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Governança Corporativa e Controles Internos
na Saúde Suplementar
Leandro Fonseca
Diretor Adjunto de Normas e Habilitação de Operadoras - DIOPE
Operação de Planos de Saúde
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Operadoras
Prestadores (Hosp./méd./SADT)
Consumidor/Beneficiário
ANS
Produtores (Equipamentos e Medicamentos)
Demanda por acesso aos serviços médicos
Setor com vários agentes
Regulação:
cobertura,
acesso,
precificação
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• Cobertura: amplitude, rede, abrangência, carências e segmentações
(ambulatorial, hospitalar c/ ou s/ obstetrícia, odontológica)
• Contratação: individual, coletivo ou coletivo por adesão
• Proibições de:
– Recontagem de carências
– Rescisão unilateral
– Exclusão de coberturas a DLP após 24 M
Parâmetros legais para definição dos produtos
Principais Parâmetros para a Regulação Setorial
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• Legislação limita a possibilidade de precificação perfeitamente ajustada
ao risco, visando garantir o acesso/cobertura de pessoas de alto risco
• Regime mutualista com solidariedade intergeracional
– Prêmio varia apenas por faixa etária
– Dentro do grupo etário → saudáveis subsidiam menos saudáveis
– Entre grupos etários → jovens subsidiam idosos
Precificação não-perfeitamente ajustada ao risco
Principais Parâmetros para a Regulação Setorial
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• Constituição de reservas técnicas e ativos garantidores
• Poder/dever de intervenção
– Direção Técnica
– Direção Fiscal
– Alienação compulsória de carteira
– Liquidação extrajudicial
Regras de garantias e de intervenção
Principais Parâmetros para a Regulação Setorial
Principais Parâmetros para a Regulação Setorial
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• Semelhanças:
– Captação de recursos das famílias e empresas e administração destes
recursos em regime mutualista
– Necessidade de provisões e gestão de risco para honrar coberturas
contratadas de sinistros
• Diferenças:
– Probabilidade maior de sinistros
– Sem limite financeiro
– Cobertura variável e incorporação de novas tecnologias em saúde
Peculiaridades em relação a outros tipos de seguro
Operação de Planos - Competências
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Competências em diferentes dimensões
Subscrição
Determinação de riscos e prêmios aceitáveis
Comercialização
Força de vendas (própria ou terceirizada)
Serviços de saúde
Prestados direta ou indiretamente (rede própria, credenciada ou referenciada)
Gestão
(de risco; financeira; comercial;
operacional; assistencial; da rede; de custos; de acesso; de
comunicação; da saúde dos
beneficiários)
Governança Corporativa
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• IBGC: Sistema pelo qual as organizações são dirigidas, monitoradas e
incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre os proprietários,
Conselho de Administração, Diretoria e órgãos de controle
• As boas práticas de governança convertem princípios em recomendações
objetivas, alinhando interesses com o intuito de maximizar o valor gerado
pela organização, contribuindo para sua longevidade
Definição
Governança Corporativa
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• Transparência
– Disponibilização de informações às partes interessadas
– Boa comunicação gera clima de confiança
Princípios das boas práticas de governança
• Equidade
– Respeito ao direito de todas as partes interessadas (i.e., minoritários,
colaboradores, clientes, fornecedores)
• Prestação de contas (accountability)
– Responsabilidade pelos atos praticados no exercício dos mandatos
• Responsabilidade corporativa
– Busca pela perenidade das organizações incorporando considerações de
ordem social e ambiental de longo prazo na definição dos negócios e da
operação
Governança Corporativa
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Controles Internos
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• Definição: conjunto de políticas e procedimentos que são desenvolvidos e
operacionalizados para garantir razoável confiança a ser depositada nas
demonstrações financeiras e nos seus processos correlatos
• Assegura a realização dos objetivos da organização
–Sistema dedicado ao monitoramento do cumprimento dos processos
operacionais e financeiros e os riscos de não-conformidade
–Apuração da eficácia e da eficiência das operações
–Confiabilidade nos relatórios
–Cumprimento de leis e regulamentos aplicáveis
Boa governança depende de controles internos eficazes e eficientes
Controles Internos
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• Para a Operação:
– Segregação de funções, com processos de trabalho mais claros e bem
definidos
– Mitigação dos riscos operacionais
Benefícios à organização de boa estrutura de controles internos
• Para a Gestão:
– Base informacional para indicadores de desempenho
– Processos de trabalho mais transparentes e alinhados com a estratégia da
organização
– Processo contínuo de melhora
• Para o processo decisório executivo
– Decisões mais rápidas com base em informações confiáveis
– Definição clara das responsabilidades
Regulação e Boa Governança
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• Regras de Garantias Financeiras
– Gestão prudencial dos recursos
– Controle do ciclo operacional
• Regras de Garantias Assistenciais
– Controle os processos de trabalho
– Gestão do serviço prestado
Regulação como indutora de boas práticas de governança
Regulação Econômica
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Objetivos principais: mitigar o risco de insolvência e promover a
sustentabilidade da assistência médica
Risco de
Insolvência
Sobrecarga do
Sistema Público
Risco Sistêmico
Hospitais/Laboratórios
Concentração
Necessidade de Defesa da Concorrência
Beneficiário
Risco de ficar sem assistência
Regulação de Garantias Financeiras
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Garantias Financeiras: - Proporcionais aos riscos assumidos; - Exigência de forma parcelada para operadoras que já atuavam no setor; - Possibilidade de aprovação de cálculo próprio
Ativos Garantidores: - Parâmetros para aplicações em renda fixa, variável ou imóveis de acordo com critérios de liquidez e segurança; - Possibilidade de aplicação em fundos dedicados; - Ativos livres e desembaraçados de ônus ou gravames; - Dependem de autorização da ANS para movimentação (exceto PCR);
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Bens +
Direitos
Ativo
Obrigações
Capital +
Resultados Acumulados
Patrimônio
Passivo
PROVISÕES TÉCNICAS
ATIVOS GARANTIDORES
EFETIVAÇÃO FINANCEIRA
Vinculação dos Ativos Garantidores: Não afeta a propriedade dos ativos Efetividade e transparência do lastro financeiro Movimentação depende de autorização da ANS (exceto OPS no PCR)
Registro nos Demonstrativos Financeiros: Transparência e segurança
Recursos Próprios Mínimos
Regulação de Garantias Financeiras
Monitoramento Econômico
• Atividade essencialmente centrada na gestão de risco
• Gestão de risco: medidas preventivas a partir de dimensionamento
de perdas potenciais
• Gestão = Informação = Controle.
• Eficiência na gestão de risco requer controle internos baseados em
informações de qualidade e ações efetivas
• ANS exige informações financeiras de qualidade, promovendo e
incentivando medidas preventivas, e monitorando as medidas
corretivas
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Monitoramento Econômico
• Ferramentas:
– Plano de Contas
– Demonstrações Contábeis
– DIOPS XML
– Trabalhos de auditoria
– Visita Técnica
– Relatórios de custódia
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• Ações regulatórias:
– PLAEF
– TAOEF
– Direção Fiscal
– Cancelamento de Registro
– Liquidação Extrajudicial
Monitoramento Econômico
• Dinâmica do monitoramento:
– Priorização risco e relevância.
– Avaliação dos controles internos e da qualidade das informações.
– Análise financeira garantias financeiras e ativos garantidores, liquidez
e solvência.
– Análise econômica viabilidade operacional e administrativa.
– Desequilíbrios identificados devem ser tratados por alguma das ações
regulatórias.
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Monitoramento Econômico
• Drivers do monitoramento (RN316):
– Regular e correto envio do DIOPS e das demonstrações contábeis e
PPA
– Apontamentos no PPA e nas auditorias das demonstrações
– Regularidade das garantias financeiras (lastro das provisões técnicas e
vinculação dos ativos garantidores)
– Regularidade com as regras de Patrimônio Mínimo Ajustado (PMA) e
margem de solvência (MS)
– Desequilíbrios estruturais de liquidez corrente (CCL)
– Problemas de falta de pagamento a prestadores de serviços médicos
– Evasão significativa de beneficiários
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• Plano de Contas: – Ferramenta de controle e gestão econômico-financeira construção conjunta;
simplificação de contas; manualização.
– Novidades:
i) Regras para apropriação de despesas com rede própria
ii) Criação da Provisão de Prêmios Não Ganhos (PPNG)
iii) Intercâmbio eventual sem transitar pelo resultado
iv) SPED previsto para 2014
• Fim gradual dos ajustes econômicos para fins de PMA e MS: – Fim da ativação de obrigações legais, aquisição de carteiras e Promo/Prev
– Parcimônia na baixa dos ajustes prazo de 7 anos
– Consideração do impacto na capitalização do setor mais 5 anos para MS
– Promo/Prev incentivo mais adequado via redução da necessidade de MS
– GT de Solvência discussão para aperfeiçoamento do atual regime de solvência no setor
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Nova Fase da Regulação Econômica
Apuração adequada do passivo e da situação patrimonial
Principais Desafios e Oportunidades do ponto de vista econômico para o setor
• Precificação
• Demanda em expansão - Bônus e ônus demográfico
• Custos crescentes – Preço, frequência e incorporação de tecnologias
– Escala
• Relação com a cadeia produtiva – Prestadores
– Produtores de equipamentos, medicamentos e OPME
• Iniciativas do Congresso
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Agenda Regulatória 2013/2014
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•Sustentabilidade do setor NOVO
•Garantia de acesso e qualidade assistencial
•Relacionamento entre operadoras e prestadores NOVO
•Incentivo à concorrência
•Garantia de acesso à informação
•Integração da Saúde Suplementar com o SUS
•Governança Regulatória NOVO