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Índice A nova geração de biocombustíveis: Bioetanol de cana-de-açucar ................................. 3 Análise de Espectroscopia de Infravermelho com Transformada de Fourier (FTIR) de filmes biodegradáveis extrusados base de amido de mandioca, goma xantana e nanoargilas ........................................................................................................................ 4 Aplicação da técnica de PCR na identificação de bactérias potencialmente patogênicas isoladas de queijo. ............................................................................................................ 5 Avaliação de três linhagens de pleurotus ostreatus em diferentes concentrações de ph . 6 Biodegradação de corantes sintéticos e efluente têxtil por ganoderma spp ..................... 8 Biofilmes de β-glucana botriosferana: análise de espessura e transparência. .................. 9 Caracterização de lipases e biossurfactantes produzidos por microrganismos que utilizam petróleo como fonte de carbono ....................................................................... 10 Coleção de fungos micorrizicos arbusculares e sua utilização na pesquisa básica e aplicada ........................................................................................................................... 11 Comparação de Meios de Cultura para Crescimento Radial e Esporulação de Stemphylium solani (Weber, 1930) ................................................................................ 12 Crescimento e lignificação de raízes de milho (Zea mays) submetidas ao ácido cafeico ........................................................................................................................................ 13 Desempenho de resíduos agroindustriais na produção do fungo Agaricus blazei ......... 14 Digestibilidade enzimática da celulose para obtenção de açúcares fermentescíveis...... 15 Efeito da fonte de carbono na produção de acido gama poliglutamico por bacillus subtilis natto ................................................................................................................... 16 Efeito de solventes orgânicos e da concentração de kcl na re-extração de lipases de trichoderma sp em micelas de aot/n-heptano. ................................................................ 17 Efeito do ph e da concentração de kcl na extração de lipases de trichoderma sp em micelas de aot/n-heptano. ............................................................................................... 18 Efeito do ph e da temperatura na atividade de β-glicosidase de fava rajada vermelha .. 19 Eficiência de colonização de bactérias promotoras do crescimento em girassol sob condições de campo ........................................................................................................ 20 Estudo da comunidade bacteriana endofítica de milho sob diferentes formas de manejo ........................................................................................................................................ 21 Identificação bioquímica e molecular de bactérias promotoras do crescimento vegetal associadas ao girassol ..................................................................................................... 22 Identificação de bactérias promotoras do crescimento vegetal associadas ao Girassol por seqüenciamento do gene 16S.......................................................................................... 23 Importância do consumo de cogumelos comestíveis para a saúde humana ................... 24 Índice de expansão de nanocompósitos extrusados a base de amido de mandioca e álcool polivinílico ........................................................................................................... 26 Influência da concentração inicial de sacarose e do tempo de fermentação na produção de levana por bacillus subtilis natto. .............................................................................. 27 Influência de fatores no crescimento de fusarium verticillioides e produção de fumonisinas em grãos de milho ...................................................................................... 28 Influência do ácido p-cumárico sobre o crescimento e a lignificação de raízes de milho (Zea mays) ...................................................................................................................... 29 Influência do pH na descoloração enzimática do corante Remazol Brilliant Blue por Lacase produzida pelo microrganismo Pycnoporus ssp ................................................ 30 Influência do teor de água no desenvolvimento de embalagem biodegradável tipo espuma a partir de amido de mandioca e fibras da cana – de açúcar ............................. 31

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Índice A nova geração de biocombustíveis: Bioetanol de cana-de-açucar ................................. 3 Análise de Espectroscopia de Infravermelho com Transformada de Fourier (FTIR) de filmes biodegradáveis extrusados base de amido de mandioca, goma xantana e nanoargilas ........................................................................................................................ 4 Aplicação da técnica de PCR na identificação de bactérias potencialmente patogênicas isoladas de queijo. ............................................................................................................ 5 Avaliação de três linhagens de pleurotus ostreatus em diferentes concentrações de ph . 6 Biodegradação de corantes sintéticos e efluente têxtil por ganoderma spp ..................... 8

Biofilmes de β-glucana botriosferana: análise de espessura e transparência. .................. 9 Caracterização de lipases e biossurfactantes produzidos por microrganismos que utilizam petróleo como fonte de carbono ....................................................................... 10 Coleção de fungos micorrizicos arbusculares e sua utilização na pesquisa básica e aplicada ........................................................................................................................... 11 Comparação de Meios de Cultura para Crescimento Radial e Esporulação de Stemphylium solani (Weber, 1930) ................................................................................ 12 Crescimento e lignificação de raízes de milho (Zea mays) submetidas ao ácido cafeico ........................................................................................................................................ 13 Desempenho de resíduos agroindustriais na produção do fungo Agaricus blazei ......... 14 Digestibilidade enzimática da celulose para obtenção de açúcares fermentescíveis ...... 15 Efeito da fonte de carbono na produção de acido gama poliglutamico por bacillus subtilis natto ................................................................................................................... 16 Efeito de solventes orgânicos e da concentração de kcl na re-extração de lipases de trichoderma sp em micelas de aot/n-heptano. ................................................................ 17 Efeito do ph e da concentração de kcl na extração de lipases de trichoderma sp em micelas de aot/n-heptano. ............................................................................................... 18 Efeito do ph e da temperatura na atividade de β-glicosidase de fava rajada vermelha .. 19 Eficiência de colonização de bactérias promotoras do crescimento em girassol sob condições de campo ........................................................................................................ 20 Estudo da comunidade bacteriana endofítica de milho sob diferentes formas de manejo ........................................................................................................................................ 21 Identificação bioquímica e molecular de bactérias promotoras do crescimento vegetal associadas ao girassol ..................................................................................................... 22 Identificação de bactérias promotoras do crescimento vegetal associadas ao Girassol por seqüenciamento do gene 16S .......................................................................................... 23 Importância do consumo de cogumelos comestíveis para a saúde humana ................... 24 Índice de expansão de nanocompósitos extrusados a base de amido de mandioca e álcool polivinílico ........................................................................................................... 26 Influência da concentração inicial de sacarose e do tempo de fermentação na produção de levana por bacillus subtilis natto. .............................................................................. 27 Influência de fatores no crescimento de fusarium verticillioides e produção de fumonisinas em grãos de milho ...................................................................................... 28 Influência do ácido p-cumárico sobre o crescimento e a lignificação de raízes de milho (Zea mays) ...................................................................................................................... 29 Influência do pH na descoloração enzimática do corante Remazol Brilliant Blue por Lacase produzida pelo microrganismo Pycnoporus ssp ................................................ 30 Influência do teor de água no desenvolvimento de embalagem biodegradável tipo espuma a partir de amido de mandioca e fibras da cana – de açúcar ............................. 31

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Influência do teor de fibras de cana – de açúcar na aparência de embalagens biodegradáveis de amido de mandioca obtidas por termoformagem ............................. 32 Inibição do crescimento da bactéria de solo azospirillum amazonensis pelo herbicida glifosato .......................................................................................................................... 33 Ocorrência de Microrganismos Diazotróficos na Cultura da Cana-de-Açúcar .............. 34 Potencial antitumoral de Agave sisalana Perr (Agavaceae) avaliado pelo teste de inibição da indução de tumor por Agrobacterium tumefaciens. ..................................... 35 Processo de termoformagem para obtenção de espumas biodegradáveis de amido....... 36 Produção de bandejas biodegradáveis de amido de mandioca e carbonato de cálcio .... 37 Produção de Dextrana por Leuconostoc mesenteroides em meios de Melaço, Garapa e Sacarose .......................................................................................................................... 38 Produção de enzima com atividade antineoplásica ........................................................ 39 Produção de lipase por Botryosphaeria ribis EC-01 em fase submersa: influência da adição de torta de soja, fosfato e aminoácidos ............................................................... 40 Produção de quitinase por isolados de Trichoderma spp ............................................... 41 Seleção de Fontes de Enxofre para Produção de Enzimas Celulolíticas por Fungos Anaeróbicos. ................................................................................................................... 42 Seleção de rizóbios com potencial para produção inoculante ........................................ 43 Sensibilidade de Machophomina phaseolina in vitro a substratos contendo brachiária, aveia e tremoço. .............................................................................................................. 44 Toxigenicidade de cepas de Fusarium verticillioides isoladas de intoxicação animal .. 45 Utilização de nanoargilas na produção de embalagens biodegradáveis tipo bandejas a partir de amido de mandioca .......................................................................................... 46 Viabilidade de Saccharomyces boulardii obtida por liofilização com ou sem acúmulo de trealose endógena ........................................................................................................... 47

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A nova geração de biocombustíveis: Bioetanol de can a-de-açucar

Rafael Rodrigues Philippini1, Sabrina Evelin Martiniano2, Aline Francisca de Souza3,

Silvio Silvério da Silva4

1 Mestrando em Biotecnologia Industrial - Departamento de Biotecnologia/EEL

2 Colaborador - Departamento de Biotecnologia/EEL 3 Mestrando em Biotecnologia – Universidade Estadual de Londrina/UEL

4 Docente do Departamento de Biotecnologia, Escola de Engenharia de Lorena/EEL

Caixa Postal, 116, CEP 12.602-810, Lorena – SP e-mail: [email protected]

O crescimento exponencial populacional, a grande necessidade energética e o esgotamento dos recursos naturais associados ao combustível fóssil tornam necessária a utilização de fontes alternativas de energia. Devido a fatores ambientais e geográficos, torna-se de fundamental importância a utilização de recursos já disponíveis, de modo com que se tenha maior produção em relação à área cultivada. A produção de bioetanol de cana-de-açúcar utiliza como matéria-prima o bagaço proveniente da moagem dos colmos para a obtenção da sacarose. Essa produção demonstra-se bastante promissora, devido ao fato do baixo custo de matéria prima, e menor impacto ambiental, dada significativa redução na emissão dos gases de efeito estufa. O presente trabalho tem como objetivo investigar as tecnologias potenciais de produção de bioetanol, seus desafios e as perspectivas da nova geração de biocombustíveis. Os resultados deste estudo demonstram que os subprodutos da agroindústria apresentam quantidades estimáveis de hemicelulose, celulose e lignina, materiais hidrolisáveis e que contém quantidades apreciáveis de carboidratos. Esses açúcares podem ser facilmente removidos da estrutura lignocelulósica por procedimentos de hidrólise ácida e fermentados por microrganismos para a obtenção do bioetanol. Essa green technology contribuirá sistematicamente para o desenvolvimento sustentável do Brasil. Palavras-chave: bioetanol, etanol, lignocelulósico, fontes alternativas de energia.

Agradecimento: FAPESP

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Análise de Espectroscopia de Infravermelho com Tran sformada de Fourier (FTIR) de filmes biodegradáveis extrusad os base de

amido de mandioca, goma xantana e nanoargilas

Vitor Almeida Marengo1, Cristina de P.B. Melo1, Fábio Yamashita2, Maria Victória E. Grossmann2, Luiz Henrique Dall’Antônia3, Suzana Mali1

1 Departamento de Bioquímica e Biotecnologia, Centro de Ciências Exatas, Universidade Estadual de Londrina. [email protected]

2 Departamento de Ciência e Tecnologia de Alimentos, Centro de Ciências Agrárias, Universidade Estadual de Londrina.

3 Departamento de Química, Centro de Ciências Exatas, Universidade Estadual de Londrina.

O amido de mandioca vem sendo bastante estudado por pesquisadores brasileiros para a produção de embalagens biodegradáveis por sua abundância e baixo custo. Apesar das vantagens da utilização do amido, a produção de embalagens compostas exclusivamente por amido não é viável, pois vários estudos já demonstraram que estes materiais são quebradiços e sensíveis ao contato direto com água, no entanto, aditivos podem ser incorporados para melhorar suas propriedades. Diante disto, os objetivos deste trabalho foram produzir, via extrusão, filmes biodegradáveis de amido de mandioca e goma xantana em diferentes concentrações (0, 2 e 4%), com a adição de nanoargilas (2,5 e 5,0%) e, ainda, investigar as possíveis interações ocorridas entre os componentes dos filmes produzidos por espectroscopia de infravermelho com transformada de Forrier (FTIR). Para a produção dos filmes, primeiramente, a nanoargila foi misturada com o glicerol para esfoliação. O amido e a goma xantana foram incorporados e misturados até que a mistura ficasse homogênea. O material ficou em repouso durante 24 h e, então, foi processado via extrusão em extrusora mono-rosca de laboratório marca BGM modelo EL-25, sob temperatura de 120oC e 35 rpm.Foram obtidos fios termoplásticos que foram granulados e extrusados novamente. Em seguida, o material obtido foi extrusado para a confecção dos filmes com matriz para formação de balão. Os espectros de FTIR foram realizados em um espectrofotômetro FT-IR Bomem FT-100,na região do infravermelho médio com Transformada de Fourier abrangendo número de onda de 4000 a 250 cm-1, com resolução espectral de 4 cm-1. Todos os filmes apresentaram uma banda larga de absorção correspondente ao estiramento das ligações O-H a 3446,6 cm-1, que em conjunto com 1652,8 cm-1 é indicativo da presença de pontes de hidrogênio com a água nos polissacarídeos. Essa banda é comum aos espectros do amido e da xantana e também ocorre nos espectros das nanoargilas, como indicativo de água interlamelar. Os picos que ocorreram por volta de 2929,7 – 2891,1 correspondem respectivamente ao estiramento simétrico e assimétrico das ligações –C-H dos polissacarídeos das formulações, enquanto as vibrações angulares H-C-H e C-O-H são conjugadas aparecendo como picos fracos e largos na região de 1436,9 – 1218,9 cm -1. Nos filmes com nanoargilas as bandas a 1039,6 cm -1 corresponderam às vibrações de estiramento dos grupamentos – Si – O – Si -; 520,7 – 518,8 cm -1 – Al – O – Si - e 470,6 – 468,7 cm -1 – Si – O - . Pode-se observar, através dos resultados relatados, que os componentes presentes nos filmes produzidos apresentaram interação, em especial do tipo pontes de hidrogênio, bastante característica de materiais hidrofílicos, o que é um bom indicativo de que os aditivos empregados exercerão efeito positivo sobre os filmes de amido.

Agradecimentos: CNPq pelo auxílio financeiro (Projeto 577146 2008-4).

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Aplicação da técnica de PCR na identificação de bac térias potencialmente patogênicas isoladas de queijo.

Nos últimos anos verificou-se um aumento significativo no desenvolvimento de métodos genéticos para detecção e caracterização de bactérias patogênicas em alimentos. Dentre estes, destaca-se a amplificação de seqüências do DNA pela Reação em Cadeia da Polimerase (PCR). São diversas as vantagens desta técnica sobre os métodos convencionais, destacando-se maior rapidez, bom limite de detecção, maior seletividade, especificidade, potencial para automação e a possibilidade de trabalhar com bactérias que não são cultiváveis. Em vista disso, o presente trabalho objetivou isolar e identificar fenotípica e genotipicamente isolados de Salmonella, Escherichia coli e Enterococcus sp a partir de amostras de queijo minas frescal obtidas de feiras livres de Londrina. O isolamento de Enterococcus ocorreu em ágar KEA e as colônias características foram submetidas ao teste de coloração de Gram, catalase, crescimento em diferentes temperaturas (10 ºC e 45ºC) e em meio de cultura hipersalinizado (NaCl 6,5%). Escherichia coli foi isolada pela técnica dos tubos múltiplos, seguindo de inóculo em ágar XLD. As colônias suspeitas foram submetidas aos testes bioquímicos IMCV. Para Salmonella realizou-se o pré-enriquecimento em caldo lactosado, seguido de enriquecimento seletivo em caldo tetrationato, seguida de inóculo em ágar SS. As colônias com características indicativas de Salmonella spp, foram submetidas a testes bioquímicos de TSI, LIA, Citrato de Simmons e SIM. A técnica de PCR foi aplicada utilizando-se oligonucleotideos para confirmação das espécies E. faecium e E. faecalis, E. coli enterotoxigênica e Salmonella. Os resultados encontrados, mostraram que 88% de Enterococcus sp isolados pertenciam a espécie E. faecium. Os testes bioquímicos utilizados para esta espécie, não diferenciou os gêneros. Os testes bioquímicos utilizados para identificação de Salmonella, indicaram a presença de 33% deste microrganismo nas amostras de queijo. Contudo a técnica de PCR confirmou que a presença desta bactéria no alimento foi de 16,7%. Para E. coli foi confirmada a presença de cepas de ETEC em 16,6% das amostras analisadas. Os testes bioquímicos para E. coli não distinguiram cepas patogênicas das não-patogenicas. A técnica de PCR apresentou-se como uma alternativa na detecção do agente e uma técnica aparentemente mais eficaz, econômica e rápida, sendo um importante recurso para o controle de qualidade de alimentos.

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Avaliação de três linhagens de pleurotus ostreatus em diferentes concentrações de ph

Matsumoto, K. L.1; Almeida, S. M.1; Tanaka, H. S.1; Bertelli, M.1; UMEO, S. H.2; BONATO, D.2; SILVA, M. B.2; Colauto, N. B.3; Colauto, G. A. L.3

Universidade Paranaense – UNIPAR. 1 Alunos do Mestrado de Biotecnologia Aplicada à Agricultura; 2 Alunos do Curso de

Farmácia PIBIC – PIC; 3 Docentes do Mestrado de Biotecnologia Aplicada à Agricultura

INTRODUÇÃO: o Brasil possui diferencial devido sua biodiversidade onde encontram se trabalhos de avaliação dos recursos genéticos brasileiros com produtos de características nutritivas e propriedades funcionais (DIAS, 2002). Pessoas são beneficiadas por produtos vindos direta ou indiretamente de fungos como ação fermentativa de fungos na síntese de álcool etílico e dióxido de carbono na produção de bebidas como vinho e cerveja. Outras espécies proporcionam sabor e aroma em diferentes tipos de queijos e o consumo crescente de cogumelos comestíveis (SILVA, COELHO, 2006; URBEN, 2002). O fungo desempenha um papel importante na medicina devido ação antibiótica, outra é a relação à ação antitumor. Os cogumelos possuem a capacidade de diminuir o nível do colesterol do sangue (BONINI et al., 1999). Peralta et al (2007), Tonini (2004), expõem Pleurotus spp. é um grupo de cogumelos com significativo valor nutricional, possuindo propriedades terapêuticas e aplicações biotecnológicas. O presente trabalho avaliou três linhagens do fungo Pleurotus ostreatus em diferentes concentrações de pH. MATERIAL E MÉTODOS: utilizou as linhagens P. ostreatus 6-10, 2-9 e 2-11, pertencentes a micoteca do laboratório de Biologia Molecular da Universidade Paranaense – campus Umuarama. As linhagens foram transferidas para meio de cultivo ágar extrato de malte 20g/L, para recuperação do vigor de crescimento. O micélio uniforme e sem setoriamento foi selecionado para inóculo do experimento. O pH dos meios foram ajustados para 4,0; 4,5; 5,0; 5,5; 6,0; 6,5; 7,0; 7,5; 8,0; 8,5 com NaOH ou HCl. O crescimento foi realizado a 25°C durante vinte dias. A cada três dias foram r ealizadas quatro medidas eqüidistantes do diâmetro de crescimento com um paquímetro. Todos os experimentos foram realizados em quadruplicatas. RESULTADOS E DISCUSSÃO: para o pH 6,0 e 6,5 a linhagem codificada U2-11 obteve maior (p<0,05) crescimento das demais (U6-10 e U2-9), enquanto o segundo melhor desenvolvimento no pH 7,0 foi da linhagem U2-9 apresentando menor variação de crescimento comparado aos três tipos de pHs. A diferença de crescimento das linhagens para os mesmos valores de pH pode ser explicada pela variabilidade genética. Em estudo onde investigou a viabilidade da produção de P. ostreatus em substrato à base de serragem da casca de coco mostrou que a velocidade média de crescimento foi 0,66 cm dia sem diferença significativa entre os isolados testados, onde o mesmo estudo realizado por Pedra e Marino (2006) apresentaram velocidade 0,88 cm dia, diferença esta devido a variabilidade genética existente entre os isolados testados (MARINO et al., 2008). Bononi et al. (1999) recomendam que para cultivo de P. ostreatus o pH deve estar por volta de 6,0. CONCLUSÃO: as linhagens estudadas apresentaram diferentes capacidades de crescimento em função do pH. A linhagem U2-9 apresentou maior robustez de crescimento em função do pH e foi selecionada como a melhor para estudos posteriores devido ao seu desenvolvimento e adaptação do meio. REFERENCIAS: BONINI, V. L. et al. Cultivo de cogumelos comestíveis . São Paulo: Ícone, 1999, 2 ed. p. 21-26, 206p.

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DIAS, J. M. C. S., Alimentos funcionais e nutracêuticos : oportunidades de desenvolvimento e cooperação. Encontro Franco Brasileiro de Biociência e Biotecnologia. Resumo de palestras. Embrapa. p.5, 15p. dezembro, 2002 MARINO, R. H et al. Crescimento e cultivo de diferentes isolados de Pleurotus ostreatus (Jacq.: Fr) Kummer em serragem da casca de coco . Arq. Inst. Biol., São Paulo, v.75, n.1, p.29-36, jan./mar., 2008 PERALTA, R., M., et al. Aproveitamento do resíduo de laranja para a produca o de enzimas lignocelulolíticas por Pleurotus ostreatus (Jack:Fr) . Ver. Cien. Tecnol. Aliment., Campinas, 27(2): 364368, abr.-jun. 2007 SILVA, R. R., COELHO G. D. Fungos principais grupos e aplicações biotecnológicas. Instituto de Botânica. 20p. São Paulo, 2006 TONINI, R. C. G. Utilização da bainha mediana de palmito ( Euterpe edulis Mart. – Arecaceae) como substrato para cultivo de Lentinula edodes (Beck.) Pegler. DISSERTACAO. Blumenau – SC. P.37-58, 112p. 2004 URBEN, A. F., Importância do uso de cogumelos : aspectos nutricionais e funcionais. Encontro Franco Brasileiro de Biociência e Biotecnologia. Resumo de palestras. Embrapa. p.6-7, 15p. dezembro, 2002

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Biodegradação de corantes sintéticos e efluente têx til por ganoderma spp

Renata Corrêa Yamashita1, Luciano Nobuhiro Aoyagi1, Suely Mayumi Obara Doi 2

1Estagiário Curricular, 2Departamento de Bioquímica e Biotecnologia, Centro de Ciências Exatas, Universidade Estadual de Londrina - e-mail: [email protected]

RESUMO

Durante o processo de tingimento, as indústrias têxteis liberam mais de 15% de corantes na água. Além do seu efeito visual e seus impactos adversos em relação à demanda química de oxigênio, muitos corantes sintéticos são tóxicos, mutagênicos e carcinogênicos (Wesenberg et al, 2003). A biodegradação por diferentes microrganismos constitui uma alternativa menos agressiva ao meio ambiente e economicamente viável (Robinson, Chandran, Nigan, 2001; Forgacs, Cserháti, Oros, 2004). Os fungos da podridão branca, por produzirem uma ampla variedade de enzimas ligninolíticas, como lacases, lignina peroxidases e manganês peroxidases, envolvidas na biodegradação de substratos lignocelulósicos estáveis, tem sido considerados de grande interesse biotecnológico, e sua aplicação nos processos de descoloração de efluentes vem sendo constantemente investigada (Forgacs, Cserháti, Oros, 2004; Peralta et al., 2004). Assim, este trabalho teve como objetivo avaliar a capacidade do fungo Ganoderma spp em descolorir efluentes e corantes da indústria têxtil e determinar suas atividades de lacase. Os experimentos foram realizados em 3 diferentes meios de cultivo contendo 12,5 mL de corante (0,01%) e meio de Vogel (2%) suplementado com diferentes compostos: meio 1 (glucose 1%, extrato de levedura 0,2%), meio 2 (glucose 1%), meio 3 (extrato de levedura 0,2%), em volume final de 25mL, incubados a 28°C e 180 rpm de agitação até se observar a descoloração. Verificou-se que o Remazol Azul R apresentou maior percentagem de descoloração (97,70%) no meio 1, constituído de meio mínimo de Vogel suplementado com glucose e extrato de levedura e atividade de lacase de 0,061 U/mL; o Remazol Brilliant Blue apresentou 98,86% no meio 2, suplementado com glucose e apenas 0,12 U/mL de atividade de lacase e o efluente têxtil apresentou 99,80% de descoloração no meio 2 e nenhuma atividade de lacase foi detectada. Por isso, acredita-se que tenha ocorrido a produção de outras enzimas ligninolíticas já que os valores das atividades de lacase não foram diretamente proporcionais com as percentagens de descolorações obtidas. Acredita-se também que o fungo possua a capacidade de adsorver o corante, levando à uma descoloração mais eficiente e rápida. As elevadas percentagens de descoloração obtidas indicam que o fungo Ganoderma spp apresenta um grande potencial biotecnológico de aplicação no tratamento de efluentes têxteis corados.

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Biofilmes de ββββ-glucana botriosferana: análise de espessura e transparência.

Felipe Berto Altarugio¹, Aneli de Melo Barbosa², Valéria Marta Gomes de Lima¹. ¹ Laboratório de Biotecnologia Industrial, Departamento de Ciências Biológicas, Faculdade de Ciências e Letras, UNESP – Campus de Assis – SP. ² Departamento de Bioquímica e Biotecnologia, Centro de Ciências Exatas, Universidade Estadual de Londrina, Londrina – PR. O fungo Botryosphaeria sp, isolado de cancro de eucalipto, foi reconhecido como um fitopatógeno, com atividade ligninolítica e produtor de lacases. Durante o seu cultivo, foi verificado o aumento da viscosidade do meio, o qual ocorreu devido à produção de um exopolissacarídeo (EPS), identificado como uma β-(1→3; 1→6) glucana através de hidrólise enzimática. Devido ao conhecimento sobre o uso de EPS de múltiplas fontes em diversos segmentos industriais, como formadores de gel e espessantes, realizou-se estudos referentes à formação de biofilmes a partir do EPS produzido pelo B. rhodina, visto que há poucos dados disponíveis sobre sua utilização. Este trabalho teve como objetivo o desenvolvimento e caracterização de biofilmes a base do EPS botriosferana com outros biopolímeros, como amido, xantana e goma guar, analisando a espessura e transparência. Os biofilmes foram obtidos nas concentrações de 0,5%, 1,0%, 2,0% e 4,0% (m/v) de botriosferana e em concentração total de 4,0% (m/v) para as misturas de botriosferana com amido, xantana ou guar (1:3, 2:2, 3:1), produzidos por casting com 20 mL de solução filmogênica em placas de 5,0 cm de diâmetro. A espessura foi obtida por micrômetro através de medições em 10 diferentes regiões do biofilme, através da média aritméticas dos valores obtidos. Já a transparência foi calculada a partir de amostras com 1,0x3,0 cm dividindo-se a absorbância a 600 nm pela espessura do filme, sendo expressa em A600nm/mm. A espessura dos biofilmes variou entre 0,07 mm (0,5% de botriosferana) e 0,44 mm (3,0% de botriosferana e 1,0% de amido). Os biofilmes compostos de botriosferana apresentaram aumento na espessura com o aumento da concentração do EPS, exceto para 1,0% e 2,0% de botriosferana, que permaneceram constantes com espessuras de 0,23 mm, chegando a 0,41 mm para 4,0% de botriosferana. No caso das misturas, em que as concentrações totais foram constantes, houve variação de espessura apenas naqueles adicionados de amido, havendo aumento com o incremento de botriosferana e decréscimo de amido (entre 0,33 e 0,44 mm). A espessura varia em relação à conformação molecular e geométrica entre os compostos, e não apenas a relação de massa, além de ser proporcional a outras características, como força de ruptura, permeabilidade ao vapor d’água e cor. Em relação à transparência, a maior parte das amostras encontrara-se no intervalo entre 2,0 e 4,0 A600nm/mm, exceto 0,5% de botriosferana, que apresentou 9,49 A600nm/mm, e as mistura 1,0% de botriosferana e 3,0% de amido, com 1,16 A600nm/mm e 1,0% de botriosferana e 3,0% de xantana, com 1,32 A600nm/mm. Os resultados são interessantes, pois a faixa em que encontra-se a maior parte das amostras tolera uma boa transmissão de luz visível, permitindo a identificação do conteúdo interno, mas evitando a deterioração da cor e a ocorrência de oxidação lipídica.

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Caracterização de lipases e biossurfactantes produz idos por microrganismos que utilizam petróleo como fonte de carbono

Marcelino, P.R.F (PG)1, Matsumura, E. E. (PG)2, Kikuchi, A. (IC)3, Fortin, M. B. (IC)3,Imada, E.L. (IC)3, Martinez, A.L.O (PQ)4.

1 – Mestrado Biotecnologia, CCE, UEL 2 – Mestrado Microbiologia, CCB, UEL

3 – Estagiário Iniciação Científica, BBTEC, CCE, UEL 4 – Docente Depto. Bioquímica e Biotecnologia, CCE, UEL. [email protected]

Com o advento da Biotecnologia, o uso das mais diversas técnicas de

biorremediação tem se destacado ao longo dos últimos anos como ferramentas efetivas para a eliminação de diversos poluentes. A prospecção de microrganismos ativos e o uso dos seus mais diversos metabólitos nestes processos é ferramenta estratégica para a manutenção de um equilíbrio ecológico imprescindível para o futuro do planeta, pois se apresentam como alternativas de menor custo e impacto reduzido quando comparado com outras técnicas físicas e químicas e, além disso, podem ser aplicados em vários processos industriais e cotidianos. O presente trabalho teve como objetivo caracterizar bioquimicamente alguns microrganismos isolados a partir de solo contaminado por petróleo e a partir disso caracterizar alguns metabólitos, como lipases e biossurfactantes, de importância para a sociedade atual.

Três isolados bacterianos, 12A, 12B e 4B, previamente caracterizados como capazes de utilizar petróleo como fonte de carbono (Marcelino et al., 2007) foram utilizados neste estudo. A detecção da atividade de lipase baseou-se nos ensaios adaptados de Kouker e Jaeger (1987). Os isolados que apresentaram halos fluorescentes foram submetidos ao ensaio espectrofotométrico da hidrólise do palmitato de p-nitrofenila (pNPP), para determinação da atividade enzimática em diferentes temperaturas (30, 35, 40, 45, 50, 55 e 60 °C). Os testes de emulsificação e e stabilidade de biossurfactantes foram realizados de acordo com Chen et al. (2007) sob diferentes pHs (4, 5, 6, 7, 8 e 9) e temperaturas (30, 35, 40, 45, 50, 55 e 60 °C).

Os 3 isolados apresentaram atividade lipásica e produziram biossurfactantes sob as condições testadas. As lipases mostraram-se termoestáveis, pois, as maiores atividades foram verificadas nos ensaios a 50 °C por 5min. Os biossurfactantes produzidos pelos i solados apresentaram maiores índices de emulsificação e estabilidade surfactante em pH e 30 °C. . A caracterização química e a otimização da produção de biosurfactante deverá fornecer subsídios para a viabilidade de uso dos isolados testados neste trabalho como agentes de biorremediação. 1 Chen, C.Y., Baker, S. C. & Darton, R.C. The application of a high throughput analysis method for the screening of potential biosurfactants from natural sources. Jornal of Microbiological Methods, 70: 503-510, 2007. 2 Kouker G. & Jaeger, K. E. Specific and Sensitive Plate Assay for Bacterial Lipase. App. Environ. Microbiol., 53: 211-213, 1987. 3 Marcelino, P. R. F.; Granzotto, G.; Oliveira, A. L. M. Avaliação da população bacteriana do solo contaminado por petróleo sob diferentes técnicas de biorremediação. In XVII EAIC, 2007.

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Coleção de fungos micorrizicos arbusculares e sua u tilização na pesquisa básica e aplicada

Carolina Honda1; Oswaldo Machineski2; Alexandra Scherer1; Priscila Viviane Truber1;

Paula Cerezini1; Karina Maria Lima Milani1; Larissa Gonçalves Leite1; Elcio Libório Balota3.

1Bolsista do Laboratório de Microbiologia do Solo do IAPAR, Londrina, PR, [email protected];

2Técnico de Nível Superior, Laboratório de Microbiologia do Solo, IAPAR; 3Pesquisador, Área de Solos, IAPAR, Londrina, PR.

Os fungos micorrízicos arbusculares (FMA) pertencem à ordem Glomales e são de ocorrência natural nos solos da maioria dos ecossistemas. São simbiontes obrigatórios que colonizam raízes da maioria das plantas, e através do micélio externo às raízes promove aumento da absorção de P e água pela planta, conferindo-lhe assim, maior resistência a doenças e adversidades de solo e clima. Em contrapartida, o fungo recebe da planta os carboidratos e fotoassimilados de que necessita para seu desenvolvimento e manutenção. São conhecidas aproximadamente 200 espécies de FMA distribuídas em cinco famílias e sete gêneros. Os FMA não podem ser multiplicados em meio de cultura desprovidos de plantas hospedeiras. Essa característica constitui um dos maiores obstáculos aos estudos e à utilização dos FMA em escala comercial. A multiplicação destes fungos é feita in vivo na presença da planta hospedeira utilizando substrato esterilizado. Devido a isso, a classificação taxonômica e a filogenia destes fungos está baseada, quase que exclusivamente, na morfologia e estrutura de seus esporos vegetativos. Os esporos também são a principal fonte de material genético para estudos de biologia molecular. Desta maneira é importante a manutenção de espécies de FMA em coleção para o desenvolvimento de pesquisas básicas e aplicadas. Para manter a coleção é necessário o isolamento dos fungos do solo de origem, ou obtenção de acessos de outras instituições de pesquisa, multiplica-los em plantas hospedeiras em substrato estéril, para obtenção de culturas puras de cada espécie. No período de quatro a seis meses ocorre a multiplicação da maioria das espécies, geralmente formando grande quantidade de esporos. A coleção de FMA do IAPAR é mantida em casa-de-vegetação desde 1989. As espécies são multiplicadas em vasos de cultivos com solo estéril, utilizando-se como planta hospedeira a Brachiaria decumbens e o Sorgum bicolor. São mais de 20 espécies de FMA multiplicadas na coleção, de diversas procedências. A manutenção e avaliação é feita mensalmente, com a realização de extração dos esporos por peneiramento úmido e separação, purificação e inoculação de novos vasos. As espécies de FMA da coleção são utilizadas para pesquisas, tais como: estudos de eficiência agronômica em mudas de plantas (arbóreas, frutiferas, culturas perenes e oleaginosas), testes de otimização na obtenção de inóculo puro e de boa qualidade, avaliação de diferentes substratos e plantas hospedeiras, estudos de caracterização taxonômica tradicional e molecular das espécies, obtenção de inoculante comercial, entre outros. As espécies que tem apresentado maior eficiência agronômica nos estudos realizados até o momento foram: Gigaspora margarita e Glomus clarum. Assim é imprescíndivel a manutenção da coleção de FMA para viabilizar os futuros estudos desses fungos. Palavras-chave : micorrizas, germoplasma, inoculante, FMA.

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Comparação de Meios de Cultura para Crescimento Rad ial e Esporulação de Stemphylium solani (Weber, 1930)

Luana Delgado Munhoz¹; João Tavares Bueno2

¹Graduanda do curso de Ciências Biológicas -UENP- Campus Luiz Meneghel 2Orientador: Professor Doutor do curso de Agronomia-UENP-Campus Luiz Meneghel

A mancha-de-estenfílio, causada pelo fungo Stemphylium solani, é importante doença do tomateiro. Seu controle pode ser feito através de medidas de natureza biológica, química ou cultural. Para investigação de medidas efetivas de controle, o cultivo do fungo causador constituí-se em importante atividade inicial. Desta forma, visou-se com o presente trabalho a seleção de meio de cultivo adequado para o crescimento e esporulação de Stemphylium solani. Foram avaliados os meios de cultivo BDA, BDA modificado e MPA, a seguir especificados: 1) BDA: Batata, 200 g; Agar, 15 g, dextrose, 20 g e água destilada completando 1.000 ml. 2) Casca de batata, 200 g; Agar, 15 g, dextrose, 20 g e água destilada completando 1.000 ml. 3) Batata sem casca, 200 g; Agar, 15 g, dextrose, 20 g e água destilada completando 1.000 ml. 4) MPA: Maltose, 4 g; Peptona, 1 g; Agar, 15 g e água destilada completando 1.000 ml. Avaliou-se, diariamente, o diâmetro das colônias em milímetros e o número de esporos quando as colônias atingiram os bordos das placas de Petri, no quarto dia. Verificou-se maior desenvolvimento radial das colônias nos meios contendo batata e maior esporulação do fungo no meio MPA.

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Crescimento e lignificação de raízes de milho ( Zea mays) submetidas ao ácido cafeico

FERRO, A. P.; SOARES, R. C. S.; MARCHIOSI, R.; FERRARESE, M. L. L.;

FERRARESE-FILHO, O. Departamento de Bioquímica, Universidade Estadual de Maringá - PR, CEP: 87.020-900 Plantas superiores regularmente liberam compostos orgânicos no ambiente através de lixiviação, exsudação pelas raízes e pela própria decomposição de partes da planta. Estes compostos acumulam-se no solo e influenciam o crescimento e o desenvolvimento das plantas vizinhas, com efeitos positivos e negativos, em um fenômeno chamado alelopatia. Os compostos fenólicos derivados do ácido hidroxicinâmico são de ocorrência natural e estão presentes nas plantas usualmente na forma de ésteres. Eles têm sido relacionados como sendo aleloquímicos e dentre eles encontra-se o ácido cafeico. Estes aleloquímicos podem ser absorvidos por outras plantas, e eventualmente, causarem injúria no crescimento das raízes e consequentemente, no crescimento da plântula. Esse efeito deve-se ao enrijecimento da parede vegetal associado à lignificação, que é um mecanismo comum de defesa vegetal. As plantas liberam diversos aleloquímicos como resposta aos estresses, dentre eles as formas livres dos fenilpropenóides, que por sua vez enrijecem a parede celular. Em razão de seu potencial produtivo, composição química e valor nutritivo, o milho é um dos mais importantes cereais cultivados e consumidos no mundo, por isso, foi escolhido como material biológico do presente estudo. Dessa forma, o objetivo do trabalho foi avaliar o crescimento e quantificar os teores de lignina das raízes de milho tratadas com ácido cafeico. Sementes de milho da cultivar IPR 114 foram germinadas no escuro (25ºC), passados 3 dias, 25 plântulas uniformes foram transferidas para recipientes com 200 mL de solução nutritiva (pH 6,0), contendo ácido cafeico 1mM ou não (controle). Após 24 horas de incubação, com um fotoperíodo de 12 horas (claro/escuro), a 25ºC, as raízes foram excisadas, medidas (comprimento), pesadas (biomassa fresca), postas na estufa a 80˚C e pesadas novamente após 24 horas (biomassa seca). A quantificação dos teores de lignina foi feita usando o método da lignina solúvel em brometo de acetila (LSBA), com 20 µg de material livre de proteínas. O crescimento foi reduzido como um todo nas raízes tratadas, 6% para o comprimento, 14% para a biomassa fresca e 14% para a biomassa seca, comparativamente com os respectivos controles. Já para os teores de lignina, observou-se uma ativação de 19% nas raízes tratadas com ácido cafeico. Os resultados mostraram que a produção e a incorporação de lignina e o aumento na rigidez da parede celular ocasionada pelo ácido cafeico, contribuíram para a redução no crescimento das raízes. Com base nisso, pode-se inferir que o ácido cafeico atua em nível da via de fenilpropenoides e, portanto, na lignificação das raízes. Apoio: CNPq.

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Desempenho de resíduos agroindustriais na produção do fungo Agaricus blazei

FARIA, Jordão. L. T.¹, PRATES, Kátia. V. M. C. ², FIDELIS, Reginaldo.², MAIA-

FURLANETO, Luciana.²

¹ Graduando em Engenharia Ambiental, Universidade tecnológica Federal do Paraná Campus Londrina, bolsista pela SETI/Fundação Araucária.

² Docentes da UTFPR. Contato: [email protected]

A reciclagem de resíduos é de extrema importância nas atividades agroindustriais. Desta maneira, uma agregação de valor a resíduos que antes seriam descartados, favorece o crescimento da economia e da agricultura familiar. O cultivo de cogumelos está diretamente ligado à reciclagem econômica de resíduos agrícolas e agroindustriais, tais como o esterco, palhas, resíduos e muitos outros. Tendo em vista esta nova ótica, o presente trabalho objetivou a análise do desempenho do fungo Agaricus blazei, utilizando como fonte de nutrição resíduos agroindustriais provenientes da agricultura familiar. Foram utilizados como substrato casca de café acrescido de cascas de maracujá, manga e banana, nas seguintes proporções (%): 80/10 (A), 70/20 (B) e 60/30 (C), respectivamente. Em todos os tratamentos foram acrescentados 10% de farelo de trigo. Estes substratos foram designados de (CM), (CM1) e (CB) respectivamente. Também utilizamos casca de pinhão e maracujá nas mesmas proporções descritas acima, designado de (PM). Os resíduos de palha de café e casca de pinhão foram submersos em água por 2 horas, seguido de drenagem em peneira por 12 horas. As cascas de maracujá, manga e banana foram trituradas com água no liquidificador, e espremidas em peneira para a remoção da fração de água adicionada. As misturas foram feitas em becker, e acondicionadas em placas de petri (25g/placa) e em tubos de ensaio, seguidos de esterilização em autoclave a 121ºC durante 30 minutos. Foi inoculado ao substrato, um círculo de 8mm diâmetro de meio BDA contendo o micélio do fungo (semente). Em seguida, as placas e tubos foram incubados a 25ºC. Os resultados do desenvolvimento micelial foi avaliado por medição, utilizando-se de régua milimetrada, e submetidos a análise estatística com auxilio da ferramenta BioEstat 5.0, usando ANOVA para 2 fatores e fatorial axb. Todos os ensaios foram realizados em triplicata. Os resultados mostraram que não houve diferença significativa entre as proporções A, B e C em nenhum dos substratos testados, no entanto, houve diferença significativa entre os tipos de substratos. A combinação PM foi a que apresentou melhor desenvolvimento micelial nos primeiros dias de incubação, igualando-se as demais combinações (CB, CM1 e CM) até o final da mensuração (8 dias). Projeto Financiado pela Fundação Araucária/Seti.

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Digestibilidade enzimática da celulose para obtençã o de açúcares fermentescíveis

Rafael Rodrigues Philippini1, Sabrina Evelin Martiniano2, Aline Francisca de Souza3,

Silvio Silvério da Silva4

1 Mestrando em Biotecnologia Industrial - Departamento de Biotecnologia/EEL

2 Colaborador - Departamento de Biotecnologia/EEL 3 Mestrando em Biotecnologia – Universidade Estadual de Londrina/UEL

4 Docente do Departamento de Biotecnologia, Escola de Engenharia de Lorena/EEL

Caixa Postal, 116, CEP 12.602-810, Lorena – SP e-mail: [email protected]

A grande necessidade energética ocasionada pelo estilo de vida do homem do século XXI leva ao esgotamento dos recursos naturais associados ao combustível fóssil. Deste modo, torna-se necessária à utilização de fontes alternativas de energia, uma vez que os derivados do petróleo estão cada vez mais escassos e, consequentemente, de custo mais elevado. A produção de bioetanol de cana-de-açúcar utiliza como matéria-prima o bagaço proveniente da moagem dos colmos para a obtenção da sacarose. O bagaço é constituído basicamente por hemicelulose, celulose e lignina, sendo os dois primeiros compostos de açúcares polimerizados. Os procedimentos de hidrólise dos materiais lignocelulósicos são de extrema importância na separação de suas frações e na liberação dos açúcares fermentescíveis. A hidrólise da fração celulósica ainda apresenta certas limitações, sendo um desafio a se vencido no estabelecimento de um processo economicamente viável de produção de bioetanol. A utilização de enzimas específicas, as celulases (endoglucanases, exoglucanases e beta-glucosidases), clivam o homopolímero celulósico em frações menores, obtendo-se como produto, a glicose. O presente trabalho tem com como objetivo a demonstração da hidrólise enzimática e a digestibilidade da celulose, obtendo-se como produto, açúcares fermentescíveis que serão utilizados por microrganismos na produção de etanol, operado em biorreatores em condições controlada, utilizando diferentes amostras de bagaço de cana-de-açucar.

Palavras-chave: enzimas celulolíticas hidrólise enzimática, etanol lignocelulósico.

Agradecimento: FAPESP

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Efeito da fonte de carbono na produção de acido gam a poliglutamico por bacillus subtilis natto

Natália C. Vicentim Bom1; Tamires Manucelli1; Ana Carolina Cola Santos1;

Maria Antonia P. C. Celligoi 2

1Graduanda de Ciências Biológicas, Universidade Estadual de Londrina

2 Docente do Departamento de Bioquímica e Biotecnologia (BBTEC), CCE, UEL

O ácido γ poliglutâmico (PGA) é uma homo-poliamida, constituída por unidades de D- e L- ácido glutâmico, unidos por ligações amida entre um grupo α- amino e um grupo ácido γ-carboxílico (Shih e Van, 2001). O PGA é comestível e biodegradável, sendo de grande interesse industrial por suas aplicações como espessante, veículo para medicamentos, floculante, absorvedor de materiais pesados, entre outras. O PGA pode ser obtido através de cultivo microbiano, por diversas bactérias do gênero Bacillus quando cultivada em condições adequadas de fermentação. Neste trabalho foi utilizado o Bacillus subtilis natto, uma cepa isolada no Departamento de Bioquímica e Biotecnologia, do alimento japonês Natto. O objetivo desse trabalho foi verificar a produção do PGA por esta nova cepa, utilizando as fontes de carboidrato (sacarose, glicose e maltose) na concentração de 100g/L. Os tempos de cultivo foram 24 e 48 horas, a 30° C e 150 rpm em mesa agitadora. Os cult ivos ocorreram em frasco de Erlenmeyer de 125 ml, com 25 ml de meio de cultivo, contendo as diferentes fontes de carboidratos e 20 g/L de ácido glutâmico em pH 7,0. Após os tempos de fermentação, os cultivos foram interrompidos por centrifugação a 9.000 rpm por 15 minutos. Do sobrenadante foi precipitado o PGA com etanol (1:4 v/v). O PGA foi centrifugado e hidrolisado por 12 horas a 100° C com HCl 6M, o teste de ninhidrina foi empregado para determinação do conteúdo. A maior produção de ácido γ-poliglutâmico ocorreu no meio contendo sacarose, no tempo de 48horas atingindo a produção de 4,98 g/L. Os meios contendo glicose e maltose mostraram-se pouco efetivos para a produção, e que a fonte de carbono pode influenciar na produção desta poliamida pelo Bacillus subtilis natto.

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Efeito de solventes orgânicos e da concentração de kcl na re-extração de lipases de trichoderma sp em micelas de aot/n-

heptano.

Daniele Longo Machado, Bruna Torres da Silva, Valéria M. Gomes de Lima –

Campus de Assis – Faculdade de Ciências e Letras – Engenharia Biotecnológica – [email protected]

Lipases são enzimas que catalisam a hidrólise de ligações éster, em meio

aquoso, ou reações sintéticas, quando em ambientes aquo-restritos, o que as tornam interessantes para aplicações em diferentes segmentos industriais. Os sistemas de micelas reversas têm sido estudados para purificação de lipases por extração líquido-líquido, consistindo de ambientes micro-aquosos, compostos de solvente orgânico, surfactante e água. Nestes sistemas, as cadeias apolares do surfactante ficam voltadas para o solvente apolar, enquanto os grupos polares interagem entre si e com moléculas de água, formando “piscinas” aquosas. O presente trabalho estudou os parâmetros de purificação das lipases produzidas pelo fungo filamentoso Trichoderma sp, utilizando o sistema de micelas reversas. Após o cultivo do microrganismo em fermentação submersa e precipitação da enzima pela adição de sulfato de amônio a 80% de saturação, o precipitado dialisado foi utilizado nos estudos de extração/re-extração. A extração foi realizada em condições previamente determinadas: correção do pH da solução aquosa inicial (pH 4), solução micelar AOT/n-heptano 0,1 mol/L, 5 min de contato sob agitação, centrifugação a 3.000 rpm 5 min. A fase micelar separada após a centrifugação foi colocada em contato com nova fase aquosa variando-se: adição de isopropanol ou isobutanol em concentrações entre 0,1 e 0,5 mol/L ou KCl entre 0,1 e 1,2 mol/L. A atividade enzimática foi determinada utilizando palmitato de p-nitrofenila e o conteúdo de proteínas pelo método de Bradford. A adição de isopropanol e isobutanol tiveram um efeito negativo, não sendo verificada atividade enzimática na nova fase aquosa. Entretanto, quanto maior a concentração de KCl, maior a recuperação de atividade e de proteínas na fase aquosa. A partir de 0,8 mol/L de KCl já é possível observar valores acima de 20 U/mg, significando um aumento na atividade específica de pelo menos 10 vezes em relação ao ensaio realizado com a menor concentração de KCl (0,1 mol/L). A maior atividade específica foi obtida com KCl 1 mol/L, entretanto, a recuperação de atividade total foi pequena. A análise eletroforética do ensaio de re-extração com X mol/L de KCl apresentou uma única banda de 48,43 kDa, valor que que está de acordo com a literatura, e confirma a eficiência do sistema de extração para purificação de lipases de Trichoderma sp.

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Efeito do ph e da concentração de kcl na extração d e lipases de trichoderma sp em micelas de aot/n-heptano.

Bruna Torres da Silva, Daniele Longo Machado, Valéria M. Gomes de Lima –

Campus de Assis – Faculdade de Ciências e Letras – Engenharia Biotecnológica – [email protected] – FAPESP

Lipases são enzimas que catalisam a hidrólise de ligações éster, em meio aquoso, ou reações sintéticas, quando em ambientes aquo-restritos, o que as tornam interessantes para aplicações em diferentes segmentos industriais. Entretanto, existem alguns fatores limitantes para seu uso como: instabilidade enzimática, dificuldade de recuperação da enzima após a catálise, e alto custo relacionado à purificação da lipase. Devido a esses fatores, os sistemas de micelas reversas têm sido estudados para purificação de lipases por extração líquido-líquido. Micelas reversas consistem de ambientes micro-aquosos, compostos de solvente orgânico, surfactante e água. Nestes sistemas, as cadeias apolares do surfactante ficam voltadas para o solvente apolar, enquanto os grupos polares interagem entre si e com moléculas de água, formando “piscinas” aquosas. O presente trabalho estudou os parâmetros de purificação das lipases produzidas pelo fungo filamentoso Trichoderma sp, utilizando o sistema de micelas reversas. Para tanto, após o cultivo dos microrganismos em fermentação submersa, e precipitação da enzima pela adição de sulfato de amônio, foram estudados parâmetros de extração da enzima para o meio micelar, como o efeito do pH e da força iônica. A atividade foi determinada pela hidrólise de palmitato de p-nitrofenila, enquanto o conteúdo de proteínas foi determinado pelo método de Bradford. Para avaliar o efeito do pH sobre a extração da lipase, o pH inicial do extrato bruto foi corrigido para valores entre 3 e 10 pela adição de HCl ou NaOH 1 mol/L. Para estudar a influência da força iônica na extração da lipase de Trichoderma sp, o pH do extrato bruto foi corrigido para 4 e KCl foi adicionado nas seguintes concentrações: 0,01 mol/L, 0,05 mol/L e 0,1 mol/L. Nos ensaios com pH inicial 4, recuperou-se, na fase aquosa, apenas 10% da atividade enzimática e 5 % do conteúdo de proteínas totais iniciais, indicando a transferência da enzima para o meio micelar. Nos ensaios realizados em pH inicial 4 e 5 foram observados os maiores valores de atividade lipolítica na fase micelar, confirmando a extração não só de proteínas totais, mas principalmente da enzima de interesse. O aumento da força iônica pela adição de KCl não contribuiu com o processo de extração, mas ao contrário, provocou desnaturação e precipitação da enzima.

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Efeito do ph e da temperatura na atividade de β-glicosidase de fava rajada vermelha

Caio Ferreira de Oliveira1*; Luciana Carvalho Grade2*; Rafael Fernandes

Santos2*; Amanda Medeiros Orcioli3*; Mara Lucia Luiz Ribeiro*

1* IC-UEL; 2* Mestrado em Biotecnologia; 3* Colaboradora em Projeto de Pesquisa; *Depto. de Bioquímica e Biotecnologia/CCE/UEL – C.P. 6001, CEP

86.051-990, Londrina – PR, e-mail: [email protected]

As β-glicosidases (β-D-glicosídeo glicohidrolase, EC 3.2.1.21) são enzimas capazes de clivar as ligações β-glicosídicas de di e/ou oligosacarídeos, ou outros conjugados glicosídicos, liberando glicose e são amplamente distribuídas na natureza. Estas enzimas hidrolisam as isoflavonas β-glicosídicas (genistina, daidzina e glicitina) e liberam as isoflavonas agliconas (genisteína, daidzeína e gliciteína) que apresentam ação benéfica na saúde humana. Assim, podem ser aplicadas em produtos não fermentados de soja, produzindo alimentos funcionais com teor elevado de agliconas. Este trabalho teve como objetivo caracterizar parcialmente a β-glicosidase extraída de farinha integral de fava rajada vermelha, sendo que esta leguminosa apresentou atividade de β-glicosidase superior à observada na soja. Para a determinação da atividade de β-glicosidase foi utilizado o substrato sintético p-nitrofenil-β-D-glucopiranosídeo (p-NPG) e a enzima foi extraída com tampão fosfato de sódio 0,1 M pH 6,6, com agitação lenta por 1 h a 4°C e po sterior centrifugação a 4000 x g e 4°C por 15 min. O sobrenadante obtido fo i acidificado com HCl 0,3 N até pH 5,0, e novamente centrifugado nas mesmas condições, obtendo-se o extrato bruto (EB). A temperatura ótima do EB para a hidrólise do p-NPG foi determinada entre 5 e 80°C, com incubação de 30 min . O pH ótimo foi determinado entre 3,5 e 8,0 na temperatura de 60°C, definida anteriormente, e também a 30°C. A atividade de β-glicosidase na farinha integral de fava rajada vermelha foi de 428 UA mL-1, sendo 76 vezes superior à soja (5,6 UA mL-1). A temperatura ótima de atividade da enzima foi de 60°C, sendo que o pH ótimo nesta temperatura foi 5,5. O pH ótimo a 30°C foi 6, 0.

Palavras-chave: β-glicosidases, fava rajada vermelha, caracterização parcial. Apoio financeiro: CAPES, Fundação Araucária, IC/UEL

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Eficiência de colonização de bactérias promotoras d o crescimento em girassol sob condições de campo

Eddie Luidy Imada2, Artur Kikuchi Bagatin1, Humberto Mitio Horikoshi1, Kelly Campos Guerra Pinheiro de Goes3 e André Luiz Martinez de Oliveira3 1Departamento de Agronomia/UEL; 2Departamento de Biologia/UEL, 3Departamento de Bioquímica e Biotecnologia/UEL; Universidade Estadual de Londrina, Caixa Postal 6001, 86055-900, Londrina, PR. e-mail: [email protected] Palavras - chave: inoculação, marcadores moleculares, Bacillus cereus, Azospirillum brasilense.

O uso de microrganismos como insumo agrícola pode diminuir significativamente os custos de produção, tornando o balanço energético das culturas altamente positivo, diminuindo riscos de degradação ambiental e aumentando a sustentabilidade do agro-negócio brasileiro. Como exemplo, estima-se que a fixação biológica de nitrogênio na cultura da soja proporcionou uma economia de pelo menos 6 bilhões de dólares para o agricultor brasileiro em 2007/2008. Neste contexto, novos insumos biotecnológicos estão sendo prospectados para culturas de gramíneas como milho, trigo, arroz, sorgo, e cana de açúcar. A utilização destes insumos na agricultura brasileira como um todo (milho, arroz, trigo, sorgo, forrageiras) pode representar uma economia de cerca de 1 bilhão de dólares por ano somente considerando os fertilizantes nitrogenados. Um fator limitante ao sucesso de ensaios de inoculação com bactérias promotoras do crescimento vegetal (BPCV) é a colonização efetiva dos microrganismos inoculado nos tecidos da planta hospedeira. Em estudos prévios de bioprospecção de bactérias com capacidade de promoção do crescimento do girassol, foram identificados 4 isolados endofíticos com elevado potencial de uso como insumo biotecnológico. Este trabalho apresenta resultados preliminares de um ensaio de inoculação de plantas de girassol realizados sob condições de campo. Foi utilizado o isolado de Bacillus cereus CA, obtido a partir de colmo de girassol, como inoculante simples ou em mistura com a espécie Azospirillum brasilense AbV6, na cultivar de girassol BRS321. O inoculante foi baseado em turfa neutralizada estéril, sendo aplicado na dose de 15g por kg de semente, correspondendo a uma densidade inicial de 4,8 x 107 células de cada microrganismo para cada semente. Estudos de reisolamento e caracterização molecular utilizando marcadores moleculares do tipo microssatélites realizados após 30 dias de inoculação, possibilitaram a identificação das estirpes inoculadas. Análises considerando parâmetros de produtividade estão sendo realizadas, para confirmação do efeito promotor do crescimento pelos microrganismos inoculados. Órgãos financiadores: CNPq e Fundação Araucária

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Estudo da comunidade bacteriana endofítica de milho sob diferentes formas de manejo

Emilyn Emy Matsumura1 Mariane Beatrice Fortin2, Eddie Luidy Imada3 Artur Kikuchi Bagatin4, Paulo Ricardo Franco Marcelino5 e André Luiz Martinez de Oliveira5

1Departamento de Microbiologia/UEL; 2Departamento de Farmácia/UEL, 3Departamento de Biologia/UEL, 4Departamento de Agronomia/UEL, 5Departamento de Bioquímica e Biotecnologia/UEL; Universidade Estadual de Londrina, Caixa Postal 6001, 86055-900, Londrina, PR. e-mail: [email protected]

Palavras - chave: Bactérias promotoras do crescimento vegetal, metagenômica, ecologia microbiana. O tipo de manejo aplicado a cultivos agrícolas é um dos fatores de influência da diversidade biológica da microbiota do solo. A utilização de resíduos orgânicos proporciona o condicionamento do solo para a permanência de uma maior diversidade biológica e funcional da microbiota, enquanto o uso de fertilizantes minerais solúveis e agroquímicos proporciona diminuição da diversidade microbiana do solo. A diversidade microbiana nativa do ambiente de cultivo agrícola possui grande influência sobre quais as espécies de microrganismos serão capazes de adquirir um status associativo com as espécies cultivadas. Neste contexto, a comunidade bacteriana endofítica de plantas de milho cultivado sob manejo orgânico está sendo estudada, buscando avaliar o efeito deste tipo de manejo sobre grupos e/ou espécies de bactérias promotoras do crescimento vegetal em associação com esta cultura. Os cultivos foram realizados em duas condições edafoclimáticas distintas, compreendendo a região norte paranaense e a região nordeste de Santa Catarina. As plantas foram coletadas no estágio de floração, imersas em etanol comercial para preservação dos ácidos nucléicos e transportadas ao laboratório para análise. Foram realizados extratos de DNA total das amostras, a partir de 1g de tecido da base do colmo. Estes extratos foram submetidos a amplificação da subunidade ribossomal 16S utilizando iniciadores universais, para obtenção de fragmentos bacterianos contendo informações de importância taxonômica. Estes fragmentos serão clonados no vetor pGEM-T Easy (Promega) e levados para sequenciamento dos fragmentos clonados. Espera-se obter correlações entre o manejo utilizado e a composição da comunidade bacteriana presente nas amostras, e desta forma identificar fatores limitantes e facilitadores da presença de bactérias promotoras do crescimento vegetal associadas ao milho. Órgãos financiadores: CNPq

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Identificação bioquímica e molecular de bactérias p romotoras do crescimento vegetal associadas ao girassol

Kelly Campos Guerra Pinheiro de Goes1, Emilyn Emy Matsumura2, Mariane Beatrice Fortin3, Eddie Luidy Imada4 e André Luiz Martinez de Oliveira1 1Departamento de Bioquímica e Biotecnologia/UEL, 2Departamento de Microbiologia/UEL, 3Departamento de Farmácia/UEL, 4Departamento de Biologia/UEL; Universidade Estadual de Londrina, Caixa Postal 6001, 86055-900, Londrina, PR. e-mail: [email protected]

Palavras - chave: girassol, RAPD, AIA.

Estudos de associações entre microrganismos promotores do crescimento em plantas apresentam enorme potencial devido aos benefícios dados sobre a produtividade. A cultura do girassol possui aspectos interessantes para o agronegócio, com a crescente demanda por óleos vegetais para a indústria alimentícia e como matéria-prima na produção de combustíveis renováveis. Nesse âmbito, a prospecção de microrganismos promotores de crescimento para esta cultura é uma importante ferramenta no desenvolvimento de insumos biotecnológicos para uso comercial. Poucos relatos sobre a composição da comunidade bacteriana benéfica associada ao girassol estão disponíveis, ainda mais escassos para as condições de cultivo do Brasil. Dentre os efeitos atribuídos à promoção do crescimento vegetal por microrganismos, a capacidade de síntese de auxina aparece como um dos mecanismos ativos no aumento de produtividade. Neste trabalho são apresentados dados parciais do panorama da diversidade de bactérias promotoras do crescimento vegetal associadas a dois genótipos de girassol cultivados na região norte paranaense. Foram obtidos 51 isolados a partir de diferentes partes da planta (rizosfera, raízes, colo e capítulo), avaliados quanto à capacidade de produção de auxina e diversidade intragênica com base em marcadores RAPD. A extração de DNA foi realizada segundo o método de AUSUBEL, 1987, e a amplificação das seqüências por PCR-RAPD foi realizada com o iniciador M13. Os resultados mostram que 18 isolados apresentaram capacidade de produzir auxina em meio de cultivo específico, sendo realizada a quantificação da produção de auxinas para 4 isolados, e a identificação de um isolado altamente ativo na produção deste fitormônio. A análise da diversidade destes isolados por marcadores RAPD apresentou uma baixa diversidade para 14 isolados avaliados, possivelmente com a existência de 2 grupos filogenéticos distintos. Análises de RAPD para os demais isolados serão realizadas para confirmação da diversidade. Órgãos financiadores: CNPq e Fundação Araucária

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Identificação de bactérias promotoras do cresciment o vegetal associadas ao Girassol por seqüenciamento do gene 1 6S

Kelly Campos Guerra Pinheiro de Goes1, Artur Kikuchi Bagatin1, Maria Luisa de Castro Fisher1 e André Luiz Martinez de Oliveira1. 1Departamento de Bioquímica e Biotecnologia, Universidade Estadual de Londrina – Rodovia Celso Garcia Cid PR 445 Km 380 Campus Universitário, Caixa Postal 6001, CEP 86061-990, Londrina – PR, Brasil; [email protected] Palavras -chave: Bacillus, girassol, seqüenciamento.

A importância econômica do girassol, bem como a necessidade de cultivá-lo em diversos ambientes, torna interessante o estudo da sua interação com Bactérias Promotoras do Crescimento Vegetal (BPCV) que auxiliam sua sobrevivência em diferentes condições de solo. BPCV pertencentes aos gêneros Pseudomonas, Bacillus, e Azospirillum têm sido relatadas por promover o crescimento e indução da resistência sistêmica em plantas. Muitas estimulam o crescimento vegetal através da fixação biológica de nitrogênio, da liberação de fitorreguladores ou suprimindo os organismos patogênicos. No presente trabalho foi utilizada a técnica de seqüenciamento para identificação taxonômica de espécies de bactérias promotoras do crescimento vegetal associadas à cultura do girassol. Os isolados foram obtidos de amostras da rizosfera, raiz, capítulo e colo das plantas de girassol das cultivares Hélio-251 e Aguará-3. A extração de DNA foi realizada segundo o método de AUSUBEL, 1987, a amplificação das seqüências 16S rRNA dos isolados foi realizada com os iniciadores 27F e 778R e a reação de seqüenciamento efetuada em seqüenciador automático MegaBace 1000. As seqüências do gene 16S rRNA obtidas foram submetidas ao coeficiente de similaridade do Ribosomal Database Project e ao algoritmo BLASTN 2.0.6, para o posicionamento taxonômico e identificação da espécie mais provável, respectivamente. O seqüenciamento do gene 16S rRNA permitiu classificar a grande maioria dos isolados como pertencente ao gênero Bacillus, compreendendo as espécies B. subtilis, B. cereus, B. thuringiensis, B. pumilus, B. megaterium e Bacillus sp. Somente 3 isolados obtidos foram classificados fora do gênero Bacillus, sendo identificadas como Methylobacterium sp.

Órgãos financiadores: CNPq e Fundação Araucária

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Importância do consumo de cogumelos comestíveis par a a saúde humana

Matsumoto, K. L.1; Almeida, S. M.1; Tanaka, H. S.1; Bertelli, M.1; Colauto, N. B.2; Colauto, G. A. L2. Universidade Paranaense – UNIPAR. 1 Alunos do Mestrado de Biotecnologia Aplicada à Agricultura; 2 Docentes do Mestrado de Biotecnologia Aplicada à Agricultura INTRODUÇÃO: na crescente busca pela população da qualidade de vida através do consumo de alimentos saudáveis, os cogumelos comestíveis vêm ganhando espaço devido ao seu sabor característico assim como suas propriedades nutritivas descobertas através de inúmeros estudos. Segundo Furlani (2005), a relação do homem com os cogumelos é antiga, desde a época egípcia onde acreditavam que este alimento era um presente do deus Osíris e os faraós davam como presente. De acordo com Pedra et al. (2009), as principais espécies de cogumelos comestíveis cultivadas no Brasil são Agaricus bisporus, Lentinula edodes e Pleurotus spp. e recentemente Agaricus blazei. Bonini et al. (1999), explicam que os cogumelos já eram utilizados com finalidades medicinais desde tempos antigos para combater hemorragias, cólicas, feridas, asma, icterícia dentre outros. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão sobre a importância do consumo regular de cogumelos comestíveis na saúde humana. REVISAO: a composição de gorduras, carboidratos, vitaminas dentre outros, oscila de acordo com cada espécie e o substrato utilizado para o seu cultivo (BONINI et al., 1999). Estudos do uso medicinal de cogumelos iniciaram há quatro décadas atrás e, estudos clínicos e experimentais sugerem que cogumelos e componentes polissacarídeos inibem o crescimento de tumores. As substâncias com atividade antitumoral e imunomodulatoria presentes nos cogumelos são principalmente os polissacarídeos (em particular os β-D glucanos), polissacaropeptideos e as proteínas polissacarídeos (WU et al., 2007). Cogumelos comestíveis são alimentos de ótima qualidade devido ser fontes de proteínas e carboidratos sendo facilmente digeridos além de possuírem baixo valor calórico (MALUF et al., 1999). Cogumelos do gênero Pleurotus apresentam elevado teor de proteínas, carboidratos, minerais como cálcio, fósforo e ferro; vitaminas como tiamina, riboflavina e niacina (PEDRA et al., 2009). Algumas substâncias anticancerígenas são encontradas nos cogumelos como Lentinus edodes e Pleurotus ostreatus a lentinina; Poria cortícola a poricina; Volvariella volvacea a volvatoxina. Outra importante ação é a sua capacidade de reduzir os níveis de colesterol do sangue (BONINI et al., 1999). Os fungos representam de grande importância na medicina como o desenvolvimento de antibióticos no caso da penicilina sintetizada a partir de metabólitos do fungo Penicillium chrysogenum. Um outro metabólito é do fungo Tolypocladium inflatum, a ciclosporina voltada para pacientes transplantados (SILVA, COELHO, 2006). Em uma pesquisa realizada com Pleurotus ostreatus avaliando seu conteúdo nutritivo constatou o como fonte de potássio, fósforo e cobre (STURION, RANZINI, 2000). CONSIDERACOES FINAIS: os cogumelos comestíveis possuem propriedades nutritivas importantes para prevenção de doenças principalmente a crônica não transmissível, assim como a sua utilização como complemento em tratamento convencional de outras patologias. BONINI, V. L. et al. Cultivo de cogumelos comestíveis . São Paulo: Ícone, 1999, 2 ed. p. 21-26, 206p.

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FURLANI, R. P. Z., Pesquisa determina valor nutricional de cogumelos . Jornal Unicamp - Universidade Estadual de Campinas. p.11, 14 a 27 de fev. 2005 MALUF, W. R., Como produzir cogumelo medicinal (Agaricus blazei). Universidade Federal de Lavras – Dep. De agricultura. 1 ed. jul. 1999 PREDRA, W. N., Análise química e sensorial de Pleurotus ostreatus cultivados em casca de coco suplementada com farelo de trigo e/ou de arroz. Arq. Inst. Biol., Sao Paulo, v.76, n.1, p.91-98, jan./mar., 2009 SILVA, R. R., COELHO G. D. Fungos principais grupos e aplicações biotecnológicas. Instituto de Botânica. 20p. São Paulo, 2006 STURION, G. L.; RANZINI, M. R. T. C., Composição em minerais de cogumelos comestíveis cultivados no Brasil – Pleurotus spp e outras espécies desidratadas . Archivos Latinoamericanos de Nutricion. ALAN. v.50, n.1, Caracas, mar.2000 WU, D. et al, Dietary supplementation with White Button Mushroom Enhances Natural Killer Cell Activity in C57BL/6 Mice . The Journal of Nutrition – Nutritional Immunology. P.1472-1477. 2007

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Índice de expansão de nanocompósitos extrusados a b ase de

amido de mandioca e álcool polivinílico

Flávia Debiagia; Suzana Malib

a – Aluna de Especialização em Bioquímica Aplicada, UEL

([email protected]) b – Docente do Departamento de Bioquímica e Biotecnologia, Centro de

Ciências Exatas, Universidade Estadual de Londrina.

As embalagens plásticas, em especial o poliestireno expandido (isopor®) constituem importantes resíduos sólidos, os quais são descartados em aterros sanitários, contribuindo, portanto, para um aumento da poluição ambiental. Como alternativa, as embalagens convencionais podem ser substituídas por nanocompósitos, os quais podem ser considerados uma nova classe de compósitos biodegradáveis caracterizados por conter pequenas quantidades de nanopartículas de reforço. Os nanocompósitos apresentam melhores propriedades mecânicas, térmicas e de barreira quando comparados a matriz pura e aos compósitos convencionais. Uma das principais características na melhoria dos nanocompósitos diz respeito a propriedade de expansão dos mesmos, a qual pode ser afetada pela presença de alguns adjuvantes como álcool polivinilíco (PVA) e nanoargilas. Diante disso o presente trabalho teve como objetivo produzir e caracterizar quanto ao índice de expansão os nanocompósitos a base de amido, álcool polivinílico, nanoargilas modificadas e não-modificadas. Os compósitos foram produzidos pela mistura de amido de mandioca, álcool polivinílico (0, 20 e 40%) e nanoargilas modificadas e não modificadas (0, 2,5 e 5,0%), e ainda, foram adicionados glicerol (20%) e água (suficiente para que o teor de umidade fosse de 18% antes da extrusão). Em seguida, as formulações foram extrusadas em extrusora mono-rosca de laboratório marca BGM modelo EL-25 com temperatura de 120°C nas quatro zonas, rotação de 75 rpm e matriz cilíndrica de 2,8mm de diâmetro. Foram recolhidos compósitos cilíndricos, que foram analisados quanto ao seu índice de expansão, o qual foi calculado pela relação entre o diâmetro do compósito obtido pelo diâmetro da matriz da extrusora. O valor considerado foi obtido por meio da média aritmética de 20 determinações para cada tratamento. De acordo com os resultados obtidos, o índice de expansão variou entre 2,82 a 1,75. Observou-se que elevados valores do IE corresponde a formulações com maiores proporções de amido e menores de nanoargilas e que os menores valores correspondem a formulações com maiores teores de nanoargilas. Portanto, pode-se concluir que teores altos de amido influenciam positivamente na expansão dos compósitos produzidos e, que o teor de nanoargilas deve ser controlado a fim de evitar efeitos indesejáveis, como a baixa expansão. Agradecimentos: CNPq pelo auxílio financeiro (Projeto 577146 2008-4).

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Influência da concentração inicial de sacarose e do tempo de fermentação na produção de levana por bacillus subtilis natto.

Marques, A. T.1*; Cabral de Melo, F. C.B 2, Celligoi, M.A.P.C. 3

1(PIBIC/CNPq/UEL),2 (Bolsista Capes/Mestrado em Biotecnologia) 3(Docente do Departamento de Bioquímica e Biotecnologia/UEL)

*[email protected] Palavras-Chave: Bacillus subtilis Natto, levana, sacarose. Levana é um homopolissacarídeo composto por resíduos de frutose unidos por ligações β (2→6), e com ramificações laterais β (2→1). Esse exopolissacarídeo é produzido em processo fermentativo tendo como substrato a sacarose. A enzima levanassacarase catalisa a síntese de levana, pela transferência de frutose a uma cadeia de frutana em crescimento. A produção de levana microbiana é altamente afetada pela concentração dos nutrientes do meio de fermentação e pelas condições do ambiente. As principais aplicações da levana são na indústria farmacêutica como agente anti-tumoral e hipocolesterêmico, na indústria alimentícia como estabilizante e fixador de cores, e na indústria de cosméticos como espessante. Bacillus subtilis Natto, além de ser utilizado na produção do alimento fermentado japonês natto, tem sido estudado por produzir levana em substratos ricos em sacarose, com vantagens na alta produção e nas características do produto que pode ser aplicado industrialmente. Levando em consideração o grande campo de aplicação industrial da levana, conciliado ao potencial produtivo do microrganismo, este trabalho teve como objetivo estudar a influência da concentração inicial de sacarose e do tempo de fermentação na produção de levana. A produção de levana foi avaliada variando-se o tempo de fermentação (48, 72 e 96 horas) e a concentração inicial de sacarose (300, 350 e 400 g.L-1). A temperatura e a agitação do meio de cultivo foram padronizadas em 30°C e 150 rpm, respectivamente. Onze fermentaçõ es foram desenvolvidas segundo um delineamento fatorial completo do tipo 32 com dois pontos centrais. Os inóculos foram padronizados em 0,2 g.L-1. O processo fermentativo foi em batelada em frascos Erlenmeyer de 125 mL contendo 25 mL dos meios de fermentação. Posterior aos tempos de cultivo, as fermentações foram interrompidas por centrifugação em 9000 rpm, por 10 minutos em 4°C. Dos sobrenadantes foi precipitada a levana com etanol absoluto (1:3 v/v) e quantificada por unidades de frutose segundo Ananthalakshmy & Gunasekaran (1999). As respostas foram analisadas pelo programa Statistica 6.0 para análise de variância (ANOVA) com a probabilidade de 5% de confiança e metodologia de superfície de resposta A maior produção de levana foi de 126,85 g.L-1 (400 g.L-1 de sacarose, 48 horas de fermentação). Apenas a concentração inicial de sacarose foi considerada uma variável significativa para a produção de levana. Com os resultados obtidos, um novo planejamento estatístico com maiores concentrações iniciais de sacarose será necessário para otimizar a produção de levana.

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Influência de fatores no crescimento de fusarium ve rticillioides e produção de fumonisinas em grãos de milho

Thiago Montagner (PIBIC/CNPq-UEL), Luciana Pereira Bernd (UEL), Angélica Tieme

Ishikawa (UEL), Diogo Pedrollo (Colaborador), Elisabete Yurie Sataque Ono (Colaboradora), Elisa Yoko Hirooka (Orientadora).

E-mail: [email protected].

Universidade Estadual de Londrina/ Centro de Ciências Agrárias – Londrina / PR Fusarium verticillioides é uma espécie fúngica amplamente disseminada em grãos de milho e produtora de fumonisinas, as quais representam riscos à saúde da população e de animais. Sendo que as condições climática subtropical/tropical (temperatura e umidade) do Brasil favorece a contaminação fúngica desta gramínea (PEDROSA; DEZEN, 1991). Em vista da exigência quanto ao controle de micotoxinas, estudos centrados nos pontos críticos de sua produção tornam-se de importância fundamental. Em face disto, o presente trabalho objetivou determinar a influência de fatores como variedade de milho, idade da cepa utilizada, marcas de meios de cultura e substrato submetido e não a tratamento térmico (121 °C/20 min ) na produção de fumonisinas e crescimento de fúngico. Posteriormente determinou-se a melhor condição de umidade, temperatura e inóculo nas mesmas respostas. Os resultados demonstraram que a produção de fumonisinas e o crescimento de Fusarium spp. não apresentou diferença estatisticamente significativa em função dos fatores aos quais o fungo foi submetido para seu desenvolvimento, exceto com relação à esterilidade do substrato, já que para essa condição não ocorria competição microbiana. O maior crescimento de Fusarium spp. ocorreu em grãos mantidos a 27% de umidade, 27 °C e com inóculo de 10 6, sendo que a umidade e a temperatura foram as variáveis que exerceram a maior influência no crescimento fúngico. A produção de FBt, FB1 e FB2 foi influenciada pela umidade, temperatura e inóculo (p>0,05). Sendo que a maior produção de FBt foi com 22,5% de umidade e 22,5 ºC de temperatura. Estando de acordo com pesquisas que demonstraram haver um aumento nos níveis de fumonisina em regiões temperadas (HIROOKA et AL,. 1996; SCUDAMORE & PATEL, 2000).Os resultados mostraram a importância de estudos sobre as condições favoráveis para o desenvolvimento da microbiota fúngica e produção de micotoxinas. Agradecimentos Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico Tecnológico (CNPq), FINEP, Fundação Araucária, UGF Fundo Paraná-SETI. Rererências HIROOKA, E. Y.; YAMAGUCHI, M. M.; AOYAMA, S.; SUGIURA, Y.; UENO, Y. The natural occurence of fumonisins in Brazilian corn kernels. Food Additives and Contaminants, v. 13, n. 2. p. 173-183, 1996. PEDROSA, A.V.B.; DEZEN, R.B. O milho: características do mercado e perspectivas. Preços agrícolas , v.55, p.1-4, 1991. SCUDAMORE, K. A.; PATEL, S. Survey for aflatoxins, ochratoxin A, zearalenone and fumonisins in maize imported into the United Kingdom. Food Additives and Contaminants , v. 17, p. 407-416, 2000. UENO, Y.; AOYAMA, S.; SUGIURA, Y.; et al. A limited survey of fumonisin in corn and corn-based products in Asian countries. Mycotoxin Research , v.9, p.27-34, 1993.

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Influência do ácido p-cumárico sobre o crescimento e a lignificação de raízes de milho ( Zea mays)

FERRO, A. P.; SOARES, R. C. S.; BEVILAQUA, J. M.; FERRARESE, M. L. L.;

FERRARESE-FILHO, O.

Departamento de Bioquímica, Universidade Estadual de Maringá - PR, CEP: 87.020-900

Graças à multiplicidade de aplicações do milho, tanto na alimentação humana quanto na alimentação animal, esse cereal tem relevante papel socioeconômico, além de constituir-se em indispensável matéria-prima impulsionadora de complexos agroindustriais. Como a alelopatia é um processo que envolve metabólitos secundários produzidos por plantas, algas, bactérias e fungos que influencia o crescimento e desenvolvimento dos sistemas biológicos, plantas cultivadas também estão suscetíveis a esse efeito, que muitas vezes se expressa como um estresse para as mesmas. Os ácidos fenólicos presentes nas plantas, dentre eles o ácido p-cumárico, compõem um grande grupo de compostos secundários relacionados às respostas alelopáticas e são elementos indispensáveis nas estruturas anatômicas e morfológicas, dos quais muitos constituem partes integrantes das estruturas da parede celular, principalmente em polímeros de ligninas e suberinas. De acordo com a informação de que as plantas liberam diversos aleloquímicos como resposta aos estresses, dentre eles as formas livres dos fenilpropenóides e, que o enrijecimento da parede celular associado à lignificação é um mecanismo comum de defesa vegetal quando a célula está sob estresse, é razoável crer que o ácido p-cumárico afeta o crescimento das plantas atuando em nível da via de lignificação das raízes. Portanto, o trabalho apresentado visa aferir o crescimento (comprimento, biomassa fresca e seca) e o teor de lignina das raízes de milho submetidas ao ácido p-cumárico. Para isto, sementes de milho da cultivar IPR 114 foram postas a germinar durante 3 dias, no escuro (25ºC), posteriormente, transferiu-se 25 plântulas uniformes para recipientes com 200 mL de solução nutritiva (pH 6,0) contendo ácido p-cumárico a 1mM ou não (controle), e a seguir, estes foram incubados durante 24 horas com um fotoperíodo de 12 horas (claro/escuro), a 25ºC. Após esse período, as raízes foram excisadas, medidas (comprimento), pesadas (biomassa fresca), postas na estufa a 80˚C e pesadas novamente após 24 horas (biomassa seca). Para a determinação dos teores de lignina, usou-se o método da lignina solúvel em brometo de acetila (LSBA) utilizando 20 µg de material livre de proteínas. Os resultados revelaram que as medidas do comprimento das raízes submetidas ao ácido p-cumárico foram inibidas em 76% em relação ao controle e os valores das biomassas frescas e secas foram reduzidos em 24% e 12% respectivamente. Os teores de lignina apresentaram um acréscimo de 46% em relação ao controle. Diante disso, os resultados sugerem que o ácido p-cumárico levou a um aumento na produção de lignina, o que faz aumentar a rigidez da parede celular e contribuir para a redução no crescimento das raízes e, por conseguinte, da planta. Apoio: CNPq.

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Influência do pH na descoloração enzimática do cora nte Remazol Brilliant Blue por Lacase produzida pelo

microrganismo Pycnoporus ssp

Aline Francisca de Souza1, Fábio Rosnei da Silva2, Luciano Nobuhiro Aoyagi3,

Renata Correa Yamashita3, Suely Mayumi Obara Doi4

1 Mestrando em Biotecnologia – Universidade Estadual de Londrina/UEL

2 Graduando em Química – Universidade Estadual de Londrina/UEL

3 Graduando em Ciências Biológicas – Universidade Estadual de Londrina/UEL

4 Docente do Departamento de Bioquímica e Biotecnologia, CCE/UEL Caixa Postal 6001 Postal 600, CEP 86051-980, Londrina - PR

e-mail: [email protected] A poluição do meio ambiente por efluentes industriais tem aumentado gradativamente nos últimos tempos, tornando-se um grave problema social e ambiental. As indústrias têxteis, responsáveis por grande parte da economia mundial, são caracterizadas pela utilização de grande volume de água em seus processamentos e como conseqüência a liberação de alta demanda de águas residuárias contendo substâncias com composição extremamente variável, podendo ser recalcitrantes e potencialmente cancerígenas, as quais poluem recursos hídricos e afetam a vida aquática quando despejados sem um pré-tratamento. Desta forma, é necessário a detoxificação de tais resíduos antes de serem eliminados no meio ambiente. Existem tratamentos físicos e químicos para estes resíduos, entretanto os tratamentos biológicos como a utilização de microrganismos ou seus metabolitos vêm se destacando por serem naturais e não utilizarem substâncias químicas no seu desenvolvimento. A utilização da lacase tem sido amplamente estudada na descoloração de efluentes têxteis, pode ser produzida pelo microrganismo Pycnoporus ssp e quando aplicada na biorremediação atua na catalização de reações de oxirredução em moléculas fenólicas utilizando o oxigênio como aceptor de elétrons, produzido moléculas de água no final do processo, reduzindo desta forma a toxicidade dos compostos. Este trabalho avaliou a influência do pH na descoloração enzimática do corante remazol brilliant blue por meio da enzima lacase produzida pelo microrganismo Pycnoporus ssp em pH no intervalo de 3 a 7, com temperatura constante de 50°C, concentração do corante de 0,5% e tempo de incubação de 5 minutos. O pH ótimo de atuação da lacase foi de 4,0, onde ela atingiu cerca de 90,25% de descoloração do corante. Porém, o pH no intervalo de 3,0 a 4,5 a descoloração também se mostrou eficiente, estando contida entre 80 e 90% de eficácia. A taxa de descoloração começou a decair quando aplicada em pH 5,5, onde apresentou valor máximo de 47,29% de descoloração e continuou diminuindo drasticamente com o aumento do pH. Conclui-se que o pH ácido é o melhor para atuação da lacase produzida por Pycnoporus ssp, entretanto outros parâmetros cinéticos devem ser estudados para obtenção de melhores resultados de descoloração de corantes têxteis. Palavra-chave: Detoxificação de efluente têxtil, biorremediação, enzimas ligninoliticas

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Influência do teor de água no desenvolvimento de em balagem biodegradável tipo espuma a partir de amido de mand ioca e

fibras da cana – de açúcar

Ana Elisa Stefani Vercelheze1, Vitor Almeida Marengo1, Isabela Cristina Pinheiro de

Freitas Santos1, Fábio Yamashita2, Suzana Mali 1

1 - Departamento de Bioquímica e Biotecnologia, Centro de Ciências Exatas, Universidade Estadual de Londrina.

2- Departamento de Ciência e Tecnologia de Alimentos, Centro de Ciências Agrárias, Universidade Estadual de Londrina.

O aumento da utilização de plásticos de origem petroquímica na fabricação de embalagens e recipientes descartáveis vem resultando em problemas ambientais, ocasionados pelo acúmulo desses materiais nos aterros sanitários. O consumo global de plásticos é estimado em mais de 200 milhões de toneladas, com um crescimento anual de 5% ao ano. No Brasil são gerados diariamente aproximadamente 125 mil toneladas de resíduos domiciliares, sendo que só na cidade de São Paulo cerca de 15 mil toneladas de resíduos sólidos são gerados por dia, dos quais possivelmente mais de 700 toneladas são constituídas de embalagens plásticas. Assim, muitas pesquisas vêm sendo realizadas na tentativa de substituir os polímeros sintéticos por materiais que possam ser assimilados pelo meio ambiente. Uma das alternativas para diminuir este problema é a utilização de compostos provenientes da agricultura, como o amido e a cana de açúcar, na elaboração de materiais biodegradáveis. Objetivou-se com este trabalho avaliar a influência da quantidade de água na formação e expansão de embalagens tipo bandeja a partir de amido de mandioca e fibras da cana-de-açúcar obtidas por termoformagem. Para o preparo da massa inicialmente foram pesados 90g de amido de mandioca e10g de fibra de cana de açúcar. Posteriormente foram adicionados às massas diferentes quantidades de água (100mL, 110mL, 120mL, 130mL e 200mL). Após total homogeneização, foram pesados 110g de cada mistura e adicionadas em um molde de teflon de 23,5 cm por 18,5 cm. O material foi submetido ao processo de termoformagem em uma prensa hidráulica (130 ºC por 20 minutos) com pressão de 100 bar. Finalmente, as bandejas foram retiradas do molde, resfriadas em temperatura ambiente e avaliadas visualmente quanto à formação de bandejas inteiras e expansão. A quantidade de água influenciou diretamente a viscosidade da massa, as massas produzidas com 100 a 130 mL de água foram muito viscosas e originaram bandejas quebradas e pouco expandidas. O melhor resultado foi com a utilização de 200 mL de água à massa, quando foram geradas bandejas inteiras e expandidas, similares ao poliestireno expandido (isopor®). Estes dados estão de acordo com a literatura, que relatam que a água como componente da formulação exerce diversas funções: ajuda na dispersão dos componentes sólidos na massa, propicia a gelatinização do amido, promove a expansão da massa através da formação do vapor e interfere na viscosidade da massa. Agradecimentos: CNPq (Projeto 478109/2008-3) e CAPES

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Influência do teor de fibras de cana – de açúcar na aparência de embalagens biodegradáveis de amido de mandioca o btidas

por termoformagem

Ana Elisa Stefani Vercelheze1, Vitor Almeida Marengo1, Isabela Cristina Pinheiro de Freitas Santos1, Fábio Yamashita2, Suzana Mali 1

1 - Departamento de Bioquímica e Biotecnologia, Centro de Ciências Exatas,

Universidade Estadual de Londrina. 2- Departamento de Ciência e Tecnologia de Alimentos, Centro de Ciências Agrárias,

Universidade Estadual de Londrina.

As embalagens produzidas com polímeros sintéticos convencionais são consideradas inertes ao ataque imediato de microrganismos, o que implica em tempo de degradação da ordem de 100 anos, ocasionando sérios problemas ambientais. Com a finalidade de substituir parcialmente esse tipo de material, pesquisas vêm sendo realizadas no sentido de desenvolver materiais biodegradáveis. Dentre os polímeros naturais, o amido vem sendo um dos materiais mais estudados devido a sua disponibilidade e baixo custo. No entanto, a produção de embalagens exclusivamente de amido não é viável devido as suas características hidrofílicas, o que torna estes materiais quebradiços e sensíveis ao contato direto com água. Diante desse panorama, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a influência do teor de fibras de cana – de – açúcar como material de reforço em embalagens tipo bandeja produzidas a partir de amido de mandioca e obtidas por termoformagem. As espumas foram preparadas a partir das misturas de amido e diferentes concentrações de fibra de cana – de açúcar (1,4%, 3,0%, 4,2%, 5,6%, 7,0%, 8,5%, 10% e 20%). Após total homogeneização, pesaram-se diferentes quantidades de massa de cada mistura (70g, 95g, 100g, 104g, 110g e 115g), que foram adicionadas em um molde de teflon de 23,5 cm por 18,5 cm. O material foi submetido ao processo de termoformagem em uma prensa hidráulica (130 ºC por 20 minutos) com pressão de 100 bar . Finalmente, as bandejas foram retiradas do molde e resfriadas em temperatura ambiente. Na avaliação das bandejas foram observadas as seguintes características: continuidade (ausência de rupturas e fraturas) homogeneidade (ausências de partículas insolúveis ou visíveis a olho nu), expansão e cor. De todas as formulações testadas, foram obtidas bandejas completas e incompletas, algumas apresentaram rupturas e rachaduras. No entanto, de todos os parâmetros testados a cor foi à características que mais influenciou na aparência das bandejas, as formulações com menor teor de fibras (1,4%, 3,0%, 4,2% e 5,6%) apresentaram bandejas mais claras variando entre o bege a marrom claro, enquanto, as bandejas produzidas com maior teor de fibras (7,0%, 8,5%, 10% e 20%) apresentaram cores mais escuras. De acordo com a literatura, é desejável que as embalagens plásticas apresentem elevado brilho e transparência. Por outro lado, muitas vezes a proteção contra a incidência de luz faz necessária (transparência baixa ou nula), como no acondicionamento de produtos sensíveis a reações de deterioração catalisadas pela luz. Agradecimentos: CNPq (Projeto 478109/2008-3) e CAPES (Bolsa de Mestrado)

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Inibição do crescimento da bactéria de solo azospir illum amazonensis pelo herbicida glifosato

Rodrigo César dos Santos Vida1, Paulo Ricardo Franco Marcelino2, André Luíz Martinez de

Oliveira3.

1Especialização em Bioquímica Aplicada. UEL/CCE 2Graduação em Química. UEL.

3Docente. Departamento de Bioquímica e Biotecnologia UEL.

A bactéria de solo Azospirillum amazonensis é um dos

organismos diazotróficos que compõe o microambiente terrestre, comumente encontrado em associação com raízes de gramíneas em regiões de clima tropical e subtropical. Quando em simbiose com vegetais, essa bactéria proporciona fixação do nitrogênio atmosférico, estando assim diretamente relacionada com o crescimento e desenvolvimento do vegetal em associação. O glifosato é um composto análogo ao aminoácido glicina muito utilizado como herbicida em plantações do mundo todo. Sabe-se, contudo, que a toxicidade do glifosato pode afetar outros organismos, como bactérias, peixes e mamíferos, sendo esse composto alvo de críticas por sua utilização indiscriminada. Esse trabalho objetivou testar diferentes concentrações de glifosato sobre cultivo in vitro da bactéria Azospirillum amazonensis. O cultivo bacteriano foi inoculado com concentrações de glifosato pareáveis as utilizadas em campo e mantido sob cultivo por pelo menos dois meses, com repiques semanais. O efeito sobre o crescimento bacteriano foi avaliado através da contagem do número de colônias visíveis. Os resultados demonstram que a concentração mais elevada da droga foi significativamente inibidora do crescimento desse tipo de microorganismo. Esse trabalho contribui para a compreensão dos danos de agentes herbicidas sobre bactérias e outras formas vivas presentes no solo, e alerta para o uso indiscriminado desses compostos e seus riscos ao ambiente como um todo.

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Ocorrência de Microrganismos Diazotróficos na Cultu ra da Cana-de-Açúcar

Karina Maria Lima Milani1; Oswaldo Machineski2; Paula Cerezini1; Gisele Milani

Lovato1; Alexandra Scherer1; Larissa Gonçalves Leite1; Elcio Libório Balota3;

1Bolsista do Laboratório de Microbiologia do Solo do IAPAR, Londrina, PR, [email protected];

2Técnico de Nível Superior, Laboratório de Microbiologia do Solo, IAPAR; 3 Pesquisador, Área de Solos, IAPAR, Londrina, PR.

A cana-de-açúcar possui grande importância no cenário agrícola mundial, sendo o Brasil um dos maiores produtores. Apesar de ser uma cultura exigente em nitrogênio muitas vezes não responde de maneira consistente à adubação nitrogenada. Entretanto, existem alguns gêneros de bactérias que possuem capacidade de fixar biologicamente o N2 e associam com diversas espécies de plantas de importância agrícola tais como: milho, cana-de-açúcar, batata, alfafa, beterraba, café e outras, podendo trazer benefícios à nutrição e ao desenvolvimento das mesmas. Essa associação pode ocorrer na região da rizosfera ou endofiticamente, em várias partes da planta. O gênero de bactérias mais estudado é o Azospirillum, mas existem muitos estudos com representantes dos gêneros Gluconocetobacter, Herbaspirillum e Klebsiella. Neste contexto é importante estudos de isolamento e seleção de estirpes de bactérias diazotróficas provenientes de diversas regiões. O objetivo neste trabalho foi realizar a contagem e o isolamento de microrganismos diazotróficos na cultura de cana-de-açúcar visando à purificação e testes de eficiência agronômica para possível utilização como inoculante. Foram coletadas amostras de cinco variedades de cana-de-açúcar provenientes da Estação Experimental da Universidade Federal do Paraná, Paranavaí-PR: RB 855546, RB 845210, RB 855156, RB 72454, e RB 867515, que apresentavam diferente comportamento com relação a sua exigência ao nitrogênio. De cada variedade foram coletadas amostras de solo da rizosfera, raízes, toletes e folhas. As amostras foram submetidas à diluições sucessivas de 10-2 até 10-7 e inoculadas em meios semi-sólido seletivo NFB, para o gênero Azospirillum, e LGI-P para Gluconacetobacter. Os frascos inoculados foram incubados no escuro, a 28°C por sete dias e a contagem da população de bactérias diazotróficas foi realizada através da técnica do número mais provável (NMP), utilizando a tabela de McCrady para três repetições por diluição. O isolamento foi feito a partir dos frascos das últimas diluições, com crescimento positivo. Foi observado grande número de bactérias diazotróficas em todas as partes da planta (raiz, tolete, folha e solo) nas variedades avaliadas. Os maiores números de diazotróficos (Azospirillum e Gluconacetobacter) foram observados na variedade RB 855546, considerada como exigente ao nitrogênio. O gênero Azospirillum ocorreu em maior número nas raízes, enquanto que com relação ao gênero Gluconacetobacter não houve diferença quanto ao número de bactérias, entre as partes da planta e solo. Os isolados obtidos foram incluídos na coleção de Microrganismos Diazotróficos do Laboratório de Microbiologia do Solo do IAPAR e estão sendo caracterizados fenotípica e genotipicamente, bem como sendo avaliados quanto a capacidade de fixar N2 e promover o crescimento das plantas objetivando os testes de eficiência. Palavras-chave : fixação biológica de nitrogênio, Azospirillum, Gluconacetobacter.

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Potencial antitumoral de Agave sisalana Perr (Agavaceae) avaliado pelo teste de inibição da indução de tumor por

Agrobacterium tumefaciens.

OLIVEIRA ACG1, GRABHER I1, RODRIGUES DTM1, SILVA LP1, OLIVA NETO P2, SANTOS L2, SILVA RMG1

1Laboratório de Fitoterápicos e 2Biotecnologia Industrial, Departamento de Ciências Biológicas, Faculdade de Ciências e Letras, Universidade Estadual Paulista (UNESP) – Campus Assis – SP, [email protected]. Agave sisalana Perr pertence à família Agavaceae. Suas folhas produzem uma fibra altamente resistente que é utilizada na indústria de fibras e para artesanato, é utilizada também como fonte de celulose para produção de papel. Os efeitos biológicos e farmacológicos do subproduto da extração de fibras do sisal (suco), apesar de apresentar diversos compostos fitoquímicos, praticamente não foram estudados. Sendo assim, este trabalho teve por objetivo avaliar a atividade antitumoral do suco de Agave sisalana por meio do teste de inibição de tumor induzido por Agrobacterium tumefaciens em discos de Solanum tuberosum. Para tanto foi preparado o suco seco de A. sisalana foi diluído nas concentrações de 0,00001; 0,0001; 0,001; 0,01; 0,1 e 1,0mg/mL para realização do bioensaio. O teste antitumoral foi realizado por meio da indução de tumor em batatas por A. tumefaciens. Em placas de Petri foram colocados cinco discos de batata (em condições assépticas). Sobre eles foram adicionados 5µL de inóculo de A. tumefaciens. Tais placas foram incubadas por 24 horas a 28ºC e então 5µL do extrato nas concentrações foram adicionados aos discos de batata inoculados, formando os grupos experimentais. Foram feitos controles positivos (inóculo de bactéria e água) e controles negativos (somente extrato (1,0 mg/mL) e água), sendo colocados para os grupos experimentais e controles 3 placas (n=5 discos). Para o bioensaio antitumoral o suco seco de A. sisalana não apresentou diminuição significativa do número de tumor nas concentrações de 0,001%; 0,01% e 1% e em comparação ao grupo controle. Porém as concentrações de 0,0001%; 0,0001% e 0,1% apresentaram 10% em média de diminuição de tumor. De acordo com os resultados obtidos foi possível constatar que o suco de A. sisalana apresenta potencialidade antitumoral por meio do ensaio avaliado neste estudo. Apoio financeiro: UNESP/Assis.

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Processo de termoformagem para obtenção de espumas

biodegradáveis de amido

Daniel Kaue Massayuki Matsuda, Ana Elisa Stefani Vercelheze, Vitor Almeida

Marengo, Eduardo Macedo de Mello, Suzana Mali

Departamento de Bioquímica e Biotecnologia, Centro de Ciências Exatas, Universidade Estadual de Londrina.

As embalagens feitas de materiais biodegradáveis podem ser utilizadas como alternativa para a diminuição do impacto ambiental causado pelas embalagens de origem petroquímica. Dentro deste contexto, o interesse em utilizar insumos de fontes renováveis na elaboração de materiais que substituam os plásticos convencionais vem sendo estimulado e intensificado, com resultados bastante promissores. Entre as matérias-primas vegetais mais utilizadas para a obtenção de materiais biodegradáveis, o amido recebe especial atenção, principalmente pelo baixo custo. O amido granular não possui característica termoplástica. No entanto, quando submetido à pressão, cisalhamento, temperaturas na faixa de 90-180ºC e na presença de um plastificante como água ou glicerol, o amido se transforma em um material fundido. Para obtenção do amido termoplástico (TPS), várias técnicas industriais de processamento de plásticos podem ser utilizadas, tais como extrusão, injeção e moldagem por compressão. As espumas, ou embalagens expandidas, podem ser obtidas através de processos como termoprensagem e a termo-expansão (utilizando molde aquecido). Portanto, o objetivo deste trabalho foi padronizar o processo de termoformagem para produção de embalagens biodegradáveis de amido de mandioca tipo bandeja, com adição de glicerol como plastificante (10%), empregando-se diferentes relações entre sólidos totais e água (1: 0,5; 1:1; 1:2) Para este processo foi utilizado uma prensa hidráulica com sistema de aquecimento micro-processado (Marca Jomaq – SP) e molde de Teflon ® retangular com dimensões de 23,5 x 18,5 cm. A padronização do método foi dividida em 3 etapas; a primeira etapa foi referente ao preparo das formulações, cuja mistura foi padronizada da seguinte forma: em um recipiente adicionou-se a fase sólida (amido + aditivos) e, posteriormente, a fase liquida (água) até total homogeneização, realizada por agitação meânica durante 20 minutos. Observou-se que a melhor relação sólida totais: água foi de 1:1. Em uma segunda etapa, padronizou-se a quantidade de massa empregada no molde e foram testadas três diferentes porções dasformulações preparadas (100g, 104g e 110g), sendo o melhor resultado obtido para 100 g de massa. Na terceira etapa, padronizou-se tempo, temperatura e pressão de moldagem, chegando-se à conclusão de a temperatura de 130ºC e pressão de 100 bars durante 20 minutos seriam a melhor combinação de condições para a obtenção das bandejas. No processo de termoformagem, com o aumento da temperatura e a presença de água na massa, ocorre a gelatinização dos grânulos de amido e, conseqüentemente, a eliminação de água por evaporação, que provoca a expansão da massa, fazendo com que toda a área do molde seja preenchida. Logo após esse processo, a alta temperatura leva a solidificação do material e consequentemente a obtenção das espumas. Agradecimentos: CNPq pelo auxílio financeiro (Projeto 577146 2008-4) e CAPES (Bolsa de Mestrado)

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Produção de bandejas biodegradáveis de amido de man dioca e carbonato de cálcio

Vitor Almeida Marengo*; Ana Elisa Stefani Vercelheze**, Isabela Cristina

Pinheiro de Freitas Santos*, Suzana Mali***

* – Estagiário de Iniciação Científica, BBTEC, CCE, UEL. [email protected]

**- Mestranda do Curso de Biotecnologia, CCE, UEL. *** – Docente do Departamento de Bioquímica e Biotecnologia, Centro de

Ciências Exatas, Universidade Estadual de Londrina. Embalagens biodegradáveis têm aumentado nos últimos tempos. O amido é um polímero natural que tem se mostrado promissor para substituir os polímeros plásticos convencionais. Mesmo que o amido tenha propriedades para a formação de bandejas, possui uma resistência mecânica inferior a dos materiais a base de petróleo e é muito hidrofílico. A adição de carbonato de cálcio pode ser uma alternativa no sentido de melhorar estas propriedades das embalagens de amido, sem alterar a sua biodegradabilidade. Diante disto, o objetivo deste trabalho foi estudar o efeito da adição de carbonato de cálcio a embalagens de amido de mandioca, produzidas no formato de bandejas por termoformagem. Foram empregadas duas concentrações diferentes de carbonato de cálcio (25 e 50g/ 100 g de sólidos totais), estearato de magnésio (1%), goma guar (1%) e amido (qsp). Nas duas formulações adicionou-se água em quantidade igual a dos sólidos totais e glicerol (10 g/100 g sólidos totais). Foram pesados 104g, 120g e 130g de cada formulação e, então, cada amostra foi submetida ao processo de termoformagem em termoprensa hidráulica sob 100 bar de pressão e 130oC por 20 minutos. As bandejas foram analisadas visualmente quanto a sua continuidade (ausência de rupturas e fraturas), homogeneidade (ausências de partículas insolúveis ou visíveis a olho nu), expansão e cor. As bandejas com maior concentração de carbonato de cálcio não ficaram Na busca de soluções para o acúmulo de materiais plásticos não reutilizados, a pesquisa de continuas e homogêneas, sua expansão foi limitada e sua coloração branca. Dentre as bandejas com menor concentração de carbonato, as produzidas com 104g e 110 g de massa não apresentaram homogeneidade e, as produzidas com 130g explodiram no momento em que a maquina parou de exercer pressão. Observou-se que uma grande quantidade de carbonato de cálcio na formulação pode impedir que o amido expanda e forme uma bandeja, além de aumentar a rigidez do material produzido, sendo assim uma adição menor de carbonato de cálcio pode ser benéfica para a melhora das propriedades mecânicas da bandeja e da sua coloração. Agradecimentos: CNPq (Projeto 478109/2008-3) e CAPES

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Produção de Dextrana por Leuconostoc mesenteroides em meios de Melaço, Garapa e Sacarose

Costa, K. R.1; Ferreira, D. C.1; Celligoi, M. A. P.C. 2; Buzato, J. B.2 1(Especialização em Bioquímica Aplicada/UEL), 2(Docente do Departamento de

Bioquímica e Biotecnologia/UEL) Palavras-chave: Dextrana; Leuconostoc mesenteroides; melaço; garapa; sacarose. Pesquisas têm sido extensivamente conduzidas para a produção de polímeros de origem microbiana. Dentre estas substâncias produzidas destacam-se os polissacarídeos, em particular a dextrana. Dextrana é o nome dado a uma classe de polissacarídeos bacterianos extracelulares conhecidos como exopolissacarídeos (EPS)1. A dextrana é obtida por processo fermentativo sendo sintetizada pela enzima dextrana-sacarase a partir da sacarose. A enzima é produzida extracelularmente por uma grande variedade de bactérias pertencentes à família Lactobacillacea, em especial os gêneros Lactobacillus, Leuconostoc e Streptococcus. As principais bactérias produtoras de dextrana pertencem ao gênero Leuconostoc, espécie mesenteroides2. Em 1948, a dextrana produzida pela linhagem L. mesenteroides NRRL B-512F foi o primeiro biopolímero a ser produzido em escala industrial com aplicações na medicina e indústrias biotecnológicas, farmacêuticas, químicas e alimentícias3,4. Considerando as inúmeras aplicações da dextrana nas indústrias biotecnológicas e a possibilidade de utilização de várias fontes de cultivo de baixo custo associados ao potencial produtivo do L. mesenteroides, este trabalho teve como objetivo estudar diferentes condições de cultivo para produção de dextrana. A produção de dextrana ocorreu usando como fonte de açúcar o melaço, a garapa e a sacarose. A concentração de açúcar dos meios teve índice inicial de 15°BRIX ®. O processo fermentativo foi realizado em frascos Erlemeyer de 125mL contendo 22,5 mL do meio de fermentação e 2,5 mL do inóculo L. mesenteroides. Após cinco horas, a fermentação foi interrompida e centrifugada a 21.380g por cinco minutos. A partir do sobrenadante, o EPS foi precipitado com etanol 95% (1:3 v/v) e quantificado pelo método de Somogyi (1945) e Nelson (1944). A maior produção de dextrana de 3,2g/L foi no meio de sacarose, seguido do meio de garapa com 1,3g/L e por fim, no meio de melaço com produção de 0,09g/L. 1 SUTHERLAND, I. W. Novel and Established Applications of Microbial Polysaccharides. Tibtech, v. 16, p. 42-46, 1998. 2 MONCHOIS, V.; WILLEMOT, R.; MONSAN, P. Glucansucrases: mechanism of Action and Structure-function Relationships. FEMS Microbiol Review, v. 23, p. 131-151, 1999. 3 GRONWALL, A. J. T. et al. Manufacture of Infusions and Injection Fluids. United States Patent Office, 1948. 4 KHALIKOVA, E.; SUSI, P.; KORPELA, T. Microbial Dextran – Hydrolysing Enzimes: Fundamentals and Applications. Microbiology and Molecular Biology Reviews, v. 69, p. 306-325, 2005

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Produção de enzima com atividade antineoplásica

Ana Paula F. Rosolen1; Jaqueline G. Campiolo1; José C. Duarte2

1Estudante de Farmácia/CCS/UEL 2Docente Depto. Ciências Farmacêuticas/CCS/UEL – e-mail: [email protected]

Nos últimos anos tem aumentado o interesse mundial por produtos de origem natural e a Indústria Farmacêutica cada vez mais usa de alternativas Biotecnológicas para buscar novas substâncias bioativas. Alguns microrganismos como a Escherichia coli, Serratia marcescens, Erwinia carotovoca e Saccharomyces cerevisiae apresentam a capacidade de produzirem a enzima asparaginase, um agente antitumoral que catalisa a clivagem de asparagina em ácido aspártico e amônia. No entanto, devido aos efeitos colaterais tóxicos da administração de asparaginase originadas desses microrganismos, tem havido uma busca de produtores alternativos dessa enzima. A utilização da bactéria Zymomonas mobilis fermentando sacarose tem mostrado ser uma alternativa para produção biotecnológica dessa importante enzima. Esse experimento teve como objetivo a produção de asparaginase por meio da bactéria Z. mobilis em processo contínuo com diluição de 0,10 e 0,20h-1 usando açúcar cristal a 2% (p/v) ou caldo-de-cana 2% (v/v) à temperatura controlada em 28oC±1. O aminoácido asparagina a 0,1% (p/v) foi usado como indutor para a produção a enzima. O sistema contínuo usando Z. mobilis mostrou ser eficiente para a produção de asparaginase.

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Produção de lipase por Botryosphaeria ribis EC-01 em fase submersa: influência da adição de torta de soja, fo sfato e

aminoácidos

Milena M. Andrade1, Tiago Zaminelli2, Heitor M. R. Dias2, Josana M. Messias2, Maria Inês Rezende2, Luiz Henrique Dall’Antonia1, Robert F. H. Dekker3, Aneli

M. Barbosa2*

1Departamento de Química e 2Departamento de Bioquímica e Biotecnologia, CCE, Universidade Estadual de Londrina - PR, CEP: 86051-990.*[email protected]

3Biorefining Research Initiative, Lakehead University, Thunder Bay, Ontario, Canada P7B 5E1

O norte do Paraná possui indústrias produtoras de óleo de soja e,

consequentemente, disponibiliza como subproduto grandes quantidades de torta de soja. O Botryosphaeria ribis EC-01 foi previamente selecionado dentre outros oito isolados deste mesmo gênero, como melhor produtor de lipase, quando cultivado em diferentes óleos vegetais como fonte única de carbono. As lipases possuem diversas aplicações industriais podendo ser utilizadas em diferentes processos como na produção de alimentos, cosméticos, medicamentos, além da produção de biodiesel. Este trabalho teve como objetivo comparar a produção de lipase pelo referido fungo, utilizando-se torta de soja como substrato, sob fermentação submersa, em água destilada com e sem adição de fontes de fosfato e aminoácidos. Os cultivos foram desenvolvidos em triplicatas, em frascos de Erlenmeyer (125mL) com proporção ar:meio (5:1), utilizando-se as concentrações de torta de soja 0,5; 1,0; 2,0; 4,0 ou 6,0 % (m/v). Nos cultivos com adição de fosfato (K2HPO4 e KH2PO4 0,5% (m/v)) e com os aás Ser, Gli, His, Glu ou Asp (0,01; 0,05; 0,1 e 0,5 % (m/v)) foi utilizado 1% (m/v) de torta de soja, mantidos sob agitação (180 rpm), 28 ºC, por 5 dias. Os sobrenadantes foram utilizados como extratos enzimáticos. A atividade de lipase foi determinada utilizando-se o palmitato de p-nitrofenila (pNPP) como substrato a pH 8,0 e 55ºC, por 2 min, a 410nm. As proteínas foram determinadas pelo método de Bradford (1976). A concentração de 1% (m/v) de torta de soja foi a que obteve maior produção de lipase (182,5 ± 3,7 U/mg), sendo esta utilizada para avaliar a influência das fontes de fosfato e aminoácidos na produção da enzima pelo B. ribis. KH2PO4 (0,5%; m/v) que promoveu maior produção de lipase (228,3 ± 46,2 U/mg). Dentre os aminoácidos avaliados neste trabalho, o ácido glutâmico (0,01%; m/v) favoreceu a produção de lipase (205,3±14,6 U/mg) pelo ascomiceto. A torta de soja constitui um substrato viável para a produção de lipase por B. ribis, e a adição do KH2PO4 e de ácido glutâmico aumentaram a síntese desta enzima.

Agradecimentos: Fundação Araucária, PROPPG-UEL, PIBIC-CNPq/UEL e CAPES.

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Produção de quitinase por isolados de Trichoderma spp

Luciano Nobuhiro Aoyagi1, Renata Corrêa Yamashita1, Suely Mayumi Obara

Doi 2 1Estagiário Curricular, 2Departamento de Bioquímica e Biotecnologia, Centro de Ciências Exatas, Universidade Estadual de Londrina - e-mail: [email protected]

RESUMO

A demanda crescente de alimentos tem motivado o uso intensivo de agrotóxicos para o controle de doenças e pragas na agricultura, visando assegurar uma maior produtividade, o que, contudo, tem promovido diversos problemas de ordem ambiental, como a contaminação dos alimentos, do solo, da água e dos animais; a resistência de patógenos e o desequilíbrio biológico (BETTIOL & GHINI, 2003). Nos últimos anos a biotecnologia vem tentando desenvolver métodos alternativos de controle, incluindo entre eles o controle biológico empregando microrganismos. Dentre os inúmeros gêneros, Trichoderma é o agente de controle biológico de doenças de plantas mais estudado e utilizado no Brasil e em outros países da América Latina (BETTIOL et al., 2008). Este gênero pode atuar como agente de controle biológico, uma vez que é antagonista a vários fitopatogênicos. Benitez et al. (2004) e Ait-Lahsen et al. (2001) afirmam que a ação das enzimas hidrolíticas sobre os fitopatógenos é considerado o principal mecanismo envolvendo o processo desse antagonista, e entre as mais importantes enzimas estão as quitinases, que estão relacionadas à capacidade de atuar na degradação das paredes celulares fúngicas (LORITO et al., 1993). Logo, a pesquisa das quitinases e de seus produtores pode ser explorada visando sua aplicação no biocontrole de fungos fitopatógenos, uma vez que cerca de 22 até 33% da parede celular destes organismos pode ser constituída por quitina (PATIL et al., 2000). O presente trabalho objetivou avaliar o efeito de diferentes fontes de carbono sobre a produção de quitinase por isolados de Trichoderma spp. em meio líquido. Os isolados de Trichoderma spp.,T37,T39, e uma cepa de Trichoderma harzianum, foram cultivados em meio líquido de Vogel suplementado com 0,2% (p/v) de extrato de levedura, 1% (p/v) de uma das fontes de carbono: quitina em pó, micélio fúngico, casca de camarão ou quitina coloidal e água destilada, completando os 25mL de volume final do meio. O pH do meio foi corrigido para 6,5. Os cultivos foram realizados em erlenmeyer de 125mL, contendo 25mL de meio líquido e 3 discos de micélio fúngico (5 mm), sob agitação de 180rpm, a 28ºC, por 7 dias.Os resultados indicaram que a quitina em pó foi a fonte de carbono que melhor induziu a produção de quitinase por T. harzianum e pelo isolado T39, seguido de farinha de crisálida e micélio fungico. Para T37, o micélio fúngico se apresentou como melhor indutor, seguido de quitina em pó e coloidal.O ensaio indicou quitina em pó como melhor indutor comum para todos os isolados, e casca de camarão como indutor de baixos níveis de quitinase para este gênero de fungo. Apontou ainda a cepa de T. harzianum como mais efetiva para a produção de quitinase, frente os demais isolados.

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Seleção de Fontes de Enxofre para Produção de Enzim as Celulolíticas por Fungos Anaeróbicos.

CASTRO-BRAVO, C. E. 1 & CASTRO-GÓMEZ, R.J.H. 2

RESUMO: Fungos anaeróbios da classe Chytridiomycetes são habitantes normais do rúmen de gado e outros ruminantes, sendo sua característica mais importante, a capacidade de degradação de carboidratos estruturais, especialmente celulose, o mais abundante deles na composição da parede celular de forragens. Alguns estudos (Akin et al.,1983; Gordon, 1985; Morrison et al., 1990) evidenciam que a deficiência de enxofre na dieta pode limitar o crescimento de fungos no rúmen o que consequentemente limita sua contribuição na digestão dos tecidos da planta. Desta forma, a suplementação da dieta com fontes de enxofre permitiria o desenvolvimento de fungos ruminais resultando em um aumento da ingestão. O objetivo desta pesquisa foi testar essa hipótese in vitro, através da produção de biomassa de um fungo anaeróbio monocêntrico isolado a partir do conteúdo ruminal e produção de enzimas fibrolíticas do complexo celulase em relação à presença de diferentes fontes de enxofre nos meios de cultivo. Foi utilizado um delineamento estatístico fatorial fracionário 24-1 (Box & Drapper, 1987), onde enxofre, tiamina, cisteína e sulfato de amônio em dois níveis de variação, foram adicionados ao meio de cultura (Dehority e Tirabasso, 2000; Orpin e Greenwood, 1986), preparado sob atmosfera de CO2 e mantidos em estufa a 39oC por 2 dias. Para o isolamento do fungo, utilizou-se a técnica de roll tube (Hungate, 1969). Para a determinação de endo β- 1,4 glucanase e de exo β- 1,4 glucanase (Lever, 1972), utilizou-se o sobrenadante das culturas centrifugado. Após a centrifugação, as massas celulares obtidas foram ressuspensas com água destlidada e colocadas em placas de Petri préviamente preparadas (60oC/24 horas) e levadas para estufa. A determinação foi feita pela diferença do peso inicial e final das placas. Observou-se através da média dos contrastes de cada variável que, para produção de endo β 1-4 glucanase nenhuma fonte de enxofre contribuiu de maneira negativa. Para a produção de exo β 1-4 glucanase contribuições positivas foram observados para tiamina e sulfato de amônio, sendo que a tiamina contribuiu significativamente na produção da enzima (p<0,05). Tanto o enxofre como a cisteína mostraram uma contribuição negativa na produção desta enzima. Avaliando os resultados obtidos para biomassa, todas as variáveis mostraram uma contribuição positiva. É importante salientar que neste momento não estava sendo verificada a concentração das variáveis, mas apenas o efeito na produção das enzimas.Os resultados experimentais obtidos através do delineamento experimental mostram que os compostos têm efeitos distintos na produção da enzima que se deseja obter. Este estudo poderá servir de base para o desenvolvimento de estratégias de alimentação que aumentem a população de fungos/enzimas para melhor aproveitamento de forragens tropicais.

1 Professora/Pesquisadora da Universidade Tecnológica Federal do Paraná- Linha Santa Bárbara, S/N- CEP: 85601-971- Campus Francisco Beltrão- PR- Brasil. E-mail: [email protected] 2 Professor/Pesquisador da Universidade Estadual de Londrina, Paraná. Centro de Ciências Agrárias, Dpto. De Ciências e Tecnologia de Alimentos

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Seleção de rizóbios com potencial para produção ino culante

Juscélio Donizete Cardoso1; Gisele Milani Lovato1; Hiury Henrique Claro1;

Stephano Augusto Xicareli Casanova1; Diva Souza Andrade2

1Bolsista do Laboratório de Microbiologia do Solo do IAPAR, Londrina, PR, 2Pesquisadora, Área de Solos, IAPAR, Londrina, PR.

[email protected]

A inoculação de leguminosas de importância agronômica, por exemplo, feijoeiro e soja com bactérias diazotróficas simbióticas dispensam a aplicação de adubos nitrogenados, reduzindo o custo de produção. No Brasil, três estirpes de rizóbio que nodulam o feijoeiro constam da lista das autorizadas pelo MAPA para a produção de inoculantes comerciais: SEMIA 4077 (CIAT 899); SEMIA 4080 (PRF 81) e SEMIA 4088 (H 12). A busca por novas estirpes eficientes que possam ser utilizadas para produção de inoculantes em diversos cultivos é contínua. A Coleção de Microorganismos do Laboratório de Microbiologia do Solo do IAPAR contém mais de 3.000 isolados microbianos simbióticos com o potencial para uso como produto biotecnológico. Contudo, a indicação de uma estirpe de rizóbio como inoculante comercial requer estudos que permitam avaliar seu potencial para estabelecer a associação, fixar simbioticamente o nitrogênio e competir com outras bactérias nativas no solo. A seleção de uma nova estirpe que possa ser usada na produção de inoculante inicia-se com o isolamento do microrganismo em simbiose com a planta desejada, onde dessas são retirados nódulos eficientes. Em laboratório o nódulo é desinfestado e inoculado em meio extrato de levedura-manitol agar (ELMA) para posterior autenticação dos isolados. A autenticação consiste na inoculação do isolado na planta hospedeira a fim de verificar se é rizóbio, através da visualização de nódulos eficientes. Após as colônias isoladas estarem axênicas, os isolados são armazenados. Em laboratório, a coleção de microrganismos é armazenada através de duas técnicas de armazenamento: a criopreservação e liofilização. As estirpes são submetidas à avaliação de crescimento em diferentes fontes de carbono, para otimizar o processo de produção de inoculante em fermentadores. Através de estudos morfo-fisiológicos e genéticos é possível levar à identificação de uma nova espécie e biovar, ou simplesmente, a identificação de uma estirpe já descrita. Contendo as estirpes as características fisiológicas e bioquímicas exigidas, e a presença do gene de nodulação, são então avaliadas quanto à sua eficiência simbiótica, em experimentos em casa de vegetação, e a campo em diferentes agrossistemas. Em casa de vegetação são avaliados o N total na seiva e parte aérea nas plantas, o número e a massa seca de nódulos e a massa seca de parte aérea das plantas, e em campo é também avaliada a produtividade de grãos. Após todas as etapas e o envio de um relatório técnico-científico que ateste sua viabilidade, a estirpe é registrada no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) a fim de regulamentar sua utilização para a produção de inoculantes comerciais.

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Sensibilidade de Machophomina phaseolina in vitro a substratos contendo brachiária, aveia e tremoço.

Ruy, R.₁; Bueno ,T. J. ₂; Berardi, B. B. K.; ₂Almeida, A. A.₄

₁Graduanda de Ciências Biológicas, bolsista da Fundação Araucária, [email protected] ₂ Prof Dr. Engenheiro Agronômo, [email protected] �Graduanda de Ciências Biológicas. Universidade Estadual Norte do Paraná- Campus Luís Meneghel. O fungo Macrophomina phaseolina é causador de uma doença de difícil controle conhecida como podridão negra da raiz em soja. O trabalho foi realizado com o objetivo de verificar o desenvolvimento do fungo in vitro, testando o crescimento do fungo em BDA ao qual foi acrescentado antes da autoclavagem sementes moídas, caldo de sementes, e caldo de folhas Brachiaria brizantha, Avena stringosa e Lupinus albus L. esperando-se encontrar uma possível antibiose dessas plantas em relação ao fungo. Foram utilizados 14 tratamentos sendo: BDA com 100 e 200g de sementes de aveia moídas, BDA com 100g e 200g de sementes de braquiária moídas, BDA com 100 g e 200g sementes de tremoço moídas, BDA com caldo de sementes de aveia, de braquiária e de tremoço, BDA com caldo de folhas de aveia, de braquiária e de tremoço e BDA puro como testemunha. Cada tratamento foi composto de uma parcela composta por 06 placas de Petri, utilizando-se 04 repetições. Os caldos foram obtidos a partir de 200 g de sementes inteiras ou folhas secas picadas de braquiária, aveia e tremoço, fervidas em 1 litro de água destilada por 2 minutos. Nas placas contendo os meios de cultura, tiveram adicionado um inóculo de M. phaseolina, com 5mm de diâmetro. As placas assim preparadas, foram vedadas com papel filme e incubadas em Câmara de Incubação, sob temperatura de 28°C e fotoperíodo de 12 horas. Nos meios de cultura foi avaliado o efeito inibidor de cada tratamento, testando o crescimento do fungo nos meios de cultura, a partir da medida do diâmetro quadrado de cada placa, a cada 24 horas. Os resultados foram calculados a partir do crescimento do terceiro dia. Os meios foram classificados, de com o teste de Scott- Knott, em grupos de acordo com a diferença no crescimento das colônias, no terceiro dia de cultivo. Posteriormente foram reagrupados de acordo com o teste de Tukey. O tratamento com sementes de tremoço moídas a 200 g foi o que apresentou o menor crescimento do fungo, ou seja o que apresentou maior potencial supressor. O tremoço foi incluído no trabalho, devido esta leguminosa ser utilizada como adubo verde, para servir de referência quanto à matéria orgânico. A testemunha, apresentou um crescimento inferior a maioria dos tratamentos, indicando que o aumento da matéria orgânica, proporcionou um aumento no crescimento do fungo, visto que macrophomina é um fungo necrotrófico. Este aumento no desenvolvimento do fungo na maioria dos tratamentos, em relação a testemunha, não significa que as plantas não apresentem um potencial supressor para a macrophomina, pois um possível efeito inibidor pode ser perdido em submissão a altas temperaturas usadas na autoclavagem.

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Toxigenicidade de cepas de Fusarium verticillioides isoladas de intoxicação animal

Cássia Reika Takabayashi (UEL), Luciana Pereira Bernd (UEL), Angélica Tieme

Ishikawa (UEL), Thiago Montagner (PIBIC/CNPq-UEL), Renata Pinheiro Sobottka (Colaborador), Elisabete Yurie Sataque Ono (Colaboradora), Elisa Yoko Hirooka

(Orientadora). E-mail: [email protected].

Universidade Estadual de Londrina/ Centro de Ciências Agrárias – Londrina / PR

Fumonisinas produzidas por Fusarium verticillioides, patógeno primário de milho, desencadeiam doenças na saúde humana e animal. Até o momento 28 análogos de fumonisinas foram caracterizadas em quatro grupos, A, B, C e P, sendo fumonisina B1 (FB1) o análogo mais abundante, seguido de B2 (FB2). O trabalho teve como objetivo avaliar a produção de fumonisinas totais (FBs) de cinco cepas de F. verticillioides (103F, 113F, 118BR, 97K e 118B) isoladas de rações envolvidas em surto de intoxicação animal no Paraná em 1991 (ONO et al., 2004) e repicadas no ano de 2007. Para o teste de toxigenicidade, adicionou-se 10 mL de água destilada em 10 g de milho triturado, seguido de 2 autoclavagens (121 ºC/ 30 min). Após resfriamento, 106 propágulos/mL das 19 cepas de F. verticillioides previamente ativadas em Agar Batata Dextrose por 15 dias a 25 ºC foram inoculados, sendo estas também, as condições de cultivo. A determinação de fumonisinas foi realizada por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência de acordo com a metodologia descrita por Shephard et al. (1990), modificada por Ueno et al. (1993). Os níveis encontrados foram de não detectável (N.D.)- 1259,1 µg g -1 para FB1 e N.D. - 514,02 µg g -1 para FB2. F. verticillioides cepa 103F, 119BR, 97K apresentaram maior poder toxigênico, com produção de fumonisinas totais de 1662,73, 1000,43 e 1685,19 µg g-1, respectivamente. As cepas 113F e 119B tiveram a capacidade de produção de fumonisinas reduzida (N.D. - 0,34 µg g -1). A diferença encontrada na produção de FBs entre as 5 diferentes cepas de F. verticillioides, e principalmente entre as 13 cepas 103F (níveis entre 10,85 – 1662,73 µg g -1 de FBs) ocorreu devido as constantes repicagens a partir da cepa original e o tempo prolongado de armazenamento, ocasionando perda da virulência e consequentemente, a habilidade de produção de toxinas.

Agradecimentos Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico Tecnológico (CNPq), FINEP, Fundação Araucária, UGF Fundo Paraná-SETI.

Rererências ONO, E. Y. S.; FUNGARO, M. H. P.; SOFIA, S. H.; et al. Trends of fumonisin contamination and animal intoxication through monitoring 1991 to 1997 corn crop in the State of Paraná, Brazil. Mycopathologia , v.158, p.451-455, 2004 . SHEPHARD, G. S., SYDENHAM, E. W.; THIEL, P. G.; et al. Quantitative determination of fumonisins B1 and B2 by high-performance liquid chromatography with fluorescence detection. Journal of Liquid Chromatography , v.13, p.2077-2087, 1990. UENO, Y.; AOYAMA, S.; SUGIURA, Y.; et al. A limited survey of fumonisin in corn and corn-based products in Asian countries. Mycotoxin Research , v.9, p.27-34, 1993.

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Utilização de nanoargilas na produção de embalagens

biodegradáveis tipo bandejas a partir de amido de m andioca

Eduardo Macedo de Melo1, Ana Elisa Stefani Vercelheze1, Vitor Almeida Marengo1,

Daniel Matsuda1, Fábio Yamashita2, Suzana Mali1

1 - Departamento de Bioquímica e Biotecnologia, Centro de Ciências Exatas, Universidade Estadual de Londrina.

2- Departamento de Ciência e Tecnologia de Alimentos, Centro de Ciências Agrárias, Universidade Estadual de Londrina.

O consumo global de plásticos é estimado em mais de 200 milhões de toneladas, com um crescimento anual de 5% ao ano. Para equilibrar este quadro, a busca do desenvolvimento sustentável dos plásticos é importante, e para tal fim, é se necessário um conjunto de atitudes que apresentem como objetivo principal a eliminação dos impactos ambientais, associados à produção e à destinação do lixo. Desta forma, o desenvolvimento de materiais biodegradáveis vem recebendo suporte crescente em muitos países, preocupados principalmente com o grande volume de lixo urbano, a escassez do petróleo e em contribuir com o desenvolvimento sustentável. O emprego de amido para produção de plásticos biodegradáveis teve início na década de 70, no entanto, este material apresenta propriedades inferiores aos plásticos convencionais, formando materiais quebradiços e higroscópicos. Uma alternativa interessante para melhorar as propriedades mecânicas, térmicas e físico–químicas do amido termoplástico é a introdução de cargas minerais nanométricas nas formulações. Neste sentido, o objetivo deste trabalho foi avaliar a incorporação de nanoargilas não modificadas (montmorilonita sódica – Closite Na®) como material de reforço no desenvolvimento de embalagens biodegradáveis de amido tipo bandeja, obtidas por termoformagem. As bandejas de amido foram preparadas empregando-se diferentes concentrações de nanoargilas (2,5% e 5%), glicerol (10%), amido e água na proporção de 1:1 dos sólidos empregados. Após total homogeneização dos componentes, foram pesadas diferentes quantidades de massa de cada mistura (80g, 95g e 100g) e adicionadas em um molde de teflon de 23,5 cm por 18,5 cm. O material foi submetido ao processo de termoformagem em uma prensa hidráulica (130 ºC por 20 minutos) com pressão de 100 bar. Por fim, as bandejas foram retiradas da termoprensa, resfriadas em temperatura ambiente e avaliadas quanto a porcentagem (%) de perda e expansão. Foram considerados para o cálculo da porcentagem de perda as bandejas que não apresentaram rachaduras e furos na sua estrutura, que potencialmente poderiam impedir sua utilização. A perda de produção das bandejas foi de 20% para formulações contendo somente amido, 35% nas formulações com 2,5% de nanoargilas e 50% nas formulações com 5% de nanoargilas. Todas as formulações apresentaram uma boa expansão da massa. Conforme descrito na literatura, muitos materiais têm sido adicionados como reforço na matriz polimérica com a finalidade de melhorar as propriedades físicas e químicas destes compostos, como observado neste trabalho. Agradecimentos: CNPq pelo auxílio financeiro (Projeto 577146 2008 – 4)

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Viabilidade de Saccharomyces boulardii obtida por liofilização com ou sem acúmulo de trealose endógena

Agnes Izumi Nagashima1 ; Paulo Eduardo Pansiera2 ; Raúl Jorge Hernán Castro

Gómez3

1 Mestranda do Departamento de Ciência e Tecnologia de Alimentos, DCTA, UEL 2 Aluno de graduação em Farmácia da Universidade Estadual de Londrina-PR

3 Docente do Departamento de Ciência e Tecnologia de Alimentos, DCTA, UEL

Durante processo de produção e armazenamento, os microrganismos devem manter-se estáveis e viáveis em níveis satisfatórios. No entanto, durante a secagem, como no caso da liofilização, ocorre perda em sua viabilidade, sendo muitas vezes necessária a utilização de protetores nesse processo. Recentemente, diversos trabalhos sugerem que a trealose possua função de proteção para a célula de levedura durante períodos estressantes, como no caso de um processo de desidratação. Assim, o objetivo deste trabalho foi verificar a viabilidade de Saccharomyces boulardii, uma levedura probiótica importante na prevenção ou tratamento de distúrbios gastrointestinais, após indução ou não do acúmulo de trealose endógena, na presença ou ausência de leite desnatado, liofilizadas e armazenadas por 30 dias a 5 °C em dessecador. Foram, assim, obtidas 4 amostras liofilizadas – biomassa de S. boulardii (Sb), biomassa de S. boulardii com leite desnatado 10 % (Sb leite), biomassa de S. boulardii com acúmulo de trealose (Sb trealose) e biomassa de S. boulardii com acúmulo de trealose adicionado de leite desnatado 10% (Sb trealose leite). Para induzir o acúmulo de trealose endógena, a levedura foi incubada a 45oC por 2 horas, em meio de fermentação estéril (121°C/15 min) constituído por solução tampão de citrato de potássio, pH 4,0, acrescida de 2,0 % de glicose. Após centrifugação, uma parte de biomassa de levedura a ser liofilizada foi ressuspendida em leite desnatado a 10%. Após liofilização, determinou-se a viabilidade celular após 0, 15 e 30 dias de armazenamento e determinou-se trealose pelo método de antrona. Após 30 dias de armazenamento a 5 °C, a biomassa de levedura liofilizada na presença de leite desnatado (Sb leite), foi a que apresentou o maior número de UFC no final (p<0,05) do armazenamento com log UFC/mL de 8,59 seguida pela biomassa de levedura liofilizada com indução de trealose e adicionado de leite desnatado (Sb trealose leite), que apresentou um log de UFC/mL igual a 7,42. A biomassa de levedura pura (Sb), apresentou um log UFC /mL de 7,24 e a levedura com indução de trealose (Sb trealose) um log de UFC/mL de 6,89 UFC/mL. Pela comparação entre as amostras, observa-se que a biomassa que foi liofilizada em presença de leite desnatado, apresentou uma concentração de leveduras maior, indicando que o leite desnatado apresenta-se mais efetivo na proteção da levedura do que a trealose induzida. Por outro lado, o processo de indução da trealose afetou negativamente a viabilidade da levedura após liofilização e posterior armazenamento nas condições acima mencionadas.