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MEDIDA PROVISÓRIA 664 / 2014 sobre os Atestados Médicos e o Impacto sobre o Absenteísmo Paulo Zétola Diretoria APAMT II REUNIÃO CIENTÍFICA APAMT 2015 MESA REDONDA 28/03/2015

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MEDIDA PROVISÓRIA 664 / 2014

sobre os Atestados Médicos

e o Impacto sobre o Absenteísmo

Paulo Zétola – Diretoria APAMT

II REUNIÃO CIENTÍFICA

APAMT 2015

MESA REDONDA 28/03/2015

Debate

CONCEITOS

MÉTODOS DE MEDIÇÃO

DESAFIOS E COMPROMISSOS

CONCEITOS ABSENTEÍSMO

Diretoria APAMT 2013/14

ABSENTEÍSMO

ABSENTEÍSMO

DIAGNOSTICAR O ABSENTEÍSMO

Chiavenato (2002) menciona que o absenteísmo é um fator de incerteza e imprevisibilidade para as organizações e é provocado pelo comportamento humano. Importante agir diretamente sobre as suas causas e não sobre seus efeitos, necessário diagnosticar o absenteísmo.

O boletim da Organização Internacional do Trabalho (OIT), aponta em estatísticas de indenizações pagas, que aproximadamente 4% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial são consumidos com o custeio de doenças, incluídas as faltas ao trabalho para tratamento de saúde, por incapacidade ou seguros. (HARDI, 1999)

Pesquisa Voce SA sobre tempo no trabalho

•Mais de 46% dos entrevistados trabalham mais de 9 horas/ dia

•80% afirmam que perdem de 1 a 3 horas/dia sem fazer nada de efetivo

•80% confirmaram enrolar de 30 min até 3 horas/ dia

•84% afirmam que acessam redes sociais durante o trabalho

DIAGNOSTICAR O ABSENTEÍSMO

A coleta e o uso rotineiro de dados do absenteísmo promove uma avaliação epidêmica precoce que depende do bom entendimento dos dados epidemiológicos em um determinado momento. (ZENG, 2001)

Atestados de 91 a 98 em uma empresa de metalurgia de SP

Resultado: Custo total de 905 mil dolares Osteo muscular 203 mil dolares Respiratórias 150 mil dolares

Métodos de medição do Absenteísmo

Diretoria APAMT 2013/14

Métodos utilizados

índice de Gravidade = nº de horas perdidas no período x 100

IG % nº de horas a trabalhar no período

índice Freqüência por licença = nº de inícios de atestados no período x 100

IF – l % nº de operadores no período

índice Freqüência por indivíduo= nº de operadores com licença(s) no período x 100

IF – i % nº de operadores no período

índice Prevalência Momentânea= nº de operadores ausentes determinado dia x 100

IPM % nº de operadores trabalhando no mesmo dia

Indices

Um adequado sistema de vigilância deve estar desenvolvido para poder reconhecer os episódios de absenteísmo e sua duração. Com o objetivo de assegurar a qualidade dos dados coletados, torna-se fundamental estabelecer critérios homogêneos para obtenção desses valores.

(HENSING G, et All. 1998)

Métodos utilizados

Rendimento 1 = produção total no período__

R1 nº de operadores no período

Rendimento 2 = nº de horas trabalhadas no período

R2 nº de operadores no período

Indices de rendimento

Um importante dado de correlação deve ser encontrado através da analise de rendimento do trabalhador ou da empresa

(HENSING G, et All. 1998)

Tabulação artigo de 2002

TABELA - Dados e Índices de Absenteísmo do ano

de 2002 – Fábrica de veículos de passeio.

MÉDIA

Operadores 802.67

Produção 4042.67

IF % (licença) 8.25

IF % (indivíduo) 6.39

IG % 0.75

IPM % (média) 0.92

Rendimento 1

(Produção/Operadores) 5.09

Rendimento 2

(Horas trab./Produção) 35,28

Gráficos de resultados do artigo

Índices de Absenteísmo - Fábrica de Veículos de Passeio

10,6

5,01

12,45

9,799,18

11,72

9,16

6,637,02

9,25

8,03

0,21

4,13

7,42

5,11

5,86

9,40

6,92

8,09 7,17

4,73

6,14

11,44

0,39 0,93 0,62 0,58 0,93 0,87 1,000,47 0,43

0,99

1,77

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

6,00

7,00

8,00

9,00

10,00

11,00

12,00

13,00

14,00

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro

Meses de 2002

Fre

ên

cia

(%

)

Índice de

Freqüência

(licença)

Índice de

Freqüência

(indivíduo)

Índice de

Gravidade

Gráficos de resultados do artigo

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Meses de 2002

IG %

Rendimento

FÁBRICA DE VEÍCULOS DE PASSEIO - 2002

Rendimento (produção/operadores) x Índice de Gravidade %

0

2

4

6

8

10

12

14

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Meses de 2002

IF % (indivíduo)

Rendimento

FÁBRICA DE VEÍCULOS DE PASSEIO - 2002Índice de Freqüência (Indivíduo) % x Rendimento (Produção/Operador)

Gráficos de resultados do artigo

0

0,2

0,4

0,6

0,8

1

1,2

1,4

1,6

1,8

2

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Meses de 2002

IPM %

(média)

IG %

FÁBRICA DE VEÍCULOS DE PASSEIO 2002

Índice de Prevalência Momentânea % (média)

x

Índice de Gravidade %

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Meses de 2002

IPM %

(média)

Rendimento

FÁBRICA DE VEÍCULOS DE PASSEIO 2002

Índice de Prevalência Momentânea % (média)

x

Rendimento (Produção/Operador)

Atestados Médicos – Métodos atuais

MATRIZ DE RISCO

Atestados Médicos – analise epidemiológica

Nº CASOS TOP 5 ATESTADOS

JAN FEV MAR TOTAL

H 13 8 12 33

J 9 12 11 32

M 68 94 89 251

R 9 12 14 35

S,T 21 22 13 36

DIAS PERDIDOS TOP 5 ATESTADOS

JAN FEV MAR TOTAL

H 60 40 34 134

J 13 37 20 70

M 224 342 437 1003

R 22 31 60 113

S,T 157 150 99 406

Controles , Desafios e Compromissos

Diretoria APAMT 2013/14

Controles de Saúde

Atestados Médicos

Aptidão Específica APE

Afastados INSS

Indicadores por DC/ AT/ DO em

Freq/ % efetivos e casos novos x alta

Indicadores por DCRT/ DC/ AT/DO em Frequência e

%/ efetivos

Indicadores por Freq (if1/if2) e Grav

(g1)

Vigiliancia Epidemiologica TOP 5 por Freq/

gravidade

Analise de gravidade por

trilogia 3F

Analise e seguimento dos casos pelo Serv.

Social

3,8

0

2,7

0

2,7

0 3,2

0

2,7

7

1,5

7

1,8

4

1,6

8

1,3

5

3,1

0

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Absenteísmo por Doença (%) evolução anual - CAS

Fonte: Centro Médico Zilda Arns (inclui MOD+ MOS)

1,40

1,16

1,21

1,42

1,44 1,97

1,69

1,07 1,61

1,54

0

1

2

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

Controle Restrições Prolongadas % restrições médicas/ efetivos Evolução anual - CAS

Fonte: Centro Médico Zilda Arns (inclui somente MOD)

10

,99

9,3

3

6,1

5

3,8

3

1,9

7

1,6

8

0,7

9

0,1

4

9,0

1

6,4

5

0,00

3,00

6,00

9,00

12,00

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Fonte: Centro Médico Zilda Arns (inclui somente MOD)

Controle Restrições DC-RT % restrições médicas-RT/ efetivos Evolução anual - CAS

,,

Boas condições de trabalho e vida,

educação e treinamento

Promovem

Satisfação, motivação e energia

para o trabalho

Conseqüência

Maior produtividade e

desenvolvimento

empresarial

Desafios

BUSCAR O BEM COMUM SEMPRE É O MELHOR CAMINHO

OBRIGADO PELA ATENÇÃO

NR1 consulta publica – item 3 .10 .2

Com base na avaliação dos riscos devem ser adotadas ações preventivas

REFERÊNCIAS BERNARDES FG, FRUTOS CL, GARCIA AMG. Salud Laboral – Conceptos y técnicas para la Prevención de Riesgos Laborales. Ed. Masson, 1997; 351-361. HARDI S. Evolução da taxa de absenteísmo após a implantação do ambulatório médico em Indústira de portas e janelas de madeira. Curitiba: UFPR, Setor de Ciências da Saúde, Pós-Graduação em Saúde do Trabalho; 1999. HENSING G, et ALL. How to measure sickness absence? Literature review and suggestion of five basic measures. Scan j Soc Med 1998; 26(2): 133-144. LUZ J, GREEN MS. Sickness absenteeism from work—a critical review of the literature. Public Helth Rev 1997; 25(2); 89-122. MENGARDA GT. SILVA JLF(F). A importância do treinamento na problemática do absenteísmo e da rotatividade as organizações empresariais – um enfoque ergonômico. Santa Catarina: UDESC, Centro de Ciências da Administração; www.esag.udesc.br/pesq-ext/rh19972.htm ZENG X, WAGNER M. Modeling the effects of epidemics on routinely collected data. Proc AMIA Symp 2001; 781-785. ZETOLA PR E COLS. Absenteísmo como ferramenta epidemiológica. Anais Congresso Mundial ICOH 2003