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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA ERNESTO MONTEIRO REIS ÍNDICE DE LESÕES EM ACADEMIAS DE MUSCULAÇÃO DE PORTO VELHO PORTO VELHO 2015

índice de lesões em academias de musculação de porto velho

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Page 1: índice de lesões em academias de musculação de porto velho

FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

ERNESTO MONTEIRO REIS

ÍNDICE DE LESÕES EM ACADEMIAS DE MUSCULAÇÃO DE PORTO VELHO

PORTO VELHO 2015

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ERNESTO MONTEIRO REIS

ÍNDICE DE LESÕES EM ACADEMIAS DE MUSCULAÇÃO DE PORTO VELHO

Monografia de Graduação apresentada ao

curso de Educação Física do Núcleo de

Saúde da Universidade Federal de Rondônia

– UNIR, para obtenção do título de

Licenciatura em Educação Física.

Orientador: Prof. Dr. Edson dos Santos Farias

PORTO VELHO 2015

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ERNESTO MONTEIRO REIS

ÍNDICE DE LESÕES EM ACADEMIAS DE MUSCULAÇÃO DE PORTO VELHO

Monografia apresentada a Universidade Federal de Rondônia- UNIR como requisito necessário para obtenção título de Licenciatura em Educação Física.

Banca Examinadora

___________________________________________________

Prof. Dr. Edson dos Santos Farias- Orientador

____________________________________________________

Prof. Me. Daniel Delani

____________________________________________________

Prof. Dr. Ramón Núñez Cárdenas

Conceito:__________________

Porto Velho,_____ de _________________________ de 2015

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RESUMO

Nas academias de musculação é comum encontrarmos problemas relacionados à

lesões de ordem muscular ou articular. O presente estudo teve como objetivo

verificar os índices de lesões e as possíveis associações com as variáveis

demográficas e as que podem causar estas lesões. Foi um estudo descritivo

transversal por conveniência, divididas em quatro estratos (zona sul, leste, oeste e

norte da cidade) em cada estrato foi escolhido uma academia de musculação,

totalizando quatro academias. A amostra foi a randomizada simples por pareamento

por estratos que totalizou 84 sujeitos com 18 anos de idade para cima e de ambos

os sexos. Os dados foram categorizados, em seguida, foram organizados através de

distribuição de frequências absolutas e relativas. Para verificar as chances com

maior e menor risco de índice de lesão em academia por musculação foi utilizado

odds ratio (OR) bruto e intervalo de confiança (IC95%). O programa utilizado para

análise dos dados foi o SPSS - 17. As características demográficas e a relação das

variáveis com os índices de lesões dos praticantes de musculação. Foi observado

que a maioria é do sexo masculino a frequência semanal de uma a duas vezes por

semana (40,5%), período de prática a noite (83,3%), dores na prática da musculação

(81,0%), região do corpo mais lesionada ombro e coluna (6,0% e 4,8%), tempo de

recuperação da lesão foi a cima de seis meses (13,1%). As associações entre os

índices de lesões em academias por musculação, sendo que quem prática

musculação igual e acima de cinco vezes por semana tem 17,470 vezes mais

chance de ter risco de lesão. Pôde concluir que os índices de lesões em academias

ocorreram em quem pratica musculação igual ou acima de cinco vezes por semana

e exercícios mal executado e quando as atividades não são supervisionadas por um

profissional habilitado.

Palavras - chave: Musculação, academia, Atividade Física.

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ABSTRACT

The bodybuilding gyms is common to find problems related to muscle or joint injuries order.

Check the injury rates and possible associations with demographic variables and that can

cause these injuries. It was a cross-sectional study for convenience, divided into four strata

(south, east, west and north of the city) in each stratum was chosen a gym weight training, a

total of four academies. The sample was randomly simple by pairing by strata totaling 84

subjects with 18-year-old up and both sexes. Data were categorized then were organized

through distribution of absolute and relative frequencies. To check the odds with higher and

lower risk of injury rate in the gym for weight training was used odds ratio (OR) Gross and

confidence intervals (95% CI). The program used for data analysis was SPSS - 17. The

demographic characteristics and the relationship of the variables with the contents of injuries

to body builders, where it was observed that most are male weekly frequency of once or

twice by week (40.5%), overnight circulation period (83.3%), pain in the practice of weight

(81.0%), most injured shoulder region of the body and spine (6.0% and 4.8% ), lesion

recovery time was over six months (13.1%). The associations between injury rates in gyms

for weight training, and those who practice weight equal and more than five times a week has

17.470 times more likely to have risk of injury. It could conclude that the injury rates in gyms

occurred in those who practice weight equal or above five times a week and poorly executed

exercise and when activities are not supervised by a qualified professional.

KEYWORDS: Bodybuilding, fitness, Physical Activity.

Page 6: índice de lesões em academias de musculação de porto velho

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.....................................................................................................7 1. JUSTIFICATIVA..................................................................................................8 2. OBJETIVOS........................................................................................................9 2.1 OBJETIVO GERAL..............................................................................................9 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS...............................................................................9 3. REFERENCIAL TEÓRICO................................................................................10 3.1 IMPORTÂNCIA DA MUSCULAÇÃO.................................................................10 3.2 LESÕES NA MUSCULAÇÃO............................................................................13 3.3 LESÕES: O FATOR PRIMORDIAL PARA EVITALAS......................................17 3.4 EXERÍCIO FÍSICO E AS LESÕES MUSCULARES..........................................19 4. PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS..................................................,,,,...20 4.1 CARACTERIZAÇÃO DO ESTUDO...................................................................20 4.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA..............................................................................20 4.3 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS.......................................................20 4.4 ANÁLISE ESTISTICA........................................................................................20 5. RESULTADOS..................................................................................................21 6. DISCUSSÃO.....................................................................................................26

CONCLUSÃO....................................................................................................30 REFERENCIAS ................................................................................................31 ANEXOS............................................................................................................33

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INTRODUÇÃO

A atividade de musculação é de grande importância para uma busca de um

corpo mais bonito e bem apresentável ao padrão de beleza imposto para a

sociedade contemporânea, envolvendo assim o esforço e dedicação de cada aluno

que pretende chegar a determinado tipo físico, segundo Marinho e Guilhermo (1997)

foi a partir da década de 70 que aconteceu a expansão das academias. A crescente

busca por atividades oferecidas nas academias tem motivos e fatores variados;

motivos esses que chamam a atenção dos alunos, independentemente de seu tipo

físico, mas o fato é que quase todos buscam os mesmos objetivos.

Há grandes problemas patológicos enfrentados com o aumento de peso e

uma má qualidade de vida, também é um grande fator para aumentar a busca por

academias. O estilo de vida sedentário, alimentação inadequada, fumo e estresse

são problemas da saúde pública brasileira e mundial, aumentando o número de

pessoas acometidas pela hipertensão arterial, obesidade, diabetes, osteoporose e

doenças cardiovasculares (MELLO; TUFIK 2001).

A musculação é um tipo de exercício resistido, com variáveis de carga,

amplitude, tempo de contração e velocidade controláveis. Desse modo pode ser

aplicada da forma isométrica (contração mantida), isocinética (com velocidade

angular constante) ou isotônica (alternância de contrações concêntricas e

excêntricas ), contínua ou intervalada, suave ou intensa, com recursos aeróbios ou

anaeróbios, são muitas possibilidades, estas possibilidades de controle de tantas

variáveis torna a musculação uma atividade física altamente versátil que pode ser

usada para diferentes objetivos como no ambiente competitivo, profilático,

terapêutico, recreativo, estético e de preparação física

(BITTENCOURT,1986,FLECK, KRAEMER,2006).

No entanto, a prática da musculação com falta de orientação adequada,

pode trazer prejuízos a saúde, muitos problemas acarretados por excesso de peso

na musculação e de esforços repetitivos com movimentos incorretos, podem causar

danos irreversíveis a saúde, o grande impacto à coluna, e os esforços excessivos

nos músculos, articulações e tendões, podem causar danos permanentes, fazendo

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assim o aumento de praticantes de musculação possuírem lesões. Uma definição de

lesão seria, ‘’dano causado por trauma físico, sofrido pelos tecidos do

corpo’’(WHITING ; ZERNICKE,2001).

Hernandes Jr. (2000) afirma que “atualmente a musculação vem

encontrando grande repercussão como método de condicionamento físico, tanto

para atletas com para a manutenção da forma física”. Mas, é importante saber a

maneira correta para a prática de musculação, e ter uma boa orientação para evitar

as lesões corporais que são muitas com a prática de musculação desregulada e

inadequada.

Nesse estudo pretende-se apresentar a relação das lesões mais frequentes

ocorridas em alunos praticantes de musculação nas academias de Porto Velho-RO.

Essas informações importantes irão orientar na conduta do praticante de

musculação à evitar lesões durante a prática e ser acompanhado sempre por um

profissional habilitado.

.

1. JUSTIFICATIVA

A busca por um corpo bonito há muito tempo em nosso mundo

contemporâneo tornou-se algo inevitável para o bem estar pessoal e seguimento

estético. Nos últimos anos, o número de praticantes de atividades físicas cresceu

consideravelmente, mas não apenas a questão da saúde foi enfocada, e sim, a

questão estética, a procura de um corpo mais bonito. A busca da melhoria da

condição e aparência física e as preocupações que por sua vez aparecem cada vez

mais associadas a própria noção de saúde, também são responsáveis pela

expansão desse setor (MASCARENHAS et al., 2007; MARCELINO, 2003).

Segundo Saba (2001), a estética corporal como um dos principais objetivos

dos indivíduos ao procurarem uma academia, ficando claro o interesse e a

preocupação pela aceitação social no grupo, ou, ainda, por fazer parte de um grupo

já consagrado de culto ao corpo. Na realidade, essa busca por um corpo perfeito

tornou-se o objetivo de jovens e adultos, homens e mulheres, e principalmente o

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marketing das academias que cada vez mais oferecem modalidades de treinos

diferentes para seus alunos, a fim de induzi-los a uma prática de atividade física

constante, e muitas das vezes esses exercícios sem um acompanhamento

adequado pode levar o aluno a ter uma lesão.

Nesse sentido, essa pesquisa é de grande relevância, pois são escassas no

município de Porto Velho investigações dessa natureza. Como praticante dessa

modalidade, despertei o interesse em pesquisar essa prática de exercício físico.

Assim, espera-se que esse estudo conscientize os alunos praticantes de

musculação das academias, desperte nos mesmos interesses em analisar as

possíveis causas de lesões provocadas pelos exercícios realizados.

2. OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Descrever os índices de lesões nas academias de musculação de Porto Velho.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Verificar os índices de lesões em quatro academias divididas por estratos (zonas)

sul, leste, oeste e norte da cidade de Porto velho;

- Analisar os fatores associados com o índice de lesões em academias.

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3. REFERENCIAL TEÓRICO

3.1 A MUSCULAÇÃO E SUA IMPORTÂNCIA

A Musculação é uma das atividades que mais se desenvolve em todo

mundo. Sendo utilizada para aprimorar vários aspectos da aptidão física.

Musculação é um termo geralmente usado para descrever uma grande variedade de

métodos e modalidades que aprimoram a força muscular. Apesar de ser utilizada

como sinônimo de treinamento com pesos , a musculação inclui também as

resistências impostas através de hidráulica, elásticos, molas e isometria.

Tecnicamente, o treinamento com pesos, refere-se ao levantamento de pesos

(anilhas, lastros ou placas de pesos) existente em alguns aparelhos ou implementos.

(BARBANTI, 1990)

Existem tipos de musculação, cada uma com seus objetivos e metas

diferenciados, atualmente se tem visto muito a musculação competitiva, a

musculação competitiva pode ser divida de três formas, como as modalidades de

levantamento olímpico que são os arremessos e arrancos; existe também o

levantamento básico, que são o levantamento terra, supino e agachamentos;

(BITTENCOURT, 1986).

A musculação também pode ser pela saúde, de acordo com os conceitos

mais atuais, a musculação é considerada o mais completo entre todas as formas de

treinamento físico, aumentando a resistência muscular, evitando a incapacidade

física dos sedentários e idosos e evitando doenças crônicas tão bem, quando

comparadas com outros tipos de atividade física. (BITTENCOURT, 1986).

Além da diminuição da diabete e do controle da pressão sanguínea,

recentes estudos comprovam que a musculação combate a osteoporose em

mulheres e diminui consideravelmente a possibilidade de câncer de próstata nos

homens. (BITTENCOURT, 1986)

A questão estética também não pode ser descartada, pois atualmente é um

dos principais fatores que estão levando público as academias, a fim de conseguir

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uma harmonia corporal buscando o belo, homens e mulheres, procuram a

musculação para atingirem a estética desejada. (BITTENCOURT, 1986).

A musculação também pode está dividida entre: Profilática ou Terapêutica,

que é utilizada na correção de desvios de posturas e na recuperação de lesões

musculares. Quem se exercita, possui um aumento da densidade óssea o que

diminui risco de fraturas, desenvolve também, força e equilíbrio, o que proporciona

uma musculatura mais rígida e um caminhar mais seguro. Exercitar-se amplia a

resposta da velocidade e agilidade, diminuindo o risco de ser pego de surpresa, por

um escorregão, por exemplo. (GONÇALVES; VILARTA, 2004)

Alguns são os objetivos do praticante de musculação, os principais os quais

as academias induzem os alunos a adequarem para seu objetivo são: a hipertrofia,

força, resistência e potencia muscular. A hipertrofia é a busca pelo aumento

seccional transversal do músculo, ou seja, aumento no tamanho e no número de

filamentos de actina e miosina e adição de sarcômeros dentro das fibras

musculares; esse resultado dependerá do treinamento, intensidade e duração do

treinamento. Já a força, é a máxima para um determinado movimento corporal. O

aumento dessa força passa por um curso temporal. Para ter um aumento relevante é

necessário que se haja a adaptação neural (melhora da coordenação e eficiência do

exercício). Já a resistência muscular, é o tempo máximo em que um indivíduo é

capaz de manter a força isométrica ou dinâmica em um determinado exercício ou a

capacidade de manter o músculo contraído. Com a combinação entre força e

velocidade, gera-se a potência muscular. Quanto maior a velocidade ou a força de

execução, maior será a potência muscular gerada (BACURAU, NAVARRO,

UCHIDA, 2005).

As academias de musculação tornaram-se uma opção para a população que

buscam melhorar esteticamente e saúde e bem estar físico. As academias estão a

cada dia mais investindo em estrutura em atividades a fim de atrair os alunos e

influenciá-los a uma prática constante, porém dentre as várias atividades ofertadas,

a musculação continua a atrair boa parte dos frequentadores de academias. Para

Guedes, Souza Júnior e Rocha (apud ALMEIDA, 2008), musculação é um método

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de treinamento desportivo, cujo principal meio de treinamento é os pesos e a

principal capacidade física treinada é a força.

A musculação nos dias de hoje se tornou uma grande preferência tanto por

jovens, como por pessoas acima de 40 anos, homens e mulheres, que buscam ter

um corpo saudável ou do ponto de vista estético, definido. Delai e Santos (2012)

relatam em seu trabalho quais os principais fatores que levam os indivíduos à prática

da musculação e segundo os autores, os motivos de prevenção de doenças e

condicionamento físico foram os mais citados, porém de acordo com os resultados

encontrados, o fator que tem mais levado às pessoas a procurarem a prática de

musculação ainda são os fatores estéticos e na busca por um corpo tido como

perfeito, os indivíduos não respeitam seus limites, seu condicionamento físico e

colocam em risco a sua saúde.

Com a prática regular de exercícios, o individuo passa a aumentar seu o

nível de memória e concentração, apresentar reflexos mais apurados, aumentar os

níveis de HDL (o bom colesterol , lipoproteína de alta densidade) e diminuir os

níveis de LDL (o mau colesterol ), além de uma melhora considerável de humor para

pessoas que possuem depressão. Pessoas sedentárias possuem duas vezes mais

facilidades para o desenvolvimento de doenças respiratórias e cardíacas, além

desse auxilio, a musculação regula a taxa de açúcar no sangue, sendo assim,

diminuindo o risco de desenvolvimento da diabetes, a musculação também pode

evitar o aparecimento da osteoporose com o estimulo de produção de células

ósseas fixando cálcio e aumentando a densidade óssea (BARBANTI, 1990).

Atividades aeróbias de impacto, como a corrida, também podem oferecer esse

beneficio, mas os exercícios de musculação são mais seguros para as articulações.

Quando os músculos são fortalecidos, propiciam maior estabilidade as articulações,

promovendo menor desgaste entre os ossos, envolve também o retardo do processo

de envelhecimento com o fortalecimento dos músculos do coração.

Com cargas adequadas, orientação adequada, execuções corretas e

descanso necessário ao músculo, o treinamento com pesos, gera na matriz óssea

uma mineralização que são fundamentais na manutenção e construção da massa

óssea, muitas pessoas atualmente enxergam como atividade física importante para

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a saúde e emagrecimento apenas as atividades aeróbias e de lazer, como correr,

caminhar, pedalar, jogar futebol, entre outras, mas não são totalmente informadas,

pois estudos atuais confirmam a eficácia enorme da musculação para a perda de

peso, principalmente no ganho de massa magra e eliminação de gorduras, a prática

da musculação também faz com que ocorra uma liberação de hormônios

acumulados durante os momentos de stress, funcionando dessa forma como um

tranquilizante natural, propiciando ao indivíduo uma sensação de serenidade.

Com os estímulos da musculação, os vasos sanguíneos e o coração,

mantém a contratilidade do miocárdio; além de aumentar a 18 oxigenação através

do sistema cardiovascular, a musculação dilata as veias periféricas normais, o que

diminui o nível de varizes. (DANTAS, 2003).

3.2 LESÕES NA MUSCULAÇÃO

Os exercícios com pesos bem orientados possuem incidência de lesões

muito baixa. Possuindo o controle total desses exercícios com pesos, é que

justificamos sua utilização terapêutica clássica. (BITTENCOURT, 1986).

Os fatores indutores de lesões na atividade física são variados podem ser as

cargas, com exercícios com pesos podem ser realizados com grandes cargas por

indivíduos que possuem acompanhamento qualificado. Os pesos possuem uma

grande qualidade, possibilitam sua utilização em diferentes casos. Indivíduos que

não ficam em pé e não conseguem andar, fazem na cama os exercícios com pesos.

Dessa forma, as cargas nos exercícios com pesos bem assistidos propiciam

fortalecimento nos ossos, músculos, tendões, cartilagens articulares e ligamentos.

(FLECK; KRAEMER, 2006).

As amplitudes dos movimentos na musculação podem causar distensões de

ligamentos e cápsulas articulares, são as lesões mais graves e de difícil cura que a

amplitude excessiva pode levar. Indivíduos com processos degenerativos nas

articulações são vulneráveis à amplitude excessiva. Quando se utiliza pesos às

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amplitudes se tornam facilmente adaptadas aos limites do individuo. (FLECK,

KRAEMER, 2006).

Com relação a velocidade dos movimento na musculação, nos exercícios

com pesos, os movimentos possuem velocidade controlada, dessa forma não

causam acelerações e desacelerações drásticas, levando a não ocorrência de

movimentos violentos ou explosivos. (FLECK, KRAEMER, 2006).

Em atividades físicas comuns, são presentes as torções articulares, devido à

mudança dos movimentos, podendo precipitar até mesmo desarranjos internos de

ombros e joelhos, além de hérnia de disco intervertebral. Nos exercícios com pesos

não ocorrem torções articulares. (FLECK, KRAEMER, 2006).

O impacto é caracterizado por repetidas cargas nas articulações, o que

desencadeia tendinites, micro-lesões nas cartilagens e entorses. Em exercícios com

pesos as cargas atuam vagarosamente, sem impacto. (FLECK, KRAEMER, 2006).

As repetições excessivas podem levar à graves tendinites; em exercícios com pesos,

esses movimentos são poucos repetidos, e com intervalos para descanso e

recuperação. (ANDRADA, 1998).

O treinamento de força em relação a vários esportes como o futebol e o

basquete é uma atividade muito segura. Segundo Fleck e Simão (2008), “as lesões

mais comuns durante o treinamento com pesos são contraturas musculares e

pequenas torções nas articulações”. Todas as lesões e doenças podem ser

classificadas de acordo com o período de tempo que levam para se desenvolver

(FLEGEL, 2002). Lesões agudas e crônicas normalmente relacionam-se à aplicação

incorreta da técnica de execução do movimento no exercício ou a tentativa de

levantar cargas maiores do que o número de repetições estipulado permite (FLECK;

SIMÃO 2008).

A cada dia mais o público que acompanha os esportes adquire curiosidade

para saber mais sobre as lesões, quais lesões seus atletas preferidos tiveram, em

qual região corporal, porque aconteceu tal lesão e quanto tempo levará para a

recuperação. Realmente, as lesões nos esportes são algo muito interessante a ser

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acompanhado, pois algumas vezes podem interferir em resultados de jogos,

campeonatos, caso tenha sido em um atleta de destaque tirando-o de uma

competição, prejudicando de certa forma a equipe.

Há muitos fatores que causam lesões nos atletas. “Os fatores pré-

disponentes das lesões esportivas dividem-se em dois grandes grupos: fatores

intrínsecos e extrínsecos” (Meneses, 1998). Fatores intrínsecos são os causados

devido ao próprio atleta, seja pela rotina, escolha do esporte, inaptidão para o

esporte escolhido, treinamento e diversos fatores que dependem mais do próprio

atleta. Já os extrínsecos são os causados por ambientes externos, instalações

esportivas onde são realizados os treinamentos, calçados, equipamentos e materiais

utilizados, condições climáticas, doping, etc. De acordo com Meneses (1998) “os

atletas estão potencialmente sujeitos em qualquer fase (de treinamento ou de

competição) a sofrerem lesões, as quais são diretamente proporcionais à evidência

dos fatores pré-disponentes (intrínsecos e extrínsecos)”. Pode-se analisar também

se as lesões são agudas ou crônicas. De acordo com Whiting e Zernicke (1998), as

lesões podem resultar de um único insulto (lesão aguda) ou de cargas repetidas a

longo prazo (lesão crônica). Os insultos crônicos persistentes dos tecidos podem

resultar progressivamente em condições degenerativas que preparam o palco para

uma lesão aguda.

As lesões podem ocorrer quando as pessoas utilizam uma carga que

ultrapassa a tolerância do músculo. Os fatores auxiliares que determinam a carga

que o músculo do praticante pode suportar são: idade, sexo, genética, estado

fisiológico e condição física, nutrição, estado psicológico, fadiga, ambiente,

equipamentos, entre outros.

Existem duas categorias de lesões mais comuns classificadas de acordo

com o tempo: as lesões agudas e as crônicas. As lesões agudas acontecem

subitamente, sendo as entorses e as distensões as mais comuns no treinamento de

força com pesos. As lesões crônicas se desenvolvem em um longo período ou

perduram por muito tempo, e estão relacionadas ao treinamento com pesos pelo uso

contínuo e excessivo das estruturas musculares, articulares e tendíneas. Segundo

Flegel (2002), “se um músculo for continuamente sobrecarregado ou alongado em

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excesso, pode ocorrer uma distensão muscular crônica”. As distensões musculares

crônicas, bursites e tendinites são exemplos comuns de lesões crônicas no

treinamento de força com pesos.

Segundo Manzur et. al. apud Almeida, (2003, p.56), ... A musculação pode causar lesões músculo-esqueléticas significativas, como fraturas, luxações, espondilólise, espondilolistese, hérnia de disco, além de lesões de menisco. Embora as lesões podem ocorrer durante a utilização de máquinas de pesos, aparentemente a maioria ocorre durante o uso inadequado de pesos avulsos. Também ocorrem problemas com atletas esqueleticamente imaturos, em acidentes durante a prática e com o abuso de esteróides anabolizantes.

As lesões ocasionadas no esporte, não são adquiridas somente por atletas

profissionais, nem somente por atletas amadores, ou até mesmo só por quem

pratica exercícios por lazer. É algo que faz parte de todos os níveis de pessoas que

praticam alguma atividade física ou executam tarefas cotidianas. De acordo com

Manzur et al. apud Almeida (2003), a musculação pode causar lesões músculo-

esqueléticas significativas, como fraturas, luxações, espondilólise, espondilolistese,

hérnia de disco, além de lesões de menisco. Embora as lesões podem ocorrer

durante a utilização de máquinas de pesos, aparentemente a maioria ocorre durante

o uso inadequado de pesos avulsos. Também ocorrem problemas com atletas

esqueleticamente imaturos, em acidentes durante a prática e com o abuso de

esteróides anabolizantes.

Sem o conhecimento da atividade que a pessoa está praticando, ou sem o

acompanhamento de um profissional da área, o risco é constante. Para Homsi

(2007) e Gonçalves e Mantellini (2005), atualmente muito se fala sobre as lesões

musculares de atletas de alto nível, ou então de profissionais e amadores que

correm sem uma equipe de apoio, formada por fisioterapeutas e médicos que

possam orientar o atleta no caso de contusão. Mas, dentro desse quadro, a pior

situação é do atleta de fim de semana, já que ele deve tomar mais cuidado, porque a

falta de treinamento o expõe a lesões ainda mais complicadas. Homsi (2007) ainda

afirma que os atletas de fim de semana, geralmente adquirem luxações, tendinites,

contusões, entorses, distensões musculares, rupturas de tendões e ligamentos e,

até mesmo, fraturas. Reeves et al. apud Almeida, (2003), dizem que como fatores

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contribuintes a essas lesões, observa-se principalmente: técnica incorreta, falta de

supervisão, imaturidade esquelética e abuso de esteróides.

É nesse sentido que se observa a necessidade de profissionais

especializados na área, os quais prescrevem exercícios adequados ao praticante,

supervisionam a execução desses exercícios e passam informações sobre

suplementos e esteróides anabolizantes, deixando os praticantes evoluírem no seu

tempo certo, sem utilização de substâncias para acelerarem seus resultados.

3.3 LESÕES: O FATOR PRIMORDIAL PARA EVITALAS

A ginástica e o treinamento resistido assim como qualquer outra prática de

atividade física sistematizada têm um papel importante no auxílio da manutenção e

promoção da saúde. Segundo Graves e Franklin (2006) os mecanismos fisiológicos

que ajudam na prevenção das lesões incluem força aumentada nos tendões,

ligamentos, cartilagem articular, tecidos conectivos e junções tendão ao osso e

ligamento ao osso.

Existe a falta de informações epidemiológicas a cerca das lesões

associadas ao treinamento resistido e a ginástica, onde percebemos na literatura as

mais diversas contradições e orientações nas estratégias adotadas para a

prevenção das lesões, muitas vezes mais baseada no senso comum do que na

ciência.

Muitas vezes, o aumento na carga ou o aumento abrupto no número de

repetições são frequentemente citadas como causas das lesões. Onde a dor

articular, inchaço ou perda de movimento são indicações freqüentes de lesões

iminentes e não deveriam ser ignoradas (GRAVES; FRANKLIN, 2006).

Ainda segundo Graves e Franklin (2006), as recomendações para

prevenir lesões musculoesqueléticas são: Aquecimento; boa técnica de execução;

aferição dos desequilíbrios/condições preexistentes e lidar com elas; utilização do

cinto lombar quando levantando cargas muito intensas; alternar os dias de trabalho

das extremidades superiores e inferiores; utilização de calçados adequados quando

Page 18: índice de lesões em academias de musculação de porto velho

18

fazendo os exercícios; orientação sobre a utilização dos equipamentos; sono e dieta

adequados; isso são prevenções básicas que qualquer pessoa pode utilizar esses

métodos para melhor rendimento na musculação, e se sofrer lesão agudamente,

procurar por cuidados médicos antes que as condições causem lesões de

compensação.

A prevenção é muito importante para quem não quer adquirir lesões em

algum esporte. Após a primeira lesão, outras lesões ficam mais vulneráveis de

surgir, pois o corpo humano é um conjunto e cada parte depende da outra. Quando

um setor do corpo fica prejudicado, outros poderão se prejudicar também. Como já

diz o ditado popular “é melhor prevenir do que remediar”.

Os profissionais de Educação Física, atuantes na área da musculação,

devem estar muito atentos às técnicas apresentadas aos praticantes. Realizar a

técnica dos exercícios de forma incorreta, com grandes cargas, aumenta, e muito, o

risco de lesões agudas e acidentes durante o treino. Quando não gera lesão aguda,

pode gerar apenas algum desconforto que, mais tarde, se transformará em uma

lesão crônica.

Meneses (1983), considera a segunda área de prevenção a ser considerada:

os equipamentos protetores. Estes devem suportar ou defender as partes do corpo

expostas a possíveis lesões e o material utilizado na sua confecção deve ser

resistente, durável e não restringir os movimentos lentos, rápidos ou bruscos, que o

atleta executar. Silva (1998), a respeito dos equipamentos de proteção, afirma que

sempre que possível, deve-se proteger as articulações mais sujeitas a movimentos

bruscos ou, ainda, aquelas que já possuam uma historia anterior de entorses.

O terceiro aspecto que deve ser analisado, de acordo com Meneses (1983),

são as regras dos esportes, que não é o caso da musculação, pois não há regras

durante os treinos, por ser um esporte individual, apenas técnicas que devem ser

observadas, estudadas e realizadas da melhor forma possível. Outro jeito de

prevenir lesões é com treinos de fortalecimento muscular, para que as cargas sejam

aumentadas de acordo com o que a musculatura do praticante suporta. Não se

alcança os resultados de um dia para o outro.

Page 19: índice de lesões em academias de musculação de porto velho

19

O processo de hipertrofia (ganho de massa muscular) deve ser gradual e o

praticante deve ter conhecimento disso e muita paciência, diminuindo a ansiedade

em adquirir ganhos musculares e evitando o uso excessivo de suplementos e

esteróides anabolizantes, os quais dão uma falsa força para quem usa, aumentando

seriamente os riscos de lesões. Aquecimentos prévios e graduais também são

importantes, para preparar as articulações, tendões e ligamentos para os exercícios,

aumentando a produção de liquido sinovial, diminuindo a viscosidade deste liquido,

aumentando a temperatura corporal e preparando o sistema cardiovascular e

respiratório para os exercícios.

3.4 O EXERÍCIO FÍSICO E AS LESÕES MUSCULARES

As pessoas devem sempre respeitar o equilíbrio na relação atividade física e

saúde, de outra forma ao invés de alcançar os benefícios esperados pode-se

acarretar prejuízos à saúde. É de grande importância que seja feita uma avaliação

sistemática do aluno antes do início do desenvolvimento de qualquer atividade física

sistematizada. Deve ser avaliado de modo permanente o nível funcional do

condicionamento físico do indivíduo, além do atestado médico liberando a prática de

determinada atividade.

Podemos perceber que os exercícios são realizados, geralmente, com

uma grande intensidade, frequência, duração e carga excessiva que poderão

provocar lesões musculares, por excesso de atividade (CLEBIS, 2001).

As lesões musculares podem ser entendidas como qualquer alteração

tecidual que resulte em dor ou desconforto e que promova um mal funcionamento do

músculo morfológica ou histoquimicamente Faulkner (apud CLEBIS, 2001). As

lesões podem ser classificadas em agudas e crônicas. Onde as lesões agudas são

frequentemente resultado de acidentes nas salas de musculação, técnicas de

aquecimento inadequado ou de não ser muito cuidadoso. A crônica é a lesão aguda

que não melhorou dentro de um período de tempo razoável (GRAVES; FRANKLIN,

2006).

Page 20: índice de lesões em academias de musculação de porto velho

20

O exagero na realização de exercícios físicos e a falta de acompanhamento

adequado dentro das academias são também motivos do aparecimento de lesões

musculares, tendinosas e ligamentares durante a prática dos exercícios. As

articulações, principalmente os joelhos, são as que mais sofrem com o peso

excessivo e as séries de exercícios constantes e de impacto. Isso porque o joelho é

a maior articulação do corpo e também a mais vulnerável, já que não é cercada por

muitos músculos. Sua estrutura é complexa envolvendo um significante número de

ligamentos (colaterais e cruzados), meniscos e tendões.

4. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

4.1 CARACTERIZAÇÃO DO ESTUDO

O estudo se caracteriza descritivo transversal por conveniência não

probabilístico, realizados pela divisão das quatro zonas da cidade (leste, oeste,

norte, sul) utilizando um método de randomização simples pareado com 21 sujeitos

de ambos os sexos distribuídos em quatro academias de Porto Velho-RO no

segundo semestre de 2015.

4.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA

Foram quatro academias da cidade de Porto Velho-RO e pesquisados 84

praticantes de musculação.

4.3 PROCEDIMENTO E INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

Foi feita a pesquisa de forma individual com 84 pessoas que responderam

um questionário quantitativo com 21 perguntas fechadas e objetivas.

Page 21: índice de lesões em academias de musculação de porto velho

21

4.4 ANÁLISES ESTATÍSTICAS

Os dados foram categorizados e analisados, em seguida, foram organizados

através de distribuição de frequências absolutas e relativas. Para verificar as

chances com maior e menor risco de índice de lesão em academia por musculação

foi utilizado odds ratio (OR) bruto e intervalo de confiança (IC95%). O programa

utilizado para análise dos dados foi o Statistical Package for Social Sciences -

SPSS, versão 17,0. O nível de significância utilizado foi de 5%.

5. RESULTADOS

No total foram avaliados 84 sujeitos de quatro academias de musculação na

faixa etária acima de 18 anos de idade, divididos em três categorias, adulto jovem

com até 30 anos, adulto maduro com idades maior que 30 e menor ou igual 59 anos,

e idoso com mais ou igual a 60 anos, de ambos os sexos, para diagnosticar as

principais lesões causadas pela prática de musculação, seus índices e suas causas,

a partir das respostas do questionário aplicado foi elaborado o perfil dos praticantes

de musculação que participaram da pesquisa que poderá ser visto na primeira

figura.

Page 22: índice de lesões em academias de musculação de porto velho

22

Figura 1. Perfil dos Participantes.

Segundo a figura 1 apresenta, na elaboração do perfil da amostra pode-se

comentar que ouve um número considerável de diferença com relação ao gênero

dos participantes, com grande predominância do sexo masculino (95,2%), já com

relação a faixa etária foi bastante equilibrada entre adulto jovem e adulto maduro,

sendo que não ouve idosos participantes da pesquisa, por ser uma população

menos comum em academias tradicionais; seguindo na parte de estado civil dos

pesquisados, onde buscou-se apenas duas categorias mais comuns, pode-se obter

os resultados de 31% dos pesquisados se encontram em uma união estável, e com

maior percentual a população solteira corespondendo 69% dos pesquisados;

Continuando a análise do perfil da amostra, nota-se que a ocupação/profissão dos

indivíduos foi um pouco diversa, sendo que, em grande maioria foram os

funcionários privados (89,2%) seguidos pelos funcionários públicos (4,8%),

autônomos e empresários (2,4%) e estudantes (1,2%).

Ao fazer a análise das respostas contidas nos questionários sobre a

frequência que os praticantes de musculação comparecem a academia

95,20%

4,80%

0 0 0

46,40% 53,60%

31%

69%

4,80% 2,40%

89,20%

1,20% 2,40%

0,00%

10,00%

20,00%

30,00%

40,00%

50,00%

60,00%

70,00%

80,00%

90,00%

100,00%

PERFIL DOS PARTICIPANTES

Page 23: índice de lesões em academias de musculação de porto velho

23

semanalmente, há quanto tempo vai à academia, o período de prática e o motivo,

pode-s obter os seguintes resultados contidos na figura 2.

Figura 2. Frequência e Motivo da prática.

Dos participantes da pesquisa 46,4% treinam menos que um ano, e 53,6%

treinam a um ano ou mais que um ano; A frequência semanal dos participantes de 1

a 2 vezes na semana foi correspondente a 40,5%, de 3 a 4 vezes na semana foi a

frequência semanal de 28,6% dos participantes e os participantes que vão 5 vezes

ou mais a academia durante a semana são 30,9%; com relação ao período da

prática dos participantes, 4,8% vão no período da tarde e 4,8% no período da

manhã, 83,3% vão a academia de noite; 3,6% vão pela parte da tarde e noite e 3,6%

vão de manhã e de tarde a academia. O motivo da prática teve como seu maior

índice o condicionamento físico, onde 66,7% dos participantes responderam ser

isso, seguindo veio a questão estética que correspondeu a 19%, hipertrofia 9,5% e

terapêutica com 4,8% dos participantes que vão a academia por esse motivo.

46,40%

53,60%

40,50%

28,60% 30,90%

4,80%

4,80%

83,30%

3,60% 3,60% 4,80%

19%

9,50%

66,70%

0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0,9

FREQUÊNCIA E MOTIVO DA PRÁTICA

Page 24: índice de lesões em academias de musculação de porto velho

24

Figura 3. Lesões na Musculação.

Dos 84 pesquisados que serviram como amostra para o presente estudo, 85,5%

correspondentes a 71 indivíduos, afirmaram não possuírem lesão, entretanto, 13

indivíduos correspondentes a 15,5% possuem lesão, os quais foram o foco principal

para o restante da pesquisa, dos que possuem ou possuíam algum tipo de lesão

causada por musculação se destacou mais a lesão no ombro (6%) seguida de

coluna com 4,8%, cotovelo (2,4%) e joelho (2,4%). O tipo de lesão mais encontrado

em os que possuem ou possuíram algum tipo da mesma é distensão muscular (6%),

torção e luxação com 3,6% cada uma também estão incluídos como tipo de lesões

encontrados, em seguida tendinite com 3,4% e hérnia de disco 1,20%.

A queixa da lesão observada na figura 3 veio de cinco fatores apresentados pela

amostra da pesquisa, que são: Exercício mal executado (7,1%), carga excessiva

(4,8%), treinamento excessivo (2,4%), falta de aquecimento (1,2%) e desvio postural

(1,2%). O tempo da lesão dos participantes da pesquisa foi de 13,1%, possuem

lesão a mais de seis meses, 3,6% possuem lesão entre 3 a 6 meses. As atitudes

15,50%

84,50%

4,80%

6,00%

2,40%

84,50%

3,60%

6% 2,40%

1,20%

83,30%

2,40%

7,10%

1,20% 4,80%

83,30%

13,10%

3,60%

83,30%

1,20%

2,40%

11,90%

84,50%

0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0,9 Le

são

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LESÕES NA MUSCULAÇÃO

Page 25: índice de lesões em academias de musculação de porto velho

25

após sofrer as lesões foram: não praticaram mais (11,9%), restrição a prática (2,4%)

e os que continuaram praticando musculação após a lesão foram 1,2%.

Figura 4. Orientações e Recomendações

Segundo a figura 4, os participantes que tiveram seus treinamentos orientados foi

de 67,8%, e 32,2% não tiveram seus treinamentos orientados; desses que foram

orientados, apenas 40,5% foram orientados por profissional habilitado, e 59,5% não

tiveram seu treinamento orientado por profissional habilitado; Os que ingressaram na

academia sem recomendações foram a maioria dos participantes, correspondentes

a 90,5% dos participantes da pesquisa, 3,6% ingressaram na academia de

musculação por recomendação de um educador físico e 6% tiveram seu ingresso

por orientação médica.

Dos dados obtidos na pesquisa foi elaborada uma tabela para entender as

chances dos riscos que podem causar lesões na musculação, acompanhe na tabela

a seguir:

Tabela 1 - Associação entre o índice de lesão em academia por musculação com as

variáveis que podem causar estas lesões.

67,80%

32,20% 40,50%

59,50%

6% 3,60%

90,50%

0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9

1

ORIENTAÇÕES E RECOMENDAÇÃO

Page 26: índice de lesões em academias de musculação de porto velho

26

Variáveis OR IC 95% p – valor

Frequência acima 5 vezes por semana 17,470 2,041 - 49,157 0,009

Profissional habilitado 1,526 1,160 - 1,731 0,000

Queixa de lesão por exercício mal

executado

1,640 1,270 – 2,120 0,000

OR = Odds Ratio (Razão de Chance)

Na tabela 1 apresentam as associações entre os índices de lesões em

academias por musculação, sendo que quem pratica musculação igual e acima de

cinco vezes por semana tem 17,470 vezes mais chance de ter risco de lesão. Quem

é supervisionado por um profissional habilitado tem 1,526 vezes menos chance de

ter risco de lesão. A queixa de lesão por exercício mal executado tem 1,64 vezes

mais chance de ter risco de lesão.

6. DISCUSSÃO

Quando analisados os dados contidos na figura 2, com o fator do motivo da

prática, podem-se obter resultados incomuns de trabalhos semelhantes, os quais

buscam identificar o motivo da prática da musculação, em grande maioria os

resultados de motivos da prática levam a maior percentual de respostas ao fator

estético, o que no trabalho de Conte et. al (2007) o qual pesquisou o perfil dos

praticantes de musculação de uma cidade do interior de São Paulo, onde obteve

uma amostra de 500 pesquisados distribuídos em cinco academias, o qual obteve o

resultado de 48,68% das mulheres da amostra buscaram a academia por fator

estético, e dos homens 41,66% se encontraram na mesma condição de motivo a

prática; já na presente pesquisa o que se houve destaque maior foi a questão de

condicionamento físico, onde 66,7% obtiveram esse objetivo como fator para prática

de musculação, e como fator estético apenas 19%.

Comentando sobre as lesões apresentadas pelos participantes da pesquisa,

de acordo com Silva (1998), ‘’a distensão é o grau menos grave entre as lesões. O

quadro clínico apresenta dor, porem não há impotência funcional, ’’ entretanto, se for

Page 27: índice de lesões em academias de musculação de porto velho

27

persistido o estresse no músculo afetado, poderá ocorrer um agravo na distensão,

além dos movimentos limitados que a dor na região proporcionará, a distensão foi a

lesão que mais apareceu entre os praticantes de musculação que participaram da

pesquisa; foi seguido por torção e luxação, ambos com a mesma porcentagem

equivalente a 3,6% ,dos pesquisados, logo após apareceu tendinite, que é um tipo

de inflamação no tendão, a tendinite, lesão mais comum entre as lesões de caráter

inflamatório, é considerada crônica e ocorre pela execução incorreta dos exercícios

de musculação; Deliberato (2007), acrescenta: “tendinite é uma distensão ou

laceração do tendão com ruptura vascular e resposta inflamatória associada”. E por

ultimo nas lesões encontradas foi à hérnia de disco (1,2%), que nem sempre está

associada somente a musculação, muitas vezes o problema se da com o dia a dia

da pessoa que pratica, assim aparecendo na musculação as dores, fazendo com

que o individuo associe a lesão com a prática da musculação.

Ao ser observado o tempo das lesões, notou-se que a maioria dos que

apresentaram lesões, estão com o tempo que ela aconteceu igual ou maior que seis

meses, que contou 13,1% da amostra pesquisada, já os que se lesionaram dentre 3

a 6 meses foram 3,6%. As atitudes tomadas após o aparecimento da lesão é o fator

principal que fará com que o tratamento dela seja eficaz, na maioria dos casos, há a

necessidade de se parar todas as atividades de musculação, que foi o que ocorreu

com a maioria dos pesquisados do presente estudo.

Segundo o presente estudo os fatores que mais podem levar o praticante de

musculação é a frequência semanal excessiva, a não orientação por profissionais

habilitados e a execução incorreta do exercício, segundo a tabela 1. Analisando a

frequência semanal dos praticantes de musculação notou-se que houve uma sutil

distribuição, os que vão à academia de uma a duas vezes na semana correspondem

a 40,5% dos pesquisados, dos que comparecem a academia 3 a 4 vezes durante a

semana são 28,6% dos entrevistados e por fim os que frequentam a academia 5 ou

mais vezes semanalmente que foram os 30,9% mostrados na figura 2. De acordo

com Moraes et. al. (2003,), “A prática de exercícios físicos deve estar enquadrada

dentro das recomendações do American College Sports of Medicine (ACSM), onde

se recomenda que para a melhoria dos componentes da aptidão cardiorrespiratória

Page 28: índice de lesões em academias de musculação de porto velho

28

é necessário que a prática ocorra em três sessões semanais, durante pelo menos 30

minutos, sendo intermitentes ou acumulados”.

Para Pyne (1997), o estresse metabólico ou mecânico induzido pelo

exercício pode ocorrer separadamente ou associado. A contribuição de ambos ao

dano muscular depende da natureza da atividade empreendida. Muitos fatores

podem contribuir na lesão induzida pelo exercício, e é possível que diferentes tipos

de exercício (concêntrico x excêntrico; alta carga e baixas repetições x baixa carga e

altas repetições) possam ter diferentes mecanismos que induzam lesão ao músculo.

Pode-se concluir que os vários tipos de protocolo de trabalho podem induzir à lesão

muscular, tendo como causa fatores diferentes, porém, os resultados encontrados

apontam para uma relação causal indutora de lesão, a de que os indivíduos que

comparecem 5 ou mais vezes na semana (mais do que o recomendável pela ACSM)

correm o maior risco de adquirir lesão.

Bompa (2000) afirma que quando é dado ao corpo um tempo muito curto de

descanso o músculo tem menor tempo para restaurar as reservas energéticas,

causando assim uma sobrecarga, podendo chegar ao estresse muscular elevado,

ocasionando possíveis lesões musculares. A fadiga muscular pode ocorrer devido as

falhas do nervo motor, da junção neuromuscular, do sistema nervoso central e

também do mecanismo contrátil. A fadiga muscular pode alterar o bom

funcionamento muscular, devido ao esgotamento de mediadores em vários níveis,

podendo estabelecer um desequilíbrio muscular, favorecendo o surgimento de

lesões.

Portanto, a prática da musculação com mais dias na semana e a execução

incorreta dos exercícios está comprovada como uns dos fatores primordiais para um

possível aparecimento de lesão. Ao se falar sobre a musculação, entende-se que há

uma necessidade de ter um acompanhamento principalmente para indivíduos

destreinados e não praticantes, então se buscou também no estudo o fator de

orientações e recomendações do praticante. Pôde-se notar no presente estudo, que

o número de profissionais habilitados com os que tiveram seus treinos orientados é

inferior, mostrando assim que ainda existe a orientação sem a devida formação para

a mesma, isso vem ser uma das causas para o aparecimento de lesão segundo a

Page 29: índice de lesões em academias de musculação de porto velho

29

tabela 1, o que leva também para o fator de execução do exercício e sobrecargas e

tempo para o descanso; sem um profissional habilitado para a descrição dos

exercícios, quanto as execuções corretas e sua periodização pode levar o praticante

a cometer erros graves que ocasionarão lesões a curto e em longo prazo.

Page 30: índice de lesões em academias de musculação de porto velho

30

CONCLUSÃO

Segundo todos os dados obtidos na pesquisa, pôde se tirar as seguintes

principais conclusões:

Há uma grande preferência de comparecer na academia no período noturno,

e o principal fator que levam a prática da musculação é o fator de condicionamento

físico seguido pelo fator estético.

A principal região do corpo em que apareceu lesão nos participantes da

pesquisa foi no ombro, e o tipo de lesão que mais apareceu foi à distensão no ombro

Pôde concluir que os índices de lesões em academias ocorreram em quem

pratica musculação igual ou acima de cinco vezes por semana, no qual faz haver

uma sobrecarga nos grupos musculares, e muitas vezes não há o descanso

adequado de recuperação para o músculo após o estresse causado por meio da

musculação; os exercícios mal executados e as atividades não são supervisionadas

por um profissional habilitado também apareceram como o principal fator de se

adquirir lesões. Há a necessidade de um Educador físico acima de todos os fatores

primeiramente, ao analisar os principais fatores, percebe-se que se obtiver

orientações necessárias sobre as periodizações dos exercícios, os tempos de

descaso e a execução correta do movimento, haverá um alto índice de se evitar uma

lesão.

Page 31: índice de lesões em academias de musculação de porto velho

31

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Page 33: índice de lesões em academias de musculação de porto velho

33

ANEXOS

ANEXO A. TERMO DE CONSENTIMENTO

FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA

NÚCLEO DE SAÚDE

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Eu__________________________________________________RG.______________,

Tendo sido CONVIDADO(A) pelo Graduando ERNESTO MONETEIRO REIS, a participar

do projeto de pesquisa “ ÍNDICE DE LESÕES EM ACADEMIAS DE PORTO VELHO-RO”

sob a orientação do Profª. Dr. Edson dos Santos Farias, compreendo que posso contribuir

neste estudo e que não me oferece risco de qualquer natureza. Estou ciente que o pesquisador

me entrevistará com o objetivo de investigar sobre os principais motivos que me levam as

lesões na prática da musculação.

Depois de completamente esclarecido(a) pelo referido pesquisador, ACEITO PARTICIPAR

DESTE ESTUDO, PODENDO INTERROMPER MINHA PARTICIPAÇÃO A

QUALQUER MOMENTO.

Porto Velho, RO,.......... de outubro/ 2015.

_____________________________________________

Assinatura do(a) PARTICIPANTE

_____________________________________________

Assinatura do PESQUISADOR RESPONSÁVEL

Ernesto Monteiro Reis, RG.591530 /RO, Rua João Paulo I, nº. 2400, Bairro Novo Horizonte,

Porto Velho, Rondônia, tel. (69) 9243-0697.

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ANEXO B. QUESTIONÁRIO PARA COLETA DE DADOS

FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA

NÚCLEO DE SAÚDE

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Você irá participar de um estudo ”ÍNDICE DE LESÕES EM ACADEMIAS DE PORTO

VELHO” organizado pelo acadêmico do Curso de Licenciatura em Educação Física -

ERNESTO MONTEIRO REIS -UNIR.

Por favor, responda as questões abaixo de acordo com suas lesões já sofridas e o

que você acha que a causou.

Questionário

Data da entrevista: ....../......./....... Data de Nascimento:_____________

1. Sexo: a) Masculino ( ) Feminino ( )

2. Estado Civil: Casado ( ) Solteiro ( )

3. Idade: a) Adultos Jovens ( Até 30 anos) b) Adultos Maduros ( de 31 a 59 anos)

c) idosos (> 60 anos)

4. Profissão: a) Funcionário Público ( ) b) Autônomo ( ) c) Funcionário Privado ( )

d) Estudante ( ) e) empresário ( ) f) outros ( ) .

5. Quanto tempo frequenta a academia? a) Menos ou igual a um ano ( ) b) mais de

um ano ( )

6. Qual a prática da frequência semanal? a) 1 a 2 vezes por semana ( ) b) 3 a 4

vezes por semana ( ) c) 5 a 6 vezes por semana d) todos os dias ( ) .

7. Período da prática? a) manhã ( ) b) tarde ( ) c) noite ( ) d) manhã/tarde ( ) e)

manhã/noite ( ) f) tarde/noite ( ) g) todos os períodos ( )

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8. Motivo que levou a prática da musculação? a)Terapêutica ( ) b) Estética ( ) c)

hipertrofia ( ) d) condicionamento físico ( ) e) outros, quais?

______________________________.

9. Você já teve dores resultadas da prática de musculação? a) sim ( ) b) não ( )

10. Você já sofreu algum tipo de lesão decorrente da prática da musculação em

ambiente da academia? a) sim ( ) b) não ( )

11. Qual região do corpo? a) coluna ( ) b) quadril ( ) c) ombro ( ) d) joelho (

) e) tornozelo ( ) f) cotovelo ( ) g) punho ( ) h) pés ( ) i) mãos ( ) j)

outros ( ) Qual (s)? _________________________.

12) Qual o tipo de lesão sofrida decorrente da prática de musculação? a) torção ( )

b) luxação ( ) c) ruptura do ligamento ( ) d) ruptura de menisco e) distensão

muscular f) entorse ( ) g) fratura ( ) h) tendinite ( ) i) hérnia de disco ( )

j) outro (s) ( ) quais ___________________________________.

13. Se sofreu lesão, qual foi a sua principal queixa? a) treinamento excessivo ( )

b) exercício mal executado ( ) c) tênis não apropriado ( ) d) falta de

aquecimento ( ) e) carga excessiva de treinamento ( ) f) falta de orientação e

acompanhamento de um profissional habilitado ( ) g) desvio postural ( )

h) outro (s)________________________.

14. Há quanto tempo ocorreu essa(s) lesão(ões)? a) Mais de 06 meses ( ) b) De

03 a 06 meses ( ) c) de 01 a 03 meses ( ) d) Lesão(ões) atual(is) ( ) .

15. Você acredita que sua(s) lesão(ões) está(ão) relacionada(s) à(s) atividade(s) que

você desenvolve na academia? a) sim ( ) b) não ( ) .

16. Você seque algum programa de treinamento (séries, carga, aparelhos e

repetições) elaborado ou proposto pelo instrutor de musculação da academia? a)

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sim, sempre ( ) b) Sim, às vezes ( ) c) Não, porque eu sei malhar sozinho

( ) d) Não ( ).

17. Qual a sua atitude após a lesão? A) Continuou a fazer as atividades, pois essa

dor logo iria passar ( ) b) deixou de fazer apenas algumas atividades ( ) c)

Deixou de fazer todos os exercícios ( ).

18. A prática da musculação é supervisionada por um profissional habilitado?

A) sim ( ) b) Não, se sim, qual a profissão? _________________________.

19. Algum tipo de lesão na academia foi necessário intervenção cirúrgica?A) sim ( )

B) Não ( )

20. Se, já ocorreu lesão no ambiente da academia, sem qual(s) modalidade(s)? e

número de vezes que ocorreu? A) Musculação ( ) B) ginástica ( ) c) lutas ( )

d) Outro(s) ( ) qual(s)? __________________. N° vezes

__________________________.

21. Você pratica musculação por recomendação? Se sim, a) Médica ( ) b)

Educador Físico ( ) c) Fisioterapeuta ( ) d) outra (s)

_________________________. NÃO ( )