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HANSENÍASE. Prof. Cor FACIMED. Aspectos relevantes da hanseníase no Brasil Segundo dados da OMS o Brasil é o primeiro lugar em taxa de prevalência e segundo lugar em número de casos registrados e em casos novos diagnosticados do mundo. - PowerPoint PPT Presentation
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HANSENÍASE
Prof. Cor FACIMED
Aspectos relevantes da hanseníase no Brasil
Segundo dados da OMS o Brasil é o primeiro lugar em taxa de prevalência e segundo lugar em número de casos registrados e em casos novos diagnosticados do mundo.
Mais de 60% (3.521) dos municípios do país possuem pelo menos um residente diagnosticado de hanseníase em 2002.
A distribuição geográfica da endemia mostra importantes diferenças, com os maiores problemas na maioria dos estados das regiões Norte, Nordeste e Centro Oeste;
DISTRIBUIÇÃO MUNIDAL DA HANSENÍASE
DETECÇÃO DE CASOS DE HANSENÍASEDETECÇÃO DE CASOS DE HANSENÍASEBRASIL – 2000 - 2002BRASIL – 2000 - 2002
Distribuição das UFs segundo níveis endêmicosDistribuição das UFs segundo níveis endêmicosBrasil 2003Brasil 2003
FONTES : ATDS/CGDEN/DEVEP/SVS/MS; SES; IBGE
AM PA
RR AP
AC
MTRO
MS
GO
MA
PI
CERN
PBPE
ALSE
BA
MG
SPES
RJPR
SC
RS
Distrito Federal
TO
Alto - 5 |— 10 casos/10.000 hab.
Médio - 1 |— 5 casos/10.000 hab.
Muito Alto - 10 |— 20 casos/10.000 hab.
Baixo - < 1 casos/10.000 hab.
Hiperendêmico - 20 casos/10.000 hab.
Prevalência e detecção da hanseníaseBrasil, Regiões, Estados - 2003*
(a) Parâmetros de Prevalência:
HIPERENDÊMICO 20 casos/10.000 hab.
MUITO ALTO 10 | 20 casos/10.000 hab.
ALTO 5 | 10 casos/10.000 hab.
MEDIO 1 | 5 casos/10.000 hab.
BAIXO < 1 casos/10.000 hab.
(b) Parâmetros de Detecção:
HIPERENDÊMICO 4 casos/10.000 hab.
MUITO ALTO 2 | 4 casos/10.000 hab.
ALTO 1 | 2 casos/10.000 hab.
MEDIO 0.2 | 1 casos/10.000 hab.
BAIXO < 0,2 casos/10.000 hab.
2,3942.2413,8868.646BRASIL
DETECÇÃO (b)PREVALENCIA (a)UF
10.412
3.360
14.740
24.538
15.596
Nº
5,046.2088,45CENTRO-OESTE
0,731.9031,29SUL
1,219.1491,96SUDESTE
3,0715.1534,97NORDESTE
7,139.82811,31NORTE
taxa/10.000 hab..
NºTAXA/10.000 hab..
FONTES : ATDS/CGDEN/DEVEP/SVS/MS; SINAN; SES; IBGE
* Dado preliminar. Posição 08/12/2003.
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS
Causada pelo M. leprae, um parasita celular obrigatório que tem afinidade pelas células cutâneas e pelos nervos periféricos.Alta infectividade e baixa patogenicidade.O homem é a única fonte de infecção.A transmissão se dá pelas VAS.Período de incubação varia entre 2 a 7 anos.
Agente etiológico
Mycobacterium leprae, discovered in 1873 by Armauer Hansen.
Afeta principalmente o SNC, a pele, os olhos e o trato respiratório superior
Transmissão Inalação Contato com ferida
Incompetência imune específica Raramente infecta crianças 10-14 anos e adultos de 35-44 são os mais suscetíveis.
Via
Determinantes
Modo de transmissão
Via de eliminação: vias aéreas superiores;Período de incubação: longo (2 a 7 anos);Todas as idades (menos comum nas crianças);Ambos os sexos (homem>mulheres).Risco de doença é influenciado por: – Condições individuais, – níveis de endemia, – condições socioeconômicas e – condições precárias de vida (agrupamentos populacionais).
Aspectos clínicos
Sinais e sintomas dermatológicos:– Manchas pigmentares ou discromias;– Placa.– Infiltração.– Tubérculo.– Nódulo.
– Localizadas principalmente na face, orelhas, nádegas, braços, pernas e costas (áreas frias da pele).
É uma doença sistêmica: pode visceralizar
Perfil clínico
(TT)
Resposta imune intensa e efetiva
Nenhuma resposta imune efetiva
(BB)(BT) (BL) (LL)
MH tuberculóideMenos de 5 lesões cutâneas
Baciloscopia negativaPaucibacilar
Não contagiosa
MH DimorfaPode progredir para qualquer um
dos polos (TT ou LL)
MH Lepromatosa (Virchowiana)Lesões pouco definidasLesões mais infiltrativas
Baciloscopia positivaContagiosa
Competência imune específica
Classificação Clínica
Presença de bacilos nas células
FORMAS CLÍNICAS
TU B E R C U L Ó ID E D IM O R F A V IR C H O W IA N A
IN D E TE R M IN A D A
ASPECTOS CLÍNICOS
Manchas com alteração de sensibilidade.Placas, infiltração, nódulos, madarose.Dor e espessamento de nervos periféricos.Perda de sensibilidade nas áreas inervadas por estes nervos.Perda de força nos músculos inervados por estes nervos.
DIAGNÓSTICO CLÍNICO
Avaliação dermatológica: pesquisa da sensibilidade – térmica, dolorosa e táctil.
– A pesquisa de sensibilidade nas lesões de pele, ou em áreas suspeitas, é um recurso muito importante no diagnóstico da hanseníase e deve ser executado com paciência e precisão.
DIAGNÓSTICO CLÍNICO
CLASSIFICAÇÃO CLÍNICA:
– Hanseníase indeterminada;– Hanseníase tuberculóide;– Hanseníase dimorfa ou bordeline;– Hanseníase virchowiana.
– Estados reacionais: HT reacional; MH em reação.
Slide clínico - MHD
Caso clínico - MHD
Caso clínico - MHV
As lesões de hanseníase sempre apresentam alteração da sensibilidade:
Hipoestesia (diminuida).Anestesia (ausente).Hiperestesia (aumentada).
Hanseníase - anestesia
Manifestação clínica
Manifestação clínica
Caso clínico - MHV
Caso clínico - MHI
Caso clínico - MHI
Caso clínico - MHI
DIAGNÓSTICO CLÍNICO
Anamnese – história clínica e epidemiológica;– As pessoas que tem hanseníase queixam-se de manchas
dormentes, cãimbras, formigamento, dormência e fraqueza das mãos e pés;
– Investigação epidemiológica importante para descobrir a fonte da infecção e diagnosticar novos casos entre os contatos.
Caso clínico - MHI
Caso clínico - MHI
Caso clínico - MHT
Caso clínico - MHT
Caso clínico - MHT
Caso clínico - MHD
Caso clínico - MHD
Caso clínico - MHD
Caso clínico - MHD
Caso clínico - MHV
Caso clínico - MHV
Caso clínico - MHV
DIAGNÓSTICO CLÍNICO
Avaliação neurológica:– Anidrose, hipotricose/alopecia, hipoestesia/anestesia e
paralisia (atrofia) muscular;– Espessamento nervos periféricos;– Incapacidades e deformidades.
• Avaliações neurológicas periódicas.
DIAGNÓSTICO CLÍNICO
Principais nervos periféricos:
– Face: trigêmio e facial (olhos e nariz);– Braços: radial, ulnar e mediano (mãos);– Pernas: fibular comum e tibial posterior (pés).
– Inspeção dos olhos, nariz, mãos e pés;– Palpação de troncos nervosos (dor e choque);– Avaliação da força muscular.
Incapacidade - Amiotrofias
When a person with leprosy gets a blister, it does not hurt.
So he keeps walking until the blister bursts and becomes infected.
Still without pain, the infection gets deeper and attacks the bone.
In time the bone is destroyed and the foot becomes more and more deformed.
Complicações
Complicação – Mal Perfurante Plantar
Manifestação clínica
Complicações
Complicações
Complicações
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
Pesquisa de baar em linfa – Lobo orelho– Cotovelo– Borda de lesão infiltrativa
Histopatológico (granuloma, infiltrado perianexial)Teste de MitsudaPesquisa de anticorpos anti-PGL1
Classificação Clínica
IMUNIDADE X OUTROS PARÂMETROS
Paucibacilar MultibacilarMenos de 5 lesões Mais de 5 lesõesAté 2 troncos Mais de 2 troncosAnti PGL 1 baixo Anti PGL 1 AltoMitsuda Positivo Mitsuda negativoBaciloscopia negativa Baciloscopia positivaTh 1- indutor Th 2 - supressorTNF alfa, INF, IL1, IL12 IL4, IL5, IL10, TGF betaT4: T8 = 2/1 T4: T8 = 0.5/1
FORMAS CLÍNICAS
PAUCIBACILAR: até cinco lesões cutâneas.- forma indeterminada, forma tuberculoide e
dimorfas.
MULTIBACILAR: mais de cinco lesões cutâneas.
- forma dimorfa e forma virchowiana.
TRATAMENTOTratamento poliquimioterápico – PQT
– Esquema paucibacilar – PQT-PB:
• Rifampicina: 600 mg/mes – supervisionada;• Dapsona: 100 mg/dia – auto-administrata;• Duração do tratamento: 6 doses supervisionadas;• Critério de alta: 6 doses supervisionadas em até 9
meses.
TRATAMENTOTratamento poliquimioterápico – PQT
– Esquema multibacilar – PQT-MB:
• Rifampicina: 600 mg/mes supervisionada;• Clofazemina: 300 mg/mes supervisionada e 50 mg/dia auto-
administrada;• Dapsona: 100mg/dia auto-administrada;• Duração do tratamento: 12 doses supervisionadas;• Critério de alta: 12 doses supervisionadas em até 18 meses.
TRATAMENTO
Prevenção e tratamento das incapacidades:
– Devem iniciar precocemente e em conjunto com as outras etapas do tratamento;
– Utilização de técnicas diversas, simples e/ou complexas, envolvendo fisioterapia, educação em saúde, auto-cuidado, etc.
– Deve envolver toda a equipe de saúde.
TRATAMENTO
Acompanhamento:
– Recidiva: desenvolvimento de novos sintomas e sinais da doença após o tratamento correto – baixa ocorrência – menos que 5% dos casos;
– Reação hansênica: estado de reação do hospedeiro com exacerbação das lesões clínicas pré-existentes, ocorrendo em quase 50% dos casos tratados.
ESTADOS REACIONAIS
São reações do sistema imunológico do paciente frente ao
M. leprae;
Reações inflamatórias agudas ou sub-agudas;
Ocorrem nos casos tanto paucibacilares quanto nos
multibacilares;
Causam danos teciduais e incapacidades;
Não contra-indicam o tratamento específico.
ESTADOS REACIONAIS
REAÇÃO TIPO I OU REAÇÃO REVERSANovas lesões dermatológicas, edema das pré-existentes, dor e espessamento neural.Poucas manifestações gerais.
REAÇÃO TIPO II OU ENH
Nódulos eritematosos subcutâneos, febre, artralgia, anorexia,mal estar geral,anemia,dor e espessamento neural.
ESTADOS REACIONAIS
Reação tipo 1 ou reversa: imunidade celular– Surgimento de novas lesões, infiltrações e edema das lesões
antigas, bem como neurite;
Reação tipo 2: imunidade humoral– Eritema nodoso hansênico (ENH): nódulos vermelhos
dolorosos, febre, dores articulares, mal estar geral.
MHT – REACIONAL (Tipo 1)
Reação tipo 2 – Eritema Nodoso
Reação tipo 2 - Eritema nodoso
TRATAMENTO DOS ESTADOS REACIONAIS
Reação tipo I ou RR: Prednisona 1-2 mg/kg com redução a cada 15 dias. Evolução muito lenta.
Reação tipo II ou ENH:Droga de escolha, Talidomida( 400 a 100 mg/dia)- proibida para mulheres em idade fértil./ ou ctc 1 a 2 mg /kg/pentoxifililina.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Pitiríase versicolor: manchas brancas com fina descamação e sensibilidade normal;
Eczemátide: manchas claras e ásperas com sensibilidade normal;
Tinha do corpo: manchas claras e eritematosas com maior atividade na periferia e com sensibilidade normal;
Vitiligo: manchas brancas, nítidas e com sensibilidade normal.
Diagnóstico diferencial
PitiríaseVersicolor
Diagnóstico diferencial
Pitiríase Versicolor
Diagnóstico diferencial
PitiríaseVersicolor
Diagnóstico diferencial
Pitiríase alba
Diagnóstico diferencial
Eczemátide
Diagnóstico diferencial
Eczemátide
Diagnóstico diferencial
Eczemátide
Diagnóstico diferencial
Eczemátide
Diagnóstico diferencial
Tinea corporis
Diagnóstico diferencial
TineaCorporis
Diagnóstico diferencial
Tinea corporis
Diagnóstico diferencial
Vitiligo
Diagnóstico diferencial
Vitiligo