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Giselle Medeiros da Costa One - Cinasama - Congresso ...cinasama.com.br/upload/10021807013085782.pdf · A PARTICIPAÇÃO DO FARMACÊUTICO NAS CONSULTAS DE PRÉ-NATAL E ... transformações

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  • Giselle Medeiros da Costa One Maria Lusa Souto Porto

    (Organizadores)

    os desafios DO MUNDO CONTEMPORNEO

    3

    IMEA Joo Pessoa - PB

    2018

  • Instituto Medeiros de Educao Avanada - IMEA

    Editor Chefe Giselle Medeiros da Costa One

    Corpo Editorial

    Beatriz Susana Ovruski de Ceballos Giselle Medeiros da Costa One Helder Neves de Albuquerque

    Julianne Freitas Moreno Roseanne da Cunha Ucha

    Reviso Final

    Ednice Fideles Cavalcante Anzio

    FICHA CATALOGRFICA Dados de Acordo com AACR2, CDU e CUTTER

    Laureno Marques Sales, Bibliotecrio especialista. CRB -15/121

    Direitos desta Edio reservados ao Instituto Medeiros de Educao Avanada IMEA

    Impresso no Brasil / Printed in Brazil

    One, Giselle Medeiros da Costa. O59s Sade: os desafios do mundo contemporneo, 3./ Organizadores:

    Giselle Medeiros da Costa One; Maria Luisa Souto Porto 1045 fls.

    Prefixo editorial: 53005

    ISBN: 978-85-53005-08-6 (on-line) Modelo de acesso: Word Wibe Web Instituto Medeiros de Educao Avanada IMEA Joo Pessoa - PB

    1. Farmcia 2. Microbiologia 3. Biotecnologia 4. Gentica I. Giselle Medeiros da Costa One II. Maria Luisa Souto Porto III. Sade: os desafios do mundo contemporneo, 3

    CDU: 911

  • IMEA Instituto Medeiros de Educao

    Avanada

    Proibida a reproduo, total ou parcial, por qualquer meio ou processo, seja reprogrfico, fotogrfico,

    grfico, microfilmagem, entre outros. Estas proibies aplicam-se tambm s caractersticas grficas e/ou

    editoriais. A violao dos direitos autorais punvel como Crime

    (Cdigo Penal art. 184 e ; Lei 9.895/80), com busca e apreenso e indenizaes diversas (Lei

    9.610/98 Lei dos Direitos Autorais - arts. 122, 123, 124 e 126)

    Todas as opinies e textos presentes

    neste livro so de inteira responsabilidade de seus autores, ficando o organizador

    isento dos crimes de plgios e informaes enganosas.

    IMEA

    Instituto Medeiros de Educao Avanada

    Av Senador Ruy Carneiro, 115 ANDAR: 1; CXPST: 072; Joo Pessoa - PB

    58032-100 Impresso no Brasil

    2018

  • Aos participantes do CINASAMA pela

    dedicao que executam suas

    atividades e pelo amor que escrevem os

    captulos que compem esse livro.

  • A complexidade dos problemas planetrios exige uma profunda reflexo sobre a indissociabilidade das interaes humanas e ambientais. No obstante, o papel da educao provocar o debate e a reflexo em torno das formas pelas quais nosso modo de pensar e de agir impactam na sade do planeta e ameaam a vida de inmeras espcies. Por isso precisamos de educadores capazes de arquitetar o futuro, cultivando mensagens de esperana e de cuidado nas novas geraes sementes de hoje, rvores do amanh.

    Joselito Santos

  • PREFCIO

    A citao de Soren Kierkegaard no sculo XIX diz que

    a vida s pode ser comprrendida olhando-se para trs, mas

    s pode ser vivida olhando-se para frente. Esta a proposta

    deste que apresenta diversidade sobre uma temtica com

    abordagens variadas demonstrado ser um livro para

    contribuir com o conhecimento do leitor na rea da sade

    sob contedo dividido nos mdulos de sade, ateno a

    sade, farmcia e sade mental.

    O CINASAMA um evento que tem como objetivo

    proporcionar subsdios para que os participantes tenham

    acesso s novas exigncias do mercado e da educao. E ao

    mesmo tempo, reiterar o intuito Educacional, Biolgico,

    Nutricional e Ambiental de direcionar todos que formam a

    Comunidade acadmica para uma Sade Humana e

    Educao socioambiental para a Vida.

    O que sade? O assunto foi discutido durante esse

    evento e aqui apresentado em forma resumida para

    registrar a preocupao dos profissionais envolvidos com o

    tema portanto, desejamos boa leitura e reflexo.

    Os livros SADE: os desafios do mundo

    contemporneo 1, 2, 3 e 4 tem contedo interdisciplinar,

    contribuindo para o aprendizado e compreenso de varias

    temticas dentro da rea em estudo. Esta obra uma

    coletnea de pesquisas de campo e bibliogrfica, fruto dos

  • trabalhos apresentados no Congresso Nacional de Sade e

    Meio Ambiente realizado entre os dias 17 e 18 de novembro

    de 2017 na cidade de Joo Pessoa-PB.

    Os eixos temticos abordados no Congresso Nacional

    de Sade e Meio Ambiente e nos livros garantem uma

    ampla discusso, incentivando, promovendo e apoiando a

    pesquisa. Os organizadores objetivaram incentivar,

    promover, e apoiar a pesquisa em geral para que os leitores

    aproveitem cada captulo como uma leitura prazerosa e com

    a competncia, eficincia e profissionalismo da equipe de

    autores que muito se dedicaram a escrever trabalhos de

    excelente qualidade direcionados a um pblico vasto.

    Em SADE: os desafios do mundo contemporneo 1,

    esto os ttulos relacionados a sade da criana,

    adolescente, homem, mulher, trabalhador e idoso. Nos

    textos observado reflexo a sade do indivduo em

    crescimento fsico e ser social inseridos nos direitos,

    cuidados e os fatores de riscos associados a falha na

    prestao dessa ateno.

    No segundo SADE: os desafios do mundo

    contemporneo 2 tema ateno a sade apresentado em

    ttulos que enfatizam a vantagem do planejamento,

    ferramentas utilizadas para diagnstico situacional,

    experincias vivenciada e estratgias para reduo de

    danos a sade.

  • Em SADE: os desafios do mundo contemporneo 3

    esto os ttulos de farmcia que destacam a utilizao dos

    recursos naturais como adjuvantes na teraputica

    medicamentosa, novas abordagens de auxlio diagnstico,

    biotecnologia e relato de experincia profissional.

    O ltimo livro, SADE: os desafios do mundo

    contemporneo 4 apresenta interdisciplinaridade entre

    sade mental, fisioterapia, educao fsica, anatomia e

    fisiologia concentrado em ttulos com temas que relatam

    experincia profissional nas reas afins, estudos de

    comportamentos humano, avaliao fisioterpica e

    aboradagens tericas sobre fisiopatologia e anatomia.

    Esta publicao pode ser destinada aos diversos

    leitores que se interessem pelos temas debatidos.

    Espera-se que este trabalho desperte novas aes,

    estimule novas percepes e desenvolva novos humanos

    cidados.

    Aproveitem a oportunidade e boa leitura.

  • SUMRIO

    FARMCIA _________________________________________________ 18

    CAPTULO 1 ________________________________________________ 19

    A PARTICIPAO DO FARMACUTICO NAS CONSULTAS DE __________ 19

    PR-NATAL E GRUPO DE GESTANTES NA ESTRATGIA DE SADE DA

    FAMLIA ___________________________________________________ 19

    CAPTULO 2 ________________________________________________ 34

    ANLISE COMPARATIVA DOS PARMETROS ENVOLVIDOS EM MODELOS

    EXPERIMENTAIS DE ASMA ALRGICA ____________________________ 34

    CAPTULO 3 ________________________________________________ 53

    ARGILOMINERAIS COMO EXCIPIENTE FARMACUTICO ______________ 53

    CAPTULO 4 ________________________________________________ 74

    ENTEROPARASITOS EM MANIPULADORES DE ALIMENTOS NO BRASIL:

    UMA REVISO SISTEMTICA __________________________________ 74

    CAPTULO 5 ________________________________________________ 94

    IMPLANTAO DO MODELO EXPERIMENTAL DE RINITE ALRGICA NO

    LABORATRIO DE IMUNOFARMACOLOGIA DA UFPB _______________ 94

    CAPTULO 6 _______________________________________________ 114

    INTERAES MEDICAMENTOSAS FARMACOCINTICAS EM UNIDADES DE

    TERAPIA INTENSIVA DE HOSPITAL PEDITRICO ___________________ 114

    CAPTULO 7 _______________________________________________ 132

    file:///D:/2017/livros%202017%202018/LIVRO%20SAUDE%20ju%203.docx%23_Toc505985613
  • PAPEL DOS RECEPTORES COLINRGICOS NICOTNICOS EM CLULAS DO

    SISTEMA IMUNOLGICO ____________________________________ 132

    CAPTULO 8 _______________________________________________ 152

    PERFIL DE MARCADORES TUMORAIS E SUA CORRELAO COM

    PARMETROS HEMATOLGICOS ______________________________ 152

    CAPTULO 9 _______________________________________________ 173

    POTENCIAL CLNICO DE LEOS ESSENCIAIS NA TERAPUTICA DE DIVERSAS

    CONDIES DOLOROSAS ____________________________________ 173

    CAPTULO 10 ______________________________________________ 193

    PREVALNCIA DE ENTEROPARASITOS E ENTEROCOMENSAIS EM

    HABITANTES DO ESTADO DA PARABA: UMA REVISO _____________ 193

    CAPTULO 11 ______________________________________________ 213

    PROPRIEDADES ANTI-INFLAMATRIAS DA LIRAGLUTIDA EM ESTUDOS

    EXPERIMENTAIS E CLNICOS _________________________________ 213

    CAPTULO 12 ______________________________________________ 232

    RECURSOS VEGETAIS UTILIZADOS COMO MEDICAMENTOS EM UMA REA

    RURAL DA CAATINGA NORDESTINA ____________________________ 232

    CAPTULO 13 ______________________________________________ 254

    RINITE: NOVAS ABORDAGENS E SEUS ENDOTIPOS ________________ 254

    CAPTULO 14 ______________________________________________ 269

    RINITE: NOVOS FENTIPOS E O USO DE PLANTAS MEDICINAIS_______ 269

    CAPTULO 15 ______________________________________________ 288

    SOROPREVALNCIA PARA LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA NO

    NORDESTE BRASILEIRO: UMA REVISO _________________________ 288

  • MICROBIOLOGIA ___________________________________________ 310

    CAPTULO 16 ______________________________________________ 311

    ANLISE DO CRESCIMENTO DE MICRORGANISMOS DE SOLO EM

    PERIODOS DE SAZONALIDADE SECO E CHUVOSO _________________ 311

    CAPTULO 17 ______________________________________________ 330

    APLICAO DE TCNICAS BIOLGICAS NA MITIGAO DE SOLO

    CONTAMINADO COM GASOLINA E LCOOL ______________________ 330

    CAPTULO 18 ______________________________________________ 349

    EFEITO ANTIBACTERIANO DO MONOTERPENO (+) ALFA-PINENO FRENTE A

    CEPA ENTEROCOCCUS FAECALIS __________________________________ 349

    CAPTULO 19 ______________________________________________ 367

    ATIVIDADE ANTIBACTERIANA IN VITRO DO (+) PINENO PARA A

    ESPCIE PROTEUS MIRABILIS ____________________________________ 367

    CAPTULO 20 ______________________________________________ 386

    AVALIAO DA AO ANTIFNGICA DA -LAPACHONA FRENTE AOS

    FUNGOS OPORTUNISTAS ____________________________________ 386

    CAPTULO 21 ______________________________________________ 406

    AVALIAO DA AO INIBITRIA DE TOXINAS KILLER NA CAPACIDADE DE

    ADERNCIA DE CANDIDA ALBICANS ISOLADAS DE PACIENTES COM

    CANDIDEMIA ______________________________________________ 406

    CAPTULO 22 ______________________________________________ 426

    BACTRIAS CIDO LTICAS (BAL) COM POTENCIAL PARA APLICAO EM

    DIVERSAS REAS E SEUS BENEFCIOS: UMA REVISO ______________ 426

    CAPTULO 23 ______________________________________________ 448

    file:///D:/2017/livros%202017%202018/LIVRO%20SAUDE%20ju%203.docx%23_Toc505985645
  • CARACTERIZAO QUANTO AOS GLICOCONJUGADOS DA SUPERFCIE

    CELULAR E FORMAO DE BIOFILME DE ESPCIES DE ASPERGILLUS

    ISOLADOS DE PACIENTES COM OTOMICOSE _____________________ 448

    CAPTULO 24 ______________________________________________ 466

    CONIDIOGNESE DO FUNGO ENTOMOPATOGNICO METARHIZIUM

    ANISOPLIAE VAR. ANISOPLIAE EM MEIO DE CULTURA BASE DE

    RESDUOS AGROINDUSTRIAIS ________________________________ 466

    CAPTULO 25 ______________________________________________ 487

    BACILOS GRAM-NEGATIVOS ISOLADOS DE SALES DE BELEZA

    APRESENTAM RESISTNCIA A ANTIBITICOS E CONSERVANTES _____ 487

    CAPTULO 26 ______________________________________________ 507

    EFEITO DA PRPOLIS DE APIS MELLIFERA SOBRE ESPCIES DE CANDIDA __ 507

    CAPTULO 27 ______________________________________________ 525

    FORMAO DE BIOFILME POR LEVEDURAS EMERGENTES E RESPOSTA AO

    TRATAMENTO COM ANTIFNGICOS-PADRO____________________ 525

    CAPTULO 28 ______________________________________________ 545

    MICRO-ORGANISMOS ISOLADOS EM UTI PEDITRICA E SEU PERFIL DE

    SUSCEPTIBILIDADE FRENTE A ANTIMICROBIANOS ________________ 545

    CAPTULO 29 ______________________________________________ 563

    OCORRNCIA DE FUNGOS ALERGNICOS EM PEAS ANATMICAS

    HUMANAS, ACONDICIONADAS NO COMPLEXO LABORATORIAL DE

    ANATOMIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARABA, JOO PESSOA PB

    _________________________________________________________ 563

    CAPTULO 30 ______________________________________________ 581

  • PERFIL MICROBIOLGICO DE QUEIJOS TIPO COALHO COMERCIALIZADOS

    EM APARECIDA, PARABA ____________________________________ 581

    CAPTULO 31 ______________________________________________ 598

    PESQUISA DE ESCHERICHIA COLI EM QUEIJO DE COALHO DE LEITE DE CABRA E

    ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE BACTRIAS LTICAS FRENTE AO

    PATGENO _______________________________________________ 598

    CAPTULO 32 ______________________________________________ 621

    IDENTIFICAO E ATIVIDADE DE PROTEINAS BIOATIVAS PRESENTES NO

    SORO DO LEITE DE CABRA ____________________________________ 621

    BIOTECNOLOGIA ___________________________________________ 636

    CAPTULO 33 ______________________________________________ 637

    EFEITO DA ADIO DE ANTIOXIDANTES ENZIMTICOS NA CRIOPRESERVAO DE

    ESPERMATOZOIDES OVINOS ______________________________________ 637

    CAPTULO 34 ______________________________________________ 655

    POTENCIAL CINTICO DE ESPERMATOZOIDES CAPRINOS

    SUPLEMENTADOS COM MIO-INOSIOTOL PS-CRIOPRESERVAO ___ 655

    CAPTULO 35 ______________________________________________ 676

    MODELOS EXPERIMENTAIS PARA INDUO DISLIPIDEMIA EM RATOS

    WISTAR - UMA ALTERNATIVA PARA A INVESTIGAO DE POSSIVEIS

    FORMAS DE TRATAMENTO: UMA REVISO ______________________ 676

    CAPTULO 36 ______________________________________________ 695

    EFEITO CITOPROTETOR DA OUABANA EM CULTURA DE LINFCITOS

    IRRADIADOS COM UVC E UVB _________________________________ 695

    file:///D:/2017/livros%202017%202018/LIVRO%20SAUDE%20ju%203.docx%23_Toc505985680
  • CAPTULO 37 ______________________________________________ 724

    PRODUO DE ENZIMAS EXTRACELULARES E COMPOSTOS BIOATIVOS

    POR BACTRIAS ISOLADAS DE AMBIENTE MARINHO ______________ 724

    CAPTULO 38 ______________________________________________ 743

    PRODUO DE TERPENOIDES COM ATIVIDADE ANTIFUNGICA FRENTE

    CANDIDA SP _______________________________________________ 743

    CAPTULO 39 ______________________________________________ 763

    CONTROLE BIOLGICO FRENTE A FUNGOS E NEMATOIDES

    FITOPATOGNICOS _________________________________________ 763

    CAPTULO 40 ______________________________________________ 780

    BIOPROSPECO DE FUNGOS FILAMENTOSOS ENTOMOPATOGNICOS

    PARA PRODUO DE ENZIMAS PROTEOLTICAS EM MEIO DE CULTURA

    SLIDO ___________________________________________________ 780

    CAPTULO 41 ______________________________________________ 798

    BIODEGRADAO DE HIDROCARBONETOS DO PETRLEO: UMA

    COMPARAO ENTRE LINHAGENS DE PSEUDOMONAS AERUGINOSA _ 798

    CAPTULO 42 ______________________________________________ 820

    O CORAO E SUA CAPACIDADE REGENERATIVA POR MEIO DA

    PROLIFERAO CELULAR ____________________________________ 820

    CAPTULO 43 ______________________________________________ 846

    BIOTECNOLOGIA APLICADA A PRODUO DE BIOFRMACOS E O USO DA

    SOJA TRANSGNICA NO COMBATE AO HIV ______________________ 846

    CAPTULO 44 ______________________________________________ 865

    FATORES DE RISCOS QUE OCASIONAM INFECES RELACIONADAS AO

    USO DE CATETER VENOSO CENTRAL ____________________________ 865

  • CAPTULO 45 ______________________________________________ 884

    EFEITO IMUNOMODULADOR DE CANISTROCARPUS CERVICORNIS ________ 884

    CAPTULO 46 ______________________________________________ 905

    EFEITO DA GLUTAMINA SOBRE OS PARMETROS CINTICOS DE

    ESPERMATOZOIDES CAPRINO PS-DESCONGELAO _____________ 905

    CAPTULO 47 ______________________________________________ 926

    CORANTE NATURAL EXTRADO DA PIMENTA BIQUINHO (CAPSICUM

    CHINENSE) _________________________________________________ 926

    NANOTECNOLOGIA _________________________________________ 945

    CAPTULO 48 ______________________________________________ 946

    AVALIAO DOS POSSVEIS RISCOS ASSOCIADOS AOS SISTEMAS

    NANOESTRUTURADOS: ESTADO DA ARTE. ______________________ 946

    MELHORAMENTO DOS RECURSOS GENTICOS ___________________ 970

    CAPTULO 49 ______________________________________________ 971

    COMPOSIO QUMICA DOS EXTRATOS DE MOROR SUBMETIDOS AO

    PROCESSO DE SECAGEM E VELOCIDADE DO AR ___________________ 971

    CAPTULO 50 ______________________________________________ 991

    TEOR DE GUA LIMITE PARA CRIOCONSERVAO DE SEMENTES DE

    ZIZIPHUS JOAZEIRO MART. ______________________________________ 991

    BIOLOGIA MOLECULAR _____________________________________ 1006

    file:///D:/2017/livros%202017%202018/LIVRO%20SAUDE%20ju%203.docx%23_Toc505985711file:///D:/2017/livros%202017%202018/LIVRO%20SAUDE%20ju%203.docx%23_Toc505985714file:///D:/2017/livros%202017%202018/LIVRO%20SAUDE%20ju%203.docx%23_Toc505985719
  • CAPTULO 51 _____________________________________________ 1007

    DIAGNSTICO MOLECULAR DA FEBRE CHIKUNGUNYA ____________ 1007

    CAPTULO 52 _____________________________________________ 1027

    PAPEL DA INFLAMAO CRNICA NA ETIOPATOGENIA DO CNCER

    ESTADO ATUAL DA QUESTO ________________________________ 1027

  • 18

    FARMCIA

  • A PARTICIPAO DO FARMACUTICO NAS CONSULTAS DE PR-NATAL E GRUPO DE GESTANTES NA ESTRATGIA DE SADE DA FAMLIA

    19

    CAPTULO 1

    A PARTICIPAO DO FARMACUTICO NAS CONSULTAS DE

    PR-NATAL E GRUPO DE GESTANTES NA ESTRATGIA DE SADE DA FAMLIA

    Vanssa Miranda da SILVA 1 Vanessa Domingos de MORAIS 2

    1 Residente(R1) da Residncia Multiprofissional em Sade Mental-RESMEN , UFPB; 2 Farmacutica especialista em sade da Famlia e Comunidade.

    [email protected]

    RESUMO: A gravidez um perodo de inmeras transformaes na vida da mulher, pois um momento de mudanas hormonais, fsicas, emocionais, laborais entre outras. A gestante se v desafiada a mudar quase que completamente sua rotina, medida que os meses vo passando e, limitaes comeam a aparecer. Tantas variaes, algumas vezes, deixam essas mulheres confusas e inseguras, necessitado de acompanhamento da equipe de sade da famlia bastante intenso e integral. Essa mulher deve ser vista como um conjunto de vrios itens e fatores, que precisam ser trabalhados e cuidados. Nas Unidades de Sade da Famlia (USFs) tem-se obtido resultados positivos mediante o desenvolvimento de consultas multiprofissionais, onde cada trabalhador contribui de forma diferenciada, mas conjunta e associada aos demais. Alm das interconsultas, algumas USFs conseguem desenvolver grupos operativos onde so trabalhados temas de interesse da gestante ou mesmo de seus familiares, onde estes so empoderados sobre o tema discutido e dvidas so sanadas sempre que possvel, por quem est facilitando o grupo ou por qualquer

  • A PARTICIPAO DO FARMACUTICO NAS CONSULTAS DE PR-NATAL E GRUPO DE GESTANTES NA ESTRATGIA DE SADE DA FAMLIA

    20

    pessoa que esteja participando e que tenha propriedade do assunto. O farmacutico, como profissional de sade do medicamento, estando inserido nessas aes multidisciplinares, demanda contribuies j que constri vnculos com a usuria, a medida que lhe oferta orientaes e retira duvidas que so especificas de sua rea ou mesmo de reas afins. Palavras-chave: Gestantes. Farmacutico. Ateno Bsica.

    1 INTRODUO

    As condies de sade da populao do Brasil e a atual

    conjuntura do Sistema nico de Sade (SUS) estabelecem a

    necessidade da integralidade do cuidado, isto , do

    atendimento e acompanhamento multidisciplinar, com

    possibilidade de realizarem-se aes coletivas, tanto na forma

    de consultas como em grupos operativo-educacionais. O

    cuidado integral sade do usurio ocorre mediante a soma

    de saberes de diversas reas profissionais, medida que se

    consegue realizar consultas multidisciplinares com os mais

    diversos integrantes da equipe de sade (CORRER; OTUKI,

    2013).

    Isto propicia entender que o processo sade-doena

    precisa acontecer sob assistncia de uma equipe integrada,

    onde cada um detentor dos seus conhecimentos, mas que

    olham e percebem o usurio de forma coletiva e humanitria,

    criando vnculos e cor responsabilizando os indivduos pela

    sua prpria sade, focando aes de promoo e preveno

    da sade, de forma individualizada e coletiva (ALMEIDA &

    MISHIMA, 2001).

    Inmeras podem ser as classes de profissionais que

    podem integrar as equipes multiprofissionais, isto pode variar,

  • A PARTICIPAO DO FARMACUTICO NAS CONSULTAS DE PR-NATAL E GRUPO DE GESTANTES NA ESTRATGIA DE SADE DA FAMLIA

    21

    mediante a oferta de trabalhadores que se tem no servio. O

    grupo que realiza as interconsultas colabora medida que

    troca experincias e consegue olhar o usurio como um

    todo; quando desenvolve tticas que auxiliam o tratamento

    e/ou acompanhamento deste; no momento que identifica

    problemas e juntos conseguem entender a situao,

    esclarece-lo e d o devido encaminhamento ao caso. A

    consulta multiprofissional objetiva, principalmente, o bem-estar

    dos usurios. (ABORDAGEM MULTIPROFISSIONAL, 2002).

    Alm das interconsultas, enfatizam-se os grupos de

    trabalho operativo, que objetiva gerar conhecimento para

    todos os participantes. Nesses grupos so trabalhados

    diversos temas e os integrantes vo construindo relaes

    medida que partilham seus discursos de situaes dirias.

    Para o autor Pichon-Rivire (1998), a formao do vnculo

    uma estrutura psquica complexa, que apresenta carter

    social, tendo em considerao que nas relaes pessoais

    sempre existem figuras internalizadas.

    Um momento importante para a realizao da consulta

    multiprofissional e do trabalho de grupos operativos ocorre

    durante o perodo gestacional atravs da consulta de pr-natal

    e dos grupos de gestantes. Tendo em vista, que a gravidez

    um momento nico na vida da mulher, principalmente por

    representar diversas mudanas em sua vida pessoal, conjugal

    e profissional, uma condio que traz consigo muitas dvidas,

    medos e mitos com relao ao contexto familiar e social da

    gestante.

    imprescindvel que a Assistncia Farmacutica passe

    a integrar o conjunto de atendimentos ofertados pela Ateno

    Bsica, qualificando o acesso dos usurios aos

    medicamentos, a partir de uma dispensao correta e da

  • A PARTICIPAO DO FARMACUTICO NAS CONSULTAS DE PR-NATAL E GRUPO DE GESTANTES NA ESTRATGIA DE SADE DA FAMLIA

    22

    promoo do uso racional destes. A admisso da Assistncia

    Farmacutica (AF) no nosso pas, no campo das Polticas

    Pblicas, aconteceu mediante a publicao da Poltica

    Nacional de Medicamentos, que traz:

    A garantia da necessria segurana, da eficcia e da

    qualidade dos medicamentos;

    A promoo do uso racional dos medicamentos;

    O acesso da populao aos medicamentos

    considerados essenciais (BRASIL, 1998).

    Dessa maneira, para a Estratgia de Sade da Famlia

    a importncia do profissional farmacutico est na unio entre

    aes de promoo, preveno e recuperao da sade,

    tendo como centro destas aes o usurio e todo o processo

    que envolve, principalmente, a utilizao de medicamentos.

    Um dos maiores problemas na ateno primria

    sade esta relacionado a terapia medicamentosa, envolvendo

    erros de prescrio, interao medicamentosa, posologia

    administrada de forma inadequada, automedicao,

    acarretando diversos custos diretos ateno bsica e

    indiretos sade pblica. Tais anlises reforam a real

    necessidade do profissional farmacutico na composio na

    equipe de Estratgia de Sade da Famlia (ESF) para a

    melhoria da assistncia (BRASIL, 1988; BOTEGA, 2013;

    OLIVEIRA, OLIVEIRA, DINIZ, 2015).

    A nova poltica Nacional de Educao em Sade traz

    consigo a ideia de formar profissionais de sade de uma

    maneira diferenciada, de forma descentralizada e

    multidisplinar, trabalhando na perspectiva de democratizar os

    espaos de trabalho e os conhecimentos. As Residncias

    Multiprofissionais vm reafirmar essa ideologia, formando

  • A PARTICIPAO DO FARMACUTICO NAS CONSULTAS DE PR-NATAL E GRUPO DE GESTANTES NA ESTRATGIA DE SADE DA FAMLIA

    23

    profissionais e agregando valores e tcnicas que os tornam

    mais humanizados e que no se detm somente ao seu

    conhecimento, mas que valorizam os demais profissionais, e

    que compartilha o usurio em um trabalho de equipe. Com

    isso se consegue trabalhar nas gestantes aspectos subjetivos

    tidos como fragilizados, e que com o decorrer das atividades

    vo sendo fortalecidos, tornando-as mulheres mais fortes,

    seguras, preparadas e empoderadas de si dos seus direitos e

    da perspectiva de desenvolvimento do perodo gravdico de

    forma plena (LOBATO, 2010).

    Este trabalho objetiva relatar a experincia vivenciada

    pelas farmacuticas no cuidado e apoio s consultas

    multiprofissionais do pr-natal e do grupo operativo de

    gestante pertencentes a duas Unidades Integradas Sade da

    Famlia, no municpio de Joo Pessoa PB, demonstrando o

    quo relevante para as Unidades de Sade poder dispor de

    consultas multidisciplinares e grupos operativos que

    contemple o ciclo da Assistncia Farmacutica que envolve

    seleo, programao, aquisio, armazenamento,

    distribuio e dispensao/uso.

    2 MATERIAIS E MTODO

    O presente trabalho trata-se de um estudo descritivo na

    modalidade de relato de experincia, a partir das atividades

    desenvolvidas na Residncia Multiprofissional em Sade da

    Famlia e Comunidade RMSFC1 que objetiva auxiliar na

    consolidao do SUS, aumentando o poder de resolutividade

    das aes em sade com nfase nas necessidades e

    diversidades da realidade do territrio.

  • A PARTICIPAO DO FARMACUTICO NAS CONSULTAS DE PR-NATAL E GRUPO DE GESTANTES NA ESTRATGIA DE SADE DA FAMLIA

    24

    Descrevendo a vivncia/atuao das residentes

    farmacuticas nas consultas multidisciplinares na ateno

    bsica de pr-natal e grupo de gestantes no perodo de

    fevereiro de 2015 a agosto de 2016 pertencentes as Unidades

    Integradas Sade da Famlia Nova Conquista, situado no

    bairro Alto do Mateus e a Unidade Integrada Sade da Famlia

    So Jos, situado no bairro So Jos, ambas do municpio de

    Joo Pessoa/PB.

    As atividades do pr-natal foram desenvolvidas nas

    Equipes de Sade da Famlia - ESF Mateus III e So Jos II e

    a partir do agendamento semanal das gestantes, na qual

    atendida por uma equipe multiprofissional que inclui

    enfermeiro, psiclogo, nutricionista/estudantes de nutrio e

    farmacutico. Participam do pr-natal cerca de 4 a 5 gestantes

    por turno, algumas destas levam a consulta o companheiro ou

    algum outro familiar o que torna a consulta um momento no

    apenas focado na gestante, mas tambm envolve todo o

    contexto familiar na qual est inserida.

    As aes nos grupos de gestantes foram desenvolvidas

    pela Equipe de Sade da Famlia - ESF Mateus III e a Unidade

    Integrada de Sade da Famlia So Jos. O grupo da ESF

    Mateus III ocorre quinzenalmente no Centro de Referncia de

    Assistncia Social, visando buscar a intersetorialidade entres

    os servios o que proporcionou um melhor espao fsico mais

    tranquilo e voltado para o desenvolvimento do grupo de

    gestantes no qual disps de uma sala para as atividades,

    equipamentos, como aparelho de datashow e computador

    porttil e tambm disponibilizam lanche aps o termino da

    atividade. O grupo de gestantes da Unidade Integrada de

    Sade da Famlia So Jos acontece toda tera-feira de cada

    semana, pela manh e antes de comearem os atendimentos

  • A PARTICIPAO DO FARMACUTICO NAS CONSULTAS DE PR-NATAL E GRUPO DE GESTANTES NA ESTRATGIA DE SADE DA FAMLIA

    25

    de pr-natal. O grupo se encontra na sala de reunies da

    prpria unidade, onde, a depender do tema a ser trabalhado

    se material institucional e atividades ldicas.

    3 RESULTADOS E DISCUSSO

    As consultas de pr-natal aconteceram semanalmente

    sendo realizadas no consultrio de atendimento da enfermeira

    da ESF onde a equipe multiprofissional que inclui enfermeiro,

    psiclogo, nutricionista/estudantes de nutrio e farmacutico

    atendem simultaneamente a usuria, com perodo de durao

    para cada consulta em mdia quarenta minutos para cada

    gestante. Um ponto importante que se levou em considerao

    nestas consultas foi a otimizao do tempo, evitando com isso

    que a consulta seja longa e cansativa para a gestante, por

    isso, preferiu-se que o atendimento multiprofissional fosse

    realizado concomitantemente por todos os profissionais no

    mesmo espao fsico e que cada profissional dentro da sua

    rea de conhecimento se insira no transcorrer da consulta com

    perguntas a gestante que julgue necessrio e importante para

    a sua avaliao profissional. Estudo realizado por Pereira;

    Rivera e Artmann (2013) revela que as potencialidades do

    trabalho em equipe integrado de forma articulada nas equipes

    de sade ampliam a capacidade de cuidado e de resoluo

    dos problemas de sade, uma vez que conseguem tornar os

    dispositivos de ateno sade existentes mais acessveis,

    proporcionando uma ateno mais integral e compartilham a

    responsabilidade pela melhoria da qualidade de sade e de

    vida de uma dada populao. A unidade produtora dos servios de sade no um profissional isoladamente, mas sim a equipe; que o foco central de ateno no o indivduo

  • A PARTICIPAO DO FARMACUTICO NAS CONSULTAS DE PR-NATAL E GRUPO DE GESTANTES NA ESTRATGIA DE SADE DA FAMLIA

    26

    exclusivamente, mas a famlia; que as intervenes necessrias para proporcionar o cuidado sade devem se sustentar no conhecimento que contemple as determinantes biopsicosociais da sade-doena dos usurios, famlias e comunidade, a assistncia sade passa ter a caracterstica central de um trabalho coletivo e complexo, em que a interdisciplinaridade, bem como a multiprofissionalidade so necessrias (PEDUZZI M., 1998).

    Com o intuito destas consultas de pr-natal buscarem

    olhar a mulher de forma integral, contemplando seus aspectos

    fisiolgicos e sua subjetividade. As principiais aes

    vivenciadas nestes atendimentos foram: avaliao da me e

    feto como aborda questes como alimentao saudvel;

    contexto familiar; sinais comuns na gestao e orientaes

    nas queixas mais frequentes; sinais de alerta; preparo para o

    parto; incentivo e orientaes para o parto normal; e

    orientaes especificas para mulheres que no podero

    amamentar; importncia do planejamento familiar; sinais e

    sintomas de parto; puerprio; importncia da participao

    paterna durante a gestao; cuidados aps o parto e com o

    recm-nascido; estmulo a retorno aos servios de sade

    dentre outros.

    Nestas consultas o farmacutico atua de modo a

    contribuir, complementar e garantir a integralidade do cuidado

    para uma gestao saudvel, no qual durante o decorrer da

    consulta multiprofissional faz-se uma sntese de todas as

    informaes relatadas pela gestante e realiza a anamnese

    farmacutica visando sintetizar maior nmero de informaes

    possveis para obter o conhecimento necessrio sobre o

    estado de sade geral da usuria e feto e, assim, iniciar um

  • A PARTICIPAO DO FARMACUTICO NAS CONSULTAS DE PR-NATAL E GRUPO DE GESTANTES NA ESTRATGIA DE SADE DA FAMLIA

    27

    plano de orientaes assegurando maior amplitude de

    cuidado.

    As principais orientaes realizadas pelo farmacutico

    nas consultas multiprofissionais do pr-natal e no grupo de

    gestantes, refere-se primordialmente a conhecer o perfil

    farmacoteraputico da qual est usuria que procura o servio

    de sade faz uso, dessa forma, esse processo deve ocorrer de

    maneira acolhedora, cordial e tica com intuito de estabelecer

    uma relao de vnculo entre profissional e usuria. O primeiro

    ponto da orientao farmacutica aps conhecer o perfil de

    uso de medicamentos da gestante identificar medicamentos

    potencialmente de riscos para me e feto, observando a

    classificao de risco estabelecida pelo FDA (Food and Drug

    Administration), que classifica os riscos dos medicamentos

    para uso na gestao. Caso seja detecta algum medicamento

    que cause danos sade de me e feto, imediatamente

    ocorre a comunicao ao mdico prescritor ao qual relatado

    quais os riscos e possveis danos para a gestao, cabendo

    ao prescritor avaliar o risco e benefcio deste medicamento

    para o desenvolvimento pleno da gravidez.

    Em seguida o farmacutico procede quando necessrio

    com orientaes gerais dos medicamentos a serem utilizadas

    pela gestante, quais sejam: melhor forma de possveis

    aquisies (farmcia bsica do municpio/ estado/farmcia

    comercial), administrao e armazenamento dos

    medicamentos; possveis interaes medicamentosas ou

    alimentares que possam ocorrer durante administrao;

    elucidao da relevncia dos medicamentos os quais a

    gestante utiliza e a importncia de uso da posologia

    recomendada pelo prescritor, tambm se torna importante

    evidenciar para a usuria que o tratamento no

  • A PARTICIPAO DO FARMACUTICO NAS CONSULTAS DE PR-NATAL E GRUPO DE GESTANTES NA ESTRATGIA DE SADE DA FAMLIA

    28

    medicamentoso (banhos frios em perodos febris; alimentao

    adequada; dentre outros) tambm valido durante o perodo

    da gestao e continuamente enfatizando a importncia de

    evitar a automedicao, tendo em vista, que qualquer

    medicamento administrado nesse perodo somente deve ser

    feito por profissional habilitado para prescrio, uma vez, que

    qualquer medicamento utilizado pode trazer risco e somente

    aps avaliao criteriosa do profissional de sade sobre riscos

    e benefcios que o mesmo pode ocorrer que deve ser

    administrado.

    O grupo de gestante foi pensado inicialmente visando

    aumentar o vnculo entre gestantes e servio de sade e

    tambm a partir da necessidade de acolher maior nmero de

    gestantes do territrio no qual foram desenvolvidos temas

    como: vnculo me-filho; tcnicas de respirao, relaxamento

    e postura para alivio de sintomas aparentes no perodo da

    gestao; sexualidade; primeiros cuidados com o recm-

    nascido; tipo de parto na perspectiva do parto humanizado;

    acompanhamento odontolgico na gestao, shantala,

    modificaes corporais e emocionais, importncia do

    crescimento e desenvolvimento infantil, orientaes e incentivo

    para o aleitamento materno, benefcios legais, direitos das

    mulheres e lei do acompanhante dentre outras temticas que

    se espera desenvolver ao longo do grupo de gestante. Um

    importante aspecto que se sobressaiu e contribui para o

    fortalecimento do grupo de gestante foi a nfase em

    orientaes e aes multiprofissionais, sendo estes encontros

    sempre muito dinmicos e sustentado em toda a equipe

    multidisciplinar que ali se encontravam.

    Segundo Abduch:

  • A PARTICIPAO DO FARMACUTICO NAS CONSULTAS DE PR-NATAL E GRUPO DE GESTANTES NA ESTRATGIA DE SADE DA FAMLIA

    29

    Cada integrante do grupo comparece com sua histria pessoal consciente e inconsciente, isto , com sua verticalidade. Na medida em que se constituem em grupo passam a compartilhar necessidades em funo de objetivos comuns e criam uma nova histria, a horizontalidade do grupo, que no simplesmente a somatria de suas verticalidades, pois de sua verticalidade, gerando uma histria prpria, inovadora que d ao grupo sua especificidade e identidade grupal (ABDUCH, 1999).

    Diante disto torna-se importante consultas

    multiprofissionais e grupos operativos para a gestante de

    forma que promova a ateno integral e a seu contexto

    familiar atravs de contribuir para sua sade e o

    desenvolvimento saudvel e pleno da gestao, onde me e

    feto recebem todos os cuidados necessrios, desde o

    atendimento individual ao coletivo, atendendo suas

    necessidades biopsicossociais e reforando a importncia da

    promoo da sade (MIRANDA; DIAS & RENES, 1998;

    SILVA; BRITO, 2010; BARRETO; MALUMBRES, 2016).

    No estudo de Frigo et al. (2012), evidencia que as

    vivncias dentro do grupo de gestantes em que aborda

    vantagens e as dificuldades que podem ocorrer durante a

    gestao so fundamentais para o crescimento dos

    profissionais e informao das gestantes assistidas pelo grupo

    levando-as a sentirem-se mais seguras para superar as

    possveis adversidades do perodo gestacional e

    amamentao. Outro trabalho realizado por Zampieri et al.

    (2009), no qual foi aplicado questionrios de avaliao aos

    participantes de um grupo de gestante em Santa Catarina,

    revelou que estes grupos possibilitam a quebra de mitos,

    permitem a troca de experincia, constroem vnculos afetivos

  • A PARTICIPAO DO FARMACUTICO NAS CONSULTAS DE PR-NATAL E GRUPO DE GESTANTES NA ESTRATGIA DE SADE DA FAMLIA

    30

    me-beb, prepara para o parto e maternidade, gera

    mudanas de atitudes e comportamentos; estimula o exerccio

    dos direitos conquistados; estimula a insero do

    acompanhante em todo o processo. Encontrando-se ambos os

    trabalhos citados constatando experincias positivas

    relacionadas aos grupos de gestantes nos quais contribuem

    para gerar transformaes com vistas a um cuidado

    humanizado e integral valorizando os pequenos gestos no

    cuidar.

    4 CONCLUSES

    As gestantes acompanhadas por consultas

    multidisciplinares e que participam dos grupos de gestantes

    ofertados pelas referidas unidades, mostram-se mais seguras,

    uma vez que, muitas das suas dvidas so sanadas nesses

    momentos, onde o profissional farmacutico agrega

    conhecimentos e consegue responder muitos dos

    questionamentos feitos pelas gestantes, j que o uso de

    medicamento durante o perodo gravdico requer cuidados e

    orientaes e sempre uma dvida que permeia entre essas

    mulheres; sentem-se mais apoiadas, porque conseguem

    perceber em toda a equipe de sade o cuidado integral para

    com ela e com seu beb; apresentam-se mais empoderadas

    sobre a situao que esto vivenciando; alm de

    demonstrarem mais autoconfiana e autoestima, junto aos

    familiares, tornando-se protagonistas da sua prpria histria

    de vida.

    Diante do que foi apresentado podemos afirmar que se

    torna importante que o farmacutico esteja presente e atuante

  • A PARTICIPAO DO FARMACUTICO NAS CONSULTAS DE PR-NATAL E GRUPO DE GESTANTES NA ESTRATGIA DE SADE DA FAMLIA

    31

    dentro da ateno bsica visando a aproximao deste

    profissional com as unidades de sade, contribuindo e

    orientando para melhor conduta de profissionais de sade em

    relao aos medicamentos, garantindo a dispensao correta

    e segura dos medicamentos, tendo em vista, que esta uma

    atribuio exclusiva do farmacutico e estabelecendo

    principalmente uma relao acolhedora de construo de

    vnculo entre farmacutico-usurio na orientao de consultas

    multiprofissionais e grupos operativos garantindo sucesso

    farmacoteraputico e o uso racional dos medicamentos.

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

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  • A PARTICIPAO DO FARMACUTICO NAS CONSULTAS DE PR-NATAL E GRUPO DE GESTANTES NA ESTRATGIA DE SADE DA FAMLIA

    32

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  • A PARTICIPAO DO FARMACUTICO NAS CONSULTAS DE PR-NATAL E GRUPO DE GESTANTES NA ESTRATGIA DE SADE DA FAMLIA

    33

    dos Recursos Humanos de Enfermagem em Sade da Mulher e do Recm-nascido 24 26 de junho de 2009 Teresina-PI.

  • ANLISE COMPARATIVA DOS PARMETROS ENVOLVIDOS EM MODELOS EXPERIMENTAIS DE ASMA ALRGICA

    34

    CAPTULO 2

    ANLISE COMPARATIVA DOS PARMETROS ENVOLVIDOS EM

    MODELOS EXPERIMENTAIS DE ASMA ALRGICA

    Larcia Karla Diega PAIVA FERREIRA1

    Larissa Adilis Maria PAIVA FERREIRA2

    Talissa Mozzini MONTEIRO1 Adriano Francisco ALVES3

    Marcia Regina PIUVEZAM4 1 Doutoranda do PgPNSB/ UFPB; 2 Graduanda do curso de Farmcia, UFPB; 3Doutorando do Programa de Ps Graduao em Patologia/ UFMG ; 4 Orientadora/Professora do DFP/UFPB.

    [email protected]

    RESUMO A asma afeta 300 milhes de pessoas em todo o mundo. Modelos experimentais que mimetizam o processo inflamatrio da asma so essenciais no entendimento da fisiopatologia desta doena, tornando possvel o estudo de novas molculas no arsenal teraputico para o tratamento da asma. O presente trabalho teve como objetivo analisar e comparar os parmetros inflamatrios e alrgicos que caracterizam o modelo de asma alrgica em diferentes protocolos experimentais. Camundongos fmeas BALB/c foram sensibilizados e desafiados com ovalbumina (OVA). Os parmetros inflamatrios observados foram a migrao de leuccitos no fluido do lavado broncoalveolar (BALF) e os parmetros histopatolgicos (inflamao, muco e remodelamento tecidual). O parmetro alrgico mensurado foi a produo de IgE OVA especfica. O desafio prolongado com OVA no protocolo de asma alrgica crnica, promoveu influxo significativo no nmero de leuccitos em relao ao grupo OVA do protocolo de asma alrgica aguda, no BALF

  • ANLISE COMPARATIVA DOS PARMETROS ENVOLVIDOS EM MODELOS EXPERIMENTAIS DE ASMA ALRGICA

    35

    (8,63x105 0,81 vs 5,63x105 0,457), na histologia (score = 6,75 0,25 vs 4,5 0,289) e promoveu remodelamento tecidual (score =1,75 0,25 vs 0,25 0,25). Em adio, os protocolos de 23 e 35 dias produziram a IgE-OVA especfica (3822 274 e 3947 149) . Os resultados obtidos nesse trabalho demonstram que o desafio prolongado com alrgeno promove, evidencia e exacerba os parmetros inflamatrios crnicos, caractersticos da asma alrgica. Palavras-chave: Inflamao pulmonar. Asma. Modelo

    experimental

    1 INTRODUO

    Atualmente o termo asma conota um grupo de

    sintomas clnicos como falta de ar, chiado e aperto no peito,

    resultante da limitao do fluxo areo expiratrio reversvel ou

    hiper-reatividade brnquica, decorrente do processo

    inflamatrio crnico com hiperproduo de muco,

    remodelamento e estreitamento da parede das vias areas

    (BUTT; KURDOWSKA; ALLEN, 2016; FAHY, 2015; HOGG,

    1997; KUDO; ISHIGATSUBO; AOKI, 2013; SIMPSON et al.,

    2010). A particularidade das caractersticas clnicas,

    fisiolgicas e resposta a terapia medicamentosa da asma

    defini seus diferentes fentipos (ANDERSON, 2008; FAHY,

    2015; LEMANSKJR; BUSS, 2006). A diviso mais aceita dos

    fentipos da asma, compreende em Asma Alrgica tipo 2

    (Th2) e Asma no alrgica. Na Asma Alrgica Th2 est

    presente os fentipos: incio precoce; incio tardio e Asma

    Induzida por Exerccio (EIA). A Asma no Th2 representada

    pelos fentipos: obesidade e asma neutroflica (ANDERSON,

    2008; BRUSSELLE; MAES; BRACKE, 2013; WENZEL, 2012;

    ZHENG et al., 2011).

  • ANLISE COMPARATIVA DOS PARMETROS ENVOLVIDOS EM MODELOS EXPERIMENTAIS DE ASMA ALRGICA

    36

    O parmetro essencial de identificao do perfil Th2 no

    processo inflamatrio pulmonar decorrente da asma a

    produo das citocinas IL-4, IL-13 e IL-5 pelas clulas T CD4+,

    bem como a presena de uma eosinofilia sangunea e tecidual

    exacerbada (BELLINI et al., 2012; BISSET; SCHMID-

    GRENDELMEIER, 2005; LUKACS, 2001; ROBINSON et al.,

    1992; WYNN, 2015).

    O aumento srico de IgE caracteriza uma atopia

    (predisposio gentica para desenvolver alergias) e

    considerada a marca da resposta imune adaptativa Th2

    (CHENG et al., 2014). Essa imunoglobulina se ligar aos seus

    receptores de alta afinidade do tipo FcRI presentes nas

    membranas de mastcitos, basfilos e eosinfilos (PAUL et

    al., 2001). A inflamao pulmonar caracterstica da asma

    alrgica tipo 2 (Th2) dependente da sensibilizao dessas

    clulas pela IgE e posterior desgranulao com liberao de

    mediadores vasoativos (COSTA et al., 2008; PALOMARES et

    al., 2017).

    O presente estudo teve o objetivo de comparar os

    parmetros inflamatrios e alrgicos de dois protocolos de

    inflamao alrgica das vias areas inferiores, caracterstico

    da asma, sendo um de carter agudo e outro crnico.

    2 MATERIAL E MTODO

    Animais. Camundongos BALB/c fmeas com idade

    entre 6-8 semanas (20-25g) e ratas Wistar (120-150g), foram

    fornecidos pelo biotrio Prof. Dr. Thomas George no Ncleo

    de Pesquisa em Produtos Naturais da Universidade Federal

    da Paraba, Brasil. Os animais foram mantidos em condies

    adequadas de temperatura e alimentao. Todos os

  • ANLISE COMPARATIVA DOS PARMETROS ENVOLVIDOS EM MODELOS EXPERIMENTAIS DE ASMA ALRGICA

    37

    procedimentos experimentais foram conduzidos de acordo

    com as orientaes do Conselho Nacional de Controle de

    Experimentao Animal (CONCEA), bem como a Lei

    n11794/2008. A eutansia dos animais foi realizada pela

    administrao intra-muscular (i.m.) de soluo anestsica

    contendo 29 mg/mL de ketamina e 1,91 mg/mL de xilasina em

    soluo salina (NaCl 0,9 %). Este projeto foi aprovado pela

    Comisso de tica no Uso Animal (CEUA/UFPB) sob o

    protocolo de nmero 165/2015.

    Protocolos de Asma alrgica induzida por

    Ovalbumina. Os animais foram divididos nos grupos (n=6):

    basal (no sensibilizado com OVA) e OVA (sensibilizado com

    OVA). Em ambos os protocolos (23 dias e 35 dias) os animais

    foram sensibilizados nos dias 0, 7 e 14 com 10L/ g de animal,

    via intraperitoneal (i.p.) com uma suspenso contendo 50

    g/mL de OVA grade V (SIGMA Chemical, St. Louis, MO) e 10

    mg/mL de Al(OH)3 (VETEC, Rio de Janeiro, RJ) em soluo

    salina.

    No protocolo de 23 dias, os animais foram desafiados

    nos dias 19 a 22 com aerossol de OVA grade II (SIGMA

    Chemical, St. Louis, MO) a 5% em soluo salina por 30

    minutos dirios, em uma cmara fechada, sob um fluxo

    contnuo de aerossol, com o auxlio de um nebulizador ultra-

    snico. Este protocolo caracterizado por apresentar uma

    inflamao alrgica pulmonar aguda.

    No protocolo de 35 dias, os animais passaram por duas

    etapas de desafios com aerossol. A primeira etapa ocorreu

    entre os dias 19 a 23, e a segunda etapa entre os dias 30 a

    34. O procedimento de desafio ocorreu de igual modo ao

    protocolo de 23 dias. Este protocolo apresenta uma

  • ANLISE COMPARATIVA DOS PARMETROS ENVOLVIDOS EM MODELOS EXPERIMENTAIS DE ASMA ALRGICA

    38

    inflamao alrgica pulmonar crnica (MCMILLAN;

    XANTHOU; LLOYD, 2005).

    Coleta do Fluido do Lavado Broncoalveolar (BALF).

    O BALF foi coletado 24 horas aps o ultimo desafio de cada

    protocolo experimental. O BALF foi realizado com 1,5 mL de

    HBSS+/- gelado, injetado na traqueia, sentido pulmo. O fluido

    foi armazenado para posterior contagem de clulas.

    Contagem Total e Diferencial de Clulas do BALF. A

    contagem do nmero total de clulas no BALF foi realizada em

    cmara hemocitomtrica. O BALF foi diludo (1:4) em soluo

    de Turk (VETEC, Rio de Janeiro, RJ), a contagem das clulas

    totais foi realizada no microscpio ptico (40x- BX40,

    OLYMPUS). Aps a contagem das clulas totais, os tubos

    foram centrifugados (centrfuga CR422, JONAM) a 1000 rpm,

    4C, 5 minutos, as clulas foram ressuspensas em 300L de

    HBSS+/- e citocentrifugadas na citocentrfuga tipo citospin

    (FANEN, So Paulo, SP, Brasil Mod 2400). As lminas obtidas

    foram fixadas e coradas pelo mtodo pantico (Kit Pantico,

    Renylab). A contagem diferencial de clulas foi realizada por

    microscopia ptica. Cada lmina foi percorrida at a contagem

    de 100 clulas, utilizando para isso a objetiva de imerso

    (100x).

    Histologia pulmonar. Para avaliar as caractersticas

    histolgicas pulmonares dos camundongos, o pulmo foi

    coletado 24 horas aps o ltimo desafio de cada protocolo de

    asma alrgica e fixado em formalina tamponada, em

    sequncia, foi hidratado em gua corrente durante 24 horas;

    desidratado por 30 minutos em cada diferente concentrao

    de lcool etlico (70, 80, 90 e 100%); xilol por 30 minutos;

    parafina lquida (parafina histolgica- ERVIEGAS, So Paulo,

    SP), aps solidificao obteve-se o "bloco" de parafina

  • ANLISE COMPARATIVA DOS PARMETROS ENVOLVIDOS EM MODELOS EXPERIMENTAIS DE ASMA ALRGICA

    39

    contento o fragmento do tecido em seu interior. O corte

    histolgico teve espessura de 5m, com o auxlio de um

    micrtomo (SP Labor 300).

    Com os cortes aderidos nas lminas, estes foram

    corados com Hematoxilina & Eosina (HE), para avaliao de

    parmetros teciduais gerais; cido Peridico de Schiff (PAS),

    para avaliao da hipersecreo de muco e Tricmio de

    Gomori (TG), para observao da expanso da matriz

    extracelular. Depois, foi realizado a montagem das lminas.

    Aps a anlise morfolgica, foi criado um score (pontuao),

    com a finalidade de gerar significncia as avaliaes visuais,

    correlacionando esses achados a clnica dos animais

    acometidos com asma, para cada corante utilizado (GALVO

    et al., 2017).

    Para a anlise em HE as leses avaliadas e os

    valores atribudos foram: Infiltrado Peribroquiolovascular (00-

    03); Hipertrofia e Hiperplasia de Cls. Caliciformes (00-02);

    Tampo Mucoso (00-02); Infiltrado Perivascular (00-01);

    Infiltrado Peribronquiolar (00-01) e Infiltrado Disperso na

    Mucosa (00-01).

    Nos scores de PAS e o nmero total de

    estruturas peribronquiolovasculares no TG, foram

    mensurados, onde at 05 bronquolos o valor atribudo foi 1;

    de 06 a 10 bronquolos (2); de 11 a 15 bronquolos (3) e at 20

    bronqulos (4).

    Coleta de sangue e Teste de Anafilaxia Cutnea

    Passiva (PCA). 24 horas aps o ltimo desafio com o

    alrgeno (OVA) de cada protocolo, o sangue foi coletado pelo

    plexo braquial, centrifugado em 1.500 rpm, a 4C por 10 min e

    o soro coletado foi armazenado para a realizao do teste de

    anafilaxia cutnea passiva (PCA), afim de determinar o ttulo

  • ANLISE COMPARATIVA DOS PARMETROS ENVOLVIDOS EM MODELOS EXPERIMENTAIS DE ASMA ALRGICA

    40

    de IgE-OVA-especfica. As amostras de soros foram diludas

    em salina em oito diluies seriadas. Um volume de 50 L das

    diluies foi injetado por via intradrmica em oito diferentes

    stios do dorso de ratas Wistar depiladas e previamente

    anestesiadas.

    Aps 24 h, foi realizado o desafio antignico pela

    administrao de 500L na veia caudal de uma soluo

    contendo 10 mg/mL do corante Azul de Evans (VETEC, Rio de

    Janeiro, RJ) 1 %, e 4 mg/mL de OVA grade V. Aps 30 min, os

    dimetros das manchas formadas no dorso foram medidas. O

    ttulo determinado pela maior diluio do soro capaz de

    promover mancha mensurvel 5 mm (COSTA et al., 2008).

    Anlise estatstica. Os resultados obtidos foram

    expressos como mdia erro padro da mdia, e analisados

    estatisticamente empregando-se o ANOVA one-way seguido

    de Tukey, onde os valores de p

  • ANLISE COMPARATIVA DOS PARMETROS ENVOLVIDOS EM MODELOS EXPERIMENTAIS DE ASMA ALRGICA

    41

    Similar a migrao de clulas totais induzida pelo desafio

    com OVA (Fig 1a) a porcentagem de eosinfilos presente no

    BALF foi aumentada em relao ao grupo no sensibilizado

    com o alrgeno, nos dois protocolos de asma alrgica

    analisados (Fig 1b). No protocolo de 23 dias (40,1 1,47 vs

    0,75 0,479) e no protocolo de 35 dias (48,4 3,63 vs 5,04

    1,46). No entanto, no houve diferena estatistica entre os

    grupos OVA dos diferentes protocolos de asma alrgica.

    Figura 1 - Efeito do desafio com Ovalbumina na migrao de clulas totais e porcentagem de eosinfilos no BALF em modelos experimentais de asma alrgica.

    Fonte: Pesquisa direta. 2017

  • ANLISE COMPARATIVA DOS PARMETROS ENVOLVIDOS EM MODELOS EXPERIMENTAIS DE ASMA ALRGICA

    42

    Um dos parmetros caractersticos do processo

    inflamatrio da asma alrgica o recrutamento de leuccitos

    para as vias areas inferiores (WOODRUFF et al., 2009). Afim

    de avaliar a migrao celular, os leuccitos totais foram

    quantificados no Fluido do Lavado Broncoalveolar (BALF). O

    desafio por aerossol com o alrgeno Ovalbumina se mostrou

    eficaz em induzir o influxo de clulas inflamatrias no BALF,

    indicando um parmetro essencial no processo inflamatrio

    dos modelos analisados no presente estudo. Nossos

    resultados demonstraram ainda que a cronicidade da

    exposio ao agente causador do processo inflamatrio tem a

    capacidade de aumentar ainda mais o influxo de leuccitos, e

    consequentemente a manuteno do processo inflamatrio e

    sua cronicidade, confirmando que o tempo de exposio ao

    alrgeno fundamental para a exacerbao da crise alrgica.

    Uma das caractersticas essncias da asma alrgica a

    migrao exacerbada dos eosinfilos para os pulmes (KARP,

    2004; YOUSEFI; SIMON; SIMON, 2012). A ativao

    eosinoflica promove a liberao de mediadores pr

    inflamatrios importantes para manuteno do processo

    inflamatrio crnico das vias areas, como a protena bsica

    principal (MBP), protena catinica, LTC4, PGE2, tromboxanos

    e PAF. Os eosinfilos ainda tem a capacidade de sintetizar

    diversas citocinas (IL-3, IL-4, IL-5, IL-8, IL-10, IL-12, IL-13),

    quimiocinas (CCL5/RANTES e CCL11/ eotaxina 1), TNF- e

    TGF-, onde todas essas molculas atuam na patognese do

    processo inflamatrio crnico nas vias areas (BANDEIRA-

    MELO; BOZZA; WELLER, 2002; GOUR; WILLS-KARP, 2015;

    WYNN, 2015).

    O aumento no nmero de eosinfilos, em ambos os

    protocolos de inflamao alrgica pulmonar, foi obervado no

  • ANLISE COMPARATIVA DOS PARMETROS ENVOLVIDOS EM MODELOS EXPERIMENTAIS DE ASMA ALRGICA

    43

    presente estudo. O desafio com OVA resultou em uma mdia

    de 40% de eosinfilos no BALF em ambos os modelos

    estudados. Esse resultado comprova o padro caracterstico

    do fentipo da asma alrgica, no qual caracterizado por uma

    inflamao crnica eosinofilica (BEZERRA-SANTOS et al.,

    2006; CERQUEIRA-LIMA et al., 2010).

    Na figura (2), observa-se o processo histopatolgico

    caracterstico da inflamao alrgica das vias areas inferiores

    em ambos os protocolos de 23 e 35 dias. A colorao

    Hematoxilina&Eosina (HE) permite a observao da

    arquitetura geral do tecido pulmonar, revelando o padro tpico

    do epitlio respiratrio o qual formado por clulas

    pseudoestratificadas; ciliado com clulas caliciformes e em

    bronquolos terminais, observa-se que o epitlio tornar-se

    colunar baixo ou cbico com clulas de Clara e a parede

    alveolar com pneumcitos de estrutura preservada, como

    evidenciado no grupo Basal. No entanto, nos grupos OVA de

    23 e 35 dias, observam-se a presena de infiltrado inflamatrio

    e edema multifocal peribronquiolovascular com presena de

    eosinfilos, linfcitos e macrfagos compondo o exsudato

    caracterstico da inflamao pulmonar alrgica, observa-se

    ainda hipertrofia e hiperfplasia do epitlio bronquiolar e

    presena de tampo mucoso no interior de bronquolos.

    O cido Peridico de Schiff (PAS) revela glicognio e

    mucina intracelular, alm da hierptrofia e hiperplasia de clulas

    caliciformes, leses observadas no grupo OVA nos dois

    protocolos utilizados, diferente dos grupos Basais, onde essas

    estruturas mantiveram-se sem alterao . Nas lminas

    coradas por PAS a reao positiva para o corante ocorre

    quando observado em bonina a presena de glicognio ou

  • ANLISE COMPARATIVA DOS PARMETROS ENVOLVIDOS EM MODELOS EXPERIMENTAIS DE ASMA ALRGICA

    44

    polissacardeos neutros (contendo grupos 1,2 glicol) e mucina

    (glicoprotena, principal constituinte do muco).

    O Tricmio de Gomori (TG) tem a finalidade de

    identificar fibras musculares alm da expanso da matriz

    extracelular, onde as fibras musculares se coram de vermelho

    e fibras que compem a matriz extracelular em verde. Uma

    das principais protenas que compem a matriz estracelular

    o colgeno o qual esta intimiamente relacionado ao processo

    de remodelamento tecidual ou fibrose.

    No protocolo de 23 dias, pode-se observar, tanto

    visualmente, representado na fig. (2), quanto estatisticamente,

    atravs do score inflamatrio, que houve migrao significativa

    de clulas inflamatrias para o espao peribronquiolovascular

    nos animais do grupo OVA em relao ao do grupo Basal (4,5

    0,289 vs 1) observados em HE, e ainda uma hiperproduo

    de muco pelas clulas caliciformes (1,5 0,289 vs 0)

    observadas em PAS. Todavia, no houve expanso

    significativa da matriz extracelular, no espao

    peribronquiolovascular, entre os grupos.

    No protocolo de 35 dias, observa-se tanto na fig. (2)

    representativa quanto pela analise estatstica no score, que

    houve migrao significativa de clulas inflamatrias para o

    espao peribronquiolovascular no grupo OVA em relao ao

    Basal (6,75 0,25 vs 1) observados em HE, hiperproduo de

    muco pelas clulas caliciformes (2,5 0,289 vs 0,5 0,289)

    observadas em PAS, alm de expanso da matriz extracelular

    no espao peribroquiolovascular, promovendo remodelamento

    tecidual (1,75 0,25 vs 0). Na anlise estatstica entre os dois

    protocolos, observado entre os grupos OVA um aumento do

    processo inflamatrio tecidual com migrao celular para o

    espao peribronquiolovascular e expanso da matriz com

  • ANLISE COMPARATIVA DOS PARMETROS ENVOLVIDOS EM MODELOS EXPERIMENTAIS DE ASMA ALRGICA

    45

    consequente remodelamento tecidual no de 35 dias em

    comparao ao de 23 dias (p 0,001).

    Figura 2 - Efeito do desafio com Ovalbumina no processo histopatologico pulmonar em modelos experimentais de asma alrgica.

  • ANLISE COMPARATIVA DOS PARMETROS ENVOLVIDOS EM MODELOS EXPERIMENTAIS DE ASMA ALRGICA

    46

    Fonte: Pesquisa direta. 2017

    Com o objetivo de comprovar no parnquima pulmonar

    a migrao de clulas inflamatrias mensuradas no BALF,

    utilizou-se a colorao de HE. A qual permitiu observar a

    presena de leuccitos para o espao peribronquiolovascular

    em ambos os grupos sensibilizados e desafiados com o

    alergeno Ovalbumina. Ainda, a exposio prolongada ao

    alrgeno, no protocolo de 35 dias, foi capaz de promover uma

    maior migrao para o sitio inflamatrio, quando comparado

    ao protocolo de 23 dias. Esse resultado comprova que o

    tempo de exposio ao agente causador do processo

    inflamatrio est diretamente relacionado a ativao da

    resposta Th2 e consequentemente migrao de granulcitos,

    responsveis pela manuteno e cronicidade do processo

    inflamatrio asmtico.

    Afim de avaliar o processo de hiperoduo de muco,

    hiperplasia e hipertrofia das clulas caliciformes caracterstico

    na asma, a colorao de PAS foi utilizada. Com isso, foi

    evidenciado um aumento destes parmetros nos grupos OVA

  • ANLISE COMPARATIVA DOS PARMETROS ENVOLVIDOS EM MODELOS EXPERIMENTAIS DE ASMA ALRGICA

    47

    de ambos os protocolos, quando comparados aos respectivos

    grupos basais. No entanto, o tempo de exposio ao alrgeno

    no infere em uma maior produo de muco quando

    comparou-se os protocolos.

    A expanso da matriz, gerando seu remodelamento, o

    principal parmetro de cronicidade do processo inflamatrio

    crnico da asma (MCMILLAN; XANTHOU; LLOYD, 2005),

    sendo este observado no protocolo de 35 dias. No protocolo

    de 23 dias no foi observado a presena de remodelamento

    tecidual, classificando-o como protocolo agudo de inflamao

    pulmonar asmtica, onde os parmetros inflamatrios

    mantenedores de toda a inflamao foi mensurado, exceto a

    fibrose.

    Como demonstra a figura (3), a no exposio ao

    alergeno dos grupos Basais em ambos os protocolos

    analisados neste estudo, no produziu a imunoglobulina

    alrgeno especfica (IgE- OVA especfica), no estando

    presentes na fig. (3). Todavia, a sensibilizao efetiva com

    OVA promoveu a produo de IgE OVA especfica nos

    grupos OVA, no protocolo de 23 dias (3822 274) e no

    protocolo de 35 dias (3947 149).

    A Imunoglobulina E (IgE) classificada como o

    marcador biolgico do fentipo da asma alrgica mediada pela

    resposta imune tipo 2 (DOHERTY et al., 2013; GOULD;

    SUTTON, 2008; XU et al., 2016).

  • ANLISE COMPARATIVA DOS PARMETROS ENVOLVIDOS EM MODELOS EXPERIMENTAIS DE ASMA ALRGICA

    48

    Figura 1 - Efeito do desafio com Ovalbumina sobre o ttulo de IgE-OVA especfica em modelos experimentais de asma alrgica.

    Fonte: Pesquisa direta. 2017

    A produo de IgE realizada pelos linfcitos B em

    decorrncia da ativao via interao com os linfcitos T e

    suas citocinas IL- 4 e/ou IL-13 (AKDIS; AKDIS, 2012; GALLI;

    TSAI, 2012; GOUR; WILLS-KARP, 2015; WYNN, 2015). A

    funo essencial da IgE mediar as reaes de

    hipersensibilidade imediata tipo 1. A ligao cruzada

    (alrgenoIgEreceptor FcRI) em mastcitos, leva sua

    desgranulao e liberao de mediadores inflamatrios locais,

    responsveis pela resposta aguda na asma ige(HOFMANN;

    ABRAHAM, 2010; KAGEYAMA-YAHARA et al., 2008; STONE;

    PRUSSIN; METCALFE, 2010). A IgE participa dos

    mecanismos de sobrevivncia, proliferao, migrao e

    ativao de mastcitos, os quais produzem uma variedade de

    citocinas e quimiocinas envolvidas na imunomodulao das

    afeces alrgicas (KASHIWAKURA; OTANI; KAWAKAMI,

    2011; PALOMARES et al., 2017).

  • ANLISE COMPARATIVA DOS PARMETROS ENVOLVIDOS EM MODELOS EXPERIMENTAIS DE ASMA ALRGICA

    49

    Nesse estudo demonstramos que em ambos os

    protocolos utilizados, os grupos basais, por no serem

    sensibilizados com o OVA, no apresentaram a IgE OVA-

    especfica srica. Entretanto, a sensibilizao com o alrgeno

    OVA foi capaz de induzir a produo de IgE- OVA especfica

    em ambos os grupos OVA. Demonstrando eficcia no

    processo de senbilizao em ambos os procotocolos

    avaliados. Adicionalmente, a produo da IgE independe do

    tempo de exposio local da OVA.

    4 CONCLUSES

    Esse estudo comprovou a efetividade do processo de

    sensibilizao e desafio com o alrgeno Ovalbumina nos

    protocolos experimentais de asma alrgica aguda e crnica.

    Entretanto, o tempo de exposio ao alrgeno essencial

    para a cronicidade do processo inflamatrio, promovendo uma

    piora no quadro clinico asmtico.

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    CAPTULO 3

    ARGILOMINERAIS COMO EXCIPIENTE FARMACUTICO

    Maria Luiza Carneiro Moura Gonalves Rego BARROS1

    Marconi Rego Barros JNIOR Jos Lamartine Soares SOBRINHO

    1 Doutorando em Inovao Teraputica, Universidade Federal de Pernambuco; 2 Orientador/Professor do Departamento de Cincias Farmacuticas da Universidade Federal

    de Pernambuco. [email protected]

    RESUMO: Ao longo dos anos a comunidade cientfica e industrial tem-se voltado ateno para inovaes tecnolgicas em busca de novos materiais que possuam inmeras aplicaes. No campo farmacutico os argilominerais so uma inovao tecnolgica com excelentes propriedades, dentre as quais se destacam a estabilidade trmica, propriedades granulomtricas e reolgicas, principalmente a de adsoro. Nesta reviso encontram-se informaes bibliogrficas sobre o uso de argilominerais como excipiente farmacutico, visando uma atualizao sobre estes materiais e sua potencial utilizao no mbito farmacutico. importante frisar a sua utilizao como excipiente farmacutico, a fim de incentivar o uso de matrias primas do Nordeste, bem como contribuir para o desenvolvimento scio-econmico desta regio. Palavras-chave: Argilominerais. Excipiente farmacutico.

    Filossilicatos. Liberao de frmacos.

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    1 INTRODUO

    Com a evoluo das pesquisas em busca de novos

    materiais, o campo da cincia de materiais e qumica ficou

    responsvel pelo aparecimento de novos compostos como

    ligas metlicas, polmeros, cermicas e materiais hbridos

    inorgnicos-orgnicos. A partir deste novo sculo essa ltima

    classe de materiais tem sido foco de relevantes pesquisas,

    pois as suas propriedades e aplicaes tecnolgicas

    permeiam diversas reas da indstria, cincia e tecnologia

    (YANG, 2003).

    Novos materiais baseados em argilas tais como

    silicatos, tm atrado grande ateno, pois so abundantes, de

    baixo custo, ambientalmente compatveis e com potencial

    ilimitado, reunindo importantes propriedades como: elevada

    rea superficial e porosidade, stios ativos e atraentes para o

    processo de adsoro (CAGLAR, 2012), excelente

    estabilidade trmica e estrutural, (YANG, et al, 2012),

    capacidade de troca inica e toxicidade baixa ou nula (CHOI,

    et al, 2011, HITZKY, et al., 2010; WANG E O'HARE, 2012;

    PARK, et al., 2013; PARK et al., 2015).

    Alm disso, estes materiais vm demonstrando

    numerosas aplicaes em diversificadas reas de pesquisa,

    principalmente como sorventes potenciais na remoo de

    vrios poluentes especficos para a tecnologia do tratamento

    de gua e efluentes (LEE, et al, 2012), agentes de controle

    reolgico e ainda usados na liberao de frmacos

    (SUCHITHRA, et al, 2012, DAWSON E OREFFO, 2013; YU, et

    al., 2013; BI, et al., 2014; CHOI, et al., 2014; KIM, et al., 2015).

    A classe mineral dos silicatos a de maior importncia,

    superando qualquer outra, pois cerca de 25% dos minerais

    conhecidos e quase 40% dos minerais comuns so silicatos,

  • ARGILOMINERAIS COMO EXCIPIENTE FARMACUTICO

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    ocupando uma posio de destaque nos assuntos

    relacionados Qumica Inorgnica, no s do ponto de vista

    estrutural, como tambm no estudo de propriedades,

    principalmente no que tange insero de molculas no

    interior do espao interlamelar e consequentes modificaes

    qumicas, alm de vrias aplicaes (AIROLDI, 2008).

    De acordo com o International Pharmaceutical

    Excipient Councils IPEC, excipiente qualquer substncia,

    diferente do frmaco ou do pr-frmaco, que tem sua

    segurana avaliada e, pode ser includa na forma farmacutica

    com as seguintes intenes: possibilitar a preparao do

    medicamento; permitir a administrao de doses exatas;

    fornecer estabilidade qumica, fsica e microbiolgica ao

    frmaco; melhorar a disponibilidade biolgica do frmaco; e

    melhorar as propriedades organolpticas dos frmacos e

    preparaes (PESSANHA et al., 2012). O excipiente precisa

    garantir a aceitabilidade do paciente; e melhorar ou promover

    qualquer outro relacionado segurana e efetividade do

    medicamento (VILLANOVA, et. al., 2012).

    Neste sentido, o objetivo principal do presente trabalho foi

    um levantamento bibliogrfico sobre o uso de argilominerais

    como excipiente farmacutico.

    2 MATERIAIS E MTODO

    Este estudo consistiu em uma reviso de literatura, cujo

    levantamento bibliogrfico foi realizado mediante a busca

    eletrnica de artigos indexados em bases de dados como os

    sites da Scientific Electronic Library Online (Scielo), Biblioteca

    Virtual em Sade (Bireme) e Science Direct. Por meio de

    consulta aos Descritores em Cincias da Sade (DeCS), foi

    possvel identificar aos seguintes descritores concernentes ao

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    tema: argilominerais e excipiente farmacutico, nos quais foi

    baseada esta pesquisa, de modo a possibilitar uma busca

    mais direcionada aos artigos cientficos de interesse.

    A pesquisa considerou os seguintes critrios de incluso:

    1) Perodo de publicao - artigos publicados entre os anos de

    2010 a 2017, com exceo para os clssicos, os quais foram

    publicados anteriormente a este perodo; 2) Idiomas artigos

    em portugus, ingls e espanhol; 3) Artigos relacionados ao

    tema proposto, com utilizao dos descritores citados acima.

    Aps a identificao dos artigos, os resumos dos mesmos

    foram lidos previamente, para identificar as ideias

    apresentadas pelos autores, de forma a verificar se poderiam

    contribuir com os objetivos desta pesquisa. Selecionados os

    artigos de interesse, foram impressos e iniciou-se um processo

    de anlise e sntese por meio de uma leitura exploratria, com

    a finalidade de abarcar um significado mais amplo dos

    conceitos envolvidos, para favorecer posteriormente uma

    elaborao textual consistente e adequada acerca do tema

    proposto.

    3 RESULTADOS E DISCUSSO

    Argilas so materiais terrosos, de granulao fina,

    formadas quimicamente por silicatos hidratados de alumnio,

    ferro e magnsio. So constitudas por partculas cristalinas

    extremamente pequenas, de um nmero restrito de minerais

    conhecidos como argilominerais, podendo conter ainda

    matria orgnica, sais solveis, partculas de quartzo, pirita,

    calcita, outros minerais residuais e minerais amorfos (VIEIRA

    et al., 2003, BRIGATTI, et al., 2013, GUGGENHEIM E

    KREKELER, 2011; OUELLET-PLAMONDON, et al., 2015).

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    Segundo Nunes (2003), os egpcios acreditavam que a

    argila nada mais era que barro, alm de ser um dos melhores

    remdios que existia na natureza. Porm, sugere-se que foi

    Popea, mulher de Nero, que desenvolveu a mscara facial

    para conservar a delicadeza da pele contra o sol e as

    agresses dirias (ZAGUE, et al., 2007). Acredita-se que a

    argila um dos materiais mais antigos utilizados pelo homem

    (VISERAS, 2004).

    Aproximadamente 30 minerais, dos 4500 conhecidos,

    so utilizados nas indstrias farmacutica e cosmtica, seja

    como princpios ativos ou excipientes (CARRETERO; POZO,

    2010).

    As argilas podem ser de origem natural ou sintetizadas

    em laboratrio com rota simples e de baixo custo (BOTAN et

    al. 2011). Elas so usadas em diversas aplicaes

    tecnolgicas, tais como: modificao de eletrodos para

    biosensores, imobilizao de enzimas, imobilizao de

    catalisadores, remoo de biomolculas indesejveis em

    extratos, nanocompositos argila/polmero, imobilizao de

    frmacos, adsoro de compostos orgnicos txicos,

    promotores de adeso e agente hidrofbico em tintas, agente

    de reticulao em resinas, revestimentos hbridos funcionais

    em cimentos de uso odontolgico, sistemas de liberao de

    frmacos, obteno de slica e filmes finos de alta pureza

    (BERGAYA AND LAGALY, 2013; PARK, et. al., 2015).

    O conceito tradicional de excipiente farmacutico

    postula-os como substncias incuas inseridas em uma

    formulao para facilitar a administrao e preservao dos

    frmacos em formas farmacuticas. A qualidade destes

    excipientes est intimamente ligada a qualidade do

    medicamento em si, como era de se esperar. Embora a

    quantidade de frmaco em uma formulao seja pequena,

  • ARGILOMINERAIS COMO EXCIPIENTE FARMACUTICO

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    principalmente em formulaes lquidas diversas, pouca

    ateno era dada aos excipientes com agentes funcionais. Os

    modernos excipientes farmacuticos conseguem modular a

    liberao do frmaco de sua forma farmacutica em termos de

    dissoluo e, portanto no podem ser considerados inertes

    (PESSANHA, et. al., 2012).

    A utilizao de argilas como excipientes j um fato no

    campo cientfico. Os argilominerais apresentam aplicao no

    campo farmacutico como matrizes, quando intercaladas com

    drogas de interesse farmacutico, resultando em uma forma

    alternativa de administrao de drogas. Uma vez encapsulada,

    a droga pode ser liberada com diferente velocidade

    dependendo do pH da soluo. A liberao de frmacos de

    forma controlada e em alvos especficos do organismo tem

    tido um crescente interesse.

    importante lembrar que toda formulao deve garantir

    a segurana do paciente, por tanto se faz necesserrio estudo

    de toxicidade destes materiais. Sendo a maioria dos testes de

    toxicidade de argilominerais realizada in vitro usando culturas

    de clulas de mamferos ou plantas. As propriedades fsico-

    qumicas dos argilominerais deve ser bem definida e

    caracterizada, pois estudos apontam que a sua toxicidade,

    citotoxicidade e mutagenicidade podem estar fortemente

    dependentes da sua composio qumica, tamanho de

    partcula, rea de superfcie, carga de superfcie, estrutura

    cristalina e a estabilidade estrutural (YU, et. al., 2010; CHOI,

    CHOY, 2011).

    Com isso, os argilominerais precisam ser

    caracterizados para verificar se podem ser utilizados como

    excipientes farmacuticos devido as suas diversas

    propriedades. Eles podem ser caracterizados por vrios

    mtodos, sendo os principais a difratometria de raios-X (XRD),

  • ARGILOMINERAIS COMO EXCIPIENTE FARMACUTICO

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    espectrometria de absoro atmica (AAS), infravermelho

    (FTIR) e UV-Visvel, anlise trmica (TGA/DTG e DSC),

    ressonncia magntica nuclear (RMN) e microscopia

    eletrnico de transmisso (TEM), medidas de rea superficial

    e volume de poros.

    Cunha e colaboradores (2010) fizeram um

    levantamento de 55 artigos relacionados intercalao de

    frmacos na matriz do HDL, onde relataram a composio do

    HDL, os frmacos intercaldos e as caracterizaes realizadas.

    Em uma anlise mais refinada destas informaes, pde-se

    extrair em percentual, as tcnicas mais utilizadas para

    caracterizao de HDL. Foram encontradas 23 tcnicas

    diferentes de caracterizao nestes 55 artigos, dentre elas, a

    difrao de raios-X ficou em evidncia, presente em 96,3%

    dos artigos, acompanhada de Infravermelho e Anlise qumica

    dos elementos CHN/CHNS com 61,1% e e 40,7%

    respectivamente. Outras anlises que tambm detiveram um

    bom percentual de aplicabilidade na caracterizao dos HDL

    foram Termogravimetria (24,1%), Microscopia Eletrnica de

    Transmisso (24,1%), TG-DTA (22,2%), Microscopia

    Eletrnica de Varredura (18,5%) e Espectroscopia de Emisso

    Atmica (18,5%). Estas sete anlises foram as que mais

    contriburam para a caracterizao dos HDL`s nos artigos

    pesquisados. Embora no contemplada como uma das

    principais caracterizaes nos artigos citados por Cunha e

    colaboradores (2010), a anlise de determinao de rea

    superficial e de distribuio de tamanho de poros desponta

    como uma das mais importantes tcnicas para analise destes

    materiais, principalmente, quando o objetivo final seja a

    intercalao de outras substncias.

    Jitianu e colaboradores (2013) fizeram

    anlise de superfcie do NiAl-HDL utilizando o mtodo

  • ARGILOMINERAIS COMO EXCIPIENTE FARMACUTICO

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    BrunauerEmmetTeller (BET) e anlise de tamanho de poros

    utilizando o mtodo de adsoro dos gases Nitrognio/Hlio

    utilizando o mtodo Barrett, Joyner & Halenda (BJH). Neste

    sentido eles puderam comprovar que havia diferena na rea

    superficial e tamanho de poros quando a sntese era realizada

    com razes molares diferentes

    Ladewig e colaboradores (2010) utilizaram a difrao de

    raios-x para tentar comprovar a intercalao de DNA nas

    lamelas do HDL Mg2Al(OH)6NO3. Evidenciou-se que houve um

    alargamento da distncia interlamelar do MgAl-HDL, que

    passou de 7,8 A para 23 A aps a intercalao, sendo um

    forte indcio de insero do material gentico.

    Shafiei e colaboradores (2010), utilizaram a difrao de

    raios-x para analisar CaAl-HDL obtido por co-precipitao e

    submetido a diferentes tempos de tratamento