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Batata Doce - Pragas e Moléstias A batata-doce tem sido, em nossas condições, atacada na parte aérea, por moléstias que constituem problemas para a cultura. As que costumam ocorrer são de pequena monta e passam quase sempre despercebidas (Aiburgo, Verrugose etc.). Constitui, portanto, grande vantagem da cultura, o fato de dispensar pulverizações ou qualquer outro tratamento fitossanitário da sua parte aérea. Igualmente, as raízes da batata-doce, durante a sua formação e crescimento, não tem sido freqüentemente atacadas por moléstias, a ponto de constituir problema, sério para a cultura. Caspa: Provavelmente, a única moléstia das raízes que ameaça trazer preocupações e que ocorre, por ora, sem conseqüências graves, é a “caspa” da batata-doce causada por um fungo de nome Monilochaetes infustans, que determina, sobre a superfície das raízes pequenas ou grandes manchas pardo-claras ou castanhas, que são bem visíveis nas variedades de epiderme clara, sendo mais ou menos mascaradas nas de epiderme coloridas. O mal deprecia o valor comercial. Preconizam-se, para controlá-lo, a rotação de cultura ou a não utilização de raízes afetadas e nem as aparentemente sadias provenientes de local infestado, na formação de viveiros, a não ser que as raízes sejam desinfetadas por imersão numa solução de 1:1.000 (um por mil), de sublimado corrosivo durante uma hora. Os solos pesados ou muito ricos de matéria orgânica favorecem a vida do agente causal da moléstia. Podridão mole: As moléstias mais sérias da batata-doce são aquelas que atacam o produto após a colheita, durante o seu armazenamento, constituindo o maior problema da exploração comercial de batata-doce, dificultando a sua conservação. A principal moléstia da batata-doce, durante o seu armazenamento e conservação e que pode aparecer, também durante os processos de “cura” é a “podridão mole”. É produzida por um fungo (Rhizopus nigricans) que se instala nos ferimentos da raiz. Uma vez instalado o fungo encontra ali excelente meio de vida e de desenvolvimento. Prolifera, formando um crescimento cotonoso (aparência de algodão) a princípio de cor branca e mais tarde negra. Iniciando nos ferimentos ou nas pontas das batatas, a formação acaba por dominar toda a raiz. Esta se torna flácida, mole e com odor desagradável e adocicado. O ambiente seco é desfavorável à propagação da moléstia. Daí a necessidade da ventilação nos armazéns, para a remoção da umidade que se origina nas próprias raízes. No auge do apodrecimento, as raízes emitem uma secreção ou líquido marrom, que umedece as raízes vizinhas. Continuando a perder umidade, a raiz torna-se enrugada, escura e finalmente seca e endurecida. Como medida de prevenção, torna-se necessário uma limpeza de todo o local e do vasilhame em que se transporta ou se acondiciona a batata doce, a fim de 1 / 5

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Batata Doce - Pragas e Moléstias

A batata-doce tem sido, em nossas condições, atacada na parte aérea, por moléstias queconstituem problemas para a cultura. As que costumam ocorrer são de pequena monta epassam quase sempre despercebidas (Aiburgo, Verrugose etc.). Constitui, portanto, grandevantagem da cultura, o fato de dispensar pulverizações ou qualquer outro tratamentofitossanitário da sua parte aérea.Igualmente, as raízes da batata-doce, durante a sua formação e crescimento, não tem sidofreqüentemente atacadas por moléstias, a ponto de constituir problema, sério para a cultura.

Caspa: Provavelmente, a única moléstia das raízes que ameaça trazer preocupações e queocorre, por ora, sem conseqüências graves, é a “caspa” da batata-doce causada por um fungode nome Monilochaetes infustans, que determina, sobre a superfície das raízes pequenas ougrandes manchas pardo-claras ou castanhas, que são bem visíveis nas variedades deepiderme clara, sendo mais ou menos mascaradas nas de epiderme coloridas. O mal depreciao valor comercial. Preconizam-se, para controlá-lo, a rotação de cultura ou a não utilização deraízes afetadas e nem as aparentemente sadias provenientes de local infestado, na formaçãode viveiros, a não ser que as raízes sejam desinfetadas por imersão numa solução de 1:1.000(um por mil), de sublimado corrosivo durante uma hora. Os solos pesados ou muito ricos dematéria orgânica favorecem a vida do agente causal da moléstia.

Podridão mole: As moléstias mais sérias da batata-doce são aquelas que atacam oproduto após a colheita, durante o seu armazenamento, constituindo o maiorproblema da exploração comercial de batata-doce, dificultando a suaconservação.

A principal moléstia da batata-doce, durante o seu armazenamento e conservaçãoe que pode aparecer, também durante os processos de “cura” é a “podridãomole”. É produzida por um fungo (Rhizopus nigricans) que se instala nosferimentos da raiz. Uma vez instalado o fungo encontra ali excelente meio de vidae de desenvolvimento. Prolifera, formando um crescimento cotonoso (aparênciade algodão) a princípio de cor branca e mais tarde negra. Iniciando nosferimentos ou nas pontas das batatas, a formação acaba por dominar toda a raiz.Esta se torna flácida, mole e com odor desagradável e adocicado. O ambienteseco é desfavorável à propagação da moléstia. Daí a necessidade da ventilaçãonos armazéns, para a remoção da umidade que se origina nas próprias raízes. Noauge do apodrecimento, as raízes emitem uma secreção ou líquido marrom, queumedece as raízes vizinhas. Continuando a perder umidade, a raiz torna-seenrugada, escura e finalmente seca e endurecida.

Como medida de prevenção, torna-se necessário uma limpeza de todo o local edo vasilhame em que se transporta ou se acondiciona a batata doce, a fim de

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evitar os maiores focos de infecção que são os resíduos das batatas jáinfestadas, uma vez que não se pode evitar os focos naturais, ou os esporos dofungo, que se acham no ar ambiente.

Pragas: A parte aérea da planta da batata-doce -ramas e folhas apesarde ser procurada como alimento por várias classes de insetos, nenhumdeles tem constituído problema sério para a cultura a não serexcepcionalmente (lagartas comedoras das folhas). Insetos sugadoressão quase sempre observados nas plantas sob a folhagem sugando aseiva do vegetal. Numerosos outros, porém menos comuns são àsvezes encontrados atacando as folhas, de que se alimentam edeixando-as inteiramente perfuradas quenos besouros verde-brilhantedo gênero Colapsis). Via de regra não determinam prejuízos de monta.Entretanto, as raízes durante o seu crescimento, estão sujeitas aoataque. principalmente de rtematóides brocas.

Nematóides: São pequeníssimos vermes que vivem no solo.iinfestando principalmente as raízes das plantas sugando-as e,assim prejudicando o desenvolvimento e produção da plantaalém de conferirem mau aspecto às raízes. A batata-doce ébastante suscetível a essa praga.

Broca: A broca das raízes é, talvez, o mais serio inimigodes cultura e a mais frequente das suas pragas.Dificilmente se colhe uma área de batata, sem queapareça poucas ou muitas raízes broqueadas. Aintensidade de infestação varia de acordo com a região eo clima. A praga entra pela base das ramas,perfurando-as porém, o maior estrago é produzido ás

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raízes onde abre numerosas galerias.

O inseto responsável chama-se Euscepes post-Iasciatus,pequeno besouro de cor escura, cujas larvas decoloraçao branca e cabeça castanha broqueiam a raízsuperficial e profundamente. As partes broquedasescurecem exalando odor desagradável e adquiremsabor ruim após o cozimento.

O controle dessa terrível praga é feito com a pulverizaçãodo solo com uma suspensão drogas em água emisturando-se ao solo pela passagem de uma grade dediscos antes de se levantarem as leiras. Pelo seu efeitoresidual, os resultados obtidos no ano seguinte, sãopraticamente idênticos no controle da broca.

SINTOMAS DAS DEFICIÊNCIAS MINERAIS

Nitrogênio: Folhas verde-claro; as mais baixasamarelecem e caem, caules raros e finose os tubérculossão pequenos;

Fósforo: As folhas se enrolam e as mais velhascaem; lesões pardas internas nos tubérculos emuitas folhas ficam roxas;

Potássio: Folhas verde-azuladas; as mais velhas

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amarelecem, aparece necrose e escurecimentopartindo das pontas e margens; os folíolos sejuntam, caules finos e com internédios curtos;tubérculos azulados.

Cálcio: Folhas pequenas e verde-claro, enroladaspara cima; necrose marginal; os brotos morrem;tubérculos pequenos, sem valor comercial.

Magnésio: As folhas mais velhas mostram clorose ea seguir necrose internerval; tornam-se quebradiçase enroladas nos estágios finais da deficiência.

Boro: Os brotos terminais morrem, estimulando ocrescimento dos laterais; internódios curtos; asmargens das folhas se encurvam; as pontas dasraízes morrem; desenvolvimento de raízessecundárias que também podem morrer; ostubérculos podem mostrar uma cor pardainternamente.

Ferro: As folhas novas são cloróticas e as margenssão afetadas por último; enrolamento das folhas.

Manganês: Folhas novas cloróticas, com aspecto

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reticulado devido às nervuras verdes delimitaremespaços claros; a perda de cor é seguida pornecrose sob forma de pequenas manchas aprincípio distribuídas sobre toda a área foliar; asáreas mortas podem se desintegrar dando à folhaum aspecto de rasgada.

Zinco: Folhas com manchas irregulares, cinzentasou bronzeadas, geralmente situadas à meia altura;às vezes os sintomas aparecem em toda a planta,tanto jovens quanto velhas, em casos mais severos,o caule e pecíolos apresentam manchaspardacentas e as plantas são crescem.

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