62
INFECÇÕES CONGÊNITAS: CITOMEGALOVÍRUS (CMV), RUBÉOLA, TOXOPLASMOSE, SÍFILIS, HIV Profa. Alessandra Pardini Disciplina: Imunologia Clínica

INFECÇÕES CONGÊNITAS: CITOMEGALOVÍRUS (CMV), RUBÉOLA, TOXOPLASMOSE, SÍFILIS, HIV Profa. Alessandra Pardini Disciplina: Imunologia Clínica

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: INFECÇÕES CONGÊNITAS: CITOMEGALOVÍRUS (CMV), RUBÉOLA, TOXOPLASMOSE, SÍFILIS, HIV Profa. Alessandra Pardini Disciplina: Imunologia Clínica

INFECÇÕES CONGÊNITAS: CITOMEGALOVÍRUS (CMV), RUBÉOLA,

TOXOPLASMOSE, SÍFILIS, HIV

Profa. Alessandra PardiniDisciplina: Imunologia Clínica

Page 2: INFECÇÕES CONGÊNITAS: CITOMEGALOVÍRUS (CMV), RUBÉOLA, TOXOPLASMOSE, SÍFILIS, HIV Profa. Alessandra Pardini Disciplina: Imunologia Clínica

Introdução- Abordagem inicial – mãe – gravidez + adaptações fisiológicas- Mudanças imunológicas:

- Feto pode ser comparado a um enxerto semi-alogênico (metade self)- Diminui atividade de NK,- Alteração de Th1 e Th2- Ação de citocina materna sob a placenta

Page 3: INFECÇÕES CONGÊNITAS: CITOMEGALOVÍRUS (CMV), RUBÉOLA, TOXOPLASMOSE, SÍFILIS, HIV Profa. Alessandra Pardini Disciplina: Imunologia Clínica

Transmissão de infecções para o feto- tem início na inoculação do agente na placenta durante a fase

de viremia, bacteremia ou parasitemia materna, atingindo, a seguir o feto.

- Idade gestacional é muito importante - Infecções primárias – maior acometimento fetal x infecções

recorrentes (CMV) (HIV maior em mães sintomáticas)

Patogênese da Doença Congênita- A infecção do embrião ou do feto pode resultar em morte- Mecanismo pouco conhecido- Lesões, persistência da infecção

Page 4: INFECÇÕES CONGÊNITAS: CITOMEGALOVÍRUS (CMV), RUBÉOLA, TOXOPLASMOSE, SÍFILIS, HIV Profa. Alessandra Pardini Disciplina: Imunologia Clínica

Tempo (dias)

Primeira exposição ao Ag

Segunda exposição ao Ag

Títu

lo d

e A

c no

soro

(u

nida

des)

Resposta SecundáriaResposta Primária

Dinâmica de produção de Ac durante a infecção

Figura 3: Curva de Anticorpos

Page 5: INFECÇÕES CONGÊNITAS: CITOMEGALOVÍRUS (CMV), RUBÉOLA, TOXOPLASMOSE, SÍFILIS, HIV Profa. Alessandra Pardini Disciplina: Imunologia Clínica

Aspectos clínicos- Geralmente assintomáticos – CMV, T. gondii, T. pallidum,

rubéola, HSV- Evidência clínica pode ser observada na gestação =

diagnóstico fetal- Confirmar na mãe – clinico ou laboratorial- Maioria dos RN: baixo peso, retardo no crescimento

intrauterino, anomalias- Manifestações clínicas: icterícia, hepatoesplenomegalia,

pneumonite, púrpura ou petéquias, lesões no SNC, entre outros

Importante acompanhar a criança

Page 6: INFECÇÕES CONGÊNITAS: CITOMEGALOVÍRUS (CMV), RUBÉOLA, TOXOPLASMOSE, SÍFILIS, HIV Profa. Alessandra Pardini Disciplina: Imunologia Clínica

Diagnóstico LaboratorialDiagnóstico da Infecção Materna- a maioria das infecções TORSCH – Toxoplasmose, Outros

(Parvovírus B19, infecções por HIV, hepatites B e C, vírus Epstein-Barr, herpesvírus 6 e 8, varicela, enterovírus, e outros), Rubéola, Sífilis, CMV, Herpes vírus – pode ser assintomático na gestante

- Evidenciar pela sorologia – IgG e IgMResultados:IgG positivo para CMV, Toxoplasmose, herpesvírus, e rubéola =

imunidadeIgM ou IgA positivo = sugere infecção recenteVDRL Sífilis reagente = confirma em teste treponêmico

Page 7: INFECÇÕES CONGÊNITAS: CITOMEGALOVÍRUS (CMV), RUBÉOLA, TOXOPLASMOSE, SÍFILIS, HIV Profa. Alessandra Pardini Disciplina: Imunologia Clínica

Infecção primária – para a gestante• IgM positiva (soroconversão) – deve-se conhecer o resultado

da sorologia antes da gravidez (especialmente para CMV, Toxoplasmose e Rubéola);

• Detecção de IgM específico• Usar duas amostras pareadas• Teste para IgA• Teste de Avidez para IgG

Page 8: INFECÇÕES CONGÊNITAS: CITOMEGALOVÍRUS (CMV), RUBÉOLA, TOXOPLASMOSE, SÍFILIS, HIV Profa. Alessandra Pardini Disciplina: Imunologia Clínica

IMUNIDADE PASSIVA NATURAL (MATERNA) E IMUNIDADE ADQUIRIDA ATIVA (INFECÇÃO)

Page 9: INFECÇÕES CONGÊNITAS: CITOMEGALOVÍRUS (CMV), RUBÉOLA, TOXOPLASMOSE, SÍFILIS, HIV Profa. Alessandra Pardini Disciplina: Imunologia Clínica

Diagnóstico da Infecção FetalMateriais- biópsia de vilosidade coriônica (infecção placentária)- Amniocentese (coleta do líquido maniótico)- Cordocentese (coleta do sangue do cordão umbilical)

Sorologia do Feto e Recém-NascidoImunoensaios para a detecção de IgM e IgA – são anticorpos

produzidos exclusivamente pelo feto e recém-nascidoPesquisar IgM no primeiro mês de vida

Detecção do Agente Etiológico Técnicas complexas e demoradas, uso em pesquisaTécnicas de Bio Mol ou PCR

Page 10: INFECÇÕES CONGÊNITAS: CITOMEGALOVÍRUS (CMV), RUBÉOLA, TOXOPLASMOSE, SÍFILIS, HIV Profa. Alessandra Pardini Disciplina: Imunologia Clínica

TOXOPLASMOSE

Page 11: INFECÇÕES CONGÊNITAS: CITOMEGALOVÍRUS (CMV), RUBÉOLA, TOXOPLASMOSE, SÍFILIS, HIV Profa. Alessandra Pardini Disciplina: Imunologia Clínica

Introdução

A toxoplasmose é uma infecção altamente prevalente em todo o mundo e apresenta sua importância médica devido à possibilidade de causar doença congênita com graves seqüelas e quadros severos de reativação em pacientes imunodeprimidos.

Page 12: INFECÇÕES CONGÊNITAS: CITOMEGALOVÍRUS (CMV), RUBÉOLA, TOXOPLASMOSE, SÍFILIS, HIV Profa. Alessandra Pardini Disciplina: Imunologia Clínica

Agente etiológico: Toxoplasma gondii- Descrito em 1908 por Charles Nicolle e L. Manceaux, do Instituto Pasteur de Túnis, que o isolaram de um roedor Um protozoário ovóide, intracelular e em líquidos somáticos

(nunca em hemácias)- ciclo celular (multiplicação longitudinal binária): 24-48 h- o tropismo por células embrionárias e SNC depende da

virulência da cepa e resistência do hospedeiro

Page 13: INFECÇÕES CONGÊNITAS: CITOMEGALOVÍRUS (CMV), RUBÉOLA, TOXOPLASMOSE, SÍFILIS, HIV Profa. Alessandra Pardini Disciplina: Imunologia Clínica

CICLO BIOLÓGICOO Toxoplasma gondii apresenta três formas evolutivas no seu ciclo biológico: - Taquizoítas (trofozoítas): multiplicação rápida e destruição das células infectadas; fase aguda da infecção- Bradizoítas (cistozoíto): multiplicação lenta intracelular (músculos, ossos) formando cistos que se estabelecem definitivamente no hospedeiro; fase crônica- Oocisto: forma de resistência. São produzidos nos felídeos não imunes e são eliminados junto com a fezes

Toxoplasma gondii: hospedeiro definitivo (gato) oocistos homem, animais, aves, infecção

Page 14: INFECÇÕES CONGÊNITAS: CITOMEGALOVÍRUS (CMV), RUBÉOLA, TOXOPLASMOSE, SÍFILIS, HIV Profa. Alessandra Pardini Disciplina: Imunologia Clínica
Page 15: INFECÇÕES CONGÊNITAS: CITOMEGALOVÍRUS (CMV), RUBÉOLA, TOXOPLASMOSE, SÍFILIS, HIV Profa. Alessandra Pardini Disciplina: Imunologia Clínica

TRANSMISSÃO

(a) Via digestivaIngestão de taquizoítos e cistos encontrados em carne crua ou mal cozidaIngestão de oocistos (alimentos, frutas e verduras mal lavadas, areia dos parques, etc)

(b) Transfusão ou órgãos transplantados

(c) Congênita ou transplacentária (taquizoítos)

Page 16: INFECÇÕES CONGÊNITAS: CITOMEGALOVÍRUS (CMV), RUBÉOLA, TOXOPLASMOSE, SÍFILIS, HIV Profa. Alessandra Pardini Disciplina: Imunologia Clínica

Toxoplasmose Congênita

• Mãe - fase aguda ou re-agudização durante a gravidez

• grau de exposição, cepa e período

Primeiro Trimestre

Aborto

Segundo Trimestre

Aborto, nascimento prematuro, criança normal

ou com anomalias

Terceiro Trimestre

Criança normal com anomalias tardias

Toxoplasmose Congênita

• Mãe - fase aguda ou re-agudização durante a gravidez

• grau de exposição, cepa e período

Primeiro Trimestre

Aborto

Segundo Trimestre

Aborto, nascimento prematuro, criança normal

ou com anomalias

Terceiro Trimestre

Criança normal com anomalias tardias

Page 17: INFECÇÕES CONGÊNITAS: CITOMEGALOVÍRUS (CMV), RUBÉOLA, TOXOPLASMOSE, SÍFILIS, HIV Profa. Alessandra Pardini Disciplina: Imunologia Clínica

FORMAS CLÍNICAS(a) Adquirida: assintomática ou branda retinocoroidite: graveimunodeficientes: disseminação com meningoencefalite

Congênita: 1a metade: aborto em 40% dos casos e seqüelas graves (SNC - micro e hidrocefalia / olhos - cegueira)2a metade: de assintomática, manifestações neurológicas (retardo),

coriorretinites

EPIDEMIOLOGIA- a ocorrência da toxoplasmose é alta no mundo inteiro, 40 a 85% da

população adulta é infectada.

Page 18: INFECÇÕES CONGÊNITAS: CITOMEGALOVÍRUS (CMV), RUBÉOLA, TOXOPLASMOSE, SÍFILIS, HIV Profa. Alessandra Pardini Disciplina: Imunologia Clínica

PREVENÇÃO- especialmente em gestantes sorológicamente negativas através de seguimento sorológico para identificar uma eventual infecção, assintomática traduzida por soroconversão.

- medidas úteis: recomendações quanto ao cuidado alimentar, manuseio com carnes cruas e contato com gatos

- o tratamento reduz para cerca de metade do risco a transmissão fetal.

Page 19: INFECÇÕES CONGÊNITAS: CITOMEGALOVÍRUS (CMV), RUBÉOLA, TOXOPLASMOSE, SÍFILIS, HIV Profa. Alessandra Pardini Disciplina: Imunologia Clínica

DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DA TOXOPLASMOSEOs exames laboratoriais são realizados na suspeita de:(a) toxoplasmose adquirida; congênita; manifestações oculares;

reativação de toxoplasma em imunodepreimidos, verificação de imunidade em gestante

Métodos Utilizados:Detecção e isolamento do parasita Toxoplasma gondiiImunológico para detecção de antígenos e anticorpos

Detecção do Parasita (direto): biópsias, fluídos, secreções, sangue (Giemsa, imunohistoquímica, IFD, imunoperoxidase), isolamento por inoculação em animais, ou cultura em fibroblastos.

Page 20: INFECÇÕES CONGÊNITAS: CITOMEGALOVÍRUS (CMV), RUBÉOLA, TOXOPLASMOSE, SÍFILIS, HIV Profa. Alessandra Pardini Disciplina: Imunologia Clínica

Imunológico para detecção de antígenos e anticorpos Testes:Sabin Feldman ou teste do Corante

Aglutinação Direta: detecta anticorpos contra antígenos de membrana

ISAGA (Immunosorbent agglutinatiosn assay): captura de anticorpos e posterior reação com suspensão de toxoplasmas, sensível, IgA, IgM, IgE

Page 21: INFECÇÕES CONGÊNITAS: CITOMEGALOVÍRUS (CMV), RUBÉOLA, TOXOPLASMOSE, SÍFILIS, HIV Profa. Alessandra Pardini Disciplina: Imunologia Clínica

IFI (imunofluorescência): taquizoítos, IgM e IgGELISA: rotina, disponibilidade de automação, IgM (captura) e IgGAntígenos: íntegro, solúvel (membrana, p30kDa)Ac: IgG, IgM, IgAIgA e IgM são os primeiros anticorpos a surgirem na

infecção, são considerados marcadores da infecção aguda recente

IgG aparecem em seguida, títulos altos que declinam ao passar do tempo, permanecem

Page 22: INFECÇÕES CONGÊNITAS: CITOMEGALOVÍRUS (CMV), RUBÉOLA, TOXOPLASMOSE, SÍFILIS, HIV Profa. Alessandra Pardini Disciplina: Imunologia Clínica

Teste ELISA – pesquisa de anticorpo

Page 23: INFECÇÕES CONGÊNITAS: CITOMEGALOVÍRUS (CMV), RUBÉOLA, TOXOPLASMOSE, SÍFILIS, HIV Profa. Alessandra Pardini Disciplina: Imunologia Clínica

Perfil Imunológico: dificuldade de distinguir fase recente de infecção passada (gestantes)

Detecção de antígenos: para fase aguda

Infecção congênita: (passível de tratamento)Isolamento do parasitaIgM específica / IgA

Infecção do SNC: estudo do LCR

Page 24: INFECÇÕES CONGÊNITAS: CITOMEGALOVÍRUS (CMV), RUBÉOLA, TOXOPLASMOSE, SÍFILIS, HIV Profa. Alessandra Pardini Disciplina: Imunologia Clínica

PROBLEMAS DO DIAGNÓSTICO:- Sensibilidade = captura IgM positiva até 12 meses - usar métodos menos sensíveis (hemaglutinação a - IgM é detectada somente na fase aguda),- valor da IgA (na toxoplasmose congênita, cinética semelhante a IgM) - avidez de IgG nas infecções recentes

Page 25: INFECÇÕES CONGÊNITAS: CITOMEGALOVÍRUS (CMV), RUBÉOLA, TOXOPLASMOSE, SÍFILIS, HIV Profa. Alessandra Pardini Disciplina: Imunologia Clínica

Sorologia:A primeira sorologia para toxoplasmose deve ser solicitada

de preferência quando a mulher tiver intenção de engravidar, ou se não for possível, o mais precocemente a partir do início da gestação.

Pesquisar os anticorpos das classes IgM e IgG.

Page 26: INFECÇÕES CONGÊNITAS: CITOMEGALOVÍRUS (CMV), RUBÉOLA, TOXOPLASMOSE, SÍFILIS, HIV Profa. Alessandra Pardini Disciplina: Imunologia Clínica

• IgM Reagente IgG NR

II. IgM NR IgG Reagente

III. IgM NR IgG NR

IV. IgM Reagente IgG Reagente

IgM > IgG: fase agudaIgM < IgG: fase crônica

Interpretar: Resultados de IgG e IgM

Page 27: INFECÇÕES CONGÊNITAS: CITOMEGALOVÍRUS (CMV), RUBÉOLA, TOXOPLASMOSE, SÍFILIS, HIV Profa. Alessandra Pardini Disciplina: Imunologia Clínica

Teste de Avidez de IgGNa resposta imunológica primária, inicialmente, os anticorpos são de baixa avidez Resposta imunológica evolui = anticorpos da classe IgG vão apresentando

avidez cada vez maiorAnticorpos com alta avidez (índices altos) são sugestivos de infecção

pregressa, ou seja, a infecção deve ter ocorrido há mais de 4 meses, e os anticorpos IgM são os ditos residuais Este resultado obtido no primeiro trimestre da gestação indica que a infecção ocorreu antes da concepção e praticamente aceito como ausência de risco fetal.

Anticorpos com baixa avidez sugerem que a infecção ocorreu em um período menos do que 4 meses, podendo se tratar de uma infecção aguda

Page 28: INFECÇÕES CONGÊNITAS: CITOMEGALOVÍRUS (CMV), RUBÉOLA, TOXOPLASMOSE, SÍFILIS, HIV Profa. Alessandra Pardini Disciplina: Imunologia Clínica

- Os anticorpos da classe IgG aparecem de 1 a 2 semanas após a infecção e persistem por toda a vida

- A detecção de anticorpos da classe IgM é utilizada para diagnóstico de infecção aguda e geralmente surge em torno de 5 dias após o contato com o parasito, desaparecendo após algumas semanas ou meses.

- Baixos títulos de IgM podem permanecer por um tempo superior a 1 ano = devido a grande sensibilidade dos testes torna possível a detecção de anticorpos IgM, mesmo em níveis baixos, por longo período de tempo após a fase aguda, fazendo com que a presença de IgM não seja suficiente para o diagnóstico da doença em fase aguda

- Para definir a fase da doença, dispomos da avaliação dos testes de avidez dos anticorpos IgG

Page 29: INFECÇÕES CONGÊNITAS: CITOMEGALOVÍRUS (CMV), RUBÉOLA, TOXOPLASMOSE, SÍFILIS, HIV Profa. Alessandra Pardini Disciplina: Imunologia Clínica

Medidas preventivas: Para gestantes IgG e IgM Não Reagentes para Toxoplasma, algumas

recomendações previnem quanto a infecção por este parasita: (a) sempre lavar as mãos antes de comer qualquer alimento; (b) manipular carnes cruas com luvas ou após, lavar as mãos muito bem, inclusive as unhas; (c) lavar também as superfícies onde foram manipuladas as carnes cruas antes do preparo de outros alimentos; não experimentar carnes enquanto são temperadas; (d) tomar leite só pasteurizado, especialmente o de cabra; (e) não ter contato com fezes de gatos e terra, mesmo que para jardinagem não consumir carnes cruas ou mal passadas de porco, frango, cabrito, carneiro e boi frutas e verduras devem ser consumidas após serem bem lavadas

Page 30: INFECÇÕES CONGÊNITAS: CITOMEGALOVÍRUS (CMV), RUBÉOLA, TOXOPLASMOSE, SÍFILIS, HIV Profa. Alessandra Pardini Disciplina: Imunologia Clínica

Diagnóstico FetalO diagnóstico de infecção fetal é, atualmente, realizado pela pesquisa de toxoplasma no líquido amniótico pela técnica de PCR

A dosagem de IgM em amostras coletadas por punção do cordão umbilical, além de ser realizada somente a partir da 22 semana de gestação, é pouco sensível, não detectando baixos níveis de IgM pelos métodos disponíveis

Page 31: INFECÇÕES CONGÊNITAS: CITOMEGALOVÍRUS (CMV), RUBÉOLA, TOXOPLASMOSE, SÍFILIS, HIV Profa. Alessandra Pardini Disciplina: Imunologia Clínica

Infecção Congênita O diagnóstico da infecção congênita em recém-nascidos é

dificultado pela positividade para IgG, indicando transferência transplacentária de anticorpos maternos que permanecem positivos por cerca de 6 a 18 meses

A presença de IgM, que não tem passagem transplacentária, pode indicar infecção fetal, porém não é suficiente para se estabelecer o diagnóstico, visto que o feto pode produzir anticorpos IgM tardiamente

O método de escolha para o diagnóstico de toxoplasmose congênita é a pesquisa de toxoplasma no sangue periférico do recém-nato ou do cordão umbilical pela técnica de PCR

Page 32: INFECÇÕES CONGÊNITAS: CITOMEGALOVÍRUS (CMV), RUBÉOLA, TOXOPLASMOSE, SÍFILIS, HIV Profa. Alessandra Pardini Disciplina: Imunologia Clínica

RUBÉOLA

Page 33: INFECÇÕES CONGÊNITAS: CITOMEGALOVÍRUS (CMV), RUBÉOLA, TOXOPLASMOSE, SÍFILIS, HIV Profa. Alessandra Pardini Disciplina: Imunologia Clínica

CARACTERISTÍCASPrimeira descrição da rubéola foi no século XVIII George

Maton, na Inglaterra Doença que caracterizava-se por exantema maculopapular,

adenopatia, pouca ou nenhuma febre1866 – Henry Veale proposição do nome, RubéolaNão trazia preocupação, considerada uma doença da infância1941 – Norman McAlister Gregg; aumento da catarata

congênita - mãe com rubéola no início da gravidez - Síndrome da Rubéola Congênita (SCR)

1961 – isolamento do vírus: permitiu o conhecimento da história natural, viremia, excreção viral, aspectos clínicos, e resposta imunológica

Page 34: INFECÇÕES CONGÊNITAS: CITOMEGALOVÍRUS (CMV), RUBÉOLA, TOXOPLASMOSE, SÍFILIS, HIV Profa. Alessandra Pardini Disciplina: Imunologia Clínica

Conhecimento sobre a Síndrome da Rubéola Congênita foi adquirida após grandes epidemias (SRC) Importante licenciamento de vacinas anti-rubéola

RNA fita simples, partícula esférica com 50-70nm de diâmetro, envelopado com finas projeções (antígeno glicopeptídico = hemaglutinina) muito imunogênicas Família Togaviridae. Único sorotipo. Hospedeiro único: humanos

Page 35: INFECÇÕES CONGÊNITAS: CITOMEGALOVÍRUS (CMV), RUBÉOLA, TOXOPLASMOSE, SÍFILIS, HIV Profa. Alessandra Pardini Disciplina: Imunologia Clínica

Antígenos: associado ao nucleocapsídeo icosaédrico (nucleoproteína, 33kD) e ao envelope (duas glicoproteínas E

1

de 58 kD e E2 de 42-47kD). Os antígenos do envelope estão

associados à atividade aglutininante de hemácias de aves e induzem anticorpos neutralizantes Replicação Viral: (1) adesão da proteína do envelope à célula hospedeira (2) penetração direta ou por fagocitose (3) perda do envelope (4) biossíntese ou replicação viral no citoplama (4) maturação ou montagem de partículas virais (5) liberação por exocitose ou lise celular.

Page 36: INFECÇÕES CONGÊNITAS: CITOMEGALOVÍRUS (CMV), RUBÉOLA, TOXOPLASMOSE, SÍFILIS, HIV Profa. Alessandra Pardini Disciplina: Imunologia Clínica

EPIDEMIOLOGIAdifícil devido à infecções inaparentesmanifestações clínicas, são em geral discretas, inaparentes e

não notificadasno mundo praticamente a incidência é a mesma com predominância na primavera e invernoelevada freqüência (>80%) de anticorpos IgG em adultos

(vacina ou infecção pregressa)na forma congênita a viremia pode ser observada por meses

Page 37: INFECÇÕES CONGÊNITAS: CITOMEGALOVÍRUS (CMV), RUBÉOLA, TOXOPLASMOSE, SÍFILIS, HIV Profa. Alessandra Pardini Disciplina: Imunologia Clínica

TRANSMISSÃO

Pós-Natalvírus desaparece, detecção de anticorpos infecção é contagiosa durante o período prodrômico até

cerca de 7 dias após o exantemaapós 7 a 9 dias o vírus é liberado na circulação atinge

múltiplos tecidos, inclusive a placentadetectado entre o 7° e antes do 14°diaspico de viremia 10° ao 17° dia vírus desaparece, detecção de anticorpos infecção é contagiosa durante o período prodrômico até

cerca de 7 dias após o exantema

Page 38: INFECÇÕES CONGÊNITAS: CITOMEGALOVÍRUS (CMV), RUBÉOLA, TOXOPLASMOSE, SÍFILIS, HIV Profa. Alessandra Pardini Disciplina: Imunologia Clínica

Pré-Natal

transmissão materno-fetal pode ocorrer durante toda a

gestação, mas é mais intensa no início da gravidez = sintomas

mais graves = motivos desconhecidos (modificação

placentária ?)

Page 39: INFECÇÕES CONGÊNITAS: CITOMEGALOVÍRUS (CMV), RUBÉOLA, TOXOPLASMOSE, SÍFILIS, HIV Profa. Alessandra Pardini Disciplina: Imunologia Clínica
Page 40: INFECÇÕES CONGÊNITAS: CITOMEGALOVÍRUS (CMV), RUBÉOLA, TOXOPLASMOSE, SÍFILIS, HIV Profa. Alessandra Pardini Disciplina: Imunologia Clínica

PREVENÇÃO imunização ativa é o único meio eficaz de prevenção da

rubéola congênita e da SRC = vacinação introduzida em alguns países em 1969 e 1970, após o

licenciamento das primeiras vacinas1982 – vacina tríplice (sarampo, caxumba, rubéola) –

para ambos os sexos e a imunização passou a ser feita em duas etapas: a primeira em torno de um ano e a segunda na idade escolar

em 1966 e 1988: incidência diminuiuNo Brasil a vacinação contra a rubéola não faz parte do

Programa Nacional de Imunização

Page 41: INFECÇÕES CONGÊNITAS: CITOMEGALOVÍRUS (CMV), RUBÉOLA, TOXOPLASMOSE, SÍFILIS, HIV Profa. Alessandra Pardini Disciplina: Imunologia Clínica

em São Paulo CVE/SES 1992 introduziu o Programa de Controle da Rubéola e da SRC – vacinar as crianças entre 1 e 10 anos

Substituição no calendário vacinal: aplicação aos 15 meses de idade

Notificação compulsória da rubéola e da SRCVacina utilizada RA 27/3: recomendada a todos com menos

de 14 anos, é um vírus vivo atenuado, via subcutâneaO vírus da vacina possui alguma capacidade de atravessar a

placenta e infectar o feto – “a vacinação é contra indicada durante a gestação, recomenda-se também que a gravidez seja evitada nos três primeiros meses subseqüentes à vacinação”

confere imunidade duradoura

Page 42: INFECÇÕES CONGÊNITAS: CITOMEGALOVÍRUS (CMV), RUBÉOLA, TOXOPLASMOSE, SÍFILIS, HIV Profa. Alessandra Pardini Disciplina: Imunologia Clínica

ASPECTOS CLÍNICOS

Rubéola pós-natalDoença benigna com “rash” máculo-papular eritematoso (da

face e pescoço para tronco e extremidades), estados febrisPode ser clínica ou sub-clínicaPeríodo prodrômico de 1 a 5 dias (febre baixa, cefaléia, mal-

estar, anorexia, conjuntivite leve, coriza, dor de garganta)

Page 43: INFECÇÕES CONGÊNITAS: CITOMEGALOVÍRUS (CMV), RUBÉOLA, TOXOPLASMOSE, SÍFILIS, HIV Profa. Alessandra Pardini Disciplina: Imunologia Clínica

Freqüente em crianças e jovens (não vacinados) Período de incubação: 5 dias (crianças) – 15 dias

(adultos) Sintomas: 3-4 dias. Febre, mal-estar, dor de cabeça, rash.

Em adultos (15-50%): artralgia por imunocomplexos e presença do vírus no líquido sinovial. Linfadenopatia suboccipital e cervical pode ocorrer (diferenciar de EBV, CMV).

Complicações: encefalites (raras) e trombocitopenia.

Page 44: INFECÇÕES CONGÊNITAS: CITOMEGALOVÍRUS (CMV), RUBÉOLA, TOXOPLASMOSE, SÍFILIS, HIV Profa. Alessandra Pardini Disciplina: Imunologia Clínica

Rubéola congênita É uma doença rara nos países onde o programa de vacinação é

eficiente Síndrome da Rubéola Congênita: desde aparentemente normais

até formas severas. Causa: efeitos citopáticos virais + resposta imune-inflamatória.

Quanto mais precoce a infecção intra-uterina, mais grave a SRC Infecção crônica durante toda a gestação e pós-nascimento.

Podem surgir complicações hepatite, pneumonia, pancreatite, meningite, etc

Manifestações da SRC:

Page 45: INFECÇÕES CONGÊNITAS: CITOMEGALOVÍRUS (CMV), RUBÉOLA, TOXOPLASMOSE, SÍFILIS, HIV Profa. Alessandra Pardini Disciplina: Imunologia Clínica

Transitórias: anemia, trombocitpenia, hepatite (geralmente regridem)

Permanentes: surdez, catarata, glaucoma, doença cardíaca, retardo mental.

Tardias: diabetes, panencefalite progressiva, doença trieoideana.

1º Trimestre: aborto, prematuridade, seqüelas (catarata, surdez, cardiopatias).

Inibição da mitose: pode justificar o retardo e desorganização da organogênese.

Page 46: INFECÇÕES CONGÊNITAS: CITOMEGALOVÍRUS (CMV), RUBÉOLA, TOXOPLASMOSE, SÍFILIS, HIV Profa. Alessandra Pardini Disciplina: Imunologia Clínica
Page 47: INFECÇÕES CONGÊNITAS: CITOMEGALOVÍRUS (CMV), RUBÉOLA, TOXOPLASMOSE, SÍFILIS, HIV Profa. Alessandra Pardini Disciplina: Imunologia Clínica

DIAGNÓSTICO SOROLÓGICO

1) Isolamento do vírus (9º-11º dias): geralmente pré-sintomas: secreção naso-faríngea, urina, fezes: difícil e caro

2) Resposta Imune Humoral

Infecção Primária:

IgM: marcador precoce, fase aguda/recente

ELISA ou Inibição de Aglutinação sensibilidade dos testes

IgG: protetor, longa duração, detecção de IgG de baixa

avidez na fase recente (infecção recente x antiga)

IgA: detectado no início da doença

Vacinados: menores concentrações de anticorpos

Page 48: INFECÇÕES CONGÊNITAS: CITOMEGALOVÍRUS (CMV), RUBÉOLA, TOXOPLASMOSE, SÍFILIS, HIV Profa. Alessandra Pardini Disciplina: Imunologia Clínica

3) Resposta Imune Celular: linfoblastogênese elevada (ativação policlonal pelo vírus)

Reinfecção: geralmente assintomática em indivíduos com baixíssima imunidade protetora. Podem aparecer novamente anticorpos IgM (testes de elevada sensibilidade)

Difícil distinguir da infecção primária Aplicação dos Testes Imunológicos: para diagnóstico da rubéola

congênita e pós-natal, controle de vacinação, determinação da imunidade, estudos soroepidemiológicos

a) função biológica do vírus: Inibição de Aglutinação (IHA) e Neutralização (NT) b) detecção do anticorpo: IFI, ELISA, aglutinação de látex

Page 49: INFECÇÕES CONGÊNITAS: CITOMEGALOVÍRUS (CMV), RUBÉOLA, TOXOPLASMOSE, SÍFILIS, HIV Profa. Alessandra Pardini Disciplina: Imunologia Clínica

Métodos Moleculares

PCR – Reação da Cadeia da Polimerase: permite a detecção do ácido nucléico do agente, muito precocemente, no feto, no produto de aborto ou no recém-nascidos, mesmo na presença de altos títulos de anticorpos maternos

A PCR é feita a partir do RNA do vírus da rubéola

Diagnóstico da infecção intra-uterina do feto por vírus da rubéola o vilo coriônico e o líquido amniótico – colher após 4 semanas da infecção materna e o sangue fetal após 20 semanas de gestação

Cautela na interpretação dos resultados

Page 50: INFECÇÕES CONGÊNITAS: CITOMEGALOVÍRUS (CMV), RUBÉOLA, TOXOPLASMOSE, SÍFILIS, HIV Profa. Alessandra Pardini Disciplina: Imunologia Clínica

CITOMEGALOVÍRUSCMV

Page 51: INFECÇÕES CONGÊNITAS: CITOMEGALOVÍRUS (CMV), RUBÉOLA, TOXOPLASMOSE, SÍFILIS, HIV Profa. Alessandra Pardini Disciplina: Imunologia Clínica

CARACTERÍSTICAS pertence a família Herpesviridae, subfamília -herpesvirinae,

DNA vírus é considerado um dos maiores causadores de doença no

homem a infecção é endêmica no mundo em São Paulo 85% da população já teve contato com o vírus não tem vacina não há tratamento eficaz ASSINTOMÁTICO permanece em estado inativo, latente, equilíbrio facilmente transmissível

Page 52: INFECÇÕES CONGÊNITAS: CITOMEGALOVÍRUS (CMV), RUBÉOLA, TOXOPLASMOSE, SÍFILIS, HIV Profa. Alessandra Pardini Disciplina: Imunologia Clínica

INFECÇÃO CONGÊNITA é a mais comum no homem países desenvolvidos as taxas variam de 0,2 a 2,2% população de baixo nível econômico maior prevalência de

anticorpos (o vírus tem o poder de infectar o feto mesmo que a mãe possua anticorpos antes da concepção)

pode ocorrer devido a latência do vírus a infecção pode ocorrer em qualquer época da gestação (14

semanas de gestação) (perigo maior no início da gestação ?) forma mais grave: “doença da inclusão citomegálica”: icterícia,

hepatoesplenomegalia, petéquias, microcefalias, coriorretinite, calcificações cerebrais seqüelas graves: surdez, perda da visão, retardo mental e déficits neurológicos

de 1 a 2% dos RNs apresentam estes problemas

Page 53: INFECÇÕES CONGÊNITAS: CITOMEGALOVÍRUS (CMV), RUBÉOLA, TOXOPLASMOSE, SÍFILIS, HIV Profa. Alessandra Pardini Disciplina: Imunologia Clínica

INFECÇÃO PERINATAL (durante o parto/momento do nascimento)

pelas secreções uterinas, leite materno (amamentação) a infecção perinatal apresenta variação entre 7 a 38% pesquisa realizada demonstrou risco de infecção – São Paulo

24% período de incubação 4 a 12 semanas (média 8 semanas) freqüente, assintomática (relatos de pneumonites)

Page 54: INFECÇÕES CONGÊNITAS: CITOMEGALOVÍRUS (CMV), RUBÉOLA, TOXOPLASMOSE, SÍFILIS, HIV Profa. Alessandra Pardini Disciplina: Imunologia Clínica

INFECÇÃO ADQUIRIDA após período neonatal a transmissão é horizontal pelas

secreções saliva e urina são as fontes mais importantes de disseminação

do vírus bastante comum em creches, berçários devido ao contato

íntimo das crianças excretoras com crianças suscetíveis população de nível sócio-econômico baixo (moradia, higiene,

sexual/sêmen) a maioria absoluta das infecções adquiridas é assintomática quadro clínico semelhante a mononucleose infecciosa (febre,

fraqueza, sudorese, hepatoesplenomegalia, cansaço, mal-estar) / laboratorial: linfocitose relativa e absoluta, linfócitos atípicos; aumento moderado TGO e TGP em 80% dos casos

Page 55: INFECÇÕES CONGÊNITAS: CITOMEGALOVÍRUS (CMV), RUBÉOLA, TOXOPLASMOSE, SÍFILIS, HIV Profa. Alessandra Pardini Disciplina: Imunologia Clínica

CMV NO PACIENTE IMUNOCOMPROMETIDO transplantes (rim, coração, fígado, medula óssea), introdução de

novos quimioterápicos, AIDS pacientes imunocromprometidos aumentaram a possibilidade de infecções oportunistas, como é o caso do CMV

infecção por reativação pode provocar doenças graves acredita-se que de 70 a 90% dos receptores de transplante renal

irão apresentar em algum momento pós-operatório, evidências de infecção pelo CMV

Page 56: INFECÇÕES CONGÊNITAS: CITOMEGALOVÍRUS (CMV), RUBÉOLA, TOXOPLASMOSE, SÍFILIS, HIV Profa. Alessandra Pardini Disciplina: Imunologia Clínica

DIAGNÓSTICO LABORATORIAL MÉTODOS

-microscopia eletrônica

-histopatológico e citológico

-imunohistoquímica

-hibridização

-Reação em Cadeia da Polimerase (PCR)

-sorologia

Page 57: INFECÇÕES CONGÊNITAS: CITOMEGALOVÍRUS (CMV), RUBÉOLA, TOXOPLASMOSE, SÍFILIS, HIV Profa. Alessandra Pardini Disciplina: Imunologia Clínica

SOROLOGIASOROLOGIA

- importante na fase de transplante- 90% da população têm resposta humoral- limitação em imunodeficientes- fundamental: diagnóstico e terapêutica precoce

Page 58: INFECÇÕES CONGÊNITAS: CITOMEGALOVÍRUS (CMV), RUBÉOLA, TOXOPLASMOSE, SÍFILIS, HIV Profa. Alessandra Pardini Disciplina: Imunologia Clínica

Reação de Fixação do Complemento- era muito utilizada para a detecção de anticorpos anti-CMV- padronização rígida, técnicos treinados, demorado- pouco sensível comparada a outros métodos hoje é

pouco utilizada

Aglutinação Passiva de Partículas de LátexAglutinação Passiva de Partículas de Látex-partículas de látex revestidas com antígenos de CMV que

aglutinam na presença de anticorpos específicos-leitura visual-sensível e específico-utilização: soroepidemiologia, triagem de doadores de

sangue

Page 59: INFECÇÕES CONGÊNITAS: CITOMEGALOVÍRUS (CMV), RUBÉOLA, TOXOPLASMOSE, SÍFILIS, HIV Profa. Alessandra Pardini Disciplina: Imunologia Clínica

Reação de Imunofluorescência Indireta- vantagem: detecção de IgM infecção primária- cultura de fibroblastos humanos com cepa padrão (AD169):

efeito citopático/células fixadas com acetona- problemas: pode fixar complemento

Testes Imunoenzimáticos (ELISA)- para a detecção de anticorpos anti-CMV- sensível e específica = semelhante a IFI- vantagem: processamento de grande número de amostras- resultado em poucas horas

Page 60: INFECÇÕES CONGÊNITAS: CITOMEGALOVÍRUS (CMV), RUBÉOLA, TOXOPLASMOSE, SÍFILIS, HIV Profa. Alessandra Pardini Disciplina: Imunologia Clínica

Cultura- material: urina (vírus é detectado na infecção ativa) - em células: pesquisa de antígenos utilizando anticorpos

monoclonaisTRATAMENTO- Ganciclovir (antiviral)- Foscarnet (inibidor da DNA polimerase)- em teste novas drogas antivirais

PREVENÇÃOPREVENÇÃO- usar preservativos- cuidados com RN (transmissão pela urina e saliva)- doador soro positivo para receptor soro negativo

Page 61: INFECÇÕES CONGÊNITAS: CITOMEGALOVÍRUS (CMV), RUBÉOLA, TOXOPLASMOSE, SÍFILIS, HIV Profa. Alessandra Pardini Disciplina: Imunologia Clínica

CORRELAÇÃO CLÍNICO-LABORATORIAL• Infecção Congênita isolamento do vírus na urina, orofaringe isolamento deve ser feito nas duas primeiras semanas de

vida PCR alternativa para o isolamento viral Detecção de IgM (não passa a placenta) Acompanhar a IgG: aumento demonstra infecção (obs:

passa a placenta)

Page 62: INFECÇÕES CONGÊNITAS: CITOMEGALOVÍRUS (CMV), RUBÉOLA, TOXOPLASMOSE, SÍFILIS, HIV Profa. Alessandra Pardini Disciplina: Imunologia Clínica

Infecção PerinatalIsolamento viral na urina, orofaringe Amostra colhida nas duas primeiras semanas de vidaPesquisa de IgMInfecção Adquirida (Citomegalomononucleose)SorologiaPesquisa de anticorpos IgG, aumento de 4x ou mais convalescençaPesquisa de IgMPacientes ImunocomprometidosDiagnóstico mais complicadoInfecção ativa (replicação viral)Manifestação clínica / Detecção direta ou indireta (anticorpos,

biópsias)