empresas.

Processamento de pedidos: determina o tempo necessário para a entrega de bens e serviços aos clientes, assim como seus respectivos fornecedores.

b) Atividades Apoio: exercem a função de apoio às atividades primárias na obtenção de níveis de bens e serviços requisitados pelos clientes, a saber:

Armazenagem: envolve as questões relativas ao espaço necessário para estocagem dos produtos, além do custo de armazenagem ou outros fatores que possa ser incluídos neste processo, ex: frete quando há necessidade de armazenar em outro espaço físico que não seja na própria empresa.

Manuseio de materiais: refere-se à movimentação dos produtos no local de armazenagem, ate respectivas linhas de produção ou carregamentos de produtos acabado para clientes ou para centro de distribuições.

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Embalagem de proteção: sua finalidade é proteger o produto, garantindo qualidade final.

Suprimentos: compreende programar, quando da necessidade de produção e seus respectivos itens da lista de materiais.

Planejamento: Refere-se primeiramente às quantidades agregadas que devem ser produzidas bem como quando, onde e por quem devem ser fabricadas.

Manutenção de informação: exigem uma interface entre diversas áreas, para assim formar uma ótima base de dados para que o planejamento de produção, área de compras e o controle da logística, todos estejam muito bem alinhados.

É por meio da gestão adequada das atividades primárias com as atividades de suporte que a gestão de Materiais e logística vai atender ao objetivo de proporcionar ao cliente produtos e serviços que satisfaçam suas necessidades. É pela coordenação coletiva e cuidadosa dessas atividades relacionadas com o fluxo de produtos e serviços que a empresa obtém ganhos significativos, como redução dos estoques, do tempo médio de entrega, da produtividade, das boas práticas de compras alinhadas com bom processo de armazenagem, serão estas práticas bem planejadas que vão garantir um bom custo unitário de produção.

Considerando que a importância empresarial está em estudar como o custo unitário de produção pode prover melhor nível de rentabilidade nos serviços de compras, armazenagem, produção e distribuição aos clientes e consumidores, existe o interesse de que os consumidores tenham bens e serviços quando e onde quiserem e na condição física que desejar.

Não se pode esquecer, porém, que o problema de os consumidores não residir próximo às localidades onde os produtos se encontram.

A logística empresarial está composta por um número de organizações e indivíduos que se encarregam de levar os produtos ou serviços ao local onde o comprador potencial se encontra, em tempo e momento convenientes, ao menor custo possível, a esses compradores e em condições de transferir a posse.

Em virtude de nosso ambiente estar em processo acelerado de constantes mudanças, em razão dos avanços da tecnologia, alterações na economia e em outros fatores, a empresa tem de se adaptar a todo instante às novas realidades, colocando à prova seu desempenho e procurando sempre superar uma nova ordem das coisas (nova visão empresarial).

De acordo com Dias (2003), há uma série de técnicas disponíveis para gerenciar os estoques, cada uma delas deve ser aplicada conforme posicionamento de cada empresa, mas uma preocupação fundamental, a precisão nas informações, as quais podem afetar a operação da empresa em níveis de eficiência. Os maiores problemas relativos à imprecisão das informações podem ser:

Má localização dos estoques Armazenamento inadequado

Erros de cálculo nos relatórios de entrada de materiais

Erros gerados no recebimento

Esquecimentos e atraso na emissão de documentos relativos à entrada e saída de material

Procedimentos de contagem física inadequados.

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Para cada um dos fatores acima; (e outros que poderão surgir deve ser analisados para cada empresa em particular), pois os critérios para gerenciamento e controle, que serão desenvolvidos devem ser levados em consideração.

2.5.2 Logística como Vantagem Competitiva

Segundo Pozo (2008), a logística é o processo de gerenciar estrategicamente a aquisição, a movimentação e a armazenagem de materiais, peças e produtos acabados e, também seus fluxos de informações, que se dá através das organizações de diferentes canais, de modo a maximizar a lucratividade mediante os pedidos á baixo do custo e a plena satisfação do cliente.

A procura de uma vantagem competitiva sustentável tem se tornado a preocupação dos gerentes modernos e com visão para as realidades do mercado, pois isto não é aceitável imaginar que o sucesso de hoje não representar sucesso no futuro.

2.5.3 As Três Dimensões da Logística

De acordo com Martins e Alt (2005), a logística tem três principais dimensões; a dimensão de fluxo, que seria suporte na área de suprimentos, transformação, distribuição e serviços aos clientes. A dimensão de atividades é o suporte nos processos operacional, administrativo, de gerenciamento e de engenharia. E a dimensão de domínios, basicamente os suportes na gestão de fluxos, tomada de decisão, gestão de recursos e modelo organizacional. Todas estas áreas de atuação da logística estão qualificadas e amparadas pelo conhecimento, onde vale ressaltar que cada passo dado à análise de um sistema logístico, há muitas variáveis independentes que interagem para provocar um efeito, para tal devemos utilizar todas as ferramentas disponíveis para analisá-las.

2.5.4 Cadeia Estratégica Produtiva

Conforme Pozo (2008), a estruturação estratégica e a compatibilidade dos fluxos da cadeia de suprimentos e controle das medidas de desempenhos devem estar alinhadas com o objetivo de toda a cadeia produtiva. Novos modelos estão surgindo Outsourcing é em sua essência uma relação de parceria e cumplicidade muito forte e de extrema lealdade com um ou mais fornecedores da cadeia produtiva com a mesma visão estratégica.

2.5.5 Pontos Básicos da Logística

Segundo Martins e Alt (2005), os principais pontos em que a logística se baseia são movimentação dos materiais; e a movimentação das informações, o tempo, o custo e o nível de serviços. Dentre este ponto em particular encontra-se a atividade que agrega o maior custo dentro das empresas que e o Transporte, para empresa poder ser competitiva e buscar o menor custo unitário de produção várias ações são indispensáveis para obter objetivo esperado.

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2.5.6 Transporte

De acordo Pozo (2008), o transporte e considerado um elemento muito importante para a economia, sua importância é sempre sublinhada pelos problemas financeiros colocados por qrande parte das empresas, geralmente abortado nos momento de greve.

O custo de transporte e alto, investimento neste segmento seria muito importante, pois na medida em que o transporte fica mais barato e de fácil acesso, contribui substancialmente em aumentar a competitividade no mercado, garantir a economia de escala e reduzir os preços das mercadorias, além de poderem participar dos mercados mais distantes. Já na falta de um bom sistema de transporte além do alto custo, o mercado fica limitado na produção local.

Segundo Martins e Alt (2005), multimodal é todo transporte utilizado por mais de um modal (marítimo, terrestre e o aéreo) Nas grandes empresas todos os três modais estão presentes e devem ser acompanhados de perto pelos administradores. No Brasil, mais da metade do transporte se faz pelas rodovias, o transporte rodoviário é o menos produtivo dos modais, quando destacamos carga por hora de operador, além de ter seu custo de mão-de-obra bastante elevado.

2.5.7 Custos Logísticos

Conforme Pozo (2008), um dos principais desafios é gerenciar adequadamente a relação entre custos e nível de serviço. Uma das funções da logística é a constante melhoria da rentabilidade, da oferta do nível de serviços aos clientes, como diferencial competitivo de mercado. A gestão de logística tem como dever solucionar os problemas existentes entre custos e nível de serviço, que consistem na falta de sistemas adequados de controle dos custos logísticos. Os custos com transportes de materiais tendem a compor o custo do produto vendido, como se fosse custo de material, os custos com distribuição, geralmente, são alocados como despesas com vendas, por fim outros custos com transportes aparecem como despesas administrativas. E, com relação ao controle das atividades logísticas, quase nenhuma evidencia ou detalhamento das reais despesas.

De acordo com Dias (1993), os custos representam parte importante no processo de decisão na administração da logística. Variam muito no grau de importância de empresa para empresa, à medida que tenta balancear os custos básicos de transportes, manutenção custo de estoques, de tal maneira que disso resultem custo total relativamente baixo, não evidenciando o real custo da operação.

2.5.8 Subsistemas de Abordagem Logística

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Segundo Dias (1993), a logística compõe-se de dois subsistemas de atividades; administração de materiais e distribuição física, e cada uma delas com seu próprio controle de movimentação e coordenação entre demanda e suprimento. A administração de materiais compreende que o agrupamento de vários materiais, de várias origens e sua coordenação dessa atividade com a demanda de produtos.

Desse modo a soma de esforços de vários setores, que geralmente possuem visões diferentes. Para administração de materiais, todas estas atividades deveriam ser incluídas na maioria ou na totalidade das atividades realizadas pelos seguintes departamentos: compras, recebimento, planejamento e controle de produção, expedição, tráfego e estoques. Assim, de modo resumido poderíamos incluir ainda varias outras atividades logísticas como: compras, programação de entregas na fábrica, transportes, controle de estoque e matéria-prima, controle de estoque de componentes, armazenagem de matéria-prima, armazenagem de componentes, previsão de necessidades de materiais, controle de estoque nos centros de distribuição, processamento de pedidos de clientes, administração dos centros de distribuição, planejamento dos centros de distribuição, planejamento de atendimento aos clientes.

2.6 Planejamento da Produção

Conforme Pozo (2008), toda empresa industrial, possuem dois objetivos básicos; primeiro e produzir seus produtos, segundo e comercializar o que produziu. Para que um sistema de produção funcione e necessário utilizar os recursos produtivos, que incluem: mão-de-obra, materiais, edifício, equipamentos e capital. A comercialização por sua vez precisa integrar com outras atividades de suporte como: Pesquisa de Mercado, Promoção, Vendas, Distribuição e Pós-vendas. Entretanto, tudo que se envolve no processo produção e comercialização requerem a utilização de recursos financeiros, assim às empresas financiam as fases de produção e comercialização de seus produtos, isto resulta num terceiro e importante ação que as empresas devem planejar a adequação e gestão das necessidades financeiras.

2.6.1 Planejamento e Controle de Produção (PCP)

De acordo com Pozo (2008), o PCP é um conjunto de ações inter-relacionadas que tem como objetivo direcionar o processo produtivo da empresa e coordená-lo com as necessidades dos clientes, com isto podemos dizer que duas principais etapas da área são: a programação e controle da produção. Planejar uma produção ou planejar uma agenda de produção é tarefa que requer a consideração de uma multiplicidade de fatores que influem na tomada de decisão sobre, o que, quanto e quando produzir, então para elaborar a programação da produção será necessário considerar os seguintes fatores:

Fatores Externos; demanda de mercado, data de entrega estabelecida, estoque em poder de intermediários e tempo necessário para obtenção de matéria-prima.

b) Fatores Internos; estoque de produtos acabados, equipamento disponíveis, pessoal disponível, materiais e ferramentas disponíveis, lotes econômicos de

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produção, regime de trabalho, tempo necessário para execução das operações e possibilidade de rejeições etc.

2.6.2 Funções do PCP

Segundo Pozo (2008), planejamento global é a função que abrange todas as necessidades de sua área, sendo assim pode programar cada produto a ser produzido, pois é uma atividade complexa e que envolve a utilização das instalações prediais, equipamentos, maquinários, materiais e habilidades. Para que a empresa possa obter lucro, devemos organizar todos estes fatores, fabricar no momento certo, com requisitos requeridos e preços competitivos, para tanto devemos trabalhar com um bom sistema que envolve: padrões, programação, ordens e controle. Já no planejamento do processo produtivo determinará como, onde e quando o produto deverá ser manufaturado para atender e satisfizer as necessidades dos clientes e conseqüentemente empresa obter lucro desejado. Para PCP estar preparado para determinar quando deverá ser fabricado um produto, é necessário conjunto de informações sobre; arranjo físico, equipamento disponíveis, manuseio interno, tempos padrões, programas de vendas, programas de manutenção, recursos humanos, lista de materiais, lista de ferramentas e dispositivos e folhas de operações.

2.6.3 Controle

Conforme Pozo (2008), a função controle e parte integrante do sistema de planejamento são responsáveis em fazer a avaliação das ações que estão sendo realizadas no processo produtivo e acompanhar com que estava planejado. Nesta etapa e dada atenção aos elementos que afetam a produção como:

Tempo de processo Falta de matéria-prima

Controle de mão-de-obra.

Além de relatórios da vida diária da produção, que vai alavancar as melhorias dos diversos processos de produção, assim como do seu próprio planejamento. Algumas funções consistem em:

Fazer análises e comparar o planejado ao realizado Tomar ações corretivas a tempo

Acompanhar as diversas etapas da fabricação

Informar horas paradas por manutenção de equipamentos

Informar horas disponíveis e ou trabalhadas.

Algumas atividades de controle:

Mão-de-obra:

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Relação entre horas produtivas e horas pagas da M.O. D Relação entre M.O. D e M.O.I

Acompanhamento de horas extras e normais

Controle da eficiência da M.O.

Equipamentos:

a) Utilização das horas disponíveis versus horas utilizadasb) Material escrapeado

c) Eficiência na utilização do material

d) Rejeição de fornecedores

e) Rejeição dentro processo produtivo.

Inventários:

a) Custo de estoqueb) Custo de processo

c) Ciclos de fabricação.

2.6.4 Lote Econômico de Produção

De acordo com Pozo (2008), quando se trabalha com estoque reserva, toda vez que produzir nova ordem de produção, aumenta-se o estoque médio da empresa, isto vai propiciar um aumento nos custos de manutenção de armazenagem, juros, obsolescência, deterioração e outros. Por outro lado aumentando-se as quantidades do lote de fabricação, diminui os custos de preparação de máquinas, o custo por unidade produzida, de mão-de-obra e manuseio. O resultado é que se têm são dois focos de forças, ou seja, duas fontes opostas, uma encorajando para que seja mantidos grandes estoques e outra desencorajando-os devido aos altos custos de manutenção.

2.6.5 Como Eliminar o Desperdício

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Segundo Pozo (2008), como sistema de trabalho, há três componentes básicos importantes para eliminar o desperdício O primeiro deles e estabelecer um equilíbrio no fluxo de processo produtivo, ou seja, onde eles não existem, ou onde possam ser melhorados. O segundo componente é a atitude de empresa com relação à qualidade: ação de fazer certo na primeira vez. O terceiro é o envolvimento dos funcionários, este é pré-requisito para eliminação do desperdício e na solução da produção com relação às perdas de processo. Este sistema de trabalho JIT pode funcionar em qualquer ambiente produtivo, seja qual for ramo de atividade.

Simplificando Just In Time, é um conjunto de hipóteses básicas sobre modos de produção correta, e a maneira certa de conduzir os negócios entre fornecedores e clientes que leve qualquer forma de fabricação eficiente e produtiva.

3 Conclusão

A administração da gestão de estoques é fundamental para toda e qualquer

organização, pois é justamente onde está localizada a maior parte do ativo circulante de uma empresa.

É necessário a todo administrador de materiais e recursos patrimoniais, a habilidade em realizar análises detalhadas dos estoques, não somente pelo simples fato do volume de capital empregado mais também pelas vantagens competitivas que a empresa pode ter em relação aos seus concorrentes dispondo de mais velocidade na execução das atividades e no atendimento aos clientes, além de reduzir os custos com movimentação e armazenamento.

Na busca da melhoria contínua e no crescimento da empresa o administrador dispõe hoje de uma série de ferramentas que podem ajudá-lo a se superar cada vez mais, seus concorrentes.

Através deste estudo realizado, foi possível comprovar que a gestão de estoque, mesmo existindo um consenso literário, sobre quais fatores os administradores devem conduzir seu planejamento, muitas vezes à falta do profissional capacitado leva as organizações à perda drástica da sua rentabilidade além da sua competitividade de mercado.

Entretanto foi possível concluir, que os sistemas e métodos apresentados são eficazes, desde que alinhados com profissionais capacitados e bem distribuídos dentro das organizações, acompanhados de um bom planejamento estratégico bem direcionado e com objetivos claros, com a participação de todos os resultados serão alcançado.

4 Referências

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HAMILTON POZO. Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais uma abordagem logística. Editora Atlas, São Paulo, 5º edição 2008.

Marco Aurélio P. Dias. Administração de Materiais uma abordagem logística. Editora Atlas S.A, São Paulo, 4º edição 1993.

PETRÔNIO GARCIA MARTINS E PAULO RENATO CAMPOS ALT. Administração de Materiais e Recursos Patrimoniais. Editora Saraiva São Paulo, 7º edição 2005.

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