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Educação Permanente em Saúde

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Educação Permanente em Saúde

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Contextualizando

• O artigo 200, da Constituição Federal de 1988, em seu inciso III, atribui ao SUS a competência de ordenar a formação na área da Saúde (BRASIL, 1988).

• Admite-se, portanto, que as questões da educação na

saúde fazem parte do rol de atribuições finalísticas deste sistema.

• Neste sentido, o Ministério da Saúde tem desenvolvido,

ao longo do tempo, várias estratégias e políticas voltadas para a adequação da formação e qualificação de seus trabalhadores pautado nas necessidades de saúde da população e norteado pelo desenvolvimento do SUS.

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Tá! Mas espera um pouco...

Por que educação permanente

e não educação continuada?

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Primeiro vamos aos conceitos

A Educação Continuada é uma ferramenta de aprimoramento

profissional que usa alternativas educacionais centradas no

desenvolvimento de grupos ou categorias profissionais.

Geralmente utiliza metodologia tradicional e tem duração

definida. Já a Educação Permanente é uma estratégia de

reestruturação dos serviços pensadas para a equipes de trabalho.

Utiliza-se da aprendizagem significativa com enfoque

problematizador e o profissional é centro do processo ensino-

aprendizagem e a aquisição das competências determina o fim da

intervenção.

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• Educação Continuada: - alternativas educacionais centradas no desenvolvimento de

grupos/categorias profissionais;

- utiliza metodologia tradicional e tem, portanto, duração definida ;

- ferramentas: atividades de ensino após a graduação (atualização) como cursos de caráter seriado, estudo de publicações específicas de um determinado campo de conhecimento (etc)...

• Educação Permanente: - estratégia de reestruturação dos serviços pensadas para a equipes de

trabalho;

- Utiliza-se da aprendizagem significativa com enfoque problematizador; o profissional é centro do processo ensino-aprendizagem e a aquisição das competências determina o fim da intervenção;

- ferramenta: determinantes sociais e econômicos regionais/necessidade de saúde da população + valores e conceitos dos profissionais orientado a busca de novos saberes para a solução da situação vigente.

Esquematicamente...

MANCIA, et al (2004)

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Educação Permanente x Educação Continuada

Fonte: MANCIA et al. (2004)

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Portaria MS/GM nº 1.996, de 20 de agosto de 2007

A Política Nacional de Educação Permanente em Saúde explicita a relação da proposta com os princípios e diretrizes do SUS, da Atenção Integral à Saúde e a construção da Cadeia do Cuidado Progressivo à Saúde. Uma cadeia de cuidados progressivos à saúde supõe a ruptura com o conceito de sistema verticalizado para trabalhar com a idéia de rede, de um conjunto articulado de serviços básicos, ambulatórios de especialidades e hospitais gerais e especializados em que todas as ações e serviços de saúde sejam prestados, reconhecendo-se contextos e histórias de vida e assegurando adequado acolhimento e responsabilização pelos problemas de saúde das pessoas e das populações. (Brasil, 2009, p.20-21)

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Diretrizes

Educação Permanente em Saúde ... - É aprendizagem no trabalho, onde o aprender e o ensinar se

incorporam ao cotidiano das organizações e ao trabalho; - Baseia-se na aprendizagem significativa e em sua possibilidade

de transformação; Leva em consideração os conhecimentos e as experiências prévios dos envolvidos.

Propõe que os processos de educação dos trabalhadores da saúde se façam a partir da problematização do processo de trabalho.

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1.

2.

3.

4.

• ensino e as ações e serviços

• docência e atenção à saúde

• formação e gestão setorial

• desenvolvimento institucional e controle social em saúde

O conceito pedagógico, Educação Permanente em Saúde, está atrelado à efetivação de relações orgânicas entre:

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SITUAÇÃO 2 = SITUAÇÃO 1 MODIFICADA MOMENTO 2

Resolução dos problemas

diagnosticados

- Melhoria dos indicadores de saúde das

pessoas e populações

SITUAÇÃO 1 MOMENTO 1

Problemas Cotidianos

- necessidades de saúde

das pessoas e populações

Conhecimento prévio dos profissionais

Necessidades de formação e

desenvolvimento

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Fonte: Rodrigues et al., 2010

Esquema Proposta para o Processo de Educação Permanente em Saúde

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Plano de Ação Regional para a Educação Permanente em Saúde

O Plano de Ação Regional para a Educação

Permanente em Saúde (PAREPS) servirá de norteador

para as atividades das Comissões de Integração

Ensino-Serviço na construção e implementação de

ações e intervenções na área de educação na saúde

em resposta às necessidades do serviço. Este deverá

ser construído coletivamente pelo Colegiado de

Gestão Regional com apoio das Comissões de

Integração Ensino-Serviço a partir de um processo de

planejamento das ações de educação na saúde.

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Estruturação do Plano de Ação Regional de Educação Permanente em Saúde

- Coerente com o Plano Regional de Saúde e coerente com a Portaria GM/MS nº. 3.332, de 28 de dezembro de 2006 (Conselho Estadual de Saúde);

- Proposto pelo Colegiados de Gestão Regional, com a participação das Comissões Permanentes de Integração Ensino- Serviço (CIES).

- Submetido à Comissão Intergestores Bipartite (CIB) para homologação.

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Plano de Ação Regional de Educação Permanente em Saúde

Colegiados de Gestão

Regional

Comissões Permanentes de Integração

Ensino- Serviço (CIES)

Comissão Intergestores Bipartite (CIB)

Conselho Estadual de

Saúde

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Colegiados de Gestão Regional

Define prioridades,

responsabilidades dos entes e o apoio para o

planejamento local;

Composição: gestores

municipais de saúde e

representantes do(s) gestor(es)

estadual(ais).

CIES

Apoia e coopera tecnicamente

com os Colegiados;

Assessorar a CIB;

Composição: gestores de saúde

municipais, estaduais e do DF.

CIB

Elabora e pactua o Plano Estadual

de Educação Permanente em

Saúde;

-- Acompanha e avalia os Termos de

Compromisso de Gestão estadual e

municipais e

a composição, dimensão e o trabalho

das CIES.

CES

Define as diretrizes da

Política Estadual e do DF de Educação

Permanente em Saúde;

-- Aprova a Política e execução do Plano

de Educação Permanente em

Saúde Estadual e do DF.

Plano Regional de Educação Permanente em Saúde

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Estruturação do Plano de Ação Regional de Educação Permanente em Saúde

• Caracterização da região e Identificação do(s) problema(s) de saúde. • Caracterização da necessidade de formação. • Atores envolvidos. • Relação entre os problemas e as necessidades de educação permanente. • Produtos e resultados esperados (estabelecer metas e indicadores) e Processo de avaliação do plano. • Recursos envolvidos (viabilidade x recursos disponíveis).

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E na prática, se meu município não tiver ainda estruturado um PAREPS?

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Você e sua equipe de saúde pode montar um plano de educação permanente com a ajuda do

Núcleo de Apoio ao Saúde da Família (NASF)

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NASF

O Ministério da Saúde criou os Núcleos de Apoio à

Saúde da Família (NASF), mediante a Portaria GM nº

154, de 24 de janeiro de 2008, republicada em 4 de

março de 2008. O principal objetivo foi o de apoiar a

inserção da Estratégia de Saúde da Família na rede de

serviços, além de ampliar a abrangência e o escopo

das ações da Atenção Básica, e aumentar a

resolutividade dela, reforçando os processos de

territorialização e regionalização em saúde.

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O NASF é uma estratégia inovadora que tem por

objetivo apoiar, ampliar, aperfeiçoar a atenção e a gestão da saúde na Atenção Básica/Saúde da Família. Deve estar comprometido, também, com a promoção de mudanças na atitude e na atuação dos profissionais da SF e entre sua

própria equipe (NASF), incluindo na atuação ações intersetoriais e interdisciplinares, promoção, prevenção, reabilitação da saúde e cura, além de humanização de serviços,

educação permanente, promoção da integralidade e da organização territorial dos serviços de saúde

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E a educação permanente deve ser o principal impulsionador na mudança das práticas em saúde e na construção de ações mais inclusivas para populações mais vulneráveis.

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Referências • BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de

Atenção Básica. Núcleo de Apoio à Saúde da Família / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2014. (Cadernos de Atenção Básica, n. 39) Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/nucleo_apoio_saude_familia_cab39.pdf

• PORTARIA Nº 2.488, DE 21 DE OUTUBRO DE 2011. Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes e normas para a organização da Atenção Básica, para a Estratégia Saúde da Família (ESF) e o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS). Pesquisado em: http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/geral/pnab.pdf

• BRASIL. Ministério da Saúde. Diretrizes do NASF: Núcleo de Apoio Saúde da Família. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. (Cadernos de Atenção Básica, n. 27) (Série A. Normas e Manuais Técnicos) Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_do_nasf_nucleo.pdf

• BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Departamento de Gestão da Educação em Saúde. Política Nacional de Educação Permanente em Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2009. 64 p. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_educacao_permanente_saude.pdf

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Referências

• BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Portaria nº 198/GM/MS. Institui a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde como estratégia do Sistema Único de Saúde para a formação e o desenvolvimento de trabalhadores para o setor. Brasília (DF): MS; 2004. 14p. http://dtr2001.saude.gov.br/sas/PORTARIAS/Port2004/GM/GM-198.htm

• CECCIM, R. B. Educação Permanente em Saúde: Descentralização e Disseminação da capacidade pedagógica na saúde. Ciênc. saúde coletiva v.10 n.4 Rio de Janeiro out./dez. 2005. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/csc/v10n4/a20v10n4.pdf

• CECCIM, R.B. Educação permanente: desafio ambicioso e necessário. Interface-Comunic, Saúde e Educ. v.9, n.18, p.161-177, set.2004/fev.2005. http://www.escoladesaude.pr.gov.br/arquivos/File/textos%20eps/educacaopermanente.pdf

• MANCIA, JR; CABRAL, LC; KOERICH, MS. Educação permanente no contexto da enfermagem e na saúde. Rev. bras. enferm., Brasília, v. 57, n. 5, Oct. 2004 . http://www.scielo.br/pdf/reben/v57n5/a18v57n5.pdf

• RODRIGUES, ACS; VIEIRA, GLC and TORRES, HC. A proposta da educação permanente em saúde na atualização da equipe de saúde em diabetes mellitus. Rev. esc. enferm. USP [online]. 2010, vol.44, n.2, pp. 531-537. ISSN 0080-6234. http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v44n2/41.pdf

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