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OLiDETE INES CELLA HIPERATIVIDADE COMPORTAMENTOS E SUA CAUSAS Monografia apresentada aD Centro de Pas Graduag80 Pesquisa e Extensao do curso de Psicopedagogia, da Universidade T uiuti do Parana, sob a orienta9<3o didatica e metodologica da Professora Olga Maria Silva Mattos. CURITIBA - PR 2000

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OLiDETE INES CELLA

HIPERATIVIDADE COMPORTAMENTOS E SUA CAUSAS

Monografia apresentada aD Centro de PasGraduag80 Pesquisa e Extensao do cursode Psicopedagogia, da Universidade T uiutido Parana, sob a orienta9<3o didatica emetodologica da Professora Olga MariaSilva Mattos.

CURITIBA - PR

2000

SUMARIO

1.

RESUMO

INTRODUC;Ao . 01

2. HIPERATIVIDADE COMPORTAMENTOS E SUAS CAUSAS.03

2.1 PERFIL DA HIPERATIVIDADE OU DEFICIT DE ATENyAo. 10

2.2 DIAGNOSTICO .... 12

2.2.1 Hist6rico ... 12

2.2.2 Inteligemcia. .. 12

2.2.3 Personalidade e desempenho emocional... 12

2.2.4 Desempenho escolar. ... 13

2.2.5 Amigos ... 14

2.2.6 Disciplina e comportamento em casa. ..". 14

2.2.7 o comportamento na sala de aula .. 14

2.2.8 A consulta medica. .. 15

2.3 QUADRO CUNICO .. 19

2.4 A HIPERATIVIDADE EM CASA .... 20

2.5 A HIPERATIVIDADE NA ESCOLA ... 21

2.6 A HIPERATIVIDADE COM OS AMIGOS .. 23

CONCLUsAo ... 25

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS .. 26

BIBLIOGRAFIA .. 27

IV

RESUMO

A criang8 hiperativa torna-S8 urn problema na familia. Existe todo um

processo de relacionamento que muitas vezes nao 58 engrena. H3 pais que nao

compreendem a atitude do filho e nao aceitam, intensificando 0 problema. Esta

deficiencia traz para este ser um desequilibrio geral, seja na escola, com a familia,

com amigos, causando um ctesajuste social significativ~. Incompreendidos tornam-se

pessoas frustradas e controladoras, carregando esta bagagem negativa par toda

vida.

Todos esses problemas podem originar-se de variagoes geneticas, traumas

sofridos no parto, irregularidades bioquimicas, gerando urna sind rome que recebeu 0

nome de sindrome da hiperatividade e d8ficit de aten~ao, au hiperatividade.

Sendo urn disturbio ainda mal definido, com suposta "Lesao Cerebral Minima",

refere-se a problemas de aprendizado, disturbios de comportamento, desvios de

funcionamento do sistema nervoso central.

A partir dessa descoberta e import ante usar uma educa<;ao apropriada, sendo

necessario que os pais estejam cientes do problema, usando de paciemcia e

persistencia,

o diagnostico correto e a abordagem terapeutica adequados levam a

reintegra<;ao social e psicologica, dal a importancia do reconhecimento da entidade

pelo profissional envolvido.

v

1. INTRODUyAO

A Hiperatividade e uma anomalia que atinge na maior parte criancyas em idade

escoiar. As causas sao desconhecidas, alguns estudos mostram fat ores como

genetica, hereditariedade, irregularidade quimica do cerebra ou ate problemas no

parta. 0 mais importante para os responsaveis e saber discernir entre a incapacidade

de aprendizagem e desobediEmcia. A crian<;8 hiperativa e irriquieta, mais carre que

anda, e extremamente dispersiva e fala sem parar, elas demonstram dificuldades de

pensar antes de agir. Conhecem as regras, mas a necessidade de agir rapidamente

ultrapassa as hmites do seu controle, resultando em urn comportamento inadequado

e irrefletido.

Sao seres especiais que tern dificuldade para trabalhar com objetivos de langa

prazo, reforgos positiv~s e imediatos, s6 tendem a recompensa-Ios pelo

comportamento que se deseja fortalecer.

Estas disfunc;:6es devem ser tratadas par pessaas credenciadas, tanto na

escola como em consult6rios, pois muitas delas necessitam de urn tratamento al8m

da psicologia, com uso de drogas que VaG interferir nestes sistemas.

A pesquisa teve como intenc;:ao encontrar um criterio a ser seguido e que

pudesse auxiliar os responsaveis junto as crianc;:as com hiperatividade, mas trata-se

de uma deficiencia bastante complexa e diante desta coleta de dados se faz urn

alerta aos pais e aos responsaveis, para que ao detectarem tal anomalia procurem

urn profissional competente para assim desenvolver maneiras de superar as

dificuldades, evitando maiores frustrac;:6es em todos os aspectos no decorrer da vida

deste individuo.

Do inicio ao fim deste trabalho procurou-se estabelecer alguns criterios a serem

seguidos. Na introdu~o, no canceito, aspectos gerais e conclus80, existe uma unica

preocupar;8a, que e a sucesso para a crianr;a hiperativa, 0 que s6 depende da

informar;80 e paciencia dos pais e educadores. Mas ate que ponto a hiperatividade euma causa orgElnicaau um comportamento de falta de Iimites?

2. HIPERATIVIDADE COMPORTAMENTO E SUAS CAUSAS

Ate 1980. hiperatividade era 0 termo usado peta comunidade profissional para

descrever a criang8 desatenta, excessivamente ativa e impulsiva. De 1980 ate 1987, a

American Psychiatric Association mudou 0 rotulo diagnostico de reagee hipercinetica da

infancia para disturbio de deficit de atenc;ao. Durante este periodo a criam;a poderia ser

considerada impulsiva e desatenta, sem ser excessivamente aliva. Em 1987 0 sistema

diagn6stico foi novamente mudado e as deficiemcias de habilidades dessas crian98s

fcram oficialmente denominadas disturbio da hiperatividade com deficit de ateng8o. Na

mesma epoca, um grupo de profissionais decidiu que a maieria das criang8s que

experimenta problemas de desateng80 e impulsividade tambem experimenta problemas

de agita930 pSicomotora. Essa mudanga nao foi bem aceita pel a comunidade

profissional e provavelmente a definigao cHnica e ou 0 r6tulo ainda ira mudar outra vez.

E provavel que venha a se fazer uma distin<;:ao entre crianc;as que experimentam

dificuldade em prestar atenc;ao e aquelas que experimentam uma gama maior de deficit

de habilidade, entre estes a desatenc;ao, a agitayao pSicomotora e a impulsividade.

Ha diferen98s entre a criant;a desatenta, agitada e a crian<;:a desatenta e calma?

Um grande numero de trabalhos publicados sugere que sim. Possivelmente e 0 nivel de

atividade excessiva que determina os frequentes encaminhamentos da crianc;a para

uma clinica ou para uma equipe de educac;.3o especial. Em estudos de crian9as

hiperativas encaminhadas a clinica, 0 numero de criangas excessivamente ativas e tres

a cinco vezes maior 0 de nao excessivamente ativas. Qutros pesquisadores, entretanto,

sugerem que a desatenc;ao sem excesso de atividade pode ocorrer com uma frequencia

duas vezes maior que a desatenc;ao com agita980 pSicomotora entre a populac;ao

infantil nao encaminhada. A crianc;:a desatenta, mas nao excess iva mente ativa pode nao

ser encaminhada au entao ser descrita mais como ansiosa, retraida, pouco motivada ou

inapta para aprendizagem do que como hiperativa.

Em comparac;:ao, a crianc;:a desatenta, hiperativa e impulsiva parece ter mais

problemas com agressividade, ser mais impopular e ter maior dificuldade com

problemas de conduta. A crianc;:a desatenta que nao e excessivamente ativa ou

impulsiva pode ser deserita como tirnida, isolada social mente, moderadamente

impopular e pouco dotada para praticar esportes. A dificuldade desta crianl'" para

praticar esportes nao resulla necessariamente da falta de habilidade, mas na tendeneia

a nao pres tar atenr;ao em esportes organizados. Essa erianr;a pode estar do outro lado

do campo de futebol olhando as nuvens passarem enquanto as outras crianc;:as jog am.

Aproximadamente vinte a trinta par cento das crianc;:as hiperativas podem,

original mente, ter problemas de desatenr;ao sem problemas significativos de excesso de

atividade ou irnpulsividade.

As pesquisas constatararn de forma consistente que as crianyas hiperativas tem

maior probabilidade de desenvolver depressao ou ansiedade, de exibir comportamento

perturbador e de apresentar urn rendimento escolar mais frace, maior dificuldade de

aprendizagem, problemas com amigos e auto estima mais fraca do que crianr;as da

mesma idade consideradas normais.

A hiperatividade pode ser urn problema rna is persistente na infancia. E

persistente au cranieo porque nao he cura e muitos problemas apresentados pela

crian<;a hiperativa devern ser administrados, dia a dia, durante a infancia e a

adolescencia. E possivel que as problemas resultantes estejam entre as razoes mais

freqOentes que justificam a encaminhamento de crianc;as com problemas de

comportamento a medicos, psic61ogos, educadores e outros especialistas em saude

mental.

Desatenc;ao, agitac;ao, excesso de atividade, emotividade, impulsividade e baixo

limiar de frustrac;ao (dificuldade para adiar recompensas) afetam a integrac;ao da crianc;a

com todo 0 seu mundo: em casa, na escola e na comunidade em gera!. Stress

provocado pelo comportamento inconstante e imprevisivel.

o Ooutor Keith Conners, um pesquisador muito conhecido na area da

hiperatividade infantil, afirma que a diagnostico da hiperatividade e dincd e complexo.

Nao existe nenhum teste diagnostico absoluto para hiperatividade. E preciso uma

cuidadosa colec;ao de informac;6es das mais variadas fontes, atraves dos mais variados

instrumentos e par varios meios. Alem disso, nao ha sinais significativos na hist6ria do

desenvolvimento da crianc;a que com certeza absoluta possam contribuir para

diagnosticar a hiperatividade.

Eo tambem importante para os pais entenderem que a hiperatividade pode ser

melhor descrita como uma forma exacerbada daquilo que pode ser urn comportarnento

apropriado para a idade.

Para a crianc;a hiperativa, 0 dia a dia e uma serle de desafios produzidos par

inumeras deficit9ncias ou poucas habilidades especificas. Se tomassemos cem crianc;as

hiperativas como urn grupo, elas compartilhariarn deficiencias sirnilares - dificuldades de

prestar atenc;ao, de controlar 0 corpo e as emoc;6es e de pensar antes de agir.

Entretanto, os problemas nao se originam das poucas habilidades, mas resultam da

incapacidade da crianc;a e de satisfazer as demandas impostas pelo mundo exterior.

Assim, uma crianya hiperativa que vive numa ilha tropical desert a pode nao desenvolver

problemas significativos decorrentes dessas caracteristicas do seu temperamento. Duas

dessas cem crianc;as hiperativas pod em apresentar problemas muito diferentes por

terem pais diferentes, professores diferentes, familiares diferentes e assim por diante.

Na nossa sociedade e cultura seja bom ou ruim, certa au errado, nos valorizamos

muito as crianyas que permanecem calma mente sentadas, prestam atenc;ao, planejam e

conseguem alcanc;ar seus objetivos. A crianya hiperativa incapaz de satisfazer essas

exigemcias e uma candidata imediata a uma infinidade de problemas. I

A crianc;a pode tornar-se hiperativa e perturbadora depois de sofrer alguma lesao

cerebral precoce, devida, p~r exemplo, a asfixia neonatal. A porcentagem com que tais

episodios definidos contribuem para 0 total de crianc;as hiperativas ainda e um assunto

discutido. De acordo com algumas pesquisas, a incidencia das anomalias perinatais e

mais elevada, nessas crianyas, do que seria de esperar, nao se verificando a mesma

em outros estudos.

Ate setenta e cinco par cento dessas crianyas foram descritas como send a

portadoras de discretas alteragoes neurologicas, do tipa considerado como sugestivo de

disfunyao cerebral minima, se bern que, em grande numero dessas crianyas, a

hiperatividade constitua a unica anomalia. Admite-se geralmente que ela seja devida ao

atraso isolado do desenvolvimento, no que se refere a maturaC;2o do cerebro, atraso

este causado por fatores geneticos ou pre-natais desconhecidos, porem isto nao sao

apenas conjecturas. E mais prov;3vel que a maioria dessas crianc;as nao sejam imaturas

em relagao ao seu desenvolvimenta, e sim diferentes em todas as fases do seu

desenvolvimento. Na maioria dos casas, a hiperatividade se manifesta a partir do

primeiro ano de vida; os problemas relativos a atengao e ao ajustamento social

continuam muitas vezes durante a idade adulta. Trata-se, pais de uma caracteristica

persistente da personalidade ou do temperamento.

A hiperatividade e freqOente. A sua incidencia e especial mente elevada nas

crian9as epilepticas ou mental mente retardadas, mas mesmo na popula9ao geral a

incidencia foi calculada em dez par cento, numa amostra de pre-escolares e em quatro

par cento, numa amostra constituida por alunos do primeiro grau. E muito mais

frequente no sexo masculino. No recem-nascido existem diferengas evidentes e

estaveis, no que se refere ao grau de atividade motora, diferengas estas que muitas

vezes persistem; todavia, nao conhecemos 0 valor prognostico da atividade do recem-

nascido no que se refere a futura hiperatividade muitas vezes, porem, a mae observa

retrospectivamente que 0 filho hiperativo se mostrava anormalmente ativo a partir do

nascimento. Os problemas de alimentagao e as disturbios do so no sao precursores

freqOentes, durante 0 primeiro ana de vida. As crianr;as hiperativas exploram 0 ambiente

com persistencia exagerada; urn em cada tres envenenamentos acidentais ocorre em

criangas hiperativas. Na crianr;a maior, a exuberElncia motora pode vir a ser substituida

par uma inquietag80 motora menos evidente, porem continua, a qual Prechtl e Stemmer

chamaram de Sindrome Coreiforme. 0 que importa mais e 0 comportamento impulsive,

facilmente distraivel e frequentemente anti-social, exibido pela erianga. A hiperatividade

passa a ser pele menos uma fonte de irritar;80 para os adultos em casa, tornando-se

mais um mati va de censura par parte dos professores, na epoca em que se espera do

eseolar que ele se mantenha quieto e preste atengeo. Esta reprovagao pareee em parte

ser respansavel pelo elevada indice de vadiayao que se observa nas crian98s

hiperativas.

A medida que aurnentam as exigencias na escola, desde a ensina pre-escalar e

atraves das anas da curso primario, a interruP9ao frequente da aten<;8o compromete

cada vez mais 0 aprendizado, ao mesmo tempo que perturba as praFessores. Alem

dista, as criang8s hiperativas apresentam muitas vezes dificuldades cagnitivas

associadas. Alguns autores sao da apiniaa que a hiperatividade por si 56 naa e

suficiente para explicar estas dificuldades cognitivas; outros pesquisadares sao de

apiniaa contn3ria. E passive1 que esta diferenga de opini6es seja devida a diferen<;a na

interpretayao dos resultados das provas pSicametricas farmais, as quais frequentemente

indicam haver uma deficiencia perceptiva-matara.2

A hiperatividade fai mencianada inicialmente na literatura medica e psical6gica

como urn sintorna prima rio da Sindrome de Disfungao Cerebral Minima, agara e

discutida em separado pais e cansiderada como uma entidade em si.

A hiperatividade e urn aspecto da compartamento dificil de se distinguir da

atividade normal das crian<;as possuindo caracteristicas diferentes em cada idade. Ela

e, algumas vezes, marcada por um excesso de atividade fisica: ele nao para quieta; e

marcada tambem por urn comportamenta de distra98a: Ele pula de uma caisa para

Dutra. A hiperatividade torna-se relevante quando interfere na capacidade de

aprendizada da crianga e quando deteriara a re1a<;E!oentre pais e filhos.

A disfunyao cerebral minima refere-se a um modelo de compartarnento na

crian9a que faz pensar em fun9ao cerebral alterada, porem de mado inespecifico. 0

conceito de disfun<;80 fai desenvolvido nos ultimos vinte ou trinta anas baseado no

estudo das deficiencias de comportamento e aprendizado em pessoas com lesoes

comprovadas no cerebro, devido a doenc;a au acidente. Levando-se em considerac;.3o as

dificuldades e a impreciseo nos diagnosticos de comportamento, muitos estudiosos

estimaram uma taxa de cinco a dez par cento de prevalencia em crianyas em idade

escolar. E cinco vezes mais encontrado no sexo masculino.

A hiperatividade e um comportamento anormal nas crianc;as, principalmente, em

idade escolar.

Elas apresentam incapacidade para desenvolver tarefas que exijam

concentrac;eo, atenc;ao, ou que as rnantenham quietas.

Sao crianyas com problemas psicomotores, seguidos de impulsividade, desordem

de raciocinio, agressividade, problemas de conduta que abrangem a timidez, a

isola menta social e a frustrayao. Mesmo desconhecendo as verdadeiros motivos as

pesquisas mostram que a hiperatividade e causada par discretas alterayoes

neurologicas (disfunyao cerebral), fatores geneticos ou pre-natais, tratando-s9 de uma

caracteristica negativa da personalidade que se estende pel a vida a fora, com maior

indice em crianc;as do sexo masculino. Tratamentos sao recomendados apos

questionarios e entrevistas que envolvem tambem as membros da familia e sempre par

profissionais credenciados.

Conclui-se que a hiperatividade e um disturbio ainda mat definido, com suposta

"Leseo Cerebral Minima", refere-S8 a problemas de aprendizado, disturbios de

comportamento, desvios de funcionamento do sistema nervoso central.

10

Todos esses problemas podem originar-se de variac;oes geneticas, traumas

sofridos no parta, irregularidades bioqufmicas, e Quiros,

Esta deficiencia traz para esle ser urn desequilibrio geral, seja na escola, com a

familia, com amigos, causando urn desajuste social significativo.

Incompreendidos tarnam-S8 pessoas frustradas e controladoras, carregando esta

bagagem negativa par toda vida.

Eis entao 0 papel relevante dos profissionais, que ao perceberem tal anomalia,

desenvolvam um trabalho junto a familia de paciencia, tolerancia, com preen sao e aeirna

de tudo a capacidade para reconhecer as aptid6es e 0 potencial de aprendizagem que

estas criang8s possuem em seu interior, 56 assim serao amenizados tais problemas, 0

que garantira um futuro melhor, menos depressivo e mais humano.

2.1 PERFIL DA HIPERATIVIDADE OU SiNDROME DE DEFICIT DE

ATEN<;;AO

A hiperatividade ou Sindrome do Deficit de Atengao e uma anomalia incuravel

que desperta na crianya comportamentos especificos como:

- problemas pSicomotores

- problemas gerais de orientacyao

- habilidade emocional

- desordem de atencyao

- impulsividade

II

- desordem na memoria e raciocinio

- dificuldades especfficas de aprendizagem

- audiyEio e fala

- sinais ligeiros e equivocados.

Dizemos comumente que as cfian.;as portadoras de hiperatividade sao:

distraidas - pois tern dificuldade em S8 concentrar ern determinadas tarefas;

agitadas au superexcitadas - 80 extrema, nao conseguem ter controle sobre seu

corpo em situ890es que exijam que permane9am quietas e concentradas como as

demais crian98s;

irritaveis - S8 irritam com facilidade quando 58 defrontam com normas a serem

seguidas;

indomaveis - nao conseguem S8 submeter a exigencias de disciplina, ao controle e

castigos impastos pelos responsaveis;

impulsivas - tern dificuldade de pensar antes de agir;

baixo limiar de frustragBo - tudo aquila que cause aversBo a crianga para mudar a

comportamento, bern como comparag6es com outras cr;angas normais.

Par outro lado, tern uma ampla margem na qual a nivel de atengBo da atividade da

impulsividade pode ser determinada; tanto pelo temperamento adquirido, como pelo

ambiente onde vive. Assim se deve considerar amplamente a fator "familia".

12

2.2 DIAGNOSTICO

Urn diagnostico minucioso da hiperatividade na intancia deve incluir a coleta e a

observ898o de oito tipos de informag8o:

2.2.1 - Historico:

As informagoes do historico relativas a Qutros problemas que a familia teve, os

metodos usados para impor disciplina, os sinais precoces de temperamento dificll, as

lembrang8s dos pais sobre as acontecimentos da vida da crian98 sao fundamentais para

o diagnoslicD. Islo e mais importanle ainda quando S8 Irata de adolescentes. Urna

historia sugerindo problemas crbnicos de desateng8o, impulsividade e comportamento

excessivamente aliva e a melhor fonte de informa<;8o diagnostica.

2.2.2 - Inteligencia:

Urn temperamento dificil tern muito pouco a ver com a inleligencia entretanto, S8

a crianc;a age rapidamente e sem pensar, quanta mais inteligente ela for, maior sera a

possibilidade de ser bem sucedida. Se ela e daqueles alunos brilhantes, ela pode

chegar a res posta correta sem muito esforc;o. As crianc;as inteligentes tambem sao as

que apresentam a maior probabilidade de tirar proveito de intervenc;6es cognitivas e

pod em ter a intuic;ao correta a respeito do impacto que 0 seu comportamento tern sobre

os outros colegas. As crian<;:as menos inteligentes tem menos probabilidade de

conseguir fazer isso.

2.2.3 - Personalidade e desempenho emocional:

Algumas crianc;as hiperativas sao bastante conscientes de seus problemas e, em

consequencia, tornam-se cada vez mais infelizes, desamparadas e frustradas na

13

medida em que continuam a fracassar. Outros parecem nao ter consciemcia de seus

fracassos e continuam suas vidas indiferentes a inumeras situ890es frustrantes que

experimentarn. Uma avaliac;ao completa da hiperatividade precisa incluir dados sobre a

personalidade e sabre 0 funcionamento emocional atual. As pessoas que estao

encarregadas de fazer as avalia90es devem ter capacidade para entender 0 nivel de

confianCY8 das crianCY8s; ate que ponto as crianCY8s acreditam que elas estao

satisfazendo as expectativas em rela980 a suas vidas; como S8 sentem sabre si

mesmas e sabre as pessoas de sua vida; e 0 quanta estao conscientes das dificuldades

que elas estao experimentando. Tal avalia9ao e muitas vezes complementada com 0

uso de uma serie de question arias padronizados idealizados para avaliar depressao,

ansiedade e personalidade. As crian<;as respondem a esses questionarios e suas

respostas sao comparadas com uma amostragem de respostas de criangas norma is.

Essa avaliagao, normal mente, inclui uma entrevista com a crianc;a.

2.2.4 - Desempenho escolar:

Par volta do segundo grau, a maioria das crianc;as hiperativas esta atrasada em

pelo menos uma disciplina escolar. Assim, uma determinag80 precisa das habilidades

escolares da crianc;a ou do adolescente e uma parte essencial da avaliay8o. Se a

crianga est a conseguindo alcangar a media au esta acima dela, entao um mau

desempenho na cia sse e uma preocupagao men os imediata do que quando a crianc;a

esta abaixo da media au e desatenta. Neste ultimo caso, uma intervengao direta para

melhorar a capacidade escolar assim como 0 desempenho em cia sse e necessaria.

Lembrem-se que aproximadamente vinte a trinta par cento das crianc;as hiperativas

tambem apresentam algumas deficiencias em habilidades especificas, que interferem na

"sua capacidade de aprender. Eo bem provavel que os tratamentos para hiperatividade

nao terae muitos efeitos sobre aquila que essas crianC;8s estao aprendendo. Elas

necessitam de uma educ8y80 direta e especial par causa da sua dificuldade para

aprender.

2.2.5 - Amigos:

Lembre-se de que foi constatado que a facilidade de fazer amigos e de conserv8-

los e urn importante e insubstituivel fator que vai determinar 0 quanta a crianC;8 vai S8

sair bern ou mal em termos comportamentais au emocionais durante 0 decorrer da sua

infancia. A avaliaC;8o dos amigos e das capacidades socia is da crian98 a, geralmente,

obtida par meiD de entrevistas com pais e professores, questionarios, e uma entrevista

com a crianc;a.

2.2.6 - Disciplina e comportamento em casa:

o comportamento da criany8 hiperativa S8 da no isolamento. A maneira como os

pais interagem com a crianc;a pode nao ser a causa da hiperatividade, mas a, sem

sombra de duvidas, urn fator que determina a nivel de gravidade dos problemas que a

crianc;a hiperativa possa ter em casa. Devera ser investigado a respeito da educa9ao

que as pais ja tentararn.

2.2.7 - 0 comportamento na sal a de aula:

Alem de obter informac;oes sobre a progresso da crianc;a na escola, uma

avaliaC;8o meticulosa e precisa tambem inclui as percep<;6es e observac;oes do

professor sobre a capacidade da crian9a em seguir regras e limites e de respeitar a

autoridade na sala de aula. Esta informaC;8o a sempre muito util para se compreender

[5

como a crianr;a esta enfrentando os problemas de hiperatividade. Quando a

hiperatividade nao e orientada de uma maneira eficaz na sala de aula, algumas crianr;as

isolam-se e comer;am a ficar cada vez mais desatentas. Qutras adotarn urn

comportamento tipico de oposir;ao e de desafio ou en tao tornam-se os palhac;os da sala

de aula.

2.2.8 - A consulta medica:

Como ja citado, um diagnostieo cllnico e essencial do proeessa de avaliaC;ao.4

o estado de ansiedade e uma possibilidade diagnostica a ser lembrada nos

casos em que 0 baixo grau de inteligencia nao e capaz de explicar satisfatariamente 0

problema relativa a atenc;ao. A crianr;a ansiosa apresenta-se mais irrequieta quando sob

ten sao emocianal, como, por exemplo, na sal a de aula ou no consultorio; ela a rna is

calma nos fins de semana ou durante as Farias. Estas crianc;as sao visivelmente

infelizes, sendo a causa desta infelicidade devida quase sempre a algum

desajustarnento dentro do grupo familiar. A hiperatividade de origem orgemica ou

relaeionada com a desenvolvimenta contrasta com aquela pelo fata de ser continua. A

crianr;a hiperativa e feliz, ate 0 momenta de se deparar com as atitudes negativa dos

outros. Geralmente e passivel determinar a epoca de inieio da ansiedade, ao passo que

a hiperatividade remonta quase sempre aos primeiros anos de vida. E frequente a

presenr;a de discretas alterac;6es neurol6gicas e eletroencefalograficas nas crianc;as

hiperativas, porem estas alterac;6es sao frequentes tambam nas crianc;as que

apresentam um disturbio essencialmente emocional. A resposta favaravel diante da

administrac;ao dos estimulantes fala a favor da hiperatividade e contra a ansiedade. Um

meio pratieo de subelassificar as crianc;as encaminhadas par causa de hiperatividade.5

16

o elemento mais importante no diagnostico da DCM (Disiun~ao Cerebral Minima) e uma

cuidadosa hist6ria de desenvolvimento.

A observ8c;:ao da crianc;:a durante a consulta, informac;:6es sabre 0 seu

comportamento feitas par urn professor ou pessoas relacionadas poderao ser uteis.

Se 0 pediatra estiver familiarizado com 0 desenvolvimento de sinais leves

achados com freqCu3ncia em crian<;8 com OeM, pode naG ser necessaria a indica~o

formal de urn neuropediatra.

Uma consulta psicol6gica pode ser uti I para S8 sustentar ou nao urn diagnostico

de DCM6

Para um diagnostico minucioso da hiperatividade na infancia e necessaria

observar 8 (oito) tipos de informac;:oes que serao avaliadas passo a passo.

• Hist6rico:

o hist6rico familiar e de fundamental importancia para que a profissional tenha

conhecimento de problemas pelos quais tenham passado, as regras de disciplina,

problemas cr6nicos de desaten98o, impulsividade, e outros.

• Inteligencia:

A inteligencia e um fator primordial que nao tern nada haver com temperamento

dificil, pOis quanto mais inteligente, mais bem suc~dido, Neste caso as crianc;:as com 0.1.

abaixo da media sofrem frustra90es perante a escola e-a propria vida, pelas exigemcias

impostas, porem nao significa que testes possam apontar 0 grau de inteligencia de uma

pessoa, pOis acredita-se que esta seja urn conjunto de aptidoes e habilidades que

predizem ate que ponto 0 individuo pode atuar bern em determinada silu898o.

17

• Personal ida de:

o fator emocional e demasiadamente importante neste casa. As crianC;:8s muitas

vezes tern consciencia de seus problemas e consequentemente tarnam-S8 cada vez

mais frustradas, pois sentem-se fracassadas. Qutras ja apresentam sintomas de

indiferenC;:8.

Neste case a avaliaC;:Bo vai mostrar ate que ponto estas crian9CIs hiperativas

demonstram confianC;:8 em si mesmas au S8 elas acreditam que estao satisfazendo as

expectativas em relag80 as suas vidas.

• Oesempenho escolar:

Normalmente estas crianc;;as sempre estao abaixo da media escalar,

necessaria mente a educa<;8o direta e especial e 0 caminho para faciiitar a

aprendizagem.

• Amigos:

A facilidade como uma crianC;:8 faz amigos e conserV8-OS e urn fator importante

que vai determinar seu comportamento seja ffsico ou emocional no decorrer de sua vida.

• Disciplina e comportamento no lar:

o comportamento da crian9a hiperativa e quase sempre isolado e a maneira

como as pais e educadores trabalham este problema pode agravar ainda mais a grau de

hiperatividade

• Comportamento na escola:

As observa<;:6es feitas pelos professores sobre a capacidade da crian<;:a em

seguir regras, respeitar limites e obedecer normas impostas por superiores, deverao ser

consideradas.

• Consulta medica:

E essen cia I nestes casos um diagnostico clfnico.

A observa9ao isolada jamais podera confirmar ou excluir 0 diagnostico de

hiperatividade em uma crian<;:a.

Problemas de ajustamento emocional pod em confundir 0 diagnostico, portanto 0

processo pelo qual a crian<;:a deve ser avaliada deve incluir varias etapas, que

abrangem:

- infcio da manifesta<;:ao hiperativa

- 0 numero de comportamentos tais como: agitayao constante, distra<;:ao, inquieta<;:ao,

falar em excesso, desordem; incluem ainda os questionarios, entrevistas com membros

da famflia.

- As habilidades dentro da sala de aula, bem como programas desenvolvidos por

computadores.

Se 0 resultado da avaliagao se der no meio socio familiar e final mente a frustra<;:ao

apresentada por algum fator irrelevante.

19

2.3 QUADRO CLiNICO

Segundo estudos e experiemcias realizadas pelo Or. Lefevre, foram consideradas

como as mais importantes na esfera neurol6gica a incoordenag8o matara, a

hiperatividade, as sincinesias, os disturbios da fala e algumas difrculdades gnosticas.

Na esfera da inteligemcia costuma-S8 considerar as crianc;::as com SOA como

normais au pr6ximas do normal. Os problemas de comportamento, tambem de grande

importancia, freqOentemente conjugados com os escolares, sao causados par urn

conjunto de disturbios de ordem evolutiva e intima mente ligadas SDA em seus aspectos

etiol6gicos. Estao frequentemente associados 80S outros sintomas mencionados.7

A Hiperatividade etou a Dificuldade de Aten9iio encontradas em algumas

criang8s e adolescentes com disturbios de aprendizagem parecem nao ser devidas a

ansiedade ou depressao, mas a uma dificuldade neurol6gica. Conforme citado por Silver

(1984), pesquisa sugere que essa dificuldade ocorre em uma parte do cerebra chamada

"sistema de ativagao reticular ascendente" Pareee estar relacionada com uma

deficiencia de um tipo de elemento quimico, chamado de neurotransmissor, que

transmite impulsos de uma celula cerebral para outra. 0 elemento quimico pode ser

norepinefrina ou um de seus subprodutos, dopa ou dopamina.8

Diagnosticada a Hiperatividade na crianga at raves de exames neurol6gicos, as

drogas passam a ser uma necessidade para 0 tratamento.

o medico indicara um estimulante cerebral adequado, que respondera a altura

com melhor desempenho no plano escolar. 0 euidado maior sera as reag6es adversas,

20

pais tais drogas podem causar urn alivio sintomatico, mascarando reayaes de

significavao etiologica, que devem em cada consulta obter uma aten9ao adequada.

2.4 A HIPERATIVIDADE EM CASA

o impacto significativo e as vezes inesperado que a criang8 hiperativa tern sabre

os membros da familia e sabre a comunidade nunca e subestimado. Como observou 0

escritor e psic61ogo Dr. John Taylor, as criang8s hiperativas pod em provocar a falencia

emocional de uma familia. Par causa da incapacidade da criang8 hiperativ8 de 58

ajustar as expectativ8S do pai, mae e irmaes, relativas a urn comportamento adequado,

a criang8 forma urn la90 pai/mae-filho muito especial e entra em frequentes conflitos

com as irmaes.

Nao e incomum tambem que a criang8 hiperativa reaja mais consistentemente ao

seu pai que a sua mae. Este e, provavelmente, urn fen6meno cultural. Em nossa

sociedade, os hom ens sao vistos como mais energeticos, dominantes e control adores.

o pai tende a usar forc;a punitiva com seus filhos com maior frequencia que a mae.

Os irmaos da crianc;a hiperativa logo fiearn cientes de que esta crianc;a concentra

mais atenC;80 negativa dos pais que qualquer urn. Suas reac;oes podem variar. Alguns

reagem com raiva e frustrac;ao, pois esta aian<;a e dispensada de responsabilidades ou

tern mais oportunidades de ganhar recompensas pelo comportamento que

rotineiramente se espera deles sem recompensa.

A crianya hiperativa torna-se um problema na familia. Existe todo urn processo

de relacionarnento que muitas vezes nao S8 engrena. He pais que naD compreendem a

21

atitude do filho e nao aceitam, intensificando 0 problema. Mas a medlda que estes

comegam a reconhecer que seu filho e diferente ou especial, formulam novas ideias

como culpa, raiva, indignay80 e uma permissividade excessiv8.

A partir dessa descoberta e importante usar uma educayao apropriada, sendo

necessario que as pais estejam cientes do problema, usanda de paciencia e

persistencia.

Deve existir uma certa disposig80 par parte dos pais e irmaos para ajudar na

educ8C;80, alertando a todos que convivem com ela sobre os disturbios de ateng80 e

orerecer recurs os, compreensao e apoio. Tudo iS50 56 resultara no sucesso em todas as

atividades que a criang8 faga.

o dominic sobre si mesma buscando paciencia, aptidao, lolerfmcia

conhecimento, compreensao e aeirna de tudo poder reconhecer 0 sentimento de amor

que envolve seu filho e, sem duvida, 0 essencial para suportar as dificuldades do dia a

dia.

A uniao entre os pais tambem e um fator muito importante, ambos devem se

apoiar mutuamente, deixar fluir uma rela980 firme, para que a crian9a sinta seguran9a e

tenha um estimulo maior para seu desenvolvimento.

2.5 A HIPERATIVIDADE NA ESCOLA

A dificuldade para controlar as emo90es, a atividade excess iva e a desaten9ao

podem ser sintomas caracteristicos da frustra9ao resultante da incapacidade da crian9a

que nao con segue aprender a responder as demandas escolares. 0 cuidadoso exame

22

deste grupo de crianC;8s, contudo, revela muitas vezes que, em situ8c;oes extra

escolares, naG possuem a classe de sintomas caracterfsticos da crianC;8 hiperativa

tipica. A crianC;8 com a aprendizagem prejudicada, desanimadas par anos de fracasso

escolar, podem apresentar problemas que imitem a hiperatividade. Essas crian<;as, no

entante, nao costumam possuir uma hist6ria comportamental condizente com a

hiperatividade. Alem disso, no exame direto em situayao face-a-face, a criang8 com

incapacidade de aprendizagem nao pareee demonstrar 0 grau de distrag.3o e

impulsividade caracteristico da criang8 hiperativa.9

Sendo a dificuldade de concentraC;80 uma das principais caracteristicas da SDA

pode-s8 entender bem como esse defeito basico vai repercurtir em todas as atividades

escolares. Qualquer estfmulo e capaz de distrair a atenc;ao da crianc;a com SDA de uma

maneira quase irresistfvel. Elas parecem forc;adas a prestar atenc;ao em detalhes

minimos e irrelevantes, desprezanda aquila que de importante esta ocorrendo sua

frente. As aulas mais interessantes, ministradas pelos melhores professores, passam

em branco pela mente dessas crianc;as, embora elas tenham inteligencia suficiente para

compreender. Desse fata se deduz a necessidade de serem adotados dispositivos

especiais em cia sse para pacientes com SDA, procurando eliminar toda e qualquer

estimula que nao seja absolutamente necessario para 0 aprendizado.'o

Na questae escolar tude S8 torna bastante complicado. A criantya que outrora era

engratyadinha ou imatura, ja nao e tolerada.

o seu temperamento desajustado nao se enquadra com as regras ditadas pela

escola etude parece desmoronar na sala de aula criando urn clima negativo entre

professor e aluno.

23

Ai a necessidade de profissionais preparados para estas situacyoes sejam

contornadas de maneira correta, pais a criancya hiperativa nao consegue dedicar-se a

tempo integral como e necessaria, mas mesmo desatento, se solicitado, normalmente

sa be a resposta.

Mesmo as aulas mais interessantes passam desapercebidas, parecem estar

sonhando acordadas, sempre interessadas em outras atividades que nao estao

relacionadas com a aula.

Com temperamento sempre desigual, imprevisivel e nao relativa as intervencyoes

normals do professor. A crlancya hiperativa pode terminar uma li<;ao do dia, mas eincapaz de completar uma tarefa similar no dia seguinte, e para maus entendedores isto

significa desobediencia. Oaf vern a pres sao por parte do professor, que acaba piorando,

pais este comportamento nao e a intencyao da crianc;a e tudo acaba em frustra<;ao para

ambas as partes.

2.6 A HIPERATIVIDADE COM OS AMIGOS

Em geral, 0 melhor indicador isolado da adapta<;iio adequada na idade adulta e a

capacidade de desenvolver e manter contatos sociais e amizades na infancia. Uma vez

que as crianc;as hiperativas tenham dificuldade neste sentldo, correm um risco maior de

problemas emocionais na idade adulta. As crian<;as hiperativas que encontraram

sucesso nesta iniciativa normal mente se adaptam melhor a sua hiperatividade e as

frustracyoes cotidianas do lar e da escola. A longo prazo tal sucesso preve adultos

melhor adapt ados.

Um dos fatores considerados importantes para melhor desenvolvimento de

adaptac;ao na idade adulta e sem duvida a capacidade de manter contatos sociais e

amizades na infancia.

No casa da crianc;ahiperativa isto torna-se dificil pela maneira como se relaciona

(agressiva, intempestiva, impulsiva e controladora), 0 que na vida adulta acarretara

problemas emocionais mais intensos.

Para estas crianc;as, atitudes basicas de socializ8<;aonao existem e assim sao

evitadas por outras crianc;as normais, pais nao tern capacidade de S8 encaixar numa

atividade, mas a frustrac;aodevido a sua impulsividade resulta em brigas, distanciando-a

das brincadeiras e tornando-as intolerantes. Esta rejei<;ao resulta num aumento de

agressividade e controle sabre as amigos, consequentemente a nao aceita<;aosocial.

25

CONCLusAo

Esta pesquisa foi elaborada atraves de diversos livros, revistas e documentarios.

Apos a pesquisa e a estudo sabre 0 tema concluiu-se que a hiperatividade e uma

deficiencia neurologica concebida atraves de varios fatores que VaG da hereditariedade

a irregularidades na quimica do cere bro.

o fato de algumas crian.yas serem inquietas e desobedientes nao significa que

sejam partadoras de tal deficiencia e sim mal educadas ou portadoras de algum trauma.

A hiperatividade causa na crian~ urn compartamento perturbador, dificultando a

aprendizagem, 0 relacionamento com outras crian.yas e tambem sua auto estima.

Portanto se 0 diagnostico acusar hiperatividade e mais do que certa afirrnar que tal

anomalia refere-se a uma causa organica onde a crian~ tern um desencontro

emacional bastante elevado, afetando seu camportarnento, seu desenvolvimento

intelectual e tudo aquila que envolve a relacionamento pessaal.

Trata-se de um ser digno de cuidados e muito afeto para que possa suportar as

frustral'oes causadas pet a doenl'8.

No caso de um diagnostico mais severo, onde este ser necessite de drogas para

arnenizar seus impulsos , a avalia.yao, bern como 0 acompanhamento, deve ser feito par

urn profissional competente que utilize-se de substancias eficientes, porem que causem

menos efeitos colaterais, urna vez que os resultados obtidos nem sempre sao

surpreendentes causando desilusao nos pais, que esperam resultados brilhantes sem

ao menos preocuparem-se com as ac;oes que estas drogas possam causar no

organismo de seus filhos.

2(,

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS:

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alenqao da crianqa. Campinas, SP: Papirus, 1996. p. 19 - 29.

2 - MENKES, John H. Tralamenlo de Neuropediatria. Sao Paulo Editora Manole, 1984.

p. 649 -650.

3 - ALLEN, Gurujay e Russo. Pediatria em Pralica, Uma Abordagem Integrada; tradutor

Dr. Paulo Schiller, 2a. ediqao, 1983. p. 306.

4 - GOLDSTEIN, San-Michael, Hiperatividade como desenvolver a capacidade de

alenqao da crianr;a. Campinas, SP: Papirus, 1996. p. 41 - 44.

5 - MENKES, John H. Tratamento de Neuropediatria. Sao Paulo: Editora Manole, 1984.

p.651.

6 - ALLEN, Gurujay e Russo. Pediatria em Pratica, Uma Abordagem Integrada; tradutor

Dr. Paulo Schiller, 2a. ediqiio, 1983. p. 307.

7 - LEFEVRE, A. B. Neuro/ogia infantil. Sao Paulo: livraria Atheneu, 1989. P. 1141.

8 - SILVER, Larry B. (1984), A crianr;a incompreendida. Rio de Janeiro: Atica, 1984. p.

147.

9 - GOLDSTEIN, San-Michael, Hiperatividade como desenvolver a capacidade de

atenqao da crianr;a. Campinas, SP Papirus, 1996. p. 106 -122.

10 - LEFEVRE, A. B. Neurologia infanlil. Sao Paulo: livraria Atheneu, 1989. P. 1145.

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BIBLIOGRAFIA

ALLEN, Gurujay e Russo. Pediatria em Pratica, Uma Abordagem Integrada. Tradutor

Dr. Paulo Schiller. 2a. edi9ao, 1983.

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Artes Medicas, 1989.

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DRONET, R. C. R. Dislurbios da Aprendizagem. Sao Paulo: Editora Atlas, 1990.

FONSECA, Vitor de. Introduqao as dificuldades de aprendizagem. Porto Alegre: Artes

Medicas, 1995.

GOLDSTEIN, San-Michael,(1992), Hiperalividade Como Desenvolver a Capacidade de

Alenqao da Crian,a, 2a edi9ao.

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TRAIN, Alan, Ajudando a Crian,a Agressiva. Sao Paulo: editora Papinus,1993.