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I CURSO DE CONDUTAS MÉDICAS NAS
INTERCORRÊNCIAS EM PACIENTES INTERNADOS
CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA
CREMEC/Conselho Regional de Medicina do Ceará
Câmara Técnica de Medicina Intensiva
Câmara Técnica de Medicina de Urgência e Emergência
FORTALEZA(CE) MARÇO A OUTUBRO DE 2012
29/09/2012
CT de Medicina de Urgência e Emergência
CT de Medicina Intensiva - CREMEC/CFM 1
CONDUTAS MÉDICAS E
ABORDAGEM DIAGNÓSTICA
NO PACIENTE EM COMA
23/10/2012
CT de Medicina de Urgência e Emergência
CT de Medicina Intensiva - CREMEC/CFM
Dra. Antonia Rosivalda Teixeira Marinho Núcleo de Neurologia Cognitiva e do Comportamento do
Hospital Geral de Fortaleza
Coma
23/10/2012
CT de Medicina de Urgência e Emergência
CT de Medicina Intensiva - CREMEC/CFM 3
Do grego κῶμα (koma = sono profundo), é um
estado de irresponsividade em que o paciente
fica com os olhos fechados e não pode ser
despertado para responder apropriadamente
aos estímulos. Plum and Posner – Diagnosis of Stupor and Coma
Consciê
ncia
É a percepção da própria pessoa e do ambiente.
Dois componentes:
Conteúdo: soma das funções cognitivas e afetivas
Nível: grau de vigília
23/10/2012
CT de Medicina de Urgência e Emergência
CT de Medicina Intensiva - CREMEC/CFM 5
Epidemiologia
65 infra-tentorial (40/65 infartos do tronco cerebral)
101 supra-tentorial (44/101 IHC)
326 disfunções cerebrais difusas ou metabólicas (149/326 intoxicação por drogas)
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CT de Medicina de Urgência e Emergência
CT de Medicina Intensiva - CREMEC/CFM 8
500 casos consecutivos de coma:
Distúrbios psiquiátricos causando
falta de resposta aos estímulos
Fechamento ativo das pálpebras
Pupilas reativas ou dilatadas
Reflexo óculo-vestibular fisiológico
Tônus motor inconsistente ou normal
Eupnéia ou hiperventilação são usuais
Nenhum reflexo patológico está presente
EEG normal
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Exame neurológico
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História clínica
Relato de trauma
• Súbito
• Flutuação
Início dos sintomas
Sintomas neurológicos associados
• Hipotireoidismo
• Diabetes
• Insuficiência renal
Doenças médicas associadas
Medicações
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Escala de Coma de Glasgow
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VARIÁVEIS ESCORE
Abertura ocular
Espontânea
À voz
À dor
Nenhuma
4
3
2
1
Resposta verbal
Orientada
Confusa
Palavras inapropriadas
Palavras incompreensivas
Nenhuma
5
4
3
2
1
Resposta motora
Obedece comandos
Localiza dor
Movimento de retirada
Flexão anormal
Extensão anormal
Nenhuma
6
5
4
3
2
1
TOTAL MÁXIMO TOTAL MÍNIMO INTUBAÇÃO
15 3 8
Escala de Coma de Glasgow
Pontuação
≥ 13: dano cerebral leve
9 a 12: dano cerebral moderado
≤ 8: dano cerebral grave
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Exame Motor
Avaliar tônus
Resposta a estímulos dolorosos
• Nenhuma
• Flexora anormal
• Extensora anormal
• Localização normal / retirada
Evitar os termos descerebrado / decorticado
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Reação à dor
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Sinal de Babinsky
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Resposta Motora
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Ausência de respostas
motoras para qualquer
estímulo.
Pensar também em
Trauma Cervical, sd. de
Guillain-Barré ou sd. do
encarceramento.
Respiração
Cheyne-Stokes: doenças cerebrais bilaterais, lesões do tronco cerebral superior, encefalopatias metabólicas. (paciente não corre risco imediato).
Cheyne-Stokes de ciclo curto (respiração em saltos) indica lesão da fossa posterior ou pressão intracraniana muito elevada.
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Respiração
• Acidose metabólica;
• Congestão pulmonar;
• Encefalopatia hepática
• Intoxicação por drogas analgésicas
Hiperventilação prolongada
• Pausas inspiratórias;
• Lesões pontinas (infartos)
Apnêustica
• Frequência e amplitude irregulares, indica lesão bulbar
• Pode evoluir para apnéia
Respiração atáxica
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Respiração
Sinais de alerta
Boca de peixe: depressão do maxilar inferior à inspiração;
Respiração estertorosa (ruído inspiratório) é um sinal de obstrução das vias respiratórias.
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Doenças metabólicas
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Não causam pupilas desiguais ou
não reativas.
Exceções:
intoxicação por drogas
anticolinérgicas
(amitriptilina, biperideno)
abolem a reação pupilar.
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CT de Medicina Intensiva - CREMEC/CFM 26
Na intoxicação por dose
excessiva de opiáceos, a
miose pode ser tão intensa
que uma luz muito forte e uma
lente de aumento são
necessárias para a detecção
da reatividade.
Fundo de olho
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Teste Oculocefálico
Teste o outro lado
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CT de Medicina de Urgência e Emergência
CT de Medicina Intensiva - CREMEC/CFM 28
O que fazer
Vire a cabeça para a
direita • Os olhos viraram
ambos para a
esquerda?
• Os olhos
permaneceram
olhando para frente?
• Apenas um se
moveu, mas o outro
não?
Teste oculocefálico
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CT de Medicina Intensiva - CREMEC/CFM 29
Olhos se movem na direção oposta ao movimento da cabeça - normal
Olhos se movem para um lado, mas não para o outro: paralisia do olhar lateral – lesão do tronco cerebral
Limitação da abdução de um
olho: paralisia do nervo VI
Limitação de outros movimentos que
não a abdução de um olho, com a pupila dilatada:
paralisia do nervo III
Olhos falham em se mover em
qualquer direção: lesão bilateral do tronco cerebral.
O que você encontra?
Herniação
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Herniação Uncal - Sinais físicos
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Tetraparesia
Pupilas dilatadas fixas
bilateral
Respiração errática
Morte
Tardios:
Hemiplegia ipsilateral
Ptose progressiva e
paralisia do terceiro nervo
Respiração Cheyne-
Stokes
Intermediários:
Pupila dilatada ipsilateral e
sinais de lesão de massa
supratentorial
Precoces:
Progressão rápida
Herniação central – sinais físicos
Precoces:
• Respirações erráticas
• Pequena reação das pupilas
• Tônus muscular aumentado
• Reflexos extensores plantares bilaterais
Intermediários:
• Respiração de Cheyne-Stokes
• Rigidez decorticada
Tardios:
• Pupilas dilatadas fixas
• Postura descerebrada
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Progressão lenta
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CT de Medicina de Urgência e Emergência
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Sinais de herniação
uncal, estágio inicial
do terceiro nervo.
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CT de Medicina de Urgência e Emergência
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Sinais de herniação
uncal, estágio tardio
do terceiro nervo.
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CT de Medicina de Urgência e Emergência
CT de Medicina Intensiva - CREMEC/CFM 36
Sinais de herniação
transtentorial central
ou deslocamento
lateral do diencéfalo,
estágio diencefálico
inicial
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CT de Medicina de Urgência e Emergência
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Sinais de herniação
transtentorial central
ou deslocamento
lateral do diencéfalo,
estágio diencefálico
tardio
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CT de Medicina de Urgência e Emergência
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Sinais de herniação
transtentorial,
mesencéfalo
superior no estágio
pons
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CT de Medicina de Urgência e Emergência
CT de Medicina Intensiva - CREMEC/CFM 39
A B C Neurológico
A Airway (vias aéreas) Garantir que haja uma via aérea adequada
B Breathing (respiração) Garanta oxigenação adequada.Administrar oxigênio e
instituir respiração artificial, se necessário.
C Circulação Verifique se há circulação adequada, verificar pulso e
pressão arterial
D Diabetes Verificar a glicemia – dar 50 ml dextrose 50%, se não
disponível. Administrar Tiamina-100mg,IV.
D Drogas Considere overdose de opiáceos; dar naloxona, se
indicado.
E Epilepsia Observar convulsões, língua mordida. Hidantalize,se
necessãrio.
F Febre Verificar febre, rigidez do pescoço
G Glasgow, Escala de Coma Registrar subscores (olhos / verbais / motores), bem
como o total.
H Herniação Há evidências de Herniação
I Investigação
23/10/2012
CT de Medicina de Urgência e Emergência
CT de Medicina Intensiva - CREMEC/CFM 40
As grandes
ideias surgem
da observação
dos pequenos
detalhes
"Adoração dos Reis Magos" (1564), de Pieter Bruegel
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CT de Medicina de Urgência e Emergência
CT de Medicina Intensiva - CREMEC/CFM 41
"Adoração dos Reis Magos" (1564), de Pieter Bruegel
23/10/2012
CT de Medicina de Urgência e Emergência
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Obrigada! [email protected]