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Gramatica Elementar Da Língua Hebraica - Guilherme Kerr

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  • 7/25/2019 Gramatica Elementar Da Lngua Hebraica - Guilherme Kerr

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  • 7/25/2019 Gramatica Elementar Da Lngua Hebraica - Guilherme Kerr

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    GRAMTICA

    ELEMENTAR

    DA

    lngua

    hebraica

    POR

    GUILHERME

    KERR

    Professor

    da

    cadeira

    de Hebraico

    e

    Literatura

    do

    Velho Testamento,

    na

    Faculdade

    de

    Teologia

    da

    Igreja

    Crist Presbiteriana

    do

    Brasil.

    CAMPINAS,

    S.

    PAULO

  • 7/25/2019 Gramatica Elementar Da Lngua Hebraica - Guilherme Kerr

    3/316

    Copyright,

    1948,

    by

    GUILHERME

    KERR

    PRINTED

    IN

    THE

    UNITED

    STATES

    OF AMERICA

    PRESS

    OF

    THE

    JEWISH

    PUBLICATION

    SOCIETY

    PHILADELPHIA,

    PENNA.

  • 7/25/2019 Gramatica Elementar Da Lngua Hebraica - Guilherme Kerr

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    A querida

    esposa

    AURORA,

    companheira

    inteligente

    e

    herica

    de todas as

    pelejas,

    este

    fruto imperfeito

    de

    labor

    honesto,

    DEDICA

    o

    autor.

  • 7/25/2019 Gramatica Elementar Da Lngua Hebraica - Guilherme Kerr

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    PREFCIO

    O

    objetivo

    imediato dste livro levar os estudantes

    de

    teologia

    de

    nossos

    seminrios

    a vencerem

    os primeiros obstculos

    da

    lngua

    hebrica

    e

    habilit-los

    a

    lerem na lngua original,

    com

    o

    auxlio

    de

    um

    bom Lxicon,

    o

    texto

    do

    Velho

    Testamento. Visa inici-los

    no

    conhe-

    cimento

    do

    hebrico

    bblico. Esse

    objetivo

    mesmo no

    se

    persegue

    como

    um

    im

    em

    si

    e

    sim

    como instrumento exegtico

    do

    texto

    da

    Bblia. Constitui

    assim

    uma

    contribuio direta para melhor

    inteli-

    gncia

    da Revelao

    antiga, divina

    e

    progressiva, que

    o

    Velho

    Testa-

    mento

    registra

    e de cujo

    valor

    permanente, tanto no aspecto filosfico

    como no tico

    e

    no devocional, deixando

    de

    mencionar

    o

    literrio, no

    se

    pode

    entreter dvida. Indiretamente

    poder valer

    como

    auxlio

    tambm

    ao

    melhor entendimento

    da

    Revelao final registrada nas

    pginas

    insuperveis

    do

    Novo

    Testamento

    que,

    a

    cada

    passo,

    se

    re-

    porta

    Lei

    e

    aos

    Profetas.

    No

    s pelos

    hebrasmos

    contidos

    no grego

    do

    Novo Testamento, mas por

    ser este o

    alvo

    final para que converge

    tudo no Velho

    e

    ainda pelo

    grande

    acervo de verdades que

    o

    Novo

    deriva

    diretamente

    do

    Velho

    Testamento,

    o

    entendimento dste

    tem

    que iluminar

    e

    enriquecer

    a

    mensagem

    daquele. Embora

    saibamos

    que

    a

    mensagem

    progressiva

    do

    Velho

    Testamento

    tem que

    ser

    estu-

    dada

    luz

    do

    seu escopo

    final

    s alcanado

    em

    Jesus

    como

    se

    registra

    em o

    Novo

    e

    que

    o

    segredo

    da

    boa inteligncia

    de toda a

    Bblia

    Cristo,

    certo

    tambm

    que

    o

    significado

    do

    ensino

    do

    Novo

    Testamento

    de-

    pende

    em muitos

    passos

    da boa

    inteligncia do Velho.

    H,

    em

    suma,

    uma

    relao muito ntima

    e

    grande

    unidade

    entre

    os

    dois Testamentos,

    o

    Velho

    e

    o

    Novo, sem se pretender

    com

    isso

    negar as

    grandes

    diferenas que

    caraterizam

    cada um

    dles.

    Sem

    se pretender

    negar

    a

    superioridade

    do

    Novo

    Testamento, no

    possvel,

    entretanto,

    como

    tentou

    fazer

    o

    nosso

    insigne patrcio

    General

    Abreu

    e

    Lima, divorciar inteiramente um do

    outro

    e

    muito

    menos

    colocar

    um

    em

    oposio

    ao

    outro. Quem cr no Novo Testa-

    mento dever

    crer

    no

    Velho

    e

    reconhecer

    que

    a

    autoridade de um

  • 7/25/2019 Gramatica Elementar Da Lngua Hebraica - Guilherme Kerr

    6/316

    vi

    GRAMTICA

    HEBRAICA

    ELEMENTAR

    De fato

    em

    certo sentido,

    o

    Novo

    Testamento

    apenas

    aprofunda,

    espiritualiza

    e atualiza

    os

    ensinamentos do

    Velho.

    Foi por

    essa

    razo

    que

    j

    Agostinho

    afirmava:

    Veius

    Testamentum

    in

    novo

    patet,

    novum

    in

    Vetere latet.

    Estudar o hebraico bblico

    para

    aplic-lo

    a sses

    fins,

    constitui

    o

    propsito

    primrio

    deste

    livro.

    Fora

    confessar que

    a

    consecuo de to altos objetivos constitui

    tarefa

    no s difcil como

    at

    ousada

    e que,

    para alcan-los,

    esta

    obra

    representa

    modesta

    contribuio

    em

    que

    se

    descobriro

    inmeras

    de-

    ficincias,

    qui descuidos

    e

    erros, pois longe

    est

    ela

    de

    ser perfeita

    ou completa. Representa

    apenas

    um esforo honesto

    na

    direo

    desse

    grandioso

    alvo.

    Embora

    tenha

    esta

    obra, na

    disposio da

    matria pelo menos,

    o

    cunho pessoal resultante

    da experincia de

    longos

    anos de

    ensino

    da

    disciplina,

    no tem ela, nem

    poderia ter,

    o

    cunho

    de

    originalidade.

    Fra

    inconcincia,

    ou

    estultcie,

    pretender

    algum

    produzir

    nste

    as-

    sunto

    e

    nesta

    poca,

    obra

    de

    primeira

    mo,

    mesmo

    que

    para

    tanto

    tivesse o

    autor

    a necessria competncia,

    e

    muito mais ainda

    quando

    ele reconhece, antes

    que

    ningum,

    faltar-lhe

    em

    absoluto

    essa

    habi-

    litao.

    A obra

    toda

    calcada nos

    estudos

    dos

    grandes mestres que

    o

    meio

    evanglico

    tem

    produzido

    em vrios paizes, especialmente depois

    de

    Wilhelm Gesenius,

    professor

    em

    Halle

    e,

    Heinrich Ewald, professor

    em

    Gttingen, cujas obras marcaram no

    sculo

    XIX, uma nova

    poca

    para

    o

    estudo do

    hebrico.

    Em muitas fontes se baseia

    a

    presente

    obra, mas influncia acen-

    tuada

    sobre

    ela exerceram

    as

    trs

    seguintes:

    A.

    B.

    Davidson

    An

    Introduction to the

    Hebrew

    Grammar,

    22nd

    Edition, Revised

    through-

    out

    by

    John

    Edgar

    McGadyen,

    Edinburgh,

    1927;

    T.

    and

    T.

    Clark

    Gesenius' Hebrew Grammar,

    with

    corrections

    and additions

    by Dr.

    E.

    Rdiger,

    translated by T.

    J.

    Conant, Professor

    of Hebrew in Roch-

    ester Theological Seminary, New

    York,

    Appleton & Co.,

    New

    York,

    1864;

    A

    Grammar of the Hebrew Language

    by

    William Henry

    Green,

    Professor in

    the

    Theological

    Seminary

    at

    Princeton, N.

    Third Edi-

  • 7/25/2019 Gramatica Elementar Da Lngua Hebraica - Guilherme Kerr

    7/316

    PREFCIO

    vii

    Alm

    desses velhos autores

    muitos outros

    mais

    modernos foram con-

    sultados

    c suas sugestes seguidas

    em diferentes

    pontos, como

    por

    exemplo,

    Scrmons

    in

    Accents

    John

    Adams,

    B.D.,

    Edinburgh,

    T.

    and

    T.

    Clark,

    1906;

    A

    Hebrew

    Grammar

    for

    beginners by

    Robert

    Dick

    Wilson, Professor

    in

    Princeton

    Theological

    Seminary,

    printed by W.

    Drugulin,

    Lcipsig,

    1908;

    J.

    Touzard, Professeur

    d'criture

    Sainte

    et

    d'Hebreu,

    au

    Seminaire

    Saint-Sulpice,

    Grammaire

    Hbraque,

    Abr-

    ge-Quatrime dition, Paris,

    Librairie Victor LecoTre,

    J.

    Gabalda &

    Cie,

    1911, obra

    essa

    catlica, baseada

    por

    sua

    vez no

    entanto,

    nas

    obras

    de

    Gesenius-Kautzch

    e

    Ed.

    Knig;

    A

    Treatise on

    the Use

    of

    the

    Tenses

    in

    Hebrew,

    by

    S. R.

    Driver, 3rd Edition,

    Oxford, at the

    Clar-

    endon

    Press, mdcccxcii.

    Outras obras ainda foram utilizadas

    em

    menor

    escala,

    como a de

    William

    R.

    Harper,

    Professor de lnguas

    semitas na

    Universidade

    de

    Yale;

    a

    resumida

    obra

    de W. H.

    Lowe,

    de

    Cambridge;

    a

    obra

    prtica

    de

    J.

    Philips

    and

    A.

    Hyman,

    de

    1919,

    New

    York,

    com

    ttulo

    hebrico

    Mestre completo

    de

    Hebraico ;

    a

    gramtica

    de

    G.

    H.

    A.

    Ewald,

    tra-

    duo

    inglesa;

    e

    a

    obra

    de

    G.

    A.

    Barton

    Archeology

    and the

    Bible,

    Seventh

    Edition

    Revised,

    1937,

    Philadelphia.

    A todos

    les

    deseja o autor

    prestar

    o

    tributo

    de

    sua

    profunda

    ad-

    mirao

    e

    seu

    maior

    reconhecimento.

    A

    orientao

    deste

    livro

    se

    afasta

    da

    ordem

    rigorosamente cientfica

    e

    lgica comumente seguida

    noutros compndios. Depois

    da

    primeira

    parte

    Preliminares

    Ortogrficos

    em

    que

    se do

    as

    noes sufici-

    entes para

    que o

    aluno

    possa

    ler

    qualquer

    palavra hebraica

    ainda

    que

    no

    lhe conhea

    o

    significado,

    passa-se

    segunda

    parte

    Preliminares

    Prticos

    e

    no

    fontica como exigiria

    a

    ordem

    lgica

    do

    assunto.

    Nessa

    parte

    prtica,

    o

    aluno tem

    oportunidade de comear

    a

    tra-

    duo

    de

    exerccios

    graduados

    e

    progressivos,

    adquirir

    vocabulrio

    e

    gosto pelo estudo

    da

    lngua, antes

    de enfrentar

    o assunto

    mais

    com-

    plexo e

    cansativo para

    o

    principiante,

    de conhecer

    a

    razo fontica

    de

    ser das

    profundas alteraes

    voclicas

    que sofrem

    os

    temas das palavras

    de

    vogais mutveis, ao

    se lhes aduzirem

    sufixos

    de

    qualquer espcie.

  • 7/25/2019 Gramatica Elementar Da Lngua Hebraica - Guilherme Kerr

    8/316

    Vlll GRAMTICA HEBRAICA ELEMENTAR

    Se h

    aqui

    inconvenientes so: que esta

    parte

    prtica

    deveria

    ser

    mais

    desenvolvida

    do

    que

    ,

    e

    tambm,

    que

    no

    se

    iliminaram

    dela

    alguns

    aspectos

    tericos

    com

    o

    propsito

    de

    no

    ser

    necessrio

    repetir

    o assunto

    noutra

    parte.

    Mas

    o

    professor

    poder avanar

    nas

    lies

    dando,

    a

    princpio, maior

    ateno aos

    simples fatos, para

    mais tarde,

    nas

    revises

    que

    fizer,

    fixar o aspecto

    terico

    em

    apreo.

    Vem ento

    a terceira parte

    A

    Fontica

    em que se

    trata

    pri-

    meiramente

    da

    vocalizao

    e

    seus

    princpios

    e

    depois

    das consoantes,

    invertendo-se

    de

    novo

    a

    ordem lgica do assunto, por constituir

    a

    fontica

    das vogais matria

    de

    muito maior

    utilidade

    prtica para

    o

    principiante, agora

    que le

    adquiriu algum

    vocabulrio

    e

    dever ter-

    se-lhe

    despertado

    a

    curiosidade natural

    de descobrir as

    razes

    de

    to

    fundas

    alteraes produzidas em determinado

    vocbulo

    pelas desinn-

    cias

    de gnero

    e

    nmero,

    por

    exemplo.

    Para

    a

    fontica

    das consoantes

    no h exerccios.

    Os

    princpios

    referidos

    nesse

    ponto

    se

    acham

    amplamente

    ilustrados

    noutros

    cap-

    tulos

    do

    compndio,

    especialmente nos que

    tratam

    dos

    verbos fracos,

    de

    sorte que

    os

    exemplos

    abundantes

    de

    cada

    caso

    devero bastar

    para

    o

    entendimento

    do

    assunto

    e

    para explicarem as

    alteraes

    con-

    sonantais

    em apreo.

    Passa-se

    ento

    quarta

    parte

    A

    Alorfologia,

    em

    que se estuda

    a

    estrutura da palavra, suas raizes,

    sufixos,

    verbos com suas

    modali-

    dades, sufixos objetivos,

    tudo

    que

    naturalmente

    se

    enquadra nesse

    ttulo,

    menos

    as

    alteraes morfolgicas dos verbos

    fracos.

    A

    quinta

    e

    ltima

    parte

    Verbos Fracos, trata

    quasi

    exclusiva-

    mente desses verbos, que

    sofrem alteraes tanto

    de

    ordem fontica

    como

    de

    ordem

    morfolgica,

    motivo

    por

    que

    foi

    necessrio

    estud-los

    parte.

    Ver

    408.

    Encerra-se

    esta

    parte

    com um captulo

    sobre

    a

    derivao

    de

    palavras

    dessa

    classe

    de verbos

    e

    outro

    sobre

    palavras

    irregulares.

    Em dois

    apndices

    finais veem os

    paradigmas

    dos

    verbos e

    um vo-

    cabulrio Hebraico-Portugus em

    ordem

    alfabtica das

    palavras usadas

    no

    compndio,

    principalmente nos

    exerccios.

  • 7/25/2019 Gramatica Elementar Da Lngua Hebraica - Guilherme Kerr

    9/316

    PREFCIO ix

    Segunda

    parte

    Preliminares

    Prticos.

    A necessidade

    porm,

    de

    graduar e

    adaptar

    as sentenas

    matria exposta

    em

    cada

    captulo

    impede

    que

    apaream

    trechos

    da

    narrativa

    bblica

    com

    incidentes

    completos,

    bem

    como determina

    a

    omisso de

    palavras

    e a

    utilizao

    parcial

    de

    muitos versculos, no

    havendo entre estes relao alguma,

    antes

    expressando

    cada qual

    pensamento

    diverso.

    Haver tambm

    vocbulos

    e

    algumas

    construes

    sintticas

    no

    mais em

    uso

    entre os hebreus

    modernos,

    de

    ocorrncia

    comum,

    porm,

    na

    linguagem bblica.

    Falta

    uma

    parte consagrada

    especialmente

    Sintaxe.

    Mas a lngua

    hebraica

    segue

    ordem

    direta

    e

    simples

    em

    sua

    construo

    sinttica,

    excesso

    feita

    dos casos

    idiomticos.

    Procurou-se

    suprir

    essa lacuna,

    com

    explicaes

    sintticas

    nos

    vocabulrios

    atravez

    do

    compndio,

    especialmente dos

    casos

    idiomticos,

    medida

    que stes aparecem

    nos

    exerccios graduados

    e

    progressivos. O

    fato

    que

    para

    se dar

    Sintaxe uma ateno

    condigna,

    a

    obra

    ficaria

    muito

    volumosa

    e para

    se

    fazer

    trabalho ligeiro no seria

    de

    real proveito.

    Alis,

    A.

    B.

    David-

    son,

    de

    igual modo

    procedeu, reunindo num

    volume especial

    o

    estudo

    da

    Sintaxe.

    Alm

    do mais,

    ste

    livro

    no pretende dispensar

    o auxlio

    do

    professor em

    classe e nem

    o

    de

    um

    bom Lxicon.

    Eis

    esboado

    aqui

    o

    plano

    da

    obra

    e,

    com

    le,

    o

    mtodo seguido

    pelo

    autor nas

    aulas

    do

    Seminrio

    em

    ano

    e

    meio

    letivo

    de

    ensino.

    Depois

    dsse

    ano

    e

    meio,

    d-se

    ainda

    um

    semestre

    de

    sintaxe

    perfazendo

    o total

    de dois

    anos

    de

    gramtica.

    Completa

    o

    curso

    a

    traduo

    do

    hebraico em aula

    para

    a

    exegese

    sobre o texto

    original,

    at

    o

    ltimo ano

    teolgico.

    Depois

    de

    alguns

    anos de

    ensino

    na

    Faculdade

    de

    Teologia

    nos

    mol-

    des que vimos de traar,

    comeou

    a

    acentuar-se no esprito

    do autor

    a

    idia

    de que

    deveria

    deixar

    algo

    em nossa lngua

    que facilitasse

    aos

    estudantes para

    o

    ministrio

    a

    aquisio

    do

    conhecimento

    dsse

    va-

    lioso

    instrumento de exegese

    do

    V.T.-o

    hebraico-bhlico.

    A

    obrigao

    se lhe afigurou mais iniludvel

    ao

    considerar

    que

    por largos

    anos

    coube

    ao Seminrio

    Presbiteriano,

    hoje

    Faculdade

    de

    Teologia,

    a

    responsa-

    bilidade

    e o

    privilgio

    de

    ser

    o

    guardio

    em

    nossa

    terra

    da cultura

    do

  • 7/25/2019 Gramatica Elementar Da Lngua Hebraica - Guilherme Kerr

    10/316

    X

    GRAMTICA

    HEBRAICA

    ELEMENTAR

    estudo

    da

    lngua

    hebraica.

    O

    Seminrio

    Presbiteriano,

    porm,

    funda-

    do

    em

    1888 pelo

    Snodo,

    comeou

    a

    funcionar

    em

    1892,

    e cultivou

    desde

    o

    incio,

    o

    estudo

    do

    hebraico

    sob

    a

    direo

    do

    seu

    primeiro

    pro-

    fessor

    e

    Reitor,

    o

    insigne

    Dr.

    John

    Rockwell

    Smith,

    a

    quem

    devemos

    a

    introduo

    no

    Brasil,

    nos

    meios evanglicos

    pelo menos,

    desse ramo

    de

    cultura.

    Com le

    recebeu

    a sua

    formao

    teolgica

    a

    primeira

    e

    talentosa turma de

    alunos, entre

    os

    quais

    se

    destacou

    pelo

    seu pendor

    filolgico Erasmo Braga, sse

    esprito lcido

    e

    enciclopdico,

    que

    veio

    a

    ser depois,

    no Seminrio,

    o

    abalizado

    mestre

    da

    disciplina

    em

    apreo,

    transmitindo-a

    com

    entusiasmo

    e

    clareza inexcedveis

    a

    geraes

    di-

    versas de

    ministros, em

    cujo

    nmero

    se encontra o

    mnimo

    dentre

    les, que

    muito

    se

    honra

    de

    ter

    sido

    seu

    discpulo

    e

    que,

    vem

    hoje dar

    publicidade

    presente

    obra,

    confiado

    na tolerncia dos

    que a

    exami-

    narem

    a

    fundo com

    esprito crtico,

    construtivo

    embora.

    Houve, portanto,

    um

    grande

    lapso,

    quando

    h

    cerca

    de

    um ano,

    ou menos, ao

    se

    inaugurar

    na

    Universidade

    do Estado

    de

    So

    Paulo,

    a

    cadeira de

    hebraico sob

    a

    regncia

    preclara

    do Dr. Frederico Pinkuss

    a

    imprensa

    paulistana

    noticiou

    que se

    instalava

    assim

    a

    primeira

    ca-

    deira

    dsses

    estudos

    na

    Amrica

    do

    Sul.

    Em

    escala menos

    ampla

    e

    menos

    conhecida,

    e

    nem

    por

    isso com

    menor

    intensidade no

    seu

    objetivo especfico e

    qui

    restrito, sem os

    privilgios de

    especializaes

    no

    estrangeiro

    e

    sem

    o contacto

    direto

    com

    sumidades

    no

    assunto

    e

    nem

    ao

    menos

    com

    os

    rabinos

    competentes

    que

    j

    agora

    existem

    no

    pas, na

    obscuridade

    de suas

    tendas

    de

    tra-

    balho

    no

    Seminrio

    Presbiteriano,

    sucessivos autodidatas

    lutaram

    por

    manter

    acesa

    a

    chama

    do gosto e

    do

    entusiasmo por

    sse

    ramo de

    conhecimento

    lingustico,

    vai

    j

    para

    mais

    de

    cinco

    dcadas

    da

    his-

    tria

    do

    referido Educandrio.

    Quanto

    ortografia portuguesa

    adotada

    neste

    compndio,

    o

    autor

    desde

    j

    pede

    clemncia ao leitor

    exigente e

    conhecedor

    do

    assunto.

    Leve

    le

    em conta que a

    ortografia oficial sofreu durante

    os

    anos

    de

    preparo

    desta

    obra constantes

    e

    vacilantes

    reformas

    em

    nossa

    terra.

    Se

    isto

    no pode

    ser invocado como excusa para os

    erros

    que

    escapa-

  • 7/25/2019 Gramatica Elementar Da Lngua Hebraica - Guilherme Kerr

    11/316

    PREFCIO

    xi

    perar

    em

    semelhante

    obra.

    Soluo

    fcil e

    pouco

    dispendiosa

    seria

    faz-la

    escrever toda de

    novo por

    datilgrafos competentes,

    imprimin-

    do-Ihe

    pelo

    menos

    uniformidade,

    fosse

    menos

    trabalhosa

    a

    tarefa

    de

    rccopiar

    a

    exemplificao

    em

    palavras hebraicas

    de

    que o

    texto

    vem

    repleto. Demais

    quem

    poder

    dizer nesta data qual a

    ltima

    reforma

    ortogrfica

    vigente?

    Um

    datilgrafo,

    bom

    conhecedor

    da ltima

    reforma

    copiou

    recen-

    temente

    vrios captulos

    dste livro e, escrevia

    tnica

    de acordo,

    acertadamente

    informou

    le,

    com as

    ltimas

    regras

    ortogrficas.

    Mas

    o autor

    pediu-lhe

    que,

    por amor

    da

    uniformidade,

    conservasse

    a

    forma

    tnica que

    havia

    sido

    adotada

    na maioria

    absoluta

    dos

    captulos.

    Registre-se

    aqui

    finalmente

    o

    preito da

    mais

    sincera gratido

    do

    autor aos

    membros

    da

    Diretoria

    da

    Faculdade, do

    Supremo Conclio

    e de

    sua Comisso

    Executiva pelo entusiasmo com

    que acolheram

    a

    idia

    da

    publicao desta

    obra

    e

    pelo esforo

    que

    fizeram

    por efetiv-

    la,

    conseguindo

    que

    a

    Igreja

    assumisse

    a

    responsabilidade

    de

    financiar

    a

    realizao

    de

    um objetivo,

    doutra

    sorte, dificilmente

    exequvel.

    Dentro

    do seu lar, mais

    de

    uma pessoa

    se tornou credora

    do

    pro-

    fundo

    reconhecimento do autor pela

    inspirao,

    pelo

    encorajamento

    moral

    e

    pela ajuda

    direta

    que lhe

    deram,

    elas

    sabem

    por

    que

    e

    em

    que.

    Seja o

    nosso Deus e

    Pai

    servido transformar

    esta obra

    humilde

    e

    imperfeita em

    uma fonte

    de

    bnos,

    I.

    Cor.

    1:27-31,

    para

    os

    que

    desejam

    estudar

    na

    lngua

    original

    a

    mensagem

    divina

    e

    progressiva

    contida nas

    pginas

    do

    V. T. afim

    de

    que

    melhor

    saibam ainda

    apreciar

    a

    mensagem final

    e

    culminante

    de

    Deus para

    o

    corao

    humano

    NAQUELE

    que

    o

    caminho a

    verdade

    e

    a vida .

    E

    ao

    Deus

    trino

    e

    uno, toda

    glria,

    todo

    louvor.

    Guilherme Kerr

    Faculdade

    de

    Teologia.

    Campinas,

    1947.

  • 7/25/2019 Gramatica Elementar Da Lngua Hebraica - Guilherme Kerr

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  • 7/25/2019 Gramatica Elementar Da Lngua Hebraica - Guilherme Kerr

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    SUMRIO

    Pginas

    Prefcio

    v-xi

    Sumrio

    xiii-xxi

    Convenes

    e

    abreviaturas

    xxii-xxiii

    PRIMEIRA

    PARTE

    Pargrafos

    PRELIMINARES ORTOGRFICOS

    1-19

    Cap.

    I

    O Alfabeto

    1-7

    Nome e

    poca.

    Peculiaridades.

    As

    22 letras. O

    seu

    som.

    Formas finais.

    Classificao. Numerao.

    Exerccios.

    Cap.

    II

    As Vogais

    8-13

    Consoantes voclicas

    ou

    Matres

    Lectionis .

    Sinais masso-

    rticos.

    Sua posio relativamente

    s consoantes.

    Vogais

    indistintas

    ou

    shevas. Deficincias dos

    sinais

    massorticos.

    Exerccios.

    Cap. III

    A

    Slaba

    14-19

    Constituio.

    Inicio. Fim.

    Classificao:

    aberta,

    fechada,

    neutra.

    Influncia

    da

    slaba sobre

    as

    vogais. Acento

    tnico.

    Outros

    acentos

    e

    sinais.

    Outras

    peculiaridades. Exerccios.

    SEGUNDA

    PARTE

    PRELIMINARES

    PRTICOS

    Cap.

    IV

    O

    \'AV CoN7UNTivo

    Pontuao

    e

    Exerccios.

    Cap.

    V

    O

    Artigo

    Etimologia.

    Forma. Pontuao.

    Expresso

    do

    indefinido

    Exerccios.

    Cap.

    VI

    O

    Adjetivo

    Funo:

    qualificativa;

    predicativa.

    Definio. Exerccios

    Cap.

    VII

    Preposies

    Inseparveis

    20-110

    20-22

    23-26

    27-31

    32-36

  • 7/25/2019 Gramatica Elementar Da Lngua Hebraica - Guilherme Kerr

    14/316

    xiv

    GRAMTICA

    HEBRAICA

    ELEMENTAR

    Cap. VIII

    Pronomes

    Pessoais

    37-42

    Formas

    nominativas

    e fragmentos significativos.

    Formas

    pausais.

    Sufixos

    pronominais.

    Expresso

    prtica

    do

    nosso

    indicativo

    presente.

    Exerccios.

    Cap. IX

    Pronomes

    Demonstrativos

    43-46

    Formas.

    Funes.

    Formas

    raras.

    Exerccios.

    Cap.

    X

    Pronomes:

    Interrogativos

    e o

    Relativo

    47-56

    Pessoal

    quem.

    Para cousa

    que. Pontuao. Relativo.

    Funo.

    O

    retrospectivo.

    Sintaxe

    da clausa

    adjetiva.

    Exer-

    ccios.

    Cap.

    XI

    O Verbo

    57-63

    Raiz.

    Desinncias

    pessoais.

    Graus.

    Caratersticos

    dos

    par-

    ticpios

    e

    infinitos:

    o

    absoluto

    e

    o

    construto.

    Exerccios.

    Cap.

    XII

    Flexes

    da Palavra

    64-94

    Gnero.

    Forma arcaica

    do

    feminino

    e

    sua importncia

    atual.

    Nmero.

    Formao

    do

    plural, masculino

    e

    feminino. O

    dual.

    Vestgio

    do

    acusativo.

    Femininos anmalos.

    Meios

    de

    dis-

    tinguir

    o

    gnero

    dos

    seres

    vivos

    e

    dos

    inanimados.

    Formas

    poticas

    e

    obsoletas. Exerccios.

    Cap.

    XIII

    O

    Construto

    e o

    genitivo

    95-103

    Essncia

    da

    relao.

    Construto

    e

    absoluto. Caratersticos

    do construto. Definio. Concordncia

    do

    adjetivo.

    Modos

    de traduzir

    a

    relao. Exerccios.

    Cap.

    XIV

    Comparativo

    E

    Superlativo

    104-110

    Comparativo: superioridade, inferioridade

    e

    igualdade.

    Cor-

    relatos.

    Superlativo relativo

    e

    absoluto.

    Formas

    idiomticas.

    Hebrasmo

    em

    portugus. Exerccios.

    TERCEIRA PARTE

    FONTICA

    111

    Cap.

    XV

    Princpios

    de

    vocalizao:

    Classificao

    das

    Vogais.

    Sons Originais.

    Tringulo

    a. i.

    u.

    (das

    vogais)

    ..

    .

    111-122

    Quantidade. Breves puras. Longas por

    natureza

    e

    por

    posio

    Ditongos.

    Qualidade.

    A. I.

    e

    U.

    Procedncia

    dos sons secundrios.

    Gradao.

    Estabilidade

    e

    mobilidade

    das

    vogais.

    Influncia da slaba

    e

    do acento

    tnico sobre

    as

    vogais. Regras

    da

    fontica

    das vogais.

    Vogal

    breve

    eufnica

    resultante

    da

    coincidncia

    de

    dois shevas

    voclicos em

  • 7/25/2019 Gramatica Elementar Da Lngua Hebraica - Guilherme Kerr

    15/316

    SUMRIO

    XV

    Cap.

    XVI

    Classificao

    dos Casos

    de Acento

    Tnico na

    Penltima

    Slaba

    123-125 A

    2a.

    Declinao.

    Dual.

    O

    H

    paraggico

    e

    o

    71

    local

    ou

    de

    direo.

    Eufonia

    e

    Ritmo. O

    verbo

    no completo.

    Sufixos

    pronominais

    ao

    nome e ao verbo.

    Cadncia ou Ritmo.

    Prin-

    cpio

    geral

    importante.

    Cap.

    XVII

    Declinaes.

    A Primeira

    126-130

    Palavras

    declinveis

    e

    indeclinveis.

    Classificao

    das

    decli-

    nveis. Primeira Declinao:

    Caratersticos.

    Regras de

    in-

    flexo. Paradigmas.

    Exerccios.

    Cap.

    XVIII

    Segunda Declinao

    131-137

    Caratersticos. Classificao. Regras.

    Impropriedade do

    nome

    de

    Segholadas .

    Distino

    entre o dual

    e

    o

    plural

    no

    construto. Casos

    de

    difcil distino. Paradigmas.

    Exer-

    ccios.

    Cap.

    XIX

    Terceira Declinao

    138-140

    Caratersticos. Regras.

    Sheva

    sonoro liga

    o

    tema aos

    sufixos

    das

    2as.

    pessoas.

    Resultante

    slaba

    neutra.

    Exerccios.

    Cap.

    XX

    Alteraes Fonticas Consonantais

    141-149

    Permuta. Assimilao. Queda:

    afrese, sncope,

    apcope.

    Adio. Transposio.

    Geminao.

    Casos em

    que

    as

    duas

    letras

    tem

    que ser escritas

    separadamente.

    Cap. XXI

    Peculiaridades

    das Guturais

    150-155

    No aceitam dghsh . Preferncia por vogais

    da

    classe

    a .

    Pathah

    furtivo.

    Casos

    de

    Seghl antes

    de

    gutu-

    rais.

    Exigem

    o

    Sheva voclico composto

    e o

    preferem at

    em slabas

    fechadas.

    O

    Sheva composto determina

    a

    na-

    tureza

    da

    vogal

    eufnica que

    o

    precede,

    ou

    esta determina

    a

    classe

    do

    sheva

    composto.

    Cap. XXII

    Letras

    Fracas

    156-162

    Classificao

    das

    consoantes

    quanto

    sua

    resistncia,

    quanto

    s funes morfolgicas.

    Letras fracas. Consonantais

    e

    mu-

    das.

    Modos

    de

    reconhecer

    as

    mudas.

    Casos

    curiosos

    de

    letras

    fracas

    que se adoam em

    vogais.

    Cap.

    XXIII

    Suplementos

    de

    ortografia

    e

    fontica

    163-178

    Slaba

    fechada aguda.

    Sinal

    de

    voz

    passiva,

    o

    u . Incom-

    patibilidade

    dos

    sons longos

    i

    e

    com

    a

    slaba fechada,

    seguida

    de sufixo

    consonantal. Omisso

    do

    Dghsh

    forte.

  • 7/25/2019 Gramatica Elementar Da Lngua Hebraica - Guilherme Kerr

    16/316

    xvi

    GRAMTICA HEBRAICA

    ELEMENTAR

    dghsh

    Iene.

    Dissimilarizao.

    Qer e Kethb .

    Al-

    teraes voclicas

    devidas

    mudana no acento tnico

    e

    na

    constituio

    da

    slaba.

    Cap. XXIV

    Acentuao

    Massortica

    na

    Prosa e na

    Poesia

    179-183

    Classificao.

    Funes.

    Os

    trs

    principais Domini

    e

    seus

    servos,

    ou

    seu regime.

    Posio.

    QUARTA

    PARTE

    MORFOLOGIA

    184-407

    Cap.

    XXV

    Generalidades

    184-190

    Razes

    pronominais

    e

    verbais. Triliterais.

    Nomes

    e

    verbos

    denominativos.

    Razes

    biliterais,

    quadriliterais

    e

    quinque-

    literais.

    Casos. Formao

    do lxico.

    Palavras

    variveis

    e

    invariveis.

    Cap. XXVI

    Sufixos

    Pronominais

    191-205

    Vogais

    de

    ligao

    a

    e

    do

    tema

    ao

    suixo.

    Irregularidades.

    Construto

    plural

    arcaico.

    Classificao

    dos

    sufixos:

    consonan-

    tais

    e

    voclicos;

    monossilbicos

    e

    dissilbicos; pesados

    e

    leves.

    Acento tnico.

    Regras de

    flexionamento.

    Paradigma. Sufixos

    a

    nomes

    femininos.

    Paradigma.

    Formas anmalas.

    Prepo-

    sies

    ^N,

    hv

    e

    'nnS.

    Exerccios.

    Cap. XXVII

    Verbos: Generalidades e o Com,pleto

    206-225

    Classificao:

    Primitivos

    e

    denominativos.

    Ativos

    e esta-

    tivos.

    Regulares

    e

    fracos.

    Raiz.

    Radicais.

    Tempos:

    Com-

    pleto

    e Incompleto. Desinncias pessoais. Grau.

    Voz.

    Flexes

    pessoais

    do

    Completo,

    e

    sua

    origem.

    Fontica

    das

    vogais.

    Nos

    estativos. Formas

    pausais. Slaba tnica.

    Usos

    do

    completo. Usos menos

    comuns. Exerccios.

    Cap.

    XXVIII

    O Incompleto

    de

    Qal

    226-238

    Flexes

    pessoais. Raiz.

    Origem

    das flexes. Vogal

    original do

    preformativo

    do

    incompleto,

    ativo

    e

    estativo. Dghsh

    Iene

    na

    letra

    mdia.

    Vocalizao

    e

    acento

    tnico.

    Formas

    pausais.

    Modos

    de

    traduzir. Uniformidade

    geral do

    emprego

    dos

    dois

    tempos.

    Exerccios.

    Cap. XXIX

    Imperativo,

    Infinitos e

    Partcipos

    239-252

    Imperativo,

    ativo

    e

    estativo.

    Formas negativas.

    Passivo.

    Cohortativo.

    Imperativo

    enftico. Inf.

    construto

    e

    absoluto.

  • 7/25/2019 Gramatica Elementar Da Lngua Hebraica - Guilherme Kerr

    17/316

    SUMRIO

    xvii

    Cap.

    XXX

    O

    Vav

    Consecutivo

    253-259

    Que

    ?

    Caratersticos. Usos.

    Generalizao

    do

    uso.

    Uso

    impessoal.

    Deslocamento

    da

    slaba

    tnica.

    O

    vav

    simples

    em

    clausulas finais.

    Exerccios.

    Cap.

    XXXI

    Graus

    do

    Verbo

    260-265

    Qal

    ou

    simples,

    Intensivo

    e

    Causativo. Vozes: ativa,

    reflexa

    e

    passiva.

    Nomes desses

    graus, tirados

    da

    forma que

    o

    verbo

    Pa'al

    assumia;

    Graus

    ou

    Conjugaes?

    Reuchlin. Exerccios.

    Cap.

    XXXII

    O

    NiPHAL

    266-276

    Caratersticos. O

    dghsh

    na

    la. letra

    da

    raiz do

    Incom-

    pleto

    e

    formas cognatas. Duas formas

    do

    infinito absoluto.

    No

    verbo fraco. Forma

    pausai.

    Morfologia. O

    prefixo

    ]n

    tem fora reflexiva. Desinncias pessoais. Significado:

    \'oz

    reflexa;

    ao

    recproca;

    gerundivo latino. Exerccios.

    Cap.

    XXXIII

    O

    Intensivo

    277-292

    Caratersticos. Dghsh forte na letra

    mdia.

    O

    D

    nos

    particpios

    dsse

    grau em

    diante. Pontuao.

    Forma

    origi-

    nal.

    Significado do Piei .

    No

    verbo denominativo. Formas

    raras:

    Poel,

    pilei, polel,

    palal,

    pilpel, polpal, pealal .

    Sentido

    frequentativo

    dessas

    formas.

    O

    Pual

    a

    voz

    passiva

    do

    intensivo. Caraterstico

    da

    voz

    passiva

    ou

    breve.

    Cap.

    XXXIV

    HiTHPAEL Intensivo Reflexo

    293-303

    Caratersticos:

    O

    prefixo

    DTl

    que tem fora reflexiva

    e

    o

    dghsh

    forte

    na

    letra mdia da

    raiz.

    Origem das vogais.

    Alteraes morfolgicas

    do

    prefixo

    Jin.

    Significados:

    Formas

    raras. Exerccios.

    Cap. XXXV

    O Causativo

    Hiphil

    ou

    Hophal

    304-319

    Caratersticos

    no completo, no

    incompleto

    e

    no

    particpio.

    Jussivo

    distinto do

    incompleto.

    Incompleto com vav

    con-

    secutivo.

    Imperativo.

    Cohortativo.

    Inf. construto

    e

    abso-

    luto.

    Formas

    defectivas.

    Hophal

    passiva

    do

    causativo.

    O

    u original.

    Incompleto

    e

    particpio

    presente. Significado

    do

    causativo.

    Exerccios.

    Cap. XXXVI

    Sufixos Objetivos

    ao

    Verbo

    320-344

    Preliminares. Sufixos

    nominativos.

    Voz reflexa. Formas

    dos

    sufixos.

    Observaes.

    Formas raras. Distino dos

  • 7/25/2019 Gramatica Elementar Da Lngua Hebraica - Guilherme Kerr

    18/316

    xviii

    GRAMTICA

    HEBRAICA ELEMENTAR

    Na

    3a.,

    na

    2a.

    fem. sing.

    e

    na

    2a. masc.

    plural.

    Acento

    tnico.

    Efeitos

    sobre

    as vogais mutveis do

    verbo. Analogia das

    declinaes.

    No

    infinito

    do

    verbo, que segue

    a 2a.

    declinao,

    h

    uma

    diferena

    no sheva . Peculiaridades

    do

    verbo esta-

    tivo.

    O

    nun

    demonstrativo

    ou

    enrgico. Exerccios.

    Cap.

    XXXVII

    Os

    Numerais

    345-361

    Peculiaridades

    sintticas

    de

    gnero

    e

    nmero, um, dois;

    e

    trs

    a

    dez.

    Onze

    a

    dezenove.

    As

    dezenas, vinte,

    trinta

    etc.

    Compostos de dezenas

    e

    unidades. Peculiaridades

    de

    forma.

    Dual

    multiplicativo. Ordinais. Fracionrios.

    Tabela

    dos

    cardinais.

    Exerccios.

    Cap.

    XXXVIII

    Partculas

    362-381

    Primitivas

    e derivadas.

    Composio.

    Interrogativa

    7]

    e

    sua

    pontuao.

    Precativa

    encltica com

    o

    imperativo.

    Preposi-

    es.

    Compostas

    com

    outras ou

    com

    substantivos. Advr-

    bios:

    primitivos,

    derivados por

    fragmentao. Por con-

    trao

    de elementos diferentes. Outras categorias com

    funo

    adverbial.

    Conjunes.

    Interjeies.

    Conjunes

    correlatas. Adversativas.

    Cap.

    XXXIX

    Partculas

    COM

    Sufixos

    382-407

    As inseparveis. Formas poticas.

    Di^

    com.

    como

    prep.

    com

    e

    como sinal

    de

    acusativo definido.

    e

    Ti?.

    Advrbios diversos.

    n' l

  • 7/25/2019 Gramatica Elementar Da Lngua Hebraica - Guilherme Kerr

    19/316

    SUMRIO xix

    QAL , s

    vezes

    no niphal

    e

    no

    hiphl .

    Enumerao

    dos cinco verbos e

    de

    alguns outros que

    ora

    seguem

    sse

    paradigma

    ora

    o

    de

    Pe

    Gutural.

    Cap.

    XLIII

    Verbo Avin

    Gutural

    442-457

    Caraterstico.

    Sofrem

    a

    influncia

    dos

    mesmos

    princpios

    que afetam

    os

    verbos

    Pe

    Gutural.

    Intensivos

    peculiares.

    Poel,

    Palel

    e

    Pealal.

    Incompletos

    em

    nos

    ayin-resh .

    Sufixos

    objetivos.

    Peculiaridades

    de

    '^^t'.

    Exerccios.

    Cap.

    XLIV

    Verbo

    Lmedh

    Gutural

    458-464

    Caraterstico.

    Sofre

    apenas a

    influncia

    de

    um

    princpio

    a

    preferncia

    das guturais

    pelas vogais

    da

    classe

    a .

    Insero

    de

    pathah

    furtivo.

    Formas

    pausais.

    Regularidade dos

    lmedh-rsh .

    Peculiaridade

    da

    2a. pessoa

    do

    feminino,

    completo.

    Exerccios.

    Cap.

    XLV

    \'erbo Pe Nun

    465-478

    Caratersticos.

    Casos

    de

    assimilao

    do

    Imperativo

    dos

    que fazem

    o

    incompleto

    em

    a e

    os em

    .

    Modalidades

    regulares.

    Aduo

    de

    sufixos.

    O

    verbo

    H]^'?

    e

    o

    jnj.

    Anoma-

    lia.

    Exerccios.

    Cap.

    XLVI

    Verbo

    Duplo

    Ayin

    Caraterstico.

    Casos

    de

    forma

    contrata.

    Raiz

    triliteral

    ou

    biliteral?

    Afinidade

    com os

    verbos ayin vav . Caratersticos

    peculiares. Aparecimento

    da

    letra dupla. Abreviamento de

    479-513

    Insero

    de

    vogal eufnica entre

    a

    raiz

    e

    o

    sufixo

    desinencial.

    Vogal tnica-longa nos preformativos.

    Niphal. Hiphil.

    Caratersticos comuns aos verbos ayin vav .

    Hophal.

    Intensivos: forma regular, pilpl

    e

    poel . Dupla forma

    e

    duplo

    sentido

    do mesmo grau.

    Exerccios.

    Cap.

    XLVII

    Verbos

    Quiescentes. (Pe

    Ydh,

    Pe Vav)

    514-537

    Quiescentes.

    Pe Ydh, Pe Vav . Trs categorias destes.

    Distinguir

    o

    Pe

    Vav do Pe Ydh . Caratersticos do

    verbo

    Pe Ydh .

    Formas

    anmalas.

    Caratersticos

    do

    Pe

    Vav .

    Confuso

    com

    o verbo Pe Nun .

    Formas vrias

    de

    infinitos. Reaparecimento

    do Vav

    original.

    Niphal.

    Hithpael.

    Hihpil

    e

    Hophal.

    Verbos

    assimilantes,

    Pe

    Ydh,

    Pe Vav . Confuso

    perfeita com

    o

    Pe

    Nun . Exerccios.

    Cap.

    XLVI II

    Verbos Ayin

    Vav,

    Ayin

    Ydh

    538-574

  • 7/25/2019 Gramatica Elementar Da Lngua Hebraica - Guilherme Kerr

    20/316

    XX

    GRAMTICA

    HEBRAICA

    ELEMENTAR

    sonantais no pertencem

    a

    essa

    categoria.

    Caratersticos.

    Vogal eufnica. Intensivos distintivos: forma

    regular, rara;

    pll,

    plal,

    hithpll,

    pilpel,

    polpal .

    Distino dos ayin

    ydh . Outros

    caratersticos. Formas aramaicas.

    Cap.

    XLIX

    Verbo

    Lmedh

    Aleph

    575-583

    Trao distintivo

    ser

    o

    t

    ri 'tyNl

    ri'?

    Ha tambm

    algumas

    que

    terminam

    em

    H

    tnico,

    rij^13.

    As

    terminaes

    do

    f.

    em

    D

    so

    geralmente

    precedidas por gutural, ex.

    Df?

    riTT.

    A

    terminao

    original

    do f.

    foi

    D e

    importante

    notar, porque

    as atuais formas

    do f. em

    Ti,

    reassumem ainda essa

    forma arcaica

    quando

    esto

    em

    construto

    com

    a

    palavra

    seguinte

    (

    98.-2)

    ou

    quando recebem

    sufixo

    pronominal

    (

    202.),

    ou

    em formas

    verbais

    do

    f.

    (No.

    332).

    Pensa-se

    que esta

    forma

    arcaica

    n

    de-

    generou

    em H

    ,

    porque

    a pronncia

    do

    D

    foi

    sendo

    negligenciada

    at

    se tornar

    inaudvel

    e o

    ento

    se

    alongou

    para,

    representado

    primeiramente

    s por

    um

    H

    {mater

    lectionis),

    ao

    qual

    os

    massoretas

    acrescentaram

    o

    que o

    precede

    (

    8.

    e

    10.).

    Nmero.

    Ha

    tres nmeros,

    singular,

    plural

    e

    dual, representados

    pelas

    seguintes

    desinncias:

    PI.

    m.

    D',

    PI. f.

    ni

    e

    Dual, m.

    ou

    f.

    . O tema singular

    do

    m. naturalmente

    arbitrrio

    no

    tendo

    nenhum

    trao

    distintivo.

    Cumpre

    observar

    que

    o

    Dual

    apenas um plural das cousas que

    aparecem

    aos pares

    em

    a

    natureza,

    no tem

    a significao de

    duas

    cousas,

    como

    no grego;

    e

    no

    se usa no verbo, nem no

    adjetivo,

    nem no

    pronome

    (No.

    73.

    e

    8L).

    Resume-se

    o que se disse no

    seguinte

    quadro:

    Singular

    Plural

    Dual

  • 7/25/2019 Gramatica Elementar Da Lngua Hebraica - Guilherme Kerr

    64/316

    40

    GRAMTICA

    HEBRAICA ELEMENTAR

    69.

    A

    formao

    do m.

    pl.,

    do

    dua

    c do

    f.

    sing.

    sc faz

    pelo

    acrscimo

    dos sufixos

    respectivos

    ao radical

    masculino,

    ex.

    ''pID

    cavalos,

    narinas

    (dual),nD1D

    egua

    (D1D

    ca^alo),

    D^V

    moo;

    noVl?

    moa.

    70.

    O

    f.

    plural sc faz:

    pelo acrscimo

    do respectivo sufixo

    ao radical,

    quando

    ste

    c

    f.

    independentemente

    de qualquer

    terminao,

    ex.

    ni l

    vento,

    espirito, pl.

    n1m~l

    ventos;

    ou pela substituio

    do

    sufixo do f. singular

    pelo

    do

    f.

    pl.,

    ex.

    HIlD

    mandamento;

    nl2fp

    mandamentos.

    71. O

    sufixo

    dual

    de

    uma palavra

    f. simplesmente

    acrescentado

    ao

    tema

    se

    ste no

    tiver

    j

    a desinncia

    do

    f

    .

    singular,

    ex.

    mo,

    D^^

    mos.

    Mas se

    a

    palavra

    j

    tiver

    a desinncia

    caraterstica

    do

    f., ela deve

    receber o sufixo

    do

    dual

    depois

    de

    trocar

    a

    desinncia

    atual

    do f.

    pela

    arcaica,

    ex.

    nsty

    lbio,

    plural

    'St'

    lbios

    (dual).

    72.

    H

    algumas

    palavras

    f.

    que

    fazem

    o

    pl.

    na

    forma

    m.,

    ex. n^tP

    ano,

    CJt'

    anos, e outras m. que fazem

    o.

    pl. na forma f.,

    ex.

    corao,

    ni33

  • 7/25/2019 Gramatica Elementar Da Lngua Hebraica - Guilherme Kerr

    65/316

    FLEXES DA

    PALAVRA

    41

    (14.-),

    ex.

    '-inv

    ~

    hebreu;

    r\\12V

    hebria;

    n^i^l^V

    hebrias;

    frota,

    m.

    navio,

    .

    A

    forma

    do

    pl.

    m.

    nesses

    casos

    de

    palavras

    terminadas

    com

    no

    singular,

    como

    Dn^V

    hebreus,

    (de

    hebreu)

    representa

    uma

    contrao da

    forma

    que

    deveria

    assumir

    o

    pl.

    D''n^V

    hebreus

    ( 'nav).

    D]

    gua e

    'Ot^

    cu

    so

    plurais

    que s

    se

    usam

    nesse nmero

    e

    no

    duais como poderiam

    parecer.

    A

    slaba

    tnica, porm, a

    penltima,

    talvez

    por

    analogia com o

    dual

    que

    termina do

    mesmo

    modo. Os

    respectivos singulares

    so

    'D

    e

    'Dt^,

    que no

    se usam.

    O

    dual

    em algumas

    poucas

    palavras

    significa

    dois,

    como

    em

    'Di'

    dois

    dias,

    'rijt?

    dois

    anos. Com os

    numerais

    pode

    expressar

    idia

    multiplicativa, mas

    esses

    casos

    pertencem

    j

    sintaxe

    (

    73.-).

    Existe

    uma terminao

    H

    ,

    vestgio

    do acusativo

    hebraico,

    que se

    chama he

    local

    ou de

    direo

    e

    substitui

    a

    preposio

    de

    movimento

    para,

    ou

    expressa

    idia local,

    ex.

    n^nip

    para

    o

    Egito, ou

    n^ jA

    em

    terra;

    HD^t)

    no

    ceu.

    No

    se deve

    confundir com a

    desi-

    nncia

    do

    f.

    que sempre leva

    o

    acento tnico,

    ao

    passo que

    no

    caso

    presente a

    tnica

    na

    penltima. Ha ainda

    a

    terminao

    H

    para-

    ggica,

    que

    no altera

    o sentido da palavra

    e

    tambm

    se distingue

    do

    sufixo

    do f. por

    levar

    a tnica na

    penltima,

    ex.

    h''^

    e

    t''^

    noite,

    ambas as

    formas,

    masculinas,

    e outras.

    Alguns gramticos

    discutem

    sse

    ponto

    do

    gnero

    dessas

    palavras,

    mas

    Gesenius

    e

    Green julgam

    improcedentes

    as

    razes

    alegadas.

    As palavras

    terminadas

    em

    11

    perdem

    essa

    desinncia ao

    rece-

    berem

    os

    sufixos do plural

    e

    do dual,

    ex. nity

    campo,

    nllty

    campos.

    Desinncias

    anmalas

    do

    feminino.

    Ha

    algumas terminaes

    an-

    malas

    do f. como

    a

    forma

    aramaica

    ,

    ex.

    sono,

    em que o

    N

    substitui

    o n.

    Salmo

    127:2;

    e

    na

    poesia

    nri

    ,

    que

    deve ser

    um

    f.

    com

    n paraggico

    ou ento

    uma

    dupla

    desinncia do

    f.,

    ex.

    iiri^lty^

    salvasiO,

    Sal.

    3:3,

    Jon.

    2:10,

    (H^lt:';);

    nn^TH =nNn

    e^/c;

    e

    noutros casos

    ainda.

    Distino

    de

    gnero.

    As

    palavras

    do

    gnero

    masculino

    no

    teem

  • 7/25/2019 Gramatica Elementar Da Lngua Hebraica - Guilherme Kerr

    66/316

    42

    GRAMTICA

    HEBRAICA

    ELEMENTAR

    86. Distingue-se

    o

    gnero

    dos

    seres

    vivos:

    1)

    Por

    formas

    arbitrrias,

    que

    designam

    seres

    do

    sexo m.

    ou

    do

    f.,

    ex.

    3ll\0),

    etju,

    amo,

    sou, etc.

    Alguns

    verbos

    fracos, excepcionalmente

    se

    nomeiam

    pelo

    infinito

    como em

    nossa

    lingua

    (

    541.-).

    Quando

    se

    diz,

    portanto,

    o

    verbo

    2D3 ou

    ^'?n,

    de

    fato,

    se diz

    o

    verbo

    escreveu ou andou,

    embora sempre

    se

    traduza por

    escrever

    e

    andar no

    vocabulrio,

    simplesmente

    porque

    pelo

    infinito

    que

    se

    nomeia

    o

    verbo

    em

    portugus.

    Essa a

    forma fundamental

    do

    verbo,

    a

    raiz,

    tema

    ou radical,

    qual

    se

    aduzem

    afixos

    que

    servem para

    distinguir

    pessoa,

    gnero

    e

    nmero

    e

    outras modalidades.

    sses

    afixos

    entram

    como

    sufixos

    no

    completo

    e

    como

    prefixos,

    na maioria dos casos,

    no

    incompleto,

    nomes

    que

    daremos

    aos

    dois

    tempos

    fundamentais,

    perfeito

    e

    im-

    perfeito dos

    gramticos,

    por motivos

    adiante expostos.

    211. Radicais.

    O

    radical

    hebraico consta

    geralmente

    de

    trs letras

    (con-

    soantes). O

    nome

    (adjetivo

    e

    substantivo)

    tem

    vogais

    longas

    ge-

    ralmente

    nas

    duas

    slabas

    e

    o

    verbo

    tem

    vogal

    breve

    na ltima

    slaba,

    ex.

    Tt^' justo; It?'

    ser

    justo.

    Os

    gramticos

    explicam

    que os

    nomes

    representam

    a

    ideia

    parada

    e o

    verbo

    representa

    a

    idia em

    movimento, pelo

    que o verbo tem vogal mais leve.

    Muitos

    verbos,

    porm,

    levam

    na

    segunda

    slaba

    e alguns

    (hlem).

    stes so

    os

    estativos, que

    exprimem

    um

    estado

    fsico

    ou

    mental

    do

    sujeito. Essas vogais

    e

    foram

    primitivamente

    breve

    e

    breve, respectivamente

    e

    que se

    alongaram

    por

    se acharem

    sob

    a

    slaba tnica. A

    vogal

    primitiva

    do

    verbo

    ativo,

    3ri3,

    na pri-

    meira

    slaba

    tambm

    foi

    breve

    ,

    que

    se

    alongou

    para

    por

    vir

  • 7/25/2019 Gramatica Elementar Da Lngua Hebraica - Guilherme Kerr

    136/316

    112

    GRAMTICA

    HEBRAICA

    ELEMENTAR

    reflexa

    da ao

    sobre

    o

    sujeito

    mui

    proeminente, no

    precisa

    de

    vogais

    leves como

    os

    que expressam

    a

    ao

    em

    movimento.

    H

    alguns

    radicais

    biliterais

    e

    poucos

    quadriliterais

    (

    186,

    187.).

    212. Tempos.

    H dois

    tempos

    fundamentais,

    o completo,

    que

    expressa

    a ao

    acabada, completada, mesmo

    que se

    refira

    ao

    futuro,

    como

    no

    futuro

    composto

    nosso,

    ex. quando chover,

    eu

    j

    terei

    chegado;

    e

    o

    incompleto,

    que expressa

    a

    ao no

    acabada,

    quer

    seja no pre-

    .sente,

    passado ou futuro. No h

    a

    noo cronolgica

    nesses dois

    tempos,

    mas

    o

    uso

    rigoroso

    do

    completo

    para

    as

    aes

    terminadas,

    em

    qualquer

    tempo

    e

    o incompleto para

    as

    que ainda

    no se com-

    pletaram;

    ou para os estados mentais

    ou

    fsicos

    completa

    ou

    in-

    completamente

    realizados,

    no

    caso dos verbos estativos. Por

    essa

    razo

    denominaremos

    de

    completo

    e

    incompleto

    os

    dois

    tempos

    e

    no de

    perfeito

    e

    imperfeito,

    como geralmente

    o

    fazem

    os gramticos.

    Alis

    todos

    eles

    insistem

    em que essa nomenclatura no

    acertada,

    continuando

    a

    us-la,

    porm. H

    tambm

    os

    que

    chamam

    o im-

    perfeito

    de

    futuro,

    em compndios

    e

    lxicons,

    o

    que

    se

    torna

    ainda

    mais

    imprprio.

    W.

    H. Lowe,

    em

    sua

    gramtica, denomina

    j

    esses tempos

    de

    completo

    e

    incompleto.

    213. Desinncias

    pessoais. Procedem

    quase

    todas das partes significa-

    tivas

    do

    pronome

    pessoal

    (

    37,

    41)

    e se

    aduzem

    ao

    radical

    no

    completo

    como

    sufixos

    e

    no

    incompleto, principalmente como

    prefixos,

    havendo

    necessidade

    de

    se

    suplementar

    algumas

    das

    pessoas

    com

    sufixos, visto

    que os prefixos

    se

    desfiguram devido

    distncia

    da

    slaba tnica

    e

    perdem

    as

    vogais

    distintivas,

    de

    cada pessoa

    (

    226).

    214.

    Outras

    flexes.

    O

    radical

    sofre alteraes

    internas em

    suas

    conso-

    antes

    e

    vogais bem como externas

    por prefixos

    e

    sufixos,

    para ex-

    pressar modalidades diferentes, grau (forma

    peculiar

    do

    verbo

    hebraico

    e de

    outras

    lnguas

    semitas),

    voz e

    desinncias caratersticas

    do

    objeto direto

    (

    260-324).

    215.

    Flexes

    pessoais do completo.

    Tomando

    como

    ponto

    de

    partida

    a

    forma verbal

    mais

    simples,

    que a

    terceira

    pessoa

    do

    masculino

    singular

    do

    completo,

    '^^R.

    natural que

    sigamos ordem

    di-

    ferente

    da que

    costumamos

    seguir

    nas

    linguas ocidentais

    na con-

  • 7/25/2019 Gramatica Elementar Da Lngua Hebraica - Guilherme Kerr

    137/316

    VERBOS

    113

    pessoas

    que

    seriam

    comuns

    de

    gnero

    em

    portugus,

    como

    na

    3a.

    do

    singular

    e na 2a.

    pes.

    tanto

    do

    singular como

    do

    plural.

    216.

    O

    completo,

    portanto

    se

    faz

    assim:

    3a. pes.

    m. sing.

    ^Df?

    3a.

    pes.

    pl. comum

    ''''^R

    3a.

    pes.

    f.

    sing.

    i^*?^ ^

    2a.

    pes.

    m.

    sing.

    ^

  • 7/25/2019 Gramatica Elementar Da Lngua Hebraica - Guilherme Kerr

    138/316

    114

    GRAMTICA

    HEliRAICA

    ELEMENTAR

    slaba

    que

    fora tnica

    e

    se

    tornou

    pretnica

    aberta,

    porque

    o sufixo

    voclico recebe sobre

    si

    o

    acento tnico,

    tem

    a

    sua vogal

    reduzida

    a

    um

    sheva

    voclico,

    ex.

    ISrtS

    escreveram.

    Os

    sufixos consonantais

    so tonos, exceto

    os do plural m.

    e

    f.,

    2a.

    pessoa.

    Os do

    singular, m.

    e

    f.

    2a. pessoa nenhuma

    alterao

    fazem

    no

    radical

    a

    que

    so

    aduzidos.

    Naturalmente

    a

    ltima

    consoante

    do

    radical

    tem

    que

    levar um

    sheva

    mudo

    ou secante,

    visto

    que

    a

    slaba fechada

    e

    nenhuma

    consoante

    sonora no

    meio

    da

    palavra

    pode

    vir

    sem

    vogal ou sinal

    de

    reduo

    ou

    ausncia

    de vogal

    (

    14.

    fim), ex. ri^?

    lembraste,

    m. e

    f.

    A

    tnica fica

    onde

    estava

    e,

    portanto,

    a

    pretnica aberta conserva

    a

    vogal

    alongada

    que

    lhe

    prpria. A mesma

    cousa

    acontece

    com

    o

    sufixo

    da

    la.

    pessoa,

    tanto

    no

    singular,

    ''rilDr

    lembrei,

    como no

    plural,

    IJlSj

    lem-

    bramos,

    ambos

    consonantais.

    Os da 2a. pes.

    plural,

    m.

    e

    f., como

    recebem

    a

    tnica,

    no alteram

    a

    vogal

    da

    pretnica porque

    fe-

    chada

    tona,

    ID,

    mas

    a vogal

    da

    ante-pretnica

    aberta

    reduz-se

    a

    sheva voclico,

    \,

    isto

    Drf lD|

    lembrastes;

    o

    f.

    a

    mesma cousa

    salvo

    o

    sufixo.

    Portanto,

    sses casos seguem

    a

    lei

    geral

    fontica

    das

    vogais

    (

    119.-)

    s

    havendo

    diferena

    da

    fontica

    dos

    nomes,

    quando

    o

    verbo recebe

    sufixo

    voclico para expressar

    a

    desinncia

    pessoal

    subjetiva

    (

    121-a.-).

    219. Os verbos

    estativos

    em

    conservam

    o

    apenas

    na

    terceira

    pes.

    ni. sing.

    e

    s

    vezes

    em

    outras pessoas

    na pausa,

    133

    le

    pesado;

    ri~I33

    tu

    es

    ou

    foste

    pesado. Mas os

    estativos

    em

    (),

    con-

    servam

    essa

    vogal

    em todo o completo, apenas

    abreviado

    para

    (o)

    na segunda

    p.

    plural,

    m. e

    f., ex.

    'n^bf?

    sou pequeno,

    DriJj )

    sois

    pequeno,

    h'Dl

    le

    capaz;

    ri'?3^

    tu

    es

    capaz;

    n'73'

    ela

    capaz.

    Aqui

    naturalmente

    o

    '

    ()

    se

    reduziu

    a

    sheva

    porque

    o

    sufixo

    f.

    voclico

    (

    121-b,

    218.-).

    220.

    Efeito

    da

    pausa

    sobre

    as vogais.

    Quando

    a

    slaba tnica com

    vogal

    breve

    coincidir

    com

    a

    pausa

    no fim de uma

    sentena

    ou

    mesmo

    no

    meio

    dela,

    a

    sua

    vogal

    se alonga,

    assim: 13T,

    se

    torna

    13J,

    e

    'fl )??,

    'rriZll.

    s vezes a

    exigncia da cantilao

    ou do

    ritmo

    restauram

  • 7/25/2019 Gramatica Elementar Da Lngua Hebraica - Guilherme Kerr

    139/316

    VERBOS

    115

    77*70^5

    ou

    n'7J^,

    n'75'.

    Deve-se

    notar

    que

    o

    alongamento

    sempre

    para

    a

    vogai

    da

    classe da

    vogal

    primitiva da

    palavra.

    221. Slaba

    tnica.

    Tratando

    da

    fontica

    das

    vogais

    ao

    se

    aduzirem

    sufixos ao tema,

    dissemos

    algo

    sobre

    a

    tnica

    que convm aqui

    re-

    sumir. Os sufixos

    voclicos, que

    no completo

    so s

    dois

    e

    e os

    sufixos

    pesados que so

    os

    do

    plural

    na

    segunda

    pessoa

    do

    m.

    e

    do

    /.,

    tem

    e

    ten,

    sempre

    atraem sobre

    si mesmos o acento tnico.

    Por-

    tanto

    s as

    pessoas

    seguintes, 3a,

    f.

    sing.

    3a.

    pl.

    c.

    e

    2a. plural,

    ni.

    e

    f.

    levam a

    tnica no fim.

    As

    demais pessoas

    teem o

    acento tnico

    na

    penltima slaba.

    A

    2a.

    pes.

    fem.

    sing.

    tambm

    tem

    acento

    na

    ltima

    slaba, visto

    que

    o

    Fl

    final

    que

    a

    carateriza

    no

    tem

    vogal.

    222.

    Usos do

    completo.

    Como

    vimos

    j,

    os

    tempos

    para

    o hebreu

    e

    para

    os

    semitas em geral

    no expressavam a

    poca

    de

    durao

    da

    ao

    do

    verbo

    ou do

    estado do

    agente, mas serviam

    para

    indicar

    se

    a

    ao teve ou

    no acabamento

    completo ou se o estado mental

    ou

    fsico

    teve

    plena

    realizao.

    Da

    resulta

    que

    ao

    traduzirmos

    o

    com-

    pleto (perfeito dos

    gramticos) devemos ter em

    vista

    o

    emprego

    de

    tempos

    que

    expressem

    o

    acabamento da

    ao,

    ou a

    plena

    realizao

    do estado que a

    raiz do

    verbo

    indicar.

    Normalmente,

    portanto,

    deve-se

    traduzir pelo

    nosso

    perfeito

    simples, pelo mais que perfeito,

    quando

    significar

    uma

    ao

    acabada

    do

    ponto

    de

    vista

    de

    outra ao

    passada,

    e

    ainda

    pelo

    futuro

    com-

    posto, quando expressar

    uma

    ao acabada com

    relao,

    porm,

    a

    um

    ato

    futuro, ex. No

    princpio criou Deus . . .

    (completo);

    de-

    scansou de toda a

    obra que

    fizera

    (completo), Gen.

    2:2;

    Is.

    4:3-4-

    .

    . .

    quando

    o

    Senhor lavar (tiver

    lavado)

    . .

    .

    etc.

    fut. perf.

    com-

    posto do subjuntivo nosso

    (em

    hebraico,

    o

    completo

    ou perfeito).

    A

    ao

    futura mas

    acabada

    em

    relao

    a

    outras aes

    futuras

    do

    V.

    3.

    O

    modo

    mais

    comum

    de

    se

    traduzir

    o

    completo

    o

    nosso

    tempo

    pretrito

    perfeito

    (simples),

    portanto.

    223.

    Maneiras

    menos

    comuns

    de

    traduzir

    o

    completo:

    H

    lugares,

    no entanto, em que

    o completo

    se traduz por

    tempos

    que

    parecero,

    primeira

    vista, contrariar

    esse

    princpio

    da ao

  • 7/25/2019 Gramatica Elementar Da Lngua Hebraica - Guilherme Kerr

    140/316

    116

    GRAMTICA

    HEBRAICA

    ELEMENTAR

    Assim,

    O completo

    pode

    ser

    tambm traduzido:

    1)

    Pelo

    nosso presente

    quando

    expressa

    verdades

    gerais

    ou

    aes

    de

    ocorrncia

    frequente,

    ex.

    A

    grama

    seca

    (secou),

    Sal.

    84:4

    At

    o

    pardal

    acha

    (achou)

    casa .

    .

    .

    Especialmente

    aparece

    esse

    uso

    na forma

    negativa:

    No faz (fez)

    mal

    ao seu

    prximo

    .

    . .

    Sal.

    15:3.

    Tambm

    se

    pode

    traduzir

    pelo

    presente

    o

    verbo estativo,

    no

    qual

    o

    estado se

    considera como

    tendo

    alcanado

    realizao

    plena,

    ou existncia

    completa,

    pelo que, se

    expressa

    o

    estado

    ou

    condio

    pelo

    completo. Mas como esse

    estado permanente, como

    que

    continua, fica

    melhor

    expresso

    em

    nossa

    lngua pelo

    presente,

    ex.

    Is.

    1

    :3

    Conhece

    (conheceu)

    o boi o

    seu

    possuidor.

    . . .

    Assim

    como

    o

    verbo odiar,

    lembrar,

    regosijar-se,

    etc. O

    verbo

    n^il

    ser,

    quando expresso,

    particularmente, suscetvel

    de

    ser assim

    tra-

    duzido,

    ex.

    ...

    os

    teus

    servos

    no

    so

    (VH) espias

    .

    . .

    Gen.

    42:11

    e

    V.

    31

    ...

    no

    somos

    (13 n)

    espias.

    Mas

    sse

    verbo

    em

    geral

    subentendido.

    2)

    Pelo

    imperfeito

    nosso. Em estilo

    de

    narrativa,

    especialmente

    com

    o

    verbo

    n^H

    ser, o

    que parece estranho

    porque

    o

    imperfeito

    nosso

    sempre indica

    uma

    ao

    no acabada no

    passado. No

    entanto,

    nesses

    casos,

    a

    condio expressa pelo verbo est acabada

    do

    ponto

    de

    vista do

    narrador,

    ex.

    a

    terra

    era (nri'ri)

    informe

    e

    vazia

    . . .

    Gen.

    1 :2

    e

    Havia (H^n t^^N)

    um homem da

    terra

    de Uz

    . . .

    .

    Job.

    1

    :1.

    Verdade que

    tambm

    se

    poderia dizer:

    A terra

    foi

    informe

    . . .

    e

    Houve

    um homem,

    etc.

    Felizmente

    so

    mais

    raros esses casos.

    3)

    Peio nosso

    futuro

    simples. Quando

    a ao ou

    condio

    futuras so to

    certas

    imaginao

    do

    escritor

    que

    le

    j

    a

    con-

    sidera

    realizada, completada.

    Aparecem nessa forma ameaas

    e

    promessas.

    224. Relaciona-se

    com

    este

    ltimo

    uso,

    o

    chamado

    perfeito

    proftico,

    em

    que

    a

    f

    e

    a

    imaginao vvida dos

    profetas considerando

    como

    j

    realizadas

    as cnas por

    les

    preditas

    ou

    as

    vises

    recebidas

    de

    Deus,

    registravam

    a

    sua

    mensagem

    acerca

    de

    cousas

    futuras,

    ex. Is.

    1

    :5

    se nos deu

    ....

    e

    no

    v.

    I,

  • 7/25/2019 Gramatica Elementar Da Lngua Hebraica - Guilherme Kerr

    141/316

    VERBOS

    117

    Nota

    Tambm

    pode

    ser

    traduzido pelo modo

    condicional,

    quando

    vem

    numa

    sentena

    dependente de

    uma

    condio

    estabelecida

    noutra;

    ou

    ainda

    pelo

    subjuntivo,

    de acordo

    com

    as partculas

    que

    iniciarem a

    clusula em

    que

    aparece.

    Mas

    todos

    sses

    casos

    enu-

    merados

    de

    1 a 4

    pertencem

    mais

    ao

    domnio

    da

    sintaxe.

    Vocabulrio:

    13y

    servir,

    trabalhar, lavrar.

    -inN

    outro.

    PI.

    DnnN.

    3i;-|

    fome.

    T

    T

    jf^r

    adj.,

    velho; verbo,

    ser

    velho, estar velho,

    'ri'?

    13

    criei, fiz crescer;

    Piei

    de

    VlJ,

    ser grande.

    yi^S

    rebelar,

    '^i'

    ser

    capaz, poder.

    h3\^

    comer.

    T

    nyp

    possuidor,

    comprador,

    injip

    seu

    possuidor,

    dono.

    ]bj;)

    ser pequeno.

    esconder.

    3ri7

    abandonar.

    -

    T

    n:ty, f.

    ano, pl.

    n^W,

    construto

    pl.

    ''W.

    'D'

    constr. pl.

    de UV

    dia.

    '^n

    vida,

    do

    part.

    'fl

    vivente,

    vivo.

    'ynty

    setenta.

    A

    sentena

    idiomtica

    Tenho setenta

    anos (Eu

    sou sou

    filho

    de setenta

    anos).

    A anterior

    tambm:

    Quantos anos

    tens ?

    (Quantos

    so os

    dias

    dos anos de tua vida).

    iVn

    sonho, rhu

    sonhar,

    n

    partcula

    interrogativa.

    inimigo.

    inx

    maldito.

    Hinx, f.

    maldita.

    por

    tua

    causa.

    Por

    causa

    de

    ti. Por

    amor

    de

    ti.

    na'?-

    Porque? (10+'?)

  • 7/25/2019 Gramatica Elementar Da Lngua Hebraica - Guilherme Kerr

    142/316

    118

    GRAMTICA

    HEBRAICA

    ELEMENTAR

    '

    Exerccio

    45

    n^rib^

    nr)']np^

    rnl^p

    cnnio;

    vi^

    :mn^

    n.^T

    nm

    ^n^i2

    D^^n

    :^n

  • 7/25/2019 Gramatica Elementar Da Lngua Hebraica - Guilherme Kerr

    143/316

    o

    INCOMPLETO DE

    QAL

    119

    Captulo XXVIII

    O

    INCOMPLETO

    DE

    QAL

    226.

    Flexes pessoais.

    As

    partes significativas dos

    pronomes

    (

    41.-)

    entram

    como

    prefixos para a

    formao

    do

    incompleto.

    Os gram-

    ticos

    do

    como explicao

    dessa

    diferena

    do

    completo a

    seguinte

    razo: no completo

    que

    representa

    a

    ao

    acabada

    o

    sujeito ou

    agente

    da

    ao

    menos

    importante

    do que

    a

    prpria

    ao

    e

    por-

    tanto aparece

    depois

    do tema,

    como

    sufixo.

    No

    incompleto,

    porm,

    que

    expressa

    ao

    no acabada,

    o

    sujeito

    mais

    importante

    do

    que

    a

    ao e

    porisso

    vem, como

    prefixo,

    antes

    do

    tema. O fato,

    porm,

    que os prefixos

    s

    no

    bastam

    para

    distinguir bem

    uma

    pessoa

    de outra em certos

    casos, porque as

    vogais

    distanciadas da

    slaba tnica

    se reduzem

    ou

    abreviam,

    desaparecendo as

    distines

    pessoais,

    o

    que

    torna

    necessrio

    aduzir

    sufixos

    distintivos.

    O

    in-

    completo

    assume,

    pois,

    a

    seguinte forma:

    Singular:

    Ativo:

    3a.

    pessoa

    m.

    3a.

    pessoa

    f.

    2a. pessoa

    m.

    2a. pessoa

    f.

    la.

    pessoa

    c.

    Estativo :

    Plural

    Ativo:

    7];bbpn

    ^hiipn

    rfpbpn

    hbp)

    Estativo

    T

    :

    :

    227.

    Raiz

    do

    incompleto.

    O incompleto

    parece ter

    sido formado

    da

    raiz

    do

    verbo na

    sua

    forma

    abstrata,

    a

    saber, o

    infinito

    construto,

    '^bp,

    da,

    a

    sua

    pontuao

    no

    verbo

    ativo

    (e

    raramente

    em

    alguns

    estativos

    tambm),

    em

    na

    slaba

    final

    da 3a.

    pes.

    m.

    Mas o

    verbo

    estativo

    em

    e em

    :

    faz o

    incompleto

    em

    ,

    salvo

    raras

    excees.

    228.

    Origem

    das

    flexes.

    O

    '

    da

    3a.

    p.

    m.

    vem

    de

    IH, o 1

    substitudo

    por

  • 7/25/2019 Gramatica Elementar Da Lngua Hebraica - Guilherme Kerr

    144/316

    120

    GRAMTICA HEBRAICA

    ELEMENTAR

    secutivo

    e

    mais

    umas tres

    palavras,

    Prov. 21:8,

    Gen. 11:30, 2

    Sam.

    6:23

    (no

    q'n)

    e

    o prprio nome

    da

    letra vav. O sufixo

    1

    que

    distingue

    a

    3a.

    do

    pl.

    m.

    tem

    a

    mesma

    origem

    que

    a

    3a.

    pl.

    do

    completo

    (

    217.-).

    As

    formas em

    ]1,

    ainda

    aparecem,

    ex.

    Sal.

    104:28

    liyat?^;

    Josu

    4:6

    Rute,

    2

    :9

    ]ni:i:):

    ;

    1.

    Sam,

    2:22

    1332):;

    Sal.

    11

    :2

    ]13-j-r\

    229.

    Vogal

    do

    prefixo

    do incompleto. A

    vogal original

    do

    '

    preformativo

    do

    incompleto

    no verbo

    ativo parece

    ter sido

    ,

    que se atenuou

    em

    (

    114.). No

    verbo

    estativo, porm,

    a

    vogal original

    foi

    mesmo.

    A

    3a.

    p.

    sing. f. toma como prefixo,

    n,

    que

    provm,

    dizem os gra-

    mticos em

    geral,

    da

    terminao comum

    do f.

    que

    foi

    primitiva-

    mente

    D. A

    3a. do

    plural do f.,

    se

    distingue

    da

    3a.

    do

    singular,

    pelo

    acrscimo

    do

    sufixo

    HJ,

    oriundo

    do

    pronome

    Hn

    (

    37.).

    A

    2a.

    do

    m.

    sing. toma

    o

    prefixo

    D,

    oriundo do

    pronome

    ^^l^i,

    no

    se

    distinguindo,

    no

    entanto,

    da 3a. do

    f. sing. A 2a. do

    f.

    singular

    toma

    o prefixo

    n,

    de e o

    sufixo

    ''

    do

    mesmo pronome

    que

    foi

    'rit,

    por

    sua

    vez oriundo

    de

    'riJX

    (

    38.),

    distinguindo-se

    assim da

    2a.

    m.

    A

    2a. do

    m. pl. se distingue pelo acrscimo

    do

    sufixo

    1

    2a.

    m.

    sing. . .

    sse sufixo vem

    da

    forma arcaica do

    pronome

    da 2a.

    m.

    pl.

    DIFliS

    (

    38.-).

    Ainda aparecem

    as

    formas

    de

    verbos

    nessa pes-

    soa

    com

    a

    terminao

    ]1,

    ex.

    Gen.

    3:3

    e

    4

    ]inDri

    ;

    Deut.

    1:17

    ]iynB)ri

    (

    228),

    tnica, naturalmente.

    A 2a.

    do

    f

    .

    pl.

    idntica

    3a.

    f.

    pl.

    O

    seu sufixo

    {na)

    113

    procede

    dos

    pronomes da 2a.

    e da

    3a.

    f.

    pl.

    nWS

    e

    njn

    (

    37.).

    A

    la.

    pes.

    sing. toma o

    prefixo K

    e

    a

    la.

    do

    pl.

    3,

    dos

    pronomes

    '3X e

    lFIt?.

    respectivamente.

    Ambas

    essas pessoas so

    comuns

    de

    gnero.

    Nota

    A

    2a.

    f. sing.

    tambm

    ocorre

    com a

    desinncia

    y

    ex.

    Rute

    2:8

    TpSin

    e

    sem

    razo

    etimolgica.

    Talvez

    a

    analogia

    com

    a

    2a.

    m. pl. determinasse essa

    forma.

    A desinncia

    7]\

    da 3a.

    f.

    e 2a.

    f. pl.

    aparece

    como

    s

    vezes,

    ex.

    Gen.

    30:38

    ,1^^^?-

    A

    vogal

    do

    prefixo

    a

    mesma

    em

    todas

    as

    pessoas exceto

    na la.

    sing.

    que

    porque a

    gutural

    N

    prefere essa

    vogal muitas

    vezes.

  • 7/25/2019 Gramatica Elementar Da Lngua Hebraica - Guilherme Kerr

    145/316

    o

    INCOMPLETO

    DE

    QAL 121

    ela uma

    slaba

    fechada,

    em

    todas

    as pessoas,

    ex.

    p^',

    'p.ri,

    pN,

    etc.

    231.

    Dghsh

    Iene

    na

    letra

    mdia.

    O

    efeito

    do

    fato

    anterior

    que

    a

    2a.

    letra

    do

    radical

    se

    for do

    grupo

    BeghadhKephath

    tem

    que

    levar

    dghsh

    Iene,

    ex.

    3rip',

    em

    todas

    as

    pessoas.

    232. Fontica,

    vocalizao

    e

    slaba

    tnica. No

    incompleto

    o

    acento

    tnico

    recai sempre

    na ltima

    slaba, exceto na

    2a. e

    na

    3a.

    do

    f.

    pl., que

    teem o

    mesmo sufixo,

    7[\.

    Nestas pessoas

    a tnica

    a

    penltima.

    Quanto s

    vogais,

    ou

    pontuao, nada

    mais

    se precisa

    dizer seno

    o que

    j

    se

    estabeleceu

    no completo,

    a

    saber,

    que as

    desinncias

    feitas por

    sufixos

    voclicos

    (

    218.)

    tornam

    a

    ltima slaba, que

    era fechada,

    aberta

    e

    penltima,

    de modo que segundo

    a

    fontica

    do

    verbo

    a sua

    vogal

    se reduz a

    sheva

    voclico

    (

    121.b).

    Os

    sufixos

    voclicos

    no incompleto so

    2a.

    f.

    sing.

    e 1

    3a.

    pl.

    m.

    e

    2a.

    pl. m.

    O

    nico

    sufixo consonantal

    ao

    incompleto

    3a.

    e

    2a.

    pl.

    f.

    Naturalmente

    sses

    exigem que

    se

    pontue

    a

    ltima consoante

    do

    verbo

    (radical) com Sheva

    mudo ou

    secante

    (

    14,

    fim).

    Os

    pre-

    fixos exigem

    sheva

    mudo na

    primeira letra

    do

    radical

    (

    230).

    Isso

    se aplica tanto ao verbo ativo como

    ao

    estativo.

    233. Formas pausais.

    O

    efeito

    da

    pausa

    sobre

    as

    vogais,

    semelhante

    ao

    que se

    d

    no

    completo,

    o

    seguinte :

    No

    fim

    do

    verso

    e

    em

    acentos

    importantes

    mesmo no

    meio

    do verso,

    a

    pausa

    tem como

    efeito

    restaurar

    a

    vogal

    que

    se

    reduzira

    a

    sheva

    e

    ao

    mesmo

    tempo

    deslocar

    a

    tnica para

    essa slaba, que

    a

    penltima.

    A

    vogal restaurada

    sempre

    longa

    e

    da classe de

    origem, ex.

    l'7Cpp' se

    torna

    lb'Ji:)^;

    'nstyn, fica sendo

    '335^11.

    Alm

    de

    restaurar

    a

    vogal,

    a

    pausa tam-

    bm

    alonga

    a vogal breve

    do

    verbo,

    quando

    coincide

    com

    a

    tnica

    do

    verbo, ex.

    231^'

    se torna

    aSy'

    e 13311,

    1330.

    234.

    Modalidades expressas

    pelo

    incompleto. Servindo para

    expressar

    a

    ao no

    acabada

    ou

    os

    estados que

    no

    tiveram plena

    realizao,

    claro

    que

    o

    incompleto

    pode ser expresso

    de

    varias

    maneiras em

    nossa lngua.

    Depender

    a escolha

    da

    modalidade

    em

    que se

    de-

    ver

    traduzir

    o

    incompleto

    da

    boa inteligncia

    pelo

    leitor

    das

    cir-

    cunstncias

    em

    que

    a

    ao

    do

    verbo

    (ou

    o estado)

    foi

    expressa.

  • 7/25/2019 Gramatica Elementar Da Lngua Hebraica - Guilherme Kerr

    146/316

    122 GRAMTICA

    HEBRAICA

    ELEMENTAR

    235.

    Tanto

    pode ser traduzido pelo presente

    como pelo passado

    e

    pelo

    futuro.

    O

    importante

    notar

    que

    o

    incompleto expressa uma

    ao

    nascente

    e

    em

    progresso

    de

    realizao,

    como

    que

    procedendo ou

    evoluindo

    do sujeito,

    mas

    no acabada.

    Geralmente

    expressa:

    1

    O

    presente

    do indicativo, nos

    seguintes

    casos:

    um

    ato simples

    do momento,

    o

    que

    se

    poderia chamar

    de

    presente

    atual,

    ex.

    ^p_2Pi'r\ 2

    que buscas? (Gen.

    37:15). Certas

    expresses

    de

    verdades

    gerais,

    tambm,

    ex.

    Ifltyn

    o

    presente, ddiva,

    cega,

    Ex. 23:8.

    Em

    estilo

    potico

    ou elevado se pode expressar

    o

    nosso

    presente

    histrico

    pelo incompleto, visando dar relevo

    e

    vivacidade

    cna

    que se

    quer descrever.

    Os

    atos

    habituais, como

    ^'^Zin

    ph) l^^?

    como

    lambe

    o

    co

    . . .

    Juizes 7:5,

    tambm

    se expressam

    pelo incom-

    pleto.

    2

    O nosso

    imperfeito,

    quando

    se trata de

    uma

    ao

    passada

    mas

    repetida,

    ex.

    Gen. 2:6

    ^'^V.l

    ^^1

    um

    vapor subia

    . . .

    Ex.

    19:19

    mvi

    Wrib^n)

    nan;

    nti>0

    Moiss

    falava

    (repetidamente)

    e

    Deus lhe respondia (repetidas

    vezes). Expressa ao

    continuada,

    (no sem intermitncia

    que

    seria funo

    do particpio

    expressar),

    mas frequente, repetidamente.

    3

    O

    futuro

    simples

    nosso, quando representa

    uma

    ao no

    acabada, no futuro, prximo

    ou

    remoto. Essa

    a

    traduo

    mais

    frequente

    do

    incompleto.

    Abundam exemplos,

    Ex.

    6:1,

    Gen.

    12:12b,

    16:12,

    15:8.

    4)

    O

    nosso subjuntivo, com suas muitas nuances, como

    o opta-

    tivo,

    nas clusulas finais, condicionais

    e

    outras,

    depois

    de

    part-

    culas tlicas,

    de

    advrbios,

    de

    conjunes

    e

    do

    relativo pre-

    cedido de

    preposio. Tambm abundam os

    exemplos.

    At

    aqui

    os

    usos

    mais

    comuns do

    incompleto.

    5)

    O

    nosso

    perfeito

    simples.

    sse

    um

    caso

    menos

    comum

    e

    que

    pareceria contrariar

    o

    princpio

    fundamental,

    distintivo

    dos

    dois

    tempos,

    completo

    e

    incompleto.

    Quando isso

    acontece por

    vir

    o

    incompleto precedido de

    TN,

    ainda

    se pode

    perceber

    que o

    significado

    da

    partcula determina

    a

    traduo

  • 7/25/2019 Gramatica Elementar Da Lngua Hebraica - Guilherme Kerr

    147/316

    o

    INCOMPLETO

    DE

    QAL 123

    nn]

    m

    Ento

    Josu

    edificou

    um

    altar .

    . .

    Deut. 4:41

    hnni

    Ento

    separou

    Moiss .

    . .

    .

    236. Outros casos

    semelhantes so

    excepcionais,

    como os seguintes:

    Juzes

    2:1

    0:1:^00

    '^'^^

    ^(^

    vos

    fiz

    subir

    . .

    .

    .

    Casos

    como

    stes

    levam

    alguns

    autores

    a

    suspeitar

    de

    que o texto seja

    defectivo,

    nesse

    ponto. Em

    I

    Reis

    21:6

    ni3]

    13 ^ '3

    Porque

    falei

    a

    Naboth,

    etc.

    Aqui

    talvez

    conserve

    a

    fora de

    ao

    repetida,

    equivalente

    ao

    nosso

    perfeito

    composto:

    tenho

    falado,

    especialmente

    por

    ser

    o

    Piei

    (

    286.1).

    II

    Samuel 15:37

    ...