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Infecção urinária na infância Internato Pediatria Apresentação: Fernanda Tolentino Escola de Medicina da Universidade Católica de Brasília www.paulomargotto.com.br Brasília, 16 de março de 2015

Infecção urinária na infância Internato Pediatria Apresentação: Fernanda Tolentino Escola de Medicina da Universidade Católica de Brasília

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Infecção urinária na infância

Internato PediatriaApresentação: Fernanda Tolentino

Escola de Medicina da Universidade Católica de Brasília

www.paulomargotto.com.brBrasília, 16 de março de 2015

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Definição

A ITU é definida como um conjunto de alterações clínicas e/ou laboratoriais em consequência da multiplicação de bactérias no trato urinário.

Caracteriza-se como infecção urinária o crescimento bacteriano de 105 unidades formadoras de colônia por mL de urina colhida em jato médio de maneira asséptica

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Epidemiologia

Causa comum de febre em crianças;

Uma das infecções mais comuns na infância;

Já é considerada por alguns autores como a infecção bacteriana mais comum na faixa pediátrica.

Maior causa de lesão renal em crianças (abaixo dos 2 anos);

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Epidemiologia

Mais comum em meninos até os 2 anos: malformações e RVU.

Após os 2 anos, é mais comum em meninas: anatomia.

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Classificação Se subdivide em alta e baixa.

Baixa: uretra e bexiga (cistite)

Alta: rins (pielonefrite)

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Fatores de risco

Sexo feminino; Refluxo vesicoureteral (pielonefrite!!!); Obstrução urinária; Disfunção miccional – esvaziamento

incompleto; Ausência de circuncisão em meninos. Constipação.

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Fisiopatologia• Patogênese:

Via ascendente (principal)

Via hematogênica

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Principais agentes etiológicos Gram negativos, entéricas; Principal: E. Coli

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Principais agentes etiológicos Em meninos: Proteus ( baloprepucial);

Histórico de cirúrgica ou sondagem de vesical pensar em estafilococos e de estreptococos;

Imunodeprimidos, portadores de bexiga neurogênica ou outra disfunção vesical: estafilococos;

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Quadro clínico Os sintomas da infecção urinária dependem:

Maturação da função vesical;Controle do esfíncter;

Idade da criança; Local da infecção.

Apresentam grande polimorfismo.

A febre pode ser o único sintoma!!!

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Quadro clínico

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Diagnóstico Essencial para início do tratamento e

prevenção de lesão renal. Suspeita de ITU: colher amostra de urina. Pode ser colhida de 4 formas: a) saco coletor; b) micção espontânea, com coleta do jato

médio; c) cateterismo uretral; d) punção suprapúbica.

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Como coletar a urina?

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Diagnóstico A cultura quantitativa de urina é o principal

exame no diagnóstico!

EAS: 1) Leucocitúria (> 5 leucócitos por campo); 2) Bacteriúria; 3) Estearase leucocitária urinária positiva; 4) Nitrito urinário (+).

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Tratamento A VO é a de escolha; A via endovenosa, apenas nos casos de

desidratação, infecção grave, vômitos.

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Tratamento

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Tratamento

O tratamento deve ser realizado por:

3-5 dias ITU não febril 7-14 dias ITU febril

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Tratamento

Cistite◦ Ambulatorial, 3-5

dias◦ Bactrin,

nitrofurantoína, amoxicilina

Pielonefrite◦ 7-14 dias Hospitalar:

Ampicilina + aminoglicosídeo

Cefalosporina de 3ª (ceftriaxona)

Ambulatorial: Ciprofloxacino

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Critérios de internação

Idade menor ou igual a 3 meses; Sinais de desidratação, má perfusão, sepse; Intolerância ao tratamento oral; Impossibilidade de reavaliação clínica após 48

horas; Más condições sócio-familiares; Ausência de resposta ao tratamento ou piora

clínica após o inicio do tratamento.

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Investigação após 1ª ITU febril

5% a 10% das crianças com ITU apresentam obstrução do trato urinário;

21% a 57% apresentam RVU;

Necessária a avaliação do trato urinário através de métodos de imagem!

O primeiro exame: ultrassom.

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Investigação após a 1ª ITU febril

1º episódio de pielonefrite = USG + cintilografia com DMSA Normais ok Alterado Uretrocistografia Miccional.

2º episódio de pielonefrite Mesmo com exames anteriores normais =

Uretrocistografia Miccional

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Como prevenir?

Reforço da ingestão hídrica; Higiene cuidadosa da região genital; Necessidade de micções frequentes; Tratamento da obstipação.

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Obrigada!