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Gestão organizacional e educação corporativa - UVB Faculdade On-line UVB 1 Aula 01 - Introdução à Gestão Organizacional e Educação Corporativa Objetivos da aula: Nesta aula o principal objetivo será conceituar itens que irão embasar o conteúdo das aulas seguintes. Serão conceituados itens como gestão organizacional, gestão de pessoas e as teorias administrativas. Introdução Administração ou Gestão? De fato qual a diferença destas duas palavras? Segundo (Ferreira et al, 2002), ambas as palavras têm origem latina, gerere e administrare, sendo que gerere significa dirigir, conduzir ou governar. Administrare tem aplicação específica no sentido de gerir um bem, defendendo os interesses dos que o possuem. Administrar seria, portanto, a rigor, uma aplicação de gerir. O século XX tem sido palco de grandes realizações em todos os campos do saber, e por conseqüência a administração não é uma exceção. Mas administrar é uma ciência ou arte? Costuma-se considerar que um campo de estudos é uma ciência quando possui um corpo teórico próprio, articulado de forma a indicar a seus seguidores como se portar em casos específicos, prevendo os resultados desse comportamento. Já a arte é considerada

Gestão Organizacional e Educação Corporativa

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    Aula 01 - Introduo Gesto Organizacional e Educao Corporativa Objetivos da aula:

    Nesta aula o principal objetivo ser conceituar itens que iro

    embasar o contedo das aulas seguintes.

    Sero conceituados itens como gesto organizacional, gesto de

    pessoas e as teorias administrativas.

    Introduo

    Administrao ou Gesto?

    De fato qual a diferena destas duas palavras?

    Segundo (Ferreira et al, 2002), ambas as palavras tm origem latina,

    gerere e administrare, sendo que gerere significa dirigir, conduzir ou

    governar. Administrare tem aplicao especfica no sentido de gerir

    um bem, defendendo os interesses dos que o possuem. Administrar

    seria, portanto, a rigor, uma aplicao de gerir.

    O sculo XX tem sido palco de grandes realizaes em todos os campos

    do saber, e por conseqncia a administrao no uma exceo.

    Mas administrar uma cincia ou arte?

    Costuma-se considerar que um campo de estudos uma cincia

    quando possui um corpo terico prprio, articulado de forma a

    indicar a seus seguidores como se portar em casos especficos,

    prevendo os resultados desse comportamento. J a arte considerada

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    uma habilidade, o desenvolvimento de atitudes ainda baseadas

    essencialmente na intuio, no risco de serem tomadas sem que seus

    resultados sejam previsveis. Arte a competncia para conseguir um

    resultado concreto desejado.

    Gesto Organizacional

    Segundo (Gramigna, 2002), no final da dcada de 70 e incio de 80,

    os programas de desenvolvimento organizacional ancorados no

    planejamento estratgico, foram amplamente adotados no Brasil.

    O grande ganho para as pessoas, neste modelo, foi a possibilidade de

    participao em decises dentro das organizaes. A reviso da estratgia

    empresarial levou dirigentes e equipes a um trabalho compartilhado

    para estabelecer a misso organizacional, definir o negcio, divulgar a

    viso empresarial, discutir valores e crenas percebidas, elaborar planos

    setoriais, estabelecer objetivos e metas, sendo que a administrao por

    objetivos torna-se o alvo das organizaes na busca de resultados.

    Segundo (Peter Drucker apud Ferreira, et al, 2002, p. 109), gesto

    organizacional significa, entre outras coisas, permitir que um indivduo

    de excelente atuao empresarial realize livremente seu trabalho,

    sendo que a gerncia da organizao deve exercer sua autoridade

    para garantir a coordenao das atividades, de forma a alcanar bons

    resultados econmicos.

    De uma forma geral, pode-se caracterizar a gesto organizacional

    como uma filosofia da gesto por objetivos, como uma tentativa de

    moldar o cenrio, minimizando a distncia entre o que possvel e o

    que desejvel.

    Embora nenhum homem possa realmente dominar seu ambiente, sendo

    prisioneiro das possibilidades, a tarefa especfica da administrao

    transformar o desejvel no possvel e o possvel no efetivo.

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    O desenvolvimento organizacional um modelo dos mais significativos

    e fez com que dirigentes repensassem suas empresas, dando um salto

    qualitativo na maneira de gerenciar pessoas e, principalmente, os

    processos das organizaes.

    Gesto de Pessoas

    Basicamente a gesto de pessoas consiste na maneira pela qual uma

    empresa se organiza para gerenciar e orientar o comportamento humano

    no trabalho, e para isso, a empresa se estrutura definindo princpios,

    estratgias, polticas e prticas ou processos de gesto. Atravs desses

    mecanismos, implementam diretrizes e orienta os estilos de atuao dos

    gestores em sua relao com aqueles que nela trabalham.

    No mundo dos negcios, a importncia do comportamento humano

    est assumindo cada vez mais espao, fazendo com que sua gesto

    ganhe espao cada vez maior dentro da teoria organizacional.

    Segundo (Fischer, 2002), quanto maiores forem as opes de aquisio

    de bens e servios, a transparncia dos mercados e o acesso aos meios

    de comunicao, mais definitivo ser o impacto do comportamento

    das pessoas nas decises do consumidor.

    A organizao no est se tornando mais humana por causa da

    nova onda competitiva, no est sendo regida por princpios que

    privilegiem o humano contra outros valores organizacionais.

    O que se quer dizer que, quanto mais os negcios se sofisticam

    em qualquer de suas dimenses tecnologia, mercado, expanso e

    abrangncia, etc. , mais seu sucesso fica dependente de um padro

    de comportamento coerente com esses negcios.

    Segundo (Fischer, 2002) os fatores de contexto interno e externo que

    determinam o desempenho de pessoas no trabalho e o modelo de

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    gesto so:

    Tecnologia adotada

    Dependendo do padro de mquinas utilizado pela empresa,

    este determina fortemente o comportamento que se espera dos

    funcionrios. Operrios que trabalham em linhas de produo

    acompanham o ritmo ditado pela velocidade da mquina, no

    esperando dos operrios iniciativa nem autocontrole, bastando que o

    carto de ponto, na entrada da fbrica, registre sua presena.

    A automatizao ou robotizao do processo transformar esse

    trabalhador de provedor de fora e guia de ferramentas em

    monitor da atividade sob sua responsabilidade. Ele passar a atuar

    na irregularidade, e no na regularidade, o que tornar o trabalho

    dependente de autonomia e capacidade de antecipao.

    Estratgia de organizao do trabalho

    Diferentes formas de organizao do trabalho so, na verdade,

    diferentes maneiras de buscar o comportamento exigido pelo

    processo de trabalho adotado. Desse modo, pode-se dizer que trazem

    o mesmo impacto da tecnologia para o modelo de gesto.

    Na verdade, pode-se mesmo dizer que quase impossvel separar

    o modelo de gesto de pessoas do modelo de gesto do trabalho.

    Trata-se de dois conjuntos de prticas que incidem sobre as mesmas

    instncias organizacionais as relaes humanas na empresa e que

    pretendem alcanar os mesmos objetivos: determinado padro de

    desempenho no trabalho.

    Cultura organizacional

    relativamente fcil perceber no dia-a-dia das organizaes que

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    a cultura organizacional recebe influncia do modelo de gesto

    de pessoas. Nas organizaes, as pessoas que trabalham em

    determinadas reas ou profisses so considerados seres humanos

    diferentes dos outros.

    assim que engenheiros so mais valorizados que profissionais de

    escritrio em empresas metalrgicas e de minerao, especialistas

    em marketing so mais considerados que funcionrios de produo

    em empresas de bens de consumo no durveis, j financeiros so

    verdadeiras referncias de comportamento nos grandes bancos.

    Estratgia organizacional

    A estrutura ou modelo organizacional delineia tambm as caractersticas

    do modelo de gesto de pessoas dominante na empresa. Uma estrutura

    departamental, explicitamente orientada para a cadeia de comando e

    controle, implica um modelo igualmente segmentado e restritivo.

    A iniciativa limitada, a ordem superior, ao manual de procedimentos,

    a ao voltada para os objetivos setoriais sem perspectiva sistmica

    nem do conjunto da empresa corresponde determinada forma de

    remunerar, capacitar e recrutar pessoas.

    A remunerao no pode estar vinculada exclusivamente ao cargo

    ocupado, o processo de treinamento deve incentivar a viso sistmica

    da organizao e o recrutamento deve ser feito dentro de um perfil

    de competncias que atendam ao conjunto da corporao, e no s

    as demandas da unidade em que a pessoa ir atuar.

    Fatores externos

    Os fatores externos organizao devem ser classificados, segundo

    sua origem, em duas categorias: os advindos da sociedade e os que

    tm origem no mercado.

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    Os fatores sociais correspondem forma pela qual a sociedade regula

    o trabalho e as relaes de trabalho que ocorrem em seu mbito.

    Prevalecem a cultura de trabalho dessa sociedade, a legislao e

    a interveno dos diferentes agentes, dentre os quais destacam o

    Estado e as instituies sindicais.

    O mercado, por seu lado, deve ser considerado o fator

    preponderante na constituio do modelo, pois define o perfil

    de competncias organizacionais exigido pelo negcio do setor

    de atividade em que atua.

    Teorias administrativas

    O processo de teoria administrativa no possui um padro nico

    a ser seguido, por exemplo, a burocracia surgiu com as obras

    de Max Weber em fins do sculo XIX, j para outros, porm, a

    elaborao de uma teoria administrativa burocrtica posterior

    as escolas clssica e de relaes humanas.

    O inicio deste assunto para ns ser com as teorias clssicas e

    cientfica, surgida com as novas necessidades industriais, cujo

    enfoque privilegia o mbito produtivo e cujos princpios tm sido

    questionados ao longo do tempo.

    A evoluo das abordagens que compreendem o conhecimento

    da teoria e prtica na rea de administrao de empresas segundo

    (Ferreira et al, 2002), pode ser dividido em trs blocos:

    Evoluo das teorias administrativas

    Apresenta uma reviso histrica e conceitual das principais teorias

    administrativas que se consagraram at meados da dcada de

    1960 (no Brasil comeavam a aparecer os cursos acadmicos de

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    administrao), quando a perspectiva estratgica dos negcios

    e o questionamento de alguns princpios da administrao

    cientfica conduziu os estudos e pesquisas da rea para uma

    maior participao e melhor preparao do elemento humano na

    gesto empresarial. Neste bloco se destaca as Teorias Clssica e

    Cientfica, a Escola de Relaes Humanas com enfoque no estudo

    dos princpios da Burocracia.

    O desenvolvimento das cincias comportamentais, especialmente

    da antropologia, psicologia e sociologia, a administrao adotou

    conceitos recm-elaborados nessas reas, tendo como ponto

    central de pesquisa a motivao humana na empresa, seguindo

    a linha da Teoria Comportamental e a resoluo de conflitos com

    o Estruturalismo.

    Teorias modernas de gesto

    Onde so discutidas as teorias de gesto que vm sendo defendidas

    nas ltimas dcadas, atingindo um grau de complexidade tal,

    que deixaram de ser simples modelos e formam um corpo de

    conhecimentos consistentes e abrangentes dos aspectos tcnicos,

    estratgicos e humanos que compem a organizao.

    Destaca-se neste bloco o surgimento da Administrao

    Participativa, a Administrao por Objetivos e principalmente

    dentro da rea tecnolgica, a estratgia passou a ocupar maior

    espao no mundo empresarial, dando origem a uma preocupao

    permanente com as ocorrncias no ambiente externo, surgindo

    da a Administrao Estratgica.

    Estratgias emergentes de gesto

    Se materializam nas propostas de mudanas mais recentes dos

    princpios j consagrados, e na forma de encarar os propsitos

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    e a misso da organizao. So propostas que atualmente esto

    impulsionando as pesquisas na rea de gesto e recebendo forte

    influncia do desenvolvimento tecnolgico, principalmente nos

    setores de comunicaes e teleprocessamento de informaes

    em tempo real.

    Alguns pontos abordados podem at ser considerados eventos

    passageiros ou modismos, sem maiores conseqncias para

    um aprofundamento na teoria e prtica da administrao,

    porm refletem um momento na vida das organizaes em que

    se tornaram o foco das preocupaes e provocaram mudanas

    significativas nas suas operaes e relaes de trabalho.

    So modelos e tcnicas fundamentados e com graus diversos de

    conciso e originalidade, que vem provocando algumas reaes

    no mundo empresarial.

    E para enfrentar a integrao de objetivos organizacionais com o

    ambiente de negcios, surge a Administrao Holstica, Administrao

    Empreendedora, Organizao Virtual e a Reengenharia.

    Nesta aula introdutria basicamente a idia foi explicitar

    conceitos como Gesto Organizacional, Gesto de Pessoas e

    Teorias Administrativas.

    Nas prximas aulas, estes itens serviro como base para

    compreender a nova maneira de se gerir uma organizao,

    integrando estratgias entre pessoas, negcios e tecnologia.

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    Referncias Bibliogrficas

    GRAMIGNA, Maria Rita, Modelo de Competncias e Gesto dos

    talentos. So Paulo: Makron Books, 2002.

    FISCHER, Andr Luiz. Um resgate conceitual e histrico dos modelos

    de gesto de pessoas. In: As pessoas na organizao. 3. ed. So

    Paulo: Editora Gente, 2002. p.11-34.

    FERREIRA, Ademir Antonio, REIS, Ana Carla Fonseca, PEREIRA, Maria

    Isabel. Gesto empresarial: de Taylor aos nossos dias : evoluo e

    tendncias da moderna administrao de empresas. So Paulo:

    Pioneira Thomson Learning, 2002.

    Manual de Gesto de pessoas e equipes: estratgias e tendncias,

    volume 1. So Paulo: Editora Gente, 2002.

    Gesto do Conhecimento / Harvard Business Review; traduo

    Afonso Celso da Cunha Serra. Rio de Janeiro: Campus, 2000.

    As pessoas na organizao. 3. ed., So Paulo: Editora Gente, 2002

    Vrios Autores.

    ROBBINS, Stephen Paul, Comportamento organizacional, Traduo

    tcnica Reynaldo Marcondes, 9. ed., So Paulo: Prentice Hall, 2002.

    BITENCOURT, Claudia, Gesto contempornea de pessoas: novas

    prticas, conceitos tradicionais., Porto Alegre: Bookman, 2004.

    MARIOTTI, Humberto. Organizaes de aprendizagem: educao

    continuada e a empresa do futuro., 2. ed, So Paulo : Atlas, 1999.

    Bibliogrfia Complementar

    FLEURY, Maria Tereza. Estratgias empresariais e formao de

    competncias. So Paulo: Atlas, 2000.

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    SANTOS, Fernando C. Augusto. Estratgia de Recursos Humanos.

    So Paulo: Atlas, 1999.

    ALADN, Edson Pacheco. Gesto da Qualidade: teoria e prtica. So

    Paulo: Atlas, 2000.

    OLIVEIRA, Gercina Alves de. Desenvolvimento organizacional :

    teoria e diagnstico. Rio de Janeiro: Fundao Getulio Vargas,

    Escola de Administrao Fazendria, 1979.

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    Aula 02Teorias Administrativas

    Objetivos da aula:

    Definir o tema sobre Teorias Modernas de Gesto;

    Conhecer as caractersticas das Teorias Modernas de Gesto;

    Compreender:

    Abordagem contingencial;

    Administrao por:

    Objetivos;

    Estratgica;

    Participativa.

    Com a chegada da Revoluo Industrial o que se pode notar foi que

    a economia, no sentido amplo da palavra, no era mais uma base

    artesanal e manufatureira e passou a se firmar na produo industrial

    e mecanizada.

    A Revoluo Industrial lanou a base de um novo tempo no mundo das

    organizaes empresariais. Alm do desenvolvimento de mquinas,

    preconizou a diviso do trabalho, ampliou a rede transportes, estreitou

    as comunicaes e principalmente empregou um massivo exrcito

    industrial de mo-de-obra.

    Segundo (Ferreira et al, 2002), considera-se em histria a ocorrncia de

    duas revolues industriais, a Primeira Revoluo Industrial (1780/1840)

    a Segunda Revoluo Industrial (1840/1895), ambas originadas na Gr-

    Bretanha, nico pas a cumprir uma srie de condies bsicas para

    ser o terreno frtil pioneiro para a ecloso da revoluo industrial.

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    Abaixo segue a descrio de ambas, segundo (Ferreira et al, 2002).

    A primeira revoluo industrial foi uma profunda

    transformao econmica e social. O homem do campo e

    o antigo arteso, destitudos de qualquer coisa alm de sua

    fora de trabalho, passaram a vend-la ao novo capitalista

    industrial, sendo os meios de produo e o prprio resultado

    dela no mais pertenciam ao antigo trabalhador autnomo

    e pequeno proprietrio;

    Na segunda revoluo, o processo de industrializao se

    alastrou da Gr-Bretanha para vrios pases, promovida

    por um aprimoramento dos meios de transporte e pelo

    abundante capital acumulado na Inglaterra, vido por

    ser investido.

    O resultado de tudo isso fez nascer um primeiro paradigma 1 de

    administrao, onde ocorreu a defesa da racionalizao da produo,

    diviso de tarefas em mltiplas etapas bem como a superviso cerrada

    e obedincia hierrquica dentro da organizao empresarial.

    A partir da deu-se origem a duas teorias de administrao

    nas empresas, a teoria da administrao cientfica e a teoria de

    administrao clssica.

    Teoria da Administrao Cientfica

    Em busca de uma organizao que enfatiza tempos, mtodos, diviso

    do trabalho d origem a administrao cientfica.

    Esta necessidade busca garantir a consecuo de seus objetivos de

    mxima produo a mnimo custo.

    1.Modelo explicativo, que pode ser continuamente reformulado, (Ferreira et al, 2002).

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    Segundo (Ferreira et al, 2002), o precursor deste mtodo foi Frederick

    Taylor (1856-1915) na virada XIX, quando foram desenvolvidos estudos

    aplicando estas idias.

    Os princpios destes mtodos segundo (Ferreira et al, 2002) so:

    Seleo Cientfica do Trabalhador: o trabalhador deve

    desempenhar a tarefa mais compatvel com suas aptides.

    A maestria da tarefa, resultado de muito treino, importante

    para o funcionrio (que valorizado) e para a empresa (que

    aumenta sua produtividade);

    Tempo-padro: o trabalhador deve atingir no mnimo

    a produo-padro estabelecida pela gerncia. muito

    importante contar com parmetros de controle da

    produtividade, porque o ser humano naturalmente

    preguioso. Se o seu salrio estiver garantido, ele certamente

    produzir o menos possvel;

    Plano de Incentivo Salarial: a remunerao dos

    funcionrios deve ser proporcional ao nmero de unidades

    produzidas. Essa determinao se baseia no conceito do

    Homo economicus, que considera as recompensas e sanes

    financeiras mais significativas para o trabalhador;

    Trabalho em Conjunto: os interesses dos funcionrios

    (altos salrios) e da administrao (baixo custo de produo)

    podem ser conciliados, atravs da busca do maior grau de

    eficincia e produtividade. Quando o trabalhador produz

    muito, sua remunerao aumenta e a produtividade da

    empresa tambm;

    Gerentes Planejam Operrios Executam: o planejamento

    deve ser de responsabilidade exclusiva da gerncia, enquanto

    a execuo cabe aos operrios e seus supervisores;

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    Diviso do Trabalho: uma tarefa deve ser dividida no maior

    nmero possvel de subtarefas. Quanto menos e mais simples

    a tarefa, maior ser a habilidade do operrio em desempenh-

    la. Ao realizar um movimento simples repetidas vezes, o

    funcionrio ganha velocidade na sua atividade, aumentando

    o nmero de unidades produzidas e elevando seu salrio de

    forma proporcional ao seu esforo;

    Superviso: tambm deve se funcional, ou seja, especializada

    por reas. A funo bsica do supervisor, como o prprio nome

    indica, controlar o trabalho dos funcionrios, verificando

    o nmero de unidades produzidas e o cumprimento da

    produo-padro mnima;

    nfase na Eficincia: existe uma nica maneira certa de

    executar uma tarefa (the best way). Para descobri-la, a

    administrao deve empreender um estudo de tempos

    e mtodos, decompondo os movimentos das tarefas

    executadas pelos trabalhadores.

    Muitos podem considerar as idias e princpios defendidos por Taylor,

    fazendo-o parecer um cientista insensvel e desumano, que tratava os

    operrios como objetos de estudos isolados, favorecendo somente a

    elite empresarial.

    Porm uma minoria reconheceu que os estudos de Taylor proveu

    um aumento da eficincia da produo, buscando a reduo dos

    custos no apenas para elevar lucros, mas tambm para elevar a

    produtividade dos trabalhadores, aumentando seus salrios.

    Uma pequena concluso que se pode tirar que comparar os

    tempos destes estudos onde ainda existiam reflexos dos regimes

    feudais e escravos, as idias de Taylor no deixavam de representar

    um avano na forma de encarar a participao do trabalhador no

    processo produtivo.

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    Hoje em dia, podem-se observar resultados destas idias e que

    continuam sendo vlidas e aplicveis ao moderno processo produtivo.

    Um exemplo a diviso do trabalho em tarefas mnimas, que

    estimulou o desenvolvimento de estudos de tecnologia e

    automao industrial que, hoje, permitem que o trabalho humano

    seja utilizado em tarefas que pode sacrificar qualquer habilidade

    humana, causando tdio, poupando o trabalhador de realizar tarefas

    montonas e pouco enriquecedoras.

    Teoria da Administrao Clssica

    Em 1916, o engenheiro francs Henri Fayol defendia idias

    semelhantes as de Taylor na Europa, porm suas idias eram

    baseadas em sua experincia na alta administrao.

    Dentro da mesma ptica das idias de Taylor, os estudos de forma

    complementar de Fayol vistos sob uma outra tica empresarial

    tambm defendiam a prpria diviso do trabalho, que alm de cargos

    tcnicos tambm foram implementados para a rea administrativa, e

    seguindo alguns princpios, que segundo (Ferreira et al, 2002) eram:

    Diviso do Trabalho: a especializao dos funcionrios, dos

    executivos da administrao aos operrios da fbrica, favorece

    a eficincia na produo, aumentando a produtividade;

    Autoridade e Responsabilidade: autoridade o direito

    dos superiores hierrquicos de dar ordens que sero

    supostamente obedecidas; responsabilidade a contrapartida

    da autoridade;

    Unidade de Comando: um empregado deve receber ordens

    de apenas um superior, evitando contra-ordens;

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    Unidade de Direo: o controle nico possibilitado com

    a aplicao de um plano para grupos de atividades com os

    mesmos objetivos;

    Disciplina: necessidade de se estabelecer normas de conduta

    e de trabalho, vlidas para todos os funcionrios. A ausncia

    de disciplina joga a organizao no caos;

    Prevalncia dos Interesses Gerais: os interesses gerais da

    corporao devem prevalecer sobre os interesses individuais;

    Remunerao: deve ser suficiente para garantir a satisfao

    dos funcionrios e da organizao;

    Centralizao: as atividades cruciais da organizao e a

    autoridade para sua adoo devem ser centralizadas;

    Hierarquia (Cadeia Escalar): defesa incondicional da

    estrutura hierrquica, respeitando risca uma linha de

    autoridade fixa;

    Ordem: deve ser mantida em toda a organizao, preservando

    um lugar para cada coisa (pessoa) em seu lugar;

    Equidade: a justia deve prevalecer tambm no ambiente de

    trabalho, justificando a lealdade e a devoo dos funcionrios

    empresa;

    Estabilidade dos Funcionrios: a alta rotatividade do

    pessoal tem conseqncias negativas sobre o desempenho

    da organizao e o moral dos trabalhadores;

    Iniciativa: deve ser entendida como a capacidade de

    estabelecer um plano e cumpri-lo;

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    Esprito de Corpo (Sprit de corps): o trabalho deve ser

    conjunto, facilitado pela comunicao dentro das equipes. Os

    componentes de um mesmo grupo precisam ter conscincia

    de classe, para com isso defenderem seus propsitos.

    Alm destes princpios Fayol enunciou algumas funes da gerncia

    administrativa, sendo que o conjunto das funes administrativas

    forma o processo administrativo.

    Segundo (Ferreira et al, 2002) a idia de processo inclui o aspecto

    dinmico da relao entre as diferentes funes, com cada uma delas

    influenciada pelas demais, sendo elas:

    Planejar: significa estabelecer os objetivos da organizao,

    especificando a forma como sero atingidos. Parte de uma

    sondagem do futuro, desenvolvendo um plano de aes

    para atingir os objetivos traados. a primeira das funes, j

    que servir de base diretora operacionalizao das outras;

    Comandar: significa fazer com que os subordinados executem

    o que deve ser feito, pressupe que as relaes hierrquicas

    estejam claramente definidas, ou seja, que a forma como

    administradores e subordinados se influenciam esteja

    explcita, assim como o grau de participao e colaborao

    de cada um para a consecuo dos objetivos definidos;

    Organizar: a forma de coordenar todos os recursos da

    empresa, sejam humanos, financeiros ou materiais, alocando-

    os da melhor forma, segundo o planejamento traado;

    Controlar: controlar estabelecer padres e medidas de

    desempenho, que permitam assegurar que as atitudes

    adotadas so as mais compatveis com o que a organizao

    almeja. O controle das atividades desenvolvidas permite

    maximizar a probabilidade de que tudo ocorra conforme as

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    regras estabelecidas e as ordens ditadas;

    Coordenar: a implantao de qualquer planejamento seria

    invivel sem a coordenao das atitudes e esforos de toda

    a organizao (departamentos e pessoal), tendo em vista os

    objetivos traados.

    E alm destes aspectos pode-se observar que existem algumas

    consideraes em volta da teoria clssica que Fayol em suas idias as

    sintetiza, que so:

    Obsesso pelo comando: pode-se observar que Fayol focou

    seus estudos no setor de comando da empresa, destacando

    a autoridade e responsabilidade;

    A empresa como sistema fechado: no deixa de ser uma

    crtica a administrao clssica, considerando a empresa

    como um sistema fechado e nico, porm a partir do

    momento em que o planejamento defendido em toda a

    gesto empresarial, no se pode imaginar que a organizao

    seja vista como uma parte isolada do ambiente;

    Manipulao dos trabalhadores: ambos os mtodos de

    administrao, seja a cientfica ou a clssica, foram vistas

    como tendenciosas e exploravam os trabalhadores. Cabe aos

    administradores que estas idias defendidas por Fayol no

    sejam deturpadas, e sim entendidas como meios de aumento

    de produtividade e reduo de custos.

    Basicamente, as diferenas entre as idias de Taylor e Fayol se

    diferenciavam nos seguintes pontos de vista; Taylor estudava a

    empresa do ponto de vista do cho de fbrica para cima, privilegiando

    as tarefas de produo, j Fayol estudava administrao para baixo,

    privilegiando as tarefas da organizao.

  • Gesto organizacional e educao corporativa - UVB

    Faculdade On-line UVB19

    A tabela acima mostra a definio de cada uma das teorias segundo

    (Ferreira, et al, 2002), na organizao sistemtica da empresa, a

    nfase de Fayol recaiu sobre os princpios da prtica administrativa,

    dedicando ateno especial s diversas funes administrativas.

    Segundo (Ferreira et al, 2002), no raro encontrarmos a utilizao

    indistinta dos termos administrao cientfica e administrao clssica.

    Entretanto, as diferenas entre as duas so:

    Administrao cientfica: surgiu no cho de fbrica.

    Conforme o prprio nome indica, sugere a adoo de

    mtodos racionais e padronizados, a mxima diviso de

    tarefas e o enfoque centrado na produo;

    Administrao clssica: teve origem na alta administrao,

    enfatiza a estrutura formal da organizao e a adoo de

    princpios e funes administrativas necessrias realizao

    do trabalho. O sucesso do empreendimento, segundo Fayol,

    est relacionado ao desempenho satisfatrio dessas funes,

    em todos os setores da organizao.

    Teorias Modernas de Gesto

    Um aspecto muito interessante referente teoria moderna de gesto

    empresarial se refere ao ponto que uma empresa nunca deve ser

    estanque no tempo, ou seja, necessrio a ela reagir prontamente

    no s aos novos desafios, como s novas possibilidades que se

  • Gesto organizacional e educao corporativa - UVB

    Faculdade On-line UVB20

    apresentam, principalmente num mundo competitivo como o nosso.

    Para administrar uma empresa nos dias atuais deve-se observar em

    paralelo, com muita ateno, a evoluo da tecnologia, pois ambos

    influenciam-se mutuamente.

    As mudanas tecnolgicas exigem mudar quem possui e controla

    a informao, quem tem o direito de acess-la e atualiz-la e quem

    toma decises sobre quem, quando e como.

    Segundo (Ferreira, et al 2002), a tecnologia adotada pela organizao

    apresenta uma relao ntima com sua estrutura social e com a

    tendncia ao sucesso empresarial.

    Os diferentes ambientes tcnicos adotados pelas empresas impem

    diversos graus de tenso aos funcionrios. Porm ao mesmo tempo

    em que influencia a forma de administrar, a tecnologia condicionada

    aos objetivos da organizao, em termos de produo: o que e para

    quem produzir.

    Segundo (Ferreira, et al 2002), destacam-se das teorias modernas os

    seguintes tpicos:

    Abordagem contingencial

    A fundamentao da abordagem contingencial est na teoria dos

    sistemas, j que defende a importncia das inter-relaes entre as

    partes de uma organizao.

    Esta abordagem enfatiza que no h nada absoluto nas organizaes

    ou na teoria administrativa; tudo relativo, tudo depende, sendo

    que existe uma relao funcional entre as condies do ambiente

    e as tcnicas administrativas apropriadas para o alcance eficaz dos

    objetivos da organizao.

  • Gesto organizacional e educao corporativa - UVB

    Faculdade On-line UVB21

    Administrao por objetivos

    Tambm conhecida como gesto por objetivos, onde o propsito

    principal a adoo de alguns princpios que aprimoravam as

    prticas correntes.

    A administrao por objetivos incorpora a maioria dos princpios de

    gesto geralmente aceitos, e tem como vantagem a facilitar de se

    implantar os melhores mtodos de avaliao de resultados.

    Seus principais pressupostos so:

    Mudanas ambientais: impem novos requisitos no s s

    organizaes, mas tambm aos gestores, a administrao

    por objetivos parte do princpio de que o comportamento

    dos gestores mais importante do que a sua personalidade

    e que este comportamento deve ser definido em termos

    de resultados;

    Definio dos objetivos: a identificao clara dos objetivos

    estabelecidos para todos os envolvidos no processo a tarefa

    prioritria do processo. Uma vez definidos os objetivos, so

    estabelecidos mtodos e distribudas as responsabilidades

    para a sua consecuo;

    Criao de oportunidades: a gesto de uma empresa

    deve ser uma tarefa criativa e no adaptativa, j que cria as

    condies econmicas, ao invs de passivamente adaptar-se

    a elas. A partir disso devem ser estabelecidos objetivos;

    Desenvolvimento pessoal: a empresa deve ser capaz de

    produzir mais e melhor do que os recursos que a compem,

    sendo maior do que a soma das suas partes. Considerar o

    ser humano passivo, sem responsabilidades ou participao,

  • Gesto organizacional e educao corporativa - UVB

    Faculdade On-line UVB22

    significa consider-lo mais um tipo de recurso material;

    Descentralizao administrativa: aperfeioar a estrutura

    organizacional, atravs de um mximo de descentralizao,

    leva a um melhor desempenho;

    Administrao estratgica

    A administrao estratgica passou a ocupar espao no mundo

    empresarial em meados da dcada de 1960, em resposta

    obsolescncia dos tradicionais planejamentos a mdio e longo prazo

    e dificuldade de esses instrumentos se adaptarem a um ambiente

    turbulento, em constante mudana.

    O planejamento estratgico o processo de planejamento

    formalizado e de longo alcance, empregado para se definir e atingir

    os objetivos organizacionais.

    Administrao participativa

    Administrao participativa uma filosofia que exige que o processo

    organizacional de tomada de decises, seja feito de forma que os

    recursos e responsabilidades necessrios sejam estendidos at o

    nvel hierrquico mais apropriado. O propsito da administrao

    participativa assegurar que decises efetivas sejam feitas pelas

    pessoas certas.

    A participao dos funcionrios nas decises da empresa, em maior

    ou menor escala, vem sendo uma constante em uma srie de modelos

    de gesto.

  • Gesto organizacional e educao corporativa - UVB

    Faculdade On-line UVB23

    Nesta aula, verificamos que apesar do tema Teorias Modernas de

    Gesto, se referir basicamente as tcnicas administrativas, pode-se

    observar que tanto nas teorias de Fayol e Taylor, percebe-se o incio

    da preocupao com o ser humano dentro das organizaes como

    pessoa e no como mero executor de tarefas.

    Referncias Bibliogrficas

    GRAMIGNA, Maria Rita, Modelo de Competncias e Gesto dos talentos.

    So Paulo: Makron Books, 2002.

    FISCHER, Andr Luiz. Um resgate conceitual e histrico dos modelos

    de gesto de pessoas. In: As pessoas na organizao. 3. ed. So Paulo:

    Editora Gente, 2002. p.11-34.

    FERREIRA, Ademir Antonio, REIS, Ana Carla Fonseca, PEREIRA, Maria

    Isabel. Gesto empresarial: de Taylor aos nossos dias: evoluo e

    tendncias da moderna administrao de empresas. So Paulo: Pioneira

    Thomson Learning, 2002.

    Manual de Gesto de pessoas e equipes: estratgias e tendncias,

    volume 1. So Paulo: Editora Gente, 2002.

    Gesto do Conhecimento / Harvard Business Review; traduo Afonso

    Celso da Cunha Serra. Rio de Janeiro: Campus, 2000.

    As pessoas na organizao. 3. ed., So Paulo: Editora Gente, 2002

    Vrios Autores.

    ROBBINS, Stephen Paul, Comportamento oranizacional, Traduo

    tcnica Reynaldo Marcondes, 9. ed., So Paulo: Prentice Hall, 2002.

    BITENCOURT, Claudia, Gesto contempornea de pessoas: novas

    prticas, conceitos tradicionais., Porto Alegre: Bookman, 2004.

  • Gesto organizacional e educao corporativa - UVB

    Faculdade On-line UVB24

    MARIOTTI, Humberto. Organizaes de aprendizagem: educao

    continuada e a empresa do futuro., 2. ed, So Paulo : Atlas, 1999.

    Complementar

    FLEURY, Maria Tereza. Estratgias empresariais e formao de

    competncias. So Paulo: Atlas, 2000.

    SANTOS, Fernando C. Augusto. Estratgia de Recursos Humanos. So

    Paulo: Atlas, 1999.

    ALADN, Edson Pacheco. Gesto da Qualidade: teoria e prtica. So

    Paulo: Atlas, 2000.

    OLIVEIRA, Gercina Alves de. Desenvolvimento organizacional : teoria

    e diagnstico. Rio de Janeiro: Fundao Getulio Vargas, Escola de

    Administrao Fazendria, 1979.

  • Gesto organizacional e educao corporativa - UVB

    Faculdade On-line UVB25

    Aula 03Cultura Organizacional

    Objetivos da aula:

    Entender o que Cultura Organizacional;

    Conhecer as caractersticas sobre Cultura Organizacional;

    Compreender as propriedades das Culturas Organizacionais;

    Compreender o processo de criao e gerenciamento de uma

    Cultura Organizacional.

    Nesta aula, ser abordado o tema Cultura Organizacional, onde a idia

    enxergar as organizaes como culturas existncia de um sistema

    de convices compartilhado por todos o que um fenmeno

    relativamente recente.

    Para qualquer tipo de cultura em qualquer tipo de organizao

    necessria sua criao, gerenciamento e manuteno.

    Introduo

    Segundo (Bitencourt et al, 2004), o tema cultura organizacional

    vem, no Brasil e no exterior, ao longo das duas ltimas dcadas,

    recebendo uma ateno cada vez maior por parte da rea acadmica

    e profissionais da rea de administrao.

    A complexidade do mundo organizacional moderno faz com

    que se tornem, cada vez mais difceis, as respostas aos inmeros

    questionamentos referentes aos seres humanos em sua condio

    de trabalhadores.

  • Gesto organizacional e educao corporativa - UVB

    Faculdade On-line UVB26

    A cultura organizacional de uma empresa basicamente uma

    percepo comum compartilhada pelos membros de uma

    organizao; um sistema de valores com aspectos compartilhados

    pelos seus membros. Esse sistema um conjunto de caractersticas-

    chave que a organizao valoriza.

    Segundo (Robbins, 2002), existem sete caractersticas que, em seu

    conjunto, capturam a essncia da cultura de uma organizao,

    so elas:

    Inovao e assuno de riscos: o grau em que os funcionrios

    so estimulados a serem inovadores e assumirem riscos;

    Ateno aos detalhes: o grau em que se espera que os

    funcionrios demonstrem preciso, anlise e ateno aos

    detalhes;

    Orientao para os resultados: o grau em que os dirigentes

    focam os resultados mais do que as tcnicas e os processos

    empregados para o alcance deles;

    Orientao para as pessoas: o grau em que as decises dos

    dirigentes levam em considerao o efeito dos resultados

    sobre as pessoas dentro da organizao;

    Orientao para a equipe: o grau em que as atividades de

    trabalho so organizadas, mais em termos de equipes do que

    de indivduos;

    Agressividade: o grau em que as pessoas so competitivas

    e agressivas, em vez de dceis e acomodadas;

    Estabilidade: o grau em que as atividades organizacionais

    enfatizam a manuteno do status quo 1 em contraste

    ao crescimento.1.Conjunto de direitos e deveres que caracterizam a posio de uma pessoa em suas relaes com outras. Status Quo: significa o estado em que se achava anteriormente uma situao.

  • Gesto organizacional e educao corporativa - UVB

    Faculdade On-line UVB27

    A avaliao da organizao em termos dessas caractersticas revela,

    portanto, uma ilustrao complexa da cultura organizacional. Essa

    cultura organizacional se refere maneira pela qual os funcionrios

    percebem as caractersticas da cultura da empresa, e no ao fato de

    gostarem ou delas.

    Segundo (Robbins, 2002) as pesquisas sobre cultura organizacional

    tm buscado medir como os funcionrios vem sua organizao:

    ela estimula o trabalho em equipe? Recompensa a inovao?

    Reprime as iniciativas?

    Analisando estas caractersticas, pode-se observar que na cultura

    organizacional a satisfao com o trabalho procura medir a resposta

    afetiva ao ambiente de trabalho. Segundo (Robbins, 2002), se refere

    maneira como os funcionrios se sentem em relao s expectativas

    da organizao, s prticas de recompensas e a outros aspectos.

    Propriedades de Culturas Organizacionais

    Segundo (Robbins, 2002), o reconhecimento de que a cultura

    organizacional possui propriedades comuns no significa, contudo,

    que no pode haver subculturas dentro da organizao. A maioria

    das grandes organizaes possui uma cultura dominante e diversos

    nichos de subculturas, abaixo suas definies:

    Cultura dominante: expressa os valores essenciais

    compartilhados pela maioria dos membros da organizao.

    Quando falamos da cultura de uma organizao, nos referimos

    sua cultura dominante. essa viso macro da cultura que

    empresta organizao sua personalidade distinta;

    Subculturas: tendem a ser desenvolvidas nas grandes

    organizaes para refletir problemas, situaes ou

    experincias comuns a alguns de seus membros. Essas

  • Gesto organizacional e educao corporativa - UVB

    Faculdade On-line UVB28

    subculturas podem ser definidas por designaes de

    departamentos e separao geogrfica.

    Se as organizaes no tivessem uma cultura dominante e fossem

    compostas apenas de diversas subculturas, o valor da cultura

    organizacional como varivel independente seria sensivelmente

    reduzido, pois no haveria uma interpretao uniforme do que

    representam os comportamentos apropriados e os no apropriados.

    O aspecto do valor compartilhado da cultura organizacional

    se torna um instrumento poderoso para orientar e modelar o

    comportamento. isso que nos permite dizer que, por exemplo,

    a cultura da Microsoft valoriza a agressividade e a assuno de

    riscos, e ento utilizar essa informao para melhor entender o

    comportamento dos executivos e de seus funcionrios.

    Porm um importante aspecto que no se deve ignorar, que

    muitas organizaes possuem subculturas capazes de influenciar o

    comportamento de seus membros.

    Cultura Organizacional: gerencivel ou no?

    Segundo (Bitencourt et al, 2004), a preocupao com o

    gerenciamento da cultura externada pela maioria dos profissionais

    e acadmicos da rea de administrao, revela o pragmatismo

    presente nesse ramo do conhecimento.

    Ao final de suas pesquisas, eles no se limitam a compreender e

    interpretar a realidade, sugerem formas de interveno, dizem o

    que deve ser feito, ou seja, apreensivos com a aplicabilidade de suas

    descobertas, procuram encontrar mecanismos capazes de modificar

    a cultura das organizaes.

  • Gesto organizacional e educao corporativa - UVB

    Faculdade On-line UVB29

    Porm se por um lado os administradores mostram-se pragmticos,

    de outro, pode-se imaginar a existncia de inmeros estudos sobre

    a cultura organizacional, com um enfoque da cultura pela cultura,

    realizado por estudos na rea da antropologia.

    Seguindo o raciocnio de (Bitencourt et al, 2004), os pesquisadores da

    rea de antropologia parecem pouco interessados s investigaes

    que envolvem organizaes, uma vez que, existe uma idia que

    aqueles que privilegiam estudos sobre organizaes, estariam de

    certa forma traindo tradio da disciplina, e que ao se voltar para

    sociedades complexas, passou a priorizar as culturas populares ou

    minorias, caracterizadas pela condio de marginalidade social,

    cultural e econmica, ou seja, a nfase acaba recaindo nas pesquisas

    que no atentam as organizaes.

    Na dcada de 1990, comea a ocorrer uma mudana por parte dos

    estudiosos na rea de antropologia no mbito acadmico, comeam

    a surgir trabalhos enfocando as culturas empresariais.

    Segundo (Bitencourt et al, 2004), h uma curiosidade que deve ser

    destacada: quando os antroplogos da rea acadmica aceitam

    estudar os aspectos administrativos, fazem-no mediante a justificativa

    de que a administrao ultrapassa o espectro empresarial, podendo

    ser encontrada em vrios tipos de organizao.

    Neste ponto de vista, acredita-se ser relevante que o antroplogo

    d sua contribuio sociedade moderna, por meio de pesquisas

    que procurem desvendar os aspectos de carter simblico do

    mundo organizacional.

    Mas importante ressaltar que para uma observao seja participante,

    requer que o pesquisador realize uma imerso no cotidiano de uma

    determinada cultura, e somente por meio desse processo, que o

    estudioso conseguir compreender o universo sociocultural, objeto

    de sua pesquisa.

  • Gesto organizacional e educao corporativa - UVB

    Faculdade On-line UVB30

    Portanto segundo (Bitencourt et al, 2004), pode-se dizer que a

    observao participante uma tcnica cujo fundamento reside

    em certo processo de aculturao do pesquisador. Dessa forma,

    o observador assimila as categorias inconscientes que ordenam o

    universo cultural investigado, no eliminando, contudo, o trabalho

    sistemtico da coleta de dados, nem a interpretao e integrao

    da evidncia emprica 2, de modo a recriar a totalidade vivida pelos

    membros da organizao investigada.

    Segundo (Malinowski apud Bitencourt et al, 2004, p.442),

    Conhecer bem a teoria cientfica e estar a par de suas ltimas descobertas

    no significa estar sobrecarregado de idias preconcebidas. Se um

    homem parte em uma expedio decidida a provar certas hipteses e

    incapaz de mudar seus pontos de vista constantemente, abandonando-

    os sem hesitar ante a presso da evidncia, sem dvida seu trabalho ser

    intil. Mas, quanto maior for o nmero de problemas que leve consigo

    para o trabalho de campo, quanto mais esteja habituado a moldar suas

    teorias aos fatos e a decidir quo relevantes eles so s suas teorias, tanto

    mais estar bem equipado para o seu trabalho de pesquisa. As idias

    preconcebidas so perniciosas a qualquer estudo cientfico; a capacidade

    de levantar problemas, no entanto, constitui umas das maiores virtudes

    do cientista esses problemas so revelados ao observador atravs de

    seus estudos tericos.

    Porm para o autor acima citado, existem fenmenos de grande

    importncia que no podem ser captados, em sua essncia, pelo

    pesquisador por meio de questionrios ou outras tcnicas ditas

    quantitativas. A nica maneira de aprend-los atravs da observao

    em sua plena realidade.

    2.Relativo ou pertencente ao empirismo, ou baseado na experincia.

  • Gesto organizacional e educao corporativa - UVB

    Faculdade On-line UVB31

    Criao da cultura organizacional

    Segundo (Robbins, 2002), a cultura a argamassa social que ajuda

    a manter a organizao coesa. Ela no surge do nada, e uma vez

    estabelecida, raramente se desfaz. Mas quais foras influenciam a

    criao de uma cultura? O que sustenta e refora esses fatores, depois

    de a cultura ter sido estabelecida?

    Segundo (Robbins, 2002), os costumes, as tradies e a maneira geral

    de fazer as coisas em uma organizao dependem muito do que foi

    feito antes e do grau de sucesso ento alcanado, levando a fonte

    primria da cultura organizacional: os fundadores da empresa.

    Os fundadores da empresa tradicionalmente so responsveis pelo

    principal impacto sobre a cultura inicial dessa organizao, eles tm

    uma viso daquilo que a organizao deve ser. No so limitados por

    costumes ou ideologias anteriores. O tamanho pequeno que costuma

    caracterizar as novas empresas tambm facilita a imposio da viso

    de seu fundador sobre todos os membros da organizao.

    O processo de criao de uma cultura ocorre segundo (Robbins, 2002),

    de trs maneiras:

    Primeiro: os fundadores s contratam e mantm funcionrios

    que pensem e sintam as coisas da mesma forma que eles;

    Segundo: os fundadores doutrinam e socializam esses

    funcionrios de acordo com sua forma de pensar e sentir;

    Terceiro: o comportamento dos fundadores age como um

    modelo, encorajando os funcionrios a se identificarem

    com ele e, dessa forma, mostras seus valores, convices

    e premissas.

  • Gesto organizacional e educao corporativa - UVB

    Faculdade On-line UVB32

    Um aspecto importante a ser notado que quando a organizao

    tem sucesso, a viso dos seus fundadores passa a ser vista como

    o principal determinante desse sucesso. Nesse momento, a

    personalidade completa dos fundadores torna-se parte integrante

    da cultura da organizao.

    Exemplo de cultura organizacional

    Segundo (Robbins, 2002), Akio Morita, co-fundador da Sony, teve uma

    tremenda influncia sobre a cultura da empresa, de tal forma que as

    pessoas se referem a ele como Sr.Sony. Morita costumava ser descrito

    como um apaixonado por msica e arte, um 3 workaholic, um grande

    socializador, um brilhante observador do comportamento humano e

    um homem de energia inesgotvel, determinado e objetivo.

    Ele emprestou essas qualidades busca da criao de uma marca

    para produtos que fosse atraente em todo o mundo. Escolheu um

    nome pequeno e forte para sua empresa, um nome que as pessoas de

    qualquer parte do mundo conseguissem lembrar e pronunciar. Morita

    iniciou o processo de globalizao da Sony pelos Estados Unidos, para

    onde se mudou com a famlia para poder estudar a cultura norte-

    americana e aumentar as chances de sucesso da empresa.

    Hoje a Sony reconhecida em todo o mundo como uma marca

    de liderana.

    Manuteno da cultura organizacional

    Aps a fixao de uma cultura, ou seja, depois que foi estabelecida,

    existem prticas dentro da organizao que visam a mant-la, dando

    aos funcionrios um conjunto de experincias.

    3.Pessoa que tem necessidade compulsiva de trabalhar muito.

  • Gesto organizacional e educao corporativa - UVB

    Faculdade On-line UVB33

    Segundo (Robbins, 2002), o processo de seleo, os critrios de avaliao

    de desempenho, as atividades de treinamento e desenvolvimento

    de carreira e os procedimentos de promoo asseguram que os

    contratados se ajustem cultura, recompensam quem a adota e

    penalizam (ou at expulsam) aqueles que a desafiam.

    Trs foras tm um papel particularmente importante na manuteno

    da cultura, so elas:

    Seleo: identificar e contratar indivduos que tenham o

    conhecimento, as habilidades e as capacidades necessrias

    para o desempenho bem-sucedido das atividades dentro

    da organizao. Geralmente, mais de um candidato que

    preencha os requisitos ser identificado, quando a situao

    essa, bvio que a deciso final sobre quem ser contratado

    ser significativamente influenciada pelo julgamento de

    quem parece mais bem ajustado organizao;

    Dirigentes: as aes dos dirigentes tambm tm um grande

    impacto sobre a cultura organizacional. Pela sua maneira

    de se comportar, os altos executivos estabelecem normas

    que se espalham pela organizao, sobre aspectos como

    quais riscos devem ser assumidos, quanta liberdade deve ser

    concedida aos funcionrios,qual a forma correta de se vestir,

    quais aes podem reverter em recompensas, etc.;

    Socializao: independentemente da qualidade do processo

    de recrutamento e seleo, os novos funcionrios ainda no

    esto totalmente doutrinados sobre a cultura organizacional

    assim que comeam. O pior, contudo, que, por no

    estarem ainda familiarizados com a cultura, eles podem criar

    problemas em relao s convices e costumes vigentes na

    empresa. Cabe, portanto a organizao ajud-lo a se adaptar

    nova cultura.

  • Gesto organizacional e educao corporativa - UVB

    Faculdade On-line UVB34

    A Figura 1 demonstra os itens mencionados.

    Figura 1: Como se formam as Culturas Organizacionais

    Adaptado de: ROBBINS, Stephen Paul, Comportamento oranizacional,

    Traduo tcnica Reynaldo Marcondes, 9. ed., So Paulo: Prentice Hall, 2002.

    Pode-se verificar nesta aula que em qualquer organizao pode

    haver a existncia de uma cultura, seja ela de maneira completa ou

    como fora citado atravs de subculturas. Podemos ver o exemplo

    da empresa Sony no processo de prospeco e investigao de uma

    nova cultura em um outro pas.

    Importante ressaltar que em toda organizao sempre haver

    a criao, o gerenciamento e tambm a manuteno de uma

    cultura organizacional.

  • Gesto organizacional e educao corporativa - UVB

    Faculdade On-line UVB35

    Referncias Bibliogrficas

    GRAMIGNA, Maria Rita, Modelo de Competncias e Gesto dos talentos.

    So Paulo: Makron Books, 2002.

    FISCHER, Andr Luiz. Um resgate conceitual e histrico dos modelos

    de gesto de pessoas. In: As pessoas na organizao. 3. ed. So Paulo:

    Editora Gente, 2002. p.11-34.

    FERREIRA, Ademir Antonio, REIS, Ana Carla Fonseca, PEREIRA, Maria

    Isabel. Gesto empresarial: de Taylor aos nossos dias: evoluo e

    tendncias da moderna administrao de empresas. So Paulo: Pioneira

    Thomson Learning, 2002.

    Manual de Gesto de pessoas e equipes: estratgias e tendncias, volume

    1. So Paulo: Editora Gente, 2002.

    Gesto do Conhecimento / Harvard Business Review; traduo Afonso

    Celso da Cunha Serra. Rio de Janeiro: Campus, 2000.

    As pessoas na organizao. 3. ed., So Paulo: Editora Gente, 2002

    Vrios Autores.

    ROBBINS, Stephen Paul, Comportamento oranizacional, Traduo tcnica

    Reynaldo Marcondes, 9. ed., So Paulo: Prentice Hall, 2002.

    BITENCOURT, Claudia, Gesto contempornea de pessoas: novas prticas,

    conceitos tradicionais., Porto Alegre: Bookman, 2004.

    MARIOTTI, Humberto. Organizaes de aprendizagem: educao

    continuada e a empresa do futuro., 2. ed, So Paulo : Atlas, 1999.

  • Gesto organizacional e educao corporativa - UVB

    Faculdade On-line UVB36

    Complementar

    FLEURY, Maria Tereza. Estratgias empresariais e formao de

    competncias. So Paulo: Atlas, 2000.

    SANTOS, Fernando C. Augusto. Estratgia de Recursos Humanos. So

    Paulo: Atlas, 1999.

    ALADN, Edson Pacheco. Gesto da Qualidade: teoria e prtica. So

    Paulo: Atlas, 2000.

    OLIVEIRA, Gercina Alves de. Desenvolvimento organizacional : teoria

    e diagnstico. Rio de Janeiro: Fundao Getulio Vargas, Escola de

    Administrao Fazendria, 1979.

    MALINOVSKI, Bronislaw. Os argonautas do Pacfico Ocidental. So Paulo,

    Abril Cultural, 1978.

  • Gesto Organizacional e Educao Corporativa - UVB

    Faculdade On-line UVB37

    Aula 04Modelos Organizacionais

    Objetivos da aula:

    Compreender os modelos organizacionais, e os estudos referentes s suas questes como: Especializao do

    trabalho; Departamentalizao; Cadeia de comando;

    Amplitude de controle; Centralizao e descentralizao;

    Formalizao.

    Conhecer os modelos organizacionais mais comuns: A estrutura simples;

    A burocracia;

    A estrutura matricial.

    Quais so as opes dos novos modelos: A estrutura de equipe;

    A organizao virtual;

    A organizao sem fronteira.

    Os modelos organizacionais existentes hoje nas empresas esto

    sofrendo uma profunda transformao no que diz respeito em

    suas estruturas, e tambm entre os profissionais que gerem os

    processos.

    de ser levar em considerao para este processo que a conscincia

    humana est voltada para fora e v apenas processos superficiais.

    Ela se retrai ante a penetrao nas profundezas interiores, que

  • Gesto Organizacional e Educao Corporativa - UVB

    Faculdade On-line UVB38

    lhe parecem escuras, e onde tem medo de se perder, segundo

    (Mariotti, 1999).

    importante saber que estudos demonstraram que alguns tipos

    de culturas ajudam, enquanto outros prejudicam o desempenho

    econmico das organizaes, segundo (Mariotti, 1999) os motivos

    da busca das empresas para seu conhecimento interno de seus

    modelos so:

    As empresas de hoje, esto orientando-se predominantemente para servios. Estamos em plena

    era do conhecimento, do capital humano, o diferencial

    de satisfao e, mais ainda, de encantamento do cliente,

    deve ser buscado por todas as organizaes;

    Mas satisfao de qual cliente? Resposta: de todos eles. Como se sabe, clientes so todas as pessoas ligadas

    empresa: diretoria/funcionrios (clientes internos),

    fornecedores, parceiros, etc, at chegarmos ao pblico-

    alvo dos produtos/servios oferecidos (clientes

    externos);

    A insatisfao dos clientes repercute sempre nos resultados financeiros das organizaes. O problema que muitas

    vezes essa insatisfao latente .A empresa pode estar

    colhendo maus resultados sem saber porque;

    Estudos de mbito mundial mostram que a simples aplicao de ferramentas e processos de mudana

    isolados no tem funcionado na imensa maioria dos casos.

    O motivo simples: est comprovado que a cultura das

    organizaes sempre absorve e neutraliza as ferramentas

    de que no necessita.

    Para se obter um balanceamento entre os conflitos, que muitas

    vezes nas empresas ocorrem no modelo organizacional,

    necessrio um diagnstico organizacional em profundidade de

    sua prpria estrutura organizacional.

  • Gesto Organizacional e Educao Corporativa - UVB

    Faculdade On-line UVB39

    Segundo (Robbins, 2002), as seis questes bsicas s quais os

    administradores devem responder ao planejar e estruturas

    organizacionais apropriadas so:

    Dimenso Descrio da habilidade intelectual

    1. At que ponto as atividades podem ser

    subdivididas em tarefas separadas?Especializao no trabalho

    Qual a base para o agrupamento das tarefas? Departamentalizao

    A quem os indivduos e os grupos vo se

    reportar?Cadeia de comando

    Quantas pessoas cada administrador pode

    dirigir com eficincia e eficcia?Amplitude de controle

    Onde fica a autoridade no processo

    decisrio?Centralizao e Descentralizao

    At que ponto havero regras e

    regulamentaes para dirigir os funcionrios

    e os administradores?

    Formalizao

    Fonte: ROBBINS, Stephen Paul, Comportamento organizacional, Traduo tcnica Reynaldo Marcondes, 9. ed., So Paulo: Prentice Hall, 2002.

    Seguir a descrio de cada questo levantada segundo (Robbins,

    2002).

    1.1 Especializao do trabalho

    O termo especializao do trabalho descreve o grau em que as

    tarefas na organizao so subdivididas em funes separadas.

    A essncia da especializao do trabalho que, em vez de uma

    atividade ser completada inteiramente por uma nica pessoa, ela

    dividida em um certo nmero de etapas, cada qual sendo realizada

    por um individuo. Essencialmente, os indivduos se especializam em

    realizar parte de uma atividade em vez de fazer a atividade inteira.

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    Faculdade On-line UVB40

    A maioria dos administradores hoje em dia no v a especializao

    do trabalho nem como uma coisa obsoleta, nem como uma fonte

    inesgotvel de aumento de produtividade. Sabe-se que ela pode

    gerar economias em certos tipos de trabalhos, e problemas quando

    levada e extremos.

    1.2 Departamentalizao

    Departamentalizao a diviso do trabalho por meio da

    especializao, onde necessrio agrupar as atividades para que

    as tarefas comuns possam ser coordenadas.

    Uma das formas mais populares de agrupamento de atividades se

    d pelas funes desempenhadas. O gerente de uma fbrica pode

    organizar sua unidade separando, em departamentos especficos,

    as atividades de engenharia, contabilidade, linha de produo,

    recursos humanos e compras.

    As grandes organizaes podem utilizar todos esses tipos de

    departamentalizao. Por exemplo uma empresa japonesa de

    eletrnicos organiza cada uma de suas divises em termos de funes,

    e suas fbricas, em termos de processos; departamentaliza suas vendas

    em sete regies geogrficas e divide cada uma delas em quatro

    agrupamentos de clientes. Entre as empresas de todos os tamanhos,

    uma forte tendncia tem se desenvolvido na ltima dcada.

    A departamentalizao rgida e funcional vem sendo cada vez mais

    completada pela adoo de equipes que ultrapassam as linhas

    divisrias tradicionais.

    1.3 Cadeia de comando

    A cadeia de comando era o alicerce fundamental nos modelos

    organizacionais. Os atuais administradores devem continuar

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    Faculdade On-line UVB41

    considerando suas implicaes ao decidir qual a melhor estrutura

    para suas organizaes.

    Cadeia de comando uma linha nica de autoridade que vai do

    topo da organizao at o escalo mais baixo, determinando quem

    se reporta a quem na empresa.

    Dois conceitos esto intrinsecamente ligados a cadeia de comando,

    so eles:

    Autoridade: refere-se aos direitos inerentes a uma posio administrativa para dar ordens e esperar que elas sejam

    obedecidas. Para facilitar a coordenao, cada posio

    administrativa colocada em um lugar na cadeia de comando,

    e cada administrador recebe um grau de autoridade para

    realizar suas responsabilidades;

    Unidade de comando: ajuda a preservar o conceito da linha nica de autoridade, ele determina que cada pessoa deva

    ter apenas um superior a quem se reportar diretamente. Se

    a unidade de comando for quebrada, o funcionrio pode

    enfrentar demandas ou prioridades conflitantes vindas de

    diferentes chefias.

    A evidncia que muitas organizaes ainda acreditam que ficam

    mais produtivas quando reforam sua cadeia de comando, mas

    elas parecem estar se tornando minorias.

    1.4 Amplitude de controle

    Refere-se quantidade de funcionrios que um administrador

    pode dirigir com eficincia. Ela que vai determinar o nmero de

    escales de chefia que uma empresa ter.

    A tendncia nos ltimos tempos tem sido em direo de um grande

    nmero de funcionrios para se administrar. Elas so consistentes

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    Faculdade On-line UVB42

    com os esforos recentes de reduo de custos, corte de excessos,

    agilizao do processo decisrio, aumento da flexibilidade,

    aproximao dos clientes e autonomia dos funcionrios.

    Os administradores reconhecem que podem gerenciar um

    nmero maior de subordinados quando estes conhecem bem o

    seu trabalho ou so capazes de se aconselhar com os colegas no

    caso de dvidas.

    1.5 Centralizao e descentralizao

    Em algumas organizaes, os altos executivos tomam todas as

    decises. Os administradores de escales inferiores simplesmente

    cumprem as diretivas dos altos executivos. No outro extremo,

    existem organizaes nas quais as decises so levadas at os

    administradores de escales mais baixos, que esto mais prximos

    da ao. As primeiras empresas so altamente centralizadas; as

    ltimas descentralizadas.

    Centralizao se refere ao grau em que o processo decisrio est

    concentrado em um nico ponto da organizao. Uma organizao

    centralizada quando sua cpula toma todas as decises essenciais

    com pouca ou nenhuma participao do pessoal dos escales

    inferiores.

    A descentralizao se caracteriza pelas sua aes nas solues de

    problemas, que so mais rpidas, mais pessoas participam das

    decises e os funcionrios se sentem menos distantes daqueles

    que tomam decises que afetam as suas vidas.

    1.6 Formalizao

    O grau em que a padronizao em que as tarefas dentro da

    organizao so realizadas conhecida como formalizao.

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    Faculdade On-line UVB43

    Quando uma tarefa muito padronizada, seu responsvel tem

    pouca autonomia para decidir o qu, quando e como deve ser feito.

    Nas organizaes altamente formalizadas existem descries

    explcitas de tarefas, muitas regras organizacionais e procedimentos

    claramente definidos sobre os processos de trabalho.

    O grau de formalizao pode variar muito entre as organizaes e

    dentro de uma mesma empresa.

    Um exemplo: os representantes de editoras que visitam

    universidades para divulgar aos professores os ltimos lanamentos

    possuem uma grande dose de liberdade em seu trabalho. Por outro

    lado, dentro dessas mesmas editoras esto as funes administrativas

    e de produo editorial, cujos responsveis tm de estar no trabalho

    pontualmente as 08:00h ou ficar presos aos seus computadores

    seguindo estritamente as regras ditadas pela administrao.

    2. Modelos Organizacionais mais comuns

    Segundo (Robbins, 2002), os modelos mais comuns de estrutura

    organizacional so:

    2.1 A estrutura simples

    A estrutura simples a mais encontrada nos pequenos negcios,

    onde o proprietrio tambm o principal dirigente. Costuma ser

    caracterizada mais pelo que no , do que pelo que . Ela no

    elaborada, possui baixo grau de departamentalizao, grande

    amplitude de controle, autoridade centralizada em uma nica

    pessoa e pouca formalizao. A estrutura simples uma organizao

    achatada: possui geralmente apenas dois ou trs nveis verticais,

    um grupo pouco ordenado de empregados e um individuo que

    concentra toda a autoridade do processo decisrio;

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    2.2 A burocracia

    A burocracia caracterizada por tarefas operacionais altamente

    rotineiras, realizadas atravs de especializao, regras e regulamentos

    muitos formalizados, tarefas que so agrupadas em departamentos

    funcionais, autoridade centralizada, pequena amplitude de controle

    e processo decisrio que acompanha a cadeia de comando. Quando

    surgem casos que no se ajustam exatamente s regras, no h

    espao de manobra. A burocracia s eficiente enquanto seus

    funcionrios enfrentam problemas j conhecidos e para os quais

    regras programadas de deciso tenham sido j estabelecidas;

    2.3 A estrutura matricial

    Esta estrutura se encontra em agncias de propaganda, empresas

    aeroespaciais, etc. Sua caracterstica mais bvia desta estrutura que

    ela rompe com o conceito de unidade de comando. Os funcionrios

    dessas organizaes tm dois chefes o gerente do departamento

    funcional e o gerente do departamento de produto. Portanto, a

    estrutura matricial possui uma dupla cadeia de comando.

    3. Opes de novos modelos organizacionais

    Nas ltimas dcadas dirigentes de muitas organizaes vm

    trabalhando para desenvolver novas opes estruturais que possam

    ajudar suas empresas a competir mais eficazmente.

    Segundo (Robbins, 2002), as estruturas so as seguintes:

    3.1 A Estrutura de equipe

    Umas das principais caractersticas da estrutura de equipe

    que ela desmonta as barreiras departamentais e descentraliza o

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    processo decisrio ao nvel das equipes de trabalho. Outro detalhe

    importante que a estrutura de equipe tambm requer que os

    funcionrios sejam tanto generalistas quanto especialistas.

    No caso das empresas maiores, a estrutura de equipe complementa

    o que seria uma tpica burocracia, permitindo que toda organizao

    obtenha a eficincia da padronizao burocrtica, ao mesmo tempo

    em que consegue a flexibilidade proporcionada pelas equipes.

    3.2 A organizao Virtual

    A essncia deste modelo organizacional o seguinte: Por que

    ser proprietrio se voc pode alugar? Este o modelo tpico que

    tambm chamado de organizao em rede ou modular, onde

    uma organizao pequena terceiriza a maior parte de suas funes

    de negcios.

    A organizao virtual fica em extremo contraste com a burocracia

    tpica, que tem diversos nveis gerenciais e onde o controle

    exercido por meio da propriedade.

    Esse modelo de organizao orientado por um pequeno grupo

    de executivos, cujo trabalho supervisionar diretamente as

    atividades realizadas dentro da empresa e coordenar as relaes

    com os terceirizados.

    O quadro abaixo mostra uma organizao virtual que terceiriza

    todas as funes bsicas do negcio.

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    Faculdade On-line UVB46

    Uma organizao Virtual

    Fonte: ROBBINS, Stephen Paul, Comportamento organizacional, Traduo tcnica Reynaldo Marcondes, 9. ed., So Paulo: Prentice Hall, 2002.

    3.3 A organizao sem Fronteiras

    O presidente da General Eletric GE, Jack Welch, cunhou o termo

    organizao sem fronteiras para descrever a seguinte idia: queria

    transformar a GE em um armazm familiar de U$ 60 bilhes.

    Apesar do tamanho gigantesco da empresa, ele queria eliminar

    suas fronteiras verticais e horizontais e quebrar barreiras externas

    entre a empresa e seus fornecedores e clientes.

    A organizao sem fronteiras busca eliminar a cadeia de comando,

    ter amplitude ilimitada de controle e substituir os departamentos

    por equipes autnomas.

    Esse modelo tem um apoio muito forte na tecnologia da informao

    e que muitos preferem chamar de essa estrutura de organizao

    em forma de T ou tecnologia.

    Ao operacionalizar uma organizao com o modelo sem fronteiras, tem-

    se como uma caracterstica superar as barreiras com entidades externas

    (fornecedores, clientes, etc), e as barreiras criadas pela geografia,

    conhecida pela globalizao.

    Grupoexecutivo

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    4. Os modelos organizacionais e o Comportamento do Funcionrio

    O fato de existir modelos organizacionais no deixa claro que seja

    produtivo a ligao entre as estruturas organizacionais com o

    desempenho e a satisfao dos funcionrios, portanto no se pode

    generalizar.

    Algumas pessoas se sentem mais satisfeitas e so mais produtivas

    quando seu trabalho padronizado e a ambigidade minimizada

    ou seja, sob a estrutura mecanicista. Assim qualquer discusso

    sobre os efeitos do modelo organizacional sobre o comportamento

    dos funcionrios precisa considerar as diferenas individuais.

    Evidncias indicam que, de modo geral, a especializao do

    trabalho contribui para uma maior produtividade do funcionrio,

    mas ao preo de sua satisfao com o trabalho ser reduzida.

    Embora mais gente hoje em dia rejeite as tarefas superespecializadas

    do que as geraes anteriores, seria ingnuo ignorar a realidade de

    que uma parcela da fora de trabalho ainda prefere a rotina e a

    repetio dos trabalhos superespecializados.

    Algumas pessoas querem um trabalho que exija o mnimo de sua

    capacidade intelectual e que oferea a segurana da rotina. Para

    esses indivduos, a alta especializao do trabalho a fonte de

    inspirao.

    Como existe uma certa auto-seleo na escolha das carreiras,

    podemos concluir que os resultados negativos comportamentais

    da alta especializao tm maior probabilidade de aparecer

    nas carreiras profissionais, buscadas por indivduos com grande

    necessidade de crescimento pessoal e diversidade.

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    Faculdade On-line UVB48

    Podemos observar nesta aula o crescimento existente em muitas

    estruturas organizacionais. Neste processo em constante mudana

    muito interessante a participao de gestores na administrao de

    departamentos e em relao aos funcionrios, pois no so todos que

    so adeptos a todas as estruturas.

    Referncias Bibliogrficas

    GRAMIGNA, Maria Rita, Modelo de Competncias e Gesto dos talentos.

    So Paulo: Makron Books, 2002.

    FISCHER, Andr Luiz. Um resgate conceitual e histrico dos modelos de

    gesto de pessoas. In: As pessoas na organizao. 3. ed. So Paulo:

    Editora Gente, 2002. p.11-34.

    FERREIRA, Ademir Antonio, REIS, Ana Carla Fonseca, PEREIRA, Maria

    Isabel. Gesto empresarial: de Taylor aos nossos dias: evoluo e

    tendncias da moderna administrao de empresas. So Paulo: Pioneira

    Thomson Learning, 2002.

    Manual de Gesto de pessoas e equipes: estratgias e tendncias, volume

    1. So Paulo: Editora Gente, 2002.

    Gesto do Conhecimento / Harvard Business Review; traduo Afonso

    Celso da Cunha Serra. Rio de Janeiro: Campus, 2000.

    As pessoas na organizao. 3. ed., So Paulo: Editora Gente, 2002

    Vrios Autores.

    ROBBINS, Stephen Paul, Comportamento organizacional, Traduo

    tcnica Reynaldo Marcondes, 9. ed., So Paulo: Prentice Hall, 2002.

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    Faculdade On-line UVB49

    BITENCOURT, Claudia, Gesto contempornea de pessoas: novas

    prticas, conceitos tradicionais., Porto Alegre: Bookman, 2004.

    MARIOTTI, Humberto. Organizaes de aprendizagem: educao

    continuada e a empresa do futuro., 2. ed, So Paulo : Atlas, 1999.

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    Faculdade On-line UVB50

    Aula 05Comunicao nas Empresas

    Objetivos da aula:

    Nesta aula o objetivo ser estudar os processos de comunicao nas empresas, suas funes e fundamentos

    e as principais barreiras existentes para se obter uma

    comunicao eficaz.

    Nenhum grupo pode existir sem comunicao, que nada mais do

    que a transferncia de significados e compreenso de mensagens

    entre seus membros. Apenas atravs da transferncia de significados

    de uma pessoa para outra que as informaes e as idias conseguem

    ser transmitidas. A comunicao, contudo, mais do que simplesmente

    transmitir um significado, ela precisa ser compreendida.

    Em um grupo em que um indivduo fala apenas alemo e os demais no

    sabem o idioma, ele no conseguir ser bem compreendido. Portanto,

    a comunicao precisa incluir a transferncia e a compreenso da

    mensagem.

    Segundo (Robbins, 2002), uma idia por melhor que seja, intil

    a menos que seja transmitida e compreendida pelos outros. A

    comunicao perfeita, caso possvel seria como forma que a figura

    mental percebida pelo receptor fosse idntica do emissor.

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    1.1 Funes da Comunicao

    Segundo (Robbins, 2002), a comunicao tem quatro funes

    bsicas dentro de um grupo ou de uma organizao, so elas:

    Controle: age diretamente no comportamento das pessoas

    de diversas maneiras. As organizaes possuem hierarquias

    e orientaes formais que devem ser seguidas pelos

    funcionrios. Quando estes so informados que devem,

    por exemplo, comunicar qualquer problema de trabalho

    primeiramente ao seu superior imediato, ou seguir risca

    suas instrues de trabalho, ou ainda adequar-se s polticas

    da empresa, a comunicao informal tambm controla o

    comportamento;

    Motivao: facilitada a motivao aos funcionrios, devido

    ao esclarecimento sobre o que deve ser feito, avaliar a

    qualidade do seu desempenho e orientar sobre o que fazer

    para melhor-lo. Estabelecer metas especficas, dar feedback

    do progresso em relao a elas e o reforo do comportamento

    desejvel estimulam e requerem comunicao;

    Expresso emocional: fornecida para muitos funcionrios

    em seu grupo de trabalho, onde sua fonte primria de

    interao social. A comunicao que ocorre dentro do grupo

    um mecanismo fundamental para que seus membros

    expressem suas frustraes ou sentimentos da satisfao e

    tambm de suas necessidades sociais;

    Informaes: esta a funo final desempenhada pela

    comunicao e se relaciona com um papel de facilitadora

    de tomada de decises, proporcionando aos funcionrios e

    outros grupos que precisam tomar tais decises, transmitindo

    os dados para que se identifiquem e avaliem alternativas.

    Importante salientar que nenhuma dessas quatro funes deve

    ser entendida como mais importante do que outras que possam

    Comentrios e informaes sobre algo que j foi feito com o objetivo de avaliao.

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    Faculdade On-line UVB52

    existir. Para que os grupos tenham um bom desempenho, eles

    precisam ter algum tipo de controle sobre seus membros,

    estimul-los ao esforo, oferecer os meios para a expresso

    emocional e tomar decises.

    2. O Processo de Comunicao

    A comunicao pode ser entendida como um fluxo ou um

    processo, e quando ocorrem problemas devido a desvios ou

    bloqueios. Para se realizar uma comunicao necessrio antes

    um propsito expresso em forma de mensagem a ser transmitida,

    onde passar de uma fonte (emissor) para o receptor.

    A mensagem ser codificada e transmitida atravs de um canal

    at o receptor, que traduz a mensagem iniciada pelo emissor,

    resultando na transferncia de um significado de uma pessoa

    para outra.

    Figura 1: O Modelo de Processo de ComunicaoFonte: ROBBINS, Stephen Paul, Comportamento organizacional, Traduo tcnica Reynaldo Marcondes, 9. ed., So Paulo: Prentice Hall, 2002.

    A Figura 1 mostra o processo de comunicao segundo (Robbins,

    2002), e composto de sete partes:

    Mensagem: o que comunicado;

    Fonte de comunicao: inicia-se o processo de mensagem

    atravs da codificao de um pensamento;

    Codificao: converso de uma mensagem de comunicao

    em um formato simblico;

    Mensagem

    Convertida em um formato simblico.

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    Faculdade On-line UVB53

    Canal: meio atravs do qual a mensagem viaja, selecionado

    pelo emissor que deve determinar qual canal formal e qual

    informal, sendo que os canais formais so estabelecidos

    pela organizao, e os informais so mensagens pessoais ou

    sociais;

    Decodificao: antes que a mensagem seja recebida, seus

    smbolos precisam ser traduzidos de uma forma que possa

    ser compreendida;

    Receptor: pessoa ou organizao a quem a mensagem

    dirigida;

    Crculo de feedback: o elo final do processo de comunicao,

    devolve a mensagem ao sistema para verificar sua

    compreenso, determinando se a compreenso foi ou no

    obtida.

    2.1 Barreiras para a Comunicao

    Nem toda comunicao feita de maneira correta, uma vez que

    existem vrias barreiras interpessoais e intrapessoais, que ajudam e

    entender porque uma mensagem que decodificada pelo receptor

    acaba sendo diferente da que o emissor pretendia comunicar.

    Segundo (Robbins, 2002), algumas das mais importantes barreiras

    para uma comunicao eficaz so:

    Filtragem: refere-se manipulao da informao pelo

    emissor e os interesses e percepes daqueles que fazem a

    sntese, sobre o que importante na informao, resultam

    numa boa filtragem;

    Percepo seletiva: o receptor no processo de comunicao

    v e escuta seletivamente, com base em suas prprias

    necessidades, motivaes, experincias, histrico e outras

    caractersticas pessoais;

    Sobrecarga da informao: as pessoas tm capacidade

  • Gesto Organizacional e Educao Corporativa - UVB

    Faculdade On-line UVB54

    finita de processar informaes. As pesquisas indicam, por

    exemplo, que a maioria de ns tem dificuldade de trabalhar

    com mais de sete itens de informao;

    Defesa: quando as pessoas se sentem ameaadas, a tendncia

    uma reao para reduzir a capacidade de entendimento

    mtuo, tornando-se defensivas e assumindo comportamentos

    como ataques verbais, comentrios sarcsticos, excesso

    de julgamentos e questionamentos sobre os motivos dos

    outros;

    Linguagem: as palavras tm significados diferentes para

    pessoas diferentes. O significado das palavras no est nelas;

    est em ns. A idade, a educao e o histrico cultural so as

    trs variveis mais bvias que influenciam a linguagem usada

    por uma pessoa e as definies que ela d s palavras;

    2.2 Medo da Comunicao

    Segundo (Robbins, 2002), um outro grande obstculo comunicao

    eficaz que algumas pessoas sofrem de um delibitante medo da

    comunicao, ou ansiedade.

    Embora a maioria deteste ter de falar em pblico, o medo da

    comunicao um problema bem mais srio, porque afeta toda

    uma categoria de tcnicas de comunicao. As pessoas que sofrem

    disso sentem tenso ou ansiedade, sem motivo aparente, em

    relao comunicao oral ou escrita.

    Os estudos indicam que as pessoas que temem a comunicao

    oral procuram evitar situaes em que ela necessria. razovel

    esperar alguma auto-seleo, de maneira que essas pessoas

    busquem posies, como o magistrio, em que a comunicao

    oral seja o requisito predominante.

    3. Tenso ou ansiedade em relao comunicao oral ou escrita, sem motivo aparente.

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    Importante e necessrio estar consciente que, nas organizaes,

    existem inmeras pessoas com srias limitaes em sua

    comunicao oral, que tendem a racionalizar a questo dizendo a si

    mesmas que a comunicao no to importante para o exerccio

    eficaz de suas funes.

    Porm, a principal preocupao a evidncia de que as pessoas

    portadoras dessa disfuno tendem a distorcer as demandas de

    comunicao oral em seu trabalho, para minimizar a necessidade

    de comunicao.

    3 Fundamentos da Comunicao

    Conhecer funcionalmente a comunicao requer a compreenso

    bsica de alguns conceitos, como os padres de fluxo da comunicao,

    comparao de redes formal e informal de comunicao, a importncia

    da comunicao no-verbal e informal e a considerao de como as

    pessoas escolhem seus canais de comunicao.

    A seguir sero citados alguns tpicos voltados ao fundamento da

    comunicao, segundo (Robbins, 2002).

    3.1 Direo da Comunicao

    A comunicao pode fluir vertical e horizontalmente, sendo que

    a dimenso vertical pode ser dividida em direo ascendente ou

    descendente.

    Ascendente: esse tipo de direo da comunicao a que

    se dirige aos escales mais altos do grupo ou da organizao.

    utilizada para fornecer feedback aos executivos, inform-los

    sobre os progressos em relao s metas e relatar os problemas

    vigentes;

    Descendente: a comunicao dos executivos para os

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    funcionrios, usada pelos lderes para atribuir tarefas, fornecerem

    instrues de trabalho, informar aos subordinados sobre polticas e

    procedimentos;

    Lateral: quando a comunicao se d entre os membros de um

    mesmo grupo, grupos do mesmo nvel, administradores do mesmo

    nvel ou entre quaisquer pessoas de horizontalidade equivalente.

    3.2 Redes Formais versus Redes Informais

    Segundo (Robbins, 2002), as redes de comunicao definem os canais

    pelos quais a informao flui. Esses canais podem ser de dois tipos:

    formais e informais, significando o seguinte:

    Redes formais e Pequenos Grupos: essas redes so

    tipicamente verticais, seguem a cadeia de autoridade e so

    limitadas a comunicao relacionada com o trabalho. Dentro

    desta categoria existem trs redes de pequenos grupos

    comuns, sendo cadeia, roda e todos os canais. O tipo cadeia

    segue rigidamente a cadeia formal de comando, o tipo roda

    depende do lder para agir como condutor central de toda

    a comunicao do grupo, j a rede de todos canais permite

    que todos os membros do grupo se comuniquem ativamente

    uns com os outros. A Figura 2 mostra isso:Figura 2: Trs Redes Comuns de Pequenos GruposFonte: ROBBINS, Stephen Paul, Comportamento organizacional, Traduo tcnica Reynaldo Marcondes, 9. ed., So Paulo: Prentice Hall, 2002.

    Riqueza do Canal Tipo de Mensagem Meio de Informao

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    Rede Informal: geralmente conhecida como rede de rumores4

    livre para fluir em qualquer direo, passar por cima dos

    nveis de autoridade e pode satisfazer as necessidades sociais

    dos membros dos grupos, bem como facilitar a execuo das

    tarefas.

    3.3 Comunicao No Verbal

    Segundo (Robbins, 2002), a comunicao no verbal so mensagens

    enviadas atravs dos movimentos do corpo, das entonaes ou

    nfases que colocamos nas palavras, das expresses faciais e da

    distncia fsica entre o emissor e o receptor.

    Um exemplo para demonstrarmos esse tipo de comunicao pode ser

    ilustrado da seguinte maneira: qualquer um que j tenha estado em

    uma boate ou barzinho de paquera sabe que a comunicao no precisa

    ser verbalizada para que se envie uma mensagem. Um olhar rpido,

    um olhar mais demorado, um sorriso, um franzir de sobrancelhas, um

    movimento provocante do corpo, tudo isso so mensagens enviadas.

    Devemos buscar os indcios no-verbais tanto quanto o

    entendimento do significado literal daquilo que nos transmitido

    por um emissor. Devemos estar particularmente atentos s possveis

    contradies entre essas mensagens. O seu chefe pode lhe dizer

    que est livre para conversar sobre o aumento de salrio que voc

    est querendo, mas voc percebe sinais no-verbais de que no

    o momento para discutir o assunto.

    3.4 Escolha do Canal de Comunicao

    Segundo (Robbins, 2002), algumas pesquisas indicam que os canais

    diferem em relao sua capacidade de transmitir informaes, e o

    que muitas organizaes procuram ter em sua estrutura oferecer

    o mximo de informaes transmitidas

    4. A rede de comunicao informal dentro da organizao.

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    (esse e oferecer esto fora do contexto. ou ele quis dizer

    outra coisa? )durante um episdio de comunicao, elas buscam

    riqueza do canal5 de comunicao.

    A riqueza do canal oferece mltiplos sinais de informao (palavras,

    posturas, expresso facial, gestos, entonaes), feedback imediato.

    Segundo (Robbins, 2002), a escolha de um canal depende de as

    mensagens serem rotineiras ou no rotineiras. Os administradores

    podem comunicar mensagens rotineiras eficientemente atravs de

    canais fracos em riqueza. Entretanto, a comunicao de mensagens

    no rotineiras s ser eficaz atravs de canais ricos.

    Abaixo a Figura 3 demonstra a hierarquia dos Canais.

    Figura 3: Hierarquia da Riqueza dos CanaisFonte: ROBBINS, Stephen Paul, Comportamento organizacional, Traduo tcnica Reynaldo Marcondes, 9. ed., So Paulo: Prentice Hall, 2002.

    As evidncias indicam que os executivos de alto desempenho

    costumam ter maior sensibilidade para a mdia em comparao com

    os demais, onde eles tm mais habilidade para selecionar a riqueza de

    mdia adequada ambigidade envolvida na comunicao.

    Riqueza do Canal Tipo de Mensagem Meio de Informao

    5. A quantidade de informao que pode ser transmitida durante um episdio de comunicao.

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    O modelo de riqueza da mdia consistente com as tendncias e

    prticas organizacionais durante a dcada passada. No apenas

    uma coincidncia que cada vez mais altos exe