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I SEMINÁRIO – DIP
ToxoplasmoseEstudantes:
Andréa C. S. VimieiroCíntia Martins Fagundes Rezende
Fernanda Silva da CostaKelly Alves Bicalho
Shara Regina da SilvaProfessor: João Carlos Dias
Belo Horizonte, 14 de maio de 2007
Ministério da SaúdeFundação Osvaldo CruzInstituto René Rachou
Toxoplasma gondii
Fonte: Ciência hoje on line
Introdução
Toxoplasmose é uma zoonose, causada pelo protozoário Toxoplasma gondii, tem distribuição mundial e acomete animais de sangue quente (Jacobs; Lunde 1957)
Parasito identificado em 1908 na Tunísia (Nicole e Manceaux)e Brasil (Splendore)
Distribuição geográfica mundial, com alta prevalência sorológica podendo atingir 60% da população
Introdução
Hospedeiros intermediários: mamíferos e aves
Hospedeiros definitivos: felídeos silvestres e domésticos
Introdução
As fezes de um gato doméstico podem conter 10 milhões de oocistos em pico de eliminação (Dubey; Beatie, 1988)
Adquirida tanto pela ingestão de oocistos esporuladoscontaminando água e alimentos, cistos teciduais em carne crua ou mal cozida, como congenitamente via transplacentária
Introdução
Nos seres humanos maioria dos casos são assintomáticos
Sinais clínicos ocorrem com maior freqüência em imunocomprometidos, como os portadores HIV, em pessoas com toxoplasmose ocular e em crianças congenitamente infectadas (Dubey, 1996)
Morfologia
Toxoplasma pode ser encontrado em vários tecidos e células (exceto hemácias) e líquidos orgânicos
Formas infectantes: taquizoítos, bradizoítos e esporozoítos
Organelas citoplasmáticas características do filo Api-Complexa _ Complexo apical
Morfologia
Morfologia
Taquizoíto: chamado forma livre, proliferativa ou trofozoíto. Encontrado geralmente na fase aguda, nos líquidos orgânicos,células SMF, hepáticas, pulmonares, nervosas, musculares. Móvel, multiplicação rápida por endodiogenia
Fonte: www.ufrgs.br
Morfologia
Bradizoíto: chamado cistozoíto. Geralmente na fase crônica. Multiplicação lenta por endodiogenia ou por endopoligenia
Fonte: www.ufrgs.br
Morfologia
Oocistos: Forma de resistência. Liberados imaturos. Esporulam gerando dois esporocistos com quatro esporozoítos cada
Fonte: www.ipec.fiocruz.br/pepes/toxo/link1/html
Ciclo Biológico
Endodiogenia: representa uma forma especializada de divisão assexuada onde duas células filhas são formadas dentro da célula-mãe
Endopoligenia: mesmo processo anterior, mais rápido co formação de mais taquizoítos
Ciclo Biológico
Fonte: www.antropozoonosi.it/.../toxoplasmosi.htm
Transmissão
A infecção pela via oral è a principal forma de ocorrência e disseminação do agente para a população humana e animal (Dubey; Towle, 1986)
A água também pode ser uma via de transmissão para toxoplasmose, atuando como disseminador de oocistos(...) a contaminação de reservatórios municipais de água, com fezes de felinos infectados e eliminando oocistos de T. gondii, pode levar a surtos ou epidemias (FUNASA, 2002)
Transmissão
Ingestão de oocistos presentes em alimento ou água contaminada, jardins, caixas de areia ou disseminados mecanicamente por moscas, etc
Transmissão
Ingestão de cistos presentes em carne crua ou mal cozidas. O congelamento a -12ºC ou cozimento acima de 67ºC os mata
Transmissão
Congênita ou transplacentária: quando a gestante adquire a toxoplasmose durante a gravidez ou pelo rompimento de cistos presentes no endométrio
Fonte: www.aborto.com.br/toxoplasmose/index.htm
Transmissão
Mais raramente pode ocorrer transmissão através de leite cru contaminado,saliva, acidente de laboratório, transplante de órgãos infectados, transfusão de sangue...
Imunidade
Resposta imune envolve mecanismos celular e humoral
Resposta celular é o principal mecanismo de defesa contra o T. gondii
Anticorpos têm grande importância para o diagnóstico
ImunidadeResposta celular:
T.gondii macrófagos IL-12 e TNF-α
NK e células T
IFN-γ + TNF- α
mediar a morte Macrófagodos taquizoítos
NO e radicais livres morte do parasito
Imunidade
Resposta humoral:
IgM: 1º anticorpo a aparecer. Ativa o sistema de complemento
IgG: 2º anticorpo a aparecer. Importante na proteção do feto
IgA: Importante no diagnóstico
* Resposta humoral promove a formação de cistos intra-cerebrais
Imunidade
Mecanismos de evasão do parasito:
Vacúolo parasitóforo
Vários estágios do parasito
Apoptose
Está relacionada a: Cepa do parasitoResistência da pessoa infectadaModo como de infecção
Toxoplasmose congênita ou pré-natal:
- Gestantes na fase aguda da doença podem abortar o feto, produzir partos precoce dando origem a crianças sadias ou com anomalias graves
Obs: Sabe-se que 40% a 50% dos fetos morrem
Patogenia
Toxoplasmose pós-natal: lesões cerebrais
Patogenia
Toxoplasmose pós-natal: Pode apresentar desde casos assintomáticos até a morte
Toxoplasmose ganglionar ou febril aguda:Forma mais freqüente tanto em crianças como em adultosOcorre febre altaGeralmente é de curso crônico e benigno, podendo levar à complicações em outros órgãos
Patogenia
Toxoplasmose cutânea (rara):Forma lesões generalizadas na pele
Toxoplasmose ocular:A retinocoroidite é a manifestação mais comum
As lesões podem evoluir para uma cegueira parcial ou total ou podem se curar por cicatrização
Toxoplasmose ocular: lesões na retina
Patogenia
Toxoplasmose cérebro-espinhal ou meningoencefálica:
Mais freqüente em indivíduos imunocomprometidos
Toxoplasmose generalizada (rara):
Ocorre em indivíduos imunocompetentes e imunodeprimidos
Toxoplasmose: Diagnóstico
• Clínico: difícil - forma crônica pode ser assintomática ou se assemelhar a outras doenças (ex: mononucleose)
Diagnóstico laboratorial
Demonstração do parasito Testes sorológicos ou imunológicos
Toxoplasmose: Diagnóstico
• Demonstração do parasito - fase aguda
Líquido amniótico
SangueTaquizoítos (centrifugação,
inoculação de camundongos ou PCR
Taquizoítos T. gondii - Esfregaço de líquido aminiótico corado com Giemsa - 400 X
Toxoplasmose: Diagnóstico
• Demonstração do parasito - fase crônica
Biópsia de tecidosInoculação de camundongos,
Histopatologia (raro)
•Testes sorológicos
Indicam título (diluição do soro sangüíneo) de anticorpos circulantes correspondentes à determinada
fase da doença
• Reação de Sabin Feldman (RSF)
• RIFI
• ELISA
• IMUNOBLOT
Toxoplasmose: Diagnóstico
• HA
Vantagens
Reação de Sabin Feldman (RSF)
• Diagnóstico individual (fase aguda e fase crônica)• Boa sensibilidade (1:16.000)
• Espécie - específica
Desvantagens
• Toxoplasma vivo
• Boa sensibilidade de outros teses (RIFI)
Vantagens
Reação de Imunofluorescência Indireta (RIFI)
• Fase aguda (IgM) e fase crônica (IgG)
• ↑ sensibilidade (1:16.000)
• Toxo aguda - títulos 1:1000
• Toxo crônica - títulos 1:10 - 1:500
Toxoplasma gondii - esfregaço de exsudato peritonealde camundongo infectado – 400X
Reação de Imunofluorescência Indireta (RIFI)
Desvantagem Falso positivo - transfusão sangüínea
Vantagens
Imunoensaio Enzimático (ELISA)
• Objetividade
• Automação e quantificação
Desvantagem • Falso positivo
• Detecta IgM, IgA e IgG de baixa avidez
• ↑ sensibilidade
• Fase aguda: antígenos recombinantes
Vantagens
Hemaglutinação Indireta (HA)
• Simplicidade de execução
• Adequado para levantamento epidemiológico
• ↑ sensibilidade
Hemaglutinação Indireta (HA)
Desvantagens• Não detecta toxo congênita em recém-nascido
• Inadequado para diagnóstico precoce
Vantagens
Imunoblot
• Detecta antígenos de baixo peso molecular
• Indica reativação de bradizoítos após ruptura de cistos teciduais
Obs: • Pouco usado
Diagnóstico Toxoplasmose Congênita
Pesquisa de IgM no soro do recém-nascido
• Título > mãe (2 diluições)
Pesquisa de IgG • ↑ título testes sucessivos
• Persistência positividade 5 meses após nascimento
Diagnóstico Toxoplasmose no Adulto
• RIFI ou ELISA c/ intervalos de 2 ou 3 semanas
• Gestantes : ↑ do título 4 vezes → toxoplasmose ativa
• IgM, IgA ou IgG de baixa avidez → podem indicar infecção aguda
Toxoplasmose Ocular
• Parecentese (seringa com agulha tipo insulina 10/3) →colhem-se 150 a 250mL do humor aquoso
Pesquisa de IgG por imunodifusão
• soro sanguíneo do paciente → RIFI ou HA
Comparação dos títulos obtido por meio de fórmula própria
• IgA intra-ocular, além de IgG: ↑ sensiblidade do diagnóstico de 77% para 91%
Toxoplasmose em Indivíduos Imunodeficientes
• Pesquisa de IgG (títulos baixos) no início da evolução da AIDS
• Tomografia computadorizada para localização de lesões cerebrais
• Biópsia cerebral para confirmação da presença do parasito ( quadro clínico atípico)
• Os criadores de gatos devem mantê-los dentro de casa e alimentá-los com carne cozida ou com ração de boa qualidade
Profilaxia
Profilaxia
• Não se alimentar de leite não pasteurizado ou não-fervido
• Não ingerir carne crua ou mal cozida de qualquer animal
• Controlar a população de gatos vadios• Os criadores de gatos devem mantê-los dentro de casa e
alimentá-los com carne cozida ou com ração de boa qualidade
• Consumir água de boa qualidade, no caso de água de abastecimento público,manter as caixas d’água tampadas e higienizadas a cada seis meses
• Ter cuidado ao manusear as fezes de gatos e dar o destino adequado das mesmas (usar luvas, pás e lavar bem as mãos após a manipulação)
→ “incinerar as fezes do gato”
Profilaxia
Profilaxia
• Lavar bem as mãos e unhas: após manusear areia (jardins, hortas e plantações) e das crianças após brincarem em parques e/ou caixas de areia
• Exame pré-natal e acompanhamento de todas as gestantes com ou sem infartamento ganglionar ou com história de aborto
• Tratamento com espiramicina das gestantes em fase aguda (IgM ou IgA positivas) → profilaxia secundária
• Vacinação de ovelhas prenhas → Reduz o número de abortos e garante proteção por 18 meses (Toxovax®)
Tratamento
Medicamentos contra toxoplasmose atuam sobre os taquizoítos
São eficazes somente na fase aguda de doença
O tratamento é recomendado nas seguintes situações:
• Indivíduos na fase aguda da doença
• Indivíduos que apresentem toxoplasmose ocular
• Indivíduos imunossuprimidos com toxoplasmose de qualquer tipo ou fase
Tratamento
Os medicamentos usados no tratamento da toxoplasmose são:
• Associação de pirimetamina (Daraprim, Malocide) com sulfadiazina ou sulfadoxina (Fansidar)
- Duração do tratamento varia de 2 a 4 semanas
• Na toxoplasmose ocular → para redução das reações de hipersensibilidade, utiliza-se um corticóide como a prednisolona ou prednisona(Meticorten) associado aos antiparasitários
• Quando há intolerância às sulfas pode-se utilizar a clindamicina como medicação alternativa, associada à pirimetamina
Tratamento
• A pirimetamina não pode ser utilizada em gestantes, pois é uma droga teratogênica. Deve ser substituída pela espiramicina
• A pirimetamina é um antifólico e pode deprimir a atividade da medula óssea → Acompanhamento do paciente através da realização do hemograma
• O uso da azitromicina tem dado bons resultados na terapêutica antitoxoplásmica, apresentando menos efeitos colaterais. É utilizada em pacientes que não toleraram o tratamento convencional (Derouin, 1992)
• Droga promissora – Atovaquona
Testes in vitro e in vivo (experimental) demonstraram a ação parcialmente efetiva contra cistos teciduais (Petersen, 2007)
Tratamento
Epidemiologia
• A epidemiologia da toxoplasmose está bem esclarecida:• O ciclo sexuado do toxoplasma ocorre exclusivamente
em gatos domésticos e selvagens• O carnivorismo, a disseminação de oocistos pela água e
por alimentos contribui para a ampla distribuição do protozoário
• É encontrada em todos os países, com prevalências variadas de acordo com a população pesquisada
• Europa central: prevalência de 37 a 58% • América Latina: 51 a 72%• Sudeste asiático, China e Coréia: 4 a 39% ( Neves, 2005)
Epidemiologia
• A prevalência no Brasil varia de 37 a 91%• Estudos recentes demonstram haver duas linhagens
clonais, uma compreendendo cepas virulentas para camundongos (Cepa tipo I) e outra compreendendo cepas pouco virulentas para camundongos (cepa tipo II e III)
• Praticamente todos os mamíferos e aves são susceptíveis
• Artrópodes podem ser vetores mecânicos • Oocistos são destruídos a 55-65° C / 2 min.• Cistos (carne) são destruídos a temperatura de 67°C
(Neves, 2005)
Artigos Científicos
Surtos de Toxoplasmose em seres humanos e animais
(Rafael André Ferreira Dias; Roberta Lemos Freire)
Primeiro relato de surto no Brasil em 1967, onde num seminário em Bragança Paulista, com 81 pessoas, 30 apresentaram toxoplasmose. Investigação sem comprovações e conclusões a respeito das fontes de infecção ou via de transmissão.(Magaldi,1967)
Surto importante em Santa Isabel do Ivaí - Paraná,onde 426 pessoas apresentaram sorologia compatível com toxoplasmose aguda(IgM+). 7 gestantes, 1 aborto espontâneo, 6 RN infectados, 1 com anomalia congênita veio a óbito. Surto devido a contaminação do reservatório de água da cidade por oocistos de fezes de gatos que habitavam o local(FUNASA, 2002)
Surto 1977, em Atlanta EUA, 37 infectados , por oocistos, via aerógena, num estábulo
Surto 1978, na Califórnia EUA, 10 familiares, por taquizoítos ingeridos em leite de cabra cru contaminado
Surto 1984 Austrália, 5 membros de uma família Libanesa que ingeriram quibe cru
Surto 1993, Bandeirantes- PR, 17 infectados por quibe cru feito com carne de carneiro
Surto 1977 na Suécia, surto fatal de toxoplasmose congênita em leitões, 40,3% de prevalência
Surto 1988, Países Baixos, em cangurus de face negra 25 animais infectados
Surto 1995, no México, 23 pássaros raça mynahs com toxoplasmose, também foi identificada no cuidador dos pássaros
“Toxoplasmose: Soroprevalência em PuérperasAtendidas pelo Sistema Único de Saúde”
Paulo Roberto Dutra Leão, José Meireles Filho, Sebastião Freitas de Medeiros
Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Federal de Mato Grosso e Faculdade de Medicina da Universidade de Cuiabá, 2004
“Comparação dos Métodos de Diagnóstico da Toxoplasmose congênita ”
Flávia Cipiano Castro et al.
Centro de Medicina Fetal do Hospital das Clínicas da UFMG, 2001
Ana Maria Bonametti, Joselina do Nascimento Passos, Edina Mariko Koga da
Silva e André Luiz Bortoliero
Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 30(1):21-25, jan-fev, 1997
Surto de toxoplasmose aguda transmitida através da ingestão de carne crua de gado ovino
Surto de toxoplasmose aguda transmitida através da ingestão de carne crua de gado ovino
• Bandeirantes, Paraná, em 13 de setembro de 1993 • 17 casos de toxoplasmose aguda sintomática; P.I. de 6
a 13 dias• Ingestão de carne crua de carneiro (quibe)• Sintomas: febre, cefaléia, mialgia, artralgia,
adenomegalia (cervical ou cervico/axilar), hepatomegalia, esplenomegalia, exantema
• 1 paciente com corioretinite• RIFI: anticorpos específicos (IgG e IgM), indicativos de
fase aguda
Surto de toxoplasmose aguda transmitida através da ingestão de carne crua de gado ovino
• Hábito de consumo de carne crua ou mal cozida x toxoplasmose ( Baruzzi, 1976)
• Nenhum relato de contato com gatos• Somente 10 a 20% dos casos humanos em adultos são
sintomáticos ( Beaman at al., 1995)• Um caso de mulher grávida, que recebeu tratamento
diferenciado• Benenson (1982) cita a transmissão da toxoplasmose
associada a ingestão de água contaminada• Investigação no rebanho de origem da carne:
prevalência de 23,10%
Infectivity of cysts of the ME-49 Toxoplasma gondiistrain in bovine milk and homemade cheese
RM Hiramoto, M Mayrbaurl- Borges, AJ Galisteu Jr, LR Meireles, MS Macre e HF Andrade Jr
Revista de Saúde Pública 2001; 35(2):113-118
Infectivity of cysts of the ME-49 Toxoplasma gondiistrain in bovine milk and homemade cheese
Metodologia:• Infecção artificial de leite bovino pasteurizado com 10
cistos/ml de Toxoplasma gondii cepa ME49, oferecido a camundongos, imediatamente, ou após estocagem por 5,10 e 20 dias a 4º C
• Controle com cistos conservados em PBS estéril• Preparado queijo frescal com leite infectado, com
mesmo período e condições de conservação• Infecção detectada pela presença de cistos cerebrais
nos camundongos, testes sorológicos (ELISA e WesternBlotting) e histologia
Infectivity of cysts of the ME-49 Toxoplasma gondiistrain in bovine milk and homemade cheese
Resultados:• A doença se manifestou de maneira mais grave em
animais que ingeriram cistos no leite , em comparação com aqueles com cistos no PBS
• Os cistos se mantiveram com maior poder de infecção no leite em relação ao queijo frescal
Comentários:• Tanto queijo quanto o leite podem ser bons veículos
para cistos de Toxoplasma• O risco potencial de transmissão torna-se importante em
locais onde há consumo de leite e derivados não pasteurizados
Soroprevalência de anticorpos anti-Toxoplasma gondii em trabalhadores de um matadouro de
suínos e em indivíduos com outras atividades na cidade de Palmas, Paraná, Brasil
Patrícia Riddell Millar, Heitor Daguer, Regiane Trigueiro Vicente, Tatiana da Costa, Alexandre Lustosa de Carli,
Leila Gatti Sobreiro, Maria Regina Reis Amendoeira
Ciência Rural, Santa Maria, v. 37, n. 1, p. 292-295, jan-fev, 2007
Soroprevalência de anticorpos anti-Toxoplasma gondii em trabalhadores de um matadouro de
suínos e em indivíduos com outras atividades na cidade de Palmas, Paraná, Brasil
• Manuseio de carcaças e vísceras representa risco de infecção (Ishizuka, 1978, Souza, 1995, Horio at al, 2001)
• Coletadas 174 amostras de soros divididas em dois grupos: grupo 1 – funcionários de um matadouro-frigorífico de suínos(133) grupo 2 – controle (41)
Soroprevalência de anticorpos anti-Toxoplasma gondii em trabalhadores de um matadouro de
suínos e em indivíduos com outras atividades na cidade de Palmas, Paraná, Brasil
• Todos os participantes responderam a um questionário epidemiológico
• Testes: ELISA e RIFI (Voller, 1976) para IgG e RIFI para IgM ( Camargo, 1964)
Soroprevalência de anticorpos anti-Toxoplasma gondii em trabalhadores de um matadouro de
suínos e em indivíduos com outras atividades na cidade de Palmas, Paraná, Brasil
Resultados:• Todos os 174 indivíduos eram IgM soro não reagentes• Pesquisa de IgGGrupo 1 48,1% sororeagentes na RIFI
58,6 sororeagentes no ELISA
Grupo 2 39,0% sororeagentes na RIFI51,2% sororeagentes no ELISA
Soroprevalência de anticorpos anti-Toxoplasma gondii em trabalhadores de um matadouro de
suínos e em indivíduos com outras atividades na cidade de Palmas, Paraná, Brasil
Associações ( teste do qui-quadrado)
Grupo 1: sorologia positiva associada ao “contato com gatos”
Grupo 2: sorologia positiva associada ao “ consumo de leite crú”
Detecção de anticorpos para Toxoplasma gondiiem soro de suínos criados e abatidos em
frigoríficos da região da grande Porto Alegre
Cristina Germani Fialho, Flávio Antônio Pacheco de Araújo
Ciência Rural, Santa Maria, v. 33, n. 5, p.893-897, set-out, 2003
Detecção de anticorpos para Toxoplasma gondiiem soro de suínos criados e abatidos em
frigoríficos da região da grande Porto Alegre
Davies (1998) a carne suína mal cozida é uma das principais fontes de infecção humana com toxoplasma
Coletadas amostras de 240 suínos, durante a sangria
Utilizadas as técnicas de HAI (Jacobs e Lunde, 1957) e RIFI ( Camargo, 1974)
Detecção de anticorpos para Toxoplasma gondiiem soro de suínos criados e abatidos em
frigoríficos da região da grande Porto AlegreResultados• Técnica de HAI: 48(20%) soropositivos
192(80%) soronegativos
• Técnica de RIFI: 81 (33,75%) soropositivos159 (66,25%) soronegativos
Teste do qui-quadrado: diferença estatística entre as técnicas
Detecção de anticorpos para Toxoplasma gondiiem soro de suínos criados e abatidos em
frigoríficos da região da grande Porto Alegre
Diferenças entre as técnicas RIFI e HAI
Conclusão: considerando as freqüências de resultados positivos ( 20% na HAI e 33,75% na RIFI) conclui-se que os suínos criados e abatidos na região podem ser considerados uma fonte de infecção para o Toxoplasma gondii
Soroepidemiologia da toxoplasmose em gatos e cães de propriedadess rurais do município de
Jaguapitã, estado do Paraná, Brasil
João Luis Garcia, Italmar Teodorico Navarro, Lisa Ogawa, Rosângela Claret de Oliveira
Ciência Rural, Santa Maria, v. 29, n. 1, p. 99-104, 1999
Soroepidemiologia da toxoplasmose em gatos e cães de propriedades rurais do município de
Jaguapitã, estado do Paraná, Brasil
• Sorteadas 40 propriedades rurais, dos 506 imóveis rurais do município
• População: todos os cães e gatos, aparentemente sadios, de todas as faixas etárias• 189 cães (116 machos e 73 fêmeas)• 163 gatos (75 machos e 88 fêmeas)• 345 pessoas (190 homens e 155 mulheres), com
idade entre 5 a 78 anos• Sorologia: RIFI para anticorpos anti- IgG (Camargo, 1964)
• Análise de associação: teste do qui-quadrado
Soroepidemiologia da toxoplasmose em gatos e cães de propriedades rurais do município de
Jaguapitã, estado do Paraná, Brasil
Resultados
Gatos 119 (73%) reagentes
44 (27%) não reagentes
Cães 159 (84,1%) reagentes
30 (15,9%) não reagentes
Soroepidemiologia da toxoplasmose em gatos e cães de propriedades rurais do município de
Jaguapitã, estado do Paraná, Brasil
Humanos 65,8% reagentes
34,2% não reagentes
Conclusão:• Associação entre títulos de anticorpos anti-T. gondii na
comparação entre as espécies humana-felina e humana-canina
• Importância do número de gatos positivos
Soroprevalência do Toxoplasma gondii em galinhas (Gallus gallus domesticus) de criações domésticas oriundas de propriedades rurais do
Norte do Paraná
João Luis Garcia, Italmar Teodorico Navarro, Lisa Ogawa, Elisabete Regina Maragoni Marana
Ciência Rural, Santa Maria, v. 30, n. 1, p. 123-127, 2000
Soroprevalência do Toxoplasma gondii em galinhas (Gallus gallus domesticus) de criações domésticas oriundas de propriedades rurais do
Norte do Paraná
• Área de estudo: município de Jaguapitã, PR
• Coletado soro de 155 galinhas (corte e postura), em 32 propriedades
• Técnica sorológica: RIFI (Camargo, 1964)
• Teste exato de Fisher e de Correlação
Soroprevalência do Toxoplasma gondii em galinhas (Gallus gallus domesticus) de criações domésticas oriundas de propriedades rurais do
Norte do ParanáResultados• 16 (10,3%) aves reagentes• 139 (89,7%) aves não reagentes• 20 (62,5%) das propriedades não apresentavam aves
reagentes
Ausência de correlação entre sexo e finalidade de criação com a soroprevalência
Ausência de correlação entre soroprevalência em aves e humanos