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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MICHELL DOS REIS KFOURI EFEITO AGUDO DA CINESIOTERAPIA E DA CINESIOTERAPIA ASSOCIADA À CORRENTE RUSSA Tubarão 2007

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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA

MICHELL DOS REIS KFOURI

EFEITO AGUDO DA CINESIOTERAPIA E DA CINESIOTERAPIA ASSOCIADA À

CORRENTE RUSSA

Tubarão

2007

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MICHELL DOS REIS KFOURI

EFEITO AGUDO DA CINESIOTERAPIA E DA CINESIOTERAPIA ASSOCIADA À

CORRENTE RUSSA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Fisioterapia da Universidade do Sul de Santa Catarina, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Fisioterapia.

Orientador: Prof. Msc. Ralph Fernando Rosas

Tubarão

2007

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MICHELL DOS REIS KFOURI

EFEITO AGUDO DA CINESIOTERAPIA E DA CINESIOTERAPIA ASSOCIADA À

CORRENTE RUSSA

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado à obtenção do título de Fisioterapia e aprovado em sua forma final pelo Curso de Graduação em Ciências da Linguagem da Universidade do Sul de Santa Catarina.

Tubarão, 26 de novembro de 2007.

______________________________________________________ Professor e orientador Ralph Fernando Rosas, MSc.

Universidade do Sul de Santa Catarina

______________________________________________________ Prof. Alexandre Figueiredo Zabot

Universidade do Sul de Santa Catarina

______________________________________________________ Prof. Rafael Nascimento dos Santos

Universidade do Sul de Santa Catarina

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Dedico este trabalho a todos os que

acreditaram no meu potencial.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus.

Em segundo lugar, agradeço a todos àqueles que, de forma direta ou

indireta contribuíram para a conclusão de mais esta importante etapa de minha

caminhada.

Ao meu orientador pela paciência e dedicação dispensadas.

Aos meus pais por todo incentivo e apoio.

E a todos os demais, agradeço.

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RESUMO

A utilização da cinesiotereapia associada à corrente russa tem sido, nos

últimos anos, uma ótima alternativa no sentido de proporcionar força e hipertrofia

muscular. Entretanto, os poucos estudos que existem sobre o assunto apontam

essencialmente a utilização destes procedimentos junto à moléstias específicas, não

havendo muitas pesquisas no sentido de mostrar os efeitos a curto prazo da

utilização tanto da cinesioterapia, quanto desta associada à corrente russa. Este

trabalho teve por objetivo analisar os efeitos agudos da cinesioterapia e da

cinesioterapia associada à corrente russa, e pode ser classificado como sendo uma

pesquisa de caráter experimental. Dois grupos foram pesquisados, cada um

composto por seis indivíduos escolhidos de maneira aleatória e conforme critérios

pré-definidos. Os grupos ficaram dispostos como grupo A, onde foi realizado um

programa de cinesioterapia e; grupo B, com um programa composto pela aplicação

da cinesioterapia associada à corrente russa. Para obterem-se os resultados, os

grupos foram avaliados antes e depois da aplicação dos programas supracitados.

Foram analisadas a flexibilidade (através da aplicação do teste de finger-floor), e a

perimetria da coxa a 10, 15 e 20 cm acima da borda suprapatelar. Para análise

estatística, utilizou-se o teste não-paramétrico de Wilcoxon para amostras

dependentes. Levando em consideração as condições experimentais deste estudo,

concluiu-se que os resultados da aplicação tanto da cinesioterapia quanto desta

associada à corrente russa apontaram para uma não-significância, segundo o teste

de Wilcoxon para amostras dependentes, ou seja, as aplicações dos procedimentos

não eliciaram respostas significativas.

Palavras-chave: Cinesioterapia; Corrente Russa; Finger-floor,

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ABSTRACT

The use of the cinesiotereapia associated with the Russian chain has

been, in recent years, an excellent alternative in the direction to provide to force and

muscular hipertrofia. However, the few studies that exist on the subject point

essentially the use of these procedures next to the specific diseases, not having

many research in the direction in such a way to show the effect short-term of the use

of the cinesioterapia, how much of this associate to the Russian chain. This work had

for objective to analyze the acute effect of the cinesioterapia and the cinesioterapia

associated with the Russian chain, and can be classified as being a research of

experimental character. Two groups had been searched, each one composition for

six chosen individuals in random and in agreement way predefined criteria. The

groups had been made use as group, where a program of cinesioterapia e was

carried through; group B, with one programs composition for the application of the

cinesioterapia associated with the Russian chain. To get the results, the groups had

been evaluated before and after the application of the above-mentioned programs.

Flexibility (through the application of the finger-floor test), and the perimetria of the

thigh had been analyzed the 10, 15 and 20 cm above of the edge suprapatelar. For

analysis statistics, the not-parametric test of Wilcoxon for dependent samples was

used. Leading in consideration to the experimental conditions of this study, test of

Wilcoxon for dependent samples was concluded according to that the results of the

application in such a way of the cinesioterapia how much of this associate to the

Russian chain they had pointed with respect to a not-significance, that is, the

applications of the procedures did not eliciaram significant answers.

Word-key: Cinesioterapia; Russian chain; Finger-floor.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 9

1.1 TEMA DE PESQUISA ......................................................................................... 10

1.2 PROBLEMA DE PESQUISA ............................................................................... 10

1.4 JUSTIFICATIVA .................................................................................................. 10

1.5 OBJETIVOS ........................................................................................................ 11

1.5.1 Objetivo Geral ................................................................................................. 11

1.5.2 Objetivos Específicos .................................................................................... 12

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................. 13

2.1 ESTRUTURA E FUNÇÃO DO MÚSCULO ESQUELÉTICO ............................... 13

2.1.1 Movimentos da articulação do quadril ......................................................... 14

2.1.2 Reto femoral ................................................................................................... 15

2.2 FLEXIBILIDADE .................................................................................................. 15

2.3 ELETROESTIMULAÇÃO NEUROMUSCULAR .................................................. 16

2.3.1 Aspectos Fisiológicos da Eletroestimulação .............................................. 17

2.4 CORRENTE RUSSA ........................................................................................... 17

2.4.1 Indicações e contra indicações da corrente russa ..................................... 18

2.6 EXERCÍCIO RESISTIDO - CINESIOTERAPIA ................................................... 20

2.6.1 Exercícios resistidos manualmente.............................................................. 20

2.6.2 Exercícios resistidos mecanicamente .......................................................... 21

2.7 MÉTODO DE UMA REPETIÇÃO MÁXIMA – 1 RM ............................................ 21

2.8 TESTE FINGER-FLOOR ..................................................................................... 22

3 MÉTODOS ............................................................................................................. 24

3.1 POPULAÇÃO/AMOSTRA ................................................................................... 24

3.2 MATERIAIS ......................................................................................................... 25

3.3 MÉTODOS .......................................................................................................... 25

3.4 ANÁLISE DOS DADOS ....................................................................................... 26

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4 APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS ............................... 27

4.1 GRUPO 1 – CINESIOTERAPIA .......................................................................... 27

4.2 GRUPO 2 – CINESIOTERAPIA ASSOCIADA À CORRENTE RUSSA ............... 29

4.3 DISCUSSÃO DOS DADOS ................................................................................. 29

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 31

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 32

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1 INTRODUÇÃO

Vivemos em um momento histórico onde o conceito de qualidade de vida

tem adquirido um status cada vez maior, de modo que, a preocupação com a saúde

tem sido uma constante na vida de um número cada vez maior de pessoas. Excesso

de peso, inatividade física, alimentação inadequada, poluição e até o aquecimento

global inquietam em escala exponencial.

A cada dia que passa os meios de comunicação em massa, referendados

por pesquisas e estudos acadêmicos, promovem, alardeiam e instruem a população

a manter níveis de qualidade de vida adequados. Atividade física, uma dieta

apropriada, boas noites de sono, ser feliz e viver perto de quem se gosta, tornam as

pessoas mais saudáveis. Invariavelmente a manutenção da saúde passa pela

prática de atividade física, que pode apresentar-se sob várias formas, seja correr,

nadar, praticar esportes, ou mesmo praticar musculação.

A atividade física é inexoravelmente ligada qualidade de vida em todas as

suas definições conceituais. Dentre várias possibilidades já conhecidas pelo público

leigo estão o tratamento e controle do diabetes, hipertensão arterial, obesidade,

problemas respiratórios, depressão, concentração, entre muitos outros benefícios.

Além disso, tudo (e muito mais), o exercício físico é comumente utilizado para

condicionamento físico, bem-estar geral e, objetivo desse estudo, ganho de

flexibilidade e massa muscular.

O exercício com resistência, que chamaremos de cinesioterapia (terapia

do movimento), é um exercício realizado pelo indivíduo contra uma resistência. Essa

resistência pode ser proporcionada manualmente ou mecanicamente. Como

exemplos de resistências mecânicas, podemos citar os pesos ou mesmo os

aparelhos de musculação comumente utilizados em academias de ginástica. Apesar

de ser este o método mais comum para se trabalhar a musculatura e a flexibilidade,

há outras formas de obter-se hipertrofia muscular, como por exemplo, a corrente

russa, técnica utilizada especialmente pela fisioterapia.

De acordo com Low; Reed (2001), A corrente russa descoberta por um

ucraniano na década de 1970 é uma corrente de média freqüência (2.500 Hz)

indicada para o fortalecimento muscular e mudança na função do tecido muscular,

sua aplicação tem sido, ao lado da cinesioterapia, um dos recursos mais utilizados

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no dia-a-dia fisioterapêutico para se produzir fortalecimento, hipertrofia e mudança

na função do tecido muscular.

Os benefícios proporcionados pela aplicação da cinesioterapia e da

corrente russa, aparecem, no mundo de hoje, como uma opção àquelas pessoas

que têm uma vida excessivamente atribulada e muitas vezes não fazem atividade

física por simplesmente serem preguiçosas ou desinteressadas, e sim por não terem

tempo em suas vidas para fazê-la. Nesse ínterim, seria interessante haver meios em

que as pessoas conseguissem os efeitos do exercício mais rapidamente ou que se

conseguisse mais efetividade com menos trabalho do indivíduo.

Todavia, os estudos e a aplicação dos procedimentos supracitados são

em sua maioria, direcionados aos efeitos de longo prazo, não havendo um número

suficiente de estudos que descrevam os efeitos agudos, ou seja, a curto prazo da

utilização da corrente russa e da cinesioterapia.

Diante das considerações anteriores, estabelece-se o tema de pesquisa:

1.1 TEMA DE PESQUISA

Efeitos de curto prazo da cinesioterapia e da corrente russa.

1.2 PROBLEMA DE PESQUISA

Qual o efeito agudo da aplicação da cinesioterapia e da cinesioterapia

associada à corrente russa?

1.4 JUSTIFICATIVA

As disciplinas de cinesioterapia e a de recursos

eletrotermofototerapêuticos são dadas na primeira metade do curso. Prova de que

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são métodos básicos, úteis, vantajosos e altamente utilizados dentro do contexto de

um fisioterapeuta.

Muitos estudos separados de cinesioterapia e de corrente russa já foram

feitos e alguns até relacionando ambos. Por exemplo, sabe-se que a corrente russa

consegue ativar 30 a 40% a mais das unidades motoras do que nos exercícios

comuns e nos tratamentos convencionais (EVANGELISTA et. al, 2003), obtendo

melhores resultados em tempos mais curtos e com menor esforço físico. E ainda,

pode ser utilizada na complementação aos programas de atividade física.

Todavia, estudos mostrando os efeitos agudos do exercício e

principalmente da corrente russa não estão em voga na literatura. Partindo da idéia

que a população comum está procurando mais e mais maneiras de realizar alguma

atividade física para que as torne mais saudável com mais efetividade e até mais

rapidez surgiu à idéia desse estudo de analisar os efeitos de curto prazo da

cinesioterapia e da corrente russa.

Por conseguinte, por tudo que foi dito acima, faz-se necessário ampliar o

leque de estudos a respeito do exercício e da corrente russa em relação a efeitos

agudos, mesmo porque foram encontrados parcos estudos a respeito dos efeitos

agudos do exercício, sendo que todos eles direcionavam a alguma patologia pré-

definida (artrite reumatóide, gonartrose, coronariopatias e outros), e insuficientes

estudos a respeito dos efeitos agudos da corrente russa (foram encontrados a

respeito de outros tipos de estimulação elétrica e sobre dor).

1.5 OBJETIVOS

1.5.1 Objetivo Geral

Analisar o efeito agudo da aplicação da cinesioterapia e da cinesioterapia

associada à corrente russa.

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1.5.2 Objetivos Específicos

• Verificar a eficácia em curto prazo da aplicação de um programa de cinesioterapia no aumento da perimetria da coxa e da flexibilidade;

• Verificar a eficácia em curto prazo da aplicação de um programa de cinesioterapia associada à corrente russa no aumento da perimetria da coxa e da flexibilidade;

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 ESTRUTURA E FUNÇÃO DO MÚSCULO ESQUELÉTICO

De acordo com Enoka (2000), os músculos são máquinas moleculares

que transformam energia química em força, sendo que suas propriedades incluem

irritabilidade, condutividade, contratilidade e adaptabilidade. O músculo esquelético é

composto por células fundidas nas quais as estriações são bem definidas.

Dângelo; Fattini (1995) afirma que as chamadas células musculares

especializam-se para a contração e o relaxamento. Estas células agrupam-se em

feixes para formar massas macroscópicas denominadas músculos, os quais se

acham fixados nas extremidades.

Os tecidos musculares têm a capacidade de se encurtar ativamente e de se alongar passivamente e são classificados de acordo com suas funções. Músculo liso de controle involuntário está associado aos órgãos ocos do organismo; músculo cardíaco, responsável pelo bombeamento do sangue e músculo esquelético responsável pela movimentação das articulações do corpo (CHAD; STARKEY, 2001, p. 374).

Segundo Chad; Starkey (2001), a fibra do músculo esquelético é

classificada segundo a intensidade e duração da contração que ela produz. As fibras

musculares do tipo I (oxidativa) produzem contração de baixa intensidade, mas pelo

fato de usarem o sistema de energia aeróbica, as contrações podem ser mantidas

por longo período de tempo. Como elas demoram a entrar em fadiga, essas fibras

predominam nos músculos posturais (músculos eretores da espinha e os do grupo

quadríceps femoral). As fibras musculares do tipo II (glicolítica) usam,

principalmente, o sistema de energia anaeróbica e produzem contração de alta

intensidade e de curta duração, além de gerarem contrações explosivas do músculo.

Ainda de acordo com o autor supracitado, as fibras musculares devem ser

citadas também, porque atuam de modo inverso nos dois métodos propostos. As

fibras musculares lentas, que também são chamadas tipo I, ou fibras vermelhas, são

de contração lenta, pois são altamente vasculares, predominam nos músculos

posturais e são mais resistentes à fadiga. As fibras musculares rápidas, que também

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são chamadas de tipo II ou fibras brancas, são de contração rápida e de menor

vascularização.

Fibras do tipo II A – possui elevado potencial oxidativo e glicolítico, resistentes à fadiga, produção de força relativamente alta e com diâmetro de 28 milímetros. Fibras do tipo II B – grande capacidade glicolítica, sensíveis à fadiga, têm alta produção de força e com diâmetro de 46 milímetros. Fibras do tipo II C – intermediárias entre II A e II B, pouco diferenciadas e representam cerca de 1% do total das fibras (SALGADO, 1999, p. 77).

O processo de contração muscular pode ser explicado. Conforme Foss e

Ketcyian (2000), quando os sarcômeros de um músculo se contraem, em

comparação com o estado de repouso a zona H desaparece, pois os filamentos de

actina deslizam por sobre os filamentos de miosina, na direção do centro do

sarcômero; a faixa I se encurta, pois os filamentos de actina presos às linhas Z de

ambos os lados do sarcômero são pressionados na direção do centro; o

comprimento da faixa A não se modifica, e nem os filamentos de miosina, nem os de

actina modificam seu comprimento, graças à mecânica do deslizamento ou da

interdigitação.

Segundo Chad; Starkey (2001), os tecidos musculares são aquecidos ou

esfriados por meio da condução dos tecidos que os recobrem. O fluxo de sangue

quente e o aumento do metabolismo da célula, como verificado durante o exercício,

também aumentam a temperatura dos músculos. Em algumas circunstâncias, uma

corrente elétrica direta pode provocar o encurtamento das fibras musculares, mas

em geral é o estímulo dos nervos motores que produz contrações musculares

terapêuticas.

2.1.1 Movimentos da articulação do quadril

A articulação do quadril é triaxial, tendo movimentos nos três planos, sobre os três eixos: flexão e extensão no plano sagital, sobre o eixo látero-lateral, abdução e adução no plano frontal sobre ântero-posterior e rotação lateral e medial no plano horizontal, sobre um eixo longitudinal. (BEHNKE, 2004, p. 183).

Ainda de acordo com Behnke (2004) são os músculos flexores os

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extensores, os abdutores, os adutores e os rotadores a que criam estes seis

movimentos.

2.1.2 Reto femoral

Behnke afirma que (2004) o reto femoral é parte do poderoso grupo de

quatro músculos conhecidos com quadríceps femoral. Três deles, o vasto lateral, o

vasto intermédio e o vasto medial, atravessam a articulação do joelho, mas o reto

femoral atravessa o joelho e o quadril. Esse músculo origina-se na espinha ilíaca

ântero-inferior e insere na tuberosidade da tíbia, rivalizando movimentos de flexão do

quadril e age também como abdutor fraco.

2.2 FLEXIBILIDADE

Conforme Mcardle; Katch (2003) existem dois tipos de flexibilidade: a

flexibilidade estática, que compreende a amplitude movimento (ADM) plena de uma

articulação específica e a flexibilidade dinâmica, torque ou resistência encontrado

quando a articulação se movimenta através de sua ADM. Em geral os testes de

campo avaliam indiretamente a flexibilidade estática através da mensuração linear

da ADM.

Baseando-se na relação da flexibilidade e ADM articular, testes clínicos

são aplicados para avaliar a normalidade ou limitação da ADM. Esses testes são

caracterizados por movimentos que aumentam a distância entre origem e inserção

muscular, literalmente alongando o músculo em questão com o objetivo de testá-lo

(CARREGARO, 2007).

De acordo com Wilmore; Costil (2001), o treinamento produz menos

melhoras na velocidade e na agilidade do que o faz na potência, na resistência

muscular, na flexibilidade e na resistência cardiorrespiratória. A flexibilidade por sua

vez, é perdida bem mais rapidamente durante a inatividade. Por essa razão ela deve

ser trabalhada o ano todo.

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2.3 ELETROESTIMULAÇÃO NEUROMUSCULAR

Salgado (1999), afirma que é possível estimular um músculo passando

uma corrente elétrica através dele ou de seu nervo periférico. A esta criação de

potenciais de ação em células estimuláveis com impulsos elétricos (ativação

artificial) chamamos eletroestimulação.

Em 1977 o pesquisador russo Kots que desenvolveu a técnica de estimulação, relatou que EENM produziria ganho de força muscular nos atletas de elite que estão 30 a 40% melhor preparados em relação ao incremento de força adquirida através de exercícios isolados. Esses incrementos acentuados de força adquiridos pela elicitação de contrações musculares foram 10 a 30% maiores que aqueles conseguidos pela contração muscular voluntaria máxima (ROBINSON; SNYDER-MACKLER, 2001, p. 147).

De acordo Com Robinson; Snyder-Mackler (2001), A EENM

(eletroestimulação neuromuscular) consiste na diminuição do potencial de repouso

da membrana até o seu limiar com uma corrente elétrica aplicada superficialmente

na pele. A corrente ideal é aquela que permite reduzir a diferença potencial e

desencadear um potencial de ação da maneira mais confortável possível para o

indivíduo, em outras palavras, os parâmetros devem ser os mínimos (intensidade,

energia e duração.

Low e Reed (2001) descrevem vários tipos de freqüências que ocorrem

em diferentes tipos de aparelhos de estimulação elétrica: as estimulações de baixa

freqüência, de média freqüência, as correntes interferenciais e as correntes de alta

freqüência. Estimulação de baixa freqüência ocorre quando o pulso de corrente

despolariza a fibra nervosa. A freqüência de repetição do pulso pode ser de até

1.000Hz. Os pulsos podem ser todos em uma direção – unifásicos – ou em ambas

as direções – bifásicos. Pulsos utilizados para a estimulação do músculo através do

nervo motor com freqüência entre 30 Hz e 100 Hz podem ser chamados de pulsos

farádicos, utilizados para a musculatura inervada.

Estimulação considerada de média freqüência tem freqüências de repetição de pulso maiores que 1.000Hz. Nessa freqüência, cada fase de corrente não pode estimular um impulso nervoso, já que os pulsos que se sucedem caem no período refratário. Os métodos usuais para permitir a repolarização de membrana nervosa são a modulação da amplitude ou interrupção (corrente russa). (LOW; REED, 2001, p. 69)

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As correntes interferenciais produzem duas correntes de média freqüência

levemente diferentes uma da outra, porém, interferem umas nas outras. Desse

modo, uma nova corrente resultante é estabelecida. A amplitude resultante em

qualquer ponto dado é a soma de duas amplitudes de correntes individuais, de modo

que onde dois picos ou duas depressões coincidirem, elas se tornarão maiores, mas

onde um pico e uma depressão coincidirem, eles se cancelarão. As correntes de

altas freqüências de milhões de Hertz não podem estimular nervos ou músculos,

pois se alteram rápido demais e são usadas terapeuticamente.

2.3.1 Aspectos Fisiológicos da Eletroestimulação

Para Nelson; Hayes; Currier (2003), a estimulação elétrica aplicada

através da superfície da pele sobre uma parte do sistema neuromuscular intacto

pode evocar um potencial de ação no músculo ou fibra nervosa que é idêntico

àqueles potenciais de ação gerados fisiologicamente. No entanto, a ordem de

recrutamento voluntário das unidades motoras é diferente daquele eliciada

eletricamente, desse modo, o tipo e o número de unidades motoras ativas e a

fatigabilidade da contração muscular evocada eletricamente serão diferentes das

contrações musculares voluntárias.

As alterações nos processos fisiológicos podem ocorrer em vários níveis do sistema como um todo, uma vez que a corrente elétrica é conduzida através de um meio biológico condutor. Funcionalmente quatro níveis podem ser identificados: celular, tecidual, segmentar e sistêmico. (NELSON, HAYES; CURRIER, 2003, p. 95).

2.4 CORRENTE RUSSA

Consiste em uma corrente de média freqüência homogeneamente alternada de 2.500 Hz, aplicada como uma série de disparos separados. Ocorrem 50 períodos de 20ms de duração que consistem em um disparo de 10 ms e um intervalo de 10 ms. Cada disparo de 10 ms contém 20 ciclos de corrente alternada, 50 fases de 0,2 ms de duração (LOW; REED, 2001, p. 69).

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18

Kots apud Low; Reed (2001), descreveu a Corrente Russa, como sendo

uma corrente portadora de uma freqüência média de 2500 Hz, modulada em 50 Hz,

intercalada por períodos de 10 ms, os quais a corrente não flui. Esta freqüência

encontra-se distribuída em uma corrente alternada e polifásica, de característica

senoidal (produzida em um modo de burst) ou quadrada, com pulso variando de 50

a 250 ìs.

A Corrente Russa comparada com as demais correntes apresenta várias vantagens: (1) menor resistência à passagem, pois quanto maior a freqüência, menor será a resistência presente, e consequentemente mais agradável a corrente se tornará; (2) a tensão muscular eletricamente provocada é mantida por um tempo mais longo, causando assim, também um estímulo de crescimento muscular mais intensivo; e, (3) é possível um treinamento isolado de importantes grupos musculares (WEINECK apud DOMINGUES, 2000, p.47).

2.4.1 Indicações e contra indicações da corrente russa

Segundo Nelson; Hayes; Currier (2003), a estimulação elétrica

neuromuscular pode ser usada para reeducar músculos que estiverem

temporariamente paralisados, ou com sua ativação voluntaria reduzida ao mínimo ou

músculos que estejam assumindo um novo papel por causa de substituições

funcionais ou cirurgicamente induzidas.

Indicações clínicas para NMES com unidades motoras intactas são numerosas. Se a NMES e suas características específicas forem escolhidas adequadamente, com base numa avaliação cuidadosa da debilidade neuromuscular, sua aplicação poderá ser componente eficaz na intervenção. (NELSON; HAYES; CURRIER, 2003, p. 159).

Ainda de acordo com os autores acima referenciados, a estimulação

elétrica neuromuscular também tem sido usada no tratamento das limitações da

amplitude de movimento (ADM) das articulações devido a restrições dos tecidos

moles ou fraqueza. A performance muscular é facilitada pela NMES por meio da

mobilização da articulação na ADM disponível ou de seu aumento.

Para Nelson, Hayes e Currier (2003), o principal efeito fisiológico da

corrente russa ocorre em nível celular, mas também ocorre indiretamente em níveis

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teciduais, segmentares e sistêmicos, assim como em outras unidades. A corrente

russa pode ser usada efetivamente para ganho de força muscular, aumento de ADM

articular, redução de edema crônico, contanto que a estimulação motora e a

contração muscular resultantes sejam suficientemente fortes.

Parafraseando Kitchen (2001), pode-se afirmar que a NMES é indicada

nos casos de hipotonia muscular, fortalecimento e aumento de tônus muscular;

melhora da performance de atletas; reeducação postural; estimulação do fluxo

sangüíneo e linfático.

Ainda de acordo Kitchen (2001), sua contra-indicação está presente em

marcapasso, doença vascular periférica, especialmente quando há a possibilidade

de trombos se soltarem, indivíduos hipertensos e hipotensos, pois a EENM pode

afetar as respostas autônomas, áreas de excesso de tecido adiposo; indivíduos

obesos podem necessitar de níveis elevados de estímulos podendo acarretar

alterações autônomas, tecidos neoplásicos, áreas de tecidos com infecção ativa,

pele desvitalisada, sobre os seios carotídeos, gestação em qualquer fase e prótese

metálica no local da aplicação.

Segundo, Starkey (2001) a estimulação elétrica neuro-muscular (EENM)

estimula os nervos motores de grande diâmetro do tipo IIb a se contraírem antes das

fibras do tipo I, é fácil concluir que o vigor da contração aumenta, considerando-se

que as fibras do tipo IIb são capazes de produzir mais força.

“Em uma extensa revisão, Lloyd et al. (1986), concluíram que em geral a

estimulação elétrica não era um substituto satisfatório para a atividade voluntaria.”

(LOW; REED, 2001, p. 85).

No entanto, inúmeros estudos mostraram que a estimulação elétrica leva a ganhos de força similares ou em alguns poucos casos até maiores do que quando o exercício voluntario é feito sozinho. Reunindo vários desses estudos, o ganho médio de força decorrente da estimulação elétrica seria de 20-25% em aproximadamente um mês, variando desde nenhum aumento de força até 50% de aumento. (LOW; REED, 2001, 85).

Segundo Hoogland apud Evangelista et al, (2003b), sob condições

normais, o músculo pode ativar de 30% a 60% de suas unidades motoras

dependendo da extensão do treinamento”. O autor confirma ainda a importância da

EENM no ganho de força quando define alguns benefícios extras tais como:

consegue-se ativar 30% a 40% mais das unidades motoras com corrente elétrica de

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média freqüência que nos exercícios comuns e os tratamentos convencionais. Pois

com a estimulação elétrica ocorre a modulação do nervo motor alfa e não

despolarização do neurônio, tal como no movimento ativo, possuindo a EENM,

características de despolarização artificial que tornam possível ativar todas as

unidades motoras simultaneamente, produzindo assim, um aumento da força em

curto prazo.

2.6 EXERCÍCIO RESISTIDO - CINESIOTERAPIA

Pode-se afirmar que o músculo se tornará mais forte, à medida que ele se contrai e faz-se uma resistência contra ele após um determinado período de tempo. Podem ocorrer mudanças adaptativas em um músculo através do uso de exercícios terapêuticos se a capacidade metabólica do músculo for progressivamente sobrecarregada. O músculo que é um tecido contrátil torna-se mais forte como resultado da hipertrofia das fibras musculares e o aumento do recrutamento de unidades motoras no músculo. À medida que a força de um músculo aumenta, aumenta também a resposta cardiovascular do músculo, de modo que a sua resistência à fadiga e potencia também aumentam. (KISNER; COLBY, 1998, p. 55)

O exercício resistido pode ser denominado também como cinesioterapia

resistida.

2.6.1 Exercícios resistidos manualmente

De acordo com Kisner; Colby (1998) tratam-se de exercícios, na qual a

resistência é imposta pelo terapeuta. Conquanto a quantidade de resistência não

possa ser mensurada quantitativamente, essa técnica é útil nos estágios iniciais de

um programa de exercícios quando o músculo a ser fortalecido está fraco e pode

vencer apenas a uma resistência fraca ou moderada. Pode ser útil quando a ADM

articular precisa ser bem controlada.

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2.6.2 Exercícios resistidos mecanicamente

É um exercício ativo no qual a resistência é feita por equipamento ou

aparelho mecânico. A quantidade de resistência pode ser mensurada

quantitativamente e progredir com o tempo. Geralmente é usado em programas de

exercícios resistidos específicos e também é útil quando a resistência a ser vencida

é maior do que o terapeuta pode aplicar (KISNER; COLBY, 1998, p. 56).

2.7 MÉTODO DE UMA REPETIÇÃO MÁXIMA – 1 RM

De acordo com Pereira; Gomes (2003), a crescente demanda pelo

treinamento contra resistência (musculação) tem incentivado a procura de

parâmetros bem estabelecidos para a prescrição dos exercícios.

Para isso, são realizados testes de força, onde os métodos onde os

métodos utilizados ficaram crescentemente mais sofisticados. Conforme Abadie;

Wentworth (2000) o método considerado como sendo o melhor é o teste de uma

repetição máxima, ou 1-RM, isso se refere ao peso máximo, ou carga, levantado de

uma só vez.

Pereira; Gomes (2003) relatam que operacionalmente o teste de uma

repetição máxima (1-RM – também designada uma execução máxima) é definido

como a maior carga que pode ser movida por uma amplitude específica de

movimento uma única vez e com execução correta.

Para testar 1-RM de determinado grupo muscular, é escolhido um peso

inicial apropriado próximo, porém abaixo da capacidade máxima de levantamento do

indivíduo. Se foi completada uma repetição, acrescenta-se mais peso ao dispositivo

do exercício, até ser alcançada a capacidade máxima de levantamento.

Dependendo do grupo muscular avaliado, os aumentos de peso variam

habitualmente entre 1 e 5 kg (McARDLE; KATCH, F.; KATCH, V., 1998).

Bittencourt (1986 apud MARINS; GIANNICHI, 2003), acrescenta que o

Teste de Carga Máxima (TCM) ou 1-RM, ainda permite um acompanhamento da

evolução muscular e pode ser aplicado de duas formas, uma crescente e a outra

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decrescente. Na forma crescente o procedimento do teste consiste em se adicionar

um peso gradativo até que o testando não consiga realizar nenhum movimento. E

pela forma decrescente, inicia-se com uma carga máxima, que não permite ao

testando executar o movimento; a seguir diminui-se, gradativamente, a carga até um

determinado ponto, quando será possível a execução do exercício.

Delorme e Watkins em 1948 enunciaram o método de 1-RM como um dos primeiros programas de exercícios para desenvolvimento máximo de força. Em seu programa, estes utilizaram 10 repetições máximas (10-RM), isto é, a carga máxima que podia ser levantada 10 vezes. Para cada grupo muscular a ser treinado, o programa de exercícios consistia em um total de 30 repetições por sessão de treinamento, divididas em três séries de10 repetições (FOSS; KETCYIAN, 2000, p. 165).

A seleção do número de repetições deve ser de acordo com os objetivos

do avaliador. Bittencourt (1986 apud MARINS; GIANNICHI, 2003), apresente uma

proposta de repetições adequadas de acordo com o objetivo, diferenciando ainda

em movimentos para diversas partes corporais (quadro 2).

2.8 TESTE FINGER-FLOOR

O paciente fica em pé com os joelhos estendidos e levas braços e as

mãos estendidas em direção ao chão, paralelamente. Mede-se então, a distancia

entre a ponta dos dedos e o chão ou indicasse a altura alcançada pelos dois dedos

(BUCKUP, 2000, P. 146).

Segundo Buckup (2001), este teste é uma combinação de movimentos,

nos quais atuam componentes como a articulação do quadril e da coluna vertebral,

sendo que uma boa movimentação do quadril pode compensar uma possível

anquilose da coluna vertebral. Juntamente com a mensuração da distância entre o

dedo médio e o chão, o terapeuta deve ficar atento ao perfil da coluna em flexão, ou

seja, se a cifose é harmoniosa ou fixa. Observam-se ainda os seguintes pontos:

encurtamento da musculatura isquiotibial; existência de um sinal de Laségue;

mobilidade das vértebras lombares; função do quadril; irritação da raiz nervosa da

perna. Clinicamente a distância entre as pontas dos dedos e o chão é importante na

avaliação dos efeitos terapêuticos da aplicação de inúmeros procedimentos.

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Figura 1 – Teste de finger-floor

Fonte: CARREGARO et. al, 2007.

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3 MÉTODOS

O presente projeto analisou dois grupos, onde um grupo foi tratado com

cinesioterapia e o outro com cinesioterapia associada à corrente russa, os indivíduos

foram selecionados através de uma previa avaliação realizada na clínica escola de

fisioterapia da Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL – Campus Tubarão.

Quanto ao nível a pesquisa, é caracterizada como explicativa. Segundo

Leonel (2005, p. 70), a pesquisa explicativa tem como preocupação fundamental

identificar fatores que contribuem ou agem como causa para a ocorrência de

determinados fenômenos.

O procedimento da coleta dá-se como experimental. Rudio (1998, p. 72)

diz que este método “[...] está interessado em verificar a relação de causalidade que

se estabelece entre as variáveis, isto é, em saber se X (independente) determina a

variável Y (dependente)”.

3.1 POPULAÇÃO/AMOSTRA

A população será composta de indivíduos homens, sadios, com idade

entre 18 e 25 anos, e alunos de cursos da área da saúde da Universidade do Sul de

Santa Catarina – UNISUL – Campus Tubarão.

A amostra estudada nesta pesquisa é composta por dois grupos de 6

indivíduos, devidamente sorteados e enquadrados nos seguintes critérios:

Critérios de inclusão: sexo masculino; idade entre 18 e 25 anos; IMC,

normal, ser inativo;

Critérios de exclusão: apresentar lesão ortopédica em coluna lombar e/ou

membros inferiores; apresentar dor em membro inferior (de qualquer origem ou

forma); ser tabagista; ser etilista; fazer uso de anabolizantes; ter realizado cirurgia

em membro inferior nos últimos 2 anos; ter problemas respiratórios e, fazer uso de

corticóide.

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3.2 MATERIAIS

Maca, aparelho de corrente russa Endophasys-R da marca KLD,

eletrodos adesivos descartáveis da marca Valetrode, travesseiros, álcool, fita métrica

da marca Butterfly, banco de madeira com 22 cm de altura, algodão e tornozeleiras

de 0,5 a 4 kg.

3.3 MÉTODOS

Após apresentação e aprovação pela Coordenação dos Cursos das Áreas

de Ciências da Saúde, entrou-se em contato com a amostra através da peregrinação

em salas. Os indivíduos foram orientados sobre os procedimentos da pesquisa, bem

como acerca dos objetivos os benefícios.

Foram estudados dois grupos, aleatoriamente definidos através de

sorteio. Em ambos os grupos, foram aplicados procedimentos que visaram avaliar

parâmetros como flexibilidade e perimetria.

Todos os indivíduos realizaram os seguintes procedimentos antes e

depois da intervenção fisioterapêutica (cinesioterapia ou cinesioterapia associada

com a corrente russa), teste de finger-floor e avaliação perimetria da coxa (10-15-20

centímetros acima da borda suprapatelar).

Antes da intervenção, foi aplicado o teste de 1 RM da flexão de quadril do

membro dominante, visando definir a carga a ser aplicada, que é equivalente a 60%

de 1 RM.

O grupo A, recebeu tratamento cinesioterapêutico realizando: 3 séries de

10 repetições do movimento de flexão de quadril do membro dominante com 60% do

teste de 1 RM, em decúbito dorsal, com o joelho contra-lateral flexionado, com a

cabeça apoiada no travesseiro e com as mãos ao longo do corpo. A realização de

cada série, bem como do intervalo entre as séries, teve uma média de 60 segundos.

O grupo B, recebeu o mesmo tratamento cinesioterapêutico descrito

acima, porém associado à corrente russa. Esta aplicação de eletroestimulação

seguiu os seguintes parâmetros: 2500 Hz; 3 minutos na freqüência de estimulação

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de fibras tônicas de 20 Hz e 3 minutos na freqüência de estimulação de fibras

fásicas de 80 Hz. A intensidade da corrente aplicada foi a máxima que o indivíduo

pôde suportar. Foram colocados 2 eletrodos no reto femoral dos mesmos sendo feita

a devida assepsia padrão de um atendimento de eletroestimulação. Convém

ressaltar que, a corrente russa foi executada concomitantemente com o exercício de

flexão de quadril.

3.4 ANÁLISE DOS DADOS

Utilizou-se o teste de Wilcoxon para amostras dependentes (α<0,05) para

verificar se houve diferença entre a avaliação final e a inicial do teste de finger-floor e

a perimetria.

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4 APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS

Neste capítulo será realizada a apresentação e análise dos dados, sendo

utilizados para análise estatística, o teste não-paramétrico de Wilcoxon para

amostras dependentes, onde foram realizadas as comparações dos pacientes no

pré e pós-teste em cada grupo. Os grupos foram identificados, como já foi descrito

no capítulo anterior, em: grupo 1 – cinesioterapia e; Grupo 2 – cinesioterapia

associada à corrente russa. No grupo 1, não há evidências de que as amostras são

diferentes, portanto o exercício não demonstrou modificar o finger-floor e a

perimetria agudamente. Grupo 2 não há evidências de que as amostras são

diferentes, portanto o exercício não demonstrou modificar o finger-floor e a

perimetria agudamente.

4.1 GRUPO 1 – CINESIOTERAPIA

Quadro 1 – Resultados Grupo 1 - Cinesioterapia

Amostra

Teste de 1 RM

Distância abaixo da

borda patelar

Avaliação Inicial de

Perimetria

Reavaliação de

Perimetria

Avaliação inicial de

Finger-floor

Reavalição de Finger-

floor

1 15 kg 60% = 9,0

kg

10 cm 46 47 15 14 15 cm 56,5 55,5

20 cm 61 60

2 12 Kg 60%= 7,0

Kg

10 cm 42,5 42

8 10 15 cm 47,5 48 20 cm 50,5 50,5

3 16 Kg 60%= 9,5Kg 10 cm 52 51

16 12 15 cm 58,5 56,5 20 cm 60,5 61

4 14 Kg 60%= 8,5

Kg

10 cm 46,5 46,5

27 28 15 cm 52 52 20 cm 56 56

5 11,5 Kg 60%=

11,5Kg

10 cm 54,5 54,5

13 12 15 cm 60 60 20 cm 63,5 64

6 17,5 Kg 60%= 11

Kg

10 cm 48,5 48,5

22,5 15 15 cm 54 54,5 20 cm 59 60

Fonte: O autor

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A aplicação dos procedimentos no Grupo 1 percorreu três etapas: (1)

avaliação inicial (perimetria da coxa a 10, 15 e 20cm acima da borda suprapatelar e

finger-floor; (2) aplicação do programa de cinesioterapia (3) reavaliação final.

O quadro acima, demonstra os resultados obtidos junto ao Grupo 1.

Primeiramente, observa-se à esquerda, o número de ordem do indivíduo

avaliado, seguido do resultado de seu teste de 1-RM.

Com relação à perimetria da coxa, pode-se mesmo visualmente, observar

que houve uma ínfima variação entre os resultados da avaliação inicial e final.

Contudo, os resultados do teste de Wilcoxon apontaram para uma não-significância,

ou seja, não se constataram respostas significativas à aplicação do procedimento.

Para Kisner; Colby (1998, p. 56) “[...] A contração muscular precisa ser

resistida ou receber uma carga, pois o aumento no nível de tensão irá desenvolver

hipertrofia e aumento no recrutamento de fibras [...] o treino de força, segundo tem

sido observado, causa hipertrofia seletiva em fibras musculares do tipo II”.

Os autores acima, afirmam que realmente há hipertrofia no músculo

quando este é submetido à cinesioterapia, entretanto, o resultado dos testes

demonstrou não haver tal hipertrofia.

Conforme afirmado anteriormente, há poucas pesquisas direcionadas ao

esclarecimento das questões relacionadas ao efeito agudo da aplicação da

cinesioterapia, neste sentido, convém salientar que a fala dos autores refere-se a

ganhos em longo prazo, ou seja, a partir da realização de programas repetidos por

longos períodos de tempo, diferente do que aconteceu no âmbito desta pesquisa.

Entretanto, Hortobágui apud Ghorayeb; Baros (1999) afirma que, forças

em torno de 50 a 60% da carga máxima produzem hipertrofia e fortalecimento

muscular.

Convém salientar que, conforme descrito anteriormente, a aplicação do

programa de cinesioterapia contou com a utilização de 60% da carga máxima. De

acordo com o autor acima, esta porcentagem seria suficiente para produzir

hipertrofia muscular, e conseqüentemente, aumento da perimetria da coxa.

Com relação ao teste de finger-floor, o teste de Wilcoxon apontou também

para a não significância. Do mesmo modo que a perimetria, tal “ausência” de

resultados pode ser observada a partir de uma breve observação do quadro.

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4.2 GRUPO 2 – CINESIOTERAPIA ASSOCIADA À CORRENTE RUSSA

Quadro 2 – Resultados Grupo 2 – Cinesioterapia associada à Corrente Russa

Amostra

Teste de 1 RM

Distância abaixo da

borda patelar

Avaliação Inicial de

Perimetria

Reavaliação de

Perimetria

Avaliação inicial de

Finger-floor

Reavalição de Finger-

floor

1 17 Kg 60% = 10

Kg

10 cm 48,5 48,5 17

16

15 cm 53,5 54 20 cm 59,5 60

2 13 Kg 60% = 8

Kg

10 cm 49,5 50,5

29,5

28

15 cm 55,5 54

20 cm 61,5 58,5

3 16 Kg 60% = 9,5

Kg

10 cm 53 53

37

39

15 cm 58 57 20 cm 63 63,5

4 17 Kg 60% = 10

Kg

10 cm 39 39

22,5

18

15 cm 43,5 43 20 cm 52,5 53

5 18 Kg 60% = 11

Kg

10 cm 47,5 48

13

14

15 cm 53,5 54 20 cm 58,5 59

6 15 Kg 60% = 9

Kg

10 cm 42,5 42

29,5 30,5 15 cm 45,2 46,5 20 cm 49,5 49

Fonte: O autor

Pode-Se observar, que assim como o programa composto da aplicação

da cinesioterapia, os resultados desta combinação cinesioterapia e corrente russa

também não apresentaram significância para o teste de Wilcoxon.

4.3 DISCUSSÃO DOS DADOS

De acordo com os resultados apresentados no item 4.2, pode ser

observado que os procedimentos utilizados na pesquisa que tanto a cinesioterapia

quanto a cinesioterapia associado à corrente russa não apresentaram diferença

entre os itens avaliados (flexibilidade e perímetria), mostrando resultados

semelhantes entre si.

Segundo Silva (2005), tratou-se de uma pesquisa com o objetivo de

analisar os efeitos da eletro-estimulação sobre os tecido muscular, onde foram

contrapostas a aplicação de um programa sem eletro-estimulação e outro com

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eletro-estimulação. O autor fala ainda sobre a combinação do exercício de contração

máxima, constatando que, neste caso, há um aumento da espessura dos músculos

avaliados, no caso o reto abdominal.

Silva (2005) afirma ainda que, a longo prazo, a eletroestimulação

proporciona resultados significantes, não havendo porém, referências ao efeito

agudo deste procedimento.

Todavia, para autores como Nelson; Hayes; Currier (2003), o

recrutamento voluntário das unidades motoras e o recrutamento da eliciada

eletricamente, somados, recrutariam mais unidades do que cada um dos tipos

isoladamente. Compreende-se, portanto, que na opinião dos autores acima

referenciados, deveria haver alguma diferença significativa entre a aplicação dos

dois programas.

Entretanto, não se percebeu diferença entre o grupo que usou e o que não

usou corrente russa.

Os mesmos autores mencionam que a corrente russa pode ser usada

para ganho de força muscular e considerando que a massa muscular se relacione

com a força, poderíamos sopesar que a corrente russa aumentaria a massa dos

indivíduos. Nesta variável verificada no estudo (perimetria) percebemos que vários

indivíduos tiveram aumento de algumas medidas perimétricas. Outrossim, o teste

estatístico não demonstrou que o grupo que utilizou a corrente russa foi melhor (ou

pior) que o grupo que não a usou.

Segundo Kisner e Colby (1998), a cinesioterapia resisitida provocará uma

série de mudanças no músculo como aumenta da força e potência. Neste estudo

observaram-se mudanças perimétricas em vários indivíduos como mostrado nas

tabelas acima. Contudo, os autores ainda citam que esse mudanças ocorrem após

certo período, o que poderia explicar a não significância estatística vista pelo teste

de Wilcoxon, tendo em vista nos referirmos aqui a efeitos de curto prazo.

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Levando em consideração aos condições experimentais deste estudo,

concluiu-se que a aplicação tanto da cinesioterapia quanto desta associada à

corrente russa, não produziram efeitos significativos no aumento da perimetria da

coxa, bem como na flexilibilidade, mensurada através do teste de finger-floor.

Igualmente, os resultados do teste de Wilcoxon para amostras

dependentes apontaram para uma não-significância, ou seja, a aplicação do

procedimento não eliciou respostas significativas.

É conveniente salientar, que nas bibliografias oficiais há poucas

referências acerca dos procedimentos aqui descritos e realizados, ou seja, do efeito

agudo no aumento da perimetria da coxa e da flexibiidade a partir da aplicação de

cinesioterapia e corrente russa.

Para o pesquisador, a frustração desencadeada pelo fato de não se poder

ter alcançado resultados plausíveis nos testes, é superada pela satisfação gerada

pelo empreendimento de uma pesquisa de tal nível de complexidade e relevância,

ou seja, o conhecimento adquirido durante a confecção deste trabalho de conclusão

de curso excedeu as expectativas, tanto em termos de elaboração quanto no próprio

ato de pesquisar.

Por fim, para pesquisas deste gênero, sugere-se a seleção de um número

maior de indivíduos. Pode-se incluir também, o quesito força, além dos elencados

nesta pesquisa, ou seja, a mensuração do 1-RM antes e depois da aplicação dos

procedimentos, pode produzir resultados até então não observados.

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REFERÊNCIAS

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