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CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA GRACE VALENÇA MANYARI ATUALIZAÇÕES NA UTILIZAÇÃO DA VACINA MÚLTIPLA EM CÃES GAMA DF 2019

GRACE VALENÇA MANYARI - dspace.uniceplac.edu.br · A imunidade adquirida ainda pode ser classificada em ativa e passiva. Ambas são induzidas pela exposição a antígenos, porém

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CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA

GRACE VALENÇA MANYARI

ATUALIZAÇÕES NA UTILIZAÇÃO DA VACINA MÚLTIPLA EM CÃES

GAMA – DF

2019

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GRACE VALENÇA MANYARI

ATUALIZAÇÕES NA UTILIZAÇÃO DA VACINA MÚLTIPLA EM CÃES

Trabalho de Conclusão de Curso para avaliação no

componente curricular TCC II, Centro Universitário do

Planalto Central Aparecido dos Santos, na área de

Imunologia de Pequenos Animais

Orientadora: Profª Margareti Medeiros

GAMA – DF

2019

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GRACE VALENÇA MANYARI

ATUALIZAÇÕES NA UTILIZAÇÃO DA VACINA MÚLTIPLA EM CÃES

Trabalho de Conclusão de Curso para avaliação no componente curricular TCC II, Centro

Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos, na área de Imunologia, aprovado em

_____/______/______.

Banca examinadora:

Prof. MSc. Margareti Medeiros - UNICEPLAC

Orientador

Prof. MSc. Guilherme Kanciukaitis Tognoli – UNICEPLAC

Examinador

Prof. Dr. Marina Zimmermann

Examinador

GAMA – DF

2019

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente à Deus, que me deu o dom da vida e colocou em mim esse

desejo de ser médica veterinária desde criança. Aos meus pais Waleska e Eduardo Carlos que

me apoiaram e sempre me forneceram os melhores ensinamentos. Agradeço a Dra. Marina

Zimmermann por me inspirar, acreditar em mim, me ensinar tanto e me orientar na primeira

parte deste trabalho. A minha orientadora Margareti Medeiros que me ajudou muito durante a

elaboração do trabalho. A todos meus amigos e amigas meu muito obrigada, por torcerem e

vibrarem com a minha conquista. Um agradecimento especial a minha cadela Diny que me deu

forças e motivação nos momentos mais difíceis e reafirmou em mim o sonho de ser médica

veterinária.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Duração de anticorpos em resposta aos antígenos..............................................15

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LISTA DE GRÁFICO

Gráfico 1- Evolução da imunidade em filhotes caninos.........................................16

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Diretrizes da WSAVA para a vacinação canina ...................................................14

Quadro 2 – Duração da imunidade mínima estimada (DOI) dos antígenos de vacinas caninas

selecionadas, disponíveis comercialmente ...............................................................................18

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 9

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .................................................................................. 10

2.1 CLASSIFICAÇÃO DAS VACINAS..........................................................................10

2.2 IMUNIDADE ADQUIRIDA......................................................................................11

2.3 ANTICORPOS............................................................................................................12

2.4 PROTOCOLO ATUAL DE VACINAÇÃO...............................................................13

2.5 VACINAÇÃO DOS FILHOTES ................................................................................ 15

2.6 CRITÉRIOS DE VACINAÇÃO.................................................................................16

3. CONCLUSÃO ............................................................................................................. 18

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 19

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RESUMO

As últimas décadas trouxeram novos conhecimentos que possibilitaram a fabricação de vacinas

mais eficientes e diversificadas para animais de companhia. Obteve-se conhecimento de

possíveis reações adversas associadas à vacinação, como por exemplo fibrossarcomas

originados no local de aplicação da vacina em gatos e o aumento da ocorrência de doenças

autoimunes em cães. Os imunogênicos são divididos em essenciais (obrigatórios), não

essenciais (opcionais) e não recomendados. As vacinas essenciais para os cães são aquelas que

protegem contra o vírus da cinomose canina (CDV), o adenovírus canino (CAV) e os variantes

do parvovírus canino tipo 2 (CPV-2). O guideline é uma diretriz com sugestões cientificamente

comprovadas utilizadas no exercício da medicina veterinária. Este foi recentemente atualizado

de tais informações: “As vacinas essenciais não devem ser dadas mais frequentemente do que

a cada três anos após a injeção de reforço aos 6 ou 12 meses subsequente à série primaria dos

filhotes de cães/gatos. O ideal, portanto, é que o protocolo vacinal passe a ser uma conduta

realizada sob medida para cada paciente, tendo em vista sua raça, idade, local onde vive, estilo

de vida e histórico de saúde.

Palavras chave: imunogênicos; guideline; atualização.

Abstract: The last decades have brought new insights that have made possible the production

of more efficient and diversified vaccines for pets. Possible adverse reactions associated with

vaccination, such as fibrosarcomas originating from the vaccine application site in cats and the

increased occurrence of autoimmune diseases in dogs, have been reported. Immunogens are

divided into essential (mandatory), non-essential (optional) and not recommended. Essential

vaccinations for dogs are those that protect against canine distemper virus (CDV), canine

adenovirus (CAV) and variants of canine parvovirus type 2 (CPV-2). The guideline is a

guideline with scientifically proven suggestions used in the practice of veterinary medicine.

This has recently been updated from such information: "Essential vaccines should not be given

more often than every three years after booster injection at 6 or 12 months following the primary

series of puppies from dogs / cats. . The ideal, therefore, is that the vaccination protocol

becomes a tailor-made procedure for each patient, considering their race, age, place of living,

lifestyle and health history.

Key words: immunogenic; guideline; booster.

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1. INTRODUÇÃO

A vacinação é o método mais eficaz e com o maior custo benefício para o controle das

doenças infecciosas, já tendo conquistado a eliminação da varíola, peste suína clássica e da

brucelose em diversos países. É uma tecnologia que segue avançando através do uso das

técnicas moleculares modernas, maior compreensão sobre a imunização e das vias de

otimização das respostas imunológicas (TIZARD, 2010).

As últimas décadas trouxeram novos conhecimentos que possibilitaram a fabricação de

vacinas mais eficientes e diversificadas para animais de companhia (SCHULTZ et al.,2002).

Os reforços vacinais anuais tornaram-se um dos procedimentos mais corriqueiros na rotina do

clínico de pequenos animais. Atualmente são aplicados vários imunogênicos em pacientes

caninos independentemente de seu histórico ou estilo de vida (HORZINEK, 2006).

A partir de 1990, obteve-se conhecimento de possíveis reações adversas possivelmente

associadas à vacinação, como por exemplo fibrossarcomas originados no local de aplicação da

vacina em gatos (HENDRICK e GOLDSCHMIDT, 1991) e o aumento da ocorrência de

doenças autoimunes em cães (DUVAL e GIGER, 1996). Desde então foi observada a

necessidade de pesquisar diferentes abordagens para a elaboração do protocolo vacinal de

animais de estimação a fim de instituir um protocolo vacinal eficiente e seguro (SMITH, 1995).

No intuito de melhorar a eficiência das vacinas e garantir a segurança do processo vários

estudos vêm sendo realizados ao longo dos anos. Diretrizes internacionais orientam os

profissionais nesse sentido. O guideline é uma diretriz com especificações cientificamente

comprovadas utilizadas no exercício da medicina veterinária. Essas diretrizes foram

recentemente atualizadas e tratam da revisão de protocolos vacinais tradicionais: “As vacinas

essenciais não devem ser dadas mais frequentemente do que a cada três anos após a injeção de

reforço aos 6 ou 12 meses subsequente à série primaria dos filhotes de cães/gatos, pois a duração

da imunidade é de vários anos, podendo durar até o fim da vida do animal de estimação” (DAY

et al., 2016). Com o passar do tempo e da confirmação de reações adversas em alguns animais

começou a ser feita a reavaliação desse protocolo e consequentemente pesquisas para conhecer

a duração da imunidade adquirida através da vacina.

Sabe-se da necessidade da maior eficácia na vacinação de pequenos animais a fim de

subsidiar o estabelecimento de políticas públicas direcionadas a saúde animal e, em alguns

casos, a humana. Além disso, a redução dos custos é uma importante prerrogativa neste tema.

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Tendo em vista tais considerações, percebe-se a necessidade de ajustes na indicação de

vacinas em pequenos animais. No presente estudo, objetiva-se, portanto, discutir a real

necessidade de vacinações e seus impactos na saúde animal.

1. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1Classificação das vacinas

As vacinas são divididas em essenciais (obrigatórias), não essenciais (opcionais) e não

recomendadas (ETTINGER e FELDMAN, 2005), sendo classificadas conforme sua eficácia,

duração e a severidade da doença (DAY et al., 2016). Foram definidas como vacinas essenciais

aquelas que todos os cães e gatos, independentemente das circunstâncias ou localização

geográfica, devem receber.

As vacinas essenciais para os cães são aquelas produzidas para imunizar animais contra

o vírus da cinomose canina (CDV), o adenovírus canino (CAV) e os variantes do parvovírus

canino tipo 2 (CPV-2). Doenças de grande importância devido à alta taxa de morbidade e

mortalidade. (DAY et al., 2016)

A parvovirose é uma doença infecto contagiosa causada pelo parvovirus canino, causam

uma infecção que pode levar a dois tipos de apresentações clinicas distintas: uma forma

intestinal, a principal em cães com mais de 6 semanas de idade; e uma forma cardíaca que

acomete cães mais jovens (JONES et al., 2000).

A cinomose canina é uma doença viral altamente contagiosa e multissistêmica causada

pelo vírus que acomete principalmente os cães jovens. Sua transmissão ocorre por contato

direto, através de aerossóis ou alimentos e objetos contaminados. Pode afetar o sistema

respiratório, gastrointestinal e nervoso central (NORRIS et al., 2006).

A hepatite infecciosa canina é uma moléstia contagiosa causada pelo adenovírus canino.

Afetando mais frequentemente cães jovens, tem como sinais clínicos mais comuns apatia,

linfoadenomegalia, febre, vomito, diarreia sanguinolenta, pneumonia, alterações neurológicas

e oculares. (CRIVELLENTI et al., 2015)

As vacinas não essenciais são as que o uso é determinado com base nos riscos da

localização em que o animal vive, do seu estilo de vida e em uma avaliação da relação risco-

benefício (por exemplo, vacinas que não são muito eficientes e o tratamento da doença é eficaz

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e de bom prognóstico). A vacina contra tosse dos canis, por exemplo, é considerada não

essencial. Pode ser aconselhável para cães que vivem ou que frequentam ambientes com alta

densidade canina. Tem eficácia moderada, tendo em vista que existem outros microrganismos

causadores da doença fora os que estão na vacina e protege por no máximo um ano. Também

deve ser levado em consideração que esta doença tem tratamento efetivo e um bom prognóstico

(DAY et al., 2010).

As vacinas não recomendadas são aquelas para as quais não há uma base de evidências

científica suficiente para comprovar sua eficácia. As vacinas contra giardíase e contra

dermatofitose (micose) são consideradas não-recomendadas. Essas doenças geralmente são

brandas e têm tratamento eficaz. Além disso, trabalhos científicos independentes mostraram

que as vacinas contra giardíase e dermatofitose não são eficientes e protegem os cães por 1 ano

no máximo (DAY et al., 2010).

2.2 Imunidade adquirida

A função do sistema imune adquirido é de defender o organismo contra microrganismos

invasores, que devem ser reconhecidos assim que invadem o corpo, podendo responder a um

grande número de estruturas moleculares (ABBAS et al., 2015).

A imunidade adquirida ou adaptativa não se encontra presente desde o nascimento, é

ativada conforme o contato com agentes infecciosos. À medida que o sistema imunológico se

depara com antígenos, o organismo desenvolve a melhor forma de atacá-los e começam a

organizar uma memória para cada um deles, é a resposta imune da célula. (ABBAS et al., 2015).

A imunidade adquirida ainda pode ser classificada em ativa e passiva. Ambas são

induzidas pela exposição a antígenos, porém a passiva utiliza anticorpos pré-formados, podendo

ser passada de mãe para filho ou através de soro, produzidos em um animal doador. Propicia

proteção imediata, porém de curta duração (TIZARD, 2009).

E a imunização ativa ocorre através da vacinação: administração de antígenos em um

organismo (ABBAS, 2015). Produz uma imunidade de desenvolvimento lento, a proteção não

é conferida imediatamente, mas após estabelecida possui uma longa durabilidade. Caso ocorra

uma nova exposição à infecção do mesmo animal ocorrerá uma resposta imunológica

secundária e uma melhora acentuada na imunidade (TIZARD, 2009).

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A vacinação de um indivíduo através da inoculação de antígenos atenuados ou

inativados tem como objetivo induzir a resposta adaptativa: a formação de células de memória,

e a produção de anticorpos. Isso induz a produção de títulos protetores de anticorpos em sua

corrente sanguínea (TIZARD e SCHUBOT, 2009). A imunidade adaptativa vai ajudar no

combate das doenças através dos anticorpos que se encontram na circulação sanguínea e vão

agir contra o tipo de antígeno que estimulou sua produção. Os anticorpos são produzidos por

plasmócitos e fazem parte da chamada resposta humoral (ABBAS et al., 2015).

2.3 Anticorpos

Os anticorpos IgG estão presentes em grandes concentrações no sangue, são conhecidos

como anticorpos de memória. Sua presença significa que o animal foi exposto ao antígeno, por

meio de vacina ou de infecção natural. A formação desses anticorpos a partir da vacina de vírus

vivo modificado vai atuar como defesa contra as doenças por pelo menos três anos, há também

os anticorpos IgM que são indicativos de uma infecção ativa (TIZARD, 2010).

Existem exceções para esse fenômeno, para as doenças causadas por bactérias ou

protozoários os anticorpos vacinais protegem os cães durante seis meses a um ano. Sendo assim

cães que estão susceptíveis a essas doenças devem receber reforços anuais (WOLF, 2010). Há

casos também em que o agente vacinal não induz produção de células de longa memória

tornando a revacinação necessária para sua imunização. Isso pode ser observado nas vacinas de

leptospirose tendo em vista que se trata de um antígeno bacteriano. Porém essa vacina, e outras

com situações semelhantes, podem ser aplicadas separadamente das múltiplas. Fora a isso, o

tipo de vida e exposição do animal deve ser observado já que nem todos precisam receber essa

vacina (CARON et al., 2016).

Os anticorpos IgG são utilizados para avaliar os níveis de proteção sérica específica

contra um determinado patógeno. É possível quantificar a presença de anticorpos IgG por meio

do exame de titulação de anticorpos (TIZARD e SCHUBOT, 2009). Esse exame é de grande

valia para saber se a vacinação está sendo efetiva ou se está no momento da revacinação, ou

seja, com anticorpos insuficientes para a proteção.

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2.4 Reações adversas

Reações adversas são efeitos colaterais indesejáveis associados a administração de um

produto licenciado, na utilização de qualquer vacina haverá risco de tais. Apatia, aumento de

temperatura, dor no local de aplicação e inapetência são os mais comuns, mas também podem

ocorrer patologias mais serias como reações de hipersensibilidade do tipo I, II, III, IV (TIZARD

e SCHUBOT, 2009), dermatopatias (BENITES e MELVILLE, 2004), prurido (MOORE et al.,

2005), encefalite devido a vacina contra cinomose (TIZARD e SCHUBOT, 2009), alergias

(HOGENESCH et al., 2002), óbito (WOLF, 2010).

MOORE (2005) relata que cães de pequeno porte possuem maior probabilidade de

apresentar reações quando comparados a cães de grande porte, além disso também faz uma

correlação entre animais castrados e não castrados na qual os animais castrados estão mais

susceptíveis. Essa pesquisa também demonstrou que cada dose adicional de vacina

administrada aumentou em 27% o risco de reações.

Já é sabido que deve-se ter maior cuidado com animais de idade avançada, debilitados

e acometidos por doenças alérgicas ou de qualquer forma de doença imunomediada ou crônica,

tendo em vista que a estimulação do sistema imune pode piorar essas condições (NELSON e

COUTO, 2010)

2.5 Protocolo atual de vacinação

Ainda que seja inviável estabelecer cronogramas exatos para cada uma das vacinas

veterinárias disponíveis determinados princípios devem ser seguidos para desenvolver a

imunização ativa. A maior parte das vacinas exige uma serie inicial seguida pelos reforços que

garantem que a proteção permaneça num nível que confira proteção para o animal (TIZARD,

2010).

No mercado veterinário, atualmente, a maioria dos profissionais recomenda protocolos aos

cães e gatos, nos quais a revacinação deve ser anual. No entanto, o Guia de Vacinação de Cães

e Gatos recomenda que as vacinas não sejam administradas sem necessidade com intervalos

menores que três anos (DAY et al., 2016). Atualmente, é recomendado o seguinte protocolo: 3

doses para filhotes sendo a primeira entre 6 e 8 semanas, a segunda depois de 2-4 semanas e a

terceira também. Depois revacinação aos 6 meses ou um ano de idade, após isso não mais

frequente que a cada três anos (DAY et al., 2016).

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Ocasionalmente as vacinas podem gerar efeitos colaterais nos animais, em geral são leves,

todavia podem oferecer risco à vida, através de reações alérgicas ou desenvolvendo tumores

em gatos. Sendo assim, as vacinas não devem ser administradas com frequência maior do que

a necessária para uma proteção eficaz (TIZARD, 2010).

Outros protocolos recomendam a vacinação inicial do filhote aos 45 dias, totalizando 4

doses sendo dada cada uma de 15 em 15 dias e revacinação anual. As diferenças observadas no

quadro 1 dizem respeito aos intervalos de vacinação que podem ou não serem suficientes para

que o organismo animal apresente a resposta humoral (VIDOR, 2007).

Quadro 1: Diretrizes da WSAVA para a vacinação canina

Tabela 1 Diretrizes da WSAVA para a vacinação canina

Vacina Vacinação inicial do filhote Vacinação inicial do

adulto Recomendação de

revacinação Comentários e recomendações

Parvovírus canino-2 (CPV2; VVM, parenteral). Vírus da cinomose canina (CDV; VVM, parenteral). Vírus da cinomose canina recombinante (rCDV, parenteral).

Adenovírus canino-2 (CAV2; VVM, parenteral).

CPV-2 (inativado, parenteral).

Adenovírus canino-1 (CAV1; VVM

e inativado parenteral).

Administrar às 6–8 semanas

de idade, e então a cada 2–4

semanas até 16 semanas de

idade ou mais [EB1].

Duas doses com intervalo

de 2–4 semanas são

geralmente

recomendadas pelos

fabricantes, mas uma

dose da vacina contendo

VVM ou rCDV é

considerada protetora

[EB4].

Revacinação (Reforço) aos 6 meses

ou 1 ano de idade e

então não mais

frequentemente do que

a cada 3 anos.

Essencial.

Não recomendada onde o VVM estiver

disponível. Não recomendada onde o VVM do

CAV-2 estiver disponível. Fonte: Day et al., 2016.

É necessária uma dose de reforço em todos os tipos de vacinas sabendo que na primeira

aplicação ocorre a produção de anticorpos, porém ainda não o bastante para conferir imunidade

ao animal, já quando ocorre segunda aplicação a produção de anticorpos será mais rápida e

maior (Figura 1), estimulando a memória imunológica (CARON et al., 2016).

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Figura 1 – Gráfico demonstrando a produção de Anticorpos em resposta ao

Antígeno

Fonte: Lopes e Rosso, 2011.

2.5 A vacinação de filhotes

A vacina ideal deve propiciar uma imunidade duradoura tanto ao animal imunizado quanto

aos seus fetos, não pode apresentar efeitos colaterais adversos e também deve ser barata estável

e adaptável para a vacinação em massa. Infelizmente dois dos pré-requisitos para a vacina ideal:

antigenicidade elevada e ausência de efeitos colaterais adversos, raramente são alcançados

(TIZARD, 2009).

A principal problemática quando se trata da vacinação de filhotes é que pode haver a

interferência dos anticorpos maternos na eficácia da maioria das atuais vacinas essenciais

administradas aos cães e gatos no início da vida, os anticorpos maternos vão agir neutralizando

o antígeno vacinal (DAY et al., 2016)

A neutralização dos vírus atenuados ou inativados pelos anticorpos maternos é a causa

mais comum de falha vacinal em cães (DAY et al., 2010). Sabe-se que até 8% dos filhotes que

recebem a última dose da vacina antes da 14ª semana de vida não desenvolvem imunidade

vacinal suficiente para sua proteção (SCHULTZ, 2008), esses estudos deixam questionamentos

em aberto a respeito da vacinação a partir de 45 dias do filhote, muito praticada no Brasil.

Os filhotes na maioria das vezes apresentam uma concentração de anticorpos maternos

insuficientes para a proteção de uma infecção, mas ainda eficaz em neutralizar a resposta às

vacinas. Esse período costuma ser desde a 6ª semana de vida à 12ª semana de vida A vacinação

deve conferir imunidade ao animal durante o intervalo de susceptibilidade demonstrado no

gráfico 1 (FELSBURG, 2002).

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Gráfico 1- Evolução da imunidade em filhotes caninos

Fonte: Flores, 2007

Como o nível dos anticorpos maternos variam significativamente entre as ninhadas, é

recomendada a administração de três doses das vacinas essenciais aos filhotes de cães, com a

dose final destas sendo dada com 16 semanas de idade ou mais. Quando isso ocorre os

anticorpos maternos já estarão diminuídos para um nível baixo (FRIEDRICH e TRUYEN,

2000) e, sendo assim, a imunização ativa será bem sucedida na maioria dos filhotes. Após esse

esquema haverá uma dose de reforço aos 6 ou 12 meses de idade.

A primeira dose vacinal gera uma resposta insuficiente para a imunização do animal,

porém terá efeito em baixar os níveis de anticorpos maternos, o que é vantajoso porque esses

anticorpos não são suficientes para proteger o indivíduo e atrapalham a sua resposta à vacina;

na aplicação da segunda dose será induzida uma produção de anticorpos melhor, se ainda

houver anticorpos maternos a interferência será mínima. A terceira dose deve provocar uma

boa resposta humoral e celular. Se os filhotes não receberem a primeira dose da vacina enquanto

há interferência dos anticorpos maternos muito provavelmente não haverá necessidade de três

doses iniciais (CARON et al., 2016)

É importante que seja inserido na rotina do médico veterinário a utilização de métodos

de titulação de anticorpos mais acessíveis para evitar que as vacinas sejam administradas com

frequência superior ou inferior à necessária (SCHULTZ, 2002).

2.6 Critérios de vacinação

Para definir o esquema de vacinação três fatores devem ser analisados: os relacionados

à vacina, os relacionados à enfermidade e os relacionados ao hospedeiro. Em relação a

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enfermidade, a morbidade e mortalidade influenciam no protocolo vacinal, e também a situação

epidemiológica, se a enfermidade não ocorre em uma determinada região pouco influenciará a

gravidade da doença (CARON et al., 2016).

Os locais livres de determinada doença terão um protocolo vacinal diferente de locais

onde está presente no ambiente constantemente e será necessário criar uma imunidade de

população (FLORES, 2007). Tendo em vista que a vacinação é um procedimento que não é

inócuo e pode provocar reações adversas imediatas e tardias (MOORE; HOGENESCH, 2010;

RASHID et al., 2009; DODDS, 2005), por exemplo o desenvolvimento de patologias

recorrentes na rotina do médico veterinário como processos alérgicos (DODDS, 2005), doenças

auto-imunes (DODDS, 2005; DAY, 2004; MELLAMBY et al., 2004), tumores

(VASCELLARI et al., 2003), poliartrite (KOHN et al., 2003), doença renal crônica

(NEWMAN et al., 2002), epilepsia (MEYER, COLES e RICH, 2003) e distúrbios

comportamentais (JORDAN, 2010), seria muito mais benéfico ao paciente diminuir a

quantidade de vacinações ao mínimo necessário avaliando o estilo de vida do animal e a sua

titulação de anticorpos.

As vacinas virais vivas tendem a estimular resposta imunológica mais eficaz do que

vacinas que contem organismos inativados (TIZARD, 2010). Estudos demonstraram também

que as vacinas essenciais podem proteger os cães por até 9 anos ou mais após ter sido feito o

protocolo completo quando filhote e a primeira revacinação (DAY et al., 2010).

Estudo realizado no Reino Unido com 147 cães que não recebiam vacinas à três anos,

foi feita a titulação de anticorpos para os vírus da cinomose (CDV), adenovirose (CAV-2) e

parvovirose (CPV), foram encontrados anticorpos protetores em 72%, 82% e 95% dos cães

respectivamente. Concluiu-se que o parvovírus e o adenovírus estão presentes no ambiente

tratando-se portando de uma imunidade adquirida passiva rever esse termo (BOHM et al.,

2004).

Bohm et al. (2004) avaliaram a presença de títulos de anticorpos em 1.500 cães

vacinados pela última vez há mais de sete anos, tendo sido comprovados uma alta prevalência

de títulos de anticorpos protetores contra a parvovirose (95,1%) e a cinomose (97,6%). Em

outro experimento feito por Twark e Dodds (2000), foi analisado o soro de 144 cães adultos

que não receberam reforços vacinais por um período que variava entre três e quinze anos.

Nesses animais foram encontrados títulos protetores contra a parvovirose (95% da população

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total), contra a cinomose (71%) e contra a hepatite infecciosa canina (82%). Essas pesquisas,

portanto, deixaram um questionamento a respeito da vacinação anual ser realmente necessária.

A partir das pesquisas e de estudos da duração mínima estimada das vacinas (quadro 2)

conclui-se que nem todos os cães precisam tomar todas as vacinas disponíveis (ETTINGER e

FELDMAN, 2005; NELSON e COUTO, 2010), e que nem todas as vacinas precisam ser

aplicadas anualmente (WOLF et al., 2010).

Quadro 2: Duração da imunidade mínima estimada (DOI) dos antígenos de vacinas caninas

selecionadas, disponíveis comercialmente

Vacinas essenciais DOI mínima estimada Eficácia relativa estimada

Cinomose canina (MLV) >7 anos >90

Cinomose canina (R) >3 anos >90

Parvovírus canino tipo 2 > 7 anos >90

Adenovírus canino tipo 2 >7 anos >90

Vírus da raiva (K) >3 anos >85 Fonte: De Paul, 2003.

2. CONCLUSÃO

A vacinação anual tem sido questionada e modificada, uma vez que houve grande aumento

da quantidade e qualidade de produtos no mercado. Atualmente continua sendo praticada a

revacinação anual, muitas vezes orientada por protocolos mais comerciais e menos científicos,

isso faz com que a mudança dos protocolos utilizados no mercado veterinário seja lenta devido

ao desconhecimento dos veterinários. Outro fator é de que a revacinação anual permite uma

avaliação do estado de saúde geral dos animais através do retorno do mesmo ao consultório

para revacinar, logo, é importante ressaltar aos proprietários que avaliação periódica dos

animais é fundamental, independentemente se haverá ou não a vacinação.

Uma medida de suma importância para que haja a possibilidade de propor novos protocolos

no Brasil é a comercialização de vacinas monovalentes. Por exemplo, desvinculando a vacina

contra leptospirose, que confere em média 1 ano de proteção, das vacinas contra cinomose,

parvovirose e hepatite infecciosa que conferem em média 3 anos de proteção, os cães receberão

uma quantidade consideravelmente diminuída de antígenos. Esses produtos facilitariam o

planejamento de um esquema vacinal individual dos pacientes.

É preciso também investir em métodos de titulação de anticorpos mais acessíveis para os

veterinários utilizarem na rotina clínica, a fim de verificar a efetividade da vacina e saber se

está no momento de o animal receber o reforço vacinal. Já está disponível no mercado testes

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sorológicos rápidos para cinomose, parvovirose e hepatite infecciosa, deste modo os médicos

veterinários podem elaborar protocolos de vacinação tendo como base o título de anticorpos do

seu paciente.

Após essa dissertação sobre os protocolos foi possível concluir que não existe um protocolo

vacinal ideal a todos os cães e gatos. As vacinas, assim como as demais intervenções médicas

devem ser analisadas e recomendadas para cada paciente, considerando seu estilo de vida,

benefícios e riscos envolvidos. O ideal, portanto, é que o protocolo vacinal passe a ser uma

conduta realizada sob medida para cada paciente tendo em vista sua raça, idade, local onde

vive, estilo de vida e histórico de saúde.

3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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