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Gestão da Dívida Mobiliária e Operações de Mercado Aberto Atualizado em agosto de 2004, com dados até junho de 2004 Perguntas Mais Freqüentes Série Diretoria de Política Econômica Gerência-Executiva de Relacionamento com Investidores

Gestão da Dívida Mobiliária e Operações de Mercado Aberto

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Gestão da Dívida Mobiliária

e Operações de Mercado Aberto

Atualizado em agosto de 2004, com dados até junho de 2004

Perguntas

Mais Freqüentes

S é r i e

Diretoria de Política Econômica

Gerência-Executiva de Relacionamento com Investidores

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Gestão da Dívida Mobiliária e

Operações de Mercado Aberto

Este texto integra a série “Perguntas Mais Freqüentes”, editada

pela Gerência-Executiva de Relacionamento com Investidores (Gerin)

do Banco Central do Brasil, abordando temas econômicos de

interesse da sociedade. Com essa iniciativa, o Banco Central do Brasil

vem prestar esclarecimentos sobre diversos assuntos da nossa

realidade, buscando aumentar a transparência na condução da política

econômica e a eficácia na comunicação de suas ações.

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Sumário

1. De quem é a responsabilidade pela gestão dadívida pública federal no Brasil? ........................................... 7

2. Quais os principais títulos públicos federaisem circulação? Onde ficam registrados?............................. 7

3. O Banco Central pode emitir títulos? ................................... 84. Quais são as formas de emissão de títulos do Tesouro? ......... 85. Quais as características e periodicidade das

ofertas públicas do Tesouro? ................................................ 96. Quem pode participar das ofertas públicas? ........................ 97. O que são operações de mercado aberto? ........................ 108. Como é calculada a taxa Selic? .......................................... 109. Como o Banco Central identifica a necessidade

de liquidez do mercado? ...................................................... 1210 . O que são instituições dealers e como são

selecionadas?........................................................................ 1311 . Como é feita a divulgação dos leilões do

Banco Central e do Tesouro? ............................................. 1412 . Como posso consultar os resultados dos leilões? .............. 1413 . Como posso saber os preços dos títulos

públicos federais? ................................................................ 1514 . Qual o montante da dívida pública mobiliária

federal interna? .................................................................... 1515 . O que é swap cambial? Por que foi introduzido? ............. 1616 . Qual o montante da dívida cambial?

Como essa dívida evoluiu nos últimos anos? ..................... 1717 . Como o Banco Central decide rolar a

dívida cambial? ..................................................................... 1818 . Qual o prazo médio da dívida?

De que maneira ela tem se comportado?........................... 19

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19 . Onde posso obter informações sobreos vencimentos da dívida? ................................................... 20

20 . Quem são os principais detentores da DPMFi? ................ 2021 . Qual é o volume negociado no mercado secundário? ....... 2122 . Onde posso obter mais informações e

dados atualizados? ............................................................... 22

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Perguntas Mais Freqüentes

Gestão da Dívida Mobiliária e Operaçõesde Mercado Aberto

1. De quem é a responsabilidade pela gestão da dívida

pública federal no Brasil?

A Secretaria do Tesouro Nacional (STN) é o órgão responsávelpela administração e pelo controle da dívida pública federal, seja elainterna ou externa, mobiliária ou não mobiliária. O Banco Central doBrasil é a autoridade responsável pela política monetária, atuando emconjunto com a STN na gestão da dívida mobiliária federal. Um dosmecanismos clássicos de que o Banco Central dispõe parainstrumentalizar a política monetária são as operações de mercadoaberto, utilizadas para regular a taxa básica de juros e a oferta demoeda na economia.

2. Quais os principais títulos públicos federais em

circulação? Onde ficam registrados?

A Tabela 1 apresenta os títulos públicos federais que compõem aDívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi), bem como suascaracterísticas mais importantes. Devem-se destacar, por sua relevânciapara a política monetária, as LFT, as LTN e as NTN-F (prefixadas), asNTN-C (indexadas ao IGP-M), as NTN-B (indexadas ao IPCA), asNTN-D (indexadas à taxa de câmbio) e as NBCE. Os títulos públicosfederais podem ser registrados no Selic (Sistema Especial de Liquidaçãoe de Custódia), um sistema eletrônico administrado pelo Banco Central,ou na Cetip (Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos).

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Perguntas Mais Freqüentes

Tabela 1– Características dos títulos públicos federais

Fontes: Banco Central do Brasil e Secretaria do Tesouro Nacional

3. O Banco Central pode emitir títulos?

A Constituição Federal de 1988 vedou o financiamento do Tesouropelo Banco Central. Posteriormente, o artigo 34 da Lei de ResponsabilidadeFiscal, de 2000, impediu a emissão de títulos da dívida pública pelo BancoCentral a partir de maio de 2002. Em junho de 2004, ainda permanecia emmercado um estoque de R$24,4 bilhões em títulos emitidos pelo BancoCentral (NBCE), com prazo médio de 14,3 meses.

4. Quais são as formas de emissão de títulos

do Tesouro?

O Tesouro emite os títulos públicos sob duas formas: por emissãodireta ou por oferta pública. As emissões diretas destinam-se,principalmente, à securitização de dívidas da União, à realização deoperações financeiras estruturadas e à assunção e refinanciamentodas dívidas de estados, municípios e empresas estatais. Já as ofertaspúblicas são as emissões de títulos realizadas por meio de leilãoeletrônico competitivo.

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Perguntas Mais Freqüentes

5. Quais as características e a periodicidade das ofertas

públicas do Tesouro?

O Tesouro divulga, mensalmente, os limites ofertados de cadapapel de sua emissão (LFT, LTN e NTN-C), excluindo os papéiscambiais, que seguem estratégia específica. Os leilões de LTN e LFTsão semanais, às terças-feiras, com lotes estabelecidos em cada ofertapública após pesquisa das condições de demanda. Nas semanas emque ocorrem as reuniões do Comitê de Política Monetária do BancoCentral (Copom), esses leilões são transferidos para as quintas- feiras.Já os leilões de NTNs são mensais. O Tesouro também pode efetuarleilões de troca, o que, em geral, visa à redução do número e/ou aoalongamento dos papéis em circulação. Os leilões de títulos públicosfederais podem ser do tipo de preços múltiplos ou de preço uniforme,conforme destacado na Tabela 2.

Tabela 2 – Principais tipos de leilões do tesouro

Fonte: Banco Central do Brasil

6. Quem pode participar das ofertas públicas?

Todas as instituições regularmente habilitadas no Selic podemparticipar das ofertas públicas do Tesouro, apresentando propostas.As demais pessoas jurídicas e as pessoas físicas podem participardas ofertas públicas apenas por intermédio das referidas instituições.

Entretanto, desde 2002, o Tesouro efetua também a venda direta detítulos públicos pela internet (Tesouro Direto), buscando facilitar o

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Perguntas Mais Freqüentes

acesso das pessoas físicas. Podem ser adquiridas LTN, LFT e NTN-C, NTN-B e NTN-F em volumes mensais que variam de R$200 atéR$200 mil. Visando estimular a liquidez, o Tesouro realiza às quartas-feiras recompras dos títulos negociados por meio do Tesouro Direto.Para maiores informações, acesse http://www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro_direto.

7. O que são operações de mercado aberto?

O Brasil, como a maioria dos países que adotam um regime demetas para a inflação, utiliza a taxa de juros básica como principalinstrumento na condução da política monetária. O Copom estabelece,mensalmente, a meta para a taxa Selic, cabendo ao Departamentode Operações do Mercado Aberto (Demab) manter a taxa Selicpróxima à sua meta, por meio das operações de mercado aberto.

Na prática, o Demab realiza operações compromissadas(compra de títulos públicos com compromisso de revenda ou vendade títulos públicos com compromisso de recompra) de curto prazo,a maioria das vezes por um dia1. Operacionalmente, a mesa deoperações efetua leilões informais doadores ou tomadores derecursos, dos quais participam as instituições qualificadas para operarcom o Banco Central – os chamados dealers primários eespecialistas. A periodicidade dos leilões depende das condiçõesdiárias de liquidez e de decisões de política monetária, podendoocorrer mais de uma vez por dia.

8. Como é calculada a taxa Selic?

A taxa Selic é a taxa média ponderada e ajustada das operaçõesde financiamento por um dia, lastreadas em títulos públicos federais(ou seja, taxas que embutem um risco de crédito uniforme),registradas e liquidadas no próprio Selic ou em sistemas operadospor câmaras de compensação e de liquidação de ativos.

1 As operações compromissadas também são conhecidas como repos (repurchase agreements).

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Perguntas Mais Freqüentes

A taxa média ajustada é calculada por:

onde:Lj: fator diário da taxa da j-ésima operação;Vj: valor financeiro da taxa da j-ésima operação;n: número de operações que compõem a amostra.

Fonte: Banco Central do Brasil

% ao dia

−∑

=

= 1001

1

1 xV

VL

n

jj

n

jjj

Obs.: Da amostra, excluem-se operações atípicas ou desviosmais expressivos.

Mais informações sobre a taxa Selic (conceito, metodologia enormativos importantes, bem como sua evolução diária desde 1986)podem ser obtidas no endereço https://www.bcb.gov.br/?SELIC. OGráfico 1 apresenta a evolução comparada da meta para a taxa Selice da taxa Selic efetiva diária desde janeiro de 2000, destacando comoas duas variáveis caminham paralelas praticamente todo o período (aexceção foi junho de 2002, quando ocorreu uma situação temporáriade “empoçamento” de liquidez).

Gráfico 1 – Taxa Selic (% a.a.)

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Perguntas Mais Freqüentes

9. Como o Banco Central identifica a necessidade de

liquidez do mercado?

O monitoramento da liquidez bancária é realizado pelo Demab pormeio de dois procedimentos:

– previsão mensal, reavaliada diariamente, dos principais fatorescondicionantes da base monetária que causam oscilações nomercado de reservas bancárias. Os fatores mais importantessão os saques e os depósitos em espécie, os recolhimentoscompulsórios em espécie, as receitas e as despesas da União (aConta Única do Tesouro está no Banco Central), as emissões eos resgates de títulos públicos federais e as operações commoeda estrangeira contratadas pela mesa de câmbio do BancoCentral; e

– acompanhamento diário do estado de liquidez bancária de umaamostra fixa de 52 instituições financeiras.

Na posição de junho de 2004, o excesso de liquidez bancáriasituava-se em R$79,1 bilhões (Gráfico 2). Esse quadro de excesso deliquidez foi gerado a partir do segundo trimestre de 2002, comoresultado do baixo percentual de rolagem dos títulos públicos federaisno período (especialmente a partir de julho), bem como pela rolagemda dívida cambial por meio de instrumentos derivativos (swaps)“solteiros”, isto é, sem a contrapartida da colocação de títulos públicos.Nessa situação, o Tesouro injetava liquidez na economia por meio doresgate de seus títulos, sem que a contratação de swaps pelo BancoCentral absorvesse a liquidez ampliada.

Observe-se que o excesso de liquidez atinge seu pico emfevereiro de 2003 e passa a se retrair até junho de 2003, em respostaà restauração da confiança na política fiscal do governo, o que permitiuque o Tesouro passasse a rolar mais de 100% da sua dívida vincenda.O aumento do compulsório sobre depósitos à vista de 45% para 60%em fevereiro de 2003 e a apreciação cambial no período (provocandoum resultado positivo nas operações de swap do Banco Central)

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Perguntas Mais Freqüentes

contribuíram para a redução de liquidez. A partir de julho, o nível deliquidez retomou a trajetória ascendente, fechando 2003 com um nívelde liquidez de R$55,7 bilhões. Esse fato se explica, em parte, devidoà nova redução do compulsório sobre depósito à vista, retornando a45% em agosto/2003.

Gráfico 2 – Liquidez no mercado monetário (R$ bilhões)

Fonte: Banco Central do Brasil

10. O que são instituições dealers e como são

selecionadas?

Desde agosto de 2003, o Banco Central e a Secretaria doTesouro Nacional realizam operações de mercado aberto diretamentecom 22 dealers , segmentados em especialistas e primários,selecionados dentre as instituições mais ativas do sistema financeiro.Esses dealers intermedeiam o relacionamento do Banco Central como restante do mercado e são escolhidos por meio de critérios deperformance, incluindo o desempenho de cada instituição nosmercados primário e secundário de títulos públicos, no mercado deoperações compromissadas e no seu relacionamento com o Demab ecom a Coordenação-Geral de Operações de Dívida Pública (Codip).

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Perguntas Mais Freqüentes

A principal inovação introduzida no sistema em agosto de 2003foi a divisão das instituições em dealers primários e especialistas,direcionados, respectivamente, para o desenvolvimento dos mercadosprimário e secundário de títulos públicos. Até doze instituições poderãoser credenciadas como primários e até dez como especialistas,admitindo-se, no máximo, cinco instituições em ambos os grupos. Paramaiores informações, consulte http://www4.bcb.gov.br/gci/Focus/M20030516-Seleção%20de%20Dealers.pdf.

11. Como é feita a divulgação dos leilões do Banco

Central e do Tesouro?

A divulgação dos leilões é feita por meio de Comunicado do BancoCentral ou de Portaria da STN, tornando públicas as condiçõesespecíficas de cada leilão (características do título, data e hora limitepara a apresentação das propostas, data e hora da divulgação doresultado do leilão, data da emissão, liquidação financeira e vencimentodos títulos, critério de seleção das propostas, sistema eletrônico a serutilizado etc) Os documentos de divulgação dos leilões podem serconsultados por meio do Sistema de Informações do Banco Central(Sisbacen) ou nas seguintes páginas da internet: http://www.bcb.gov.br/?BUSCANORMA (para os Comunicados do Banco Central) e http://www.tesouro.fazenda.gov.br/divida_publica/leiloes.asp (para asPortarias da STN).

12. Como posso consultar os resultados dos leilões?

O Banco Central divulga os resultados dos seus leilões e dos leilõesda STN em http://www.bcb.gov.br/?SELICTITIPO. A STN tambémdivulga os resultados de seus leilões em http://www.tesouro.fazenda.gov.br/divida_publica/leiloes.asp.

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Perguntas Mais Freqüentes

13. Como posso saber os preços dos títulos

públicos federais?

O Banco Central divulga diariamente o preço unitário dos títulosaceitos nas suas operações compromissadas (PU 550) em https://www.bcb.gov.br/?SELICPUARQ. Esse dado também é disponibilizadopela Associação Nacional das Instituições do Mercado Aberto(Andima) em http://www.andima.com.br/res_550/resultados/res550.html. Além desse preço, a Andima disponibiliza diariamente opreço do título na “curva” (ou PU-Par), que é o preço calculado nasmesmas taxas e prazos em que foi inicialmente contratado (em http://www.andima.com.br/res_238/resultados/res238.html). Finalmente, aAndima também divulga em http://www.andima.com.br/merc_sec/resultados/merc_sec_ltn.html os preços de mercado para os principaistítulos públicos federais, apurados a partir de uma amostra compostapelos maiores traders em cada segmento.

14. Qual o montante da dívida pública mobiliária

federal interna?

O montante da DPMFi alcançou R$758,19 bilhões em junho de2004. Nesse mês, cerca de 57,5% da dívida estavam indexados àtaxa Selic, 8,9% ao câmbio, 16,8% a índices de preços ou TR e16,8% eram títulos prefixados. Cabe salientar que, considerando-sea posição de swap cambial do Banco Central (R$52,3 bilhões), acomposição da dívida seria de 15,8% indexada ao câmbio e 50,1%atrelada à taxa Selic, mantendo-se constantes as demais proporções.O Gráfico 3 apresenta a evolução da composição da DPMFi(incluindo o estoque de swap cambial) por indexador desde ofechamento de 1999.

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Perguntas Mais Freqüentes

Gráfico 3 – Composição da DPMFi – (%)

2 O swap é um instrumento derivativo, geralmente utilizado para troca de rentabilidade de ativos.

15. O que é swap cambial? Por que foi introduzido?

Desde abril de 2002, o Banco Central vem ofertando ao mercadoswaps2 cambiais, onde o objeto da negociação é o diferencial entre ataxa de juros efetiva (a taxa de juros do Depósito Interfinanceiro – DI)e a variação cambial. O objetivo da introdução dos swaps foiaperfeiçoar os instrumentos financeiros à disposição dos agenteseconômicos, reduzindo os custos da intermediação. Em um primeiromomento, os swaps cambiais foram ofertados conjugados comcolocações primárias de LFT. Contudo, desde maio de 2002, os leilõesforam desvinculados da oferta de títulos.

Atualmente, existem três tipos de contratos:– swap cambial com ajuste periódico (SCC) – Contrato de US$50 mil, no

qual o diferencial entre as curvas DI e câmbio é ajustado diariamente;– swap cambial mini sem ajuste periódico (SC2) – Contrato de US$1

mil, no qual o diferencial entre as curvas é ajustado no vencimento;– swap cambial mini com ajuste diário (SC3) – Contrato de US$1

mil, no qual o diferencial entre as curvas é ajustado diariamente.Para mais informações detalhes sobre as características de cada contrato,

acesse http://www.bmf.com.br/pages/Contratos1/IndexContratos1.asp.

Fonte: Banco Central do Brasil

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Perguntas Mais Freqüentes

O Gráfico 4 apresenta a evolução do valor nocional de swapscambiais contratados pelo Banco Central a partir de abril de 2002.

Gráfico 4 – Swaps cambiais – Valor nocional (US$ bilhões)

16. Qual o montante da dívida cambial? Como essa dívida

evoluiu nos últimos anos?

Como já ressaltado, dos R$758,2 bilhões da DPMFi registradano fechamento de junho de 2004, R$67,4 bilhões representavamtí tulos indexados à var iação cambial (NTN-D e NBCE).Acrescentando os contratos em aberto de swap cambial, aexposição cambial atinge R$119,7 bilhões, ou 15,8% da dívidamobiliária total.

O Gráfico 5 apresenta o estoque medido em dólares da dívidacambial total, incluindo swap cambial. Como se observa, em 2001verificou-se um aumento significativo na colocação líquida de títuloscambiais, visando mitigar o impacto da crescente demanda por hedgeno mercado cambial fruto das incertezas geradas pelos inúmeroschoques externos.

Fonte: Banco Central do Brasil

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Perguntas Mais Freqüentes

Fonte: Banco Central do Brasil

17. Como o Banco Central decide rolar a dívida cambial?

Em última instância, a decisão sobre a rolagem da dívidacambial é da Diretoria do Banco Central, a quem cabe definirqualquer alteração da política implementada. O contato com osdealers e a avaliação das condições do mercado ajudam a definiros prazos e os vencimentos a serem ofertados. De forma geral, é

Em 2002, esse processo foi invertido pela crise de confiança àépoca, havendo rejeição dos instrumentos de dívida pública e reduçãona demanda por hedge cambial.Desde 2003, a melhora dosfundamentos macroeconômicos permitiu ao Banco Centralimplementar a estratégia de redução do passivo cambial. Em 26 demaio de 2003, o Banco Central anunciou que deixaria de rolar umpercentual fixo (100%) do principal vincendo. A rolagem passou aser definida em função da demanda por hedge cambial, que vemapresentando queda expressiva desde então. Entre janeiro e maio de2004, o percentual de rolagem foi de 0%. Apesar das rolagensocorridas de junho a agosto de 2004, este processo se mantêm, apenasse adequando às condições de mercado.

Gráfico 5 – Evolução da dívida cambial (US$ bilhões)

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Perguntas Mais Freqüentes

realizado leilão com a estratégia de rolagem cinco dias úteis antes dovencimento dos swaps ou dos títulos indexados à variação cambial.

18. Qual o prazo médio da dívida? De que maneira ela

tem se comportado?

Em junho de 2004, o prazo médio da DPMFi atingiu 29,8 meses.O Gráfico 6 atesta que o perfi l da dívida mostrou doiscomportamentos distintos nos últimos anos. Até 2001, a prioridadegovernamental dada ao alongamento da dívida foi bem sucedida,com o prazo médio aumentando de 26 meses para 35 meses noencerramento de 2001. A partir do segundo trimestre de 2002, essatendência se reverteu em função das condições adversas do mercadoda dívida no período. O aumento da percepção de risco de créditodo setor público e a rejeição a títulos com vencimento posterior a2003 explicam esse movimento. Com a normalização das condiçõesdo mercado, o prazo médio tenderá a subir.

Gráfico 6 – Prazo médio da DPMFi (meses)

Fonte: Banco Central do Brasil

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Perguntas Mais Freqüentes

19. Onde posso obter informações sobre os vencimentos

da dívida?

Em junho de 2004, o volume da DPMFi a vencer nos próximosdoze meses equivalia a R$320,5 bilhões ou 42,3% do total. O volumee o cronograma de vencimentos da dívida total podem ser consultadossemanalmente na “Resenha Semanal do Mercado Aberto” (http://www.bcb.gov.br/?RESMAB) ou mensalmente na “Nota para aImprensa do Mercado Aberto” (http://www.bcb.gov.br/htms/infecon/demab/).

Gráfico 7 – Dívida a vencer em 12 meses (R$ bilhões)

Fonte: Banco Central do Brasil

20. Quem são os principais detentores da DPMFi?

Os principais detentores da DPMFi são os investidores domésticos,que, em junho de 2004, detinham a quase totalidade dessa dívida,representados pelas carteiras dos Fundos de Investimento Financeiro (FIF)(45,4% do total) e pelas carteiras próprias das instituições financeiras (34,3%).A Tabela 3 apresenta a distribuição por detentor dos títulos federais custodiadosno Selic, que somavam R$718,2 bilhões em junho de 2004.

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Perguntas Mais Freqüentes

Tabela 3 – DPMFi custodiada no Selic por tomador (%)

Fonte: Banco Central do Brasil

21. Qual é o volume negociado no mercado secundário?

O volume de títulos negociados no mercado secundário atingiu umamédia de R$10,4 bilhões no primeiro semestre de 2004, sendo a LTN otítulo mais transacionado. O Gráfico 8 mostra a evolução do mercadosecundário desde fevereiro de 2002, notando-se a redução da participaçãodos títulos prefixados no giro total.

O volume de negócios por título no mercado secundário pode serconsultado semanalmente na “Resenha Semanal do Mercado Aberto”ou mensalmente na “Nota para a Imprensa do Mercado Aberto”.

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Perguntas Mais Freqüentes

Gráfico 8 – Evolução do mercado secundário (R$ bilhões)

Fonte: Banco Central do Brasil

22. Onde posso obter mais informações e dados

atualizados?

A principal fonte de informações sobre a dívida pública e o mercadoaberto é a “Nota para a Imprensa do Mercado Aberto” (http://www.bcb.gov.br/htms/infecon/demab/), divulgada mensalmente peloBanco Central e pela STN, onde pode ser encontrada toda a base dedados que permite atualizar os gráficos aqui expostos.

Adicionalmente, a página do Banco Central na internet dispõe da“Nota Técnica” e do “Trabalho para Discussão” sobre gestão da dívidamobiliária e operações de mercado aberto citados em seguida:

Nota Técnica 12 – Mercado de Títulos Públicos e operaçõesde Mercado Aberto no Brasil – Aspectos Históricos e OperacionaisCarlos Hamilton Vasconcelos Araújo (Janeiro/2002) em http://www.bcb.gov.br /pec/notas tecnicas /por t /2002nt12mercadotitulopublicop.pdf.

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Perguntas Mais Freqüentes

Trabalhos para Discussão 37 – Monetary Operations inBrazil: Remarks on the Inflation Targeting Regime, Public DebtManagement and Open Market Operations (em inglês)

Luiz Fernando Figueiredo, Pedro Fachada e Sérgio Goldenstein(Março/2002) em http://www.bcb.gov.br/ingles/public/wps/wps37.pdf(em inglês).

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Perguntas Mais Freqüentes

Série “Perguntas Mais Freqüentes”Banco Central do Brasil

1. Juros e Spread Bancário2. Índices de Preços3. Copom4. Indicadores Fiscais5. Preços Administrados6. Gestão da Dívida Mobiliária e Operações de Mercado Aberto7. Sistema de Pagamentos Brasileiro

8. Contas Externas 9. Risco-País

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EquipeAndré Barbosa Coutinho MarquesCarolina Freitas PereiraCésar Viana Antunes de OliveiraDaniel Ribeiro LeichsenringJuliana Kozak NóbregaLuciana Valle Rosa RoppaMarcelo Casal de XerezMaria Cláudia Gomes P. S. GutierrezMaurício Gaiarsa SimõesPriscilla Maria Villa LhacerRiva Rossini y Albernaz

Diretor de Política EconômicaAfonso Sant´Anna Bevilaqua

CoordenaçãoPedro Fachada

Criação e editoração:Secretaria de Relações InstitucionaisBrasíl ia-DF

Este fascículo faz parte do Programa de Educação Financeira doBanco Central do Brasil