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"Heidegger: o princípio da Daseinsanalyse" (Guilherme Conti Marcello) Disponível em: http://www.redepsi.com.br/2009/03/19/and-quot-heidegger-o-princ- pio-da-daseinsanalyse-and-quot/  A proposta desta coluna é estabelecer, de modo breve mas fidedigno, um terreno sólido ao debate da prática psicológica/clínica daseinsanalítica. A partir desta premissa, esclarecimentos conceituais foram feitos, tendo em vista o acesso aos conceitos e à metodologia de uma corrente filosófica  – a fenomenologia  – e sua interlocução com a ciência psicologica. Desse modo, o que se pretende alcançar é a exegese da noção primeira da Daseinsanalyse. Para tanto, parece oportuno percorrer o processo que compreende questões existenciais do homem presentes na obra de Martin Heidegger (1889-1976), precursor da análise do Dasein, a saber, Daseinsanalyse. Nesse contexto, planeja-se não só introduzir alguns movimentos da vida do filósofo, mas, também, apontar terminologia que lhe é peculiar, imprescindível à compreensão da sua obra e da Daseinsanalyse. Buscar-se-á, assim, promover um encadeamento de textos em que o início de um novo é, basicamente, mas não somente, uma continuidade daquele que o antecedeu. É pela retomada de termos na sua identidade original, ainda na filosofia, que se vai alçar o seu enovelamento com a psicologia. Mais especificamente, por meio da leitura feita por dois psiquiatras – Medard Boss (1903-1990) e Ludwig Binswanger (1881-1966)  – de Ser e Tempo (1927), de Martin Heidegger. Tem-se, como perspectiva, uma série de três exposições com o objetivo de projetar o encadeamento da Daseinsanalyse à concepção heideggeriana e à visão da psicologia clínica. Para iniciar, ousadamente, far-se-á uso das palavras com que Heidegger fez referência a Aristóteles no início de uma conferência sobre o pensador, agora transmitindo-a a ele próprio: “Ele nasceu, trabalhou e morreu.” (Safranski, 2005, pg. 27). Essa tríade faz ver que a vida de Heidegger e sua filosofia, ou melhor, sua fenomenologia hermenêutica da existência do homem, ao menos em um primeiro momento – aquele a que se reporta aqui -, evidencia um conjunto de três ações  – vir ao mundo, atuar no mundo e deixar de existir no mundo  – as quais se delineiam de modo independente, mas, ao mesmo tempo, intimamente conectadas. Heidegger nasceu em 26 de setembro de 1889, no frio vilarejo de Mersskirch, interior da

Heidegger - o Princípio Da Daseinsanalyse

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  • "Heidegger: o princpio da Daseinsanalyse"

    (Guilherme Conti Marcello)

    Disponvel em: http://www.redepsi.com.br/2009/03/19/and-quot-heidegger-o-princ-

    pio-da-daseinsanalyse-and-quot/

    A proposta desta coluna estabelecer, de modo breve mas fidedigno, um

    terreno slido ao debate da prtica psicolgica/clnica daseinsanaltica. A partir desta

    premissa, esclarecimentos conceituais foram feitos, tendo em vista o acesso aos

    conceitos e metodologia de uma corrente filosfica a fenomenologia e sua

    interlocuo com a cincia psicologica. Desse modo, o que se pretende alcanar a

    exegese da noo primeira da Daseinsanalyse. Para tanto, parece oportuno

    percorrer o processo que compreende questes existenciais do homem presentes

    na obra de Martin Heidegger (1889-1976), precursor da anlise do Dasein, a saber,

    Daseinsanalyse. Nesse contexto, planeja-se no s introduzir alguns movimentos da

    vida do filsofo, mas, tambm, apontar terminologia que lhe peculiar,

    imprescindvel compreenso da sua obra e da Daseinsanalyse. Buscar-se-,

    assim, promover um encadeamento de textos em que o incio de um novo ,

    basicamente, mas no somente, uma continuidade daquele que o antecedeu. pela

    retomada de termos na sua identidade original, ainda na filosofia, que se vai alar o

    seu enovelamento com a psicologia. Mais especificamente, por meio da leitura feita

    por dois psiquiatras Medard Boss (1903-1990) e Ludwig Binswanger (1881-1966)

    de Ser e Tempo (1927), de Martin Heidegger. Tem-se, como perspectiva, uma srie

    de trs exposies com o objetivo de projetar o encadeamento da Daseinsanalyse

    concepo heideggeriana e viso da psicologia clnica.

    Para iniciar, ousadamente, far-se- uso das palavras com que Heidegger fez

    referncia a Aristteles no incio de uma conferncia sobre o pensador, agora

    transmitindo-a a ele prprio: Ele nasceu, trabalhou e morreu. (Safranski, 2005, pg.

    27). Essa trade faz ver que a vida de Heidegger e sua filosofia, ou melhor, sua

    fenomenologia hermenutica da existncia do homem, ao menos em um primeiro

    momento aquele a que se reporta aqui -, evidencia um conjunto de trs aes vir

    ao mundo, atuar no mundo e deixar de existir no mundo as quais se delineiam de

    modo independente, mas, ao mesmo tempo, intimamente conectadas. Heidegger

    nasceu em 26 de setembro de 1889, no frio vilarejo de Mersskirch, interior da

  • Alemanha. Filho de um zelador de objetos sacros e sacristo da parquia da cidade

    e de uma camponesa simples, o pequeno garoto tambm filho de Mersskirch e

    para l que sempre tem vontade de voltar (Safranski, 2005, pg.28). Em outras

    palavras, as idias heideggerianas e a sua vida so coplanares. Vive em meio

    sombra da igreja e do catolicismo, por extenso familiar, e deixa ver sua constante

    vontade de retornar sua terra natal, seu lar. Em seu pai h a personificao desse

    corpo doutrinrio e, sem mesmo saber, o pequeno Martin contm em si o

    encerramento de uma briga clrico-territorial de geraes, sujeito a simples ato do

    acaso, qual seja, receber a chave de uma igreja.

    Em 1870, perodo quando efervescia o nacionalismo na Alemanha, o Conclio

    de Roma postula a infalibilidade do papa. Muitos catlicos quebram os efeitos desse

    dogma, manifestando-se contra as posies polares, isto , demasiados romanos

    ou estadistas em primazia. Muitos dos habitantes de Merrkisch colocaram-se na

    posio de romanos, acordados com o Conclio de Roma, e apenas um dos

    moradores do povoado, colocou-se como um antigo. O pai de Heidegger se

    conservou, ou melhor, manteve-se em correspondncia tradio. Por isso foram

    alvo de retaliaes culturais e de preconceito, sendo vistos como pessoas de

    mentalidade pequena, causadoras de prejuzo ao desenvolvimento do povoado.

    Marco do primeiro contato do garoto Martin com o embate entre modernidade e

    tradio, o acontecimento que futuramente se reflete em sua filosofia, em suas

    concepes sobre o antigo e o novo, enquanto, tambm, dimenses da

    temporalidade estrutural do homem. Em vida, Heidegger ultrapassa essa situao

    quando, em meio a uma brincadeira na praa, a chave da igreja lhe entregue pelo

    antigo sacristo local, tendo como destino as mos de seu pai. (Safranski, 2005). A

    circunstncia, o ato e a chave assumem sentido relativo e transmutam-se em o

    smbolo da superao como sinal de confluncia entre as duas posies religiosas.

    Desde ento, Heidegger e a igreja passam a conviver de modo muito prximo

    e ambguo. Na qualidade de membros da classe mdia baixa, os Heidegger

    custearam os estudos de seu filho Martin a partir da colaborao da igreja, que, por

    sua vez, colocava essa possibilidade disposio por ver, no pequeno garoto,

    potencial intelectual. Com isso, seus estudos seqenciais, a partir da escola

    primria, so direcionados ao internato catlico de Constana, desgnio de

    preparao de um futuro padre. Mediante tal modelo de custeamento, sua formao

    foi seguida at o inicio de sua vida adulta.

  • Em regime fechado no seminrio de Constana, o jovem Heidegger v-se, um

    pouco deslocado daquela forma de pensamento dogmtico e cristalizado em

    diferentes situaes. Comea a questionar acerca da severidade do internato, do

    clima pesado e desagradvel desta situao em contraponto tranqilidade fluda

    da vida alm daqueles muros. Mais tarde, conforme Safranski (2005), esta

    comparao vem a ser a causa, a origem, dos conceitos de impropriedade e

    propriedade, que mais adiante sero apresentados, porquanto, na Daseinsanalyse,

    so fundamentais. Esse embate pode ser notado, novamente, na articulao entre

    tradio dogmtica (Constana) e a modernidade (mundo exterior), o que passa a

    ser visto com outros olhos por Heidegger

    Em Heidegger, essas transformaes no modo de compreender a sua vida

    so constantes e bastante seqenciais. Por associao Rilke (s/d.) s levado a

    dizer que Heidegger viveu suas interrogaes; amou () suas prprias dvidas,

    como se cada uma delas fosse um quarto fechado, um livro escrito em idioma

    estrangeiro (pg. 30). Sua insatisfao em relao s formas de pensamento da

    igreja e da escolstica passa a ser cada vez mais evidente e acentuada aps sua

    mudana de Constana para Freiburg. (Safranski, 2005). Heidegger foi afastado da

    formao de sacerdote por problemas cardacos, mas revive seus estudos na

    teologia. Entretanto, em um dado semestre de sua graduao, Heidegger, de frias

    em Merrkish, se dedica com afinco leitura de Brentano. Franz Brentano (1838-

    1827) era professor de Husserl e, assim, tambm iniciador da fenomenologia.

    Encantou o jovem estudante de teologia pelas indagaes a propsito dos [i]modos-

    de-ser-de-Deus[/i] e, em especial, pelo modo como essa investigao era conduzida.

    (Safranski, 2005)

    Por meio de Brentano, Heidegger chega a Husserl e s Investigaes

    Lgicas. Apaixona-se pela obra, pelo autor e pela forma de pensamento

    fenomenologia -, tomando-a por emprstimo da biblioteca de Freiburg durante 2

    anos. Por volta de 1916, o encontro com Husserl acontece e, em pouco tempo, o

    mestre passa a trat-lo como seu discpulo; como um iniciado na fenomenologia,

    capaz e considerado seu auxiliar na edificao dessa nova filosofia. Assim Husserl

    caracteriza o jovem Martin Heidegger, a quem entrementes considera seu discpulo

    mais talentoso, e a quem trata quase de igual para igual como colaborador no

    grande projeto filosfico da fenomenologia. (Safranski, 2005, pg.101)

  • Ao conduzir prosseguimento deste trabalho para os meados dos anos 20,

    prope-se um salto cronolgico de quase 10 anos, apenas por razes didticas,

    tendo em vista alar o preldio de Ser e Tempo, sem desprezo evoluo e

    maturao das idias do filsofo no tempo transposto.

    Faamos uma retrospectiva: segundo o modelo teolgico, Martin Heidegger

    comeara como filosofo catlico. Seu pensar movia-se em circulo na indagao por

    Deus como pedra fundamental e fiador de nosso conhecimento do mundo e de ns

    mesmos. Heidegger, vinha de uma tradio que s podia ainda afirmar-se

    defensivamente contra uma modernidade para qual Deus perdera seu sentido. ()

    O pensar metafsico no conta com a imutabilidade do ser humano, mas com a

    imutabilidade das relaes de sentido. Heidegger aprendeu com Dilthey que tambm

    as verdades tm a sua historia. () A idia de Dilthey de que sentido e importncia

    s surgem no homem e sua historia se tornou seu critrio. () Depois de 1918 a

    vida histrica se torna fundamento do filosofar para Heidegger. () O filosofar de

    Heidegger, volta-se para a treva do momento vivido. (Safranski, 2005, pg.185/186)

    O movimento natural que envolve a vida e o pensamento de Heidegger entre

    os anos de 1923 e 1927 faz nascer Ser e Tempo. (Safranski, 2005) Esta obra abre

    as portas para a insero fenomenolgica na psicologia e, mais tarde, na clinica.

    Retomando referncia anterior, a leitura feita por dois psiquiatras vem colocar em

    uma ordem diferente e nova a concepo de cincia psicolgica da poca. [i]Ser e

    Tempo[/i] prope a retomada a questo metafsica primeira considerada por

    Heidegger, em face da forma como vinha sendo to erroneamente tratada,

    esquecida: o perguntar-se acerca do ser. Isto dito, vale perguntar como numa

    questo ontolgica (cincia que estuda o ser), a psicologia, cincia humana por

    definio de objeto de estudo, passa, do emprico da vivencia subjetiva, para a

    densidade de um problema filosfico? Ou ainda: como e por que a psicologia faz uso

    de uma obra de tamanha densidade filosfica em algum momento de sua prtica

    clnica? A resposta emerge da prpria obra de Heidegger: o acesso que permeia

    investigaes acerca do ser conseguido quando aclaradas as estruturas mais

    fundamentais do estar-lanado-para-fora (ek-sistencia) do ente homem.

    Rapidamente, um simples, mas no displicente esclarecimento a propsito das

    noes de ser, ente e existncia configura-se oportuno. Ente . Ou seja, tudo aquilo

    que est no mundo, o compe. Ser o uso das aspas se deve dificuldade

  • lingstica de determinar o ser como, pois feito isso, o estatuto da entifio lhe

    dado, e justamente Heidegger exerce essa critica a toda tradio da filosofia, da o

    velamento da ontologia, isto , das causas do ser e de seus atributos essenciais,

    conforme j foi mencionado o absolutamente no-, aquilo que se manifesta no

    ente. Ek-sistencia/existncia deriva de existir. Existir, por sua vez, deriva do grego

    ek-sistere, enraizado no termo ekstasis, compreendido como colocar-se para fora,

    projetar-se no espao, conservar-se na abertura. (Heidegger, 2005 [1927]).

    Aps essa digresso, volta-se a Heidegger, que elege o homem dentre todos

    os entes como via de acesso ao questionamento acerca do ser . Esse estatuto lhe

    conferido devido sua intima e intensa relao com o ser, um transito em meio a

    suas manifestaes diversas. Sua concepo de homem muito peculiar e faz

    completo sentido diante da eterna mutabilidade das condies humanas,

    principalmente existenciais, as quais, em ultima anlise, so e esto intimamente

    interligadas ao psicolgico. O filsofo faz referncia a esse ente justamente por sua

    relao mais prxima com o ser; Dasein.

    Da-sein, juno de dois termos da lingua alem; da, traduzido ao portugus

    como a, e sein, ser. Ou seja, desta combinao lingstica deriva o termo da-sein,

    ser-a. Para Heidegger, o ser-a existe em funo de si mesmo, posto que o

    guardio de seu prprio ser; o cuidado e sua prpria existncia. Desta forma,

    Heidegger trata da-sein de forma impessoal, colocando-o como representante do

    questionamento acerca do ser do humano. (..) Mas o Dasein -ns mesmos, a cada

    vez. Decerto, mas ns mesmos precisamente apenas enquanto somos aqueles aos

    quais o ser diz respeito. Ou ainda: o Dasein e no o homem. Ele no : Dasein

    permite reduzir todas as definies tradicionais do homem, animal racional, corpo-e-

    alma, sujeito, conscincia, e questiona-las a partir deste trao primordial, a relao

    com o ser. Ele o : Dasein no outra-coisa seno o homem, um outro ente, trata-

    se de ns mesmos, mas ns mesmos pensados a partir da relao com o ser, isto ,

    com nosso ser prprio, com o das coisas e dos outros. Dasein diz a humanidade do

    homem como relao com o ser. () A existncia () o modo de ser do Dasein

    (Dubois, 2004.:17).

    Dasein no masculino e nem feminino, Dasein a relao do ente humano

    com seu ser, com sua essncia, a prpria existncia de fato. Isto , enquanto o ser-

    a existncia no o delimitado e nem simplesmente dado ([i]vorhandenheit[/i]) ,

    por conseguinte, um sucessivo dar-se no vir-a-ser, um sistema auto-poitico de

  • criao, a saber, aquilo que constri e construdo concomitantemente. Logo,

    [i]Dasein[/i] existncia, uma delimitao ontolgica de sua prpria qualidade de

    ente detentor da significao de seu ser. Em outras palavras, o ser-a ao portar a

    significao de seu ser carrega tambm sua existncia de modo livre, de modo a ser

    capaz e ver-se na necessidade de concretiz-la em meio admisso de

    possibilidades de ser diversas.

    Com isso, pode-se dizer que o ser-a se constitui como, justamente, o prprio

    a do vocbulo adaptado da lngua alem, uma abertura ao/para o mundo e s

    possibilidades de manifestao de seu ser dentro desta cadeia de mltiplas relaes

    e significaes (Heidegger, 2005 [1927]). Desta forma, ao se dizer que no

    simplesmente dado e nem mesmo delimitado em um sistema, dito foi: Dasein se

    constri ao mesmo tempo que construdo no contexto em que se insere, e no se

    coloca como um ente circunscrito em um dado nmero de possibilidades, mas sim

    no infinito delas, posto que existe.

    Em Dasein, Heidegger concebe a ligao entre o ser, ente e o modo de

    acesso s beiradas do primeiro. Foi justamente nessa brecha que os leitores Medard

    Boss e Ludwig Binswanger se ativeram, posto que o homem inesgotvel em suas

    possibilidades, e possibilidade [i]condio-para[/i] o que, de antemo, implica em

    uma no cristalizao, visto que se trata de uma abertura ao incerto. Logo, a

    mobilidade das conceituaes de [i]Ser e Tempo[/i] convm ou vem a propsito da

    insatisfao com os constructos terico-metodolgicos da cincia psicolgica dos

    anos de 1930, onde vieram a se inserir os psiquiatras referidos.

    O modo de pensar de Heidegger e sua aplicao do mtodo fenomenolgico

    em Ser e Tempo, o que imprime o novo na perspectiva psi, que, at ento, dava

    ares de um limitado quebra-cabeas entre o humano e a teoria, quando alimentava a

    eterna tentativa de fazer caber peas em moldes acabados.

    ()[i] a forma do pensamento heideggeriano concntrica, possudo certa

    semelhana com a forma socrtica de exposio, onde o pensamento circular no

    chega propriamente a nenhum lugar derradeiro, porm est sempre e

    constantemente indo a algum lugar, circundando a questo de maneira a favorecer

    continuamente novas perspectivas e exigindo do interrogante estar proximo

    questo e ser tambm interrogado por ela.[/i] (Rehfeld, 1988, pg. 87)

    A citao sintetiza a possibilidade do [i]estar-tocado-por[/i] , concepo que

    no se refere ao chegar a nenhum lugar derradeiro e a certa localidade, mas, sim,

  • problematiza a forma como ela mesma, por si s, vem a se consubstanciar como

    uma questo a um que responde para outro.

    Tem-se em mente, em uma prxima vez, aclarar, ou ainda, particularizar a analtica

    do Dasein, a Daseinsanalyse de [i]Ser e Tempo[/i], sua relao com Medard Boss e

    sua Daseinsanalyse psicolgica, de modo a tecer mais um trecho da teia de

    segurana que se pretende para chegar efetivamente na psicologia e ao dilogo que

    estabelece com a fenomenologia heideggeriana.

    [b]Referncias bibliogrficas[/b]

    [b]Dubois, Christian[/b]. Introduo leitura de Heidegger. So Paulo: Ed. Jorge

    Zahar, 2006.

    [b]

    Heidegger, Martin[/b]. Ser e Tempo. Trad: Maria S Cavalcanti Schuback. So

    Paulo: Ed. Vozes, 2005.

    [b]Rehfeld, Ari[/b]. angstia In: Vida e Morte. So Paulo, Ed.Companhia Ilimitada,

    1988.

    [b]

    Rilke, Rainer M[/b]. Cartas a um jovem poeta. Introduo e traduo de Fernando

    Jorge. So Paulo, Hemus Livraria e Editora Ltda., sem data,

    [b]

    Safranski, Rdiger[/b]. Heidegger: um mestre da Alemanha entre o bem e o mal. Ed.

    Gerao Editorial, 2005.[/left]