GUIA DE ATB

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  • 7/13/2019 GUIA DE ATB

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    GUIA DE UTILIZAO DE ANTI-INFECCIOSOS E RECOMENDAES

    PARA A PREVENO DE

    INFECES HOSPITALARES

    2012-2014

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    Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP)(Cmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

    Guia de utilizao de anti-infecciosos erecomendaes para a preveno de infeceshospitalares / coordenao Anna Sara S.Levin...[et al.]. -- 5. ed. -- So Paulo :Hospital da Clnicas, 2011.

    Outros coordenadores: Maria Beatriz G. SouzaDias, Maura Salaroli de Oliveira, Renata DesordiLobo, Cilmara P. Garcia.

    Vrios colaboradores. ISBN 978-85-62664-01-4

    1. Antiinfecciosos 2. Infeces hospitalares -Preveno I. Levin, Anna Sara S.. II. Dias, MariaBeatriz G. Souza. III. Oliveira, Maura Salaroli de.

    IV. Lobo, Renata Desordi. V. Garcia, Cilmara P..

    11-08204 CDD-614.44

    ndices para catlogo sistemtico:

    1. Antimicrobianos : Uso em hospitais : Infeces hospitalares : Medicina preventiva pblica 614.44

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    ELABORAO:Grupo e Subcomisses de Controle de Infeco Hospitalar do Hospital

    das Clnicas - FMUSP

    Manual aprovado em reunio da Comisso de Controle de Infeco

    Hospitalar do Hospital das Clnicas da Faculdade de Medicina da USP

    So Paulo, 2012 - 20145 edio

    GUIA DE UTILIZAO DE ANTI-INFECCIOSOS E RECOMENDAES

    PARA A PREVENO DE

    INFECES HOSPITALARES

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    GOVERNO DO ESTADO DE SO PAULO

    Geraldo AlckminGovernador do Estado de So Paulo

    Prof. Dr. Giovanni Guido CerriSecretrio de Estado da Sade

    HOSPITAL DAS CLNICAS DA

    FACULDADE DE MEDICINA DA

    UNIVERSIDADE DE SO PAULO

    Prof. Jos Otvio Auler JuniorVice-Presidente do Conselho Deliberativo no exerccio da

    Presidncia do Conselho Deliberativo

    Prof. Dr. Tarcisio Eloy Pessoa de Barros Filho

    Diretor Clnico

    Dr. Marcos Fumio KoyamaSuperintendente

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    ARTE

    Equipe tcnica de trabalho

    Comisso de controle de infeco hospitalar

    Adriana C. TonacioAdriana Pereira PaulaAdriana Sayuri HirotaAdriano Rotger ArmelinAlia Faustina CamposAlessandra Carvalho GoulartAlessandra Saito RegatieriAlessandra YoshiroAlexandre Suzuki HorieAlfio Rossi Jnior

    Alice Tung Wan SongAmanda MacielAmaryllis AvakianAna Carolina PosadaAna Cristina Garcia FerreiraAna Lcia MunhozAna Luiza GibertoniAna Marli Christovan SartoriAna Paola CastagnariAna Paula da Silva Herbella

    Ana Paula Matos PortoAna Paula Volpato

    Ana Silvia de AndradeAndre de Barros GiannettiAndr M. SiqueiraAndr Machado LuizAndr Oliveira PaggiaroAndrea CavalantiAndra Remgio Oliveira LeiteAngela Carvalho FreitasAnna Silva MachadoAntonio Carlos Nicodemo

    Atalanta RuizBernadete de Lourdes LiphausBianca Grassi de Miranda SouzaBrenno A. A. FaloBruno Cesar Batisra CocentinoBruno ZilbersteinCamila de Almeida SilvaCandida ParisCarla Renata CoutoCarlos Alberto Maganha

    Carlos DigoliCarlos Gustavo Moraes

    Celso Ricardo B. NevesChristiane TakedaChristina T. GallafrioCilmara Polido GarciaCinthia Yukie KugaClaudia ManginiCleide Roque dos SantosCleyton GregoryCornelius MitteldorfCristiano Melo Gamba

    Daiane CaisDaniel ngelo Valena PascoalDaniel L. BartmannDaniel Rogrio Mendes FernandesDaniela Mayumi MatsuokaDanilo DuarteDavid Everson UipDenise de Assis BrandoDoris AoshimaEdison Manrique

    Edson AbdallaEdson Carvalho de Melo

    COORDENAO CONSELHO EDITORIAL

    COLABORADORES

    Anna Sara S. LevinMaria Beatriz G. Souza DiasMaura Salaroli de OliveiraRenata Desordi LoboCilmara P. Garcia

    Profa. Dra. Anna Sara S. LevinDra. M. Beatriz G. Souza DiasDra. Maura Salaroli de Oliveira

    Dora Dias

    Anna Sara S. Levin

    Presidente

    Alea Faustina de CamposAlfio Rossi JuniorAna Lucia L. M. LimaCornelius MitteldorfDavid de Souza GmezDenise Brando de AssisFlvia Rossi

    Hlio Hehl Caiaffa Filho

    Jos Guilherme Mendes P. CaldasJos Ulysses Amigo FilhoJuliane YamashiroMarcia Faria AlvesMaria Aparecida Shikanai YasudaMaria Ivone Afonso AmaralMassayuki YamamotoPriscila Rosalba Domingos deOliveira

    Renata Dias Duenhas

    Ronaldo Cesar Borges GryschekRosana Ruiz BichueteSueli F. BastosTnia Mara V. StrabelliThas GuimaresVanusa Barbosa PintoWladimir Alves Pereira

    GESTO 2011 - 2015

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    Eduardo Alexandrino S. de MedeirosEduardo MoreiraEdvaldo CamposEliana Battaggia GutierrezElisa Teixeira MendesEmy Akiyama Gouvea

    rika FerrariEvandro BaldacciEvelyne Santana GiroEverton Alvarez FerreiraFabiano R. MaximinoFabio de Rose GhilardiFernanda de Souza SpadoFernanda MaffeiFernando Campos Gomes PintoFernando de Paula Machado

    Francisco Torgller FilhoFrederico Leon FernandesGerson Sobrinho Salvador OliveiraGisele DubocGladys Villas-Boas de PradoGlucia F. VarkuljaGustavo L. GuimaresHeloise M. Camilotti CodoHugo AbensurHugo Manoel Raz Morales

    caro BszczowskiIgor Thiago B. de Q. SilvaIsabel Cristina V. S. Oshiro

    Jssica Fernandes RamosJoo Carlos Pereira GomesJoo Nbrega de Almeida Jr.Jos Eduardo Monteiro da CunhaJos JukemuraJos Mauro Vieira JniorJosefina Eugnia Xavier de LucenaJuliana B. SchwabJuliana de Camargo FenleyJuliana Maria Silva SilveiraJulio CrodaKarim Yakub IbrahimKarina M. Peron

    Karina T. MiyagiLara Gurgel TvoraLaura Maria B. GomesLigia PierrottiLilian Pires de Freitas do CarmoLsia Gomes M. de Moura

    Lourdes MirandaLuciana MiyamotoLuciana Moura GoriLuciano Bello CostaLuiz Carlos Neves de OliveiraManoella AlvesMarcelo MagriMarcos Cyrilo de BritoMaria Aparecida S. TeixeiraMaria Esther Graf

    Maria Ivete BoulosMaria Rosa CursinoMaria Silvia Biagioni SantosMariana Garcia CrodaMarlia Miranda FrancoMarion Elke S. ArayaMarisol M. M. SantosMaristela P. FreireMariusa BassoMarjorie Vieira Batista

    Marlene Seiko I. OshiroMarta Heloisa LopesMaysa B. AlvesMaysa YanoMelissa MascherettiMirian de Freitas DalbenMnica VelhoteNelmy Angela SaadNilza Martins Ravazoli BritoOlivia Mari MatsuoPatrcia B. MartinoPatrcia BonaziPaula Resende Marques da SilvaPaulo Afonso Martins AbatiPaulo Rossi MenezesPedro Paulo Pereira

    Pedro TakanoriPriscila R. D. OliveiraRachel Russo LeiteRafael da SilvaRafael Said dos ReisRaphael Abego de Camargo

    Regina C.R.M. AbdulkaderRenata Maronna PraaRenata Oliveira SivelliRenata Puzzo BortoletoRicardo K. M. AlbernazRicardo VasconcelosRinaldo Focaccia SicilianoRoberto Eduardo BittarRogrio ZeiglerRonaldo C. B. Gryschek

    Rosana RichtmannRosilene de Mata EliosRubens Antonio Aissar SallumSamuel Soares Vieira SilvaSatiko GobaraSlvia Figueiredo CostaSilvia Pereira GoulartSlvia Vidal CamposSuzana Zaba WalczakTlib M. Moussallem

    Tnia Mara V. StrabelliTatiana S. GoldbaumTeresa GanidoThais GuimaresThatiane NakadamoriThiago Zinsly Sampaio CamargoValdir S. AmatoValria Paes LimaVera KrebsVivian I. A. SilvaViviane R. FigueiredoViviane ResendeViviani RossiWalquria Barcelos de Figueiredo

    APOIO ADMINISTRATIVOSueli Ferreira Raymundo - e-mail: [email protected] - Fone/Fax:(11) 3069-7066.

    AGRADECIMENTOAos professores da FMUSP, aos mdicos do HC e a todos aqueles que contriburam para as discusses das con-dutas, nos emprestando seu tempo e seu conhecimento. Em especial, agradecemos ao Grupo de Interconsultado Departamento de Molstias Infecciosas e Parasitrias da FMUSP.

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    7/1927Hospital das Clnicas FMUSPIN

    TR

    ODUO

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    8/1928 Hospital das Clnicas FMUSPINTR

    ODUO

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    9/1929Hospital das Clnicas FMUSP

    Introduo

    Chegamos 5 edio! um motivo de imenso orgulho para ns!

    Como nas edies anteriores, o Guia tem trs partes principais: recomendao de trata-

    mento de infeces, profilaxia antimicrobiana cirrgica e no-cirrgica e recomendaes de

    preveno de infeces hospitalares.

    A dinmica de elaborao continua privilegiando os estudos cientficos. Tem peso, tam-

    bm, a opinio dos nossos especialistas e as caractersticas prprias do nosso hospital, prin-

    cipalmente em situaes em que a literatura cientfica no conclusiva.

    Foram includos novos assuntos nesta edio, como por exemplo, doses de antimicrobia-

    nos em obesos e tratamento de infeces por bactrias multirresistentes. Foram atualizados

    muitos outros tpicos, em especial, o tratamento das infeces associadas a cateter venoso

    central.

    O Guia pretende abordar a preveno e o tratamento de infeces de uma maneira

    ampla. O uso adequado de antimicrobianos tem pelo menos duas dimenses importantes. Aprimeira visa o seu uso otimizado visando a melhor evoluo clnica possvel para o paciente.

    A segunda a minimizao dos efeitos adversos ocasionados pelos antimicrobianos, tanto

    sobre o prprio paciente quanto sobre a ecologia hospitalar e sobre a resistncia microbiana.

    Mas h ainda um aspecto to ou mais importante que o uso de antimicrobianos. As infeces

    associadas assistncia sade podem ser prevenidas atravs de medidas muito bem estu-

    dadas e conhecidas. Atualmente a reduo drstica das infeces depende da implantao e

    da adeso a essas medidas e este o maior desafio. Neste guia, as medidas so apresentadas

    de uma forma concisa, porm completa. Para maior detalhamento temos ainda outro guia,Manual Prtico de Procedimentos, entrando este ano na sua 2 edio.

    A novidade visvel o projeto grfico profissional o que faz com que a nova edio,

    embora ainda simples, esteja mais bonita.

    O nosso Guia foi elaborado com o objetivo primrio de padronizar condutas no Complexo

    HC de So Paulo. Ao longo do tempo, percebemos que as nossas condutas so adotadas

    e utilizadas largamente em todo o pas e que temos uma responsabilidade ainda maior do

    imaginvamos inicialmente.

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    10/19210 Hospital das Clnicas FMUSPSUM

    RIO

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    11/19211Hospital das Clnicas FMUSP

    SUMRIO

    Sumrio

    TRATAMENTO DE INFECESAbdome agudo inflamatrio

    Aspergilose invasiva

    Bactrias multirresistentes

    Candidaspp.

    Infeces invasivas e candidemia

    Infeces cutneo-mucosas

    Cateter Venoso Central

    stio

    Tnel

    Coleta de Hemocultura

    Clostridium difficile

    Criptococose

    Diarria aguda

    Endocardite em valva nativa

    Endocardite em valva prottica

    Endoftalmite endgena

    Endoftalmite ps-operatria

    Ginecologia (DIP)

    Hemodilise

    Herpes simplesInfeces associadas Derivao Ventrculo Peritoneal (DVP)

    Leishmaniose tegumentar americana e visceral

    Meningites em adultos

    Meningites em pediatria

    Neutropenia febril em adultos

    Neutropenia febril em pediatria

    Obstetrcia

    Infeco do stio cirrgicoM. ovular, I. puerperal, abortamento

    Mastite

    Ortopedia

    Otorrinolaringologia

    Amigdalite, otite, sinusite

    Parasitoses intestinais

    Partes moles

    Infeces de pele

    Infeces necrotizantes

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    12/19212 Hospital das Clnicas FMUSP

    SUM

    RIO

    P diabtico

    Peritonite associada a dilise peritoneal

    Peritonite Bacteriana Espontnea (PBE)

    Pneumonia comunitria em adultos

    Pneumonia comunitria em pediatria

    Pneumonia relacionada assistncia sonda (inclui PAV)

    Coleta de secreo traqueal em pacientes traqueostomizados ou entubados

    Pneumopatia por Aspirao em adultos

    Queimados

    Tuberculose

    Urologia

    Candidria

    Trato urinrio, infeces

    Vrus sincicial respiratrio

    PROFILAXIA CAntibioticoprofilaxia,princpios gerais

    Cabea e pescoo

    Cardiovascular

    Ginecologia

    Neurolgica

    ObstetrciaOftalmolgica

    Ortopdica

    Otorrinolaringologia

    Plstica

    Trato gastrointestinal

    Trax

    Urologia e procedimentos

    VascularCirurgias por vdeo

    Transplante de rgos slidos

    Trauma

    PROFILAXIA N Acidente ocupacional com risco biolgico (infeco por HIV/HBV)

    Cirrticos com hemorragia digestiva alta

    Doena meningoccica

    Endocardite bacteriana

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    13/19213Hospital das Clnicas FMUSP

    SUMRIO

    Endoscopia

    Fungos, profilaxia

    Mordedura humana e de animais

    Peritonite Bacteriana Espontnea

    Prteses no-cardacas

    StreptococcusGrupo B em RN

    Ttano

    Varicela-zster

    Vtimas de violncia sexual

    RECOMENDAES PARA PREVENO DE INFECO HOSPITALARMicrorganismos Multirresistentes: critrios para incio e retirada de isolamento de contato e

    investigao de contactantes

    Precauo para Clostridium difficilePrecauo para isolamento: precauo padro, precauo de contato, precauo respiratria

    com aerossis, precauo respiratria com gotcula, tabela de infeces/microrganismos e tipo de

    isolamento

    Preveno de Infeces do Trato Urinrio associado a:

    Cateter Vesical de Demora

    Cateterismo Vesical Intermitente Hospitalar

    Cateterismo Vesical Intermitente Domiciliar

    Preveno de infeco associada a cateteres intravascularesPreveno de infeco respiratria

    Preveno de infeco do stio cirrgico

    Uso de antisspticos

    Tuberculose:biossegurana e precauo respiratria

    Vacinao de profissionais de sade

    DOSES DE ANTIMICROBIANOS

    Anforeticina, Colistina, Poliximina B, VancomicinaInsuficincia heptica

    Insuficincia renal

    Funo renal normal

    Gestantes

    Obesos

    Infuso contnua de antimicrobianos

    Tabela de diluio de antimicrobianos

    NDICE REMISSIVO

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    TRATA

    MENTODEINFECES

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    EINFEC

    ES

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    TRATA

    MENTODEINFECES

    15Hospital das Clnicas FMUSP

    TIPO

    Apendicite edematosa oulcero-flegmonosa

    Apendicite perfurada,abscesso local ou peritoniteDiverticulite

    Fazer cobertura para

    Enterococcusse:Gram da coleo ou bacteremia

    por cocos gram- positivos

    M resposta ao tratamento

    clnico de diverticulite

    Desenvolvimento de coleo

    intrabdominal

    Peritonite terciria

    Pacientes com prtese valvar ouintravascular ou doena valvar

    DOSE AODIAGNSTICO2 g2 g

    0,5 g +240 mg

    0,5 g2g240 mg

    2g

    ANTIBITICO

    Cefoxitina OUcloranfenicol OU

    metronidazol +gentamicina*

    Metronidazol OUcloranfenicol +gentamicina* OUceftriaxoneAmpicilina

    INTERVALO

    1g q 6h1g q 6h

    0,5g q 8h +3-5mg/kg IV d.u.diria0,5g q 8h1g q 6h3-5mg/kg IV d.u.diria2g IV q 6h

    DURAO

    24 h

    > 5 dias e72h semsinais deinfeco**At o

    esclareci-mento dodiagnsticomicrobiol-gico

    TIPOColecistite

    aguda oucolangite

    COMENTRIOSAt 72 h aps o controle do

    quadro infeccioso (afebril eleucograma normal)

    PROVVEIS PATGENOSEnterobactrias +

    enterococcus + anaerbios

    ANTIBITICOCeftriaxone 1g IV q 12h

    + metronidazol 0,5g IV q8h OU ampicilina 6-8g/dia IV + gentamicina3-5 mg/kg IV d.u. +metronidazol 0,5 gIV q 8h

    ABDOME AGUDO INFLAMATRIO

    Abdome agudo inflamatrio

    * Usar ceftriaxone (2 g seguido de 1 g q 12h) se insuficincia renal ou alto risco de insuficincia renal** Para suspenso do antibitico: leucograma normal e ausncia de febre h > 72 h

    Pncreas e vias biliares

    REVISADO: fev/2011

    REVISADO: fev/2011

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    TRATA

    MENTODEINFECES

    16 Hospital das Clnicas FMUSP

    ANTIBITICOPancreatiteaguda levePancreatiteaguda grave

    Ciprofloxacina 400 mgIV q 12h + metronidazol

    500 mg IV q 8h OUImipenem 500 mg IV q8h ou de q 6h OUMeropenem 0,5- 1g IV q8h por 14 a 21 dias

    No h indicao

    30% de necrose visualizada em TC de abdomeDiagnstico de infeco (por cultura de aspirado por

    puno guiada ou intraoperatria ou hemocultura)Introduzir ATB se no houver sinais de necrose, mas o

    paciente apresentar algum critrio de gravidade (IMC 30,diabetes, efuso pleural esquerda ou bilateral, PCR 12 mg/dL, Ranson 3, APACHE II 8). Se no houver evoluo paranecrose, suspender em 3 dias.

    TIPO

    Colangite Ceftazidime 1-2 g IV q 8hOUcefepime 2g IV q 12hAps manipulao

    endoscpica da via biliar ouprteses biliares

    Pseudomonas aeruginosa

    Gram-negativosmultirresistentes

    At 72 h aps o controle doquadro infeccioso (afebrile leucograma normal) e

    desobstruo da via biliar

    ASPERGILOSE INVASIVA

    A abordagem diagnstica e teraputicada aspergilose complexa e dever seracompanhada por um infectologista ex-periente. O diagnstico baseado em cri-trios do hospedeiro, clnico-radiolgicose micolgicos:

    CRITRIOS DIAGNSTICOS

    CRITRIOS DO HOSPEDEIRO Neutropenia < 500 neutrfilos/mm3, > 10

    dias (relacionado com o incio da IFI*).

    TCTH alognico.

    Corticoide > 3 sem na dose de 0,3 mg/kg/

    dia de prednisona.

    Tratamento com imunossupressores de cels

    T: ciclosporina (CSA), bloqueadores de

    TNF-, ac. monoclonais especficos, (ale-

    mtuzumab) ou anlogos de nucleosdeos

    durante os ltimos 90 dias.

    Grave imunodeficincia inata (doena granu-

    lomatosa, imunodeficincia combinadagrave).

    CRITRIOS CLNICO-RADIOLGICOSDoena do trato respiratrio baixo (ndulos

    densos com ou sem sinal do halo, sinal do

    ar crescente, cavitao).

    Traqueobronquite: lceras, ndulos, pseudo-

    membrana, placas.

    Abdome agudo inflamatrio

    REVISADO: mar/2011

    INDICAESPncreas e vias biliares

    ANTIBITICOPROVVEIS PATGENOS COMENTRIOSTIPOPncreas e vias biliares REVISADO: fev/2011

    REVISADO: fev/2011

    *IFI: infeco fngica invasiva

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    TRAT

    AMENTODEINFECES

    17Hospital das Clnicas FMUSP

    Critrio

    hospedeiro

    Critrio

    hospedeiro

    Critrio

    hospedeiro

    Aspergilose invasiva

    Sinusite: imagem + dor localizada com irra-

    diao para os olhos ou lcera nasal com

    crosta negra ou invaso ssea.

    SNC: leso focal ou realce menngeo TC

    ou RNM.

    CRITRIOS MICOLGICOSTeste direto ED, citologia ou cultura (escarro,

    LBA, escovado BA, aspirado seios da face;

    Testes indiretos galactomanana (plasma,

    soro, LBA ou LCR)

    Manejo da Aspergilose invasiva

    Diagnstico

    Aspergilose

    possvel

    Aspergilose

    provvel

    Aspergilose

    confirmada

    CRITRIO MICOLGICOCultura com Aspergillus spde

    stio no estril (LBA, escarro)

    OUgalactoma positiva em

    2 medidas > 0,5 no soro,

    outros materiais, consultar o

    infectologista

    CRITRIO MICOLGICO

    Bipsia do stio afetado

    demonstrando invaso

    fngica OUcultura com

    Aspergillus sp de stio estril

    (LCR, lquido asctico, lquido

    pleural)

    Tratamento preferencial

    Anfotericina B deoxicolato*1-1,5mg/kg/dia

    Anfotericina B lipossomal*(Ambisome ) 3mg/kg/diaIV (no h eficcia maiorcom doses maiores) OUAnfotericina B complexolipdico* (Abelcet ) 5mg/

    kg/dia IV OU Voriconazol6mg/kg q12h IV no primeirodia, seguido de 4mg/kg q12h

    MANEJO DA ASPERGILOSEINVASIVAA administrao de todas as formulaes

    de anfotericina B deve ser precedida de

    pr-medicao para minimizar os efeitos

    colaterais:

    Pr-medicao para anfotericina B (in-

    cluindo formulaes lpidicas):

    Hidrocortisona 25-50 mg + dipirona 1g

    IV 30m antes da infuso.

    SF a 0,9% 500 ml 1 hora antes e 1 hora

    aps o trmino da infuso (se condies

    clnicas permitirem).

    Adicionar, se necessrio, anti-histamni-

    co (difenidramina Benadryl 1/2 amp

    IV).

    Se os tremores no forem controlados,

    utilizar soluo decimal de dolantina IV.

    Na insuficincia renal (ClCr < 50 ml/m) o

    voriconazol IV no pode ser utilizado.

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    TRATA

    MENTODEINFECES

    18 Hospital das Clnicas FMUSP

    2aOPOLinezolida, Daptomicina,Tigeciclina*Linezolida, Daptomicina,Tigeciclina*Quinolona

    * Aprovada para infeces de pele e partes moles, abdominais e pneumonia comunitria

    * As doses recomendadas de Vancomicina esto descritas no captulo sobre uso de antimicrobianos. ** Ainda no aprovadapara prtese valvar.

    BACTRIA / INFECOSensvel a ampicilina eaminoglicosdeosSensvel a ampicilina e alto nvel deresistncia para aminoglicosdeosResistente a ampicilina - Infeco do

    trato urinrio baixo

    1aOPOAmpicilina+ aminoglicosdeo

    Ampicilina

    Nitrofurantona 100mg VO

    q 6h

    Enterococoresistente a vancomicina

    Aspergilose invasiva

    Em caso de contraindicao de anfote-

    ricina e voriconazol, considerar o uso de

    caspofungina ou mecafungina.

    DURAO DO TRATAMENTOManter IV at reduo de 50% da leso.

    Aps esse perodo, manter voriconazol 200

    mg VO q12h at a resoluo da imagem.

    TRATAMENTO RESGATECaso no haja resposta, substituir por outra

    droga preferencial ou adicionar outra droga

    para tratamento combinado (consultar infec-

    tologista).

    CONDUTA DIANTE DE NOVA QUIMIOTERAPIA OUTRANSPLANTE DE MEDULA SSEADeve-se considerar continuao do tratamen-

    to ou reincio do mesmo para pacientes cuja

    infeco esteja aparentemente resolvida.

    MRSA (Staphylococcus aureusresistentes a meticilina) e R a outras classes de antimicrobianosou Enterococcusresistentes a vancomicina e a ampicilina

    Para casos de sndrome do homem vermelho no controlvel, pode-se substituir vancomicina por teicoplanina. Utilizar a 2 opopara casos de falha ou efeito colateral incontrolvel ao tratamento inicial. Para crianas linezolida aprovada, daptomicina no.

    STIO DE INFECO

    BacteremiaEndocarditePneumoniaInfeco de pele epartes molesInfecesosteoarticularesSistema nervosocentral

    1aOPO

    Vancomicina*Vancomicina*Vancomicina*Vancomicina*

    Vancomicina*+rifampicinaVancomicina*+rifampicina

    2aOPO

    Daptomicina 6mg/kg/diaDaptomicina 6mg/kg **LinezolidaLinezolida

    Linezolida

    Linezolida

    3aOPO

    Linezolida

    No utilizar daptomicinaDaptomicina 4mg/kg/dia

    Daptomicina 4-6 mg/kg/dia

    BACTRIAS MULTIRRESISTENTES REVISADO: mar/2010

  • 7/13/2019 GUIA DE ATB

    19/192

    TRATA

    MENTODEINFECES

    19Hospital das Clnicas FMUSP

    Bactrias multirresistentes

    STIO DE INFECOBacteremiaEndocardite

    Pneumonia

    Infeco de pele epartes molesInfecesosteoarticularesSistema nervosocentral

    1aOPOVancomicinaVancomicina

    Vancomicina**

    Sulfametoxazol-trimetropim

    Vancomicina+ rifampicina

    Vancomicina+ rifampicina

    2aOPODaptomicina 6mg/kgDaptomicina 6mg/kg*

    Sulfametoxazol-trimetropim

    Clindamicina

    Sulfametoxazol-trimetropim+ rifampicinaSulfametoxazol-trimetropim

    3aOPO

    Linezolida

    Linezolida

    Doxiciclina

    *Ainda no aprovada para prtese valvar. **Poder ser considerada associao de Rifampicina Vancomicina nos casos deinfeces graves.

    MRSA adquirido na comunidadeS. aureusresistente a oxacilina, sensvel a outras classes de ATM

    1 OPOSulfametoxazol-trimetoprim 15-20 mg/kg/diade TMP IV dividido em 4 doses OU Ceftazidima 6g IV dividido em 3 doses

    OUTRAS OPESMeropenem 3-6 g ou 60-120 mg/kg/dia IV divididoem 3 dosesLevofloxacino 750 mg IV/diaCloranfenicol 15-20 mg/kg IV/VO 4x/dia

    Burkholderia cepacia

    Observaes: Indicado o uso de combinaes em doentes crticos com infeco pulmonar por B. cepacea;

    Pacientes com fibrose cstica tm indicao de receber dose mxima de meropenem (6 g/dia).

    *Aprovada para infeces de pele e partes moles, abdominais e pneumonia comunitria

    BACTRIA / INFECOSensvel a ampicilina-sulbactamResistente a ampicilina-sulbactam

    1aOPOAmpicilina-sulbactamPolimixina

    2aOPOPolimixina / Tigeciclina*Tigeciclina*

    BACTRIA / INFECOSensvel a piperacilina-tazobactamResistente a piperacilina-tazobactam

    1aOPOPolimixinaPolimixina

    2aOPOPiperacilina-tazobactam

    Acinetobacter sppresistente a carbapenem

    Pseudomonas aeruginosa resistente a carbapenem

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    TRATA

    MENTODEINFECES

    20 Hospital das Clnicas FMUSP

    BACTRIA / INFECOITU

    Pneumonia / bacteremia

    MeningiteInfeces intra-abdominais

    1 OPOCiprofloxacina OUaminoglicosdeoImipenem OUmeropenem

    MeropenemCiprofloxacina OUaminoglicosdeo + drogaanerobicida

    OUTRAS OPESPiperacilina-tazobactam OUertapenemOUimipenem OUmeropenemCiprofloxacina OUertapenem

    -Piperacilina-tazobactam OUertapenemOUimipenem OUmeropenem

    Bactrias produtoras de-lactamase de espectro estendido (ESBL)

    Bactrias multirresistentes

    1 OPOSulfametoxazol-trimetoprim 15-20 mg/

    kg/dia de TMP IV dividido em 4 doses

    OUTRAS OPESLevofloxacino 750 mg 1vez/dia

    Ticarcilina/clavulanato 16 g ou 400mg/kg/dia de ticarcilinaIV dividido em 4 doses

    1aOPOMeropenem ou imipenemMeropenem ou imipenem +

    polimixinaGentamicina ou amicacinaMeropenem ou imipenemMeropenem ou imipenem +

    polimixinaMeropenem ou imipenemMeropenem ou imipenem +

    tigeciclina

    Meropenem ou imipenem

    Meropenem ou imipenem +tigeciclina

    Meropenem ou imipenemMeropenem+ polimixinaMeropenem ou imipenemMeropenem ou imipenem +

    aminoglicosdeo

    STIO DE INFECOPneumonia

    ITUBacteremia

    Intra-abdominal

    Pele e partes moles

    SNC

    Osteoarticular

    2aOPOMeropenem ou imipenem +

    aminoglicosdeo

    Meropenem ou imipenemMeropenem ou imipenem +

    aminoglicosdeo

    Tigeciclina + aminoglicosdeoMeropenem ou imipenem +

    aminoglicosdeo

    Tigeciclina + aminoglicosdeo

    Meropenem ou imipenem +aminoglicosdeo

    Meropenem+ poli IV + polimixina ouaminoglicosdeo intratecal

    Meropenem ou imipenem+tigeciclina

    Meropenem ou imipenem +polimixina

    Stenotrophomonas maltophilia

    Enterobactriasprodutoras de carbapenemase (kpc)Cepas sensveis a meropenem ou imipenem

    Obs: uso de combinao controverso

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    TRATA

    MENTODEINFECES

    21Hospital das Clnicas FMUSP

    Tempo mnimo de tratamento: 14 diasAteno: remover todos os cateteres venosos centrais

    SITUAOSem uso prvio de azlico nos ltimos 30 dias(cetoconazol, fluconazol, itraconazol, voriconazol)Uso prvio de azlico nos ltimos 30 dias(cetoconazol, fluconazol, itraconazol, voriconazol)

    OPESFluconazolAnfotericina B*Anfotericina B*Equinocandina ou formulaes lipdicas de

    anfotericina B, se insuficincia renal (clearancede creatinina < 50ml/m) ou reao incontrolvel infuso de anfotericina

    Bactrias multirresistentes

    1aOPOPolimixina + aminoglicosdeoGentamicina OUamicacina

    Polimixina + aminoglicosdeoTigeciclina + aminoglicosdeoTigeciclina + aminoglicosdeoPolimixina

    Tigeciclina + aminoglicosdeo

    STIO DE INFECOPneumoniaITU

    BacteremiaIntra-abdominalPele e partes molesSNC

    Osteoarticular

    2aOPOPolimixinaPolimixina

    PolimixinaTigeciclina + polimixinaTigeciclina + polimixinaPolimixina IV + polimixina OUaminoglicosdeo intratecalPolimixina + aminoglicosdeo

    Enterobactriasprodutoras de carbapenemase (kpc)Cepas resistentes a meropenem e imipenem

    Candidaspp.

    Candida spp Infeces invasivas e candidemia

    REVISADO: jan/2009

    DROGAAnfotericina B*

    Formulaes lipdicas deanfotericina B

    anfotericina disperso coloidal(Amphocyl)

    anfotericinalipossomal(Ambisome )

    anfotericina complexo lipdico(Abelcet )

    COMENTRIOSDose: 0,7-1 mg/kg/dia

    Diluir em 500 ml SG 5% e infundir em 6 a 24 h

    No utilizar em C. guilhermondie C. lusitaniaeCusto elevadoIndicaes de uso:

    Reao incontrolvel infuso de anfotericina B (esgotadas asmedidas de controle*);

    Insuficincia renal (clearance de creatinina < 50 ml/m)dose: 3mg/kg/dia

  • 7/13/2019 GUIA DE ATB

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    TRATA

    MENTODEINFECES

    22 Hospital das Clnicas FMUSP

    Fluconazol

    Equinocandinas

    CaspofunginaAnidulafunginaMicafungina

    Dose: 800 mg no 1. dia, seguido de 400 mg/dia (6 mg/kg/dia)

    No utilizar em C. kruseie C. glabriataExperincia limitada em neutropnicos

    Experincia limitada em neutropnicosCusto elevadodose: 70mg IV no 1 dia, seguido de 50 mg/diadose: 200mg IV no 1 dia, seguido de 100mg/diadose: 100mg/dia

    Candida spp.

    Candida spp Infeces cutneo-mucosas

    CANDIDASE ORAL

    PACIENTES COM INFECO PELO HIV OU COM OU-

    TRAS PATOLOGIAS (EXCETO NEUTROPNICOS)

    Refratria ou intolerancia a fluconazol:

    Anfo B 0,3-0,5 mg/kg por 7 a 14 dias

    Equinocandina

    CANDIDASE VAGINAL

    Gestante: tratamento tpico

    Mulheres no gestantes

    TRATAMENTO TPICOClotrimazol:

    500mg 1x/dia dose nica ou

    200mg 1x/dia por 3 dias ou

    100mg 1x/dia por 6-14 dias ou

    Miconazol:

    5g creme 1x/dia por 7 dias ou

    200mg susp. vaginal por 3 dias ou

    Tioconazol creme a 6,5%, aplicao nica

    TRATAMENTO ORALFluconazol 150mg dose nica ou

    Nistatina (pastilhas) ou 1 a 4ml 4x/dia por14 dias. Tempo de contato > 2m

    Recidiva Sem resposta

    Repetirtratamento serecuperaoimunolgicaprevista

    Fluconazol 200mg no D1e 100mg/dia por 14 dias;Itraconazol 200mg/dia por14 dias OUCetoconazol200mg/dia por 14 dias

    * A administrao de todas as formulaes de anfotericina B deve ser precedida de sintomticos (pr-medicao) , paraminimizar efeitos colaterais: Hidrocortisona 25-50 mg + dipirona 1g IV 30m antes da infuso; SF a 0,9% 500 ml IV 1 h antes da infuso e 1 h aps seu trmino (se condies clnicas permitirem); Adicionar, se necessrio, anti-histamnico (difenidramina (Benadryl) 1/2 amp IV); Se os tremores no forem controlados, utilizar 2 ml de soluo decimal de dolantina IV.

    DROGA COMENTRIOS

    REVISADO: nov/2009

    QUADRO EXTENSO DE CANDIDASE ORALFluconazol 200 mg no D1 e 100 mg/dia

    por 14 dias

    Itraconazol 200 mg/dia por 14 dias ou

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    TRAT

    AMENTODEINFECES

    23Hospital das Clnicas FMUSP

    Candidaspp.

    Cetoconazol 200mg q 12h por 5 dias ou

    Itraconazol 200mg 1x/dia por 3 dias

    Obs.: Nistatina no deve ser utilizada no

    tratamento da candidase vaginal;

    No necessrio tratar o marido assinto-

    mtico.

    CANDIDASE VAGINALRECORRENTE

    Clotrimazol tpico 1 vez por sem ou

    Cetoconazol 100 mg/dia VO ou

    Cetoconazol 400 mg/dia VO nos 5 primei-

    ros dias do ciclo menstrual

    CANDIDASE ESOFGICA

    Diagnstico clnico:realizar tratamento empri-

    co. Se no houver melhora clnica em 72 h

    ou se houver suspeita de candidase refrat-

    ria, realizar endoscopia digestiva alta.

    Fluconazol 200mg no D1 e 100mg/dia por

    21 dias

    Itraconazol 200-400mg/dia por 14 dias ou

    Anfotericina B 0,3-0,5mg/kg por 14-21 dias

    Equinocandina por 14-21 dias

    Obs.: Pacientes com Aids antes do uso de

    antirretrovirais apresentam 90% de recidiva;

    A profilaxia controversa e no deve ser

    indicada como rotina;

    O uso de itraconazol em soluo oral dimi-

    nui os problemas de absoro com hipoclo-ridria e ingesto de alimentos, mas no est

    disponvel no Brasil.

    Utilizar preferencialmente o tratamento tpico

    DERMATOFITOSE

    INDICAES DE TRATAMENTO SISTMICODoena extensa

    Falha da terapia tpica

    Intolerncia ao uso tpico

    Tinea capitis

    Comprometimento palmar ou plantar

    extenso

    Imunossupresso

    Tinea pedis

    Itraconazol 400mg/dia por 7 dias

    Fluconazol 150mg/semana por 4 sem

    Cetoconazol 200mg/dia 2-6 sem alternadas

    Terbinafina 250mg/dia por 3 sem

    Onicomicose

    Terbinafina 250mg/dia contnuo por 4 a 6

    meses ou

    Itraconazol 400mg/dia durante 1 sem acada 4 sem (pulsoterapia) ou

    Itraconazol 200mg/dia uso contnuo ps:

    at 6 meses; mos: at 4 meses

    Tinea capitis

    Griseofulvina 500mg/dia por 6-12 sem

    Itraconazol 100mg/dia por 6 sem

    Terbinafina

    Peso < 20kg: 125mg

    Peso 20-40kg: 250mg

    Peso > 40kg: 500mg/dia

    At cura clnica e micolgica

    Tinea corporis

    Itraconazol: 100mg/dia por 14 dias

    Terbinafina: 250mg/dia por 3 sem

    Fluconazol: 150mg por sem por 4 a 6 sem

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    TRATA

    MENTODEINFECES

    24 Hospital das Clnicas FMUSP

    Cateter venoso central

    CATERER VENOSO CENTRAL

    As complicaes infecciosas relacionadasa CVC podem ser tanto locais (infecesdo stio ou do tnel) como sistmicas (in-

    feco da corrente sangunea).

    INFECO DO STIO DO CVC

    CVC DE CURTA PERMANNCIASuspeita: presena de secreo purulenta

    no stio do CVC ou celulite.

    Como proceder:retirar CVC, mandar ponta

    para cultura e 2 pares de hemoculturasde sangue perifrico. Caso o paciente ain-

    da necessite de acesso venoso, instalar

    novo CVC em outro local.

    Interpretao dos resultados

    Se ponta de catter positiva* e hemocul-

    turas negativas em paciente sem sinais

    sistmicos de infeco: no tratar, apenas

    observar evoluo, exceto em casos deS. aureus, quando o paciente dever ser

    tratado por 5-7 dias de acordo com o anti-

    biograma. Em pacientes com doena val-

    var ou neutropenia e colonizao do CVC

    por S. aureusou Candidaspp, monitorar

    prestando ateno a sinais de infeco e

    repetir hemoculturas se necessrio.

    Se ponta de catter positiva* e hemocul-

    turas negativas em paciente com sinais

    sistmicos de infeco e sem outro foco:

    completar sete dias de antibitico sistmi-

    co baseado no antibiograma.

    Se ponta de cateter positiva* e hemocul-

    turas positivas: ver tratamento de infeco

    da corrente sangunea.

    * Somente considerar positivas as cultu-

    ras de ponta de cateter semiquantitativas

    com crescimento de microrganismo nico

    e acima de 15 UFC.

    CVC DE LONGA PERMANNCIASuspeita: presena de secreo purulenta

    no stio do CVC ou celulite.

    Como proceder: no remover o CVC. Co-

    lher 2 pares de hemoculturas de sangue

    (ao menos 1 deles perifrico) e cultura de

    secreo pericateter. Iniciar tratamento

    emprico com vancomicina.

    Interpretao dos resultadosHemoculturas negativas e cultura de secreo

    pericateter positiva: completar 7 dias de

    ATB sistmico baseado no antibiograma.

    Hemoculturas positivas: ver tratamento de in-

    feco da corrente sangunea.

    Se a diferena do tempo para positividade

    das hemoculturas for > 2 h, considerar man-

    ter o CVC e fazer lock de ATM acompanhadode tratamento sistmico. O lock no deve

    ser tentado na instabilidade hemodinmica

    por sepse e nas infeces causadas por S.

    aureus, Candida spp, P. aeruginosa, Bacillus

    sp, Micrococcus sp,Propionibacteria, fungos

    ou micobactrias: nesses casos recomen-

    dada a remoo do cateter. Em situaes ex-

    tremas de impossibilidade de remoo, deveser administrado ATM sistmico por > 4 sem,

    associado ao selo de antimicrobiano.

    INFECO DO TNEL OU BOLSO

    Suspeita: presena de eritema, edema e

    dor que se estende por mais de 2 cm no

    trajeto do tnel a partir do stio do CVC.

    Como proceder: retirar CVC e, se houver

    REVISADO:ago/2010

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    TRAT

    AMENTODEINFECES

    25Hospital das Clnicas FMUSP

    Caterer venoso central

    coleo drenvel, colher material para

    cultura; colher um par de hemoculturas

    de sangue perifrico. Iniciar tratamento

    emprico com vancomicina.

    Interpretao dos resultados:

    Hemocultura negativa: completar 7-10 dias

    de antibitico sistmico com base no re-

    sultado do antibiograma.

    Hemocultura positiva: VER TRATAMENTO DE INFECO

    DA CORRENTE SANGUNEA.

    Paciente com cateter venoso central ou cateter arterial de curtapermanncia e episdio febril agudo

    Doena pouco ou no grave (semhipotenso ou falncia de rgos)

    Doena grave (hipotenso,hipoperfuso, falncia de rgos)

    Hemoculturas, 2 pares (ao menos 1 perifrica).

    Se foco da febre no identificado:Remover cateteres venosos e inserir por outra puno ou troc-los sobre fio-guiaCultivar ponta do cateter

    Iniciar imediatamente o antimicrobianoAntimicrobiano?

    Hemocultura (-)

    e catetere nocultivado

    Hemocultura (-) e

    cultura da ponta docateter (-)

    Hemocultura (-) e

    cultura da pontado cateter 15 ufc

    Hemocultura (+) e

    cultura da ponta docateter 15 ufc

    Se febremantida esem outrofoco: removere cultivarcateteres

    Investigaroutros focos

    S. aureustratar 5-7 dias emonitorizar sinais de infecao,repetindo hemoculturas s/n. Outrosmicroorg: monitorizar para sinais deinfeco e repetir hemoculturas senecessrio

    VER TRATAMENTO

    DE BACTEREMIA

    RELACIONADA

    A CATETER

    DE CURTA

    PERMANNCIA

    TRATAMENTO DE INFECO DA CORRENTE SANGUNEA

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    TRATA

    MENTODEINFECES

    26 Hospital das Clnicas FMUSP

    TRATAMENTO DE INFECO DA CORRENTE SANGUNEA

    Caterer venoso central

    Complicada No complicada (infeco da correntesangunea e febre resolvidas em 72hem paciente sem prtese intravascular,sem endocardite ou tromboflebitesupurativa e, se S. aureus,pacientesem cancer ou imunossupresso)

    Staphylococcus

    coagulasenegativo

    Remover catetere tratar com ATM

    sistmico 5-7diasSe CVCmantido,tratar com ATMsistmico + lockde ATM no CVCpor 10-14 dias

    Staphylococcus

    aureus

    Removerateter e tratar

    com ATMsistmico por> 14 diasSe eco trans-esofgicopositivo,VERTRATAMENTO DE

    ENDOCARDITE

    Infecodo tnel oubolsa

    Enteroccus

    spp.

    Remover catetere tratar com ATM

    sistmico por 7-14dias

    Tromboflebitesptica, endocardite,osteomielite, etc

    BacilosGram -negativos

    Candidaspp.

    Removercateter e

    tratar comantifngicos*por 14dias apsa primeirahemoculturanegativa

    ATM: antimicrobiano, CVC: cateter venoso central* Ver tratamento de infeco invasiva por Candidaspp

    Removercateter etratar comATM 7-10 d

    Remover catetere tratar com ATM4-6 sem; paraosteomielite 6-8 sem

    Infeco da corrente sangunea relacionada a cateter venoso centraltuneilizado ou implantvel (port)

  • 7/13/2019 GUIA DE ATB

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    TRAT

    AMENTODEINFECES

    27Hospital das Clnicas FMUSP

    TRATAMENTO DE INFECO DA CORRENTE SANGUNEA

    Complicadatromboflebitesptica,endocardite,osteomielite, etc

    No complicada (infeco da corrente sanguneae febre resolvidas em 72h em paciente semprtese intravascular, sem endocardite outromboflebite supurativa e, se S. aureus,pacientesem cancer ou imunossupresso)

    Staphylococcus

    coagulasenegativo

    Remover cateter

    e tratar com ATMsistmico 5-7 diasSe CVC mantido,tratar com ATMsistmico + selodeATM no CVC por10-14 dias

    Staphylococcus

    aureus

    Remover

    ateter e tratarcom ATMsistmico por >14 diasSe eco trans-esofgicopositivo,VERTRATAMENTO DE

    ENDOCARDITE

    Enteroccus

    spp.

    Remover cateter

    e tratar com ATMsistmico por 7-14dias

    BacilosGram -negativos

    Candidaspp.

    Remover

    cateter etratar comantifngicos*por 14dias apsa primeirahemoculturanegativa

    Remover catetere tratar comATM sistmico4-6 semenas ;6-8 sem paraosteomielite

    ATM: antimicrobiano, CVC: cateter venoso central* Ver tratamento de infeco invasiva por Candidaspp

    Caterer venoso central

    Infeco da corrente sangunea relacionada a cateter venoso central ecateter arterial de curta permanncia

  • 7/13/2019 GUIA DE ATB

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    TRATA

    MENTODEINFECES

    28 Hospital das Clnicas FMUSP

    ANTIMICROBIANOVancomicina

    Cefazolina

    Ceftazidima

    CiproGenta

    Ampicilina

    INDICAO

    S. aureusou Staph.coagulasenegOXA-R ou tratamento emprico nasuspeita de infeco por gram-positivoS. aureusou Staph. coagulaseneg

    OXA-SGram-negativos no fermentadoresS (esp. Pseudomonasspp eAcinetobacter)Gram-negativos SGram-negativos S ou tratamentoemprico na suspeita de infeco porgram-negativosEnterococcusAMPI S

    CONCENTRAO

    5 mg/ml

    5 mg/ml

    0,5 mg/ml

    0,2 mg/ml1 mg/ml

    10 mg/ml

    OBSERVAO

    Desaconselha-se a manutenosistemtica do CVC nas infecespor S aureusDesaconselha-se a manuteno sistem-

    tica do CVC nas infeces por S. aureusDesaconselha-se a manutenosistemtica do CVC nas infecespor Pseudomonas aeruginosa

    Caterer venoso central

    TERAPIA COM SELO DEANTIMICROBIANOS (LOCKTERAPIA)

    O tratamento com selo de antimicrobianos

    pode ser realizado em pacientes com infeco

    de corrente sangunea relacionada a cateter

    de longa permanncia, quando existir o objeti-

    vo de salvar esse cateter.

    uma opo de tratamento quando no h

    infeco do stio ou tnel.

    recomendada a remoo do cateter em

    infeces causadas por S. aureus, Candida

    spp (evidncia AII), P. aeruginosa, Bacillussp,

    Micrococcus sp, propionibacteria, fungos oumicobactrias. Apenas em situaes extremas

    de impossibilidade de outras vias de acesso,

    deve ser administrado ATM sistmico por qua-

    tro sem, associado ao selo de antimicrobiano.

    Sempre utilizar ATM sistmico associado, in-

    fundido pelo prprio CVC ou por outro acesso

    vascular, caso a infuso pelo CVC resulte em

    bacteremia clnica. Uma vez controlados os

    sinais sistmicos de infeco, o SELO poder

    ser utilizado em conjunto com um ATM VO

    bem absorvido eficaz .

    A troca do SELO de ATM no cateter no deve

    exceder 48h. Nos pacientes ambulatoriais em

    hemodilise com cateter femoral, a troca da

    soluo com ATM dever ser feita q 24h.

    Em dialticos, o selo deve ser recolocado aps

    cada seo de dilise. Nos cateteres de hemo-

    dilise, a concentrao de heparina dever ser

    prxima de 5.000 UI/ml.

    Em pacientes com mais de uma hemocultura

    coletada pelo CVC com crescimento de Sta-

    phylococcus coagulase negativo ou bacilosgram-negativos, cujas hemoculturas perifri-

    cas sejam persistentemente negativas, pode-

    se optar por usar selo de ATM por 10 a 14 dias,

    sem ATM sistmico concomitante.

    A soluo deve preencher completamente to-

    dos os lumens do CVC (~2ml/lmen).

    A durao do tratamento deve ser de 10 a 14

    dias se o CVC for mantido.

    Concentraes de ATM frequentemente indicados para selo de ATM

    A concentrao de heparina indicada nos cateteres de longa permanncia de cerca de 100 UI/ml e nos de hemodilise prxima a 5.000 UI/ml

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    TRATA

    MENTODEINFECES

    29Hospital das Clnicas FMUSP

    Coleta de hemocultura

    A contaminao da hemocultura, devi-do coleta inadequada frequente, oque leva ao diagnstico incorreto e uso

    desnecessrio de antibitico. Portanto apadronizao da tcnica de coleta fun-damental.

    INDICAES E MOMENTO DA COLETAPara sepsie ou bacteremia de origem in-

    determinada obter 2 punes venosas de

    locais diferentes.

    Para suspeita de endocardite e febre deorigem indeterminada colher de 2 a 3 pares

    de frascos com intervalos de 20 a 30 m.

    No caso de pacientes em uso de antibi-

    tico e com indicao de coleta de hemocul-

    tura, esta deve ser colhida antes da prxima

    dose de antibitico.

    Nota: Se mais de uma hemocultura j ti-

    ver sido coletada antes da introduo deantibioticoterapia, a coleta de mltiplas

    amostras aps o incio de teraputica para

    investigao do mesmo episdio febril deve

    ser desencorajada.

    Para diagnstico de infeco relacionada

    a cateter atravs de hemoculturas pareadas,

    os 2 mtodos mais estudados so:

    Diferena do tempo de positivao:

    esse m-todo compara os registros do tempo de

    crescimento de microrganismos isolados

    em hemocultura perifrica e colhida atra-

    vs do cateter. Por essa tcnica, conside-

    ra-se que h infeco relacionada a cate-

    ter quando a hemocultura colhida atravs

    do cateter fica positiva 2h ou mais antes

    da amostra colhida por puno perifrica.

    A desvantagem desse mtodo que a

    COLETA DE HEMOCULTURA

    maioria dos pacientes tem resultado inde-

    terminado, pois somente um dos pares

    positivo. Quando o exame conclusivo, a

    sensibilidade chega a 85% e a especifici-

    dade a 81%.

    Culturas quantitativas: por essa tcnica,

    considera-se que h infeco relacionada

    a cateter quando a quantidade de micror-

    ganismos isolados na via do acesso for de

    trs a cinco vezes maior que a isolada na

    amostra perifrica. A tcnica no est dis-

    ponvel no Hospital das Clnicas.Ainda h poucos estudos que corroborem

    o uso dessas tcnicas para cateter venoso

    central de curta permanncia.

    TCNICA DE COLETA DE HEMOCULTURA PERIFRICAHigienizar as mos.

    Colocar as luvas de procedimento.

    Garrotear o membro do paciente e loca-lizar a veia.

    Realizar a antissepsia local com soluo

    de clorexidina alcolica a 0,5%.

    Aplicar o antissptico em um nico sentido.

    Esperar secar.

    Aps a antissepsia, realizar a puno sem

    colocar a mo no local. Caso seja neces-

    srio, usar luvas estreis.Volume de sangue a ser aspirado:

    Adultos: 10-20 ml, divididos em dois

    frascos, respeitando o volume mximo de

    cada frasco,

    Neonatos at 1 ano: 0,5 a 1,5 ml, pre-

    ferencialmente > 1 ml;

    Crianas: 1 ml/ano, divididos em 2

    frascos, respeitando o volume mximo de

    cada frasco (por exemplo: 6 anos: cole-

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    TRATA

    MENTODEINFECES

    30 Hospital das Clnicas FMUSP

    Coleta de hemocultura

    Clostridium difficile

    tar 6 ml e distribuir 3 ml em cada frasco

    peditrico).

    Acima de 8 ml, utilizar frasco aerbio

    (8 a 10 ml).

    No necessrio trocar de agulha para

    inoculao nos frascos.

    Inocular primeiro o sangue no frasco ae-

    rbio.

    Misturar o contedo dos frascos por in-

    verso.

    TCNICA DE COLETA DE HEMOCULTURA POR CA-TETER VENOSO CENTRAL

    Identificar no frasco a coleta realizada pelo

    cateter e a coleta pelo acesso perifrico.

    Higienizar as mos.

    Colocar as luvas de procedimento.

    Limpar a conexo e extremidade distal do

    cateter com lcool a 70% ou clorexidina al-

    colica a 0,5%. Esperar secar 30 a 60s.

    Colher amostra de todos os lmens do

    cateter, contendo mesmo volume desangue.

    Inocular o sangue no frasco de hemocul-

    tura, respeitando o volume mximo de

    cada frasco.

    Misturar o contedo dos frascos por in-

    verso.

    Se estiverem sendo usados conectores,

    estes devem ser substitudos por novos,

    antes da coleta.

    OBSERVAESEvitar coleta de sangue at 1 hora aps

    trmino de antibitico.

    Para suspeita de infeco por fungos fi-

    lamentosos, histoplasma e micobactrias

    utilizar o frasco especifico Myco F. Coletarapenas 1 amostra e utilizar volume mxi-

    mo de 5 ml.

    Para amostras pareadas, o volume coleta-

    do pela CVC dever ser o mesmo coletado

    por veia perifrica.

    A coleta atravs do cateter deve ser sem-

    pre pareada com hemocultura perifrica;

    O intervalo de tempo entre a coleta pelocateter e a perifrica no deve ultrapassar

    15m.

    EPISDIO INICIAL

    Parar antimicrobianos se possvel.

    Metronidazol 250 mg VO q 6h ou 500 mg

    VO q 8h (pode ser IV).

    Em casos graves, confirmados por colo-

    noscopia e no responsivos a metronida-

    zol, usar vancomicina VO 125 mg a 500

    mg q 6h (no pode ser IV).

    Durao: 10-14 dias ou at 7 dias aps a

    suspenso dos antimicrobianos.

    No usar antiperistlticos pelo risco de

    megaclon txico.

    RECORRNCIAMetronidazol 250 mg VO q 6h ou 500 mg

    VO q 8h por 10-14 dias

    Aps o 3./4. episdio, consultar infecto-

    logista.

    REVISADO:ago/2010

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    AMENTODEINFECES

    31Hospital das Clnicas FMUSP

    Criptococose

    CRIPTOCOCOSE

    CRIPTOCOCOSE EM HIV-POSITIVOS: Doena no SNC

    Ataque: 1 opo: Anfotericina B (0,7 - 1mg/kg/dia) + 5-flucitosina (100-150 mg/Kg/dia) por 2 sem 2 opo: Anfotericina B (0,7 - 1mg/kg/dia) por 3-4 sem

    Manuteno: Fluconazol 200 mg/dia indefinidamente ou at CD4 > 100-200 por 6 meses

    * Para casos refratrios considerar anfotericina intratecal

    No necessria a consolidao. Fazermanuteno com fluconazol

    Colher lquor de controle com cultura para fungos

    Paciente em BEG (melhora clnica)e culturas negativas

    Paciente em REG ou culturas +

    Manter dose de ataque atcultura negativa no lquor*

    Consolidao:Fluconazol 400-800 mg/dia por 8 - 10 sem

    Outras opes de ataque: Anfotericina B 0,7-1mg/kg/dia + 5-flucitosina 100-150 mg/kg/dia por 6-10 sem. Fluconazol 400-800 mg/dia + 5-flucitosina 100-150 mg/kg/dia por 10 sem. Fluconazol 400-800 mg/dia por 10 sem.

    Formulao lipdica (Ambisome) 4 mg/kg/d por 6-10 sem.

    REVISADO:ago/2004

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    MENTODEINFECES

    32 Hospital das Clnicas FMUSP

    Criptococose

    CRIPTOCOCOSE EM HIV-POSITIVOS: Doena pulmonar e outros stios

    CRIPTOCOCOSE EM HIV-NEGATIVOS: Doena pulmonar e outros stios

    CRIPTOCOCOSE EM HIV-NEGATIVOS: Doena em SNC

    Considerar somente tratamento clnico: Assintomticos/sintomas leves ou moderados:Fluconazol200-400 mg/dia por 6 a 12 meses Sintomas graves/progressivos: Anfotericina B (0,7 - 1mg/kg/dia) at a melhora dos sintomas, seguida de fluconazol

    Abordagem cirrgicaapenas

    Ataque: 1 opo: Anfotericina B (0,7 - 1mg/kg/dia) associada a 5-flucitosina (100-150 mg/kg/dia) por 2 sem 2 opo: Anfotericina B (0,7 - 1mg/Kg/dia) por 3 sem

    Colher lquor de controle com cultura para fungos

    Paciente em BEG (melhora clnica) Paciente em REG ou imunocomprometido

    Manter ataque at cultura negativa no lquor*

    Fluconazol 400 mg/dia por 8 - 10 sem

    * Para casos refratrios considerar anfotericina intratecal

    Criptococoma pulmonar

    Criptococoma pulmonar

    > 3 cm

    > 3 cm

    < 3 cm

    < 3 cm

    Abordagem cirrgica apenas (nosimunocomprometidos, associar tratamento clnico)

    Considerar apenastratamento clnico (acima)

    Fluconazol 200-400 mg/dia por 6 - 12 meses. Tratar todos os imunocomprometidos

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    MENTODEINFECES

    33Hospital das Clnicas FMUSP

    Diarreia aguda

    Diarreia aguda

    DIARREIA AGUDA

    Sem febre Com febre. (T axilar > 38C)

    Hidratao Evitarantidiarreicos Observar

    Durao < 72h Durao > 72h

    Sem indicaode internao:Norfloxacino 400mg VO q 12h

    Semindicao deinternao

    Com indicao de internao: Colher coprocultura Evitar antidiarreicos Iniciar*: Ciprofloxacino 400 mg IV

    q 12h OUCeftriaxone 2 g/ dia IV/IM

    *A diarreia provocada porE. coli entero-hemorrgica no deve ser tratada com antimicrobianos devido ao risco de sndromehemoltico-urmica.

    PATGENOShigellasp

    Salmonellano typhi*

    Campylobacter

    E. coli**

    Yersiniasp***

    Giardia

    TRATAMENTOTMP-SMZ 160-800 mg VO q 12h OUCiprofloxacino 500 mg VO q 12h OUCeftriaxone 2 g IV por diaTMP-SMZ 160-800 mg VO q 12h OUCiprofloxacino 500 mg VO q 12h OUCeftriaxone 2 g IV por diaEritromicina 500 mg q 12h

    TMP-SMZ 160-800 mg VO q 12h OUCiprofloxacino 500 mg VO q 12h OUCeftriaxone 2 g IV por diaTMP-SMZ 160-800 mg VO q 12h OUCiprofloxacino 500 mg VO q 12hMetronidazol 250-750 mg VO/IV q 8h

    DURAO3 a 5 dias

    5 a 7 dias

    5 dias

    3 dias

    7 a 10 dias

    * Tratar somente casos graves ou em pacientes com menos de 6 anos ou mais de 50 anos, doena valvar, aterosclerose grave,neoplasia ou uremia.

    ** No tratar E coli entero-hemorrgica.*** Tratar somente casos graves ou associados a bacteremia.

    REVISADO:dez/2004

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    TRATA

    MENTODEINFECES

    34 Hospital das Clnicas FMUSP

    Endocardite bacteriana em valva nativa

    ENDOCARDITE BACTERIANA EM VALVA NATIVA

    ETIOLOGIAStreptococcus dogrupo viridans

    ou Streptococcusbovis sensvel apenicilina

    Streptococcus dogrupo viridansou Streptococcusbovisrelativamente

    resistentes a peni(0,12 mcg/ml 65 a ou pacientes com

    leso renal ou auditiva

    Apenas nos intolerantes a

    penicilina ou ceftriaxone(nveis indicados: pico30-45mcg/ml e vale10-15mcg/mlPaciente com cepasresistentes a peni (MIC>0,5 mcg/ml) devem sertratados com o esquema

    recomendado paraEnterococcussppApenas nos intolerantes apenicilina ou ceftriaxone(nveis indicados: pico30-45mcg/ml e vale15mcg/ml6 sem em pacientes com

    sintomas > 3 meses

    Apenas nos intolerantesa penicilina ouampicilina

    REVISADO: mai/2009

  • 7/13/2019 GUIA DE ATB

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    TRATA

    MENTODEINFECES

    35Hospital das Clnicas FMUSP

    Resistnciaintrnsecaapenicilina

    ETIOLOGIA

    Cepaprodutorade

    lactamase

    Endocardite bacteriana em valva nativa

    ANTIMICROBIANO DOSE DURAO COMENTRIOS

    Enterococcus

    spp. sensvela penicilina,estreptomicinae vancomicinae resistente agentamicina

    Associada agentamicina

    Ampicilinaoupenicilina

    associados aestreptomicinaVancomicina

    associada aestreptomicinaAmpicilina-sulbactam

    associada a

    GentamicinaVancomicina

    associada aGentamicinaVancomicina

    associada a

    Gentamicina

    Linezolida

    3mg/kg/24h IV em3 doses

    12g/24h em 6doses IV24 milhes UI/24hcontno ou em 6doses IV15mg/kg/24h em2 doses30mg/kg 24h IV

    dividido 2x/dia(mx. 2g/dia, a no

    ser que srica baixa)

    15mg/kg/24h IVem 2 doses12g/24h IV em 4doses3mg/kg/24h IV em

    3 doses30mg/kg/24h em2 doses3mg/kg/24h IV em3 doses30mg/kg 24h IVdividido 2x/dia3mg/kg/24h IV 3

    doses

    1200mg/24h IV/VOem 2 doses

    6 sem

    4-6 sem

    4-6 sem

    4-6 sem

    6 sem

    6 sem

    6 sem

    6 sem

    6 sem

    6 sem

    6 sem

    6 sem

    6 sem

    6 sem de vancorecomendadas por suaatividade menor contraenterococcus

    6 sem em pacientes comsintomas > 3 meses

    Apenas nos intolerantes

    a penicilina ouampicilina

    Se cepa R agenta,usar > 6 sem de ampi-sulbactam

    Apenas nos intolerantesa ampicilina- sulbactam

    Consulta ainfectologistarecomendada

    Ateno a palquetopeniaaps 2 semConsulta aoinfectologistarecomendada

    Enterococcus

    spp.resistente a

    penicilina esusceptvel aaminoglico-sdeo evancomicina

    Enterococcus

    faeciumresistentea penicilina,aminoglicosdeose vanco

  • 7/13/2019 GUIA DE ATB

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    TRATA

    MENTODEINFECES

    36 Hospital das Clnicas FMUSP

    ETIOLOGIA ANTIMICROBIANO DOSE DURAO COMENTRIOS

    Endocardite bacteriana em valva nativa

    Enterococcus

    faecalisresistentea penicilina,aminoglicosdeos

    e vanco

    HACEK(H. influenzae,

    H. aphrophilis,

    Actnobacillus,

    Cardiobacterium,

    Eikenella eKingella)

    Staphylococcusspp sensvel aoxacilina

    Staphylococcusspp resistente aoxacilina

    Imipenem associado a

    Ampicilina

    Ceftriaxone associadoaAmpicilina

    Daptomicina

    Ceftriaxone ou

    Ampicilina ou

    Ciprofloxacino

    Oxacilina opcionalmenteassociada aGentamicina ou

    Cefazolinaopcionalmenteassociada aGentamicina ou

    Vancomicina

    Vancomicina

    Daptomicina

    2g/24h IV em 4doses12g/24h em 6doses IV

    4g/24h em 2 dosesIV/IM12 g/24 h em 6doses IV6-8mg/kg/24 em1 dose2g/24h IV em 1dose

    12g/24h em 4doses IV1g/24h PO ou800mg/24h IV em2 doses

    12g/24h em 6doses IV3mg/kg/24h IV em3 doses6g/24h em 3doses IV

    3mg/kg/24h IV em

    3 doses30 mg/kg/24 h em2 doses IV

    30mg/kg/24h em 2doses IVDose pediatrica:40mg/kg em 2 ou 3doses IV6-8 mg/kg

    6 sem

    4 sem

    4 sem

    4 sem

    6 sem

    3-5 dias

    6 sem

    3-5 dias

    6 sem

    6 sem

    Consulta aoinfectologistarecomendada

    Cefotaxime ou outracefalo 3/4 podem ser

    usados

    Fluoroquinolonasapenas para pacientesno tolerantes acefalosporina ouampicilina

    Para pacientes comreaes alrgicas nograves a penicilina

    Para pacientes comreaes alrgicas gravesa penicilina

  • 7/13/2019 GUIA DE ATB

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    TRAT

    AMENTODEINFECES

    37Hospital das Clnicas FMUSP

    Endocardite bacteriana em valva nativa

    ETIOLOGIA DOSEANTIMICROBIANO DURAO COMENTRIOSStreptococcus

    pneumoniae,Streptococcusdos grupos A,

    B, C e G

    Penicilina ou

    Ceftriaxone ou

    Vancomicina

    18-24 milhesU/24h IV2g/24h IV

    30mg/kg/2hem 2 doses IV

    4 sem

    4 sem

    4 sem

    Alguns especialistas recomendam aadio de gentamicina (a penicilinae ceftriaxone) por 2 a 6 sem paratratamento de endocardite causada

    por Streptococcus do grupo B, C e GApenas em intolerantes a-lactmicos

    ENDOCARDITE TRATAMENTO EMPRICO E ENDOCARDITE EM VALVA PROFTICA

    ENDOFTALMITE ENDGENA

    V ( 12 )

    Tempo de tratamento: 4 sem valva nativa,

    6 sem valva prottica

    Oxacilina (12g/24h dividido 6 doses IV) +

    ampicilina (12g/24h dividido 6 doses IV)+ gentamicina (3mg/kg/24h dividido em 3

    doses IV) OU

    Oxacilina (12g/24h dividido 6 doses IV)

    + ceftriaxone (2g/24h IV) + gentamicina

    (3mg/kg/24h dividido em 3 doses IV)

    Diagnstico: suspeio clnica e cultura do

    vtreo ou humor aquoso ou culturas sistmi-

    cas (LCR, sangue)

    TRATAMENTO: BACTERIANASTratamento sistmico emprico: cefalospo-

    rina de 3 gerao.

    Terapia intravtrea emprica: vancomicina

    1mg/0,1ml + (ceftazidima 2,25mg/0,1ml

    ou amicacina 0,4mg/0,1ml).

    TRATAMENTO: FNGICASTerapia emprica sistmica: anfotericina

    B 0,7-1 mg/kg ou fluconazol (12 mg/kg

    depois 6-12 mg/kg ao dia).

    Terapia intravtrea emprica: anfotericina

    B 5-10 g.

    Se apenas coriorretinite: ATM sistmica.

    Intraocular se houver acometimento vtreo.

    REVISADO: set/2010

  • 7/13/2019 GUIA DE ATB

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    TRATA

    MENTODEINFECES

    38 Hospital das Clnicas FMUSP

    Quadro clnico: dor e diminuio da acui-

    dade visual, hippio.

    Diagnstico: cultura do vtreo ou humor

    aquoso.

    Etiologia:

    S epidermidis : 45-50%,

    Streptococcus sp: 24-38%,

    S aureus : 7-11%

    ENDOFTALMITE PS-OPERATRIA

    GINECOLOGIADOENA INFLAMATRIA PLVICA DIP

    Endoftalmite ps-operatria

    TRATAMENTOTerapia invtrea emprica: vancomicina 1

    mg/0,1 ml + (ceftazidima 2,25 mg/0,1 ml

    ou amicacina 0,4 mg/0,1 ml).

    Se houver suspeita de infeco fngica,

    usar anfotericina B 5-10 g intravtreo.

    Obs.: a ceftazidima intraocular menos t-

    xica que amicacina (infarto macular)

    AGENTES MAISCOMUNS

    N. gonorrhoeae

    C. trachomatis

    U. urealyticum

    M. homini

    S. agalactiae

    H. influenzaePeptococcussppPeptostreptococcussppBacteroidesspp

    TRATAMENTO DEESCOLHA

    Cefoxitina 2g IV q6h OU

    Penicilina cristalina4 milhes de UI IV q 4h+ gentamicina 3-5 mg/

    kg d.u. diria IM ou IVContinuar at 48h

    aps melhora clnicaCompletar com

    Doxiciclina 100mgVO q 12h por 14 dias(associar cobertura para

    anaerbios por 14 dias

    se houver abscesso tubo-ovariano)

    TRATAMENTOALTERNATIVOCiprofloxacina200mg IV q 12h+ doxiciclina100mg VOq 12h +

    metronidazol500mg IV q8h durante 14dias

    TRATAMENTOAMBULATORIALOfloxacina400mg VO q 12h+ metronidazol400mg VO q 8hdurante 14 dias

    COMENTRIOS

    Considerara abordagemcirrgica senecessrio

    Critrios de

    internao:diagnstico incertoe diferencialcom apendiciteou gravidezectpica, abscessoplvico, pacienteadolescente, com

    HIV/Aids ou falhano tratamentoambulatorial

    REVISADO: set/2010

    REVISADO: set/2005

  • 7/13/2019 GUIA DE ATB

    39/192

    TRATA

    MENTODEINFECES

    39Hospital das Clnicas FMUSP

    Hemodilise

    CVC DE LONGA PERMANNCIA EM HEMO-

    DILISESuspeita:presena de secreo purulenta

    no stio do CVC ou celulite.

    Como proceder: no remover o CVC.

    Colher 2 pares de hemoculturas de san-

    gue (ao menos um em perifrico) e cultu-

    ra da secreo pericateter. Iniciar vanco-

    micina empiricamente.

    Interpretao dos resultadosHemoculturas negativas e cultura da secreo

    pericateter positiva:completar 7-10 dias de

    ATM sistmico.

    Hemoculturas positivas: ver tratamento de

    infeco da corrente sangunea.

    Obs.: no recomendamos colher hemo-

    culturas pelo CVC de rotina, principal-

    mente se houver secreo purulenta oucelulite do stio.

    INFECO DO TNEL OU BOLSOSuspeita:presena de eritema, edema e

    dor que se estende por mais de 2 cm no

    trajeto do tnel a partir do stio do CVC.

    Como proceder: retirar CVC e, se houver

    coleo drenvel, colher material paracultura e colher 2 pares de hemoculturas

    de sangue perifrico. Iniciar tratamento

    emprico com vancomicina.

    Interpretao dos resultados

    Hemoculturas negativas: completar 7 dias de

    antibitico sistmico baseado no antibio-

    grama;

    Hemoculturas positivas : ver tratamento de

    infeco da corrente sangunea.

    INFECO DA CORRENTE SANGUNEA

    Suspeita:presena de febre ou sndrome

    sptica sem outro foco ou sinais de sepse

    se instalam abruptamente aps a infuso

    de fluidos ou medicao IV pelo CVC.

    Como proceder:no remover o CVC e co-

    lher 2 pares de hemoculturas; sendo 1 do

    CVC e outra de puno perifrica ou da

    linha de hemodilise se a puno perifri-

    ca no for possvel.

    Interpretao dos resultados: ver no dia-grama abaixo.

    Em pacientes com cultura da linha po-

    sitiva ou cultura do CVC positiva, sem

    possibilidade de coleta de sangue perif-

    rico ou de outro CVC, considerar possvel

    ICS relacionada ao CVC no paciente dia-

    ltico sintomtico e manter a antibiotico-terapia

    Remover os cateteres com infeco por

    S. aureus, P. aeruginosaou Candidaspp

    colocar CVC temporrio por nova pun-

    o; se no for possvel, trocar CVC por

    fio guia

    Quando o CVC for mantido, hemocultura

    de vigilncia deve ser coletada 1 sem apso tratamento; se positiva, o CVC deve ser

    retirado e um novo CVC de longa perma-

    nncia colocado apenas aps resultados

    negativos de hemoculturas adicionais

    Realizar acompanhamento do paciente

    para o diagnstico de possveis complica-

    es como endocardite infecciosa, osteo-

    mielite e abscessos metastticos.

    Infeces relacionadas a cateter venoso central (CVC)

    HEMODILISE REVISADO: mai/2010

    DILISE

  • 7/13/2019 GUIA DE ATB

    40/192

    TRATA

    MENTODEINFECES

    40 Hospital das Clnicas FMUSP

    Hemodilise

    Infeco da corrente sangunea relacionadaa CVC tuneilizado para hemodilise

    Iniciar ATM emprico e selo ATM

    Hemoculturasnegativas

    SuspenderATM (a noser que hajainfeco dostio ou tnel)

    RemoverCVC e tratarcom ATM por4-6 sem sebacteremia/fungemia

    persistir por> 72hInvestigarcomplicaes(focosmetastticos,endocardite,tromboflebite

    sptica)

    Bacteremia/fungemiapersistente e febre

    Resoluo bacteremia/fungemia e febre em 2-3 dias

    Staphylococcuscoagulasenegativo

    Bacilos Gram-negativos(excetoP.aeruginosa)

    Staphylococcus

    aureus

    Candida

    spp.

    Remover CVCe tratar comantifngicospor 14dias apsa primeirahemoculturanegativa

    Tratar com ATMsistmico eselo de ATM por10-14 dias etrocar CVC porfio guia

    Remover CVCe tratar comATM sistmicopor 21 diasse eco trans-esofgico (-)

    ATM - antimicrobianoCVC - cateter venoso central

    Hemocullura do CVC e por puno perifricaou da linha de hemodilise

    Infeco da corrente sangunea relacionada a CVC tuneilizado para hemodilise

  • 7/13/2019 GUIA DE ATB

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    TRAT

    AMENTODEINFECES

    41Hospital das Clnicas FMUSP

    Imunocompetente: primeiro episdio

    Imunocompetente: episdios recorrentes

    Indicaes de tratamento supressivo: recorrn-cias frequentes (> 6 episdios/ano), recorrnciasseveras, prdromos severos, diminuirtransmisso, minimizar problemas psicosexuais

    Imunossuprimido: primeiro episdio

    Imunossuprimido: tratamento supressivo

    Recorrncia

    Profilaxia pode ser considerada em: recorrnciasfrequentes (> 6 episdios/ano); HSV associadoa eritema multiforme, cirurgia em gngliotrigeminal, cirurgia peroral ou intraoral;estresse: exposio ao sol ou compromissos

    profissionais, profissionais de sade selecionados(transmisso), imunocomprometidos

    DROGA/DOSEAciclovir 400 mg VO q 8h OUFamciclovir250 mg VO q 8hOU Valaciclovir 1g

    VO q 12hAciclovir 400 mg VO q 8h OU Famciclovir125 mg VO q 12hOU Valaciclovir 500mg VO q 12hAciclovir 400 mg VO q 12h OUFamciclovir 250 mg VO q 12h OUValaciclovir 0,5-1g VO 1x/dia

    Aciclovir 400 mg VO q 8h OUFamciclovir500 mg VO q 8h OU Valaciclovir 1gVO q 12hAciclovir 400-800 mg VO q 8hOUFamciclovir 500 mg VO q 12hOUValaciclovir 500 mg VO q 12h

    Podem ser usados a partir do prdromo:

    aciclovir creme a 5% de 3/3 h OUaciclovir 400 mg VO q 4h 5x/dia OUvalaciclovir 2 g q 12hAciclovir 400 mg q 12h VO, iniciar 12hpr-exposio

    DURAO7-10 dias

    5 dias

    6 a 12 m

    7-10 dias

    4 dias5 dias1 diaDurante operodo deexposio

    Herpes simples

    HERPES SIMPLESHerpes genital

    Herpes labial

    DIAGNSTICOAs infeces relacionadas DVP podem ser:

    meningite/ventriculite;

    infeco de trajeto;

    pseudocisto abdominal.

    INFECES ASSOCIADAS DERIVAO VENTRCULO PERITONEAL (DVP)

    A maior parte das infeces relacionadas

    DVP ocorre nos 6 primeiros meses aps

    a insero do dispositivo.

    Suspeitar de infeco relacionada DVP

    sempre que o paciente apresentar febre.

    REVISADO: fev/2005

    REVISADO: dez/2010

  • 7/13/2019 GUIA DE ATB

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    TRATA

    MENTODEINFECES

    42 Hospital das Clnicas FMUSP

    Seguir o esquema de tratamento de meningite/ventriculite

    SITUAOLCR normal com culturanegativa

    LCR normal com culturanegativa + cultura positivade ponta distal da DVP ou docontedo csticoLCR alterado e/ou culturapositiva (LCR ou pontaproximal)

    SITUAOLCR normal + culturasnegativasLCR normal (cultura negativa)+ cultura de pontas positivas

    LCR alterado e/ou culturapositiva (LCR ou ponta proximal)

    LCR CONTROLEDesnecessrio

    Desnecessrio

    LCR CONTROLEDesnecessrio

    REINSEROReinsero imediataaps resoluo da

    coleoReinsero aps final dotratamento da infeco

    TEMPO TOTAL7-10 dias devancomicina +

    ceftazidima14 dias deantimicrobianoorientado por cultura

    REINSEROReinsero aps final dotratamento da infeco

    TEMPO TOTAL7 a 10 dias devancomicina +ceftazidima ou orientadopelas culturas de pontas

    Infeces associadas derivao ventrculo peritoneal

    Para o diagnstico, deve ser solicitado

    quimiocitolgico e cultura de LCR colhido

    do reservatrio da DVP e CT de crnio.

    Para diagnstico de pseudocisto abdomi-

    nal deve ser solicitada ultrassonografia de

    abdome ou tomografia computadorizada

    e LCR.

    Em pacientes com febre e sem sinais de

    meningite, peritonite ou infeco de tra-

    jeto, considerar outros focos e solicitar

    hemograma, hemocultura, urina I, urocul-

    tura e radiografia de trax.

    Ventriculite/meningiteRetirar a DVP e inserir DVE.

    Coletar LCR durante a insero da DVE.

    Iniciar terapia emprica com vancomicina + ceftazidima.

    Adequar antibitico ao resultado de cultura.

    Reinsero da DVE: aps 14 dias de tratamento, se LCR normal.

    Tempo de tratamento: manter por mais 1 sem aps reinsero da DVE.

    Pseudocisto abdominal

    Infeco de trajeto

    Seguir o esquema de tratamento de meningite/ventriculite

    TRATAMENTO

  • 7/13/2019 GUIA DE ATB

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    TRAT

    AMENTODEINFECES

    43Hospital das Clnicas FMUSP

    Leishmaniose tegumentar

    DROGAAntimoniato de

    N-metil-glucamina(Glucantime)EV/IM

    Pentamidina

    EV/IM

    Contraindicaes ao antimonial pentavalente (arritmia, insuficincia renal, efeitos adversos com a droga)

    Sim

    Sim

    Sim

    Contraindicaes a pentamidina (diabetes, efeitos adversos com a droga)

    Contraindicaes a anfotericina B (insuficincia renal, efeitos adversos c/ a droga)

    No

    No

    No

    Antimonial

    pentavalente

    Pentamidina

    Anfotericina Bdesoxicolato

    Anfotericina Blipossomal

    DOSE E TEMPOCutnea: 15 mg/

    kg/dia por 20 diasMucosa: 20 mg/kg/dia por 30 diasVisceral: 20mg/kg/dia por 20-40dias (dose mximadiria: 3 ampolas)Cutnea e

    mucosa: 4 mg/kg/dia, 10 aplicaes,em dias alternadosVisceral: noindicada

    EFEITOS ADVERSOSFrequentes: cefaleia, febre,

    artralgias, mialgias, anorexia,aumento de transaminases,fosfatase alcalina, lipasee amilase, leucopenia,alargamento do intervalo QT esupra ou infradesnivelamento dosegmento STFrequentes: nuseas, vmitos,

    cefaleia, abscessos estreis nolocal da puno IM, hipoglicemiae hipotenso durante a infusoRaros: Ur e Cr, sncope,diabetes melito (dosescumulativas > 1 g), leucopenia,trombocitopenia, pancreatite,rash, alteraes inespecficas dosegmento ST e da onda T

    CONTRAINDICAESAbsolutas: gestantes,

    cardiopatas, distrbios daconduo, insuficinciarenal;Relativas:doenashepticas, HAS,alcoolismo, doenaspancreticasGestantes, DM,

    insuficincia renal ecardiopatias

    LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA E VISCERAL

    Tratamento de Leishmaniose tegumentar americana

    REVISADO: mar/2011

  • 7/13/2019 GUIA DE ATB

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    TRATA

    MENTODEINFECES

    44 Hospital das Clnicas FMUSP

    DOSE E TEMPO1 mg/kg/dia IV, dosemxima diria 50 mgCutnea: dose

    acumulada de 1 a 1,5 gMucosa: doseacumulada de 2 a 3 gVisceral: dose acumuladade 15-25 mg/kgCutnea: doseacumulada de 1 a 1,5 g;Mucosa:dose

    acumulada de 2,5 a 3 gVisceral: 4mg/kg por7 dias, ou 5mg/kg por4 dias

    EFEITOS ADVERSOSFrequentes: febre, calafrios,cefaleia, Cr, K+,Mg+,anemia e flebite

    Raros: arritmias e alteraesdo segmento ST e onda T

    Insuficincia renal, reao

    a infuso

    DROGAAnfotericina Bdesoxicolato

    Anfotericina B

    lipossomal

    CONTRAINDICAESRelativas: doenacardiovascular enefropatias com

    insuficincia renal

    Leishmaniose tegumentar

    Tratamento de Leishmaniose tegumentar americana(continuao)

    Tratamento de Leishmaniose visceral

    CRITRIOS DE GRAVIDADEIdade inferior a 6 meses ou superior a 65

    anos

    Desnutrio grave

    Co-morbidades

    Uma das manifestaes clnicas: ictercia,

    fenmenos hemorrgicos (exceto epistaxe),

    edema generalizado, sinais de toxemia (le-

    targia, m perfuso, cianose, taquicardia oubradicardia, hipoventilao ou hiperventila-

    o e instalidade hemodinmica)

    Infeco por HIV

    TRATAMENTOCasos graves: Anfotericina lipossomal

    Outros casos: Glucantima ou anfoterici-na B desoxicolato

    PROFILAXIA SECUNDRIA EMPACIENTE HIV

    Encaminhar para especialista

    Opes

    Glucantime 20mg/kg a cada 3 sem

    Pentamidina 4mg/kg a cada 3 sem

    Anfotericina lipossomal 3-5mg/kg a cada

    3 sem

    Critrios para suspenso:tempo desconhecido,

    considerar em pacientes com CD4>350/mm3

  • 7/13/2019 GUIA DE ATB

    45/192

    TRAT

    AMENTODEINFECES

    45Hospital das Clnicas FMUSP

    CIRCUNSTNCIA CLNICA

    Adultos sem fator de risco

    Trauma cranioenceflicopenetrante, neurocirurgia ouvlvula de derivao

    Fstula liqurica

    Gestantes, adultos > 50anos, portadores de HIV

    ETIOLOGIA USUAL

    Pneumococo (> 80%)MeningococoStaphylococcus aureus OUcoagulasenegativoPseudomonas aeruginosaAcinetobacter baumannii

    Pneumococo

    TRATAMENTO EMPRICOINICIAL*

    Ceftriaxone 1-2 g IV q 12h por10-14 diasVancomicina 1-2 g IV q 12h +ceftazidima 2 g IV 8/8 h por10-14 dias

    Ceftriaxone 1-2 g IV q 12h por10-14 dias

    Obs.: alguns estudos sugerem que o uso de corticoide (dexametasona 0,15 mg/kg q 6h por 4 dias) possa melhorar o prognsticoda meningite por S. pneumoniae. Se o corticoide for utilizado, a vancomicina dever ser evitada, pois sua penetrao no lquorestar diminuda.

    Acrescentar ampicilina ao esquema, devido possibilidade de infecopor Listeria

    * Ajustar teraputica de acordo com o agente isolado

    ETIOLOGIA

    Streptococodo grupo B

    Bacilos entricos gram-negativos(principalmenteE. coli)Listeria monocytogenesMeningococoPneumococoHaemophilus influenzae

    MeningococoPneumococo

    ANTIBIOTICOTERAPIA(2aOPO)Ampicilina +

    aminoglicosdeo*(gentamicina OUamicacina)

    Cloranfenicol

    PenicilinaOUcloranfenicol

    FAIXA ETRIA

    < 1 ms

    2 meses a 5anos

    Maiores de 5anos

    ANTIBIOTICOTERAPIA(1aOPO)Ampicilina +

    cefotaxima

    Ceftriaxona

    Ceftriaxona

    MENINGITES em pediatriaAntibioticoterapia emprica de acordo com a faixa etria

    Meningites

    *S utilizar aminoglicosdeo na absoluta impossibilidade de utilizao de cefotaxima ou ceftriaxone.

    MENINGITES em adultosEtiologia da meningite de acordo com a circunstncia clnica

    REVISADO: fev/2004

    REVISADO: fev/2004

  • 7/13/2019 GUIA DE ATB

    46/192

    TRATA

    MENTODEINFECES

    46 Hospital das Clnicas FMUSP

    ETIOLOGIA ANTIBIOTICOTERAPIA(2aOPO)

    FAIXA ETRIA ANTIBIOTICOTERAPIA(1aOPO)

    Meningites

    ANTIBIOTICOTERAPIAPenicilina por 14 dias +aminoglicosdeo por 3 diasOUAmpicilina por 14 dias +aminoglicosdeo por 3 dias

    Ampicilina por 14-21dias +aminoglicosdeo por 3 dias

    Cefotaxime por 21 dias

    Cefotaxime por 21 dias +aminoglicosdeo OUcefepime

    Penicilina G. cristalina *por 7 dias

    OUAmpicilina

    INTERVALOS

    q 4h

    q 6h

    AGENTESStreptococcus do grupo B

    Listeria monocytogenes

    Bacilos gram-negativosfermentadoresBacilos gram-negativosgrupo CESP: Citrobacter,Enterobacter, Serratia,

    Proteus

    Meningococo (N.meningitidis)

    DOSESVER QUADRO DE DOSES EM

    NEONATOLOGIA

    VER QUADRO DE DOSES EMNEONATOLOGIA

    VER QUADRO DE DOSES EM

    NEONATOLOGIA

    VER QUADRO DE DOSES EM

    NEONATOLOGIA

    250- 400.000 UI/kg/dia at24.000.000 de UI/kg/dia

    200- 400 mg/kg/dia at12 g/dia

    Antibioticoterapia especfica por agente

    * Em caso de alergia a penicilina, usar cloranfenicol e para casos de meningococo com resistncia intermediria parapenicilina, usar ceftrioxona. ** Para casos de pneumococo resistente, usar ceftriaxona, se houver sensibilidade intermediria ouvancomicina, se resistente (MIC > 2mcg/ml)

    Antibioticoterapia emprica de acordo com a faixa etria (continuao)

    Traumacranioenceflico

    aberto e apsneurocirurgia

    S. aureus

    Pneumococo

    Bacilos gram-negativos nofermentadores

    Vancomicina +cefalosporina

    antipseudomonas

    Vancomicina +meropenem

    Observaes:1. No h recomendao do uso de corticoide na meningiteneonatal.2. No h evidncia de que o uso de corticoide diminua aincidncia de dano neurolgico, exceto no caso de meningitepor Haemophilus.3. No h evidncia para uso de antibitico intratecal.

    4. Em casos de meningite neonatal realizar ultrassonografiade crnio (48h), pricipalmente se causada por Citrobacterkoresiou Enterobacter sakazaki, pois esto associados coma formao de abcesso cerebral. Em caso de complicaesavaliar realizao de tomografia de crnio.5. Na meningite neonatal avaliar coleta de LCR de controle 48-72h se no houver resposta clnica ou laboratorial.

  • 7/13/2019 GUIA DE ATB

    47/192

    TRAT

    AMENTODEINFECES

    47Hospital das Clnicas FMUSP

    AGENTES ANTIBIOTICOTERAPIA INTERVALOSDOSESHaemophylus spp.

    Pneumococo (S.penumoniae)

    Staphylococcus aureus

    Enterobactrias

    Cloranfenicol OUCeftriaxonapor 7 a 10 dias

    Penicilina G cristalina **por 14 dias

    Oxacilina (MSSA) OUVancomicina (MRSA)por 21 dias

    CeftriaxonaOUCefotaxima por 14 a 21 dias

    75-100mg/kg/dia at6g/dia80-100mg/kg/dia at

    4g/dia

    250- 400.000 UI/kg/dia at24.000.000 de UI/dia

    200 mg/kg/dia at 12g/dia40-60mg/kg/dia at 2-4g/dia

    80-100 mg/kg/dia at4 g/dia200mg/kg/dia at 12g/dia

    q 6h

    q 12h ou 1x/

    dia

    q 4h

    q 4h ou q 6hq 6h

    q 12h ou1x/diaq 6h

    Meningites

    DOSE EM MG/KG POR DOSE NA FREQUNCIA INDICADA

    0-28 doses

    q 12h

    0-7 doses

    q 12h

    > 28 doses

    q 8h

    > 7 doses

    q 8h

    0-14 doses

    q 12h

    Todos

    q 6h

    0-7 doses

    18 mg/kg

    q 48h

    > 8 doses

    15 mg/kg

    q 24h

    8-28 doses

    15 mg/kg

    q 36h

    > 28 doses

    15 mg/kg

    q 24h

    Todas

    15 mg/kg

    q 24h

    0-7 doses

    18 mg/kg

    q 36h

    0-28 doses

    q 12h

    0-7 doses

    q 12h

    > 28 doses

    q 8h

    > 7 doses

    q 8h

    0-14 doses

    q 12h

    Todos

    q 6h

    > 14 doses

    q 8h

    > 14 doses

    q 8h

    Gentamicina

    Amicacina

    Ampicilina

    Cefotaxime

  • 7/13/2019 GUIA DE ATB

    48/192

    TRATA

    MENTODEINFECES

    48 Hospital das Clnicas FMUSP

    Neutropenia febril

    MASCC

    CARACTERSTICASExtenso dos sintomas

    Sem sintomas ou oligossintomtico

    ModeradoGraveSem hipotenso (PA sistlica > 90 mmHg)Sem DPOCTumor slido ou neoplasia hematolgica sem infeco fngica prviaSem desidrataoPerfil ambulatorialIdade < 60 anos

    PONTUAO

    5

    30544332

    Escore Risco MASCC (Multinational Association for Supportive Care in Cancer Risk - Index Score) Pontuao mxima 26

    NEUTROPENIA FEBRIL em adultos

    DEFINIESA neutropenia febril definida como a

    presena de:

    Febre: temperatura axilar 37,8C em

    uma medio, no relacionada a infuso

    de hemoderivados;

    Neutropenia: nmero de Neutrfilos 7 dias);

    Clinicamente instvel;

    Com comorbidades;

    MASCC

  • 7/13/2019 GUIA DE ATB

    49/192

    TRATA

    MENTODEINFECES

    49Hospital das Clnicas FMUSP

    Neutropenia febril

    Neutropenia Febril

    Paciente baixo-risco e MASCC 21 Paciente alto-risco e MASCC500/mm3se: culturas negativas epaciente afebril h 48h

    Hemocultura (+) ou foco clinicamente definido

    Cefepima* ou piperacilina/tazobactam

    Avaliar aps 48h

    4-7 dias

    SimNo

    Hemocultura (-)

    Reajustar de acordo com antibiograma;Tratar pelo tempo recomendado para o stioem questo. Suspender Anfo B se: recuperao

    de granulcitos, resoluo dos sintomase sinais clnicos, resoluo radiolgica,negativao das culturas;Metronidazoe se abscesso perianal, intra-abdominal, gengivite ou suspeita de C. difficile

    Febril

    Neutrfilos >500/mm3por > 2 dias: pararaps 5-7 dias dias de

    tratamento e afebril 48h

    Neutrfilos

  • 7/13/2019 GUIA DE ATB

    50/192

    TRATA

    MENTODEINFECES

    50 Hospital das Clnicas FMUSP

    Neutropenia febril

    NEUTROPENIA FEBRIL em pediatria

    As orientaes contidas na parte inicial

    desta norma se referem a pacientes neutro-

    pnicos que desenvolverem febre sem que

    seja identificado o foco do processo infeccio-

    so na avaliao inicial.

    As normas relativas aos antimicrobianos

    indicados nas diferentes situaes foram

    elaboradas a partir da anlise da suscetibi-

    lidade dos principais agentes causadores

    de infeces nesse grupo de pacientes, no

    Instituto da Criana. Estas normas sero pe-

    riodicamente revistas luz da literatura es-pecfica e da modificao dos padres locais

    de suscetibilidade aos antimicrobianos.

    DEFINIESNeutropenia: nmero de neutrfilos 38o, re-

    gistradas com intervalo >1h.

    Avaliao laboratorial inicial: hemograma,

    hemoculturas (veia perifrica +/- cateter),

    RX trax, urina 1 + urocultura, protena C

    reativa.

    ANTIBIOTICOTERAPIA INICIAL

    ESQUEMA 1 MONOTERAPIACefepima (50 mg/kg/dose q 8h)

    Deve ser introduzido para todas as crian-

    as neutropnicas febris no momento da

    admisso, exceto quando houver indica-

    o dos Esquemas 2 ou 3

    ESQUEMA 2 ESQUEMA DUPLOCefepima (50 mg/kg/dose q 8h) + Vanco-

    micina (1200 mg/m2/dia q 6h)

    Deve ser utilizado sempre que houver:

    evidncia de infeco por germes

    gram-positivos*;

    presena de hiperemia ou secreo

    purulenta em tnel de cateter vascular

    implantado;

    hemocultura exibindo crescimento de

    cocos gram-positivos, ainda sem identifi-

    cao e testes de suscetibilidade;evidncia clnica e/ou radiolgica de

    pneumonia;

    presena de flebite, celulite ou erisi-

    pela.

    ESQUEMA 3 ESQUEMA TRIPLOCefepima (50 mg/kg/dose q 8h) + vanco-

    micina (1200 mg/m2/dia q 6h) + amicaci-na (15 mg/kg/dia 1X)

    Deve ser utilizado para crianas que per-

    sistem febris com a utilizao do esquema

    duplo, clinicamente estveis.

    REAVALIAO DA TERAPUTICAEMPRICA INICIAL

    Sempre que os resultados de culturas in-dicarem o agente responsvel pelo processo

    infeccioso atual, a antibioticoterapia deve ser

    adequada considerando-se o perfil de susce-

    tibilidade do agente isolado.

    Enquanto o paciente se mantiver febril,

    neutropnico, com culturas negativas, sem

    foco aparente de infeco, devero ser colhi-

    das hemoculturas diariamente, de prefern-

    cia durante o pico febril.

  • 7/13/2019 GUIA DE ATB

    51/192

    TRAT

    AMENTODEINFECES

    51Hospital das Clnicas FMUSP

    Neutropenia febril

    Da reavaliao do paciente a fim de defi-

    nir a resposta teraputica instituda deve

    constar, alm do exame fsico completo, a

    verificao da situao dos locais de inser-

    o de cateter, a checagem dos resultados

    de culturas coletadas admisso, coleta de

    novas culturas e realizao de outros exames

    de investigao, como radiografias de trax

    e seios da face. Quando possvel, devem ser

    mensurados os nveis sricos dos antimicro-

    bianos utilizados, em especial a vancomicina

    e os aminoglicosdeos. Caso os achados cl-

    nicos sejam sugestivos, devem ser coletados

    exames para diagnstico de infeces poucofrequentes, como as causadas por Toxoplas-

    ma gondii, virus herpes simples, citomegalo-

    vrus, EBV, Mycobacterium tuberculosis, ou-

    tras micobactrias e Chlamydia pneumoniae.

    Quando houver suspeita de infeco fngica,

    complementar a investigao diagnstica

    com exames tomogrficos.

    A resposta clnica ao tratamento empricoinicial (esquemas 1, 2 ou 3) deve ser avaliada

    aps 72 h:

    a) Pacientes que esto sendo submetidos ao

    esquema 1 e se tornarem afebris, embora

    neutropnicos, sem que haja evidncia de

    localizao do foco infeccioso e sem re-

    sultados de culturas positivas, desde que

    mantenham bom estado geral e apresen-tem perspectiva de recuperao medu-

    lar breve, devem ter a antibioticoterapia

    suspensa aps um perodo afebril de 24

    h. Essa conduta no se aplica a pacien-

    tes portadores de cateter venoso central e

    queles com comprometimento medular

    (em fase de induo ou recidivas).

    b) Pacientes que esto sendo submetidos

    ao esquema 1 e se mantiverem febris e

    neutropnicos, sem que haja evidncia de

    localizao do foco infeccioso e sem resul-

    tados de culturas positivas, com estado

    geral preservado, devem continuar sendo

    submetidos ao mesmo esquema (1), que

    ser reavaliado em 48 h. Caso se mante-

    nham essas condies clnicas, devem ser

    submetidos ao esquema 3.

    c) Pacientes que esto sendo submetidos ao

    esquema 1 e que se mantiverem febris e

    neutropnicos, sem que haja evidncia de

    localizao do foco infeccioso e sem resul-

    tados de culturas positivas, apresentando

    deteriorao clnica evidente, devem sersubmetidos ao esquema 3.

    d) Pacientes que desenvolverem quadro diar-

    reico e outros sinais de infeco intestinal

    devero receber metronidazol (30 mg/kg/

    dia de q 6h) em associao ao esquema

    em uso.

    e) Pacientes que esto sendo submetidos ao

    esquema 1 e que se mantiverem febris eneutropnicos, sem resultados de cultu-

    ras positivas, apresentando evidncias

    de infeco por germes gram-positivos*,

    devem ser submetidos ao esquema 2.

    f) Pacientes que esto sendo submetidos

    aos esquemas 1 ou 2 e que apresentem

    indcios de infeco de pele causada por

    Pseudomonas sp devem ser submetidosao esquema 3.

    g) Pacientes que foram submetidos a quais-

    quer dos esquemas anteriores, que se

    mantenham febris e neutropnicos, sem

    sinais de localizao da infeco e sem

    culturas positivas, entre o 5.o e o 7.o dia

    de tratamento, devem receber anfotericina

    B (1 mg/kg/dia) em associao ao esque-

    ma utilizado. Caso seja diagnosticada uma

  • 7/13/2019 GUIA DE ATB

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    TRATA

    MENTODEINFECES

    52 Hospital das Clnicas FMUSP

    infeco fngica, o tratamento deve ser

    orientado de acordo com o agente causal,

    a localizao e extenso da doena. Caso

    no seja diagnosticada qualquer infeco

    fngica, a anfotericina B poder ser sus-

    pensa aps um perodo de administrao

    de duas sem, assim como os demais anti-

    biticos.

    h) Caso o esquema teraputico inclua a

    vancomicina, e o paciente se mantenha

    febril aps 72 h de tratamento com esse

    antibitico e as culturas colhidas admis-

    so no revelem crescimento de germes

    gram-positivos, dever ser considerada aretirada desse antibitico do esquema te-

    raputico a fim de minimizar o surgimento

    de cepas de bactrias resistentes a ele.

    i) O uso de drogas antivirais est justifi-

    cado naqueles pacientes que apresentem

    infeces clinicamente aparentes pelos

    vrus herpes simples, varicela-zster ou

    citomegalovrus (esta apenas quando la-boratorialmente documentada atravs de

    antigenemia e/ou PCR). O uso emprico

    de drogas antivirais no deve ser indica-

    do. O uso profiltico de antivirais deve

    ser reservado para situaes especficas

    Neutropenia febril

    como por exemplo nos protocolos de

    transplante de medula.

    OBSERVAESPacientes que, a qualquer tempo durante

    a internao, deixem de estar neutropni-

    cos (neutrfilos perifricos > 1000/mm3),

    caso se mantenham febris, devem ser

    reavaliados e ter sua antibioticoterapia re-

    vista e adequada nova condio. Dessa

    forma, caso no haja localizao da infec-

    o, os antibiticos podem ser suspensos

    72 h aps o trmino da neutropenia.

    No caso de pacientes que estejam sendo

    submetidos ao esquema 3 e se mante-

    nham febris aps um perodo de 72 h de

    uso do mesmo, ou que apresentem queda

    evidente do estado geral na vigncia des-

    se esquema, pode ser considerada a am-

    pliao do espectro de ao em relao

    aos germes gram-negativos atravs da