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Quadro Negro | Dezembro de 2013 1 CONQUISTAS DA Comparativo mostra evolução dos planos de carreira do magistério CATEGORIA PNE só em 2014 Votação no Senado não encerra tramitação do projeto. Página 3 Orientador(a) educacional Pedagogos (as) comemoram seu Dia e cobram valorização. Página 14 Gestão Democrática Comunidades escolares do DF exercem direito do voto. Página 10 In f orm a ti v o do S indi c a t o dos P r o f esso r es no D istri t o F ede r al - A no XX XIV - Nº 183 - Dezembro /2013 Especial | w w w . sinp r odf .o r g .br

Informativo do Sindicato dos Professores no Distrito ... · Cássio de Oliveira Campos SECRETARIA DE ASSUNTOS E POLÍTICAS PARA MULHERES ... Alvaro Dias disse considerar que o

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Quadro Negro | Dezembro de 2013 1

CONQUISTAS DA

Comparativo mostra evolução dos planos de carreira do magistério

CATEGORIA

PNE só em 2014Votação no Senado não encerra tramitação do projeto.Página 3

Orientador(a) educacionalPedagogos (as) comemoramseu Dia e cobram valorização. Página 14

Gestão DemocráticaComunidades escolares do DFexercem direito do voto.Página 10

Informativo do Sindicato dos Professores no Distrito Federal - Ano XXXIV - Nº 183 - Dezembro/2013

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Expediente

Diretoria Colegiada do Sinpro DF

Sinpro-DF(sede): SIG , Quadra 6, lote nº 2260, Brasília-DFTel.: 3343-4200 / Fax: 3343-4207Subsede em Taguatinga: CNB 4, lote 3, loja 1. Telefax: 3562-4856 e 3562-2780Subsede no Gama: SCC, bloco 3, lote 21/39, sala 106.Telefax: 3556-9105Subsede em Planaltina: Av. Independência, quadra 5, lote 8, Vila Vicentina. Telefax: 3388-5144Site: www.sinprodf.org.bre-mail: [email protected] de Imprensa: Cleber Ribeiro Soares , Samuel Fernandes e Cláudio Antunes Correia (Coordenador)Jornalistas: José Mauro de Almeida, Luis Ricardo Machado, Tomaz de AlvarengaRevisão: José Antônio de Oliveira Diagramação e capa: Eduardo Gustavo A. dos Santos SilvaImpressão: Palavra ComunicaçãoTiragem: 36.000 exemplaresDistribuição gratuita. Permitida a reprodução, desde que citada a fonte.

Editorial

SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO E PATRIMÔNIOCarlos Cirane - CoordenadorCláudia BullosWashington Luis D. Gomes

SECRETARIA DE ASSUNTOS DOS APOSENTADOSIsabel Portuguez de S. Felipe - CoordenadoraFrancisco Raimundo (Chicão)Silvia Canabrava

SECRETARIA DE ASSUNTOS CULTURAISMarco Aurélio G. Rodrigues - CoordenadorElaine Amâncio RibeiroWijairo José da C. Mendonça

SECRETARIA DE ASSUNTOS JURÍDICOS E TRABALHISTAS E SÓCIOECONÔMICOSDimas Rocha - CoordenadorIlson Veloso Bernardo Cássio de Oliveira Campos

SECRETARIA DE ASSUNTOS E POLÍTICAS PARA MULHERES EDUCADORASEliceuda Silva França - CoordenadoraNeliane Maria da CunhaVilmara Pereira do Carmo

SECRETARIA DE FINANÇASRosilene Corrêa - CoordenadoraLuiz Alberto Gomes MiguelGeraldo Benedito Ferreira

SECRETARIA DE FORMAÇÃO SINDICALNilza Cristina G. dos Santos - CoordenadoraMagnete Barbosa GuimarãesFátima de Almeida Moraes

SECRETARIA DE IMPRENSA E DIVULGAÇÃOCláudio Antunes Correia - CoordenadorCleber Ribeiro SoaresSamuel Fernandes

SECRETARIA DE RAÇA E SEXUALIDADEWiviane Farkas - CoordenadoraJucimeire Barbosa (Meire)Delzair Amancio da Silva

SECRETARIA DE SAÚDE DO TRABALHADORMaria José Correia Muniz - CoordenadoraManoel Alves da Silva FilhoGilza Lúcia Camilo Ricardo

SECRETARIA DE ORGANIZAÇÃO E INFORMÁTICAJulio Barros - CoordenadorLuciana CustódioFrancisco Assis

SECRETARIA DE POLÍTICA EDUCACIONALBerenice D’arc Jacinto - CoordenadoraFernando Reis Regina Célia T. Pinheiro SECRETARIA DE POLÍTICAS SOCIAIS Gabriel Magno - CoordenadorIolanda Rodrigues RochaPolyelton de Oliveira Lima

CONSELHO FISCALGardênia Lopes dos SantosMaria Cristina Sant’ana CardosoJailson Pereira SousaMarcos Alves PiresRegina Márcia de Assis Santos

Ao encerrarmos mais um ano, o Sinpro tem o dever de, mais uma vez, prestar contas à categoria dos avanços e conquistas de direitos obtidos no decor-rer de 2013.

A Diretoria Colegiada do Sindicato dos Professores no DF comemora os progres-sos advindos das reivindicações e mobili-zação da categoria. Assim, podemos afir-mar que 2013 foi um bom ano.

Como principal conquista no período, desponta o Plano de Carreira do Magisté-rio no Distrito Federal. Após a luta para se obter a lei que institui o Plano, a bata-lha prosseguiu até a conquista final da regulamentação da lei e sua plena imple-mentação.

Foram muitas as reuniões entre os representantes do Sinpro e do Governo do Distrito Federal para se chegar ao estágio atual. Algumas negociações foram árduas e desgastantes, no entanto, em momento algum, o Sindicato abriu mão de suas prerrogativas em prol da categoria.

Também se destaca, como importante vitória da classe, a obtenção da revisão dos reajustes dos(as) professores(as) aposentados(as) proporcionalmente,

que estavam excluídos dos benefícios conquistados com o novo Plano de Car-reira, o reajuste do ticket alimentação; e a consolidação da carreira magistério, como carreira única.

A persistência da Diretoria do Sindi-cato e a mobilização da categoria foram preponderantes para se quebrar a resis-tência encontrada por parte do GDF. Assim, os colegas aposentados também puderam, finalmente, ver seus venci-mentos serem reajustados.

Porém, não é só por conquistas eco-nômicas que a Diretoria do Sinpro se empenha em representar a categoria. Acima do fato de sermos educadores e educadoras, somos cidadãos e cidadãs. Portanto, buscamos mais direitos que beneficiem toda a sociedade.

Como em anos anteriores ou neste que se encerra e nos anos vindouros, a Diretoria do Sinpro continuará compro-metida com a defesa da categoria, como também persistirá na luta por uma edu-cação pública de qualidade para todos.

A Diretoria Colegiada do Sinpro deseja à categoria um feliz Natal e um 2014 ainda melhor e com mais conquis-tas para todos os brasileiros.

Um ano de muitas conquistas

Quadro Negro | Dezembro de 2013 3

A Diretoria do Sinpro-DF estabele-ceu, como uma de suas prioridades para 2014, o estudo e a elaboração de subsídios para o futuro Plano Distrital de Educa-ção (PDE), como também acompanhar a execução do Plano Nacional de Edu-cação (PNE).

No cenário educacional, a instituição de um Plano Nacional, que oriente e esta-beleça as grandes políticas educacionais, é algo relativamente recente. Nesse per-curso histórico, vale destacar o Mani-festo dos Pioneiros da Educação Nova, de 1932, que influenciou a Constituição de 1934, no sentido de definir a impor-tância da construção de um plano nacio-nal para viabilizar propostas inovadoras no campo da educação.

No DF, o PDE já vai nascer com a des-tinação de ser Política de Estado, seja pela duração: dez anos; por sua forma de cria-ção: lei; pela condução democrática de sua construção: amplo programa de con-sulta à sociedade, agregando propostas da Conae/Distrital, realizada em setem-bro e da Conae/Nacional, que ocorrerá em fevereiro.

O novo Plano Nacional de Educação estabelece prazo máximo de um ano, a contar da vigência da lei federal, para a aprovação dos planos das outras esferas administrativas. Daí a importância de se iniciar, o quanto antes, o debate sobre o PDE, inclusive pautando a forma de ela-boração da lei, que se pretende a mais democrática possível.

O Sinpro, certamente, apresentará documento com indicações para a cons-trução do PDE, como documento básico para estimular as discussões democráticas que serão promovidas nos órgãos públi-cos e nas entidades da sociedade civil.

O objetivo do PDE deverá ser o de garantir a universalização com quali-dade da Educação Básica e a expansão e a democratização com qualidade da Educação Superior, através da inclusão de todos no processo educativo, com garantia de acesso, permanência e con-clusão de estudos com bom desempenho; respeito à diversidade cultural, étnica e racial; promoção da igualdade de direi-tos e da gestão democrática.

Na quarta-feira (11), quando o PNE foi ao plenário do Senado, a expectativa da sua aprovação foi mais uma vez adiada. Na terça-feira (17) a votação do projeto (PLC 103/2012) volta ao Plenário para mais dis-cussões e, talvez, sua aprovação.

Durante o tempo em que foi discutido no Plenário, o texto recebeu críticas à falta de concretude das metas do plano, que já entrará em vigor atrasado: o texto, que prevê metas para o período de 2011 a 2020, tramita há três anos no Congresso e ainda terá de voltar à Câmara dos Deputados.

O projeto foi enviado pelo governo ao Congresso em dezembro de 2010 e só foi aprovado pela Câmara quase dois anos depois, em outubro de 2012. No Senado, passou por três comissões, durante pouco mais de um ano de tramitação.

Um dos principais críticos ao texto é

o senador Alvaro Dias (PSDB-PR), rela-tor do PNE na Comissão de Educação. Das 101 mudanças no relatório do sena-dor e aprovadas pela CE, 47 foram rejei-tadas pelo autor do substitutivo que seria

votado pelo Plenário, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB). O texto apresentado por Vital foi pouco modificado pelo rela-tor em Plenário, senador Eduardo Braga (PMDB-AM).

Alvaro Dias disse considerar que o Senado estava desperdiçando a oportu-

nidade de promover um “extraordinário salto de qualidade” no sistema educacio-nal do país. Entre os pontos que geraram críticas do senador está a falta de respon-sabilização para os agentes e gestores que não cumprirem as metas do plano e a reti-rada de dispositivo que fixava prazo de um ano para a aprovação de uma proposta de lei de responsabilidade educacional.

Antes do adiamento, Vital do Rêgo, disse considerar que o texto se consolidava como “um plano de Estado para a educação”. Segundo ele, o resultado do trabalho é uma carta de princípios que mostrará o com-promisso do Brasil com o mundo, a erradi-cação total do analfabetismo, a universali-zação do atendimento escolar, a superação das desigualdades educacionais, a melho-ria da qualidade em educação e a forma-ção para o trabalho e cidadania.

Políticas Educacionais

Plano Distrital de Educação ganha prioridade Júlio Barros

Há três anos no Congresso, PNE fica para 2014Possivelmente o projeto do Plano Nacional de Educação (PNE) já deverá ter sido votado e aprovado no Senado quando o Quadro Negro estiver nas mãos do leitor. Mas, a redação final das 20 metas do PNE ainda é impossível de se prever.

PNEJÁ!

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Imprensa

O Sindicato dos Professores no Dis-trito Federal premiou, no dia 5 de dezembro, na sede do Sinpro,

os vencedores do IV Concurso de Reda-ção. Durante a abertura do evento, a dire-tora Cláudia Bullos agradeceu a todos(as) os(as) estudantes pelo sucesso do Con-curso, que este ano teve como tema a frase “O que você vê na mídia, muda sua forma de ver o mundo?”, para as categorias que envolvem a criação de redação, e “O que você gosta e o que você não gosta de ver na televisão?” para as categorias de dese-nho. O Concurso teve a participação de mais de 1.700 trabalhos entre redações e desenhos e, os professores(as) e orienta-dores(as) educacionais avaliadores chega-ram a se emocionar com alguns trabalhos apresentados pelos alunos da rede pública de ensino do DF.

Durante a premiação, os estudantes pre-sentes fizeram uma grande festa. Ana Gabriela G. Ribeiro, primeira colocada na Categoria Redação V (Alunos do 6° ao 9° ano do Ensino Fundamental / EJA 2° Seg-mento), parabenizou a iniciativa do Sinpro. “Um concurso como este é muito importante porque temos a oportunidade de mostrar o que aprendemos na escola, além de ser um incentivo à criatividade dos alunos”, disse Ana Gabriela, aluna do CEF 07 de Sobradinho.

Já Miriam Tiago da Silva, 2º lugar na Categoria Redação VI (Alunos (as) do Ensino Médio / EJA 3° Segmento), par-ticipou do concurso mesmo sem ter tele-visão em casa. “Acredito que o concurso seja uma forma de incentivar os alunos e, apesar de não ter televisão, pesquisei muito sobre o assunto e a partir daí escrevi

a minha redação”, comentou a aluna do Centro Educacional PAD/DF do Paranoá.

Para a diretora do Sinpro, Rosilene Correa, o maior objetivo deste concurso é motivar o aluno a adquirir o hábito da leitura, além de promover o debate e a reflexão em busca de soluções e construção de um mundo melhor. “É nossa responsabilidade combater os efei-tos negativos da mídia e este concurso visa exatamente isto”, comentou Rosilene, com-plementando que o concurso não tem o obje-tivo de incentivar a concorrência, “mas deba-ter temas relevantes e que surta efeitos posi-tivos na vida dos nossos estudantes”.

O Sinpro parabeniza a todos que, de uma forma ou de outra, se envolveram no pro-jeto e espera que em 2014 a participação seja ainda maior.

Sinpro premia os vencedores doIV Concurso de Redação e Desenho

Diretores do Sinpro entregaram a premiação aos vencedores do IV Concurso de Redação promovido pela entidade

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Imprensa

Confira abaixo a lista completa com os nomes dos alunos vencedores

O Sinpro recebeu de um grupo de professores(as) de Taguatinga uma carta em que denuncia irregularida-des na aquisição de títulos de forma-ção continuada e de pós graduação. Segundo a denúncia, algumas ins-tituições de ensino comparecem às escolas públicas oferecendo certifica-dos de pós-graduação e qualificação profissional, o que dá vantagem aos professores e professoras que adqui-rem pontuação elevada no momento da distribuição das turmas.

O Sinpro repudia esta atitude e vai cobrar da Secretaria de Educação do Distrito Federal mais critério na aceita-ção dos certificados para pontuação dos professores. A denúncia ainda revela que várias instituições de ensino ofe-recem mais de seis cursos por semes-tre. Há inclusive denúncias de que algu-mas instituições ficam nas portas das escolas no período de distribuição de turmas oferecendo certificados, o que é inaceitável.

“A escolha das turmas de 2013 sofreu alterações importantes quanto à pontuação do tempo de serviço. Nós triplicamos a pontuação deste quesito para inibir as fraudes e as ‘vendas’ de certificados. Para 2014 seremos ainda mais rigorosos”, afirma Cláudio Antunes, diretor do Sinpro e membro da comissão que discute a portaria de distribuição de turmas.

Categoria exige mais critério na aceitação de certificadosDenúncia de professores(as) de Taguatinga revela que institui-ções de ensino estão oferecendo certificados de pós-graduação e qualificação profissional de forma irregular

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Representantes do Sinpro-DF e do Movimento Social em Defesa da Cultura e Educação da Estrutu-

ral realizaram uma manifestação no dia 13 de novembro, dando um abraço sim-bólico na Escola Classe 01 da Vila Estru-tural. O colégio foi desativado em junho de 2012, devido à grande concentração de gás metano nas suas dependências e, desde então, os alunos da EC 01 estudam na EAPE (Escola de Aperfeiçoamento de Profissionais da Educação) e na Escola Classe da 315 Sul, ambas no Plano Piloto.

A manifestação reivindicou que a Secre-taria de Educação do Distrito Federal pro-videncie, o mais rápido possível, a loca-ção de um prédio nas proximidades da Estrutural para abrigar os alunos de 6 a 10 anos, que precisam pegar ônibus às 5h30

da manhã para chegar no horário da aula, e muitos que estudam no turno vespertino chegam em casa às 20h. Segundo a diretora do Sinpro, Vilmara do Carmo, os estudan-tes sofrem, também, com a falta de para-das de ônibus e com a ausência de uma estrutura adequada na EAPE para alunos da Escola Classe. “Exigimos que o governo resolva o problema. Existe uma proposta de alugar um prédio no SIA, mas até agora nada foi feito. Estamos chegando no fim de 2013 e os alunos precisam se deslocar até o Plano Piloto para estudar. Isto pre-cisa mudar”, diz a diretora, lembrando que, devido ao impasse do governo, o número de matrículas caiu de 1.400 no início do ano letivo para 800, atualmente.

O Sinpro-DF solicita do GDF uma solu-ção ágil para o problema e enquanto não

providencia a construção de uma nova escola na Estrutural, que pelo menos dis-ponibilize um local mais próximo para que estes estudantes possam ter aulas. “Espe-ramos que o ano letivo de 2014 comece em um espaço que respeite as necessida-des da comunidade”, finaliza a diretora Vilmara. Os diretores Carlos Cirane e Eli-ceuda França também participaram da manifestação.

Identificação do problemas - O problema da EC 01 foi identificado quando alunos, professores e funcionários passaram a se sentir mal, com ardência nos olhos, vômi-tos e desmaios. Na ocasião, a Defesa Civil e especialistas da UnB constataram que se tratava de gás metano, proveniente de material em decomposição no subsolo, já que a escola foi construída sobre um lixão.

Mobilização

Manifestação pede solução para escola desativada na Vila Estrutural Escola Classe 01 foi fechada em junho de 2012 devido à concentração de gás metano. Reivindi-cação pediu prédio para abrigar os estudantes.

Publicado no Diário Oficial do Distrito Federal em agosto, o Calendário Escolar que será utilizado no ano letivo de 2014 contem-plará os 200 dias letivos (de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação), mas em virtude da Lei Geral da Copa (número 12.663/2012), algumas datas sofreram alte-rações, para não coincidir com a Copa do Mundo de futebol.

O Sinpro-DF participou de várias reuni-ões com a Secretaria de Educação do Dis-trito Federal e, graças a este exitoso pro-

cesso de negociação, a maioria dos pleitos da categoria foram garantidos na elabora-ção deste calendário.

As férias coletivas ocorrerão entre os dias 4 de janeiro e 2 de fevereiro. Após os encon-tros pedagógicos, as aulas começarão dia 5 de fevereiro, indo até 11 de junho. Em vir-tude da Copa do Mundo, o recesso será entre 12 de junho e 13 de julho. Após o torneio as aulas serão retomadas dia 14 de julho.

O primeiro bimestre irá de 5 de fevereiro a 22 de abril; o segundo, de 23 de abril a

1º de agosto; o terceiro, de 4 de agosto a 10 de outubro; e o último, de 13 de outu-bro a 22 de dezembro.

O recesso do Carnaval ocorreu nos dias 3, 4 e 5 de março. Os dias 18 de abril (sex-ta-feira) e 21 de abril (segunda-feira) serão feriados, em virtude da Paixão de Cristo e de Tiradentes / Aniversário de Brasília, respectivamente.

O Dia do Professor, comemorado no dia 15 de outubro, será festejado em uma quarta-feira.

Calendário escolar de 2014 sofre alterações em virtude da Copa

Pais, moradores e representantes sindicais deram um abraço simbólico na EC 01 da Estrutural

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Comunicação

A votação do texto final do Marco Civil da Internet ainda aguarda aprovação da Câmara dos Deputados. Com dificuldade em conseguir consenso na base aliada, o governo tem adiado a colocação do texto na pauta de votação, na tentativa de evitar um desgaste com o PMDB. A presidente Dilma Rousseff pediu urgência para o pro-jeto, depois das denúncias de espionagem feitas pelo governo dos Estados Unidos contra empresas e autoridades brasileiras.

O líder do governo, Arlindo Chinaglia (PT), defendeu ajustes no texto do Marco Civil. A ideia, segundo ele, é tentar aprimo-rar a redação para que não surjam dúvidas, como acontece com o texto atual. Chinaglia afirmou que prosseguem as negociações em torno da proposta dentro e fora do Parla-mento, com setores da economia e da socie-dade civil. “Não há prazo final para essas negociações. Há pressa do governo, mas não a ponto de prejudicar o projeto”, disse.

Ainda não há acordo quanto a pontos polêmicos da proposta, como a neutrali-dade de rede, que impede provedores de dar tratamento diferenciado conforme o tipo de acesso fornecido. O último relató-rio, do deputado Alessandro Molon (PT), para o projeto, também incluiu a obrigato-riedade de as empresas manterem centros

de dados (data centers) no Brasil, para ten-tar evitar o acesso por ações de espionagem.

O líder afirmou que o governo não abre mão dos dois pontos mais polêmicos do pro-jeto, mas aceita negociar a redação dos dis-positivos: a chamada neutralidade de rede e a obrigação de instalação de (datacenters) para armazenamento de dados dos usuários no Brasil, pelas empresas de internet.

Pela regra da neutralidade, todos os usu-ários deverão ser tratados de forma igual por provedores de conexão e de conteúdo. Ficariam proibidos, por exemplo, os paco-tes com serviços diferenciados – só e-mail ou só redes sociais – por exemplo. O líder do PMDB, deputado Eduardo Cunha (RJ), con-tinua sendo o maior opositor das duas regras.

Democratizar a comunicação pode pare-cer, a princípio, se tratar de uma pauta política ainda meio surreal. Porém, é um grande engano não assumirmos esta pauta como responsabilidade de todos nós.

Embora com a “ainda” liberdade de comunicação que a internet nos per-mite, o que temos no Brasil é o domí-nio da comunicação por algumas pou-cas famílias, que impõem sua opinião e manipulam informações.

Temos uma grande mídia cada vez mais partidarizada, preconceituosa, machista que criminaliza os movimentos sociais e desqualifica as manifestações e as lutas populares. A ditadura da comunicação bra-

sileira é tamanha que pode-se resumi-la no slogan: “se não saiu na Globo não é notícia”.

O Brasil se distancia de seus vizinhos latino-americanos na democratização da mídia, demostrando um conservado-rismo danoso à sociedade. Nossos “her-manos” argentinos nos deram, recente-mente, o exemplo do caminho a seguir para a regulamentação da mídia, a qual permita sua pluralidade e diversidade.

O Congresso Nacional, que deveria ser a voz da população, não tem tido uma postura em defesa da democratização da comunicação, o que reforça a neces-sidade urgente de uma reforma política no país, que, dentre outros ganhos, evi-

tará as “dívidas de campanha”, inclusive com aqueles que dominam a mídia.

É chegada a hora - já com algum atraso - de nos empenharmos para elevar a pres-são popular pela regulamentação da mídia. Não podemos esperar um desenvolvimento social pleno e uma democracia sólida e madura se o País se mantiver engessado em seu arcaico sistema midiático.

Só seremos uma nação verdadeira-mente livre com a democratização da comunicação brasileira.

Para acompanhar as campanhas pela democratização acesse www.fndc.org.br.

Marco Civil da Internet ainda aguarda votação

Democratização: é chegada a hora do basta!

Marco Civil da InternetSeus direitos e deveres na rede

Rosilene Corrêa

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Políticas Educacionais

CEF 106 do Recanto premia vencedores do projeto Leio e Escrevo Minha História

O Centro de Ensino Fundamental 106 do Recanto das Emas premiou, no dia 20 de novembro, os vencedores

do projeto “Leio e Escrevo Minha História”. Este ano, 300 alunos se inscreveram no pro-jeto, que teve início em 2010 e 40, foram premiados. Segundo a professora de portu-guês e uma das coordenadoras do projeto, Deijami de Alcantara Coelho, o objetivo é trabalhar com os alunos a leitura dos dife-rentes gêneros textuais e, a partir da leitura, incentivar o estudante a escrever cada vez melhor. “Através do projeto conseguimos aumentar o IDEB da escola, além de notar uma melhora no desenvolvimento deles em outras matérias”, relata.

Festa Cultural da EC 33 de Ceilândia

Já a Escola Classe 33 de Ceilândia desen-volve, com alunos da educação infantil ao 5º ano, o projeto Festa Cultural. Segundo a coordenadora da EC 33, Verônica Maria

Aragão Lima, o projeto tem como objetivo despertar o interesse do aluno para a litera-tura brasileira. “Durante o projeto, os pro-fessores trabalharam autores de diversas regiões, mostrando aos alunos a riqueza existente na nossa literatura”, argumenta.

Gincanão do CEF 404 de Samambaia

Um projeto criado por professores de educação física do Centro de Ensino Fun-damental 404 de Samambaia tem ganhado destaque entre os alunos. Desde 1996, o CEF realiza o Gincanão, projeto que leva para a quadra de esportes tudo aquilo que foi trabalhado com os alunos em sala de aula. “É um dos projetos mais ambiciosos da escola, porque trabalha a parte pedagó-gica de forma lúdica. Isto traz desenvolvi-mento aos nossos estudantes, além de um envolvimento maior com a comunidade escolar”, ressalta o diretor Paulo Rogério Ramos Leão.

Projeto Educando Juntos: A Paz!, da EC 53 de Taguatinga

O projeto Educando Jun-tos: A Paz!, desenvolvido pela Escola Classe 53 de Taguatinga, é elaborado com todas as tur-mas com o intuito de traba-lhar valores, respeito, afetivi-dade e autonomia. Segundo a professora Maria Amélia Soa-res da Silva, o objetivo é ensinar os alunos a serem mais seguros na vida e vencerem seus desa-fios. “A vida não é só um sim,

mas também um não. Portanto, os alunos precisam saber enfrentar tudo isto, mesmo que eles vivam em um contexto de drogas e outros problemas sociais”, diz Maria Amélia.

EP 308 Sul entra no mundo das artes com projeto PRESERVARTEPATRIMÔNIO

O projeto PRESERVARTEPATRIMÔ-NIO, desenvolvido pela Escola Parque 308 Sul, oferece um conjunto de ações peda-gógicas com ênfase em artes, que pro-

movem a educação patrimonial de Bra-sília para os estudantes. O projeto tam-bém visa o reconhecimento de persona-lidades que contribuíram com a constru-ção e embelezamento dos espaços físicos da cidade. Segundo a professora Maria da Glória Bomfim Yung, responsável pelo projeto, entre outras atividades utilizadas para conscientizar os alunos, são realiza-das excursões e aulas-passeios nas super-quadras 107, 108, 307 e 308 da Asa Sul e em espaços culturais da cidade, patrimô-nio cultural da humanidade.

Escolas Públicas do DF investem em projetos pedagógicosObjetivo dos projetos é despertar o interesse dos alunos para outras áreas do conhecimento. Confira abaixo alguns exemplos: Alunos de escolas públicas do DF participam de projetos desenvolvidos pelas escolas

Quadro Negro | Dezembro de 2013 9

Aposentados

Os professores e professoras aposenta-dos têm muito o que comemorar em 2013. Após muita luta da Comissão de Negocia-ção do Sinpro-DF, o GDF recuou e apre-sentou uma proposta de correção da tabela salarial para esta parcela de educadores. A proposta, para corrigir as distorções sala-riais entre os(as) aposentados(as) integral-mente e os(as) que se aposentaram propor-cionalmente, garante, para os proporcionais, o mesmo índice que foi aplicado quando da implantação do Plano de Carreira em apo-sentadorias integrais. Porém, o índice de rea-juste a ser aplicado será através de cálculo individual, levando-se em conta as tabelas aprovadas com o Plano de Carreira, a pro-jeção de cálculo de reajuste caso o(a) pro-fessor(a) tivesse sido aposentado(a) integral-

mente e, a diferença entre esses dois cálculos será o índice a ser aplicado.

A correção da tabela salarial, segundo a proposta do Governo do Distrito Fede-ral, não se aplica aos aposentados(as) que tiveram reajuste superior a 23,73%. A pro-posta também ressalta que, devido aos cál-culos individuais, os índices são variáveis e podem corresponder a R$ 100 ou até R$ 1.500. Segundo o governo, a correção sala-rial implicará num gasto de R$ 8 milhões mensais.

Durante o ato realizado no dia 7 de novembro, na Praça do Buriti, os diretores do Sindicato dos Professores no DF fize-ram um resgate da luta iniciada em maio

de 2013 e afirmaram que, apesar de não ser a proposta dos sonhos, o passo dado pelo governo representa uma grande conquista política para os professores e professoras aposentados.

“É importante salientar que os aposen-tados, pelo regime de aposentadoria, não tinham direito a esta correção da tabela salarial. Portanto, é uma conquista política”, afirma a diretora do Sinpro e coordenadora da Secretaria de Assuntos dos Aposentados, Isabel Portuguez, salientando que a vitória foi fruto da organização da categoria, que arrancou esta proposta do Governo do Dis-trito Federal apesar de o governo dizer que não iria atender as reivindicações dos(as) 2 mil profissionais aposentados(as).

Professores ativos e aposentados comemoram vitória da luta pela correção da tabela salarial

Está em tramitação na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei nº4330, do deputado federal Sandro Mabel (PMDB--GO), que ameaça os direitos dos trabalha-dores através da terceirização. Após pare-cer favorável na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público, ele está para ser votado na Comissão de Constitui-ção, de Justiça e Cidadania da mesma Casa.

Este projeto permite a contratação de terceirizados em todas as atividades, na qual o funcionário poderá trabalhar sem nenhum contrato direto com a instituição, fragilizando a organização e a representa-ção sindical. O texto também permite a substituição de todos os trabalhadores por

terceirizados, o que exclui das empresas as obrigações trabalhistas, caso estas não sejam cumpridas pela terceirizada.

Rodrigo Rodrigues, ex-diretor do Sinpro e atualmente dirigente da CUT-DF, explica a tramitação do texto e os riscos para os trabalhadores, se for aprovado. “Ele está parado e, só será votado se houver um con-senso, algo que será difícil. É um projeto que facilita a contratação precarizada do trabalhador, inclusive com a possibilidade de terceirizar atividades que são da alcunha do Estado, como os professores”.

Já para a resolução 151 da OIT (Organi-zação Internacional do Trabalho), a causa

é oposta. A luta é pela sua aplicação. “Ela regulamenta o direito dos servidores públi-cos a terem contratação coletiva, data-base, enfim, direitos que todo o trabalhador usu-frui”, diz Rodrigo. Esta resolução entrou em vigor em 1981 e é uma luta antiga dos trabalhadores a adesão do Brasil a esta Convenção, pois estabelece o princípio da negociação coletiva para trabalhado-res do setor público.

A presidente Dilma, no início de março, já assinou um decreto firmando o com-promisso do Governo em regulamentar a Convenção, que está sendo discutida e analisada para ser implementada.

Dois projetos chamam a atenção da categoria

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Gestão Democrática

A Comissão Eleitoral Central ava-lia como positivo o saldo das elei-ções democráticas para esco-

lha dos diretores, vice-diretores e conse-lheiros escolares das escolas públicas do Distrito Federal, realizadas no dia 27 de novembro. A estimativa é de que mais de 1 milhão de eleitores, entre pais, alunos, professores e servidores da carreira de assistência tenham votado nas 654 esco-las do DF, número relevante, uma vez que é o segundo momento que o DF vivencia o processo democrático nas escolas públi-cas. O resultado do pleito foi divulgado no dia 3 de dezembro, data em que se encer-raram os prazos para recursos.

A Comissão lembra que as escolas que concorreram com chapa única e não obtive-ram o sim em 50% dos votos mais um (maio-ria simples), poderão, nos dois conjuntos de

eleitores, sofrer intervenção da Secretaria de Educação do DF ao término do mandato do atual diretor, com a organização de um novo processo eleitoral em até 180 dias.

“Este momento é importante porque as pes-soas estão sendo seduzidas a participar das eleições. Como Sindicato dos Professores, nossa pretensão é que a Gestão Democrática nas escolas e no sistema de educação públicos do DF se efetive em uma política de estado e não somente em uma política de governo”, explica o membro da Comissão Eleitoral Cen-tral e diretor do Sinpro-DF, Jairo Mendonça.

A apuração teve início logo após o encer-ramento do horário de votação, com exce-ção das escolas de natureza especial (CIL, Escola Parque, Escola da Natureza e CIEF). Os candidatos eleitos terão mandato de três anos, iniciando-se em janeiro de 2014.

Mais de 654 escolas do DF escolheram diretores, vice-diretores e conselheiros escolares para um mandato de três anos, iniciando-se em janeiro de 2014

No dia 20 de novembro foi celebrado em todo o país o Dia da Consciência Negra. Na ocasião foi debatida a questão racial no Brasil e a importância da cultura negra, que muitas vezes não é valorizada pelo seu legado e importância.

O Sinpro convidou a especialista Lucilene Costa (que também é professora da rede) para promover oficinas de orientação aos professores sobre literatura infantil, abor-dando a questão étnica-racial. A EC 01 Pla-naltina (22/10), o Jardim de Infância do Recanto das Emas (01/11), o CEF 801 do Recanto das Emas (06/11) e a EC 61 de Cei-lândia (13/11) foram visitados por Lucilene.

Paralelamente, nos dias 19, 20 e 21 de novembro, ocorreu, na Esplanada dos Ministérios, a nona edição do Cara e Cul-tura Negra – Festival de Arte e Cultura Negra, voltado para toda a comunidade escolar. Foram 15 dias de programação, com shows, exposições educacionais e fotográficas, palestras, oficinas, espetácu-los teatrais, dentre outras atividades, pro-movendo o acesso gratuito à história.

A diretora do Sinpro, Wiviane Farkas, coordenadora da Secretaria para Assuntos de Raça e Sexualidade, endossou a impor-tância do evento. “É preciso enfatizar e levar a informação, arte e cultura para toda comunidade escolar, sempre com

debates qualificados. Aliás, esse diálogo não é algo pontual, ele é constante, sem-pre realizado no horário de coordenação do professor, até porque este debate pre-cisa estar inserido no projeto político-pe-dagógico dos colégios, conforme deter-mina a lei”, diz.

No CEF 412 de Samambaia, o projeto Afro-Brasil se realiza desde 2003, no qual os alunos participam ativamente com des-files, shows, danças, com muita animação. “Uma bela festa, cheia de atrativos que valorizam a cultura afro-brasileira, com empenho notável dos professores da ins-tituição” atestou Jucimeire da Silva, dire-tora do Sinpro-DF.

Dia da Consciência Negra é debatido com professores e alunos

Saldo da eleição democrática nas escolas públicas do DF é positivo

Os diretores Cleber Soares, Wijairo Mendonça e Cláudio Antunes durante a Gestão Democrática

Quadro Negro | Dezembro de 2013 11

Plano de Carreira

Comparativo dos quatro Planos de Carreira do Magistério no Distrito Federal revela avanços na obtenção de direitos

Novas conquistas, mas através de muita luta

Itens Lei nº 66/89 Lei nº 3.318/2004 Lei nº 4.075/2007 Lei nº 5.105/2013Estrutura da carreira Professor: níveis I, II e III.

Especialista de Educação.Professor: classes A, B e CEspecialista de educação: classe única

Professor de educação bá-sica organizados por áreas de atuação (I e II)Especialista de educação básica.

Professor de educação básica.Pedagogo – orientador educacional.

Condições para ingresso na carreira

- Concurso público.Professor: magistério, licenciatura curta e licen-ciatura plena.- Especialista de Educa-ção: licenciatura plena ou registro específico ou com pós-graduação em educação.

- Concurso público.Professor: magistério, licenciatura curta e licen-ciatura plena.- Especialista: licencia-tura plena em peda-gogia (administração, planejamento, inspeção, supervisão ou orientação) ou pós-graduação ou qualquer especialidade educacional requerida em edital específico.

- Concurso público.- Professor: licenciatura plena ou bacharelado com complementação pedagógica. - Especialista de Educação básica: licenciatura plena em qualquer especialidade com pós em orientação educacional; licenciatura plena em pedagogia com habilitação em orientação ou pós-graduação em OE.

- Concurso público.- Professor de Educação Básica: licenciatura plena ou bacharelado com com-plementação pedagógica.- Pedagogo – orientador educacional: curso supe-rior em Pedagogia desde que habilitado ou pós--graduado em orientação educacional.

Carga horária - 20 horas semanais.- 40 horas semanais – podendo ser especial ou eventual.

- 20 horas semanais – ex-clusivamente para o turno noturno.- 40 horas semanais, podendo ser carga horária especial ou eventual.

- 20 horas semanais - em um turno.- 40 horas semanais em dois turnos, podendo ser carga horária especial ou eventual.

- 20 horas semanais - em um turno.- 40 horas semanais em dois turnos, sendo considerada carga horária especial.

Coordenação pedagógica Percentual mínimo de 20% da carga horária semanal.

Percentual mínimo de 20% da carga horária semanal.

Percentual mínimo de 20% da carga horária semanal.

-Percentuais mínimos: 33% para carga horária de 20 horas semanais; 37,5% para carga horária de 40 horas semanais.

Progressão funcional - Por antiguidade: a cada doze meses. - Por merecimento: ao atingir os padrões VI, XII e XVII e após aferição do mérito através de cursos de treinamento, aperfei-çoamento, especialização e outros.

- Por antiguidade: a cada 1095 dias de efetivo exercíco.- Merecimento: Após aferição do mérito através de cursos de treinamento, aperfeiçoamento, especia-lização e outros. Ficando o servidor retido nas etapas 3ª, 5ª e 7ª enquanto não apresentasse o certificado exigido.

- Progressão Vertical (por tempo de serviço e por mérito): ocorre a cada 365 dias de efetivo exercício e poderá ser antecipada 1 etapa a cada 5 anos desde que seja comprovada formação adicional.- Progressão Horizontal: mediante a apresentação de título de especialização, mestrado ou doutorado.

- Progressão vertical (por tempo de serviço e por formação continuada): ocorre a cada 365 dias de efetivo exercício e poderá ser antecipado 1 padrão a cada 5 anos, desde que seja comprovada formação adicional.- Progressão Horizontal: mediante a apresentação de título de especialização, mestrado ou doutorado.

A princípio, pode parecer que a trajetó-ria para se chegar a este estágio na Carreira do Magistério no Distrito Federal foi fácil ou uma consequência natural.

Entretanto, os profissionais que estão há mais tempo na labuta são testemunhas das

lutas travadas pelo Sindicato dos Professo-res e da incansável mobilização da catego-ria em busca destas conquistas.

O Sinpro fecha 2013 com um balanço dos avanços obtidos, passo a passo, nos Planos de Carreira negociados nas últimas décadas.

O estágio atual da Carreira do Magis-tério no Distrito Federal, evidentemente, ainda está longe de ser o ideal. Porém, sem qualquer dúvida, os comparativos (con-fira os avanços no quadro a baixo) mos-tram que o Sinpro e sua categoria trilham o caminho certo.

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Plano de Carreira

Itens Lei nº 66/89 Lei nº 3.318/2004 Lei nº 4.075/2007 Lei nº 5.105/2013Composição da tabela salarial

- Vencimento ou salário.Gratificação de Titularidade.- Adicional de Tempo de Serviço.- Gratificação por Exercí-cio em Escola Rural.

- Vencimento básico – linear, somente variável conforme a classe.- Gratificação de Incentivo à carreira – percentuais variáveis conforme as pro-gressões por antiguidade (15%) e mérito (25%).- Gratificação de regência de classe.- Gratificação de alfabetização.- Gratificação de Ensino Especial.- Gratificação por exercí-cio em zona rural.- Gratificação de suporte educacional – criada por esta lei a ser concedida aos especialistas.- Gratificação de Dedica-ção exclusiva. - Gratificações de Titula-ção – para quem obtiver título de doutor, mestre ou especialista ou certificado de curso de atualização. - Parcela individual fixa (abono de R$ 59,89).- Parcela complementar (variável, para os servido-res com carga horária de 20 horas).

- Vencimento básico ini-cial – variável conforme o tempo de efetivo exercício e formação.- Gratificação de Atividade de Regência de Classe.- Gratificação de Atividade de Alfabetização.- Gratificação de Atividade de Ensino Especial.- Gratificação de Atividade em Zona Rural.- Gratificação de Atividade de Suporte Educacional.- Gratificação de Atividade de Dedicação Exclusiva em Tempo Integral ao Magistério.- Gratificação de Atividade de Docência em Esta-belecimento de Ensino Diferenciado.- Gratificação de Atividade de Docência em Estabe-lecimento de Restrição de Liberdade.- Parcela Individual Fixa (abono no valor de R$ 59,89)

- Vencimento básico ini-cial – variável conforme o tempo de efetivo exercício e formação.- Gratificação de Atividade Pedagógica.- Gratificação de Atividade de Alfabetização.- Gratificação de Atividade de Ensino Especial.- Gratificação de Atividade em Zona Rural.- Gratificação de Atividade de Suporte Educacional.- Gratificação de Tempo Integral.- Gratificação de Atividade de Docência em Esta-belecimento de Ensino Diferenciado.- Gratificação de Atividade de Docência em Estabe-lecimento de Restrição e Privação de Liberdade.

Férias e recessos - Férias coletivas – 30 dias.- Recessos: 7 dias corridos entre o 1° e o 2° semestres letivos; 15 dias corridos entre o 2° semestre e o 1° semestre letivo do ano subsequente.

- Férias coletivas – 30 dias.- Recessos: 15 dias corridos entre o 1º e 2° semestres letivos; 7 dias corridos entre o 2º semestre e o 1° semestre letivo do ano subseqüente.

- Férias coletivas – 30 dias.- Recessos: 15 dias corri-dos entre o 1º e 2° semes-tres letivos; 7 dias corridos entre o 2º semestre e o 1° semestre letivo do ano subsequente.

Quantitativo de cargos Professor: 30.014Especialista: 400

Professor: 30.014Especialista: 1.200

Professor: 30.014Especialista: 1.200

Lotação/exercício Previsão de LOTAÇÃO na DRE e de EXERCÍCIO nas IE’s, Instiuições Conve-niadas e nas Unidades Administrativas da SEDF.

Previsão de LOTAÇÃO na CRE e de EXERCÍCIO nas IE’s, Instiuições Conve-niadas e nas Unidades Administrativas da SEDF.

Remanejamento Previsão de remanejamen-to anual para mudança de lotação e exercício

Previsão de remanejamen-to anual para mudança de lotação e exercício.

Quadro Negro | Dezembro de 2013 13

Itens Lei nº 66/89 Lei nº 3.318/2004 Lei nº 4.075/2007 Lei nº 5.105/2013Redução da carga horária em sala de aula

Previsão de redução de até 20% da carga horária em sala de aula, a partir do 21° ano.

Previsão de redução de 20% da carga horária em sala de aula, a partir do 21° ano.

Utilização do período da coordenação pedagógica

A lei estabelece que o perí-odo da coordenação peda-gógica deve ser dedicado a atividades de qualificação e aperfeiçoamento profis-sional e de planejamento pedagógico.

Período da coordena-ção pedagógica deve ser dedicado a atividades de qualificação, formação continuada e planejamento pedagógico.

Afastamento remunerado A lei estabelece que anu-almente será garantido, no mínimo, o afastamento remunerado de 1% dos servidores da ativa para realização de cursos de mestrado ou de doutorado.

- A lei estabelece que anualmente será garantido, no mínimo, o afastamento remunerado de 1% dos servidores da ativa para realização de cursos de mestrado ou de doutorado. - Fica garantida a remune-ração do cargo, percebida no ato do afastamento.

Estágio probatório Estabelece a vedação de progressão vertical ou ho-rizontal durante o período de estágio probatório.

Permite a progressão vertical e horizontal do servidor durante o estágio probatório.

Licença médica durante o período de férias.

A lei garante que o ser-vidor poderá usufruir de suas férias imediatamente após o término da licença.

Gratificações - Gratificação de Titulari-dade – paga na razão da diferença em que o profes-sor estiver localizado e o correspondente padrão do nível para o qual adquirir formação.- Gratificação por Tempo de Serviço – incide sobre o salário do nível e padrão em que o professor estiver localizado, incidindo ainda sobre a Gratificação de Titulação.- Gratificação por Exercí-cio em Escola Rural – cal-culada sobre o vencimento ou salário do padrão I, nível I, com carga horária de 20 horas.

- A maioria das gratifica-ções estão previstas em outras legislações.- Calculadas sobre o venci-mento, conforme a classe.- TIDEM – percebida pelo servidor submetido à carga horária de 40 horas semanais, desde que comprovada exclusividade ao magistério público do Distrito Federal

- Unificação nesta lei de todas as gratificações.- Gratificações de exercício calculadas sobre o venci-mento básico inicial.- TIDEM, GARC E GASE calculadas sobre a etapa e o nível em que o servidor estiver posicionado. - TIDEM – percebida pelo servidor submetido à carga horária de 40 horas semanais, desde que comprovada exclusividade ao magistério público do Distrito Federal.

- Unificação nesta lei de todas as gratificações.- Gratificações de exercí-cio - calculadas sobre o vencimento básico inicial do padrão I da etapa em que o servidor estiver posicionado. - GTI, GAPED e GASE- calculadas sobre o padrão e etapa em que o servidor estiver posicionado.- GTI - gratificação percebida por servidores submetidos à carga horária de 40 horas semanais. Esta gratificação será absorvida pelo vencimento até março de 2014.

Plano de Carreira

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PEDAGOGO(A)ORIENTADOR(A) EDUC

“Um ano de muitas vitórias para serem festejadas”, comemora o peda-gogo-orientador educacional Fran-cisco Raimundo Alves, (Chicão), diretor do Sinpro e membro da Secre-taria de Assuntos para Aposentados. Aposentado, após 32 anos no magis-

tério – 26 deles na Orientação Educa-cional –, Chicão revela que a função ganha, a cada dia, maior importân-cia no sistema educacional. Ele cita como exemplo o lugar de destaque conquistado no Plano de Carreiras, que garantiu melhores condições de trabalho e salário.

O diretor do Sinpro também res-salta a importância da portaria que definiu a modulação da Orientação Educacional, estabelecendo número mínimo e máximo de alunos por orientador. Porém, ele reclama da

falta de concurso público para inse-rir mais pedagogos na rede pública de ensino do DF e, assim, desafogar os atuais profissionais do quadro.

A importância do profissional da Orientação Educacional, segundo Francisco, está no trabalho pedagó-gico desenvolvido com todos os seg-mentos da comunidade escolar: alu-nos, pais, professores. Ele diz que o orientador é quem está na escola para solucionar problemas de aprendiza-gem e conflitos. “É aí que os pedago-gos entram em cena junto aos alunos e de suas famílias”, diz.

Para o diretor do Sinpro, a classe dos orientadores educacionais ainda tem muitas aspirações para o futuro, mas, segundo ele, atualmente a principal reivindicação é a aposentadoria espe-cial, nos moldes do benefício a que têm direito os professores da rede pública.

Elo de mediação no contexto escolar

A profissão de orientador-peda-gogo educacional surgiu ainda no Brasil colônia e foi regulamentada em 21 de dezembro de 1968. Uma das poucas profissões regulamentadas, o orientador tem como foco o processo de desenvolvimento e aprendizagem do aluno, bem como a mediação de conflitos no ambiente escolar. Para a diretora do Sinpro e orientadora edu-cacional, Meg Guimarães, o profis-sional da área ocupa um lugar muito importante no segmento escolar. “O

orientador termina sendo um media-dor das relações sociais no contexto escolar, tendo como foco principal o desenvolvimento e a aprendizagem do aluno”, explica.

Do ponto de vista da carreira, Meg lembra que o segmento precisa avan-çar, principalmente na questão da apo-sentadoria especial. Outro desafio é a garantia de mais profissionais da área nas escolas públicas do Distrito Fede-ral. Segundo a Portaria de Modula-ção da orientação educacional, existe uma carência de aproximadamente 500 orientadores na rede pública de ensino. “Como representante desse segmento no Sinpro-DF, reafirmo o compro-misso de nosso Sindicato com os orien-tadores, de lutar pelo avanço em nossa pauta de reivindicações, sobretudo na luta pela aposentadoria especial, que é, hoje, uma das principais demandas dos OE’s”, afirma Meg Guimarães.

Orientadores comemoram ano de vitórias

Quadro Negro | Dezembro de 2013 15

A educação de qualidadepassa por suas mãos. EDUCACIONAL

“Muitos alunos nos procuram por diversos motivos, que passam pela busca por orien-tação educacional, problemas de relacionamento com os pais, dúvidas na hora de esco-lher a opção sexual e queixas de Bullying. Fazemos um pouco o papel de psicólogo. Além disto, ajudamos muitos alunos com as palestras que fazemos”.

Célia Rúbia de Jesus Ferreira - Centro Interescolar de Línguas do Gama

“Muitas das situações-problema se apresentam na prática educacional e fogem da com-petência do orientador, fazendo-se necessário uma articulação com outros profissionais de diferentes áreas”.

Maria Aparecida Saraiva Monteiro - Escola Classe 21 de Ceilândia

“Mexemos com a parte comportamental dos alunos e aqueles que têm algum tipo de problema, fazemos um acompanhamento no que diz respeito às queixas escolares e tam-bém nas dificuldades de aprendizagem que eles tenham”.

Telma Chales Batista - Escola Classe 01 do Guará

“Que o Dia do Pedagogo-Orientador Educacional sirva de alerta e reflexão para que a profissão seja valorizada e conquiste o espaço de respeito e dignidade que é seu de direito.”

Wagner Barbosa - CEF 405 e CEM 804 do Recando das Emas

No mês de dezembro, mês em que se comemora o dia do Pedagogo-orientador educacional, o Sinpro-DF homenageia estes profissionais com uma série de matérias. Durante os meses de outubro e novembro os(as) orientadores(as) se viram representados em entrevistas que enfatizaram as conquistas alcançadas, os pro-blemas vividos no dia-a-dia e os desafios para o futuro.

Série faz justa homenagem aos(as) pedagogo(a)-orientadores(as) educacionais

“O orientador faz a diferença dentro da escola, porque dá suporte à direção, aos pro-fessores, aos alunos e exerce esta parceira entre a família e a escola. Ele é um articulador importante dentro das relações pedagógicas e administrativas”.

Edilma Moreira Dias Silvestre - CEF 01 do Riacho Fundo II

“Como se sentir valorizado quando é desumano colocar um único profissional em escola com mil ou mais alunos. É expor este profissional a sérios comprometimentos em sua saúde, pela sobrecarga de trabalho, a constantes situações de estresse e depressão, a psicosomatizações e, sobretudo, a descrença, a desesperança de construir algo significa-tivo com seu trabalho, porque simplesmente não dá conta da sobrecarga”.

Lúcia Maria de Oliveira Santis - Escola Classe Córrego de Sobradinho/CRE Paranoá

“Enquanto o professor cuida de uma disciplina, o orientador se coloca como um arti-culador na questão pedagógica, porque trabalha com alunos, familiares e professores, além de permear por toda a comunidade escolar”.

Dorcas de Castro - Orientadora aposentada

“É um cargo que exige muita dedicação e que possibilita ajudar os alunos e a comuni-dade escolar. Merecemos mais atenção”.

Iramara Barroso - Centro de Ensino Médio 414 de Samambaia

“O orientador vem conquistando o seu espaço de forma gradual, porém, ainda não atingiu o nível que se considera “ideal”. No entanto, perceber que foi possível fazer a dife-rença na vida de uma criança, é a principal forma de reconhecimento existente”.

Luana Emanuelle da Silva - Escola Classe Pólo Agrícola da Torre, Brazlândia

Orientador Educacional

Professoras e professores aposenta-dos participaram em peso do tradicio-nal Baile dos Aposentados, realizado no dia 29 de novembro, no Minas Tênis Clube. Embalados pelo grupo Boca de Sino os convidados se divertiram, relembraram conquistas vivenciadas ao longo dos anos, aproveitaram o momento de descontração e integra-ção e ainda mostraram toda sua alegria. Segundo a coordenadora da Secretaria

de Assuntos dos Aposentados, Isabel Portuguez, além de promover o encon-tro e reencontro entre pessoas que com-partilharam suas vidas, tanto nas esco-las quanto durante as lutas da catego-ria, a festa mostra que os aposentados também sabem se divertir. “Foi um baile maravilhoso, alegre e divertido. Nossa categoria é unida quando pre-cisa e muito festiva nos momentos de congraçamento”, ressalta Isabel.

Baile dos(as) Professores(as) Aposentados(as) é um sucesso

Categoria se divertiu ao som da banda Boca de Sino