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LEIA NO PANORAMA GERAL A Emater/RS-Ascar participa da maior feira com foco na agricultura familiar LEIA NESTA EDIÇÃO Milho – Produtividade se mantém alta nas lavouras colhidas N.º 1.338 26 de março de 2015 Aqui você encontra: Panorama Geral Condições Meteorológicas Grãos Hortigranjeiros Criações Análise dos Preços Semanais EMATER/RS-ASCAR Rua Botafogo,1051 90150-053 – Porto Alegre – RS Fone: (051) 2125-3144 Fax: (051) 3231-7414 http://www.emater.tche.br Elaboração: Gerência de Planejamento – GPL Núcleo de Informações e Analises – NIA Impresso na EMATER/RS Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte Informativo Conjuntural – Desde 1989 auxiliando você na tomada de decisões. PANORAMA GERAL A Emater/RS-Ascar participa da maior feira com foco na agricultura familiar Em Rio Pardo, a Emater/RS-Ascar participa da 15ª edição da Expoagro-Afubra, que teve início na terça-feira (24/03). Presente desde a primeira edição da feira, considerada a principal destinada a agricultores familiares no Rio Grande do Sul, a Instituição levou ao público onze parcelas temáticas, tendo como foco a sustentabilidade das propriedades rurais, por meio da produção e do aproveitamento dos recursos de forma integrada nas diferentes atividades desenvolvidas nas Unidades de Produção Familiares (UPFs). Este ano, no espaço que a Emater/RS-Ascar ocupa na Expoagro ganhou um reforço importante. A parceria com a Embrapa levou à feira três unidades complementares: avicultura colonial, construções alternativas e ajardinamento, onde os visitantes puderam ver Embrapa e Emater/RS, juntas nos mesmos espaços, com pesquisa e extensão falando a mesma linguagem. Isso é fundamental para que a pesquisa seja levada para o agricultor familiar de forma mais ágil e eficiente. A feira também permitiu reforçar a parceria Emater/RS-Afubra e a reaproximação com a UFSM, Instituições que são parceiras de longo tempo. Iremos cada vez mais firmar parcerias que tenham como objetivo levar qualidade de vida e renda ao campo. Além disso, a Expoagro-Afubra também foi palco para parcelas que abordaram os temas da apicultura; secagem e armazenagem de grãos; segurança alimentar, com horta e estufa; fruticultura; bovinocultura de leite, com foco nas pastagens; saneamento ambiental; cozinha demonstrativa; ovinocultura; piscicultura; artesanato e turismo rural; e agroindústrias. Um dos destaques da 15ª edição são as construções alternativas, demonstrando as possibilidades do uso do bambu nas propriedades rurais. O espaço da Emater/RS- Ascar teve como foco a sustentabilidade e como novidade em um espaço, foi demonstrada a cadeia produtiva do bambu, com oficinas com pesquisadores e extensionistas, abordando desde o plantio até a utilização desta cultura. Lino Moura Diretor técnico da Emater/RS e Superintendente técnico da Ascar

Informativo Conjuntural 1338 de26 03 15 - Emater/RS ... · Um dos destaques da 15ª edição são as construções ... possibilidades do uso do bambu nas propriedades rurais

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LEIA NO PANORAM A GERAL A Emater/RS-Ascar participa da maior feira com foco na agricultura familiar LEIA NESTA EDIÇÃO Milho – Produtividade se mantém alta nas lavouras colhidas

N.º 1.338 26 de março de 2015

Aqui você encontra:

� Panorama Geral

� Condições Meteorológicas

� Grãos

� Hortigranjeiros

� Criações

� Análise dos Preços Semanais

EMATER/RS-ASCAR Rua Botafogo,1051 90150-053 – Porto Alegre – RS Fone: (051) 2125-3144 Fax: (051) 3231-7414 http://www.emater.tche.br Elaboração: Gerência de Planejamento – GPL Núcleo de Informações e Analises – NIA Impresso na EMATER/RS

Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte

Informativo Conjuntural – Desde 1989 auxiliando você na tomada de decisões.

PANORAM A GERAL

A Emater/RS-Ascar participa da maior feira com foco na agricultura familiar

Em Rio Pardo, a Emater/RS-Ascar participa da 15ª edição da Expoagro-Afubra, que teve início na terça-feira (24/03). Presente desde a primeira edição da feira, considerada a principal destinada a agricultores familiares no Rio Grande do Sul, a Instituição levou ao público onze parcelas temáticas, tendo como foco a sustentabilidade das propriedades rurais, por meio da produção e do aproveitamento dos recursos de forma integrada nas diferentes atividades desenvolvidas nas Unidades de Produção Familiares (UPFs). Este ano, no espaço que a Emater/RS-Ascar ocupa na Expoagro ganhou um reforço importante. A parceria com a Embrapa levou à feira três unidades complementares: avicultura colonial, construções alternativas e ajardinamento, onde os visitantes puderam ver Embrapa e Emater/RS, juntas nos mesmos espaços, com pesquisa e extensão falando a mesma linguagem. Isso é fundamental para que a pesquisa seja levada para o agricultor familiar de forma mais ágil e eficiente. A feira também permitiu reforçar a parceria Emater/RS-Afubra e a reaproximação com a UFSM, Instituições que são parceiras de longo tempo. Iremos cada vez mais firmar parcerias que tenham como objetivo levar qualidade de vida e renda ao campo. Além disso, a Expoagro-Afubra também foi palco para parcelas que abordaram os temas da apicultura; secagem e armazenagem de grãos; segurança alimentar, com horta e estufa; fruticultura; bovinocultura de leite, com foco nas pastagens; saneamento ambiental; cozinha demonstrativa; ovinocultura; piscicultura; artesanato e turismo rural; e agroindústrias. Um dos destaques da 15ª edição são as construções alternativas, demonstrando as possibilidades do uso do bambu nas propriedades rurais. O espaço da Emater/RS-Ascar teve como foco a sustentabilidade e como novidade em um espaço, foi demonstrada a cadeia produtiva do bambu, com oficinas com pesquisadores e extensionistas, abordando desde o plantio até a utilização desta cultura.

Lino Moura Diretor técnico da Emater/RS e

Superintendente técnico da Ascar

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GERENCIAMENTO HÍDRICO NA SUINOCULTURA

REDUZ USO DA ÁGUA EM ATÉ 50% Na suinocultura, o consumo médio de água é de 8,5 litros por animal, de acordo com o mais recente estudo da Embrapa, que conclui - água demais na produção de suínos é prejuízo; pouca também o é. Sem acesso à água de qualidade, os animais não se alimentam direito, e a produtividade cai. Por isso, esse recurso está entre as principais preocupações do criador. Graças aos avanços nas tecnologias e às boas práticas, as pesquisas da Embrapa apontaram que um suíno hoje consegue consumir a metade de água que era utilizada há cerca de 30 anos. O desafio é fazer com que os produtores brasileiros saibam como isso é possível. Pesquisas desenvolvidas na década de 1980 e que embasaram a legislação ambiental em vigor indicavam que cada suíno gastava em torno de 16 litros de água por dia. Este estudo recente concluiu que o consumo médio atual é de 8,5 litros. O novo parâmetro não foi uma surpresa completa aos pesquisadores. Com as mudanças significativas que ocorreram na genética, nutrição e instalações, nas últimas décadas, o consumo de água e a produção de dejetos diminuiriam. O estudo apurou que os produtores que melhor usam a água consomem em torno de 4,5 litros por suíno por dia. Os de pior resultado superam os 11 litros. Essa diferença está ligada principalmente a manejo e equipamentos. Soluções simples podem render bons resultados e ganho econômico para a criação. A água desperdiçada influencia diretamente no custo para tratar e distribuir o dejeto. É necessário levar a todos os suinocultores as informações necessárias para fazer com que o consumo de água diário fique dentro da média de 8,5 litros por animal. Fonte: site Embrapa

NO RS, A CARNE OVINA NÃO OFERECE A RENTABILIDADE DESEJADA PELA INDÚSTRIA

Hoje a carne ovina é reconhecida em todo o país pelo sabor suave e maciez no corte, mas há alguns anos a realidade era muito diferente. Até o fim da década de 1990, o carro-chefe da ovinocultura era a lã, o que deixava pouco espaço para o mercado de carnes. Sem padrão para consumo, o produto era visto como uma iguaria exótica, cujo sabor imprevisível e acentuado exigia estômago forte por parte dos seus apreciadores. Com as perdas sofridas pelo setor laneiro devido à concorrência da lã vinda da Austrália e à entrada

de tecidos sintéticos no mercado, essa realidade começou a mudar e os produtores voltaram os olhos para a carne, aptidão até então pouco valorizada dos ovinos. Assim, atualmente quem trabalha com ovinocultura de corte vem investindo na qualificação do rebanho, através do melhoramento genético e da aplicação de técnicas de abate simples, mas efetivas. Se antes os animais abatidos para comercialização eram adultos, agora cordeiros com oito meses ou menos são o alvo. Isto garante ao consumidor um produto com sabor e textura, muito diferente da carne gordurosa, dura e de gosto forte, resultante dos ovinos mais velhos. Os resultados podem ser vistos em números: o consumo anual da carne de ovelha no país cresceu, em quatro anos, de 300 gramas (por habitante) para 700 gramas. Apesar do bom desempenho do setor, algumas barreiras ainda impedem sua expansão. Dentre estas, no RS, destaca-se a pequena escala produtiva – a média atual de ovinos por propriedade é de 79,7 cabeças – e há falta de frigoríficos especializados no abate. Poucos produtores dedicam-se exclusivamente ou em grande escala à carne ovina. A maioria prioriza a bovina, pela rentabilidade, mesmo que a ovina tenha um bom comércio. A produção gaúcha vem crescendo, e o poder público incentiva o criador a melhorar o seu rebanho ovino; todavia é preciso ampliar a fiscalização para diminuir o abate ilegal, um dos gargalos deste mercado nacional no momento (mais de 95% dos abates brasileiros são realizados de forma clandestina). Isto dificulta a certificação de qualidade e desmotiva o produtor a investir na profissionalização do rebanho. A Secretaria da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Sul aponta o abate de aproximadamente 1,6 milhão de animais. Destes, 250 mil passaram por inspeção e 280 mil foram para consumo da propriedade. O destino de um milhão de nascidos e declarados é desconhecido, vítimas prováveis da comercialização ilegal. Outro fato limitante é o governo não estimular o produto nacional, abrindo espaço para os importados. Há mercado, mas a alta demanda não condiz com a produção, e por isso importa-se de outros países, principalmente do Uruguai. Mesmo com um rebanho de milhões de cabeças, o Brasil importou sete mil toneladas de carne uruguaia para abastecer o mercado interno. Há expectativas de reerguimento para a cadeia produtiva gaúcha, mas para que se organize e cresça é preciso aumentar a criação, pois com a média atual de animais por propriedade, é impossível garantir o número de cordeiros suficientes para viabilizar a compra por

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parte de um frigorífico. O ideal seria que cada criador tivesse no mínimo de 300 a 400 animais. Isso lhe asseguraria lucro, além de manter o mercado consumidor abastecido, que hoje quer qualidade mais do que preço. Fonte: site Agrolink

CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS

CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS OCORRIDAS NA SEMANA DE 19/03/2015 A 26/03/2015

No período compreendido entre os dias 19 e 26 de março, o tempo seco predominou no Estado. No sábado (21/03) uma frente fria provocou chuva muito irregular. E na quarta-feira (25/03) uma nova frente fria ingressou provocando novamente chuvas esparsas e com volumes baixos. As cidades que tiveram os maiores acumulados de chuva ao longo da semana foram Canela, 57 mm, e São Borja, 17,6 mm. As temperaturas na semana foram marcadas pela amplitude térmica, como em Bagé, com mínima de 9,2ºC e máxima de 24,5ºC na segunda-feira (23/03). PREVISÃO METEOROLÓGICA PARA SEMANA DE A

27/03/2015 A 02/04/2015 A previsão meteorológica para o período de 27 de março a 02 de abril indica chuva irregular no Estado. Na sexta-feira (27/03), a frente fria ainda deve provocar chuva mais significativa no Norte do Estado. No domingo (29/03) e segunda-feira (30/03), áreas de instabilidade devem provocar chuva no Centro, Alto Vale do Uruguai, Missões, Planalto, Serra do Nordeste e Litoral Norte. Os volumes mais significativos deverão ocorrer nas cidades próximas a Santa Catarina, entre 20 mm e 65mm. Entre a terça-feira (31/03) e a quinta-feira (02/04), o tempo seco deverá predominar no Estado. Nas demais regiões haverá poucas

condições de chuva. A semana ainda será com temperaturas acimada média. As temperaturas máximas nas cidades mais quentes do Estado devem ficar entre 28ºC e 31ºC. As temperaturas mínimas nas regiões mais frias do Estado devem ficar entre 10ºC e 16ºC. Fonte: CEMETRS - FEPAGRO

GRÃOS Arroz – O clima de maneira geral favoreceu os trabalhos da colheita na cultura do arroz em todas as regiões produtoras do Estado, tendo em vista o tempo seco registrado na maior parte do período. Na média estadual o percentual atinge neste período 45% da área cultivada, tendo ainda cerca de 47% da área já pronta para ser colhida, uma vez que as lavouras já completaram sua maturação. Em termos regionais, a Fronteira Oeste é a que apresenta o maior avanço sobre as lavouras; alguns municípios já atingiram os 50% de sua área plantada, com é o caso de São Borja e Uruguaiana. As produtividades obtidas até aqui têm se situado dentro dos intervalos divulgados recentemente, variando entre 7,2 mil kg/ha e 8,0 mil kg/ha, com alguns casos que ultrapassam o limite superior. A qualidade dos grãos também é considerada boa pelos produtores, que não encontram dificuldades ao comercializá-lo.

Arroz: fases da cultura no

RS

Safra atual Safra anterior Média

Em 26/03

Em 19/03

Em 26/03

Em 26/03

Plantio 100% 100% 100% 100% Ger./Des. vegetativo 0% 0% 0% 0%

Floração 0% 0% 0% 0%

Enchimento de grãos 08% 20% 07% 02%

Maduro por colher 47% 47% 33% 23%

Colhido 45% 33% 60% 75%

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O preço médio praticado nessa semana foi de R$ 36,06 a saca de 50 kg, o que representou uma variação de -0,14% em relação ao preço da semana passada. Feijão 1ª safra – A colheita está em finalização na última região de produção comercial do Estado. Nos Campos de Cima da Serra, a colheita segue em bom ritmo; as lavouras apresentam bom rendimento e ótima qualidade de grãos, especialmente em decorrência do clima favorável com pouca precipitação nesses últimos períodos. O término da safra deverá ocorrer no final da próxima semana. Algumas áreas nessa região, como no município de Muitos Capões, tiveram rendimentos excelentes, chegando a 3,3 t/ha.

Feijão 1ª

safra: fases da

cultura no RS

Safra atual Safra anterior Média

Em 26/03

Em 19/03

Em 26/03

Em 26/03

Plantio 100% 100% 100% 100% Ger./Des. vegetativo 0% 0% 0% 0%

Floração 0% 0% 0% 0% Enchimento de grãos

0% 0% 0% 0%

Maduro e por colher 2% 5% 0% 0%

Colhido 98% 95% 100% 100%

Feijão safrinha - As lavouras estão se desenvolvendo bem, com boa germinação e floração, iniciando a fase de enchimento de grãos em boa parte das regiões. As lavouras apresentam sanidade e bom desenvolvimento, apresentando a campo muito bom stand de lavoura. Os produtores continuam controlando as invasoras e as pragas (especialmente cascudinhos e mosca branca) e aplicando fertilizante folhares. Em várias áreas do RS, tanto no Sul como na parte Norte, já há necessidade de chuvas, principalmente naquelas lavouras que se encontram em floração. Esta fase é mais sensível à necessidade de boa umidade durante seu desenvolvimento, pois vai determinar o potencial produtivo da lavoura. A comercialização manteve-se estável no período, com pequena queda de 0,38% no valor médio da saca de 60 kg do feijão preto no Estado, ficando em R$ 145,00. Milho – A colheita da safra 2014 teve um aumento de sete pontos percentuais em relação à semana passada. Este aumento poderia ser maior não fosse o interesse maior dos produtores em retirar a soja com mais rapidez, em detrimento da colheita

do milho. Mesmo assim o atual índice coloca esta safra bem à frente da média em termos de colheita. As produtividades obtidas até aqui têm surpreendido em alguns casos. Nesse sentido, não são raros os que conseguiram produtividades acima dos 10 mil kg/ha, fato que contrabalança os eventuais casos de lavouras prejudicadas pelo clima ocorrido, fazendo com que a média estadual se situe, até aqui, acima dos seis mil kg/ha. As lavouras mais tardias, cerca de 10% do total, também se encontram em boas condições, embora em algumas áreas das regiões Campanha e Sul seja notada uma diminuição nas expectativas dos rendimentos devido à falta de chuvas mais abundantes. Em Canguçu, por exemplo, não chove há 20 dias. Nesse município as lavouras mais do tarde tiveram seu potencial produtivo bastante afetado.

Milho: fases da

cultura no RS

Safra atual Safra anterior Média

Em 26/03

Em 19/03

Em 26/03

Em 26/03

Plantio 100% 100% 100% 100% Ger./Des. vegetativo 0% 0% 0% 03%

Floração 0% 0% 02% 05% Enchimento de grãos

10% 18% 16% 20%

Maduro e por colher 25% 24% 26% 22%

Colhido 65% 58% 56% 50%

O mercado plenamente abastecido opera com preços em baixa para o produto; a saca de 60 kg valeu, como média no período, R$ 23,24 pagos ao produtor, uma queda de 0,68% em relação ao preço da semana passada. Soja – A colheita da soja se processou de forma bastante intensa nesta última semana, tendo aumentado 11 pontos percentuais, chegando a 26% do total semeado. As primeiras áreas colhidas vêm apresentando rendimentos dentro das expectativas e variando a cada região analisada. Nas localidades afetadas por falta de chuvas mais abundantes neste final de ciclo, os rendimentos variaram entre 35 e 40 sacas/ha (2,1 a 2,4 mil kg/ha). Entretanto, em municípios onde as precipitações não comprometeram o desenvolvimento da cultura, os rendimentos alcançados têm ficado, em muitos casos, em torno de 60 sacas/ha (3,6 mil kg/ha). A média geral para o Estado segue ao redor dos três mil kg/ha. Neste final de ciclo, há lavouras que apresentam ataque de lagartas, com alguns produtores sendo forçados a entrar mais uma vez na lavoura para

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controlar os focos. Naquelas em estádio mais avançados, as lagartas estão atacando mais as folhas que restam, não conseguindo danificar vagens, o que pelo menos estanca por ora maiores prejuízos. Outro distúrbio verificado nas áreas mais tardias é a presença maciça da ferrugem asiática, o que força os produtores a realizarem mais aplicações de fungicidas do que o esperado.

Soja: fases da

cultura no RS

Safra atual Safra anterior Média

Em 26/03

Em 19/03

Em 26/03

Em 26/03

Plantio 100% 100% 100% 100% Ger./Des. vegetativo 0% 0%

0% 0%

Floração 0% 0% 02% 03% Enchimento de grãos 34% 60% 50% 61%

Maduro por colher

40% 25% 32% 26%

Colhido 26% 15% 16% 10%

Durante a semana a saca de 60 kg foi cotada entre um mínimo de R$ 62 e um máximo de R$ 68, ficando o preço médio em R$ 63,97, uma valorização de 0,31% em relação ao preço da semana passada.

OUTRAS CULTURAS Cana-de-açúcar – No Noroeste do RS, a cultura está em desenvolvimento, apresentando bom potencial em função das boas condições climáticas para a cultura neste ano. Apenas algumas agroindústrias estão produzindo melado e melaço para venda, sendo que outras ainda estão com as atividades paralisadas. No Litoral Norte, o período ainda é de desenvolvimento dos canaviais. As lavouras de cana apresentam bom desenvolvimento vegetativo, tanto as soqueiras como as lavouras novas. A comercialização está acontecendo a R$ 120 por tonelada. Já o melado está sendo comercializado a R$ 1,30/kg, bem abaixo do valor de R$ 1,80/kg da safra passada. O açúcar mascavo está sendo comercializado a R$ 2,90/kg. A cachaça é comercializada na propriedade ao valor de R$ 3 a 3,50/litro; nas feiras do produtor, o preço varia entre R$ 5 a 10/litro. O licor tem sido comercializado com preços entre R$ 5 a 10 pela garrafa de 500 ml. O cultivo da cana é em parte destinado à alimentação animal, ao consumo direto nas propriedades ou para comercialização. No momento, praticamente não há comercialização de

cana para trato de alimentação animal; isso acontece quando a cana está madura e há escassez de pastagem.

Silvicultura Acácia-negra – A cotação da lenha de acácia-negra varia muito conforme a região: é muito utilizada para secar o fumo na região Centro-Sul, girando entre R$ 25 e 28/m3, enquanto que na região do Vale do Sinos e Paranhãna o preço do metro cúbico de lenha está oscilando entre R$ 50 e R$ 65, variando de acordo com a idade do mato e a localização da madeira para retirada. Eucalipto – Nas regiões sitadas acima existe um grande número de serrarias, com elevada demanda de eucalipto. A cotação está em torno de R$ 30 a 45/m3. O valor pago aos agricultores pelas toras está elevado, girando em torno de R$ 120/m³. Pinus – Nas atividades de manejo, há resinagem e corte de árvores, durante todo o ano, e desbaste nas áreas invadidas e/ou ressemeadura natural e desrama nas áreas novas. Não se tem exatamente a área de pinus da região do Vale do Sinos e Paranhãna, embora seja extensa. O espaçamento entre pés é de 3x2 metros. Em um hectare, são plantados em média 2.500 pés de pinus. Como tendência, temos a ampliação das áreas devido à dispersão das sementes de pinus produzida principalmente pela ação do vento, invadindo áreas pastoris e margens de lagoas e estradas. A tendência é que se mantenham os preços do quilo de resina e de madeira. Ambas têm auferido ao produtor um bom lucro, proporcionando um aumento na renda familiar. A dificuldade é manter os campos nativos limpos, nas propriedades que trabalham com pecuária, devido à invasão constante através da dispersão das sementes. O trabalho realizado é penoso e com baixa remuneração. Os preços comercializados no Litoral Norte e Médio são apresentados abaixo. Categoria Preço (R$) Resina 2,70 a 2,80/kg Madeira 60,00/m3

Madeira 70,00/t

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HORTIGRANJEIROS

Olerícolas

O tempo seco, com boa radiação solar, temperaturas altas durante o dia, mas amenas à noite, ocorrido nas últimas semanas, proporcionou bom estado fitossanitário para as olerícolas. As condições climáticas reduzem a incidência de doenças e as pulverizações com agrotóxicos; porém, com o clima seco é necessário aumentar o uso da irrigação. Por enquanto, essa prática é possível de ser realizada devido à boa disponibilidade de água nos reservatórios. Para os produtores que têm sistema de irrigação e boa reserva de água, as culturas estão com excelente desenvolvimento, mas aumentaram o período de rega para compensar as perdas por evapotranspiração. Outros produtores que carecem de sistemas adequados de irrigação estão observando a diminuição do crescimento das plantas e permanecem com as plantas mais tempo na lavoura, perdendo qualidade e comprometendo futuros cultivos. Na região de Santa Rosa, as hortas estão sendo preparadas para os cultivos de abril, principalmente para as culturas folhosas. Os produtores começam a adquirir sementes de verduras para implantação da safra de inverno. Abóbora japonesa – Na região Sul do Estado, a cultura está em fase de colheita; parte da área que foi semeada no tarde ainda se encontra em fase de enchimento de frutos. Aproximadamente 55% da área total foi colhida, nas lavouras do cedo, alcançando bons rendimentos, de 8 a 10 toneladas/hectare. As lavouras do tarde sofrem com a estiagem, e a queda na produção deve atingir cerca de 40%. Os preços na lavoura permanecem estáveis, oscilando entre R$ 0,55 e 0,65/kg. Alho – Na região da Serra, já foi iniciado o plantio da safra 2015/16, de forma bastante adiantada; foram semeadas áreas com variedades precoces, com 50 dias de vernalização. Essa é uma prática realizada através da conservação em câmaras de frio, visando à superação do estado de dormência dos bulbilhos e ao encurtamento do período vegetativo das futuras plantas. O preparo de solo para a nova safra foi intenso nesta semana; produtores aproveitaram o tempo seco para fazer a incorporação da adubação verde. O produto da safra passada, que está estocado nos galpões para a realização da cura, foi beneficiado pelas

condições climáticas ocorridas, com dias ensolarados, temperaturas noturnas amenas e frequente presença de ventos. Além da “cura” adequada, o clima também propicia boas condições para a manutenção da sanidade dos bulbos armazenados. Seguem de forma rápida a toalete, classificação e embalagem de bulbos para serem oferecidos ao mercado. A comercialização ganhou ritmo em função da melhora dos preços praticados, com cotações em alta, refletindo-se em satisfação dos alhicultores. O volume de vendas já alcança 60% da produção. Batata – A cultura da batata da segunda safra está em fase vegetativa e vem sofrendo com a falta de umidade do solo. A ocorrência de elevadas temperaturas a partir da época de plantio está causando o apodrecimento das sementes em muitas lavouras, provocando prejuízos aos agricultores desde o início do ciclo produtivo. Comercialização – Na região de Ijuí, a comercialização está sendo realizada com mais intensidade nas feiras e nos mercados institucionais. Há boa oferta de folhosas, como a alface, a rúcula e o repolho, e baixa oferta de cenoura e beterraba. São boas a produção e a oferta de aipim. No município de Santa Maria, a maior parte do abastecimento do tomate é feita pela Ceasa de Porto Alegre; a caixa de 20 kg permanece em R$ 30, mesmo preço da semana anterior. A Ceasa é também a principal fornecedora de beterraba e cenoura para esse município, pois apenas 15% do mercado é abastecido pela produção local. A caixa com 20 kg de beterraba ou de cenoura está a R$ 30. Em Porto Alegre, as feiras ecológicas oferecem produtos diretamente dos agricultores da área rural do município e do interior do Estado para o consumidor, nos dias, horários e locais relacionados a seguir. Quarta- feira

Bairro Menino Deus - 13 às 19h - Av. Getúlio Vargas (no pátio da Secretaria Estadual da Agricultura).

Bairro Petrópolis - 13 às 18h - Rua General Tibúrcio, parte lateral da praça Ruy Teixeira.

Sábado

Bairro Tristeza – 7 às 12h30 - Av. Otto Niemeyer, esquina com a Av. Wenceslau Escobar.

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Bairro Bom Fim - 7 às 12h30 - Av. José Bonifácio, 675.

Bairro Menino Deus - 7 às 12h30 - Av. Getúlio Vargas (no pátio da Secretaria Estadual da Agricultura). Bairro Três Figueiras – 8 às 13h - Rua Cel. Armando Assis, ao lado da praça Desembargador La Hire Guerra.

Novas estruturas de comercialização – A estruturação de locais novos destinados à comercialização está ocorrendo nos pequenos municípios do interior. Em 19 de março, no município de São José do Inhacorá, na região Noroeste do Estado, foi inaugurado o prédio da “Central de Vendas de Produtos Coloniais, Artesanais e Agroindustriais”, onde o público poderá adquirir embutidos, sucos naturais, queijos, farináceos, hortigranjeiros, frutas e artesanato. Em 14 de março, em Silveira Martins, município localizado na região Central, na “Quarta Colônia de Imigração Italiana”, ocorreu a inauguração da “Feira de Produtos Coloniais da Agroindústria Familiar”. A feira, localizada no quiosque da praça central, foi criada com o objetivo de ser um espaço especialmente destinado à comercialização dos produtos coloniais oriundos da agricultura familiar. Para desenvolver o projeto, a Emater/RS-Ascar utiliza políticas públicas como a do Programa Estadual da Agroindústria Familiar, do Governo do Estado, e promove a ampliação da participação dos agricultores familiares no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), e no Programa Nacional da Alimentação Escolar (PNAE), do governo federal. A feira em Silveira Martins funciona nos sábados, domingo e feriados, das 9h às 17h.

Frutícolas Fruticultura na Expoagro 2015 – Planejar o plantio de frutíferas, desde a preparação do solo e escolha de mudas, até o cuidado com doenças e pragas que podem atingir o pomar, é uma das orientações dadas pelos técnicos da Emater/RS-Ascar na parcela temática da fruticultura na 15ª edição da Expoagro Afubra, que ocorre esta semana no município de Rio Pardo. O local é um dos espaços em que a extensão rural e a pesquisa estão integradas, através da parceria com a Embrapa. De acordo com o engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar, Wagner Soares, ao planejar o plantio das frutíferas o agricultor precisa estar atento a alguns cuidados, como a orientação do

sol, sendo a iluminação pela manhã a mais recomendada, e as condições do solo. "Antes de tudo, é importante realizar a análise do solo para uma avaliação da qualidade química, assim o agricultor poderá ter diversidade de espécies na propriedade e, com isso, a disponibilidade de frutas durante todo o ano, tanto para o consumo da família quanto para a comercialização". Outro fator importante é a escolha das mudas para o plantio, que devem ser oriundas de viveiros credenciados. Embora as mudas adquiridas nesses viveiros possuam um valor maior de comercialização, o engenheiro agrônomo ressalta os cuidados que se deve ter ao iniciar o plantio das espécies. Para combater a incidência de pragas e doenças nos pomares, a equipe dos extensionistas e pesquisadores ensina a elaborar as caldas bordalesas e sulfocálcica, sendo que a primeira possui efeito sobre as doenças que atingem o pomar, e a segunda, sobre as pragas. Os cuidados com o solo também são recomendados pelos técnicos. No pomar implantado pela Emater/RS-Ascar, é utilizada a cobertura viva para o controle da umidade, o que evita também a erosão do solo e diminui a compactação do mesmo. Fonte: site da Emater Banana – A semana quente e seca proporcionou bom desenvolvimento da cultura, apesar da redução na disponibilidade hídrica. Na região do Litoral Norte, a produtividade inicial prevista e esperada atualmente é de cerca de10 t/hectare, em média. Houve pouca oferta de banana caturra. Maracujá – No Litoral Norte, há lavouras dessa cultura em diversas fases do ciclo de produção: em floração, frutificação e colheita. Começa a diminuir a produção das lavouras de “segunda safra” (podada). Apresentam queda na produtividade de cerca de 50%, devido ao excesso de chuvas em fevereiro, que prejudicou a polinização. Somando-se isso e a produção reduzida da lavoura de primeira safra, estão colocadas as condições para a tendência de leve aumento de preço, favorecendo a comercialização para os produtores. A caixa de maracujá está sendo comercializada entre R$ 15 e 20. O dia de campo de 26 de março, no município de Torres, terá a seguinte programação: 1ª Estação - Armazenamento e bombeamento de água -13h40 às 14h 2ª Estação - Sistemas de Irrigação –14h às 14h20min

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3ª Estação - Classificação e Mercados -14h20min às 14h40 min 4ª Estação - Projeto de “Maracujá para Sempre” (Manutenção da cultura no Litoral – Produção convencional e produção orgânica) - 14h40min às 15h 5ª Estação – “Maracujá - da propriedade à mesa” - 15h10min às 15h30min Melancia – Na região Centro-Sul a produção está toda colhida; a produtividade média da região ficou em cerca de 30 toneladas/hectare. Alguns produtores entraram com pedido de cobertura do seguro agrícola, o Proagro, alegando prejuízos relacionados à incidência de doenças. O preço médio obtido foi de R$ 0,50/kg de melancia. Figo – Continua a colheita de figo da variedade Roxo de Valinhos na região do Vale do Caí e no município de Poço das Antas, na região do Vale do Taquari. Calcula-se que a colheita do figo maduro seja encerrada em três semanas, nos municípios de Linha Nova, Feliz, Bom Princípio, São Sebastião do Caí e São José do Hortêncio. O figo é colhido verde nos municípios de Brochier, Maratá, São Pedro da Serra e Poço das Antas, sendo comercializado para indústrias de compotas. Nessa região, as chuvas registradas nas últimas semanas estão ocorrendo dentro de padrões ideais para o desenvolvimento da planta, com formação de novas flores e maturação dos frutos nos ramos. A sanidade das plantas é boa, e nenhuma praga ou doença causa danos severos. O preço médio recebido pelos ficicultores, para o figo maduro destinado à indústria está em R$ 1,35/kg. Para o figo maduro destinado ao consumo ao natural e vendido para intermediários, o produtor está recebendo em média R$ 3/kg. Quando é comercializado diretamente pelo produtor na Ceasa, o valor é de R$ 4,80/kg. Pelo figo verde os agricultores estão recebendo, em média, R$ 3/kg. Na região Sul, em Pelotas, os produtores estão em plena colheita e comercialização para as agroindústrias locais. Os preços estão variando entre R$ 1,50 e 2,50, de acordo com a qualidade ofertada. Quivi – As variedades glabras estão sendo colhidas na região da Serra. Essas variedades – as chamadas variedades “peladas” – têm por característica a ausência de pilosidades. Por serem precoces e por terem sido cultivadas em

microclimas mais quentes nos vales do rio das Antas e do rio Caí, são as primeiras a serem colhidas. Nos pomares das cultivares mais tradicionais, as plantas estão com boa sanidade e média carga de frutos. Está sendo realizada a prática de manejo das ervas espontâneas ou daquelas cultivadas, preparando a área para a futura colheita. Continua a mortalidade de plantas, preocupando muito a todos os setores envolvidos com a cultura, principalmente os agricultores. O preço médio no pomar está em R$ 2,20/kg. Pêssego – Na região Sul, em Pelotas, os pomares apresentam queda das folhas, normal para o período. Os produtores atualmente realizam roçadas nos pomares; estão iniciando o encaminhamento dos projetos técnicos de custeio para os agentes financeiros, acompanhados dos laudos fitossanitários. Citricultura – A colheita da variedade de bergamota Satsuma tem continuidade na região do Vale do Caí e foi iniciada na região da Serra. O percentual colhido até o momento no Vale do Caí é de 25% das frutas. Nessa região, o preço recebido pelos citricultores está em média R$ 20/ caixa de 25 kg, considerado muito bom por eles. Na Serra, o preço médio recebido é de R$ 1/kg. Nessa região se encaminha para a conclusão a prática de raleio de frutas da principal variedade de bergamota cultivada, a Montenegrina, visando melhor calibre e qualidade das frutas remanescentes, além de evitar a alternância na produção em safras posteriores. Também estão em andamento os tratamentos foliares para o controle da “pinta preta”. De forma geral, as bergamoteiras estão com bom aspecto, vigor e sanidade. No Vale do Caí, a atividade mais intensa entre os citricultores nesta época é o raleio das frutinhas verdes das bergamoteiras do grupo das variedades comuns: Caí, Pareci e Montenegrina. Atualmente, já foi finalizado o raleio da variedade Caí; a Pareci está com 80% raleado, e a Montenegrina com 30%. As bergamotinhas verdes retiradas no raleio são comercializadas para indústrias que realizam a extração do óleo da casca. O preço médio recebido pelos citricultores para a caixa de 25 kg da bergamotinha está em R$ 7,50. Já os citricultores sócios da Coofrutaf, cooperativa com abrangência na região do Vale do Caí, estão recebendo R$ 9,50 por caixa entregue na cooperativa. Em virtude dos preços compensadores recebidos pela bergamotinha verde, alguns citricultores da região do Vale do Caí

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estão retirando toda a fruta da planta para comercializarem como fruta verde para extração do óleo, ou seja, não estão deixando frutas para colher maduras. A quantidade de frutas raleadas por planta está em média de 1,5 a 2 caixas, multiplicadas por 550 plantas por hectare, que é mais usual população indicada, resulta entre 825 a 1.100 caixas raleadas por hectare. Além da bergamota Satsuma, começam a colher nessa região as primeiras laranjas das variedades Céu precoce e Umbigo Bahia. A laranja do céu está sendo vendida, em média, a R$ 18 a caixa. A lima ácida Tahiti, popular limão da caipirinha, tem floração durante todo o ano e, em consequência, também produção. Os citricultores estão recebendo em média R$ 18 a caixa do limão, com preço estável em março. Na região de Santa Rosa, os produtores que possuem pomares destinados à venda comercial estão satisfeitos com o desenvolvimento dos citros, principalmente a laranja.

Comercialização de hortigranjeiros - comparativo semanal

Dos 35 principais produtos analisados semanalmente pela Gerência Técnica da Ceasa (RS), no período entre 17 e 24/03/2015, tivemos preço estável em 22 produtos; em seis houve alta, e sete produtos registraram preço em baixa.

PRODUTOS EM ALTA

17/03 (R$)

24/03 (R$) Aumento (%)

Uva comum de mesa (kg)

2,50 3,00 + 20,00

Mamão formosa (kg) 2,20 2,30 + 4,55

Alface (pé) 0,58 0,67 + 15,52 Brócolis (unidade) 1,67 2,08 + 24,55 Tomate – longa vida (kg) 1,50 1,75 + 16,67

Vagem (kg) 3,50 4,00 + 14,29

PRODUTOS EM BAIXA

17/03 (R$)

24/03 (R$) Baixa (%)

Abacate (kg) 13,50 3,00 - 14,29 Melão espanhol (kg) 2,30 2,00 - 13,04 Chuchu (kg) 1,75 1,40 - 20,00 Moranga cabotiá (kg) 1,25 1,15 - 8,00 Pepino salada (kg) 1,75 1,50 - 14,29 Batata-doce (kg) 1,50 1,25 - 16,67 Batata rosa (kg) 2,00 1,60 - 20,00

Segundo a gerência, o mercado atacadista da Ceasa apresentou maior equilíbrio entre oferta e procura em relação às duas primeiras semanas do mês. Observou-se que o clima mais ameno, que vem ocorrendo na maioria das regiões produtoras

gaúchas, oportunizou nestes últimos dias pequena redução na oferta, o que se ajustou plenamente às necessidades de aquisição do varejo, principalmente no segmento das hortaliças-fruto, como os tomates. Conforme informações de produtores rurais que comercializam no complexo, a safra gaúcha mantém-se em bons níveis de oferta, sendo que esta pode ser alterada se houver mudanças nos fatores climáticos no decorrer do outono. Nenhum produto apresentou elevação ou queda dignas de comentários. Fonte: Ceasa (RS), ANÁLISE CONJUNTURAL- 13/2015, de 25 de março.

CRIAÇÕES Forrageiras - As condições climáticas neste início de outono se caracterizam pelas temperaturas amenas na parte da manhã, se elevando durante o período da tarde. As chuvas estão diminuindo de intensidade; porém, exceto em alguns municípios do Estado onde ocorreram chuvas com baixo volume e/ou mal distribuídas no período, ainda há suficientes teores de umidade nos solos, permitindo o desenvolvimento das plantas forrageiras. De maneira geral, as pastagens nativas e cultivadas estão sendo beneficiadas pelas boas condições climáticas, com grande oferta de forragem para os animais; da mesma forma, as culturas destinadas para silagem, especialmente milho e sorgo, apresentam bom desenvolvimento, indicando a produção de silagem de qualidade. As espécies forrageiras dos campos nativos estão com grande acúmulo de massa verde, embora a qualidade comece a diminuir, pois nesta estação do ano muitas espécies forrageiras estão mais fibrosas, concluindo seu ciclo vegetativo. Alguns produtores realizam a prática de roçadas nas áreas de campo nativo para o controle de plantas invasoras, especialmente o capim anoni, que ocorre com maior frequência nas pastagens naturais do bioma Pampa. As pastagens cultivadas de verão anuais e perenes ainda apresentam boas condições de produção, embora estejam mais fibrosas e com menor capacidade nutricional; já as espécies mais precoces estão praticamente no final do ciclo produtivo. No entanto, estas pastagens de verão, especialmente quando bem manejadas, em algumas regiões ainda proporcionam suporte forrageiro aos rebanhos com destaque para os sorgos forrageiros milheto, capim sudão e tyfton. Em algumas regiões os produtores já iniciaram o preparo de solo para plantio das pastagens anuais de inverno, como aveia e azevém. As lavouras de

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milho e sorgo destinadas à produção de silagem estão no ponto de corte ou em plena fase de desenvolvimento, em várias regiões do Estado. Bovinocultura de corte – De maneira geral o rebanho bovino de corte que se encontra exclusivamente no campo nativo apresenta boas condições corporais, haja vista o intenso rebrote e a grande oferta das espécies forrageiras nativas. Esta melhora na quantidade e qualidade do pasto – e em consequência, o aumento do escore corporal dos animais – pode ser atribuída em grande parte às condições de clima, caracterizadas pela ocorrência de chuvas bem distribuídas e com volume necessário para o desenvolvimento das pastagens, tanto nativas como cultivadas. Por outro lado, as altas temperaturas e umidade do período favorecem a maior incidência de ectoparasitoses e endoparasitoses, como as moscas do chifre, carrapatos e verminoses, entre outras enfermidades, comprometendo as condições sanitárias do rebanho e exigindo o monitoramento e controle desses parasitas pelos criadores. Em relação à comercialização, o preço do boi e da vaca gorda tem se mantido estável na última semana, confirmando as previsões dos analistas de mercado. Há menor oferta de vacas gordas em função da retenção de matrizes pelos pecuaristas. Com a boa valorização do terneiro, a procura por vaca com cria ao pé continua grande em várias regiões do Estado. Os preços pagos aos agricultores e pecuaristas no período, na região Sul do Estado, são apresentados abaixo. Produto/espécie Mínimo -

R$ / kg Máximo –

R$ / kg Boi gordo 4,70 5,00 Vaca gorda 4,20 4,70 Terneiro 5,00 6,00 Bovinocultura de leite – A produção leiteira, nas diversas bacias leiteiras do Estado apresentou leve queda considerando o quadro geral de produção no período. Esta redução pode ser atribuída à maior proximidade do final de ciclo de algumas pastagens cultivadas de verão, assim como das plantas forrageiras nativas que apresentam menor oferta de forragens verdes; ou seja, estamos entrando no período tradicional de “vazio forrageiro de outono”. No geral, as pastagens estivais ainda apresentam razoável desenvolvimento, mas a maioria das espécies

forrageiras estão entrando na fase de reprodução, quando há aumento dos teores de fibras e redução das proteínas e, consequentemente, da capacidade nutricional da forragem. Os criadores intensificam o corte das lavouras de milho e sorgo para produção de silagem, com a expectativa, até o momento, da produção de grande volume e boa qualidade. Os produtores de leite também estão preocupados com a implantação das pastagens de inverno, principalmente devido ao alto custo dos insumos, como combustíveis, corretivos e fertilizantes, assim como das sementes de aveia e azevém, entre outros. Ainda é grande a preocupação dos produtores de leite com as exigências e a queda de preço praticado pelas indústrias. Na região de Pelotas, o preço do leite pago aos produtores durante a semana variou entre R$ 0,64 em Rio Grande e R$ 1,02 /litro em Turuçu. Ovinocultura - O rebanho ovino de maneira geral continua apresentado boas condições nutricionais e sanitárias. No entanto, as condições climáticas do período, com elevação das temperaturas e umidade, exigem cuidados especiais no controle de ecto e endoparasitas, em especial das verminoses. Neste mês, deve-se atentar para o banho obrigatório do rebanho ovino com produto ectoparasiticida para controle de sarna e piolhos. Para comprovação do tipo de produto utilizado, deve-se apresentar nota fiscal à inspetoria veterinária local. Os ovinocultores permanecem realizando as práticas pertinentes ao período de acasalamento do rebanho de cria nas diversas regiões do Estado. Neste aspecto, é muito importante a seleção de animais (ovelhas, borregas e carneiros) para que a atividade tenha bons ganhos de produtividade. Há oferta de cordeiro para abate, mas em alguns locais há dificuldades de comercialização, em virtude da baixa procura. Houve pouca variação no preço da carne ovina na semana que passou. Os preços pagos aos ovinocultores, na região Sul do Estado, são apresentados abaixo. Produto/espécie Mínimo -

R$ / kg Máximo –

R$ / kg Ovelha 3,80 4,50 Cordeiro 4,50 5,20 Capão 3,80 4,70 Lã Merina 10,50 11,00

Lã Ideal (Prima A) 9,90 10,30

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Lã Corriedale (Cruza 1) 8,00 8,24 Lã Corriedale (cruza 2) 7,40 7,50 Apicultura - Os apicultores da maioria das regiões produtoras de mel do Estado estão realizando as práticas de manejo de alimentação artificial das colmeias, em virtude do excesso de chuvas nos últimos meses. Nesse aspecto os enxames estão enfraquecidos, com população reduzida de abelhas, o que prejudica o desenvolvimento da atividade. O menor número de espécies em fase de floração, associado ao excesso de chuvas no verão, afetou o trabalho das abelhas na captura do néctar e pólen. Na maioria dos municípios, a produção de mel está abaixo do normal. No entanto, em algumas regiões alguns apicultores já realizaram colheita do produto, com produções abaixo do esperado inicialmente. No município de Caçapava do Sul, na região de Bagé, houve casos onde as perdas de mel foram de 80%, devido ao excesso de chuvas. Pesca artesanal - Na bacia da Lagoa Mirim, a captura de pescado está dentro da média esperada para esta estação do ano. Segundo informações dos municípios de Jaguarão e Arroio Grande, o nível dessa lagoa baixou consideravelmente no período, mas ainda é considerado alto ao se levar em conta a época do ano. Na Lagoa dos Patos, a água da lagoa ainda não está salgada o suficiente. O volume de pescados capturados no período foi pequeno (somente bagres, sem captura de tainhas). A situação climática (excesso de chuvas na primavera-verão) explica a frustração da safra do camarão e dos pescados em geral. No momento, os pescadores estão armazenando os pescados (peixes) capturados para comercializar durante a Semana Santa, quando existe a expectativa de comercialização com preços mais elevados. No município de Pelotas foi decretada situação de emergência na pesca, devido à grande frustração de safra de pescados e camarão. Houve reunião com o Ministério da Pesca para discutir a situação e tentar uma possível ajuda aos pescadores. Em Rio Grande, com o excesso de chuvas na primavera-verão, a Lagoa dos Patos não salgou até o momento, o que não favorece uma boa produção de camarão. A expectativa é de uma safra frustrada. Em São José do Norte, projeta-se uma feira de pescados para a semana santa que acontecerá nos dias 1 e 2 de abril. A safra de camarão está escassa, e os pescadores não têm mais o produto

para vender. A venda na praia para os atravessadores está em torno de R$ 2,50 do peixe não eviscerado. A safra da corvina já está encerrada. Na semana que passou, o preço do camarão em Tavares ficou entre R$ 12/kg (sujo) e R$ 35/kg (descascado)

ANÁLISE DOS PREÇOS SEMANAIS RECEBIDOS PELOS PRODUTO RES

PRODUTOS

UNIDADE

SEMANA ATUAL

26.MAR.15

SEMANA ANTERIOR 19.MAR.15

MÊS ANTERIOR 26.FEV.15

ANO ANTERIOR 27.MAR.14

MÉDIAS DOS VALORES DA SÉRIE HISTÓRICA 2010-2014

GERAL MARÇO

ARROZ 50 kg 36,06 36,11 36,63 35,05 33,69 32,73 FEIJÃO 60 kg 145,00 145,56 128,33 142,10 117,27 116,24 MILHO 60 kg 23,24 23,40 23,29 25,47 26,11 26,63 SOJA 60 kg 63,97 63,77 57,81 68,38 58,31 55,99 SORGO 60 kg 20,30 20,30 20,15 21,30 21,65 20,51 TRIGO 60 kg 25,54 25,75 25,71 34,37 30,75 30,76 BOI kg v 4,83 4,89 4,87 4,21 3,72 3,76 VACA kg v 4,39 4,43 4,38 3,74 3,34 3,33 SUÍNO kg v 3,23 3,37 3,39 2,97 2,94 2,87 CORDEIRO kg v 4,48 4,60 4,47 4,04 4,21 3,94 LEITE litro 0,78 0,78 0,78 0,89 0,82 0,80 P e r í o d o 23/03-27/03 16/03-20/03 23/02-27/02 24/03-28/03 - -

Fonte dos dados/elaboração : Emater/RS-Ascar, Gerência de Planejamento, Núcleo de Informações, Análises e Planejamento - NIP. Índice de correção: IGP-DI (FGV). NOTA: Semana atual, Semana anterior e Mês anterior são preços correntes. Ano anterior e Médias dos valores da série histórica são valores corrigidos. Média geral é a média dos preços mensais do quinquênio 2010-2014 corrigidos. A última coluna é a média, para o mês indicado, dos preços mensais corrigidos, da série histórica 2010-2014. OBS.: 1) Bovinos e ovinos com prazo de pagamento de 20 e 30 dias. 2) Leite: preço bruto. 3) SI indica sem informação. ST indica sem transação.