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UNISALESIANO
Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium
Curso de Bacharel em Educação Física
Danilo dos Santos Luiz
Hallyson Flavio Alves Muniz
Marcel Fontolan de Almeida
INFLUÊNCIA DO EXERCÍCIO FÍSICO NA
QUALIDADE DE VIDA DE GESTANTES
LINS – SP
2017
DANILO DOS SANTOS LUIZ
HALLYSON FLAVIO ALVES MUNIZ
MARCEL FONTOLAN DE ALMEIDA
INFLUÊNCIA DO EXERCÍCIO FÍSICO NA QUALIDADE DE VIDA DE
GESTANTES
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Bacharel em Educação Física, sob a orientação do(a) Prof. Ma. Ana Claudia de Souza Costa e orientação técnica da Profª Ma. Jovira Maria Sarraceni.
LINS – SP
2017
DANILO DOS SANTOS LUIZ
HALLYSON FLAVIO ALVES MUNIZ
MARCEL FONTOLAN DE ALMEIDA
INFLUÊNCIA DO EXERCÍCIO FÍSICO NA QUALIDADE DE VIDA DE
GESTANTES
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium,
para obtenção do título de Bacharel em Educação Física.
Aprovada em: __/__/__
Banca Examinadora:
Profª Orientadora: Ana Cláudia de Souza Costa
Titulação: Mestre em Fisioterapia pela Unimep-Piracicaba
Assinatura:_______________________
1º Prof(a):_____________________________________________________
Titulação: _____________________________________________________
_____________________________________________________________
Assinatura:_______________________________
2° Prof(a):_____________________________________________________
Titulação:_____________________________________________________
_____________________________________________________________
Assinatura:_______________________________
Dedico esse trabalho, primeiramente a DEUS por
sempre ter me abençoado. Aos meus pais que
sempre estiveram do meu lado desde o início. Ao
meu amigo Lucas que sempre me motivou a dar o
meu melhor. E a minha namorada Janine que
sempre me apoiou nessa reta final.
Danilo dos Santos Luiz
Dedico esse projeto, primeiramente a DEUS que
sempre iluminou meus caminhos durante essa
caminhada. A minha esposa que sempre está ao
meu lado, meus familiares que de alguma forma me
ajudaram. E aos meu amigos Rogerio Pimentel,
Júlio Pfleger, Pabulo Ares e Diogo dos anjos que
sempre me deram motivação para continuar e
nunca desistir dos meus sonhos.
Hallyson Flavio Alves Muniz
Dedico esse trabalho, primeiramente a DEUS que
sempre me protegeu, me guiou e iluminou nesta
minha caminhada. A minha família que sempre me
apoiou e esteve ao meu lado, aos meus amigos no
qual me ajudaram durante esse percurso e a minha
namorada Angélica. Pois com todos foi que tive
motivação para continuar mesmo nos dias mais
difíceis.
Marcel Fontolan de Almeida
AGRADECIMENTOS
A Deus Dedico este trabalho primeiramente a Deus, por ser essencial em minha vida, autor do meu destino, meu guia, socorro presente na hora da angústia. A ele toda honra e toda glória. A Família Aos meus pais toda minha gratidão, por sempre estarem ao meu lado e acreditarem em mim e em meu sonho, hoje ele se realiza, e é apenas o começo. E a minha irmã por todo apoio e carinho em minha jornada. A nossas orientadoras Deixo aqui meu muito obrigado a essas mulheres Ana Claudia e Jovira, por ter acompanhado de perto todo nosso projeto, puxado nossa orelha nos momentos que precisava e ter contribuído grandemente em minha formação, sem duvida sem vocês não seria possível. Aos Meus Amigos Aos meus amigos agradeço todo apoio e motivação nas horas de dificuldade, sempre me fortalecendo e incentivando, pois ainda não era hora de parar. Aos meus Companheiros Marcel e Hallyson Finalmente estamos concluindo nossa tão sonhada graduação, todos os quatro anos de esforço valeram a pena. Sou imensamente grato ao apoio e a companhia de vocês, sonhos compartilhados hoje se tornarão realidade.
Danilo dos Santos Luiz
AGRADECIMENTOS
A Deus Agradeço primeiramente a Deus pelo dom da vida, por todas as promessas que Ele cumpriu todos esses anos diante dos meus olhos, pela força, coragem, sustento diante de cada dificuldade, por não me deixar desistir diante das fraquezas, obrigada Meu Bom Deus por toda graça recebida de vossas mãos. Pais Aos meus amados pais por acreditarem no meu sonho de ser Educador Físico, de estar sempre ao meu lado me dando força e me fazendo acreditar todos os dias que seríamos possíveis, ainda que por vezes nem eu mesmo acreditasse, foi por vocês, por esse amor incondicional que sempre dispensaram a mim, recebam todo meu amor e gratidão. A minha esposa A minha querida esposa que entrou na minha vida bem antes da faculdade, que sempre me apoiou, me ajudou, sempre entendeu minhas ausências, falta de tempo, todas as vezes que minha atenção esteve voltada aos estudos trabalhos e afins ao invés de estar dedicado a ela, obrigado Meu Amor, por estar sempre segurando a minha mão e torcendo por mim. Aos meus amigos Marcel e Danilo A vocês amigos queridos que Deus colocou na minha vida durante esses quatro anos, fortalecendo nossa amizade e nos fez chegarmos até aqui juntos, tantas provas, trabalhos seminários juntos, tantos risos, brigas e hoje nosso trabalho de conclusão de curso. Obrigado por entenderem as vezes que não estive presente com vocês por causa dos meus sonhos, vocês são essenciais nessa minha caminhada, vocês são exemplos para mim. A nossas orientadoras Agradeço a nossa orientadora Ana Claudia e Jovira por acreditarem na nossa capacidade de realizar esse trabalho, pelo apoio, confiança, correções e incentivo sempre. Aos amigos Aos amigos especiais (e cada um sabe quem é) que sabem o quão especiais são na minha vida, e também sabem do tamanho da responsabilidade que tiveram para que eu começasse o curso de Educação Física, a minha eterna gratidão a cada um.
Hallyson Flavio Alves Muniz
AGRADECIMENTOS
A Deus Sou grato primeiramente a Deus, pois sempre me deu forças e sabedoria para seguir e realizar meus sonhos A Família Agradeço aos meus pais pelo apoio que sempre deram nas minhas decisões para alcançar meus objetivos, por estarem ao meu lado e acreditarem em mim. Sem vocês não teria motivo para continuar, vocês são a minha fortaleza. E agradeço também meus irmãos pelo carinho e apoio durante essa minha jornada. A nossas orientadoras Deixo aqui o meu muito obrigado a vocês Ana Claudia e Jovira, por ter nos ajudado em nossa formação, acompanhando de perto nosso trabalho. Obrigado pelos conselhos e incentivos, sei que não foi nada fácil, mas sem vocês nada seria possível. Aos meus Companheiros Danilo e Hallyson Agradeço á vocês meus companheiros, pelo esforço, dedicação e força de vontade para que concluíssemos o nosso trabalho. Obrigado por nestes quatro anos juntos. Não sabemos o dia de amanhã, mas saibam que independente do que aconteça vocês sempre estarão comigo. Finalmente estamos concluindo um de nossos sonhos. Obrigado por fazer parte dele e que cada um de nós sejamos profissionais bem sucedidos em nossa área.
Marcel Fontolan de Almeida
RESUMO
O presente estudo tem como objetivo trazer a sociedade um novo conceito de informação sobre a influência da prática de exercícios físicos na qualidade de vida de gestantes. Trata-se de uma pesquisa descritiva, com abordagem quantitativa, que tem como intuito avaliar a qualidade de vida das gestantes praticantes de diferentes modalidades de exercícios físicos e verificar qual delas proporciona melhores resultados na qualidade de vida das gestantes. A gestação é dividida em três trimestres, no primeiro trimestre é onde se inicia a formação do feto dentro da mãe, neste período começam a iniciar algumas mudanças fisiológicas e posturais. No segundo trimestre os seios aumentam o volume para o momento de amamentação, o corpo da gestante entra em uma mudança sem fim. No contexto geral o segundo trimestre é o melhor período para a prática de exercícios físicos. O terceiro trimestre é fase final da gestação. Todas as mudanças do corpo da gestante já foram concluídas, com o aumento do peso e limitações estabilizados, a prática de exercício físico continua sendo estimulada nas gestantes, mas, no entanto, em leve intensidade. Foram incluídas na pesquisa gestantes praticantes de exercício físico em academias e clubes de Lins e Região e que concordaram em assinar o termo de consentimento livre e esclarecido, e excluídas as que apresentavam quadro de saúde em risco, que estavam no primeiro trimestre de gestação, as que não concordaram em preencher o questionário proposto ou não assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. Para o desenvolvimento da pesquisa, participaram nove gestantes praticantes de diferentes exercícios físicos, foi utilizado o questionário SF-36 (Short-Form Health Survey) que é composto por trinta e seis itens que avaliam a capacidade funcional, dor, aspectos sociais, saúde mental, estado geral de saúde, aspectos físicos, aspectos emocionais e vitalidade. Os resultados do presente estudo demonstraram que as gestantes que praticavam musculação obtiveram resultados melhores em comparação as demais gestantes, e a gestante que praticava hidroginástica obteve os resultados menos satisfatórios, entretanto não podemos concluir qual prática traz maiores benefícios devido ao número de gestantes nas atividades e diversos fatores individuais que podem influenciar nos resultados. Palavras-Chave: Gestantes. Qualidade de vida. Atividades Físicas
ABSTRACT
The present study aims to bring society a new concept of information about the influence of the practice of physical activities on the quality of life of pregnant women. It is a descriptive research, with a quantitative approach, that aims to evaluate the quality of life of pregnant women practicing different modalities of physical activities and to verify which one provides better results in the quality of life of pregnant women. Gestation is divided into three trimesters, in the first trimester is where the formation of the fetus begins within the mother, in this period begin to initiate some physiological and postural changes. In the second trimester the breasts increase the volume for the moment of breastfeeding, the body of the pregnant woman enters an endless change. In the general context the second quarter is the best period for practicing physical activities. The third trimester is the final stage of gestation. All the changes of the pregnant woman's body have already been completed, with weight gain and stabilized limitations, the practice of physical activities continues to be stimulated in pregnant women, but nevertheless in slight intensity. Were included in the survey practice physical activities pregnant women in gyms and clubs Lins Area and agreed to sign the consent form and clear, and excluded those who had health status at risk, who were in the first trimester of pregnancy, the who did not agree to fill out the questionnaire or did not sign the informed consent form. For the development of research, participated in nine practitioners pregnant women of different physical activities, we used the SF-36 (Short-Form Health Survey) which is composed of thirty-six items that assess functioning, bodily pain, social functioning, mental health , general health, physical aspects, emotional aspects and vitality. The results of this study showed that pregnant women who practiced weight training performed better compared to other pregnant women, and pregnant women who practiced aerobics obtained the least satisfactory results, however we can not conclude that practice brings greater benefits due to the number of pregnant women in the activities and factors that can influence results. Keywords: Pregnant women. Quality of life. Physical activities
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Desenvolvimento do bebê
Figura 2: Manobra de respiração na hora do parto
Figura 3: Efeitos hormonais no organismo materno
Figura 4: Adaptação musculoesquelética em função das alterações posturais
da gestação
LISTA DE QUADROS
Quadro 1: Sinais e sintomas de alerta
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Apresenta os resultados dos dados gerais da anamnese
Tabela 2: Resultados dos dados obstétricos da anamnese
Tabela 3: Resultados dos dados específicos da anamnese
Tabela 4: Resultados do SF-36
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
atp - adenosina trifosfato
HCG - gonadotrofina coriônica humana
HCS - somatotropina coriônica humana
HPL - lactogênio placentário humano
OMS - Organização Mundial da Saúde
SF-36 - hort-Form Health Survey
VO2max - consumo máximo de oxigênio
xo - xantina oxidase
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .................................................................................................. 12
CAPÍTULO I - GESTAÇÃO .............................................................................. 14
1 TRIMESTRES GESTACIONAIS .................................................................... 14
1.1 Primeiro trimestre ........................................................................................ 14
1.2.1 Segundo trimestre ............................................................................ 14
1.3.1 Terceiro trimestre ............................................................................. 15
2. ADAPTAÇÕES FISIOLÓGICAS MATERNAS ............................................. 15
2.1 Sistema respiratório .................................................................................... 17
2.2 Sistema gastrointestinal .............................................................................. 18
2.3 Incontinência anal ....................................................................................... 19
2.4 Intercorrências gastrintestinais comuns ...................................................... 19
3. SISTEMA NERVOSO ................................................................................... 20
3.1 Avaliação Pré-anestésica............................................................................ 21
4 SISTEMA URINÁRIO .................................................................................... 21
4.1 Alterações anatômicas ................................................................................ 22
4.2 Incontinência urinária .................................................................................. 23
5. SISTEMA CIRCULATÓRIO .......................................................................... 23
5.1 Hipertensão arterial na gravidez ................................................................. 25
6 SISTEMA ENDÓCRINO ................................................................................ 26
6.2 Progesterona .............................................................................................. 29
6.3 Estrógeno.................................................................................................... 29
7 SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO .......................................................... 31
CAPITULO II – EXERCÍCIO FÍSICO ................................................................ 34
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 34
1.1 Exercício anaeróbio .................................................................................... 36
1.1.1 Efeitos dos exercícios anaeróbios durante a gestação ............................ 37
1.2 Exercício aeróbio ........................................................................................ 38
1.2.1 Efeitos dos exercícios aeróbios durante a gestação ................................ 39
CAPÍTULO III – A PESQUISA .......................................................................... 42
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 42
2 MÉTODOS E TÉCNICAS .............................................................................. 42
2.1 Método ........................................................................................................ 42
2.1.2 Técnicas ................................................................................................... 43
2.1.3 Questionário realizado ............................................................................. 43
3 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS....................................................... 43
4 DISCUSSÃO .................................................................................................. 47
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................... 49
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO ..................................................................... 50
CONCLUSÃO ................................................................................................... 51
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 52
APÊNDICES ..................................................................................................... 56
ANEXOS ........................................................................................................... 62
12
INTRODUÇÃO
A prática de exercício físico pode ser recomendada para diferentes
públicos e de acordo com a manipulação das variáveis, diferentes resultados
são obtidos. A busca por centros esportivos aumenta a cada dia e diferentes
públicos buscam a prática de exercícios.
A inclusão do exercício físico pode trazer benefícios como redução do
estresse cardiovascular, melhora da postura, prevenção do ganho de peso,
prevenir a diabetes gestacional, auxiliar na recuperação mais rápida pós-parto,
além de ajudar na autoimagem e controle da ansiedade. (MARTINS;
AINHAGNE, 2009).
As complicações da gestação e alterações fisiológicas que geram mal-
estar podem estar reduzidas nas gestantes ativas quando comparadas com
gestantes sedentárias. Para as recomendações de exercício, selecionar
exercícios que não sustentem o corpo, progredir gradualmente e escolher a
intensidade de forma individual. (MARTINS; AINHAGNE, 2009).
Segundo Duarte et al. (2003), antigamente existia uma grande restrição
de que as gestantes teriam que fazer somente repouso sem nenhum esforço
físico, para que a gestação fosse mais segura. Atualmente, os médicos estão
aconselhando cada dia mais os cuidados dos profissionais de Educação Física
para auxiliar as gestantes na prática de exercício físico, porém em um grau de
leve a moderado.
Hoje, as grandes maiorias das pessoas de todas as idades estão buscando de alguma forma constantemente a pratica de atividade física. A estética e qualidade de vida vêm sendo tema de interesse principalmente quando se trata de mulheres grávidas. As participações das gestantes nas atividades físicas são vistas por elas hoje em dia como bem-estar geral. Em qualquer outra fase da vida feminina, o período de gestação não pode faltar os cuidados ao próprio corpo. (BARACHO, 2007, p. 131).
Segundo Baracho (2007), quando a mulher entra nesse período
gestacional, surgem alterações, principalmente do sistema musculoesquelético,
para ela se adaptar ao desenvolvimento do feto. Com isso a gestante
desenvolve hábitos posturais errados, acarretando inúmeros incômodos na
gestação neste período e colocando varias gestantes em situações
desagradáveis e na grande maioria impossibilitando de aproveitar com total
13
satisfação esse momento especial com bem-estar e alegria.
Os exercícios físicos durante a gestação
podem ter riscos quando executado acima do limite materno, em condições
desfavoráveis e sem acompanhamento de um profissional de educação física
capacitado. Mas na verdade, a prática mostra que os benefícios superam os
riscos em potencial, e se tomados devidamente todos os cuidados ao ministrar
o programa de exercícios. Apesar dos estudos não demonstrarem prejuízos ao
organismo materno e fetal na aplicação de atividades físicas leves e
moderadas, é prudente definir um programa de atendimento para cada
gestante. (BARACHO, 2007)
Várias adaptações fisiológicas ocorrem no organismo da mulher durante
o período de gestação. Com essa razão, a gestante necessita de um trabalho
especial e diferenciado, para que o feto se desenvolva com segurança.
(DUARTE et al., 2003)
Diante deste pressuposto teórico, surgiu o seguinte questionamento: é
possível verificar diferenças na qualidade de vida de gestantes que praticam
diferentes modalidades de exercícios físicos?
Como resposta a este questionamento, surge a hipótese de que os
exercícios físicos de leve a moderados e seguros, dão a certeza de que a
gestante obterá diversos benefícios como; diminuição das câimbras, melhora
na circulação sanguínea, redução de inchaços, fortalecimento da musculatura
abdominal, redução do desconforto intestinal, melhora da postura corporal,
melhora na recuperação pós-parto, diminuição da dor lombalgia, maior controle
da respiração, melhora no controle do peso corporal e um aumento da
resistência para as exigências física que a gestação pede. Mas não garante
que a mulher terá um parto mais fácil. (DUARTE et al., 2003)
Baseando-se nessas afirmações o presente estudo tem como principal
objetivo avaliar a qualidade de vida das gestantes praticantes de diferentes
modalidades de atividades físicas e verificar qual delas proporciona melhores
resultados na qualidade de vida das gestantes.
O trabalho encontra-se assim dividido:
Capitulo I: descreve sobre a gestação.
Capitulo II: descreve a definição e características dos exercícios físicos.
Capitulo III: descreve a pesquisa.
14
Por último, apresenta-se a proposta de intervenção e conclusão.
CAPÍTULO I
GESTAÇÃO
1 TRIMESTRES GESTACIONAIS
1.1 Primeiro Trimestre
No primeiro trimestre é onde se inicia a geração de um feto dentro da
mãe, na maioria das vezes a gravidez é uma surpresa, porque a mãe não
esperava gerar uma criança. Depois de confirmado a gravidez, a mulher tem
algumas mudanças de comportamento, como; pensamentos de que pode vir a
acontecer com o corpo durante a gestação, alteração de humor são situações
frequentes durante a gestação. Essas mudanças estão ligadas as
transformações do corpo da mulher. O aumento de peso começa a ficar mais
nítido, a tendência que as semanas vão passando o feto vai se desenvolvendo.
(MIRANDA; ABRANTES, 1986)
É nesse período que se tem que ter mais cuidados com a pratica de
atividades físicas, por conta de ser arriscado de perder o feto. Na primeira
consulta o pré-natal, os médicos já avisam que essa é a fase mais delicada da
gravidez, em conta do desenvolvimento do feto. (MIRANDA; ABRANTES,
1986)
1.2.1 Segundo Trimestre
Segundo Miranda e Abrantes (1986), o segundo trimestre é a etapa de
sossego durante a gravidez. O primeiro ato de movimento do feto torna-se uma
existência clara.
Os seios aumentam o volume para o momento de amamentação, o
corpo da gestante entra em uma mudança sem fim. No contexto geral o
segundo trimestre é o melhor período para a prática de atividades físicas, o
período inicial mais delicado já passou, os médicos já autorizam as gestantes a
voltar a pratica de atividades leve a moderado, e para aquelas gestantes que
15
não praticavam atividades físicas antes da gravidez, eles recomendam a iniciar
um programa de atividade física. (MIRANDA; ABRANTES, 1986)
No fim desse trimestre são inevitáveis os incômodos da gestação, altera
o jeito de andar, os movimentos ficam mais lentos. É um aviso que já está
próxima da última fase, e a preparação física é de extrema importância.
(MIRANDA; ABRANTES, 1986)
1.3.1 Terceiro Trimestre
Segundo os autores Miranda e Abrantes (1986), o terceiro trimestre é
fase final da gestação. Todas as mudanças do corpo da gestante já foram
concluídas, a gestante fica abismada pela as alterações ocorridas. Com o
aumento do peso e limitações estabilizados, a pratica de atividades físicas
continua sendo estimulada nas gestantes, mas, no entanto, em leve
intensidade. Nesse período, as atividades aeróbicas, como caminhada,
natação e hidroginástica são indicadas para manter a capacidade aeróbica e
condicionamento físico. E também a respiração, mobilizações e relaxamento
têm que ser muito trabalhada na preparação de parto. Os exercícios físicos
feitos regularmente acompanhados com um profissional da área de educação
física previnem a gestante de uma gravidez arriscada e de muito incomodo.
As atividades físicas devem ser interrompidas quando os sinais e
sintomas de trabalho de parto começar aparecerem, esses sinais dependem
muito de cada gestante, cada gestante é única. (MIRANDA; ABRANTES, 1986)
2 ADAPTAÇÕES FISIOLÓGICAS MATERNAS
O corpo da gestante passa por diversas mudanças internas e externas
durante a gravidez, o organismo é muito afetado por essas mudanças. O útero
aumenta em cerca de 1000 vezes em relação ao tamanho normal. (HANLON,
1999)
Halon (1999), afirma que devido ao crescimento do útero no organismo,
o diafragma é empurrado e com isso alterando a respiração da gestante. O
coração também sofre um aumento significativo, as veias ficam mais flexíveis
16
para permitir o aumento do fluxo sanguíneo, um esforço excessivo pode levar
os batimentos cardíacos a funcionar, irregular ou excessivamente forte. Mas
todas as mudanças se iniciam pelos hormônios, o grande responsável para
regular a gravidez. O hormônio estrógeno aumenta a produção para estimular
o crescimento do útero e dos seios. Já o hormônio progesterona também
aumenta a produção, ajudando no espessamento das paredes uterinas, assim
inibindo contrações da musculatura lisa (relaxando o útero evitando contração).
“A relaxina relaxa as articulações, as cartilagens e o cérvix, permitindo
que esses tecidos se expandam durante o parto. Ela também inibe a atividade
uterina.” (HALON, 1999, p. 12)
Muito comum na gestação os níveis de insulina aumentar, uma a cada
300 mulheres contraem diabetes gestacional, a saúde do bebê pode ser
afetada gravemente pelo diabetes. (HALON, 1999)
A expansão do útero comprime bexiga, fazendo com que as gestantes
tenham vontade de urinar frequentemente, especialmente no começo e no
término da gestação. (HALON, 1999)
Figura 1: desenvolvimento do bebê.
Fonte: Google imagens (2017)
A lordose ou o famoso arqueamento das costas na gestação é muito comum. Na proporção que a pelve se inclina para frente, a
17
curvatura da lombar das costas se acentua. Uma postura incorreta na gestação pode causar muitas dores nas costas e espasmos musculares. (HALON, 1999, p.11).
2.1 Sistema respiratório
O organismo de uma mulher que está no período gestacional, passa por
várias mudanças no decorrer da gravidez, e com isso alterações fisiológicas
surgem. O sistema respiratório sofre uma grande mudança, e uma delas, é por
conta do útero que se expande para abrigar o feto. Com essa expansão o útero
comprime o diafragma, que é um músculo responsável pela respiração, mais
ou menos 4 cm para cima, pressionando o pulmão na inspiração. (DUARTE et
al., 2003)
Segundo Duarte et al. (2003), quando aumenta a necessidade de
oxigênio é regulada por níveis de progesterona circulatória, que faz estímulos
nos centros respiratórios.
Para que tenha oxigenação para suprir as necessidades do organismo,
as gestantes executam a respiração mais rápida e não conseguem inalar a
quantidade suficiente de ar, ou seja, ocorre um aumento de ventilação minuto
desproporcionalao consumo de oxigênio. É aumentada essa dificuldade de
respiração porque o consumo de oxigênio é dividido entre a mãe e o bebê,
dando um acréscimo de 15 a 20%. Ou seja, a frequência respiratória de
repouso é aumentada de 15 a 18 respirações por minuto. (DUARTE et al.,
2003)
A pressão decorrente do aumento do útero é acentuada com a pressão que o feto faz para cima. Para atenuar esses fatores, as costelas são dilatadas lateralmente, aumentando a cintura costal inferior em 10 a 15 cm, geralmente (DUARTE et al., 2003, p. 73)
18
Figura 2: manobra de respiração na hora do parto.
Fonte: Google imagens (2017)
Para os autores, na hora do parto uma boa manobra de respiração,
juntamente com a calma e o relaxamento, auxilia no controle da musculatura
no momento do parto. Mas sabemos que cada indivíduo é único. Sempre é
bom proporcionar um conhecimento do processo de inspiração e expiração
para as gestantes. Para ocorrer a melhora da oxigenação para mãe e o bebê.
(DUARTE et al., 2003)
2.2. Sistema gastrointestinal
Composto por um longo tubo que contém os principais órgãos e
glândulas do processo digestivo, o sistema gastrointestinal tem por sua
responsabilidade realizar todo o processo de ingestão, digestão, absorção e
eliminação dos alimentos no corpo humano. Podemos considerar que durante
a gestação o sistema gastrointestinal diante todos os sistemas presentes no
corpo humano é um dos que mais sofre alterações, devido a alterações nas
atividades hormonais. . [S.L:S.N.]. "SISTEMA DIGESTIVO". [S.D.]
O peristaltismo é uma das atividades realizadas pelo sistema que sofre
grande alteração, deixando-o mais lento e aumentando a incidência de refluxo
gastresofágico, seu sintoma mais comum é a pirose retroesternal, mas, apesar
de se desenvolver no período gestacional raramente repercute negativamente
na saúde materna e fetal;
Também sofre alteração os processos de esvaziamento que se torna
lento e geralmente incompleto apresentando frequentemente o aumento de
colesterol devido à ação do estrogênio, a eficiência contrátil da musculatura do
19
intestino também se reduz, causando obstipação. O avanço da gravidez faz
com que o volume uterino aumente, causando alterações anatômicas que
desviam o estomago e o apêndice para cima e para direita de sua localização
habitual, e os intestinos para esquerda. (ZUGAIB MARCELO, 2016)
Outros sintomas que também podem ser apresentados durante a
gestação são os intestinais e anorretais como inchaço abdominal, obstipação,
incontinência e doença hemorroidária, estes são comuns na gravidez e no pós-
parto, sendo mais prevalentes que em mulheres não grávidas. [S.L.:S.N.]"O
SISTEMA DIGESTIVO DA GESTANTE". 2012].
2.3 Incontinência anal
Tal termo é utilizado para englobar a perda involuntária tanto de material
fecal quanto de gases, sendo marcada pela incapacidade de manter o controle
fisiológico do conteúdo intestinal em local e tempo socialmente adequados. A
incontinência caracteriza-se pela perda involuntária de fezes e gases e inclui a
incontinência passiva caracterizada quando há pequena perda sem sensação
ou aviso e a incontinência durante o coito com penetração vaginal. Também
podemos classificar a incontinência como sensorial ou motora, a sensorial é
caracterizada pela passagem de fezes sem a percepção do paciente, já no
caso de incontinência motora, a gestante tem consciência da necessidade de
evacuar, mas é incapaz de controlar a defecação. (ZUGAIB MARCELO, PÁG.
347, 2016)
2.4 Intercorrências Gastrintestinais Comuns
Pirose ou sensação de plenitude provém da compressão gástrica geral,
produzida pela falta de espaço normal na área ocorrida na maioria das vezes
por grande refeição ou formação de gases. Tais queixas geralmente podem ser
tratadas fracionando as quantidades de cada refeição e aumentando a
frequência durante o dia.
20
Constipação intestinal frequentemente ocorre no fim da gestação, e é
associada à pressão exercida pelo feto sobre o intestino materno e à
motilidade intestinal reduzida por ação hormonal como progesterona, a
principal função da progesterona é relaxar a musculatura lisa uterina, porém,
acaba agindo em outros órgãos como o intestino, o que ocasiona na
diminuição da motilidade intestinal.
Náuseas e vômitos geralmente é uma situação leve e limitada que
ocorre no início da gestação, tal intercorrência pode ser desencadeada por
diversos fatores. Podemos citar como um dos fatores os fisiológicos, baseados
na alteração hormonal que surge no início da gravidez, também temos o fator
psicológico como diversas tensões ou a ansiedade relacionada à própria
gestação. As mulheres devem ser instruídas de que as náuseas leves e de
curta duração são comuns na gestação e não prejudicam o feto. Porém, o
estado nutricional anterior à gestação será determinante no impacto da
formação e desenvolvimento do feto. (ZUGAIB MARCELO, PÁG. 165, 2016)
3 SISTEMA NERVOSO
O sistema nervoso consiste em cérebro e medula espinhal, que
representam o sistema nervoso central, e nos nervos cranianos, nos nervos
espinais e nos gânglios periféricos, que constituem o sistema nervoso
periférico. O sistema nervoso central está protegido em uma cavidade óssea; o
cérebro está coberto pelo crânio e a medula espinhal está envolvida pela
coluna vertebral. O sistema nervoso inicia sua existência precocemente na fase
embrionária como um tubo oco e mantém sua forma básica mesmo após estar
completamente desenvolvido, durante o desenvolvimento, as partes do tubo
alongam-se formando bolsas e dobras, e o tecido em volta do tubo espessa-se
até o cérebro atingir sua forma final. [S.L:S.N.] "SISTEMA NERVOSO”. [S.D.]
Responsável por transmitir sinais por todo corpo, o sistema nervoso
coordena as ações realizadas pelo corpo sejam elas voluntárias ou
involuntárias. Composto pelo encéfalo responsável por organizar, emitir e
receber sinais nervosos, e pela medula espinhal que tem o papel de transmitir
estes sinais. As principais queixas das gestantes relacionadas ao sistema
21
nervoso são mais frequentes no último trimestre de gestação onde se percebe
discretas alterações de memória, concentração e sonolência possivelmente
causadas pelos altos níveis de progesterona conhecido como depressor do
sistema nervoso. Cuidados especiais devem ser utilizados ao administrar
anestésico por via raquidiana ou epidural, as doses devem ser menores que as
administradas em mulheres não grávidas, e mesmo assim os níveis de
bloqueio sensitivo se igualam. (CARLSON N. R, PÁG. 66, 2002)
3.1 Avaliação pré-anestésica
É recomendado, antes de todo ato médico cirúrgico, que seja realizada
uma avaliação pré-anestésica em consultório. Nessa ocasião, podemos fazer
uma minuciosa anamnese e um detalhado exame físico, bem como estudar e
revisar os exames complementares indicados para cada caso. Podemos, por
fim, analisar, discutir e planejar o parto juntamente com a paciente e toda
equipe envolvida, de acordo também com a situação em questão. A
conscientização de todos e o preparo específico podem ser fundamentais para
atingir o sucesso desejado.
Principais técnicas anestésicas utilizadas:
a) analgesia peridural – punção única ou com cateter;
b) raquianestesia;
c) raque e peridural combinadas;
d) bloqueio paracervical, e
e) infiltração perineal.
A analgesia peridural caracteriza-se por ser um método extremamente
versátil, e utilizadas baixas concentrações de anestésico local.
A Raquianestesia tem como vantagens: segurança devido a baixas
doses de administração, rápido início de ação e analgesia eficaz para
realização dos procedimentos inerentes ao parto. (ZUGAIB MARCELO, PÁG.
123, 2016)
4 SISTEMA URINÁRIO
22
Com a importante responsabilidade de filtrar e eliminar as impurezas
presentes no sangue circulante o sistema urinário é formado pelos rins e pela
via urinária composta por dois ureteres, bexiga e uretra. Em mulheres o canal
da uretra é bem menor que o masculino medindo aproximadamente 5
centímetros, tal característica anatômica facilita a ocorrência de infecções
urinárias nas mulheres. [S.L.:S.N.]. "SISTEMA URINÁRIO". [S.D.]
Se tratando de período gestacional a infecção urinária se torna uma
relevante complicação podendo agravar tanto o prognóstico materno quanto o
perinatal; as mudanças anatômicas e fisiológicas ocorridas no sistema urinário
da gestante predispõe à transformação de mulheres que não tem tendência a
desenvolver infecção a desenvolver durante a gestação, fato que ocorre entre
2 e 10% de todas as gestantes das quais aproximadamente 30% desenvolvem
pielonefrite.
Também se podem observar durante o período gestacional outras
mudanças anatômicas e fisiológicas desenvolvidas no sistema urinário tais
como dilatação do sistema coletor, redução da atividade peristáltica decorrente
da progesterona e o aumento do débito urinário, a somatória destas alterações
traz consequência como redução do tônus vesical, estase urinária, e refluxo
vésico-uretral por consequência da penetração dos ureteres na bexiga em um
ângulo perpendicular devido ao alargamento uterino. Deste modo parece
evidente que no período gestacional em decorrência das mudanças mecânicas
e hormonais ocorrem mudanças no sistema urinário da gestante que a torna
mais susceptível a desenvolver infecções.
4.1 Alterações anatômicas
A vasodilatação que ocorre na gravidez resulta do relaxamento da
musculatura lisa e é universal, o sistema urinário não foge à regra, e cerca de
80% das mulheres grávidas têm dilatação significativa de ambos os ureteres e
pelves renais, que se inicia precocemente, e por essa razão filiada à atonia
decorrente de estímulos hormonais, provavelmente a progesterona. Mais tarde
também se inicia o fator mecânico, pois a dilatação é principalmente observada
no lado direito, acima do estreito superior, o que ocorre por conta da
23
dextrorrotação normal que apresenta o útero pejado. No 3º trimestre cerca de
97% das grávidas mostram alguma evidência de estase ou de hidronefrose. O
fluxo de urina está retardado e é a maior causa da predisposição à infecção
urinária ascendente que têm as grávidas. A dilatação das pelves/cálices renais
e dos ureteres pode persistir por 8-12 semanas pós-parto. (BARACHO ELZA,
PÁG. 275, 2012)
4.2 Incontinência urinária
O déficit de estrogênio ocorrido no climatério - termo que descreve a
fase de transição das mulheres da fase reprodutiva para um estado não
reprodutivo - pode provocar diminuição do fechamento uretral, predispondo à
perda involuntária de urina, o que é mais um fator angustiante para a mulher
nesse momento de sua vida.
Define-se incontinência urinária como qualquer perda involuntária de
urina. A incontinência urinária é comum em mulheres, podendo acometer até
50% delas em alguma fase da vida.
A incontinência urinária pode ser classificada em:
a) de esforço: é a perda urinária involuntária, que ocorre após exercício
físico, tosse ou espirro;
b) de urgência: perda urinária acompanhada por forte desejo de urinar;
c) mista: quando há simultaneamente incontinência de esforço e por
urgência, e
d) inconsciente: perda urinária sem urgência ou reconhecimento
consciente do extravasamento.
O tratamento da incontinência urinária pode ser dividido em clínico ou
cirúrgico através de cirurgias ou medicamentos e tem por objetivo aumentar o
tônus/resistência uretral e melhorar a capacidade de armazenamento vesical.
Sua indicação é limitada, sendo mais utilizada no caso de incontinência de
urgência. (MONTENEGRO L. P., PÁG. 93, 2011)
5 SISTEMA CIRCULATÓRIO
24
A função primária do sistema circulatório nada mais é do que transportar
sangue para os tecidos, fazendo com que assim chegue nutrientes essenciais
para o funcionamento das células enquanto removem produtos finais já
utilizados pelas células, outras funções também podem ser citadas em relação
ao sistema circulatório como transportar hormônios de uma região para outra,
manter ambiente adequado nos líquidos teciduais para um bom funcionamento
das células. [S.L.:S.N.] "SISTEMA CARDIOVASCULAR". [S.D.]
Durante a gestação ocorrem alterações essenciais no sistema
circulatório a fim de se adaptar as demandas impostas; A primeira adaptação
observada na gestante se trata de alterações do volume e da constituição do
sangue, o volume materno aumenta consideravelmente podendo chegar de
30% a 50% maior do que níveis pré-gestacionais, sendo maior em gestação
múltiplas e menor em gestações com insuficiência placentária.
O papel da hipervolemia - aumento do volume sanguíneo - no
organismo da mãe refere-se ao aumento das necessidades de suprimento
sanguíneo nos órgãos genitais maternos, em especial nos uterinos no qual o
fluxo sanguíneo aumenta, também serve como proteção para mãe e o bebê em
relação à redução do retorno venoso comprometido com as posições supina e
ereta, e também para as futuras perdas sanguíneas no trabalho de parto.
Ocorrem também adaptações cardiovasculares logo no início da
gestação antes mesmo das principais modificações no território
uteroplacentário, pode-se observar novo equilíbrio circulatório na gestante.
Gestantes saudáveis toleram bem essas modificações, mas gestantes que se
encaixam em quadros de cardiopatia e hipertensão arterial podem apresentar
descompensação clínica já no primeiro trimestre.
Com o desenvolvimento da gravidez acontece uma elevação do
diafragma em relação a sua posição habitual em decorrência de um aumento
do volume abdominal, tal deslocamento altera a posição cardíaca, além deste
deslocamento também acontece um aumento do volume do coração como um
todo em função do aumento do volume sistólico e da hipertrofia dos miócitos,
também pequenas alterações do ritmo cardíaco são frequentes.
As alterações mais importantes ocorrem com o débito cardíaco e a
vasodilatação periférica, sendo que a frequência cardíaca e a pressão arterial
apresentam repercussões menores. O aumento do volume plasmático e do
25
volume sistólico eleva o debito cardíaco em 30%, precocemente, bem antes do
aumento do fluxo uterino, durante a gravidez, há elevação no volume de ejeção
que alcança seu pico a partir da 20ª a 24ª semana da gestação. Há tendência
após a 32ª semana de diminuição do débito cardíaco devido à compressão do
útero gravídico, diminuindo o retorno venoso com a compressão do útero sobre
a veia cava inferior.
Há diminuição da resistência periférica em razão da ação dos hormônios
e das prostaglandinas, o que repercute na diminuição da pressão arterial
diastólica, mas o mesmo não ocorre com a sistólica.
Os fatores maternos relacionados com as contrações uterinas, dor,
ansiedade, posição em decúbito lateral fazem com que ocorra um aumento de
300 a 500 ml de sangue na circulação ocorrendo tal aumento no período
expulsivo do feto, já no pós-parto há perda de volume sanguíneo de 300 a 500
ml no parto normal podendo chegar até 1 litro em caso de cesariana.
(BARACHO ELZA, PÁG. 20, 2012.)
5.1 Hipertensão Arterial na Gravidez
A hipertensão arterial é a doença cardiovascular mais comum durante a
gestação e até mesmo durante os anos férteis da mulher, as complicações
decorrentes da doença são ao lado da infecção e da hemorragia a principal
causa de morte materna na maioria dos serviços especializados.
A hipertensão arterial induzida pela gravidez tem sua aparição após a
20ª semana de gestação, embora possa surgir antes dessa época, mas, nem
todo aumento de pressão sanguínea registrado em grávidas pode ser
considerado caso de Hipertensão arterial. O quadro hipertensivo desaparece
até 6 semanas após o parto, se a normalização da pressão arterial não for
confirmada nesse período a paciente é considerada hipertensiva crônica.
Classificação da hipertensão:
a) hipertensão gestacional: hipertensão sem proteinúria ou edema
patológico, a única alteração observada é o aumento da pressão
arterial na segunda metade da gravidez;
26
b) pré-eclâmpsia: hipertensão mais proteinúria ou edema patológico -
leve ou grave;
c) eclampsia: surgimento de convulsão ou coma em gestantes com
pré-eclâmpsia;
d) hipertensão arterial crônica: hipertensão prévia a gravidez;
e) pré-eclâmpsia sobreposta à hipertensão arterial crônica, e
f) hipertensão transitória: surge durante o trabalho de parto.
Se nada for feito, as gestantes que apresentam a forma grave da pré-
eclâmpsia desenvolverão eclampsia, com as convulsões
características do quadro e risco de morte para a mãe e o feto.
Fatores de risco que levam a gestante a ter predisposição a hipertensão
arterial na gestação:
a) história familiar de pré-eclâmpsia;
b) pré-eclâmpsia em gestação prévia;
c) doença vascular crônica;
d) hipertensão arterial crônica;
e) gestações múltiplas;
f) diabetes;
g) doença renal;
h) mola hidatiforme;
i) adolescentes ou gestantes idosas;
j) polidrâmnio;
k) hidropisia fetal;
l) ocupação fora de casa, em condições que exigem muito esforço
físico ou psíquico, e
m) descendência africana.
É fundamental, sempre que possível aferir a pressão arterial antes da
gravidez ou da 20ª semana de gestação. O desconhecimento da pressão
arterial na primeira metade da gravidez dificulta a diferenciação entre
hipertensão arterial crônica ou hipertensão arterial induzida pela gravidez.
(BARACHO ELZA, PÁG. 20, 2012)
6 SISTEMA ENDÓCRINO
27
Durante a gestação, os hormônios são produzidos e secretados por
glândulas endócrinas maternas, por glândulas endócrinas fetais e pela
placenta. Pode-se observar completa relação entre esses três compartimentos,
embora a a produção hormonal oriunda da placenta determine direta ou
indiretamente as adaptações fisiológicas em todo organismo da mãe.
Composto por todas as glândulas endócrinas do corpo como a hipófise,
tireoide, pâncreas e ovários, sua maior responsabilidade é garantir a produção
de hormônios permitindo o controle das funções biológicas e a homeostase.
Produção de gonadotrofina coriônica humana (HCG): estimula a
produção de progesterona e estrogênio pelo corpo lúteo, para a
manutenção da gestação até que a placenta se desenvolva totalmente
para assumir essa posição.
a) produção de somatotropina coriônica humana (HCS);
b) produção de lactogênio placentário humano (HPL): torna
disponível maior porcentagem de proteína para necessidades da mãe e
do feto;
c) aumento generalizado e gradual da produção de todos os
hormônios;
d) hormônio melanócito estimulante: hormônio hipofisário causa o
escurecimento na pigmentação da pele em certas áreas do corpo da
mulher;
e) aumento da aldosterona: estimula os glomérulos do rim a
reabsorver sódio e água;
f) aumento da produção de estrogênio: estimula o desenvolvimento
uterino, auxilia no desenvolvimento do sistema de ductos mamários,
preparando-os para lactação e, participa no desenvolvimento de estrias
gravídicas. Seu nível elevado causa rubor e eritema na pele, e o corpo
da mulher torna-se mais vascularizado, aumentando o fluxo de sangue
para o feto e a chance de sangramentos como epistaxe;
g) aumento da progesterona: origem principal é placenta, inibe
contrações uterinas, auxilia no desenvolvimento das mamas para
lactação, reduz tônus de músculos lisos, reduzindo motilidade gástrica e
relaxando os esfíncteres, e
28
h) aumento na produção de prolactina a partir da 5ª semana até o
final da gravidez.
Efeitos do estrogênio na gestação:
a) flexibilidade das articulações pélvicas;
b) estimular o aumento do útero, das mamas e dos genitais;
c) participar no desenvolvimento das estrias gravídicas;
d) ocasionar modificações vasculares;
e) promover a utilização de nutrientes;
f) retenção hídrica que pode associar-se a ação compensatória de
retenção de sódio e ativação do sistema renina-angiotensina-
aldosterona, e
g) estimular o hormônio melanócito estimulante, responsável pelo
aumento da pigmentação.
Efeitos da progesterona na gestação:
a) proporcionar o desenvolvimento do endométrio uterino;
b) auxiliar na implantação do ovo;
c) proporcionar o desenvolvimento dos ductos secretores das
mamas para lactação;
d) estimular secreção de sódio;
e) reduzir tônus dos músculos lisos causando redução da
contratilidade uterina, constipação, azia e varicosidades, e
f) auxiliar a mulher a eliminar produtos do metabolismo fetal.
[S.L.:S.N.] REPERCUSSÕES DA GRAVIDEZ NO ORGANISMO MATERNO.
“ALTERAÇÕES SISTEMICAS”. [S.D.]
6.1 Hormônio lactogênico placentário
O hormônio lactogênico placentário humano apresenta os seguintes
sinônimos: hormônio somatotrófico coriônico, somatotrofina coriônica,
coriossomatotrofina e somatotropina placentária. Entre o primeiro e o terceiro
trimestre, sua, concentração aumenta cerca de mil vezes: em torno de 20 a 40
dias de gestação, sua concentração é de 7 a 10 mg/ml de plasma e nas últimas
semanas atinge valores de 5,4 mg/ml. Esse hormônio tem pequena capacidade
de estimular o crescimento quando comparado ao GH. Tal hormônio exerce
29
efeito metabólico importante: assegura as demandas nutricionais do feto,
apresenta efeito lipolítico e facilita a mobilização dos ácidos graxos livres.
Sabe-se também que o hormônio é responsável pelo aumento da resistência
periférica materna à ação da insulina, especialmente no fim da gestação fato
que propicia maior disponibilidade de glicose para as necessidades energéticas
do feto.
6.2 Progesterona
Durante a gestação, a secreção de progesterona pelo sinciciotrofoblasto
é progressivamente crescente. O corpo lúteo é o responsável pela maior
quantidade de progesterona produzida nas primeiras 6 a 8 semanas de
gestação. À medida que o trofoblasto se desenvolve, a progesterona
placentária é produzida em concentrações crescentes de tal modo que a partir
dessa época a progesterona de origem ovariana já é dispensável para a
evolução normal da gestação. A progesterona junto a outros hormônios
estimula o crescimento das glândulas mamárias, sobretudo dos elementos
alveolares, e inibe a formação da lactoalbumina pelas células glandulares.
Ativa também os centros respiratórios presentes no sistema nervoso central,
provocando aumento da ventilação pulmonar durante a gestação. Além da
musculatura uterina, a progesterona causa também o relaxamento da
musculatura lisa das vias urinárias, digestória e biliar, promove a excreção
tubular de sódio ao competir com os receptores da aldosterona nas células dos
túbulos distais dos rins.
6.3 Estrógeno
Durante a gestação, a placenta produz de modo crescente e progressivo
grande quantidade de estrógenos. O tecido trofoblástico não possui as enzimas
fundamentais para a produção dos estrógenos a partir do colesterol,
diferentemente do que ocorre com o corpo lúteo. Acredita-se que a maioria das
gestantes normais produz por dia quantidade de estrógeno equivalente à
30
produção estrogênica diária de mil mulheres na pré-menopausa e que a
gestante produz mais estrógenos nos 9 meses de gestação que uma mulher no
período ovulatório conseguiria produzir em mais de 150 anos.
Os estrógenos livres liberados pela placenta na circulação materna e
fetal têm sua molécula livre conjugada com ácido sulfúrico ou glicurônico nos
fígados materno e fetal. O feto metaboliza o estriol em estirol-3-sulfato que é
hidrolisado pela sulfatase placentária em estriol não conjugado. Quase todo
estriol fetoplacentário é secretado para a circulação sanguínea materna sob a
forma de hormônio livre.
As funções do estriol na gestação ainda não são completamente
esclarecidas. Trata-se de estrógeno de fraca ação biológica, com um
centésimo da potência do estradiol e um décimo da potência da estrona,
contudo, a habilidade de aumentar o fluxo sanguíneo uteroplacentário é
semelhante à do estradiol e da estrona além de atuarem sobre o fluxo
uteroplacentário os estrógenos apresentam outros efeitos descritos na tabela a
seguir. (ZUGAIB MARCELO, 2016)
Figura: 3 efeitos hormonais no organismo materno
Fonte: ZUGAIB MARCELO, pág. 101
31
7 SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO
As articulações sofrem devido ao processo de relaxamento durante a
gestação, devido ao acúmulo líquido denominado embebição gravídica. Ao
contrário do que se acreditava os níveis de estrógeno, progesterona e relaxina
parecem não estar envolvidos nesse fenômeno.
Nas articulações dos membros inferiores, a embebição gravídica pode
predispor a gestante a dores crônicas, entorses, luxações e até fraturas.
32
Figura 4: adaptação musculoesquelética em função das alterações posturais
da gestação.
Fonte: ZUGAIB MARCELO, pág. 166
O aumento do volume abdominal e das mamas desvia anteriormente o
centro de gravidade materno. Por instinto, a gestante direciona o corpo todo
posteriormente, de forma a compensar e encontrar novo eixo de equilíbrio que
permita que ela se mantenha ereta. Por essa razão, surgem hiperlordose e
hipercifose da coluna vertebral, aumento da base de sustentação, com
afastamento dos pés e diminuição da amplitude dos passos durante a
deambulação - marcha anserina. Existe, dessa forma, participação de novos
grupos musculares que não são rotineiramente utilizados. Além disso, o
aumento da flexão cervical causa compressão de raízes cervicais que originam
os nervos ulnar e mediano, acarretando fadiga muscular, dores lombares e
cervicais, e parestesias de extremidades. (BARACHO ELZA, 2012)
33
Alterações no sistema musculoesquelético:
a) amolecimento das cartilagens pélvicas provocando tendência a
tropeços e quedas e lombalgias;
b) mobilidade aumentada nas articulações pélvicas - marcha
anserina;
c) relaxamento dos ligamentos por ação da relaxina - aumenta a
preparação para o parto vaginal. Os músculos abdominais podem estar
relaxados e com tono baixo, podendo separar diástase;
d) modificações na postura - centro de gravidade muda para frente,
e
e) lordose aumentada.
No cotidiano da gestante trabalhadora, essas modificações têm
aumentado a fragilidade da musculatura compensatória das regiões
lombossacra e cervical. As alterações podem dificultar o desempenho
profissional e a vida cotidiana com o surgimento de lombalgias e
cervicalgias frequentes. (ZUGAIB MARCELO, 2016).
34
CAPITULO II
EXERCÍCIO FÍSICO
1 INTRODUÇÃO
A prática de exercícios vem sendo recomendada por trazer benefícios
no período da gestação e reduzir as complicações. A musculação também tem
sido indicada e pode trazer benefícios para as gestantes, como redução do
estresse cardiovascular, aumento da força muscular, aumento da flexibilidade,
melhora do retorno venoso e redução e complicações e dores.
A inclusão do exercício físico tem como objetivo fornecer benefícios
como redução do estresse cardiovascular, melhora da postura, prevenção do
ganho de peso, prevenir a diabetes gestacional, e auxiliar na recuperação mais
rápida pós-parto, além de ajudar na autoimagem e controle da ansiedade.
(MONTENEGRO, 2014)
De acordo com Martins E Ainhagne (2009), as complicações da
gestação e alterações fisiológicas que geram mal-estar podem estar reduzidas
nas gestantes ativas quando comparadas com gestantes sedentárias. Para as
recomendações de exercício, selecionar exercícios que não sustentem o corpo,
progredir gradualmente e escolher a intensidade de forma individual.
A prática da musculação pode ser indicada para diferentes públicos e
faixas etárias como, por exemplo, crianças, adolescentes, adultos, idosos e
pessoas com necessidades especiais como diabéticos, hipertensos.
(CAMPOS, 2000; CASTRO et al., 2009).
As academias de ginástica são compreendidas como centros de
condicionamento físico que oportunizam o ambiente e orientação para a prática
de programas de exercícios físicos. (ROJAS, 2003).
Se praticados de forma regular, os exercícios físicos constituem um fator
importante para a qualidade de vida, possibilitando benefícios sobre, o estado
físico, psicológico e social, independentemente da idade ou sexo. (SOARES
2004).
A mudança nos padrões de atividade física da população em geral é
assunto de grande importância e preocupante para todos os governos diante
35
dos agravos à saúde, principalmente quando se diz respeito ao crescente
sedentarismo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), adultos entre
dezoito e sessenta e quatro anos devem praticar pelo menos 150 minutos de
atividade física moderada ou 75 minutos de atividade intensa por semana, a
fim de reduzir o risco de doenças cardiovasculares, diabetes, entre outros,
além de ser de suma importância para o controle do peso corporal. No entanto,
31% da população mundial com idade ≥15 anos têm um nível de atividade
física insuficiente, com maior relevância ainda em países com alta renda e em
mulheres. (NASCIMENTO et al., 2014)
O exercício físico é caracterizado como toda atividade física estruturada,
planejada e repetitiva que tem como objetivo a melhorar a saúde e a
manutenção de um ou mais componentes da aptidão física, sendo. Ambos os
fatores poderiam influenciar na evolução da gestação, bem como nos
desfechos materno-fetais, recebendo destaque por serem fatores
potencialmente modificáveis. (NASCIMENTO et al., 2014)
Quando se trata de mulheres grávidas não é diferente. A predominância
de gestantes ativas, a duração, a frequência e a intensidade dos exercícios são
ainda bem menores do que nas mulheres adultas em geral. (NASCIMENTO et
al., 2014).
Um dos grandes benefícios da atividade física e do fortalecimento
muscular são a manutenção do condicionamento muscular e o aumento de
força muscular global, com isso permitindo a melhor adaptação do organismo
materno às alterações posturais consequentes da evolução gestacional. O
fortalecimento tem como objetivo fortalecer a musculatura para vertebral
lombar, a cintura escapular e, preferencialmente, envolver grandes grupos
musculares. Deve-se também priorizar a utilização do próprio peso corporal e
sempre que possível utilizar faixas elásticas no lugar de aparelhos de
musculação ou pesos livres. Deve-se também evitar grandes cargas, exercícios
isométricos intensos repetidos e posturas que coloquem a gestante em risco,
principalmente aquelas que possam afetar seu equilíbrio. (NASCIMENTO et al.,
2014)
Alguns exemplos de exercícios resistentes para gestantes são: yoga,
Pilates, musculação com cargas leves, treinamento funcional e treino com
circuito. Devem-se levar em conta todos os cuidados recomendados para o
36
período e uma prática assistida por profissionais capacitados. (NASCIMENTO
et al., 2014)
Mulheres ativas podem manter ou adaptar sua rotina de treinos entre 4 e
5 vezes na semana em sessões de 30 minutos ou mais de exercícios.
Mulheres sedentárias devem começar com 15 minutos de exercício aeróbico
três vezes por semana e aumentar gradativamente o tempo de exercícios. Por
exemplo, acrescentar 5 minutos por semana até o recomendado de 150
minutos de exercício aeróbico por semana ou 30 minutos de exercício 5 vezes
na semana. Devem ser evitados exercícios por períodos prolongados, além de
60 minutos contínuos. (NASCIMENTO et al., 2014)
1.1 Exercício Anaeróbio
Exercícios anaeróbicos nada mais é que um exercício físico de curta
duração e em alta intensidade, ou seja, é a geração de energias do tecido vivo.
O exercício anaeróbio é capaz de produzir energia, mas sem a presença do
oxigênio. São usadas geralmente por pessoas que querem desenvolver força
na construção da massa muscular. (KAWAZOELAZZOLI et al., 1998)
Na perda de peso, os anaeróbios são bem indicados. Eles queimam
mais calorias, com movimentos mais rápidos acompanhados de um esforço
maior, com isso o oxigênio não vai atingir as células musculares, eles irão
utilizar os hidratos de carbono como sendo a maior fonte de energia. Assim,
quando não estiver mais se exercitando, a queima de gordura continuará nas
células. (KAWAZOELAZZOLI et al., 1998)
A potência anaeróbica aumenta em função da idade com uma proporção
relativa maior do que o aumento da massa muscular, evidenciando um efeito
da maturação sobre o metabolismo anaeróbico. A potência anaeróbica não é
diferente entre meninos e meninas pré-puberes, mas cresce mais em meninos
a partir da puberdade. Sendo assim, o aumento da potência anaeróbica deve-
se tanto à maior massa muscular, quanto ao efeito da maturação hormonal
sobre as características funcionais do músculo esquelético. Ainda, a
capacidade de produzir lactato é menor na criança do que no adulto, sendo um
dos motivos pelos quais ela se recupera mais rapidamente após exercícios de
alta intensidade e curta duração, estando pronta para um novo exercício mais
37
rapidamente. Outra característica que se desenvolve com a maturação sexual
é o potencial de tamponamento da acidose muscular, que aumenta com a
idade, permitindo a realização de exercícios láticos mais intensos. O exercício
físico anaeróbio é executado independentemente do aporte de oxigênio a
produção excessiva de ero é verificada durante esse tipo de esforço. Durante o
exercício anaeróbio o estresse metabólico realiza o aumento da degradação da
adenosina trifosfato (atp), ativando assim o mecanismo da xantina oxidase (xo),
com produção adicional de aníons superóxidos. (KAWAZOELAZZOLI et al.,
1998)
1.1.1 Efeitos dos exercícios anaeróbios durante a gestação
O exercício físico implica em benefícios na promoção de saúde, na
qualidade de vida e na prevenção e controle de diversas doenças. Instituições
envolvidas com saúde pública destacam que o exercício físico regular promove
efeitos benéficos à saúde em todo ciclo vital. (TAKITO; NERI; BENICIO, 2008).
Seguindo este pensamento, Ghorayeb; Barros (2004), trazem em sua
obra que a prescrição de exercício físico para gestantes tem-se baseado nos
conhecimentos de que a boa forma física de qualquer pessoa, incluindo
mulheres grávidas, depende da integração dos sistemas musculoesquelético e
neurológico, das modificações posturais e do movimento sobre os aparelhos
respiratório e cardiovascular.
Foss e Keteyian (2010, p.15) destacam que mulheres que se
exercitavam antes da gravidez e as que se exercitam durante, costumam
possuir menos complicações relacionadas à gravidez e ao parto. “isso significa,
entre outros fatores, um período de trabalho de parto mais curto, menos
aumento de peso, menos parto por cesarianas, menos abortos espontâneos e
monos desconforto percebido durante o final da gravidez”.
E ainda, vários outros estudos mostram que programas de exercícios
moderados praticados no início da gravidez, até o terceiro mês, onde a
placenta está em formação, pode aumentar a capacidade funcional da mesma,
aumentando a distribuição de nutrientes contribuindo assim com o crescimento
fetal. (GOMES; COSTA, 2013)
38
Coutinho (2006) diz que exercícios que contribuem para o fortalecimento
e alongamento da região lombar são particularmente benéficos, uma vez que
eles tendem a se encurtar com o enfraquecimento e estiramento da
musculatura abdominal, à medida que o feto cresce. Essa ênfase pode ajudar
a prevenir o exacerbamento da condição lordótica.
1.2 Exercício aeróbio
Os exercícios aeróbios trabalham uma grande quantidade de músculos
de forma rítmica usando oxigênio na geração de energia dos músculos, e
também para queimar gordura e glicose que produzem adenosina trifosfato,
que é responsável por transportar energia para as células. São feitos em um
determinado nível de intensidade, por um período continuo, e estimulam a
função do sistema cardiorrespiratório vascular e metabolismo. (MOREIRAet al.,
2008)
O exercício aeróbio é mais indicado para a perda de peso, pois depois
de um determinado tempo o organismo passa a utilizar como fonte de energia
os lipídios, para que os estoques de carboidratos sejam preservados.
(MOREIRA et al., 2008)
A pratica de exercícios predominantemente aeróbios está associado a
danos celulares acarretados pela produção de radicais livres onde se destaca a
lesão da membrana celular, apresentado pelo aumento da enzima cistorica
creatina quinase para plasma durante todo o esforço. (MOREIRA et al., 2008)
O exercício tradicionalmente utilizado tem como características baixas
intensidades e longos períodos de tempo em sua execução, de predominância
aeróbica. Sendo assim, as adaptações bioquímicas induzidas pelo exercício
contínuo e em determinados estudos, provou-se que esse tipo de atividade
física induz aumento na capacidade oxidativa muscular, pelo aumento na
atividade de enzimas chaves da beta-oxidação, via metabólica específica de
oxidação dos ácidos graxos, além de também sinalizar e aumentar a
velocidade de outras vias metabólicas do metabolismo oxidativo de ressíntese
de atp, tais como o ciclo de Krebs e da cadeia respiratória
mitocondrial.(MOREIRA et al., 2008)
39
Estudos recentes demonstram que os exercícios intermitentes são
eficientes em determinadas situações como na redução do porcentual de
gordura e dos níveis de lipídeos plasmáticos. (MOREIRA et al., 2008)
Com relação à potência aeróbica, se caracteriza pelo aumento do
consumo máximo de oxigênio (VO2max) em termos ao longo da idade, com
maior aceleração em meninos do que em meninas. Esse aumento do VO2max
está relacionado ao aumento da massa muscular, de forma que se
considerarmos o VO2max corrigido por indicadores de massa muscular, não
existe aumento com a idade em criança, adolescentes do sexo masculino -
VO2max /kg peso corporal permanece constante, enquanto ocorre um declínio
progressivo em meninas - diminuição do VO2max/kg peso corporal. (MOREIRA
et al., 2008)
Em um programa de atividade física devem-se treinar pelo menos três
componentes: aeróbico, força muscular e flexibilidade, variando a ênfase em
cada um de acordo com a condição clínica e os objetivos de cada paciente.
Quando o objetivo é o condicionamento aeróbico, a prescrição deve
contemplar o variável tipo, duração, intensidade e frequência semanal,
obedecendo aos princípios gerais de treinamento. (KAWAZOELAZZOLI et al.,
1998)
1.2.1 Efeitos dos exercícios aeróbios durante a gestação
Durante a gestação inúmeras adaptações fisiológicas e anatômicas são
induzidas pelo fenômeno da gravidez, e devem ser levadas em conta durante o
planejamento e prescrição das atividades físicas (FOSS; KETEYIAN, 2000).
Segundo Matsudo e Matsudo (2000), as atividades físicas para
gestantes podem ser classificadas em três tipos: atividades de baixo risco,
atividades de médio risco e atividades desfavoráveis. O primeiro tipo refere-se
aos exercícios mais convenientes e benéficos para a gestante, pois comportam
pequenos riscos tanto para a mãe quanto para o bebê. Incluem-se neste grupo
a caminhada, ciclismo em bicicleta ergométrica, a natação e a hidroginástica
leve. As atividades de médio risco são aquelas que podem ser praticadas pela
mulher grávida, porém quando tomadas certas precauções; ginástica aeróbia,
40
musculação e os esportes de raquete (tênis, squash) estão incluídos neste
grupo.
Entre as alterações metabólicas, podemos citar como importante para o
exercício físico o aumento do metabolismo em cerca de 5% a 10% que ocorre
na gestante em repouso, sendo que grande parte deste aumento é respostada
maior necessidade nutricional para o correto desenvolvimento do feto. Sendo
assim, ao prescrever as atividades físicas, o profissional deverá considerar os
efeitos metabólicos gerados pela a tal atividade, principalmente em relação aos
níveis de glicose sanguínea, pois se sabe que em exercícios extenuantes e
prolongados a gestante pode sofrer hipoglicemia mais rapidamente, e esta
resposta hipoglicemia observada principalmente no terceiro trimestre de
gravidez pode levar a efeitos potencialmente adversos ao feto. (MATSUDO;
MATSUDO, 2000)
Entre as modalidades de exercício, os aeróbicos são os mais utilizados.
A caminhada é o exercício mais frequente e o mais escolhido entre as
gestantes. O objetivo do exercício aeróbico durante a gestação é manter a ca-
pacidade cardiorrespiratória e o condicionamento físico, além da prevenção e
controle, da hipertensão gestacional e do ganho de peso materno.
(NASCIMENTO et al., 2014)
Os exercícios aeróbicos são os mais recomendados para as mulheres
que já eram praticantes antes da gestação, porém com uma menor
intensidade, frequência e duração. Os alongamentos podem ser realizados,
sem contraindicações. Os exercícios para o fortalecimento muscular são
recomendados, desde que de forma supervisionada. Devem-se preferir sempre
exercícios que envolvem grandes grupos musculares, com pouca carga e
maior número de repetições.
Quadro 1: Sinais e sintomas de alerta para interromper a pratica de exercícios físicos.
Sangramento vaginal Redução dos movimentos fetais
Dor no abdome ou no peito Dor ou sensação de ardência ao
urinar
Perda de líquido pela vagina Febre
(Continua)
41
Inchaço repentino nas mãos,
face ou pés.
Náuseas ou vômitos persistentes
Dor de cabeça forte e persistente Contrações uterinas frequentes
Palpitações Sensação de falta de ar
Tontura Torpor ou sensação de luzes
piscando
Nascimento et al., 2014 p 36
(Conclusão)
42
CAPÍTULO III
A PESQUISA
1 INTRODUÇÃO
Considerando a possibilidade de que durante o período gestacional a
mulher está sujeita a sofrer diversas alterações em seu organismo, tais
alterações que podem comprometer sua qualidade de vida e tende a progredir
juntamente com a idade gestacional, realizamos um estudo com 9 gestantes
praticantes de diferentes tipos de exercícios físicos que se enquadravam nos
critérios de inclusão. Para realizarmos o estudo, aplicamos um questionário SF-
36(Short-Form Health Survey), após a aprovação do Comitê de Ética e
Pesquisa do UniSALESIANO, Parecer no. 2.279.052, de 15 de setembro de
2017. (ANEXO A).
Após, as gestantes assinaram e concordarem com o termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (ANEXO B). Foi realizada uma pesquisa
experimental de forma comparativa, com o objetivo de verificar como os
exercícios físicos diferentes de características, aeróbicas e anaeróbicas podem
agir durante a gestação.
2 MÉTODOS E TÉCNICAS
2.1 Método
Para a realização da pesquisa, utilizou-se o questionário SF-36 (Short-
Form Health Survey), adequado para avaliar a capacidade funcional, dor,
aspectos sociais, saúde mental, estado geral de saúde, aspectos físicos
emocionais e vitalidade, em 9 gestantes, posteriormente foram calculados os
domínios e comparado os resultados para a avaliação da qualidade de vida
destas.
Foram incluídas gestantes praticantes de exercícios físicos das
academias de Lins e Região, que aceitaram participar da pesquisa e assinar o
43
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, e que não apresentavam
gravidez de risco ou estivessem no primeiro trimestre de gestação.
A abordagem às gestantes foi realizada de forma oral nas academias e
clubes da cidade de Lins e região, e também via internet através de troca de
informações sobre o quadro gestacional, as gestantes foram informadas e
orientadas sobre os objetivos da pesquisa.
2.1.2 Técnicas
a) Anamnese (APÊNDICE A)
b) Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (APÊNDICE B)
2.1.3 Questionário Realizado
O questionário SF-36 (Short-Form Health Survey) é um instrumento de
pesquisa de fácil administração e compreensão, onde o próprio indivíduo
avaliado preenche conforme sua auto avaliação, e contempla os aspectos mais
representativos da saúde (OLIVEIRA apud CABRAL; ORSINI, 2008).
Formado por 36 questões que avaliam a capacidade funcional, dor,
aspectos sociais, saúde mental, estado geral de saúde, aspectos físicos,
aspectos emocionais e vitalidade. Trata-se de uma tabela com várias situações
cotidianas com uma escala de intensidade em cada item.
3 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS
Tabela 1: Apresenta os resultados dos dados gerais da anamnese realizada
com as 9 gestantes.
(Continua)
DADOS GERAIS
Idade (anos)
< 20
20 a 35
(8)
>35
(1)
44
Situação
conjugal
Solteira
(1)
Casada/vive
junto
(8)
Separada/divorciada
Raça/Cor
Branca
(7)
Negra
(1)
Parda
(1)
Amarela
Residência
Lins
(6)
Outros
municípios
(3)
Fonte: Elaborada pelos autores, 2017.
Na tabela 1 verifica-se os resultados obtidos através da anamnese social
desenvolvida pelos pesquisadores. Observamos que dentre as nove gestantes,
oito delas se enquadram na idade de vinte a trinta e cinco anos e apenas uma
tem mais de trinta e cinco anos de idade, oito delas estão em situação conjugal
casadas e apenas uma se refere solteira. Em relação a raça/cor sete se
consideram da cor branca, uma da cor negra e uma da cor parda. Se tratando
de residência seis são moradoras da cidade de Lins e três residem nos
municípios da região.
Tabela 2: Resultados dos dados obstétricos da anamnese
realizada com as gestantes.
DADOS OBSTÉTRICOS
Consultas
Pré- Natais
Até 2
(1)
Entre 3 a
5
(2)
Seis ou
mais
(4)
Doença
Durante a
Gestação
HAS
Infecção
Urinária
(1)
HAS +
Infecção
Urinária
HAS +
Pré-
Eclâmpsia
Diabetes Outros
Sem
Antecedentes
(8)
(Conclusão)
(Continua)
45
Idade
Gestacional
2º
trimestre
(5)
3º
trimestre
(4)
Hábitos de
Vida
Fuma
Ingere
Bebidas
Alcoólicas
Pratica
Atividade
Física
(9)
Fuma + Ingere
Bebida Alcoólica
Número de
gestações
1
(6)
2
(3) 3 4
5 ou
mais
Outros
partos
Cesárea
(3)
Normal
Fonte: Elaborada pelos autores, 2017
Na tabela 2, verifica-se algumas informações obstétricas das
participantes como quantidades de consultas pré-natais, eventuais doenças
contraídas durante a gestação, idade gestacional, algumas informações em
relação a hábitos de vida, quantidade de gestações e quais métodos de partos
foram utilizados.
Podemos observar que a maioria das gestantes realizaram bastante
consultas de pré-natal e que apenas uma apresenta quadro de doença durante
a gravidez, todas levam uma vida com hábitos consideravelmente saudáveis e
a maioria delas se encontram na primeira gestação.
Tabela 3: Resultados dos dados específicos da anamnese realizada com as gestantes.
DADOS ESPECÍFICOS
Há
quanto
tempo
pratica
Menos de
1 ano
(1)
Entre 1 e 2
anos
Dois
anos
ou
mais
Iniciou na gestação
(1)
(Conclusão)
(Continua)
46
atividade
física
(7)
Atividad
e Física
que
pratica
Musculaçã
o
(4)
Treinament
o Funcional
(2)
Pilate
s
(1)
Hidroginástic
a
(1)
Step/jump/pum
p
Outros
(1)
Fonte: Elaborada pelos autores, 2017.
A tabela 3 onde são expostos dados específicos sobre atividades
físicas, observa-se que a maioria das gestantes já praticam atividades físicas
aeróbias e anaeróbias há dois anos ou mais, apenas uma iniciou durante a
gestação e outra pratica a menos de um ano. As modalidades praticadas são
Musculação, Treinamento Funcional, Pilates e CrossFit, com maior prevalência
de praticantes em Musculação.
Tabela 4: Resultados do SF-36, realizado com as gestantes que realizam
diversas atividades, sendo estas apresentadas como: Musculação (M);
Treinamento Funcional (TF); Hidroginástica (H); Pilates (P)
eCrossfit(CF).
DOMÍNIOS M M M M TF TF H P CF
Capacidade
funcional
100 90 100 65 95 70 55 55 100
Limitação por
aspectos físicos
100 100 100 25 75 0 0 75 0
Dor 90 84 62 31 100 62 51 84 74
Estado geral de
saúde
82 80 80 87 62 62 67 75 85
Vitalidade 80 75 75 60 70 70 25 65 80
Aspectos sociais 100 75 100 75 100 62,5 100 87,5 62,5
(Conclusão)
(Continua)
47
Limitação por
aspectos
emocionais
100 100 100 100 66,6 100 0 100 0
Saúde mental 80 72 76 72 88 80 80 88 84
Fonte: Elaborada pelos autores, 2017
Na tabela 4 são exibidos os resultados principais da pesquisa,
apresentando 8 domínios que classificam capacidade funcional, dor, aspectos
sociais, saúde mental, estado geral de saúde, aspectos físicos, aspectos
emocionais e vitalidade.
Pode-se analisar que as gestantes praticantes de musculação, são as
que apresentaram os maiores dados no quesito capacidade funcional e estado
geral da saúde, entretanto o domínio de dor também apresenta resultados
consideráveis. Foi observado também que a gestante praticante de
hidroginástica foi quem apresentou dados mais baixos em todos os domínios.
4 DISCUSSÃO
Os estudos mostram que a manutenção da prática regular de exercício
físico ou esporte apresenta fatores protetores sobre a saúde mental e
emocional da mulher durante e depois da gravidez. Além disso, existem dados
sugestivos de que a prática de exercício físico durante a gravidez exerce
proteção contra a depressão puerperal. (LIMA; OLIVEIRA, 2005).
NAHAS (2001 apud CORREIA 2009) comenta que o atual contexto das
sociedades contemporâneas, o estilo de vida ativo, hábitos saudáveis e a
atividade física, como a hidroginástica, podem cada vez mais representar
fatores decisivos na qualidade de vida e sensação de bem-estar. Esses fatores
múltiplos promovem nos indivíduos, satisfação no trabalho, prazer, boas
relações familiares, entre outros, numa combinação que caracteriza os níveis
qualitativos em que vive o homem contemporâneo. Partindo deste ponto de
vista ao analisar os resultados obtidos nos Domínios de Aspectos Sociais e
Limitações por aspectos emocionais, a maioria das gestantes se encontram em
(Conclusão)
48
níveis satisfatórios, ou seja, a prática de exercícios físicos de fato pode
proporcionar maior qualidade de vida mental e social.
Ferrarase & Fraccaroli (1980 apud SHIMA.1990) constataram que nas
mulheres que continuaram com exercícios de tonicidade durante a gestação, o
tempo de duração do trabalho de parto foi consideravelmente menor - 5h e O
min. - do que naquelas sem treinamento - 16h na primípara e 7h na multípara -
além do que, foi menor o número de cesáreas e em nenhum caso houve
necessidade de se recorrer ao uso do fórceps. Diante desta constatação
também encontramos informações em nossa pesquisa, ao questionarmos as
gestantes de gestações passadas três delas afirmaram estar na segunda
gestação e que o procedimento realizado na primeira foi a cesárea,
possivelmente no período da primeira gestação nenhuma praticava atividade
física.
Montenegro (2014) concluiu que a gestação é um período onde diversas
alterações fisiológicas e mecânicas ocorrem na mulher, necessitando de meios
que reduzam essas alterações mantendo o bem-estar. A musculação pode
auxiliar na gestação aumentando a força muscular, fortalecendo as
articulações, reduzindo a gordura intra-abdominal e aumentando a massa
magra, aumentando o bem-estar e estado psicológico da gestante. Na
presente pesquisa encontramos grande correlação com esta afirmação, de
acordo com os resultados dos domínios Capacidade Funcional e Limitação por
aspectos físicos, as gestantes do grupo de Musculação foram as que tiveram
os melhores resultados em relação às outras modalidades de exercício.
Exercícios na água, como a natação, são uma grande alternativa, sendo
uma atividade com bom componente aeróbico, que não suporta o peso
corporal, características consideradas mais apropriadas durante a gravidez.
Nestes casos o fundamental é manter a temperatura do ar e da água
confortável e nadar de acordo com as habilidades. Estudos com nadadoras
recreacionais mostram que a dissipação do calor pode diminuir durante a
gravidez devido à melhora na reatividade cutânea vascular e incremento na
gordura subcutânea. Uma outra atividade de grande difusão na atualidade e
que tem se mostrado benéfica para a grávida é a hidroginástica. Assim como
na natação as principais vantagens desta modalidade de exercício estão dadas
pelo menor estresse articular - evitando as forças gravitacionais, a melhoria na
49
termorregulação e o efeito natriurético e diurético, que é devido basicamente a
incremento do volume plasmático, diminuição da resistência vascular renal e
incremento do fluxo sanguíneo e da filtração renal causado pela pressão
hidrostática.
As pesquisas têm mostrado, comparando exercícios feitos na água e na
superfície terrestre, que o estresse térmico, a frequência cardíaca, pressão
arterial, temperatura corporal e estoque de calor são menores na água do que
na terra e que a perda de peso, especialmente por perda de edema, é maior na
água, pelo incremento da produção de urina e suor. (MATSUDO; MATSUDO,
2000).
São indiscutíveis todos os benefícios que se pode alcançar com
exercício físico sob meio aquático, porém, nas análises dos resultados de todas
as participantes, a participante que é praticante de hidroginástica é a que se
encontra em menores condições em todos os domínios, é claro que com
apenas uma gestante que pratica hidroginástica e seria um equívoco concluir
algo a respeito diante de infinitas possibilidades para tais resultados.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante dos resultados obtidos através dos domínios observa-se que a
musculação obteve resultados melhores que as demais modalidades. A
hidroginástica foi a modalidade que obteve os menores resultados, entretanto
não pode-se concluir que ela é menos benéfica para as gestantes, pois, a
quantidade de participantes era menor e também fatores individuais da única
gestante pode influenciar no resultado.
50
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
Segundo Baracho (2007), os exercícios físicos durante a gestação
podem ter riscos quando executado acima do limite materno, em condições
desfavoráveis e sem acompanhamento de um profissional de educação física
capacitado. Mas na verdade, a prática mostra que os benefícios superam os
riscos em potencial, e se tomados devidamente todos os cuidados ao ministrar
o programa de exercícios. Apesar de os estudos não demonstrarem prejuízos
ao organismo materno e fetal na aplicação de atividades físicas leves e
moderadas, é prudente definir um programa de atendimento para cada
gestante.
Para que o programa de treinamento seja efetivo, é necessário que se
faça uma avaliação periodicamente das capacidades e funcionalidade das
gestantes para que haja segurança na realização do mesmo. Um bom
programa de treinamento tem como prioridade proporcionar uma melhor
qualidade de vida às gestantes.
Propõe-se que seja elaborado programa de atividades direcionadas às
necessidades das gestantes, onde este será composto por uma equipe
multidisciplinar, para que estas mulheres tenham acompanhamento e tenham
uma qualidade de vida durante e após a gestação.
51
CONCLUSÃO
Diante dos resultados obtidos ao longo dessa pesquisa observa-se que
independentemente do tipo de exercício físico, desde que seja bem orientada e
direcionada às necessidades específicas de cada gestante, é de extrema
importância para a qualidade de vida destas.
Através da análise dos domínios observou-se que a musculação obteve
resultados melhores que as demais modalidades. A hidroginástica foi a
modalidade que obteve os menores resultados, entretanto não pode-se
concluir que ela é menos benéfica para as gestantes, pois, a quantidade de
participantes era menor e também fatores individuais da única gestante pode
influenciar no resultado.
O exercício físico contribui não só para o bem-estar físico, mas também
mental e social da gestante, melhorando sua autoestima.
Sugerem-se mais estudos na área a fim de disseminar informações e
contribuir de maneira efetiva para a prática de atividade física e qualidade de
vida de mulheres que se encontram no período gestacional.
52
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57
APÊNDICE A – ANAMNESE GESTANTES
DADOS GERAIS
1- Idade (anos) ( ) < 20 ( ) 20 a 35 ( ) >35
2- Situação conjugal ( ) solteira ( ) Casada/vive junto ( ) Separada/divorciada
3- Raça/Cor ( ) Branca ( ) Negra ( ) Parda ( ) Amarela
4- Residência ( ) Lins ( ) Outros municípios
DADOS OBSTÉTRICOS
1- Consultas Pré-Natais ( ) Até 2 ( ) Entre 3 a 5 ( ) Seis ou mais
2- Doença Durante a Gestação ( ) HAS ( ) Infecção Urinária ( ) HAS +
Infecção Urinária
( ) HAS + Pré-Eclâmpsia ( ) Diabetes ( ) Outros ( )
Sem Antecedentes
3- Idade Gestacional ( ) 2º trimestre ( ) 3º trimestre
4- Hábitos de Vida ( ) Fuma ( ) Ingere Bebidas Alcoólicas ( ) Pratica Atividade
Física
( ) Fuma + Ingere Bebida Alcoólica
5- Numero de gestações ( ) 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) 5 ou mais
58
6- Outros partos ( ) cesárea ( ) normal
DADOS ESPECÍFICOS
1- Há quanto tempo pratica atividade física ( ) Menos de 1 ano ( ) Entre 1 e 2 anos ( ) Dois anos ou
mais ( ) Iniciou na gestação
2- Atividade Física que pratica ( ) Musculação ( ) Treinamento Funcional (
) Pilates
( ) Hidroginástica ( ) Step/jump/pump (
) Outros ____________________________
60
APÊNDICE C - CARTA DE INFORMAÇÃO AO PARTICIPANTE DE
PESQUISA
Titulo do projeto: Influência do exercício físico na qualidade de vida de
gestantes.
Objetivo Primário: O projeto tem como objetivo, avaliar a qualidade de vida
das gestantes praticantes de diferentes modalidades de atividades físicas e
verificar qual delas proporciona melhores resultados na qualidade de vida das
gestantes.
Descrição dos procedimentos: Para a realização da pesquisa, será utilizado
o questionário SF-36 (Short-Form Health Survey), adequado para avaliar a
capacidade funcional, dor, aspectos sociais, saúde mental, estado geral de
saúde, aspectos físicos emocionais e vitalidade, em 9 gestantes,
posteriormente foram calculados os domínios e comparado os resultados para
a avaliação da qualidade de vida destas.
O questionário SF-36 (Short-Form Health Survey) é um instrumento de
pesquisa de fácil administração e compreensão, onde o próprio indivíduo
avaliado preenche conforme sua auto avaliação, e contempla os aspectos mais
representativos da saúde (OLIVEIRA apud CABRAL; ORSINI, 2008).
Formado por 36 questões que avaliam a capacidade funcional, dor,
aspectos sociais, saúde mental, estado geral de saúde, aspectos físicos,
aspectos emocionais e vitalidade. Trata-se de uma tabela com varias situações
cotidianas com uma escala de intensidade em cada item.
Serão incluídas gestantes praticantes de atividades físicas das
academias de Lins e Região, que aceitarem participar da pesquisa e assinar o
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, e que não apresentam gravidez
de risco ou estejam no primeiro trimestre de gestação.
Riscos de pesquisa: Constrangimento da gestante durante a aplicação do
questionário. E os meios de minimizar, serão através da solicitação da
autorização antecipada e deixa-la á vontade caso queira desistir da pesquisa
61
Benefícios da pesquisa: Orientar adequadamente a gestante sobre os
benefícios e as possíveis influencias que virão a apresentar ao realizar as
atividades
Faça a leitura atenciosa desta carta e das instruções oferecidas pela Equipe
e/ou pesquisador e, caso concorde com os termos e condições apresentados,
uma vez que os dados obtidos serão utilizados para pesquisa e ensino
(respeitando sempre sua identidade), você ou seu representante legal deve
assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e esta Carta de
Informação ao Participante da Pesquisa, ressaltando que você tem total
liberdade para solicitar sua exclusão da pesquisa a qualquer momento, sem
ônus ou prejuízo algum.
Por estarem entendidos, assinam o presente termo.
Lins, 21 de Março de 2017
.............................................................
Assinatura do Participante da Pesquisa
.............................................................
Pesquisador Responsável
63
ANEXO A- VERSÃO BRASILEIRA DO QUESTIONÁRIO DE QUALIDADE DE
VIDA -SF-36
1- Em geral você diria que sua saúde é:
Excelente Muito Boa Boa Ruim Muito Ruim
1 2 3 4 5
2- Comparada há um ano atrás, como você se classificaria sua idade em geral,
agora?
Muito Melhor Um Pouco
Melhor
Quase a
Mesma
Um Pouco Pior Muito Pior
1 2 3 4 5
3- Os seguintes itens são sobre atividades que você poderia fazer atualmente
durante um dia comum. Devido à sua saúde, você teria dificuldade para fazer
estas atividades? Neste caso, quando?
Atividades
Sim,
dificulta
muito
Sim,
dificulta
um pouco
Não, não
dificulta
de modo
algum
a) Atividades Rigorosas, que
exigem muito esforço, tais
como correr, levantar objetos
pesados, participar em
esportes árduos.
1 2 3
b) Atividades moderadas, tais
como mover uma mesa, passar
aspirador de pó, jogar bola,
varrer a casa.
1 2 3
c) Levantar ou carregar
mantimentos
1 2 3
d) Subir vários lances de
escada
1 2 3
64
e) Subir um lance de escada 1 2 3
f) Curvar-se, ajoelhar-se ou
dobrar-se
1 2 3
g) Andar mais de 1 quilômetro 1 2 3
h) Andar vários quarteirões 1 2 3
i) Andar um quarteirão 1 2 3
j) Tomar banho ou vestir-se 1 2 3
4- Durante as últimas 4 semanas, você teve algum dos seguintes problemas
com seu trabalho ou com alguma atividade regular, como consequência de sua
saúde física?
Sim Não
a) Você diminui a quantidade de tempo que se dedicava
ao seu trabalho ou a outras atividades?
1 2
b) Realizou menos tarefas do que você gostaria? 1 2
c) Esteve limitado no seu tipo de trabalho ou a outras
atividades.
1 2
d) Teve dificuldade de fazer seu trabalho ou outras
atividades (p. ex. necessitou de um esforço extra).
1 2
5- Durante as últimas 4 semanas, você teve algum dos seguintes problemas
com seu trabalho ou outra atividade regular diária, como conseqüência de
algum problema emocional (como se sentir deprimido ou ansioso)?
Sim Não
a) Você diminui a quantidade de tempo que se dedicava
ao seu trabalho ou a outras atividades?
1 2
b) Realizou menos tarefas do que você gostaria? 1 2
c) Não realizou ou fez qualquer das atividades com
tanto cuidado como geralmente faz.
1 2
6- Durante as últimas 4 semanas, de que maneira sua saúde física ou
problemas emocionais interferiram nas suas atividades sociais normais, em
relação à família, amigos ou em grupo?
65
De forma
nenhuma
Ligeiramente Moderadamente Bastante Extremamente
1 2 3 4 5
7- Quanta dor no corpo você teve durante as últimas 4 semanas?
Nenhuma Muito
leve
Leve Moderada Grave Muito
grave
1 2 3 4 5 6
8- Durante as últimas 4 semanas, quanto a dor interferiu com seu trabalho
normal (incluindo o trabalho dentro de casa)?
De maneira
alguma
Um pouco Moderadamente Bastante Extremamente
1 2 3 4 5
9- Estas questões são sobre como você se sente e como tudo tem acontecido
com você durante as últimas 4 semanas. Para cada questão, por favor dê uma
resposta que mais se aproxime de maneira como você se sente, em relação às
últimas 4 semanas.
Todo
Tempo
A
maior
parte
do
tempo
Uma
boa
parte
do
tempo
Alguma
parte
do
tempo
Uma
pequena
parte do
tempo
N
u
n
c
a
a) Quanto
tempo você
tem se sentindo
cheio de vigor,
de vontade, de
força?
1 2 3 4 5 6
b) Quanto
tempo você
tem se sentido
1 2 3 4 5 6
66
uma pessoa
muito nervosa?
c) Quanto
tempo você
tem se sentido
tão deprimido
que nada pode
anima-lo?
1 2 3 4 5 6
d) Quanto
tempo você
tem se sentido
calmo ou
tranqüilo?
1 2 3 4 5 6
e) Quanto
tempo você
tem se sentido
com muita
energia?
1 2 3 4 5 6
f) Quanto
tempo você
tem se sentido
desanimado ou
abatido?
1 2 3 4 5 6
g) Quanto
tempo você
tem se sentido
esgotado?
1 2 3 4 5 6
h) Quanto
tempo você
tem se sentido
uma pessoa
feliz?
1 2 3 4 5 6
i) Quanto 1 2 3 4 5 6
67
tempo você
tem se sentido
cansado?
10- Durante as últimas 4 semanas, quanto de seu tempo a sua saúde física ou
problemas emocionais interferiram com as suas atividades sociais (como visitar
amigos, parentes, etc)?
Todo
Tempo
A maior parte do
tempo
Alguma parte do
tempo
Uma pequena
parte do
tempo
Nenhuma
parte do
tempo
1 2 3 4 5
11- O quanto verdadeiro ou falso é cada uma das afirmações para você?
Definitivamente
verdadeiro
A maioria
das vezes
verdadeiro
Não
sei
A
maioria
das
vezes
falso
Definitiv
a-
ment
e
falso
a) Eu costumo
obedecer um pouco
mais facilmente que
as outras pessoas
1 2 3 4 5
b) Eu sou tão
saudável quanto
qualquer pessoa que
eu conheço
1 2 3 4 5
c) Eu acho que a
minha saúde vai piorar 1 2 3 4 5
d) Minha saúde é
excelente 1 2 3 4 5
Cálculo dos escores do questionário de qualidade de vida
68
Fase 1: Ponderação dos dados
Questão Pontuação
01 Se a resposta for
1
2
3
4
5
Pontuação
5,0
4,4
3,4
2,0
1,0
02 Manter o mesmo valor
03 Soma de todos os valores
04 Soma de todos os valores
05 Soma de todos os valores
06 Se a resposta for
1
2
3
4
5
Pontuação
5
4
3
2
1
07 Se a resposta for
1
2
3
4
5
6
Pontuação
6,0
5,4
4,2
3,1
2,0
1,0
69
08 A resposta da questão 8 depende da nota da questão 7
Se 7 = 1 e se 8 = 1, o valor da questão é (6)
Se 7 = 2 à 6 e se 8 = 1, o valor da questão é (5)
Se 7 = 2 à 6 e se 8 = 2, o valor da questão é (4)
Se 7 = 2 à 6 e se 8 = 3, o valor da questão é (3)
Se 7 = 2 à 6 e se 8 = 4, o valor da questão é (2)
Se 7 = 2 à 6 e se 8 = 3, o valor da questão é (1)
Se a questão 7 não for respondida, o escorre da questão 8
passa a ser o seguinte:
Se a resposta for (1), a pontuação será (6)
Se a resposta for (2), a pontuação será (4,75)
Se a resposta for (3), a pontuação será (3,5)
Se a resposta for (4), a pontuação será (2,25)
Se a resposta for (5), a pontuação será (1,0)
09 Nesta questão, a pontuação para os itens a, d, e ,h, deverá
seguir a seguinte orientação:
Se a resposta for 1, o valor será (6)
Se a resposta for 2, o valor será (5)
Se a resposta for 3, o valor será (4)
Se a resposta for 4, o valor será (3)
Se a resposta for 5, o valor será (2)
Se a resposta for 6, o valor será (1)
Para os demais itens (b, c,f,g, i), o valor será mantido o
mesmo
10 Considerar o mesmo valor.
11 Nesta questão os itens deverão ser somados, porém os
itens b e d deverão seguir a seguinte pontuação:
Se a resposta for 1, o valor será (5)
Se a resposta for 2, o valor será (4)
Se a resposta for 3, o valor será (3)
Se a resposta for 4, o valor será (2)
70
Se a resposta for 5, o valor será (1)
Fase 2: Cálculo do RawScale
Nesta fase você irá transformar o valor das questões anteriores em
notas de 8 domínios que variam de 0 (zero) a 100 (cem), onde 0 = pior e 100 =
melhor para cada domínio. É chamado de rawscaleporque o valor final não
apresenta nenhuma unidade de medida.
Domínio:
Capacidade funcional
Limitação por aspectos físicos
Dor
Estado geral de saúde
Vitalidade
Aspectos sociais
Aspectos emocionais
Saúde mental
Para isso você deverá aplicar a seguinte fórmula para o cálculo de cada
domínio:
Domínio:
Valor obtido nas questões correspondentes – Limite inferior x 100
Variação (Score Range)
Na fórmula, os valores de limite inferior e variação (Score Range) são
fixos e estão estipulados na tabela abaixo.
Domínio Pontuação das questões
correspondidas
Limite inferior Variação
Capacidade funcional 03 10 20
Limitação por
aspectos físicos
04 4 4
Dor 07 + 08 2 10
Estado geral de 01 + 11 5 20
71
saúde
Vitalidade 09 (somente os itens a +
e + g + i)
4 20
Aspectos sociais 06 + 10 2 8
Limitação por
aspectos emocionais
05 3 3
Saúde mental 09 (somente os itens b +
c + d + f + h)
5 25
Exemplos de cálculos:
Capacidade funcional: (ver tabela)
Domínio: Valor obtido nas questões correspondentes – limite inferior x 100
Variação (Score Range)
Capacidade funcional: 21 – 10x 100 = 55
20
O valor para o domínio capacidade funcional é 55, em uma escala que
varia de 0 a 100, onde o zero é o pior estado e cem é o melhor.
Dor (ver tabela)
- Verificar a pontuação obtida nas questões 07 e 08; por exemplo: 5,4 e 4,
portanto somando-se as duas, teremos: 9,4
- Aplicar fórmula:
Domínio: Valor obtido nas questões correspondentes – limite inferior x 100
Variação (Score Range)
Dor: 9,4 – 2x 100 = 74
10
72
O valor obtido para o domínio dor é 74, numa escala que varia de 0 a
100, onde zero é o pior estado e cem é o melhor.
Assim, você deverá fazer o cálculo para os outros domínios, obtendo oito
notas no final, que serão mantidas separadamente, não se podendo soma-las
e fazer uma média.
Obs.: A questão número 02 não faz parte do cálculo de nenhum
domínio, sendo utilizada somente para se avaliar o quanto o indivíduo está
melhor ou pior comparado a um ano atrás.
Se algum item não for respondido, você poderá considerar a questão se
esta tiver sido respondida em 50% dos seus itens.
76
Em caso de dúvidas com respeito aos aspectos éticos deste estudo,
você poderá consultar:
Pesquisador (a) responsável: Ana Cláudia da Souza Costa Endereço: AV. Ernesto Monte, nº06 Promissão/SP - CEP: 16370-000 Fone: (14) 3541-1802 / e-mail: [email protected] Pesquisadora assistente: Danilo Dos Santos Luiz
77
Endereço: Rua Pedro Miranda de Campos, 398 Lins/SP - CEP: 16402-600 Fone: (14)99697-2408/ e-mail: [email protected] Pesquisadora assistente: Hallyson Flávio Alves Muniz Endereço: José Rodrigues Correa 187 Cafelândia/SP - CEP: 16500-000 Fone: (14) 99773-8247 / e-mail: [email protected] Pesquisadora assistente: Marcel Fontolan de Almeida Endereço: Rua Nelson Fernandes 456 Cafelândia/SP - CEP: 16500-000 Fone: (14) 99650-1612/ e-mail: [email protected]