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ÍNDICE

DESTAQUES ....................................................................................................................................................................... 5

EX-SECRETÁRIO DO FISCO DISCORDA DA REDUÇÃO DE CARGA TRIBUTÁRIA .............................................................. 5

PROJETO DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO INSTITUI REGIME DE COBRANÇA UNIFICADA DE TRIBUTOS DE MESMA

BASE .............................................................................................................................................................................. 7

EMPRESAS TERÃO NOVA OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA ....................................................................................................... 8

TRIBUTAÇÃO MAL PLANEJADA CAUSA SÉRIE DE DISTORÇÕES ..................................................................................... 9

FISCO INCLUI INDENIZAÇÃO NO CÁLCULO DA COFINS ............................................................................................... 11

TRIBUTAÇÃO SOBRE BEBIDAS ALCOÓLICAS E CIGARROS PODERÁ AUMENTAR ......................................................... 12

GOVERNO DO RS LANÇA MEDIDAS TRIBUTÁRIAS PARA AMPLIAR COMPETITIVIDADE DA ECONOMIA NO ESTADO 13

SEFAZ DESENVOLVE FERRAMENTA CONTRA SONEGAÇÃO ........................................................................................ 16

O PAÍS DAS OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS ....................................................................................................................... 17

PROJETO ISENTA 13º SALÁRIO DO IMPOSTO DE RENDA ............................................................................................ 18

.................................................................................................................................................................................... 19

FEDERAL .......................................................................................................................................................................... 20

INSTRUÇÃO NORMATIVA RFB Nº 1.280, DE 13 DE JULHO DE 2012 ........................................................................... 20

LEI Nº 12.692, DE 24 DE JULHO DE 2012 .................................................................................................................... 21

AMAPÁ ............................................................................................................................................................................ 23

DECRETO Nº 2.767, DE 17 DE JULHO DE 2012 ............................................................................................................ 23

ALAGOAS ......................................................................................................................................................................... 26

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 14, DE 24 DE JULHO DE 2012 ....................................................................................... 26

MATO GROSSO DO SUL ................................................................................................................................................... 28

RESOLUÇÃO Nº 2.403, DE 25 DE JULHO DE 2012 ....................................................................................................... 28

MINAS GERAIS ................................................................................................................................................................. 30

PORTARIA Nº 193, DE 24 DE JULHO DE 2012 ............................................................................................................. 30

PERNAMBUCO................................................................................................................................................................. 33

PORTARIA Nº 145, DE 26 DE JULHO DE 2012 ............................................................................................................. 33

DECRETO Nº 38.442, DE 23 DE JULHO DE 2012 .......................................................................................................... 35

RIO GRANDE DO NORTE .................................................................................................................................................. 37

DECRETO Nº 22.896, DE 26 DE JULHO DE 2012 .......................................................................................................... 37

RIO GRANDE DO SUL ....................................................................................................................................................... 39

RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 5, DE 2012 .................................................................................................................... 39

LEI Nº 14.056, DE 23 DE JULHO DE 2012 .................................................................................................................... 45

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RONDÔNIA ...................................................................................................................................................................... 47

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 6, DE 19 DE JULHO DE 2012 ......................................................................................... 47

SERGIPE ........................................................................................................................................................................... 50

PORTARIA Nº 468, DE 20 DE JULHO DE 2012 ............................................................................................................. 50

SÃO PAULO ...................................................................................................................................................................... 52

PORTARIA CAT Nº 91, DE 25 DE JULHO DE 2012 ........................................................................................................ 52

.................................................................................................................................................................................... 53

CONHECIMENTO CONTÁBIL ............................................................................................................................................ 54

PIS E COFINS - CRÉDITOS SOBRE DEPRECIAÇÃO DE EDIFICAÇÕES E BENFEITORIAS ................................................... 54

O SIMPLES NACIONAL E O REGIME DE SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA DO ICMS ........................................................... 55

O IMPRESCINDÍVEL PAPEL DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL EM MATÉRIA TRIBUTÁRIA ................................................. 57

LUCRO ARBITRADO ..................................................................................................................................................... 58

O QUE É LUCRO REAL? ................................................................................................................................................ 61

ESTÃO MATANDO A GALINHA DOS OVOS DE OURO .................................................................................................. 63

CONTRATOS DE MÚTUO - PESSOAS FÍSICAS COM PESSOAS JURÍDICAS ..................................................................... 64

IRF - DISPENSA DE RETENÇÃO DE VALOR IGUAL OU INFERIOR A R$ 10,00 ................................................................ 65

ICMS - PERDAS DE INSUMOS NO PROCESSO INDUSTRIAL EM DECORRÊNCIA DE EVAPORAÇÃO .............................. 66

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO TRIBUTÁRIA NAS EMPRESAS ........................................................................................ 68

LUCRO TRIBUTÁVEL .................................................................................................................................................... 69

SOLUÇÕES DE CONSULTAS .............................................................................................................................................. 71

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 167, DE 18 DE JUNHO DE 2012 ..................................................................................... 71

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 151, DE 12 DE JUNHO DE 2012 ..................................................................................... 72

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DESTAQUES

EX-SECRETÁRIO DO FISCO DISCORDA DA REDUÇÃO DE CARGA TRIBUTÁRIA

"A alta carga tributária do Brasil é do tamanho da despesa que o País tem", disse o ex-secretário da Receita Federal e consultor

jurídico, Everardo Maciel, ao comentar ontem que se reduzir a carga haverá problema para as contas públicas. "O problema na

verdade é da má gestão pública com esses recursos", acrescentou durante encontro com jornalistas realizado pelo Etco -

Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial. Atualmente, a incidência de tributos responde por 36% do Produto Interno Bruto

(PIB).

"Não há possibilidade de diminuir esse peso, sem olhar para a despesa. Seria ingenuidade. Porque de onde vai cortar? Dos

recursos para programas de assistência social, da Saúde, da Educação? Essa atitude é impensável. Na verdade, em vez de reduzir

pessoal, os governos pensam em contratar mais, tanto é que sempre há notícias sobre abertura de concursos públicos", entende

Everardo Maciel.

Na opinião do embaixador Roberto Abdenur, presidente-executivo do Etco, o atual sistema de tributação no Brasil, por outro

lado, em vez de ser um fator importante no desenvolvimento nacional, traz diversos impactos na economia, como a elevação do

custo da produção da indústria e desestimula os investimentos bastante almejados pela atual gestão de Dilma Rousseff.

"Nossa carga tributária está próxima de países como Rússia, Irlanda e Suíça, mas nossa renda per capita [por volta de US$ 10

mil] está muito inferior a esses países [cuja renda varia de US$ 30 mil a quase US$ 50 mil]", afirmou Abdenur, com base em

estudo recente elaborado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

De acordo com essa pesquisa, o embaixador apontou que ao comparar com países do BRICS (formado por Brasil, Rússia, Índia,

China e África do Sul), a renda per capita brasileira é muito próxima da Índia e da China, "mas a carga deles está em torno de

20%". Somente a África do Sul tem um peso tributário e uma renda próxima à do País.

Abdenur também cita que, com relação à América Latina, o Brasil é o país com maior peso tributário. Está acima da Argentina

(30,6%), que enfrenta um longo período de problemas econômicos, assim como da média da região, de 20,9%.

"Ao levar em conta ainda a burocracia do nosso sistema tributário, segundo estudo do Banco Mundial, o Brasil é o pior.

Enquanto na Suíça [que tem uma carga semelhante à brasileira] se leva 63 horas para pagar impostos básicos, aqui o tempo

padrão é de 2.600 horas", complementa o embaixador.

Propostas

Para resolver essas questões tributárias, o Etco formulou um conjunto de propostas que devem ser apresentadas ainda neste

ano para autoridades brasileiras.

"Não existe uma solução comum, que atende a todos. Reforma tributária não é um evento, é um processo", comentou o ex-

secretário da Receita antes de explicar as propostas da Etco.

Desta forma, ele aponta que existem algumas medidas que poderiam ajudar na simplificação e racionalização do sistema

tributário. Dentre elas, está unificação cadastral de pessoa jurídica (CNPJ) federal, estadual e municipal. "Queremos introduzir

isso no código nacional de tributação. Não faz sentido que uma mesma empresa tenha cadastro em cada uma dessas unidades

da federação", avalia.

Outra sugestão é que ocorra a implementação da anterioridade plena. Ou seja, qualquer mudança tem que ter um prazo para

ser definida, que no caso da proposta da Etco é até 30 de junho do ano anterior. Neste mesmo sentido, o instituto sugere que

ocorra a consolidação da legislação tributária para todos os tributos até a data de 31 de setembro .

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O ex-secretário da Receita também cita a proposta de que seja feita uma revisão periódica com reajuste em termos nominais,

sem correção, por exemplo, da inflação, na determinação de tributos. Caso essas, sugestões sejam aceitas, as empresas poderão

fazer um planejamento tributário com mais eficiência.

Guerra fiscal

Ainda ontem, Everardo Maciel ressaltou que é contrário a legalização dos benefícios fiscais dados por alguns estados,

considerados inconstitucionais. "Não faz sentido autorizar isso, se vai contra a constituição. Se aceitarmos isso, mostramos que

somos incapazes de tratar essa questão no Judiciário", entende.

Na visão do consultor, se houver um novo pacto federativo - cuja proposta será entregue na primeira quinzena de agosto por

ele, que é relator da comissão no Senado sobre esse assunto -, poderá ser discutida formas de compensação das perdas sofridas.

"Um meio de se fazer isso é conseguir ter uma concordância sobre as mudanças do Fundo de Participação dos Estados [que

devem ser apresentadas pelos estados até o final deste ano, por determinação do Judiciário]", diz Everardo Maciel.

Fonte: Diário do Comércio e Indústria

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PROJETO DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO INSTITUI REGIME DE COBRANÇA UNIFICADA DE TRIBUTOS DE

MESMA BASE

A Câmara analisa a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 181/12, do deputado Irajá Abreu (PSD-TO) e outros, que institui

um regime de cobrança unificada de todos os tributos que incidam sobre a mesma base tributável. Esse regime de cobrança

unificada será opcional para o contribuinte.

Pela proposta, os tributos sobre a produção e o consumo serão cobrados em uma única guia de recolhimento, de acordo com

alíquota e base de cálculo uniformes, definidas por lei complementar.

Assim, numa única apuração, as empresas quitarão o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o Imposto sobre Circulação

de Mercadorias e Serviços (ICMS), o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS), a Cide-Combustíveis, a Cofins, o

Imposto de Importação (II), o Imposto de Exportação (IE) e o PIS/Pasep.

Da mesma forma, o Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) terão

cobrança unificada, pois ambos são calculados com base nos lucros das empresas.

Folha de pagamento

Conforme o texto, também os principais encargos sobre a folha de pagamento serão condensados em uma única cobrança,

abrangendo a cota patronal para a Previdência Social, o Salário-Educação, a Contribuição Sindical, o Fundo de Garantia por

Tempo de Serviço (FGTS) e o INSS do trabalhador.

Além dos tributos e encargos mencionados explicitamente, a proposta prevê que lei complementar poderá incluir outros que

vierem a ser criados com bases de cálculo semelhantes, bem como estabelecer a unificação da cobrança de outros tributos e

encargos, respeitada a semelhança entre suas bases de cálculo.

Lei complementar definirá também a forma pela qual a arrecadação será distribuída entre os entes federativos, de forma a

obedecer às destinações e vinculações previstas na Constituição. Além disso, a lei complementar definirá a forma como o

repasse do FGTS será feito diretamente na conta do trabalhador; além da cobrança unificada sob a renda.

Vantagens para o contribuinte

"Para cada base de incidência unificada, o contribuinte se relacionará com apenas um nível de governo, escolhido pela lei

complementar, cumprindo suas obrigações acessórias apenas junto ao fisco designado, que será o responsável pelo repasse das

informações para os demais entes da Federação interessados, exemplo do Supersimples Nacional", explica o autor.

Segundo o deputado, a proposta busca aliviar os custos administrativos dos contribuintes, preservando, no entanto, as

competências tributárias dos membros da Federação e as destinações para as finalidades previstas constitucionalmente.

"Queremos simplificar a apuração e a cobrança dos tributos, unificar guias de recolhimento, extinguir declarações, livros fiscais e

contábeis redundantes, diminuir a burocracia estatal, diminuir os custos administrativos das empresas, enfim tornar nosso País

mais competitivo", complementa Irajá Abreu.

Tramitação

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania vai analisar a admissibilidade da PEC. Caso seja aprovada, a proposta será

analisada por uma comissão especial e, depois, encaminhada ao Plenário para votação em dois turnos.

Fonte: Agência da Câmara

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EMPRESAS TERÃO NOVA OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA

As empresas devem prestar contas do recolhimento de 20% sobre a folha de salários. A nova obrigação acessória foi criada pela

Lei nº 12.692, publicada na edição de ontem do Diário Oficial da União (DOU).

Os trabalhadores terão que receber mensalmente todas as informações sobre o pagamento de contribuições ao Instituto

Nacional do Seguro Social (INSS) . Além da retenção de 11% sobre os salários, as empresas devem prestar contas do

recolhimento de 20% sobre a folha de salários. A nova obrigação acessória foi criada pela Lei nº 12.692, publicada na edição de

ontem do Diário Oficial da União (DOU).

A nova norma, que altera a Lei nº 8.212, de 1991, sobre contribuições previdenciárias, prevê ainda que o INSS está obrigado a

enviar a empresas e trabalhadores, quando solicitado, extrato relativo ao recolhimento da contribuição. Para ser colocada em

prática, porém, a medida ainda precisa ser regulamentada pelo governo. É necessário ainda definir de que forma as informações

serão prestadas.

Para o secretário de Políticas de Previdência Social do Ministério da Previdência, Leonardo Rolim, a nova obrigação acessória vai

auxiliar o trabalhador a monitorar o recolhimento ao INSS pelas empresas. "Isso vai ajudar o trabalhador a não ter uma surpresa

negativa de que a empresa não recolheu os valores", afirma Rolim, acrescentando que os correntistas da Caixa Econômica

Federal e do Banco do Brasil já conseguem ter acesso a esses extratos. Os trabalhadores também podem conseguir essas

informações nos sindicatos.

A Receita Federal, segundo advogados, edita há anos normas nessa linha, que fazem do contribuinte um fiscal. Para o advogado

Rodrigo Rigo Pinheiro, do Buccioli & Advogados Associados, a nova lei cria mais burocracia para o empregador. "Há também o

receio de que, além de ter mais um dever, as empresas passem a correr o risco de ter que arcar com mais uma multa, caso não

preste essa informação adequadamente", afirma.

No fim de junho, a Receita Federal já havia criado outra obrigação acessória. Determinou que pessoas físicas e empresas

informem sobre transações com estrangeiros que envolvam a prestação de serviços ou cessão de direitos, como royalties, que

impactem seu patrimônio.

Instituída pela Instrução Normativa da Receita nº 1.277, caso não seja cumprida, o contribuinte será multado em R$ 5 mil por

mês de atraso no envio das informações, mais 5% do valor da operação com o exterior.

Fonte: Valor Econômico

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TRIBUTAÇÃO MAL PLANEJADA CAUSA SÉRIE DE DISTORÇÕES

A confusão dos tributos não atinge somente as empresas, mas como também o governo que adquire os serviços ou mercadorias

e tributa todas as receitas do Estado, Municípios e da própria União.

Que a carga impostos, contribuições e taxas suportadas pelos brasileiros (pessoas físicas e jurídicas) é excessivamente alta, e

que nosso sistema tributário é um dos mais complexos do mundo, não é novidade nenhuma. O que pode ser novidade para

alguns é o fato de a União Federal tributar as receitas, o patrimônio e os serviços dos Estados e dos Municípios, e vice versa.

Conquanto as inúmeras constituições da República desde a primeira, de 1.891, até a última, de 1988, tragam insculpido o

princípio da imunidade tributária recíproca, na prática essa regra nem sempre é respeitada.

Para comprovar esse fato, basta trazer alguns exemplos: (I) a União adquire equipamentos de informática necessários para

prestação dos serviços que lhe são próprios, cujos preços são acrescidos de tributos devidos a ela mesma (IPI, PIS e COFINS) e

aos Estados (ICMS) ; (II) os Estados adquirem serviços de comunicação e energia elétrica onerados com ICMS devido a eles

mesmos e com PIS e COFINS devidos à União; e (III) os Municípios adquirem serviços de limpeza urbana cujos custos são

onerados com o ISS cobrado pelas suas próprias fazendas e com PIS e COFINS recolhidos à União.

Embora seja complemente desprovido de lógica e de bom senso, ao participar de um certame licitatório para venda de bens e

serviços para qualquer órgão governamental, o proponente deve incluir no respectivo preço os impostos e contribuições que,

depois de recebidos, são devolvidos aos mesmos governos que os cobraram.

O que se pode dizer é que a Constituição Brasileira não está sendo interpretada de forma adequada e que os princípios da

imunidade tributária recíproca e da Federação estão sendo postos em de lado pelos órgãos de arrecadação.

Mas não é só nas situações que envolvem aquisições de bens e serviços que uma Unidade da Federação investe contra as

receitas de outra. Mantém-se até nossos dias, embora sem os fundamentos que justificaram a sua criação, a contribuição ao

Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep), instituída pela Lei Complementar 8/70, cobrada pela União

sobre as receitas dos Estados e dos Municípios.

Convém rememorar que a citada lei complementar instituiu o Pasep, com o objetivo de contemplar os servidores públicos com

direito semelhante ao criado em favor dos trabalhadores da economia privada pela Lei Complementar 7/70 (Programa de

Integração Social – PIS) . A referida contribuição devida pela União, pelos Estados, pelos Municípios, pelo Distrito Federal, pelas

autarquias e fundações públicas, destinava-se à formação de fundo para distribuição em contas individualizadas de todos os

servidores civis e militares na ativa.

A contribuição ao PASEP, como também aquela destinada ao PIS, não tinham, na vigência da Constituição Federal de 1967/69,

na redação que lhe deu a Emenda Constitucional 08/77, natureza tributária, conforme decidiu o Supremo Tribunal Federal (RE

148.754/RJ), já que se destinavam a formação de um fundo de propriedade dos servidores públicos E trabalhadores na iniciativa

privado, não integrando as receitas do Tesouro Nacional, tampouco da Previdência Social.

Com a entrada em vigor da Constituição da República de 1988 as receitas destinadas a formação dos Fundos de Participação do

PIS e do PASEP passaram, revestidas agora com a natureza de tributo, a financiar o programa de seguro desemprego e o abono

anual de um salário mínimo aos trabalhadores de baixa renda (CF, artigo 239, parágrafo 3º).

Portanto, a partir da Constituição de 1988, as contribuições ao Pasep, exigidas sobre as receitas dos Estados, dos Municípios, de

suas autarquias e fundações, e contribuições do PIS, devidas pelas empresas e entidades privadas, passaram a financiar

programas de seguridade social, especialmente o programa de proteção ao trabalhador em situação de desemprego

involuntário e o abono anual devido aos empregados que percebam de empregadores que pagam referidas contribuições

remuneração de até dois salários mínimos.

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É relevante notar que, do lado dos contribuintes do Pasep, a exação resulta desprovida de referibilidade, isto porque o

desemprego involuntário não ocorre em relação aos servidores públicos, os quais têm na Constituição proteção contra

demissões imotivadas.

Essas anotações mostram que a contribuição do Pasep representa indevida intervenção da União nas receitas dos Estados e dos

Municípios e que se faz necessário avançar na análise da regra da imunidade tributária recíproca, para interpretá-la em

consonância com o princípio da Federação.

Não se pode deixar de mencionar ainda o fato de que as receitas dos estados e municípios vêm sendo reduzidas de forma

sensível a partir da Constituição de 1988, através da prática pouco republicana da União, com a aquiescência de Senadores e

Deputados, que é a redução dos tributos que integram os Fundos de Participação dos Estados e dos Municípios e o aumento

daqueles que não são repartidos, em relação ao total arrecadado, mas isso é assunto para outro estudo.

Fonte: Revista Consultor Jurídico

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FISCO INCLUI INDENIZAÇÃO NO CÁLCULO DA COFINS

As indenizações recebidas por empresas para reparar danos patrimoniais de terceiros integram a base de cálculo do PIS, da

Cofins, da CSLL e do Imposto de Renda.

As indenizações recebidas por empresas para reparar danos patrimoniais de terceiros integram a base de cálculo do PIS, da

Cofins, da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e do Imposto de Renda (IR). Esse é o entendimento da Receita

Federal da 4ª Região Fiscal (Pernambuco, Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte).

A interpretação foi publicada por meio da Solução de Consulta nº 49, publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira.

As soluções só têm efeito legal em relação a quem faz a consulta, mas orienta os demais contribuintes.

Em relação ao PIS e à Cofins, o entendimento é polêmico. Em relação aos contribuintes tributados pelo regime cumulativo, a

Receita afirma na solução de consulta que esse tipo de indenização deveria fazer parte da base de cálculo das contribuições até

27 de maio de 2009.

“Mas em relação aos tributados pelo regime não cumulativo, a Receita considera que isso sempre deve entrar na base de

cálculo do PIS e da Cofins”, afirma o advogado Maurício Barros, do Gaia, Silva, Gaede & Associados. Ele explica que a Receita

considera que essa indenização não está na lista de exclusões da legislação do PIS e da Cofins.

Para o advogado essa é uma interpretação equivocada. “Não há porque haver tributação porque a indenização não é acréscimo

patrimonial, mas apenas a recuperação de um valor”, afirma Barros. “Assim, não se trata de receita tributável.”

Em relação à CSLL e ao IR, a Receita pondera que só o ganho de capital que porventura for apurado, decorrente do confronto da

verba indenizatória e o valor contábil do bem, compõe a base de cálculo dos tributos.

Fonte: Valor Econômico

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TRIBUTAÇÃO SOBRE BEBIDAS ALCOÓLICAS E CIGARROS PODERÁ AUMENTAR

Para desestimular a venda de bebidas alcoólicas e de cigarros a Câmara analisa proposta que aumenta os tributos pagos pelos

comerciantes e importadores desses produtos.

A Câmara analisa proposta que aumenta os tributos pagos pelos comerciantes e importadores de bebidas alcoólicas e cigarros. A

medida está prevista no Projeto de Lei 3517/12, do deputado Júlio Campos (DEM-MT), que muda alíquotas da Contribuição para

Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e das contribuições para os Programas de Integração Social e de Formação do

Patrimônio do Servidor Público (PIS/Pasep).

De acordo com o texto, os vendedores e os importadores de bebidas alcoólicas deverão pagar alíquota um ponto percentual

maior que a atual. Hoje, esses percentuais estão entre 3% e 7,6% do lucro, a depender do regime de tributação da empresa. As

companhias que importarem e comercializarem esses produtos apenas para revenda estarão dispensadas do aumento da

alíquota, desde que a venda ocorra até 180 dias após a importação.

Os fabricantes de cigarros que substituírem os varejistas também terão de pagar mais tributos. Conforme o projeto, a base de

cálculo da Confins passará de 291,69% para 321% do preço do produto no varejo. Além disso, a base de cálculo do PIS/Pasep

passará de 342% para 376% do valor cobrado ao consumidor final. A proposta também impede que o Executivo altere a alíquota

do PIS/Pasep nesses casos, o que é atualmente autorizado pela Lei 9.715/98.

Desestímulo

Para Júlio Campos, a medida deve desestimular a venda de bebidas alcoólicas e de cigarros, além de oferecer mais recursos para

a saúde e a assistência social. “Grande parte dos cidadãos enfermos ou acidentados devido ao consumo dessas substâncias é

atendido na rede pública de saúde. A assistência social também acolhe pessoas viciadas no consumo de bebidas alcoólicas,

assim como famílias desestruturadas devido a esse vício. É fácil afirmar, dessa forma, que a comercialização desses produtos

traz prejuízos a toda a sociedade”, argumenta.

Tramitação

O projeto, que tramita em caráter conclusivo, será analisado pelas comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria e

Comércio; de Finanças e Tributação (inclusive quanto ao mérito); e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Íntegra da proposta:

PL-3517/2012

Fonte: Agência Câmara de Notícias

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GOVERNO DO RS LANÇA MEDIDAS TRIBUTÁRIAS PARA AMPLIAR COMPETITIVIDADE DA ECONOMIA NO

ESTADO

O governador Tarso Genro lançou um conjunto de medidas tributárias, para aumentar a competitividade da economia gaúcha.

As medidas tem o objetivo de auxiliar a superar a crise ocasionada pelo efeito da estiagem e pela turbulência internacional.

O governador Tarso Genro lançou um conjunto de medidas tributárias, nesta quinta-feira (19), no Palácio Piratini, para

aumentar a competitividade da economia gaúcha. Todas as ações são direcionadas para a indústria (incluindo a metal-mecânica)

e representam desoneração com o objetivo de auxiliar a superar a crise ocasionada pelo efeito da estiagem e pela turbulência

internacional que atinge o Brasil e o Rio Grande do Sul.

As medidas foram elaboradas pela Secretaria da Fazenda (Sefaz) a partir de um mapeamento do titular da pasta Odir Tonollier e

do secretário de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (SDPI), Mauro Knijkik, que detectaram setores onde o Estado

pode estimular a competitividade. Deste modo, a Sefaz ajustou a carga tributária na expectativa de que o crescimento dos

setores beneficiados compensará a redução da mesma.

"Além de grandes investimentos em infraestrutura, com recursos de operações de crédito e convênios com o Governo Federal,

o Estado está tomando medidas de estímulo às nossas indústrias com o objetivo de superar gargalos da produção,

especialmente na nossa matriz produtiva", explicou Tonollier. Para o titular da SDPI, "as medidas vão ao encontro das

reivindicações dos segmentos industriais do Rio Grande do Sul e compõem a iniciativa anticíclica do Governo".

Mais do que uma ação anticíclica, o que o Governo do Estado busca é alavancar a produção e a competitividade das indústrias

gaúchas, projetando-as inclusive para fora do Estado. Há, portanto, medidas como o diferimento de ICMS para importação de

milho, soja e farelo, relacionada diretamente com a quebra de safra (anticíclica), como também medidas que preveem dar mais

fôlego ao "caixa" das empresas e, portanto, maior capacidade de competição no mercado interno e externo: como é o caso da

redução do período de apropriação dos créditos dos bens do ativo permanente.

A redução de alíquotas para equipamentos para hidrelétricas, por sua vez, provocará significativo impacto não só para a

indústria como para o campo. Dados da federação das Cooperativas de Energia Telefonia e Desenvolvimento Rural do RS

(Fecoergs) apontam que a desoneração pode representar até 6% de desconto sobre o custo de uma obra de Pequena Central

Hidrelétrica (PCH). Desta forma, o Governo do Estado reafirma sua estratégia de buscar a independência energética e levar a

energia elétrica a todas as residências do interior do Estado.

Aposta na economia gaúcha

Durante a cerimônica de lançamento, Mauro Knijinik reforçou o trabalho do grupo transversal entre SDPI e Sefaz, que permite

maior agilidade ao Governo do Estado para dar as respostas aos setores considerados em situação "crítica". Já o secretário

executivo do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES-RS), Marcelo Danéris, reforçou o papel da sua pasta, cujas

recomendações de fomento ao setor produtivo foram encaminhadas ao governador, auxiliando na decisão das medidas: "Como

vem fazendo desde a criação do Conselhão, o governador recebe recomendações dos integrantes para aprimorar as iniciativas

governamentais".

"Esse conjunto de ações está potencializado pelo cenário em que vivemos de juros baixos e crédito abundante, especialmente

pelos bancos oficiais. Temos pleno emprego e renda, portanto, apostamos na recuperação a partir do segundo semestre", disse

Tonollier.

Antes de assinar os decretos, Tarso Genro ressaltou que "medidas como essas não são fáceis de serem tomadas" e que o

Governo aposta em um retorno positivo para o Estado: "estamos fazendo renúncias de impostos para alavancar a economia

gaúcha e vamos monitorar como essas medidas incidirão sobre a nossa produção".

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Ainda de acordo com o chefe do Executivo, as medidas só foram possíveis graças à transversalidade do Governo e também à sua

capacidade de diálogo com os diversos setores, seja pelo Conselhão ou pelas Secretarias. "Todo o conjunto do Estado e os

mecanismos de participação da sociedade incidiram no trabalho que hoje se traduz nestas medidas", concluiu.

O conjunto de ações do Governo Estadual foi bem recebido pelo setor industrial. "A redução de impostos alivia os investimentos

fixos, atinge os setores mais afetados pela crise internacional e faz com que no ICMS apropriável não seja mais em quatro anos,

mas em três", disse o presidente da Federação das Indústrias do Estado (Fiergs), Heitor Müller. "São medidas pontuais, é o

começo, como disseram o governador e o secretário Tonollier, e temos de ter parcimônia, pois o Estado também tem um

orçamento e está trabalhando nisso", acrescentou ao final da cerimônia no Palácio Piratini.

Medidas Tributárias

1 - Ativo permanente (máquinas e equipamentos)

Reduz o período de apropriação dos créditos dos bens do ativo permanente, quando estes bens forem produzidos no Estado,

com o objetivo de agregar vantagens competitivas às indústrias do Rio Grande do Sul. A medida segue no sentido de desonerar

totalmente os bens de capital, o que é recorrente em quase todos os países desenvolvidos, para estimular a produção.

Nesta primeira etapa o prazo será reduzido para 36 meses, mas, na medida do possível, serão promovidas reduções gradativas

até zerar o imposto. A ação beneficia tanto os fornecedores gaúchos de bens de capital (ganham vantagem competitiva) quanto

as empresas adquirentes (reduz o custo de produção). Será reduzido de quatro para três anos, em duas etapas: 48 meses para

42 meses - a partir de 1º/07/2012 e 42 para 36 meses - a partir de 1º/01/2013).

Período indeterminado.

2 - Redução de alíquotas para estruturas metálicas

Reduz de 17% para 12% a alíquota interna de estruturas pré-fabricadas, de ferro ou aço, quando realizadas pelo próprio

fabricante, para dar condições de concorrência às indústrias do Estado com as de outros. Esta medida também favorecerá as

vendas das indústrias locais para fora do Estado, pois permitirá que estas operações sejam tributadas a 12%, quando hoje incide

a alíquota de 17% para o consumidor final (inclusive para outros estados).

Período: 1º de julho a 31 de dezembro 2012.

3 - Redução de alíquotas para equipamentos para hidrelétricas

Isenta o ICMS nas saídas internas, no diferencial de alíquota nas aquisições de fora do Estado e nos recebimentos decorrentes

de importação de máquinas, aparelhos e equipamentos industriais para Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs) ou Pequenas

Centrais Hidrelétricas (PCHs). Prazo permanente.

Com a medida, o Governo reafirma seu apoio estratégico ao setor de energia hidrelétrica e seu potencial de geração de energia

com baixo impacto ambiental. Atualmente a tributação para os equipamentos destinados às PCHs, frente à isenção concedida às

usinas eólicas, tem levado à migração de projetos de investimentos de PCHs para o setor de energia eólica.

Período: a partir da publicação do Decreto, tempo indeterminado.

4 - Redução de ICMS da bebida de soja

Reduz a carga de ICMS da bebida de soja de 25% para 17%. A alteração - proposta pelo Rio Grande do Sul e aprovado pelo

Confaz - visa estimular o consumo das bebidas à base de soja para que tenha uma maior representatividade no Estado, já que

atualmente está abaixo da média do mercado nacional.

Período: 1º de setembro de 2012 a 30 de junho de 2013.

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5 - Crédito presumido a estabelecimentos de mercadorias para uso naval

Concede crédito presumido de 9% para estabelecimentos fabricantes de mercadorias para uso naval com o objetivo de proteger

a economia e estimular esta atividade no Estado. São beneficiados com a medida fabricantes de cabos e cordas para uso naval,

fornecedoras de produtos principalmente para o Estado do Rio de Janeiro - que concede benefício equivalente e sede dos

maiores estaleiros nacionais e empresas de navegação marítima.

Período: da publicação do decreto até 31 de março de 2013.

6 - Isenção de casca de arroz

Isenta as saídas internas de cinza de arroz, bem como as correspondentes prestações de serviço de transporte, a partir de 1º de

setembro de 2012, com vistas a tornar viável e incentivar o aproveitamento dos resíduos da indústria arrozeira.

O Rio Grande do Sul tem sido pioneiro na geração de energia renovável, destacadamente na forma de usinas termelétricas

movidas por queima da casca de arroz, muito abundante no Estado, as quais geram um excedente de cinzas de 140 mil

toneladas/dia, devendo alcançar 250 mil toneladas/dia em 2015. A utilização comercial dessas cinzas, material hoje jogado

diretamente na natureza, além de gerar valor econômico por meio do barateamento da construção civil, trará benefícios ao

meio ambiente. A partir de 1º de setembro de 2012.

7 - Diferimento de ICMS para importação de milho, soja e farelo

Difere o ICMS na importação de milho, soja e farelo de soja, com vistas a suprir o mercado de biodiesel e de rações para

suinocultura e avicultura.

A medida tem o objetivo de garantir os níveis de atividade na suinocultura e avicultura e nas indústrias de biodiesel,

transformando a aquisição de insumos importados, com o diferimento do imposto, uma alternativa oportuna para viabilizar

estas atividades até o início da próxima safra. Com o diferimento na importação cria-se também uma alternativa às aquisições

de outras unidades da Federação, mais caras para o Estado.

Período: da publicação do decreto até a próxima safra.

8 - Isenção de ICMS das vendas de carnes de suíno e suínos vivos

Por meio de uma política tributária unificada para os três estados do Sul, a alíquota passa a ser zero nas vendas interestaduais

de suínos vivos e carnes de suínos. Busca-se com isto reduzir os custos da operação, gerando uma alternativa ao produtor

gaúcho, especialmente neste momento de crise em que vive o setor. A medida é por tempo determinado.

A isenção aplica-se às vendas internas de carne suína e demais produtos comestíveis frescos, resfriados e congelados,

decorrentes do abate. Deste modo, o Governo faz frente à crise no setor, incentivando o comércio varejista a adquirir o produto

internamente em detrimento da aquisição de outras unidades da Federação. Retroativo a 16 de julho.

Fonte: Sefaz - RS

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SEFAZ DESENVOLVE FERRAMENTA CONTRA SONEGAÇÃO

A partir de agora, a Secretaria da Fazenda conta com mais uma ferramenta de combate à sonegação fiscal, a Auditoria Tributária

Digital

A partir de agora, a Secretaria da Fazenda conta com mais uma ferramenta de combate à sonegação fiscal, a Auditoria Tributária

Digital. O sistema também tem por objetivo a melhoria da qualidade dos arquivos da Escrituração Fiscal Digital (EFD) entregues

mensalmente pelos contribuintes à Secretaria. A apresentação da nova ferramenta foi feita hoje (18) pelo auditor fiscal, Edgar

Madruga, durante a reunião mensal dos delegados com o superintendente da Receita, Glaucus Moreira, no complexo

fazendário. O projeto é da Gerência de Arrecadação e Fiscalização com o apoio técnico de servidores da Gerência Especial de

Auditoria.

A auditoria tributária digital permite o cruzamento de dados da EFD e possibilita detectar a existência de informações erradas

nos arquivos, mas que não configuram sonegação; identifica a sonegação fiscal ou indícios de irregularidades. “O foco é a

geração de índices para seleção de empresas e identificação de comportamentos anômalos”, destaca Edgar Madruga. O auditor

explica que ao tratar a qualidade da informação consegue-se melhorar o direcionamento da fiscalização para empresas com

reais índices de sonegação.

Neste primeiro momento, a nova ferramenta será utilizada para verificar o inventário e a rotação de estoque de mercadorias.

Todas as delegacias regionais de fiscalização e algumas gerências da secretaria vão utilizar a auditoria tributária digital, sob a

coordenação da Gerência de Arrecadação e Fiscalização. Trata-se se uma ferramenta gerencial. Os servidores que vão utilizá-la

já passaram por treinamento. Ela se soma às demais ferramentas já utilizadas pela Sefaz para combater a sonegação fiscal.

Ainda durante a reunião mensal de delegados, a Gerência de Informações Econômico-Fiscais falou sobre a implantação da

malha fina estadual e do domicílio tributário eletrônico (DTE). O DTE já foi incluído no Código Tributário Estadual, mas só vai

vigorar após regulamentação por decreto do governador. O Sistema de Malha Final Estadual fará o cruzamento de dados

gerados pela emissão da nota fiscal eletrônica (NF-e) e as informações da Escrituração Fiscal Digital (EFD). O sistema está em

teste e a previsão é que entre em funcionamento no próximo mês.

Comunicação Setorial – Sefaz

Fonte: SEFAZ-GO

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O PAÍS DAS OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS

Como se não bastasse a elevada carga tributária, Brasil amarga o título de campeão em tempo gasto para o cumprimento de

exigências fiscais.

O compromisso da União de racionalização do sistema tributário, desde o início da implantação do Sistema Público de

Escrituração Digital, vem caindo por terra com a criação de novas exigências fiscais. De acordo com estudo feito com 183 países

pelo Banco Mundial e a PricewaterhouseCoopers, o Brasil conquistou o último lugar em tempo gasto no cumprimento delas: 2,6

mil horas anuais. Este panorama é reflexo da tendência do governo em criar novas obrigações acessórias.

A última veio com Instruções Normativas 1.277/12 e 1.281/12, que criou e implantou nova declaração para os prestadores de

serviços que negociam com estrangeiros: o Sistema Integrado de Comércio Exterior de Serviços - Siscoserv, que veio para se

juntar ao grande emaranhado de exigências como DIPJ, DIRF, DACON, DCTF, DIMOB, DMED, GFIP/SEFIP, DITR, PER/DCOMP,

EFD-Contribuições, EFD, ECD, FCONT, DIMOF, DNF, MANAD, só para citar as de âmbito Federal.

"Como se já não bastasse o insuportável peso da obrigação principal: o pagamento dos tributos, o contribuinte ainda precisa

arcar com o ônus das obrigações acessórias, que demandam cada vez mais tempo e gastos", explica o presidente do Sescon-SP,

José Maria Chapina Alcazar.

A inversão do papel fiscalizador, que é do Estado, mas vem sendo transferido para o contribuinte, segundo o líder setorial, só

traz prejuízos. "Além de se desviar de sua atividade, o empreendedor precisa decifrar a complexa legislação brasileira, gastar

tempo e dinheiro com o preenchimento de declarações e, caso tenha cometido algum erro, ainda fica sujeito ao pagamento de

altíssimas multas, que podem até levar o negócio à falência", destaca. "Tudo isso para municiar o Fisco de informações, ajudá-lo

na fiscalização", acrescenta.

Para o empresário contábil, este comportamento do governo deve condenar, em pouco tempo, o crescimento do País, tendo

em vista suas consequências como a desindustrialização, a inibição de empregos, a falta de competitividade das empresas

nacionais no contexto mundial, além do aumento do Custo Brasil.

O Sescon-SP tem cobrado insistentemente da Receita Federal do Brasil e de outros órgãos a simplificação do sistema tributário,

com medidas como a descentralização dos prazos de entregas de declarações e a extinção de obrigações redundantes. Chapina

Alcazar cita como exemplo o recém-criado Siscoserv, que solicitará informações semelhantes às constantes na DIPJ e na DIMOF.

No intuito de contribuir, o Sindicato fez um mapeamento de obrigações acessórias nas três esferas governamentais e entregou à

RFB. "O empreendedorismo está no seu limite, imerso em tantas obrigações e elevada carga tributária. Agora é o momento de o

rigor e estrutura tecnológica destinados à fiscalização e ao controle serem empregados também em benefício dos

contribuintes", argumenta Chapina Alcazar, frisando que disto dependente o desenvolvimento de um País forte, estruturado e

sustentável.

Fonte: Segs

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PROJETO ISENTA 13º SALÁRIO DO IMPOSTO DE RENDA

Projeto para isentar o Imposto de Renda no 13º salário.

Projeto que isenta o 13º salário do desconto do Imposto de Renda pode ser examinado pelos senadores após o recesso

parlamentar. A proposta altera a Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988.

O autor do projeto, senador Lobão Filho (PMDB-MA), argumenta que a medida aumentará a renda disponível do trabalhador, o

que vai contribuir para fomentar o consumo.

“Ao aumentar o consumo, estará sendo dado formidável impulso aos setores produtivos da economia, aumentando a geração

de empregos e a circulação de bens, serviços e renda, como um todo. Em outras palavras, contribuindo para incrementar o

Produto Interno Bruto”, justifica o senador.

Na avaliação do parlamentar, a isenção do imposto não afetará o orçamento da União. Para Lobão Filho, a parcela dispensada

retornará logo aos cofres públicos na forma de tributos sobre o consumo como o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

O senador argumenta ainda que o 13º salário é fator de redistribuição de renda e, além de ajudar a atenuar o endividamento

acumulado durante o ano, a medida também vai proporcionar à população uma poupança para enfrentar as despesas típicas do

início do ano.

Tramitação

O projeto (PLS 266/2012) foi apresentado no dia 17 de julho, na véspera do recesso parlamentar, e será examinado pelas

comissões de Assuntos Sociais (CAS) e de Assuntos Econômicos (CAE) – nesta, em caráter terminativo.

Fonte: Agência Senado

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FEDERAL

INSTRUÇÃO NORMATIVA RFB Nº 1.280, DE 13 DE JULHO DE 2012

DOU de 16.7.2012

Altera a Instrução Normativa RFB nº 1.252, de 1º de março de 2012, que dispõe

sobre a Escrituração Fiscal Digital da Contribuição para o PIS/Pasep, da

Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e da

Contribuição Previdenciária sobre a Receita (EFD-Contribuições).

O SECRETÁRIO DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL, no uso da atribuição que lhe confere o inciso III do art. 280 do Regimento

Interno da Secretaria da Receita Federal do Brasil, aprovado pela Portaria MF nº 203, de 14 de maio de 2012, e tendo em vista o

disposto no art. 11 da Lei nº 8.218, de 29 de agosto de 1991, no art. 16 da Lei nº 9.779, de 19 de janeiro de 1999, no art. 35 da

Lei nº 12.058, de 13 de outubro de 2009, e no Decreto nº 6.022, de 22 de janeiro de 2007, resolve:

Art. 1º Os arts. 4º e 9º da Instrução Normativa RFB nº 1.252, de 1º de março de 2012, passam a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 4º ....................................................................................

...................................................................................................

II - em relação à Contribuição para o PIS/Pasep e à Cofins, referentes aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º de janeiro de

2013, as demais pessoas jurídicas sujeitas à tributação do Imposto sobre a Renda com base no Lucro Presumido ou Arbitrado;

...................................................................................................

Parágrafo único. Fica facultada às pessoas jurídicas referidas nos incisos I e II do caput, a entrega da EFD-Contribuições em

relação à escrituração da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, referente aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º de

abril de 2011 e de 1º de julho de 2012, respectivamente." (NR)

Art. 2º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

CARLOS ALBERTO FREITAS BARRETO

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LEI Nº 12.692, DE 24 DE JULHO DE 2012

DOU de 25/07/2012 (nº 143, Seção 1, pág. 1)

Altera os arts. 32 e 80 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, para dispor sobre o acesso do empregado às informações

relativas ao recolhimento de suas contribuições ao INSS.

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º - Os arts. 32 e 80 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, passam a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 32 - ..................................................................................

.................................................................................................

VI - comunicar, mensalmente, aos empregados, por intermédio de documento a ser definido em regulamento, os valores

recolhidos sobre o total de sua remuneração ao INSS.

.................................................................................................

§ 12 - (VETADO)." (NR)

"Art. 80 - ..................................................................................

I - enviar às empresas e aos seus segurados, quando solicitado, extrato relativo ao recolhimento das suas contribuições;

..............................................................................................." (NR)

Art. 2º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 24 de julho de 2012; 191º da Independência e 124º da República.

DILMA ROUSSEFF

Carlos Eduardo Gabas

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AMAPÁ

DECRETO Nº 2.767, DE 17 DE JULHO DE 2012

DOE-AP de 18/07/2012

Dispõe sobre alterações no Anexo XXIII do Decreto nº 2.269, de 24 de julho de 1998, relativamente às normas sobre Emissor de

Cupom Fiscal (ECF).

O GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAPÁ, usando das atribuições que lhe são conferidas pelo artigo 119, inciso VII, da

Constituição do Estado do Amapá, tendo em vista o contido no Processo - Protocolo Geral nº 2012 / 042121, e

considerando as disposições do art. 243, c/c art. 251 da Lei nº 0400, de 22 de dezembro de 1997;

considerando, ainda, a implementação de normas estabelecidas o Ajuste SINIEF 3, de 30 de março de 2012, publicado no Diário

Oficial da União de 9 de abril de 2012, decreta:

Art. 1º - O art. 1º, do Anexo XXIII, do Decreto nº 2.269, de 24 de julho de 1998, passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 1º - Emissor de Cupom Fiscal (ECF) é o equipamento de automação comercial e fiscal com capacidade para emitir,

armazenar e disponibilizar documentos fiscais e não fiscais e realizar controles de natureza fiscal referentes a operações de

circulação de mercadorias ou a prestações de serviços, implementado na forma de impressora com finalidade específica (ECF-IF)

que recebe comandos de Programa Aplicativo Fiscal - Emissor de Cupom Fiscal (PAF-ECF) externo.

§ 1º - O Equipamento ECF deverá ter sua memória, MF e MFD, resinada ou blindada conforme especificações definidas em Ato

Cotepe/Confaz.

§ 2º - Programa Aplicativo Fiscal - Emissor de Cupom Fiscal (PAF-ECF) é o programa aplicativo desenvolvido para possibilitar o

envio de comandos ao Software Básico do ECF, sem capacidade de alterá-lo ou ignorá-lo, para utilização pelo contribuinte

usuário do ECF."

Art. 2º - O § 4º, do art. 11, do Anexo XXIII, do Decreto nº 2.269, de 24 de julho de 1998, passa a vigorar com a seguinte redação:

§ 4º - Aplica-se ao credenciamento de empresa desenvolvedora de Programa Aplicativo Fiscal (PAF-ECF) o disposto art. 20, § 4º,

ou, em caso de comprovada irregularidade no desenvolvimento do programa aplicativo, a suspensão do credenciamento até sua

efetiva regularização e substituição nos equipamentos dos contribuintes usuários."

Art. 3º - O § 13, do art. 11, do Anexo XXIII, do Decreto nº 2.269, de 24 de julho de 1998, passa a vigorar com a seguinte redação:

"§ 13 - A empresa desenvolvedora deverá entregar à Secretaria da Receita Estadual - SRE os documentos relacionados nos

incisos I, IV, V, VIII, IX do artigo 11 e V, do § 11, referente à ultima versão do Programa Aplicativo Fiscal (PAF-ECF) credenciado,

no prazo de 60 (sessenta) dias contados a partir da data que expirou validade do credenciamento."

Art. 4º - O § 16, do art. 11, do Anexo XXIII, do Decreto nº 2.269, de 24 de julho de 1998, passa a vigorar com a seguinte redação:

"§ 16 - No caso de ECF-IF e ECF-PDV, no computador a ele interligado ou integrado não poderá permanecer instalado outro

programa aplicativo específico para registro de operações de circulação de mercadorias e prestação de serviços, que não seja o

PAF-ECF autorizado para uso e identificado no art. 8º."

Art. 5º - O § 20, do art. 11, do Anexo XXIII, do Decreto nº 2.269, de 24 de julho de 1998, passa a vigorar com a seguinte redação:

"§ 20 - Em caso de recusa do cumprimento da obrigatoriedade prevista no artigo 8º, § 5º ou no caso de constatação de uso de

programa não autorizado ou no caso de uso de PAF-ECF ou Sistema de Gestão em desacordo com a legislação vigente, ficam os

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agentes do fisco autorizados a apreender, na forma da legislação, todos os computadores e servidores em uso no

estabelecimento usuário."

Art. 6º - Fica acrescido o § 3º, ao art. 3º, do Anexo XXIII, do Decreto nº 2.269, de 24 de julho de 1998, com a seguinte redação:

"§ 3º - A Secretaria da Receita Estadual disponibilizará no sítio www.sefaz.ap.gov.br a exclusão ou inclusão de novos

equipamentos, bem como alteração de versão de software básico aprovados pela COTEPE/ICMS."

Art. 7º - Fica acrescido o inciso XIV, ao art. 4º, do Anexo XXIII, do Decreto nº 2.269, de 24 de julho de 1998, com a seguinte

redação:

"XIV - Cupom Fiscal Eletrônico - CF-e-ECF, modelo 60, é aquele emitido em equipamento Emissor de Cupom Fiscal - ECF, sendo a

representação eletrônica do documento de que trata o inciso III, do art. 6º, do Convênio S/Nº, de 15 de dezembro de 1970.

a) O Cupom Fiscal Eletrônico - CF-e-ECF é um documento fiscal eletrônico cuja emissão e cujo armazenamento serão efetuados

exclusivamente por meio eletrônico, tendo existência apenas digital."

Art. 8º - Fica revogado o § 4º, do art. 3º, do Anexo XXIII, do Decreto nº 2.269, de 24 de julho de 1998.

Nota Editoria

Não existe o § 4º do art. 3º, aguardando retificação.

Art. 9º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos partir de 1º de junho de 2012.

Macapá, 17 de julho de 2012.

CARLOS CAMILO GÓES CAPIBERIBE - Governador

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ALAGOAS SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDA

GABINETE DO SECRETÁRIO

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 14, DE 24 DE JULHO DE 2012

DOE-AL de 25/07/2012 (nº 139, pág. 19)

Dispõe sobre hipótese de dispensa temporária da aposição de lacre da SEFAZ nos Equipamento Emissor de Cupom Fiscal - ECF, e

dá outras providências.

O SECRETÁRIO DE ESTADO DA FAZENDA DE ALAGOAS, no uso das atribuições que lhe confere o art. 114, II, da Constituição

Estadual, e o art. 58-A da Lei nº 5.900, de 26 de dezembro de 1996, e tendo em vista o disposto no art. 40 do Decreto nº 36.953,

de 16 de junho de 1996, resolve expedir a seguinte, Instrução Normativa:

Art. 1º - Fica autorizada as empresas credenciadas pela Secretaria de Estado da Fazenda para intervir em equipamento Emissor

de Cupom Fiscal - ECF, que estejam em situação cadastral regular, utilizar o lacre do próprio fabricante em substituição ao lacre

fornecido pela Secretaria de Estado da Fazenda para lacrar o gabinete do Equipamento Emissor de Cupom Fiscal - ECF.

§ 1º - Na impossibilidade de utilização do lacre do fabricante, o credenciado poderá liberar para uso o Equipamento Emissor de

Cupom Fiscal - ECF, sem o devido lacre.

§ 2º - O credenciado deverá utilize o pedido de uso disponibilizado no sítio www.sefaz.al.gov.br.

§ 3º - Quando for necessária realização de intervenção no ECF para manutenção, deverá o credenciado realizar a leitura anterior

e atual no equipamento.

§ 4º - O estabelecimento credenciado será o responsável exclusivo pelos dados que constarem do atestado de intervenção ou

do pedido de uso emitidos eletronicamente.

Art. 2º - A autorização constante desta instrução normativa, não dispenso o estabelecimento credenciado nem o contribuinte

usuário de ECF das demais obrigações fiscais, especialmente quanto às disciplinadas pelo Decreto 36.953, de 16 de julho de

1996, e pela Instrução Normativa SEF Nº 60 de 28 de dezembro de 2009.

Art. 3º - O estabelecimento credenciado que liberar para uso equipamento ECF com lacre do fabricante, ou sem o lacre nos

termos do art. 1º, quando da recepção dos lacres fornecidos pela Secretaria da Fazenda, deverá relacionar por estabelecimento

de contribuinte:

I - os ECF e a numeração dos respectivos lacres do fabricante utilizado;

II - os ECF sem aposição de lacre do fabricante.

Parágrafo único - A relação de que trata o caput deverá ser entregue na Diretoria de Cadastro - DICAD.

Art. 4º - Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDA, em Maceió, 24 de julho de 2012.

MAURÍCIO ACIOLI TOLEDO - Secretário de Estado da Fazenda

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MATO GROSSO DO SUL SECRETARIA DE ESTADO DE FAZENDA

GABINETE DO SECRETÁRIO

RESOLUÇÃO Nº 2.403, DE 25 DE JULHO DE 2012

DOE-MS de 26/07/2012 (nº 8240, pág. 1)

Aplica regime especial de controle e fiscalização aos contribuintes inadimplentes quanto ao pagamento do ICMS Garantido

referente ao mês de junho de 2012.

O SECRETÁRIO DE ESTADO DE FAZENDA, no exercício da competência que lhe defere o art. 116 da Lei nº 1.810, de 22 de

dezembro de 1997, e considerando o disposto no art. 115, VI, da Lei nº 1.810, de 22 de dezembro de 1997, e o fato de os

contribuintes especificados na relação anexa a esta Resolução estarem inadimplentes quanto ao pagamento do ICMS Garantido

referente ao mês de junho de 2012, resolve:

Art. 1º - Os contribuintes especificados na relação anexa a esta Resolução ficam enquadrados em regime especial de controle e

fiscalização, em razão de estarem omissos com o pagamento do ICMS Garantido referente ao mês de junho de 2012.

Parágrafo único - O regime especial de que trata o caput consiste na apuração do ICMS Garantido à vista de cada operação e no

seu pagamento no momento do internamento no território deste Estado de mercadorias destinadas aos contribuintes nele

enquadrados, e a sua aplicação deve ser feita sem prejuízo das sanções previstas na legislação tributária.

Art. 2º - O pagamento do ICMS Garantido referente ao mês de junho de 2012 exclui o contribuinte adimplente do regime

especial de que trata esta Resolução.

Parágrafo único - Para efeito deste artigo, a Unidade de Controle Fiscal deve comunicar a regularização da inadimplência aos

Postos Fiscais de divisa interestadual, no prazo de cinco dias da sua ocorrência.

Art. 3º - Esta Resolução entra em vigor na data da sua publicação.

Campo Grande, 25 de julho de 2012.

MÁRIO SÉRGIO MACIEL LORENZETTO - Secretário de Estado de Fazenda

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MINAS GERAIS SECRETARIA DE ESTADO DE FAZENDA

SUPERINTENDÊNCIA DE TRIBUTAÇÃO

PORTARIA Nº 193, DE 24 DE JULHO DE 2012

DOE-MG de 25/07/2012 (nº 136, Caderno 1, pág. 9)

Altera a Portaria SUTRI nº 185, de 29 de junho de 2012, que divulga preços médios ponderados a consumidor final (PMPF) para

cálculo do ICMS devido por substituição tributária nas operações com refrigerantes e bebidas hidroeletrolíticas (isotônicas) ou

energéticas.

O SUPERINTENDENTE DE TRIBUTAÇÃO, no uso de suas atribuições, tendo em vista o disposto no art. 19, I, "b", 1, da Parte 1 do

Anexo XV do Regulamento do ICMS (RICMS), aprovado pelo Decreto nº 43.080, de 13 de dezembro de 2002, resolve:

Art. 1º - Ficam acrescidos os seguintes itens ao Anexo I da Portaria SUTRI nº 185, de 2012:

"ANEXO I

REFRIGERANTES

(a que se refere o art. 1º da Portaria SUTRI nº 185/2012)ANEXO I REFRIGERANTES (a que se refere o art. 1º da Portaria SUTRI nº

185/2012)

(...) (...) (...) (...) (...)

739 Lata 350ml Fanta Uva Zero 2 1,86

740 Lata 350ml Fanta Maracujá 2 1,86

741 PET PD 600ml Fanta Uva 2 2,86

742 PET PD 2000ml Sprite Zero 2 3,73

743 PET PD 2000ml Fanta Maracujá 2 3,78

".

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Art. 2º - Fica acrescido o seguinte item ao Anexo II da Portaria SUTRI nº 185, de 2012:

"ANEXO II

ENERGÉTICOS

(a que se refere o art. 1º da Portaria SUTRI nº 185/2012)

(...) (...) (...) (...) (...)

140 PET PD 361 a 550ml Energético Power Bull 27 4,80

".

Art. 3º - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

Superintendência de Tributação, em Belo Horizonte, em 24 de julho de 2012; 224º da Inconfidência Mineira e 191º da

Independência do Brasil.

ANTONIO EDUARDO MACEDO SOARES DE PAULA LEITE JUNIOR - Superintendente de Tributação

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PERNAMBUCO SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDA

SECRETARIA EXECUTIVA DA FAZENDA

PORTARIA Nº 145, DE 26 DE JULHO DE 2012

DOE-PE de 27/07/2012 (nº 141, pág. 7)

O SECRETÁRIO DA FAZENDA, considerando a necessidade de promover ajustes relativamente aos requisitos para

reconhecimento da condição de detentor de regime especial de tributação, de que trata o inciso II do § 3º do artigo 3º do

Decreto nº 19.528, de 30.12.1996, resolve:

Art. 1º - A Portaria SF nº 175, de 28.10.2010, que dispõe sobre os requisitos para reconhecimento da condição de detentor de

regime especial de tributação de que trata inciso II do § 3º do artigo 3º do Decreto nº 19.528, de 30.12.1996, passa a vigorar

com as seguintes modificações, renumerando-se para § 1º o parágrafo único do art. 3º:

"Art. 1º - Determinar que, relativamente ao credenciamento do contribuinte para reconhecimento da condição de detentor de

regime especial de tributação que lhe atribua a responsabilidade pela retenção e recolhimento do ICMS devido por substituição

tributária pelas saídas de mercadorias que promover, será observado o seguinte:

I - o interessado deverá encaminhar requerimento à Diretoria Geral de Planejamento da Ação Fiscal - DPC e preencher os

seguintes requisitos:

....................................................................................................................................

e) estar regular com a obrigação tributária principal, observando-se:

....................................................................................................................................

2. até 31.7.2012, não será considerado regular o contribuinte que tiver parcelamento de débito do ICMS normal decorrente de

operações cujo fato gerador tenha ocorrido a partir de 1º.11.2010, ainda que o pagamento das respectivas quotas vencidas

esteja em dia; (NR) e

3. a partir de 1º.8.2012, não será considerado regular o contribuinte que tiver parcelamento de débito do ICMS normal, ainda

que o pagamento das respectivas quotas vencidas esteja em dia, quando o mencionado parcelamento seja decorrente de

operações cujo fato gerador tenha ocorrido: (AC)

3.1. a partir da data em que for atribuída ao contribuinte a condição de detentor do citado regime especial de tributação,

relativamente às operações subsequentes com as mercadorias referidas no Decreto nº 28.323, de 2.9.2005, que dispõe sobre o

regime de substituição tributária do ICMS nas operações com bebidas; ou

3.2. a partir de 1º.11.2010, nos demais casos;

....................................................................................................................................

i) ter auferido, nos 12 (doze) meses anteriores àquele em que ocorrer a solicitação de credenciamento, receita bruta igual ou

superior aos valores a seguir indicados: (NR)

1. no período de 1º.7 a 31.8.2011, R$ 12.000.000,00 (doze milhões de reais); (REN) e

2. a partir de 1º.8.2012, R$ 120.000.000,00 (cento e vinte milhões de reais), para efeito de atribuição da condição de detentor

do mencionado regime especial em relação a bebidas, nos termos do Decreto nº 28.323, de 2005, observando-se que o

34

mencionado valor corresponde à totalidade das operações promovidas pela pessoa jurídica, relativamente aos estabelecimentos

situados neste Estado; (AC)

....................................................................................................................................

k) a partir de 1º.8.2012, para efeito de atribuição da condição de detentor do mencionado regime especial em relação às

mercadorias referidas no Decreto nº 28.323, de 2005, além daqueles previstos neste inciso, os seguintes: (AC)

1. ser inscrito no CACEPE com atividade econômica principal classificada sob o código 4635-4/02 da Classificação Nacional de

Atividades Econômico-Fiscais - CNAE-Fiscal; e

2. promover exclusivamente operações com mercadoria produzida por uma única empresa industrial de cerveja, chope ou

refrigerante, desde que a mencionada empresa possua estabelecimento industrial neste Estado.

....................................................................................................................................

Art. 3º -

....................................................................................................................................

§ 2º - Não se aplica para efeito de descredenciamento, ao contribuinte que promova operações com as mercadorias referidas no

Decreto nº 28.323, de 2005, cujo credenciamento tenha sido concedido até 31.7.2012, o disposto no item 2 da alínea "i" e na

alínea "k" do inciso I do caput do art. 1º. (AC)

................................................................................................................................".

Art. 2º - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

PAULO HENRIQUE SARAIVA CÂMARA - Secretário da Fazenda

35

DECRETO Nº 38.442, DE 23 DE JULHO DE 2012

DOE-PE de 24/07/2012 (nº 138, pág. 4)

Introduz modificações no Decreto nº 32.655, de 14 de novembro de 2008, relativamente ao prazo de utilização de selo fiscal

para vasilhame que contenha água mineral natural ou água adicionada de sais, confeccionado com as especificações

originalmente previstas, existente em estoque.

O GOVERNADOR DO ESTADO, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo inciso IV do artigo 37 da Constituição Estadual,

considerando a necessidade de prorrogar o prazo relativo à utilização de selo fiscal para vasilhame que contenha água mineral

natural ou adicionada de sais, confeccionado com as especificações originalmente previstas, existente em estoque, decreta:

Art. 1º - O Decreto nº 32.655, de 14 de novembro de 2008, que dispõe sobre a obrigatoriedade de aposição de selo fiscal em

vasilhame que contenha água mineral natural ou água adicionada de sais, em circulação neste Estado, passa a vigorar com as

seguintes modificações:

"Art. 2º - A ..................................................................................................................

....................................................................................................................................

Parágrafo único - Até 31 de outubro de 2012, fica permitida a utilização dos selos fiscais que se encontrem em estoque nos

estabelecimentos citados no inciso I do art. 3º, confeccionados de acordo com as especificações previstas no art. 2º. (NR)

.................................................................................................................................".

Art. 2º - Este Decreto entra em vigor na data da sua publicação.

Palácio do Campo das Princesas, Recife, 23 de julho do ano de 2012, 196º da Revolução Republicana Constitucionalista e 191º da

Independência do Brasil.

EDUARDO HENRIQUE ACCIOLY CAMPOS - Governador do Estado

Paulo Henrique Saraiva Câmara

Francisco Tadeu Barbosa de Alencar

Thiago Arraes de Alencar Norões

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37

RIO GRANDE DO NORTE

DECRETO Nº 22.896, DE 26 DE JULHO DE 2012

DOE-RN de 27/07/2012 (nº 12.756)

Prorroga o prazo para a quitação do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de

Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) devido por contribuintes beneficiários do

Programa de Apoio ao Desenvolvimento Industrial do Rio Grande do Norte (PROADI).

A GOVERNADORA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE, no uso da atribuição que lhe confere o art. 64, V, da Constituição

Estadual, e com fundamento no art. 37, caput, da Lei Estadual nº 6.968, de 30 de dezembro de 1996,

considerando a impossibilidade de o Estado regularizar, no presente momento, o repasse das verbas devidas aos contribuintes

beneficiários do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Industrial do Rio Grande do Norte (PROADI);

considerando que tais recursos são destinados ao pagamento de parte do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de

Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) devido pelos

contribuintes beneficiários do PROADI;

considerando que o inadimplemento de obrigações tributárias por parte de contribuintes beneficiários do PROADI pode excluí-

los desse Programa Público; e

considerando a impossibilidade de responsabilizar os contribuintes beneficiários do PROADI pelo inadimplemento de parte das

obrigações tributárias relativas ao ICMS, que deveriam ser quitadas com receitas oriundas do PROADI, decreta:

Art. 1º - Fica prorrogado, excepcionalmente, até o dia 15 de agosto de 2012, o prazo para a quitação de débitos tributários

referentes ao Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte

Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS), sujeitos ao recolhimento segundo o Código de Receitas Estaduais 1210

- ICMS REGIME MENSAL DE APURAÇÃO, devidos por contribuintes beneficiários do Programa de Apoio ao Desenvolvimento

Industrial do Rio Grande do Norte (PROADI), com vencimento até a data da publicação deste Decreto.

Parágrafo único - A prorrogação de que trata o caput deste artigo só se aplica aos contribuintes que estejam adimplentes quanto

ao pagamento da parcela do ICMS que lhes cabe, de acordo com o contrato de mútuo firmado para participar do PROADI.

Art. 2º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Palácio de Despachos de Lagoa Nova, em Natal, 26 de julho de 2012, 191º da Independência e 124º da República.

ROSALBA CIARLINI

José Airton da Silva

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39

RIO GRANDE DO SUL SECRETARIA DA CIÊNCIA, INOVAÇÃO E DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO

RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 5, DE 2012

DOE-RS de 26/07/2012 (nº 144, pág. 40)

Regulamenta a forma de apuração e os requisitos para fruição do incentivo do Programa PRÓ-INOVAÇÃO/RS

O Comitê Permanente do PRÓ-INOVAÇÃO/RS no uso de suas atribuições e em conformidade com o disposto no parágrafo

quarto do art. 5º do Decreto nº 46.781, de 04 de dezembro de 2009, resolve:

Art. 1º - Estabelecer requisitos e condições atinentes à fruição do incentivo do Programa PRÓ-INOVAÇÃO/ RS, bem como a

forma de apuração da taxa efetiva de crescimento do faturamento bruto, do ICMS incremental e do valor do incentivo mensal

das empresas incentivadas.

Parágrafo único - Para os efeitos desta Resolução, considera-se:

a) incremento do faturamento bruto, a parcela do faturamento bruto que exceder ao valor estabelecido para base fixa do

faturamento bruto;

b) faturamento bruto, a receita bruta decorrente de vendas das mercadorias produzidas pelos estabelecimentos incentivados e

de outras operações de circulação de mercadorias constantes no art. 4º desta Resolução, excluídas as devoluções;

c) base fixa do faturamento bruto, o valor do faturamento bruto relativo ao período anterior ao do protocolo da carta-consulta

de solicitação do incentivo;

d) ICMS incremental, a parcela do ICMS devido que exceder, no mês, a base mensal do ICMS;

e) ICMS devido, o valor do ICMS devido apurado após os ajustes de que trata o art. 9º desta Resolução;

f) base mensal do ICMS, o valor correspondente à média aritmética do ICMS devido, atualizada pelo IPCA, relativo ao período

anterior ao protocolo da carta-consulta de solicitação do incentivo;

g) insumos, bens e serviços adquiridos, as operações escrituradas nos livros fiscais nos Códigos Fiscais de Operações e

Prestações - CFOPs constantes no § 1º do art.19 desta Resolução.

DOS ESTABELECIMENTOS CONSIDERADOS PARA O CÁLCULO DO INCENTIVO

Art. 2º - Integrarão a base de cálculo do incentivo o faturamento bruto e o ICMS devido de todos os estabelecimentos industriais

da empresa, situados no Estado, cujas operações estejam diretamente relacionadas com as atividades inovadoras.

§ 1º - A critério da Secretaria da Fazenda, poderão ser incluídos no cálculo operações efetuadas por estabelecimentos

comerciais da empresa com produtos fabricados pelos estabelecimentos industriais relacionados com as atividades inovadoras.

§ 2º - Os estabelecimentos incentivados serão relacionados no Termo de Ajuste firmado entre a Empresa e a Secretaria da

Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico - SCIT, a Secretaria da Fazenda - SEFAZ e a Secretaria do Desenvolvimento e

Promoção do Investimento - SDPI.

DA APURAÇÃO DA BASE FIXA E DO INCREMENTO DO FATURAMENTO BRUTO

Art. 3º - A base fixa do faturamento bruto será calculada pela Divisão de Estudos Econômicos - DEE da Receita Estadual da

Secretaria da Fazenda, e compreenderá, tratando-se de empresa já existente no Estado:

40

a) os doze meses antecedentes ao do protocolo da carta-consulta; ou

b) período alternativo, quando o período referido na alínea anterior não refletir adequadamente as reais condições de operação

da empresa.

§ 1º - Na hipótese de ser adotado período alternativo, considerar-se-á, para efeitos do cálculo da taxa efetiva de crescimento do

faturamento bruto, esse período como se fosse o compreendido pelos doze meses antecedentes ao do protocolo da carta-

consulta.

§ 2º - Tratando-se de empresa nova ou sem antecedentes de faturamento bruto no Estado, a base fixa será considerada como

sendo zero.

Art. 4º - O faturamento bruto será apurado mensalmente considerando-se o somatório dos valores das operações de saída de

mercadorias, escrituradas nos livros fiscais nos Códigos Fiscais de Operações e Prestações - CFOPs a seguir relacionados, dele

deduzidos os valores relativos à substituição tributária e os valores das operações de entradas de mercadorias referentes às

devoluções de vendas:

Saídas:

Natureza da Operação CFOP

Operações Internas 5.101, 5.103, 5.105, 5.109, 5.111, 5.113, 5.116, 5.118, 5.122,

5.124, 5.125, 5.401, 5.402, 5.501.

Operações Interestaduais 6.101, 6.103, 6.105, 6.107, 6.109, 6.111, 6.113, 6.116, 6.118,

6.122, 6.124, 6.125, 6.151, 6.155, 6.401, 6.402, 6.408, 6.501.

Operações Exportação 7.101, 7.105 e 7.127.

Entradas:

Natureza da Operação CFOP

Operações Internas 1.201, 1.203, 1.207, 1.410 e 1.503.

Operações Interestaduais 2.201, 2.203, 2.208, 2.410 e 2.503.

Operações Exportação 3.201 e 3.211.

§ 1º - A Receita Estadual poderá, por meio de informação emitida pela DEE, autorizar a inclusão de valores escriturados em

outros CFOPs para apuração do faturamento bruto.

§ 2º - Os valores apurados mensalmente serão atualizados pela variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo -

IPCA, medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, ocorrida entre o mês de apuração e o mês de referência

do cálculo.

Art. 5º - A base fixa do faturamento bruto será o valor resultante do somatório, no período referido no art. 3º, dos valores

apurados, mensalmente, conforme o artigo anterior.

41

Art. 6º - O incremento do faturamento bruto corresponderá ao valor da parcela do faturamento bruto dos últimos doze meses,

incluído o de referência, que exceder o valor da base fixa atualizada.

§ 1º - O disposto no caput não se aplica na hipótese de incremento verificado nos onze meses subsequentes ao período

considerado para a base fixa do faturamento, hipótese em que o incremento do faturamento bruto corresponderá ao valor da

parcela do faturamento bruto ocorrido a partir do mês do protocolo da carta-consulta que exceder o valor atualizado da base

fixa proporcional ao número de meses decorridos do período considerado para a base fixa do faturamento.

Art. 7º - A taxa efetiva de crescimento do faturamento bruto no mês, para fins do disposto no art. 19 desta Resolução, será a

resultante da relação entre o incremento apurado e a base fixa considerada, elevada à potência na fração cujo numerador é

doze e o denominador é número de meses decorridos a partir do protocolo da carta-consulta.

Taxa efetiva de crescimento = {1 + ( incremento apurado)} ^(12/m)

Base fixa

Onde m = número de meses decorridos a partir do protocolo da carta-consulta

Parágrafo único - Na hipótese de empresa com base fixa de faturamento igual a zero ou com base fixa calculada sobre um

período inferior a doze meses de faturamento, a taxa efetiva de crescimento do faturamento bruto será calculada a partir do

13º mês de faturamento e será resultante:

a) do 13º ao 23º mês de faturamento, da relação entre o incremento apurado a partir do 13º mês e o faturamento bruto

proporcional ocorrido nos doze meses iniciais;

b) a partir do 24º mês de faturamento, da relação entre o incremento apurado nos últimos doze meses e o faturamento bruto

ocorrido nos doze meses iniciais.

DA APURAÇÃO DA BASE MENSAL DO ICMS

Art. 8º - A base mensal do ICMS será calculada pela Divisão de Estudos Econômicos - DEE da Receita Estadual da Secretaria da

Fazenda, e compreenderá, tratando-se de empresa já existente no Estado:

a) os doze meses antecedentes ao do protocolo da carta-consulta; ou b) período alternativo, quando o período referido na

alínea anterior não refletir adequadamente as reais condições de operação da empresa.

Parágrafo único - Na hipótese de empresa com base fixa de faturamento igual à zero, a base mensal será considerada como

sendo igual à zero.

Art. 9º - Para o cálculo da base mensal do ICMS, deverá ser considerado o ICMS devido apurado com base nas Guias de

Informação e Apuração do ICMS - GIAS dos estabelecimentos considerados para o cálculo, mês a mês, com os seguintes ajustes:

I - serão incluídos no cálculo do ICMS devido:

a) o saldo credor transportado do mês anterior após os ajustes;

b) os créditos por entradas, inclusive os decorrentes de importação;

c) os créditos recebidos por transferência de outros estabelecimentos considerados para o cálculo;

d) os créditos presumidos;

e) outros créditos não relacionados nas alíneas anteriores e no inciso seguinte;

f) os débitos por saídas;

42

g) os débitos por importação;

h) os débitos por transferência de créditos para outros estabelecimentos considerados para o cálculo;

i) outros débitos não relacionados nas alíneas anteriores e no inciso seguinte;

II - serão excluídos do cálculo do ICMS devido:

a) os créditos recebidos por transferência, exceto os relacionados na alínea "c" do inciso anterior;

b) os créditos por compensação;

c) os débitos de responsabilidade compensáveis;

d) os débitos por transferência de créditos, exceto os relacionados na alínea "h" do inciso anterior;

e) os débitos por compensação.

Parágrafo único - No primeiro mês de apuração, não será considerado o ajuste previsto na alínea "a" do inciso I.

Art. 10 - O valor do ICMS devido no mês será o resultante da variação positiva entre o somatório dos débitos e o dos créditos de

todos os estabelecimentos considerados para o cálculo.

§ 1º - Na hipótese de o resultado encontrado ser um valor negativo (quando a soma dos créditos for maior do que a soma dos

débitos), esse resultado deverá ser transportado para o cálculo do mês subsequente (saldo credor transportado a que se refere

a alínea "a" do inciso I do artigo 9º), atribuindo-se zero ao ICMS devido do mês.

§ 2º - Os valores apurados mensalmente serão atualizados pela variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo -

IPCA, medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, ocorrida entre o mês de apuração e o mês anterior ao do

protocolo da carta-consulta.

Art. 11 - O valor da base mensal do ICMS, atribuído para o mês de referência anterior ao do protocolo da carta-consulta, será o

correspondente à média aritmética dos valores do ICMS devido apurado em cada mês do período considerado para cálculo.

DA APURAÇÃO DO ICMS INCREMENTAL

Art. 12 - A apuração do ICMS incremental será efetuada pela empresa beneficiária obedecendo aos critérios gerais de cálculo

estabelecidos nesta Resolução e aos específicos constantes no respectivo Termo de Ajuste.

Art. 13 - O ICMS incremental será apurado mensalmente a partir do início da vigência do Termo de Ajuste.

Art. 14 - Para o cálculo do ICMS incremental, a empresa deverá apurar o ICMS devido de todos os estabelecimentos

considerados para o cálculo , nos termos previstos nos arts. 9º e 10.

Art. 15 - O ICMS incremental será a variação positiva entre o ICMS devido do mês de referência e a base mensal do ICMS

atualizada, até o mês de referência, pelo índice referido no § 2º do art.10.

Art. 16 - Se o ICMS devido for inferior à base mensal ocorrerá variação negativa, hipótese em que esse valor deverá ser

transportado para redução da apuração do ICMS incremental dos meses subsequentes.

DO VALOR DO INCENTIVO

Art. 17 - O valor do incentivo em cada mês resultará da aplicação do percentual de benefício estabelecido no Termo de Ajuste

sobre o valor do ICMS incremental apurado, observado o disposto no artigo seguinte.

43

Art. 18 - Na hipótese em que a taxa efetiva de crescimento do faturamento bruto ou a participação dos insumos adquiridos

produzidos no Estado for inferior ao considerado na pontuação do benefício, o valor do incentivo do mês será reduzido ao valor

equivalente ao da aplicação do percentual de benefício que seria atribuído considerando:

a) a taxa efetiva de crescimento do faturamento bruto no mês;

b) a participação efetiva das aquisições de insumos, bens e serviços produzidos no Estado em relação ao total das aquisições no

mês.

§ 1º - A participação efetiva das aquisições de insumos, bens e serviços produzidos no Estado em relação ao total das aquisições

será apurada mensalmente considerando-se o somatório dos valores das operações de entradas de mercadorias, bens e

serviços, escrituradas nos livros fiscais nos Códigos Fiscais de Operações e Prestações - CFOPs a seguir relacionados, dele

deduzidos os valores relativos à substituição tributária e os valores das operações de saídas referentes às devoluções:

Natureza da Operação CFOP

Operações Internas 1.101, 1.111, 1.120, 1.122, 1.124, 1.125, 1.252, 1.302, 1.352,

1.401, 5.201, 5.410.

Operações Interestaduais 2.101, 2.111, 2.116, 2.120, 2.122, 2.124, 2.125, 2.151, 2.252,

2.302, 2.352, 2.401, 2.408, 6.201, 6.410

Operações Importação 3.101, 3.127, 7.201 e 7.211

§ 2º - A empresa não poderá apropriar-se do incentivo no mês em que a taxa efetiva de crescimento do faturamento bruto for

inferior a 10% ao ano ou quando o percentual de benefício ajustado nos termos do caput for inferior a 30%.

Art. 19 - O valor do incentivo mensal estará limitado, em qualquer hipótese:

a) a 3% do valor do faturamento bruto dos estabelecimentos incentivados;

b) ao efetivo saldo devedor do ICMS apurado nas GIAs em conformidade com a legislação tributária estadual, antes da

apropriação do crédito presumido relativo ao Programa PRO-INOVAÇÃO/RS.

Art. 20 - O benefício será apropriado sob a forma de crédito fiscal presumido, nos termos previstos no inciso CII do art. 32 do

Livro I do Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto nº 37.699/97.

DAS DISPOSIÇÕES ESPECIAIS

Art. 21 - A empresa beneficiária receberá, após a assinatura do Termo de Ajuste, da Divisão de Estudos Econômicos da Receita

Estadual da Secretaria da Fazenda, em meio eletrônico, modelo de apuração do incentivo com base nas normas estabelecidas

nesta Resolução.

Art. 22 - A ocorrência de alterações societárias que envolvam empresas incentivadas do Programa PRO-INOVAÇÃO/RS (fusões,

incorporações, cisões, aquisições e outras) deverá ser comunicada ao Comitê Permanente, no prazo de até 15 (quinze) dias do

arquivamento do respectivo ato na Junta Comercial, com vistas à assinatura de Termo Aditivo de Rerratificação dos

compromissos anteriormente assumidos no Termo de Ajuste, o qual será submetido à consideração daquele Comitê.

Art. 23 - Nos casos em que a empresa beneficiária tenha relação de interdependência, seja controladora ou controlada por outra

empresa, nos termos previstos nos incisos III e IV do art. 1º do Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto nº 37.699/97, ou

44

faça parte de um grupo controlado por uma "holding", o Comitê Técnico poderá adotar outros critérios não previstos nesta

Resolução, de forma a preservar o faturamento e o ICMS devido anteriores à concessão do benefício.

Parágrafo único - Sob pena de arquivamento do processo de solicitação ou de cessação do benefício concedido, fica a empresa

obrigada a declarar na apresentação da carta-consulta ou em 30 (trinta) dias após a ocorrência do evento, seu enquadramento

em qualquer das situações descritas no caput deste artigo.

Art. 24 - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

45

LEI Nº 14.056, DE 23 DE JULHO DE 2012

DOE-RS de 24/07/2012 (nº 142, pág. 2)

Introduz modificações na Lei nº 8.820, de 27 de janeiro de 1989, que institui o Imposto sobre Operações Relativas à Circulação

de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS - e dá

outras providências.

O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL.

Faço saber, em cumprimento ao disposto no artigo 82, inciso IV, da Constituição do Estado, que a Assembléia Legislativa

aprovou e eu sanciono e promulgo a Lei seguinte:

Art. 1º - Na Lei nº 8.820, de 27 de janeiro de 1989, que institui o Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias

e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS - e dá outras

providências, ficam introduzidas as seguintes modificações:

I - no art. 33, ficam acrescentados a alínea "g" ao inciso I e o inciso XI, conforme segue:

"Art. 33 - ....................

I - ...................................................................

g) o estabelecimento atacadista, se assim for estabelecido em regulamento;

....................................

XI - nas operações subsequentes promovidas por contribuintes deste Estado, o contribuinte de outra unidade da Federação que

a eles remeta mercadorias, desde que tenha sido celebrado Termo de Acordo entre a Receita Estadual e o contribuinte

remetente das mercadorias.

....................................";

II - é dada nova redação ao inciso I do art. 34 e fica acrescentada a alínea "d", conforme segue:

"Art. 34 - ....................

I - nas saídas das mercadorias relacionadas em regulamento, exceto nas hipóteses previstas nos incisos II e III deste artigo, pela

aplicação da alíquota interna respectiva sobre a base de cálculo a seguir indicada, deduzindo-se, do valor resultante, o débito

fiscal próprio:

....................................

d) em substituição ao disposto na alínea"c", a base de cálculo poderá ser o preço ao consumidor final usualmente praticado no

mercado considerado, relativamente à mercadoria ou sua similar, determinado segundo o disposto no art. 35;

.................................".

Art. 2º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 23 de julho de 2012.

TARSO GENRO - GOVERNADOR DO ESTADO

Registre-se e publique-se.

46

CARLOS PESTANA NETO - Secretário Chefe da Casa Civil.

47

RONDÔNIA SECRETARIA DE ESTADO DE FINANÇAS

COORDENADORIA DA RECEITA ESTADUAL

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 6, DE 19 DE JULHO DE 2012

DOE-RO de 23/07/2012 (nº 2020, pág. 30)

Disciplina a formalização das provas eletrônicas no PAT - Processo Administrativo Tributário decorrente de Auto de Infração.

O COORDENADOR-GERAL DA RECEITA ESTADUAL no uso de suas atribuições legais;

considerando a instituição progressiva e em caráter nacional de documentos fiscais eletrônicos e escrituração fiscal digital;

considerando a necessidade de que os procedimentos de fiscalização se amoldem à realidade de documentos fiscais assinados

por certificação digital, que atesta sua autenticidade apenas no meio eletrônico;

considerando a necessidade de informatizar o Processo Administrativo Tributário decorrente de auto de infração, para

incorporar o uso de documentos fiscais eletrônicos, determina:

Art. 1º - Esta Instrução Normativa disciplina a formalização das provas eletrônicas no PAT - Processo Administrativo Tributário

decorrente de Auto de Infração.

Art. 2º - Ao Processo Administrativo Tributário podem ser juntadas quaisquer provas admitidas em Lei.

Art. 3º - Provas eletrônicas são arquivos digitais e podem corresponder a:

I - documentos fiscais eletrônicos previstos na legislação tributária;

II - arquivos do SPED - Sistema Público de Escrituração Digital;

III - outros arquivos digitais previstos na legislação;

IV - fotografias e demais imagens digitais;

V - documentos preparados pela fiscalização que contenham elementos que fundamentem a ação fiscal ou demonstrem a sua

base de cálculo.

Art. 4º - Os documentos elaborados pela fiscalização para demonstrar a base de cálculo ou fundamentar a ação fiscal devem

estar gravadas em formato "PDF" - Portable Document Format ou formato planilha de cálculo ".XLS", podendo ser gerado por

software livre e devem ser assinados por meio de certificado digital válido na raiz do ICP-Brasil.

§ 1º - A assinatura por certificado digital pode ser substituída pela indicação dos códigos de autenticação - "hash code" dos

arquivos digitais, na forma prevista no artigo 535-BL do RICMS-RO, relacionados num documento de resumo da ação fiscal,

assinado na forma indicada no caput deste artigo, onde também será indicada a base de cálculo do auto de infração.

§ 2º - Quando se tratar de PAT iniciado em papel, enquanto for mantido este procedimento, alternativamente à assinatura por

certificado digital do documento resumo da ação fiscal previsto no parágrafo 1º, este poderá ser impresso, assinado e dada

ciência ao sujeito passivo.

§ 3º - Os arquivos digitais correspondentes aos documentos cuja existência eletrônica esteja prevista na legislação dispensam

assinatura digital pela fiscalização.

48

Art. 5º - A organização do arquivo eletrônico deve permitir a identificação do conteúdo dos campos e informações ali

constantes, podendo-se utilizar legendas, e devendo-se observar a nomenclatura constante do regulamento do imposto.

Art. 6º - As provas eletrônicas de que trata esta instrução normativa serão juntadas ao sistema do Processo Administrativo

Tributário Eletrônico e disponibilizadas ao autuado por meio do Portal do Contribuinte, sendo cientificado o contribuinte

automaticamente por meio do Domicílio Eletrônico Tributário.

§ 1º - Quando se tratar de PAT iniciado em papel, enquanto for mantido este procedimento, alternativamente ao procedimento

indicado no caput, as peças produzidas em formato digital serão gravadas em mídia ótica, CD ou DVD e juntadas ao processo,

bem como entregues ao contribuinte, conforme modelo de termo de ciência e juntada constante do anexo único.

§ 2º - Na superfície da mídia indicada no parágrafo 1º deste artigo será inscrito o número do PAT, bem como o número de

ordem da mídia caso haja mais de uma.

§ 3º - No caso da ciência editalícia, a via da mídia a ser entregue ao contribuinte será anexada à contra-capa do PAT, juntamente

com a cópia do termo de ciência e juntada.

§ 4º - Quando o autuado não for inscrito no Cadastro de Contribuintes do Estado, além do procedimento previsto no caput

deste artigo, as peças produzidas em formato digital serão gravadas em mídia que lhe será entregue ou remetida ao seu

endereço, e o recibo de entrega ou Aviso de Recebimento digitalizado, convertido ao formato "PDF" será juntado ao Processo

Administrativo Tributário Eletrônico.

§ 5º - Todos os documentos digitais referenciados ou utilizados para fundamentar a ação fiscal devem atender ao disposto neste

artigo.

Art. 7º - Esta Instrução Normativa entra em vigor na data da sua publicação.

ALESSANDRO DE SOUZA PINTO SCULTETUS - Coordenador-Geral da Receita Estadual

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SERGIPE SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDA

GABINETE DO SECRETÁRIO

PORTARIA Nº 468, DE 20 DE JULHO DE 2012

DOE-SE de 27/07/2012 (nº 26.532, pág. 7)

Acrescenta Item ao Anexo Único da Portaria nº 307/2012 - SEFAZ, de 29 de maio de 2012, que estabelece a Pauta Fiscal de

valores mínimos para cobrança do ICMS retido ou antecipado nas operações com cerveja, chope, refrigerante, xarope ou extrato

concentrado destinado ao preparo de refrigerante em maquina pré-mix e post-mix, bebidas hidroeletrolíticas (isotônicas) e

energéticas e água mineral.

O SECRETÁRIO DE ESTADO DA FAZENDA DE SERGIPE, no uso das atribuições que lhe são conferidas nos termos do art. 90, incisos

I e II, da Constituição Estadual, considerando o disposto no art. 86 da Lei nº 3.796, de 26 de dezembro de 1996, que dispõe

quanto ao Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte

Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS, e ainda no art. 687 do Regulamento do ICMS - RICMS, aprovado pelo

Decreto nº 21.400, de 10 de dezembro de 2002, resolve:

Art. 1º - O Anexo Único da Portaria nº 307/2012 - SEFAZ, de 29 de maio de 2012, que estabelece a Pauta Fiscal de valores

mínimos para cobrança do ICMS retido ou antecipado nas operações com cerveja, chope, refrigerante, xarope ou extrato

concentrado destinado ao preparo de refrigerante em máquina pré-mix e post-mix, bebidas hidroeletrolíticas (isotônicas) e

energéticas e água mineral, passa a vigorar acrescido do item a seguir indicado, com a seguinte redação

"ANEXO ÚNICO

Produto / Marca / Tipo Base de Cálculo ICMS

Substituto

REFRIGERANTES

REFRIGERANTE EM GARRAFA RETORNÁVEL DE 200 ml

.......................................................................................................................................................................................

REFRIGERANTE EM GARRAFA PET DE 1.000 ml

........................................... ..................................... .......................................

Indaiá R$ 1,75

Itubaina Schincariol .................................... .....................................

...................................................................................................................................................................................... "

Art. 2º - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, produzindo seus efeitos a partir do 5º (quinto) dia útil após a

publicação, Aracaju, 20 de julho de 2012

51

JOÃO ANDRADE VIEIRA DA SILVA - Secretário de Estado da Fazenda

52

SÃO PAULO SECRETARIA DA FAZENDA

COORDENADORIA DA ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA

PORTARIA CAT Nº 91, DE 25 DE JULHO DE 2012

DOE-SP de 26/07/2012 (nº 139, Seção I, pág. 28)

Altera a Portaria CAT 140/10, de 09/09/2010, que disciplina o credenciamento de pessoa jurídica, na condição de sujeito passivo

de tributos estaduais, para recebimento de comunicação eletrônica por meio do Domicílio Eletrônico do Contribuinte - DEC.

O Coordenador da Administração Tributária, tendo em vista o disposto no Decreto 56.104/10, de 18/08/2010, e na Resolução SF

141/10, de 28/12/2010, expede a seguinte portaria:

Art. 1º - Fica acrescentado o artigo 6ºA à Portaria CAT 140/10, de 9 de setembro de 2010, com a redação que se segue:

"Art. 6ºA - O disposto nesta portaria, exceto o § 3º do artigo 2º, aplica-se também ao:

I - produtor rural, à cooperativa de produtores rurais e à sociedade em comum de produtor rural, desde que pretendam solicitar

o credenciamento no Sistema e-CredRural, nos termos da Portaria CAT 153/11, de 9 de novembro de 2011;

II - notário, registrador e às demais pessoas responsáveis pelo exercício da atividade notarial ou de registro, nos termos da

Portaria CAT 15/12, de 9 de fevereiro de 2012." (NR).

Art. 2º - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

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CONHECIMENTO CONTÁBIL

PIS E COFINS - CRÉDITOS SOBRE DEPRECIAÇÃO DE EDIFICAÇÕES E BENFEITORIAS

No cálculo dos créditos de PIS e COFINS não cumulativos, integram o custo das edificações e benfeitorias em imóveis próprios

ou de terceiros utilizados nas atividades da empresa, todos os custos diretos e indiretos relacionados com a construção.

Contudo, para os fins do disposto no artigo 3o, VII, das leis 10.637/2002 e 10.833/2003, devem ser respeitadas as vedações

legais, motivo pelo qual nem todos os custos alocados à aludidas edificações e benfeitorias admitem a apuração dos créditos da

não cumulatividade, sendo recomendável a segregação dessas parcelas na própria contabilidade da pessoa jurídica.

Exemplo:

A empresa ABC realizou benfeitorias em prédio locado, para melhor atender as necessidades de sua fábrica e adequá-la às

normas de segurança. O custo total foi de R$ 100.000,00, sendo que desse valor R$ 30.000,00 foi gasto com mão-de-obra de

pessoas físicas e R$ 70.000,00 com materiais e serviços de pessoas jurídicas especializadas.

Considerando que a mão-de-obra de pessoas físicas, por sua natureza, não gera direito a apropriação de créditos, estes serão

apropriados somente sobre o custo restante de R$ 70.000.00.

Juros Capitalizados

Outro tema interessante trata dos juros pagos ou incorridos, vinculados à aquisição de bens do ativo imobilizado. As normas de

contabilidade requerem a capitalização dos encargos financeiros vinculados aos ativos qualificáveis (ocorre muito com

financiamento para construção, por exemplo).

Nos anos-calendário anteriores a 2008 os juros eventualmente capitalizados aumentaram o valor da quota de depreciação. A

administração tributária posiciona-se contrária a apropriação de crédito sobre a referida parcela, por falta de autorização legal,

pois entende que esta ainda se configura como despesa financeira.

A partir do ano-calendário de 2008, em relação aos referidos custos ou despesas capitalizados, a pessoa jurídica sujeita ao

Regime Tributário de Transição (RTT) é obrigada a promover ajustes, devendo ser considerados, para fins tributários, os

métodos e critérios contábeis vigentes em 31 de dezembro de 2007.

Veja o posicionamento da 10a Região Fiscal, através da Solução de Consulta RFB 60/2011.

Parcela de Reavaliação

No cálculo dos créditos não podem ser computados os valores decorrentes da reavaliação de máquinas, equipamentos e

edificações.

Base Normativa: § 1º, artigo 2o da Instrução Normativa SRF 457/2004.

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O SIMPLES NACIONAL E O REGIME DE SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA DO ICMS

A premissa básica que deveria nortear a legislação do Simples Nacional é a de dispensar tratamento tributário favorecido às

empresas optantes, reduzindo a burocracia fiscal e a carga tributária sobre os pequenos empreendimentos. A própria

Constituição Federal dispõe esse assunto nestes termos:

"Art. 179. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios dispensarão às microempresas e às empresas de pequeno

porte, assim definidas em lei, tratamento jurídico diferenciado, visando a incentivá-las pela simplificação de suas obrigações

administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias, ou pela eliminação ou redução destas por meio de lei."

Na prática, porém, isto não ocorre.

Ao invés de tratamento jurídico diferenciado, continua-se a criar dificuldades administrativas e financeiras para as empresas de

pequeno porte. A complexidade da legislação do Simples Nacional, por si só, já é uma afronta à Carta Magna.

Não bastasse o exposto, quero citar a sujeição dessas empresas ao regime de substituição tributária do ICMS.

Neste regime, por exemplo, uma pequena indústria que se enquadre na condição de substituta tributária é obrigada a calcular e

recolher o ICMS por toda a cadeia comercial, ou seja, deve projetar o valor que será cobrado do consumidor final e calcular o

ICMS, recolhendo-o antecipadamente.

Por exemplo, a indústria "X" efetua com a comercial "Y" uma operação sujeita a substituição tributária no valor de R$ 10.000,00.

O preço estimado de venda ao consumidor final será acrescido de uma margem agregada de 40%*. Com estes dados a indústria

calculará e recolherá o seguinte valor de ICMS na condição de substituta tributária:

- Valor de venda da indústria: R$ 10.000,00

- Margem Agregada pelo comerciante: R$ 4.000,00

- Valor de Venda do comerciante: R$ 14.000,00

- ICMS a ser recolhido pela indústria na condição de substituta tributária: ((R$ 14.000,00 - R$ 10.000,00)*18% ) = R$ 720,00

* Margem de Valor Agregado (hipotética) que se estima que o comerciante da fase subsequente vá adicionar. A efetiva MVA é

divulgada por intermédio de convênios e protocolos firmados pelos estados e através dos respectivos regulamentos estaduais.

Assim, presume-se que o ICMS devido nas fases posteriores de comercialização será de R$ 720,00. Este valor será calculado e

recolhido à parte do Simples Nacional pela empresa industrial, sendo adicionado na nota fiscal de venda para repasse ao seu

cliente.

Verifica-se, aqui, uma situação esdrúxula, pois a pequena empresa industrial está financiando o Estado, tendo que repassar o

imposto antes mesmo de receber a fatura do seu cliente. Uma verdadeira inversão de papéis!

E se o cliente não pagar a conta? Além da perda comercial o pequeno empresário também amargará o custo fiscal.

A burocracia fiscal é outro sério entrave para o pequeno industrial, por conta de informações acessórias a serem prestadas ao

fisco e, sobretudo, a necessidade de acompanhamento contínuo da legislação. Diariamente são divulgadas normas tratando do

assunto. O ICMS substituto deve obedecer às regras da unidade federada de destino da mercadoria. Portanto se a empresa

transacionar com 10 estados, terá que, obrigatoriamente, acompanhar de perto 10 legislações diferentes.

Como visto, as empresas optantes pelo Simples Nacional podem ser afetadas pelo regime de substituição tributária, tanto na

condição de substitutas quanto substituídas. Desta forma é importante que o pequeno empresário tenha em mente as seguintes

diretrizes:

56

1) Caso a empresa comercial se encontre na condição de substituída tributária, deve, na comercialização de itens sujeitos ao

referido regime, informar as respectivas receitas destacadamente no Programa Gerador do Documento de Arrecadação do

Simples - PGDAS, de modo que estas sejam desconsideradas no cálculo do ICMS. No entanto, devem ser mantidas para o cálculo

dos demais tributos abrangidos pelo Simples Nacional.

Neste caso não haverá valor a recolher referente ao ICMS próprio, pois o imposto foi calculado e recolhido integralmente pela

indústria.

Adotemos como exemplo uma pequena farmácia, que, dentre outros itens, adquire medicamentos da indústria para revenda. O

ICMS que seria devido já foi integralmente calculado e recolhido pela indústria, na condição de substituta tributária. Desta

forma, quando a farmácia for informar as receitas no PGDAS destacará a revenda de mercadorias com substituição tributária,

assim o aplicativo não gerará o ICMS sobre essa parcela do faturamento.

Então teríamos:

- Comercialização de itens sujeitos a ST: R$ 10.000,00

- Faturamento total da Farmácia no mês : R$ 14.000,00

- Base tributável do ICMS na forma do Simples Nacional: R$ 4.000,00

2) Na condição de substituta tributaria, a indústria optante deverá recolher à parte o ICMS devido por substituição. O ICMS

próprio, por sua vez, deverá ser recolhido dentro do Simples Nacional. A sistemática de cálculo está prevista nos artigos 13 e 77

da Lei Complementar 123/2006, com redação dada pela Lei Complementar 128/2008.

Neste caso haverá valor a recolher referente a ICMS próprio, pois a receita será tributada normalmente por dentro do Simples

Nacional, todavia, adicionalmente, o imposto devido por substituição tributária será calculado nos termos das demais empresas

não optantes e recolhido em guia própria.

O risco de incorrer em erros e posteriormente sofrer autuações inesperadas é grande. Entre tantas outras preocupações

operacionais e financeiras o pequeno empresário não precisava conviver com mais este incômodo fiscal.

57

O IMPRESCINDÍVEL PAPEL DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL EM MATÉRIA TRIBUTÁRIA

A Constituição Federal é o “coração” do Sistema Tributário Nacional.

Nos artigos 145 a 162 da Carta Magna:

- se encontram os princípios gerais da tributação;

- se encontram as competências tributárias da União, dos Estados, dos municípios e do Distrito Federal,

- é estabelecida a forma de repartição das receitas tributárias e respectivas vinculações compulsórias e;

- as limitações ao poder de tributar.

Assim, a legislação complementar (infraconstitucional) não pode conflitar com as disposições constitucionais, caso contrário fica

caracterizado sua inconstitucionalidade e, de pronto, deve ter os seus efeitos extintos pelo Supremo Tribunal Federal (guardião

da Constituição Federal). Em matéria tributária, sempre surgem grandes embates envolvendo a inconstitucionalidade de leis,

quando advogados, na representação de seus clientes, buscam o poder judiciário para derrubar os costumeiros exageros da

legislação.

Ao cidadão comum é permitido fazer tudo aquilo que a lei não proíbe, ao passo que, ao administrador público, só é permitido

fazer o que a lei expressamente autoriza.

A Constituição Federal, portanto, é a fonte primária de toda ordem jurídica, assegurando ao cidadão comum as garantias contra

a ação do Estado, inclusive limitando o poder da União, Estados, Distrito Federal e Municípios para instituir, arrecadar e fiscalizar

os tributos.

Através dos seus artigos 145 a 162 a CF institui o Sistema Tributário Nacional.

58

LUCRO ARBITRADO

O arbitramento de lucro é uma forma de apuração da base de cálculo do imposto de renda utilizada pela autoridade tributária

ou pelo contribuinte.

É aplicável pela autoridade tributária quando a pessoa jurídica deixar de cumprir as obrigações acessórias relativas à

determinação do lucro real ou presumido, conforme o caso. Por exemplo: quando o contribuinte optante pelo lucro real não

tem o livro diário ou razão, quando deixa de escriturar o livro inventário, etc.

Quando conhecida a receita bruta, e, desde que ocorrida qualquer das hipóteses de arbitramento previstas na legislação fiscal, o

contribuinte poderá efetuar o pagamento do imposto de renda correspondente com base nas regras do lucro arbitrado.

PERÍODO DE APURAÇÃO

A partir de 01.01.1997, a tributação com base no lucro arbitrado ocorrerá trimestralmente, em períodos de apuração

encerrados em 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendário (RIR/1999, art. 220 e 530).

APLICAÇÃO DO ARBITRAMENTO DE LUCRO

A partir de 01.01.1995, ocorrida qualquer das hipóteses que ensejam o arbitramento de lucro, previstas na legislação fiscal,

poderá o arbitramento:

I) ser aplicado pela autoridade fiscal, em qualquer dos casos previstos na legislação do imposto de renda (RIR/99, art. 530).

II) ser adotado pelo próprio contribuinte, quando conhecida a sua receita bruta (RIR/99, art. 531);

Nos anos-calendário de 1992 a 1994, o arbitramento do lucro recebeu o seguinte tratamento:

a) ano de 1992 - revogada a possibilidade do auto-arbitramento; a iniciativa do arbitramento passou a ser exclusivamente da

autoridade fiscal (Lei 8.383/1991, art.41);

b) anos de 1993 e 1994 - permaneceu como regra geral a exclusividade da iniciativa da autoridade fiscal, sendo dada, por

exceção, a possibilidade de o contribuinte poder arbitrar seu lucro nos casos fortuitos ou de força maior, como definido na Lei

Civil (Lei 8.383/1991, art. 41 c/c Lei 8.541/1992, art. 21).

FORMA DE OPÇÃO PELO CONTRIBUINTE

A tributação com base no lucro arbitrado será manifestada mediante o pagamento da primeira quota ou da quota única do

imposto devido, correspondente ao período de apuração trimestral em que o contribuinte, pelas razões determinantes na

legislação, se encontrar em condições de proceder o arbitramento do seu lucro.

HIPÓTESES DE ARBITRAMENTO

O imposto de renda devido trimestralmente será determinado com base nos critérios do lucro arbitrado quando (RIR/99 art.

530):

I) a escrituração a que estiver obrigado o contribuinte revelar evidentes indícios de fraudes ou contiver vícios, erros ou

deficiências que a tornem imprestável para:

identificar a efetiva movimentação financeira, inclusive bancária; ou

determinar o lucro real;

59

II) o contribuinte deixar de apresentar à autoridade tributária os livros e documentos da escrituração comercial e fiscal, ou

deixar de apresentar o Livro Caixa, no qual deverá estar escriturada toda a movimentação financeira, inclusive bancária, quando

optar pelo lucro presumido e não mantiver escrituração contábil regular;

III) o contribuinte optar indevidamente pelo lucro presumido;

IV) o comissário ou representante da pessoa jurídica estrangeira deixar de escriturar e apurar o lucro da sua atividade

separadamente do lucro do comitente, residente ou domiciliado no exterior;

V) o contribuinte não mantiver, em boa ordem e segundo as normas contábeis recomendadas, Livro Razão ou fichas utilizadas

para resumir, totalizar, por conta ou subconta, os lançamentos efetuados no Diário;

VI) o contribuinte não mantiver escrituração na forma das leis comerciais e fiscais, ou deixar de elaborar as demonstrações

financeiras exigidas pela legislação fiscal, nos casos em que o mesmo se encontre obrigado ao lucro real.

As pessoas jurídicas, cujas filiais, sucursais ou controladas no exterior não dispuserem de sistema contábil que permita a

apuração de seus resultados, terão os lucros decorrentes de suas atividades no exterior determinados, por arbitramento,

segundo as disposições da legislação brasileira (IN SRF 213/2002, art. 5o).

CRITÉRIO DE APURAÇÃO DO LUCRO ARBITRADO

O lucro arbitrado será apurado mediante a aplicação de percentuais:

sobre a receita bruta quando conhecida, segundo a natureza da atividade econômica explorada (RIR/1999, art. 532);

quando desconhecida a receita bruta, o lucro arbitrado também será apurado mediante a aplicação de coeficientes sobre

valores (bases) expressamente fixados pela legislação fiscal (RIR/1999, art. 535).

CÁLCULO DO ARBITRAMENTO QUANDO CONHECIDA A RECEITA BRUTA

A base de cálculo do lucro arbitrado será o montante determinado pela soma das seguintes parcelas (RIR/99, art. 532 e 536):

1) o valor resultante da aplicação de percentuais variáveis, conforme o tipo de atividade operacional exercida pela pessoa

jurídica, sobre a receita bruta auferida nos respectivos trimestres;

2) ao resultado obtido na forma do item 1 deverão ser acrescidos os ganhos de capital, os rendimentos e ganhos líquidos

auferidos em aplicações financeiras (renda fixa e variável), as variações monetárias ativas, as demais receitas e todos os

resultados positivos obtidos pela pessoa jurídica, inclusive os juros recebidos como remuneração do capital próprio, os

descontos financeiros obtidos, os juros ativos não decorrentes de aplicações e os demais resultados positivos decorrentes de

receitas não abrangidas no item anterior. Também deverão ser incluídos os valores recuperados correspondentes a custos e

despesas inclusive com perdas no recebimento de créditos, salvo se o contribuinte comprovar não ter deduzido tais valores em

período anterior no qual tenha se submetido à tributação com base no lucro real, ou que se refiram a período a que tenha se

submetido ao lucro presumido ou arbitrado (RIR/1999, art.536).

GANHOS NO EXTERIOR

Os lucros, rendimentos e ganhos de capital oriundos do exterior serão adicionados ao lucro arbitrado para determinação da

base de cálculo do imposto (RIR/99, art. 536, § 5o).

APRESENTAÇÃO DA DIPJ

A pessoa jurídica tributada com base no lucro arbitrado deverá apresentar, anualmente, a DIPJ.

60

Na hipótese de adoção do lucro arbitrado apenas em alguns dos períodos de apuração, e nos demais o regime de tributação

pelo lucro real ou presumido, deverá informar na DIPJ, juntamente com as demais informações exigidas pelo regime escolhido,

em quadro ou ficha específica utilizada para aquela forma de tributação, o(s) período(s) de apuração arbitrado(s).

LUCROS NO EXTERIOR

Os lucros, rendimentos e ganhos de capital oriundos do exterior serão adicionados ao lucro arbitrado para determinação da

base de cálculo do imposto.

DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS

Poderá ser distribuído a título de lucros, sem incidência do imposto de renda (quer na fonte quer na pessoa física), ao titular,

sócio ou acionista da pessoa jurídica, o valor correspondente ao lucro arbitrado, diminuído de todos os impostos e contribuições

(inclusive adicional do IR, CSLL, Cofins, PIS - ADN Cosit 04/1996) a que estiver sujeita a pessoa jurídica. Igualmente, a pessoa

jurídica poderá distribuir valor maior que o lucro arbitrado, também sem incidência do imposto de renda, desde que ela

demonstre, via escrituração contábil feita de acordo com as leis comerciais, que o lucro contábil efetivo é maior que o lucro

arbitrado.

Todavia, se houver qualquer distribuição de valor a título de lucros superior àquele apurado contabilmente, deverá ser

imputado à conta de lucros acumulados ou às de reservas de lucros de exercícios anteriores e estará sujeito à tributação do

imposto de renda com base na legislação específica vigente nos respectivos períodos anteriores, com acréscimos legais.

Inexistindo lucros acumulados ou reservas de lucros em montantes suficientes, bem assim quando se tratar de lucro que não

tenha sido apurado em balanço, a parcela excedente será submetida à tributação, no caso de pessoa física, com base na tabela

progressiva aplicável aos rendimentos do trabalho assalariado (IN SRF 93/1997, art. 48)

A isenção somente abrange os lucros distribuídos, não alcançando valores pagos a outros títulos, como por exemplo: pro labore,

aluguéis e serviços prestados, os quais se submeterão à tributação conforme a legislação que rege a matéria. No caso desses

rendimentos serem percebidos por pessoas físicas serão submetidos à tributação com base na tabela progressiva; no caso de

beneficiários pessoas jurídicas serão considerados como receita operacional, sendo passíveis ou não de tributação na fonte,

conforme a hipótese.

CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO

No caso de arbitramento, aplicam-se à contribuição social sobre o lucro líquido as mesmas normas de apuração e de pagamento

estabelecidas para pessoas jurídicas optantes pelo Lucro Presumido.

Observe-se que a alíquota da CSLL é a normal, ou seja, não existe o majoramento como no Imposto de Renda.

61

O QUE É LUCRO REAL?

Podemos dizer que o Lucro Real é a regra geral para a apuração do imposto de renda (Há também a possibilidade do Lucro

Presumido para empresas com faturamento anual de até R$ 48.000.000,00 e que não possuam outros impedimentos).

Ao mesmo tempo em que é o “regime geral” também é o mais complexo.

Neste regime, o imposto de renda é determinado a partir do lucro contábil, apurado pela pessoa jurídica, acrescido de ajustes

(positivos e negativos) requeridos pela legislação fiscal, conforme esquema a seguir:

Lucro (Prejuízo) Contábil

(+) Ajustes fiscais positivos (adições)

(-) Ajustes fiscais negativos (exclusões)

(=) Lucro Real ou Prejuízo Fiscal do período

Quando se trata do regime de Lucro Real pode haver, inclusive, situações de Prejuízo Fiscal, hipótese em que não haverá

imposto de imposto de renda a pagar.

Olhando somente pelo lado do imposto de renda, para uma empresa que opera com prejuízo, ou margem mínima de lucro,

normalmente optar pelo regime de Lucro Real é vantajoso. Porém, sempre é prudente que a análise seja estendida também

para a Contribuição Social sobre o Lucro e para as contribuições ao PIS e a COFINS, pois a escolha do regime afeta todos estes

tributos.

Pessoas Jurídicas Obrigadas ao Lucro Real

Algumas pessoas jurídicas estão obrigadas à apuração do Lucro Real, mesmo que sua receita bruta seja inferior a R$

48.000.000,00 (quarenta e oito milhões de reais), ou a R$ 4.000.000,00 (quatro milhões de reais) multiplicados pelo número de

meses de atividade do ano-calendário anterior, quando inferior a 12 meses (limite fixado pela Lei 10.637/2002).

Estão automaticamente obrigadas ao Lucro Real as pessoas jurídicas:

a) cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas,

sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores

mobiliários e câmbio, distribuidora de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de

crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de previdência privada aberta;

b) que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior;

Não confundir rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior com receitas de exportação.

As exportadoras podem optar pelo Lucro Presumido normalmente, desde que não estejam nas hipóteses de vedação.

A restrição deste item alcança aquelas empresas que tenham lucros gerados no exterior (como empresas Offshore, filiais

controladas e coligadas no exterior, etc.).

A prestação direta de serviços no exterior (sem a utilização de filiais, sucursais, agências, representações, coligadas, controladas

e outras unidades descentralizadas da pessoa jurídica que lhes sejam assemelhadas) não obriga á tributação do Lucro Real.

Vide Ato Declaratório Interpretativo 5/2001 SRF

c) que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam de benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do imposto;

62

Como exemplo de benefícios fiscais: o programa BEFIEX (isenção do lucro de exportação), redução do IR pelo Programa de

Alimentação do Trabalhador, projetos incentivados pela SUDENE e SUDAM, etc.

d) que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal pelo regime de estimativa, na forma do artigo 2º da

Lei 9.430/1996.

A opção pelo regime de tributação (Real, Presumido ou Arbitrado) se dá com o primeiro recolhimento, normalmente em janeiro.

e) que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de

crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, compras de direitos creditórios resultantes de vendas

mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring).

f) que explorem as atividades de securitização de créditos imobiliários, financeiros e do agronegócio (incluído pelo artigo 22 da

Medida Provisória 472/2009).

g) também estão obrigadas ao Lucro Real as empresas imobiliárias, enquanto não concluídas as operações imobiliárias para as

quais haja registro de custo orçado (IN SRF 25/1999). O custo orçado é a modalidade de tratamento contábil dos custos futuros

de conclusão de obras.

h) as Sociedades de Propósito Específico (SPE) constituídas por optantes pelo Simples Nacional deverão apurar o imposto de

renda das pessoas jurídicas com base no Lucro Real, conforme estipulado no artigo 56, § 2, IV da Lei Complementar 123/2006.

63

ESTÃO MATANDO A GALINHA DOS OVOS DE OURO

O Sistema Tributário Brasileiro é insuportável. Diariamente, 26 Estados e o DF despejam mudanças nas suas respectivas

legislações. Um contador que esteja em Manaus e cujos clientes vendam mercadorias sujeitas a substituição tributária, tem que

acompanhar, diariamente, as mudanças nos diversos estados envolvidos. Mesmo que leia diariamente todas as leis, terá ainda

que acompanhar as normas, portarias, instruções normativas, decretos, etc. numa parafernália sem fim de atos que tornam o

Brasil o campeão mundial em confusão tributária!

Se não bastasse este caos, ainda mais relevante é o "Oceano de Tributos", uma das cargas fiscais mais altas do planeta! Maior

que nações do primeiro mundo, cuja qualidade do serviço público é indiscutível, como Japão, Alemanha e EUA - veja a lista das

dezenas tributos incidentes no Brasil em www.portaltributario.com.br/tributos.htm.

Nós, brasileiros, sufocados pela ineficiência governamental e ainda por cima solapados pela super-tributação, temos que assistir

às orgias dos governos, que sempre gastam exageradamente, não cumprem promessas, não investem e, para solução dos seus

problemas, aumentam tributos!

E os "recordes de arrecadação", mensalmente anunciados pela Receita Federal? Apenas comprovam o que todos nós sabemos:

a fúria arrecadatória atingiu o ápice!

Milhares de empresas têm fechado, nos últimos anos, simplesmente porque não conseguem recolher seus tributos - não há

como repassar aos preços de mercadorias e serviços tamanha carga, e assim fecham as portas. Empresas que poderiam estar

gerando empregos, recolhendo tributos (razoáveis) e impulsionando nosso desenvolvimento. Mas a teimosia dos dirigentes

desta nação em gastar, tributar, espezinhar o contribuinte e caçar inimigos políticos via fiscalização tributária lembra a fábula da

galinha dos ovos de ouro, que foi morta pelo seu dono, no afã de usufruir mais rapidamente de seus benefícios...

Está na hora de empresários e contabilistas pressionarem, de todas formas lícitas, o executivo federal e o congresso nacional,

para que se detenham os gastos e desperdícios, se acelerem as reformas exigidas pelo país, se eliminem corrupção e a utilização

da máquina do governo para desencaminhar a sociedade, reduzindo-se a tributação sobre salários e negócios em geral.

Mas empresários, além de iniciativas organizadas, precisam estruturar seus negócios de forma mais econômica, elaborando

adequado planejamento tributário. E aí entra o contabilista, profissional indispensável no processo de sugerir opções de

racionalidade tributária.

Como exemplo de economia fiscal lícita, o contabilista pode indicar ao empresário:

1. Escolha entre Lucro Presumido ou Real, para fins de tributação pelo IRPJ e CSLL, ou ainda, pelo Simples Nacional, após

criteriosa análise do histórico de lucratividade, baseada em balanços e projeções realistas de resultados.

2. Distribuição de lucros em substituição a parte do pró-labore, podendo gerar economia de INSS e IR na Fonte.

3. Operações de Crédito Direto ao Consumidor, via financeira, obtendo a incidência de tributos sobre a venda com base no

preço à vista da mercadoria.

Economizar impostos é um dos fatores de sobrevivência empresarial. Se os empresários brasileiros não se dispuserem a fazê-lo,

nossa competitividade para os importados cairá mais ainda. Justiça fiscal começa com a busca de opções lícitas de economia

tributária. Use este direito!

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CONTRATOS DE MÚTUO - PESSOAS FÍSICAS COM PESSOAS JURÍDICAS

Operação comum no meio empresarial é o mútuo de recursos financeiros realizados entre pessoas físicas e jurídicas. Embora os

empréstimos possam ocorrer nos dois sentidos, neste artigo vamos abordar apenas a situação em que a pessoa física é a

mutuante, ou seja, que empresta o dinheiro e aufere rendimentos.

Isto normalmente ocorre quando o empreendimento necessita de recursos para o giro normal das operações, circunstância em

que os sócios optam por disponibilizar temporariamente recursos sob a forma de empréstimos, sem modificar o capital social

integralizado.

Nos termos do artigo 586 do Novo Código Civil o mútuo é definido como empréstimo de coisa fungível (dinheiro), portanto, o

mutuário é obrigado a restituir ao mutuante o que dele recebeu. Normalmente cabe a mutuaria remunerar o capital que lhe foi

colocado à disposição, mediante o pagamento de juros, conforme expresso em contrato.

Instrumento importante na transação, o contrato se faz necessário para a contabilização dos fatos e para a produção de prova

em eventuais demandas fiscais e jurídicas. Assim, o documento deve conter ao menos os seguintes quesitos:

i) valor da dívida;

ii) descrição das partes;

iii) o prazo de devolução;

iv) a remuneração do capital (juros) e;

v) outras cláusulas que determinem a vontade das partes, tal como a destinação do recurso, se for o caso.

É importante que o contrato preveja, expressamente, a devolução do recurso para não fique caracterizada eventual doação.

A remuneração do contrato deve ser dar em condições normais de mercado, para que não haja o risco de descaracterização da

operação. Por exemplo, se os encargos no mercado financeiro estão cotados em 1,5% ao mês, é incoerente que a mutuária

remunere a pessoa física á razão de 10% ao mês. Nessas condições os riscos de questionamento fiscal seriam grandes, inclusive

na fonte pagadora, se esta for optante pelo Lucro Real.

Ao valor dos juros podem ser pactuadas taxas de atualização monetária, pois são dois institutos diferentes. Por exemplo, no

contrato pode ser determinada a atualização do capital pelo IGPM mais o acréscimo de juros de acordo com o mercado.

A tributação dos juros, decorrentes de empréstimos entre pessoa física e jurídica, ocorre na data do pagamento ou crédito do

rendimento, mediante retenção pela fonte pagadora, às alíquotas de:

- 22,5% (vinte e dois e meio por cento) para aplicações com prazo de até 180 dias;

- 20% (vinte por cento) para aplicações com prazo entre 181 dias até 360 dias;

- 17,5% (dezessete e meio por cento) para aplicações com prazo entre 361 dias até 720 dias ou;

- 15% quinze por cento, para aplicações com prazo superior a 720 dias.

Para a pessoa física os rendimentos equiparam-se a operações de renda fixa, para fins de incidência do imposto de renda na

fonte. Tal tributação é considerada como definitiva, desta forma os rendimentos auferidos não integram a base de cálculo do

imposto de renda na Declaração de Ajuste Anual, porém devem ser informados na ficha “Rendimentos Sujeitos à Tributação

Exclusiva/Definitiva”.

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IRF - DISPENSA DE RETENÇÃO DE VALOR IGUAL OU INFERIOR A R$ 10,00

Este assunto, por incrível que pareça, ainda gera polêmica, pois muitos contribuintes o confundem com o impedimento de se

recolher DARF inferior a R$ 10,00.

No caso do IRF, efetivamente é dispensada a retenção de valor igual ou inferior a R$ 10,00, nos seguintes casos:

a) Imposto incidente na fonte sobre rendimentos pagos a pessoa física, que integram a base de cálculo do Imposto devido na

Declaração de Ajuste Anual, tais como:

- Salários;

- Férias;

- Pró-labore;

- Aluguéis e;

- Rendimentos do trabalho sem vínculo empregatício.

Nota: A dispensa de retenção não abrange os rendimentos sujeitos a tributação exclusivamente na fonte, como é o caso do 13º

salário.

b) Imposto incidente na fonte sobre rendimentos pagos ou creditados a pessoa jurídica, desde que o rendimento integre a base

de cálculo do imposto devido pela beneficiária com base no Lucro Real, Presumido ou Arbitrado, tais como:

- remuneração pela prestação de serviços caracterizadamente de natureza profissional e pela prestação de serviço de limpeza e

conservação de bens imóveis, segurança, vigilância e locação de mão-de-obra e;

- comissões e corretagens.

Portanto, nos casos em referência não deve ser feita a retenção.

Há outra previsão fiscal que se refere à impossibilidade de recolher DARF de valor inferior a R$ 10,00, mas este é outro assunto

e aplica-se, basicamente, aos tributos próprios. Por exemplo, a pessoa jurídica apurou R$ 9,00 de PIS no mês de junho/20x2,

neste caso deve acumular com o recolhimento do mês de julho/20x2 quando irá superar R$ 10,00.

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ICMS - PERDAS DE INSUMOS NO PROCESSO INDUSTRIAL EM DECORRÊNCIA DE EVAPORAÇÃO

Determinados produtos tendem a evaporar durante o processo produtivo e nos momentos que são acondicionados em

recipientes, galões, sacarias e congêneres. Essa evaporação ocorre independente da vontade do industrializador e do

transportador, isto é, trata-se de uma característica química do próprio produto, acontecendo com bastante frequência com

gases industriais e combustíveis.

Vários contribuintes ficam em dúvida quanto ao tratamento a ser aplicado na escrita fiscal para essas perdas, especialmente no

caso do ICMS. A parte do crédito fiscal do referido tributo referente à perda ocorrida no processo industrial deve ou não deve

ser estornado no Registro de Apuração do ICMS? É considerado uma saída não tributada ?

Aparentemente trata-se de um insumo não utilizado no processo industrial e não teria direito a manutenção do crédito, mas

especificamente neste caso, deveremos analisá-lo com maior profundidade.

O consumo de insumo é uma atividade pré-determinada pelo industrializador, isto é, ocorre mediante a sua vontade. Já a perda

ocorrida mediante a fenômenos naturais é completamente alheio a vontade do contribuinte, onde o mesmo não tem nenhuma

interferência. Entendo este ser o ponto fundamental desta questão.

O artigo 21, inciso II, da Lei Complementar 87/1996 narra da seguinte forma quanto ao crédito do ICMS na escrita fiscal:

“Art. 21 – O sujeito passivo deverá efetuar o estorno do imposto de que se tiver creditado sempre que (......) a mercadoria

entrada no estabelecimento:

...

II- for (......) consumida em processo de industrialização, quando a saída do produto resultante não for tributada ou estiver

isenta do imposto.”

É obvio que devido a perda no processo fabril não haverá saída posterior do referido insumo, pois o mesmo não foi agregado a

nenhum outro produto. Porém esta regra não deve ser aplicada nos casos de perda por evaporação, visto que o industrializador

utilizou pela totalidade o respectivo insumo no seu processo produtivo.

Os insumos, além de serem totalmente absorvidos no processo industrial, são levados ao custo do material fabricado sendo a

sua respectiva perda computada no custo de fabricação e consequentemente compondo o preço do produto final. Ora se faz

parte do preço do produto final, esta perda estará sendo tributada na saída da mercadoria do estabelecimento industrial,

inexistindo a possibilidade de se processar o estorno do crédito na escrita fiscal. Visto que, no final da operação, estará existindo

um débito relacionado aquele crédito originado na entrada do insumo no estabelecimento industrial.

Reforçando este entendimento, a legislação do Imposto de Renda (RIR/1999, art. 291) dispõe que integrará, também, o custo

de produção de bens o valor das quebras e perdas razoáveis, de acordo com a natureza do bem e da atividade ocorridas na

fabricação, no transporte e no manuseio. Sendo levado ao custo do produto, consequentemente ocorrerá a tributação na sua

saída.

A previsão legal faz apenas uma ressalva quanto a normalidade das perdas na atividade econômica do contribuinte e uma forma

legítima de se provar esta razoabilidade seria através de comparação com outras empresas do mesmo segmento.

Corroborando esse entendimento, existe uma Decisão da Superintendência Regional da Receita Federal da 6ª Região Fiscal –

Estado de Minas Gerais (Decisão nº 275/1998 – DOU de 31/12/1998) que diz o seguinte :

“ entende-se por razoável aquilo que está conforme a razão, valendo a adoção de uma média levantada entre empresas que

operam no mesmo ramo.”

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Lembro que no caso de estoque de combustível, é aceita como normal a perda decorrente de evaporação, se dentro dos

parâmetros estabelecidos pelo Conselho Nacional do Petróleo conforme as instruções para escrituração do Livro de

Movimentação de Combustíveis (LMC).

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A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO TRIBUTÁRIA NAS EMPRESAS

A realidade tributária brasileira é notoriamente complexa, sendo um dos componentes do chamado “custo Brasil”.

Existem dezenas de tributos exigidos em nosso país, entre impostos, taxas e contribuições (veja a lista completa em

www.portaltributario.com.br/tributos.htm).

O excesso de tributação inviabiliza muitas operações e cabe ao administrador tornar possível, em termos de custos,

a continuidade de determinados produtos e serviços, num preço compatível com o que o mercado consumidor

deseja pagar.

Não obstante, há ainda a edição de grande quantidade de normas que regem o sistema tributário, oriundas dos 3

entes tributantes (União, Estados e Municípios).

Cálculos aproximados indicam que um contabilista, somente para acompanhar estas mudanças, precisa ler centenas

de normas (leis, decretos, instruções normativas, atos, etc.) todos os anos.

E ainda, há dezenas de obrigações acessórias que uma empresa deve cumprir para tentar estar em dia com o fisco:

arquivos digitais, declarações, formulários, livros, guias, etc.

Se não bastasse este caos, existe ainda o ônus financeiro direto dos tributos, que tomam até 40% do faturamento de

uma empresa. Somente o ICMS pode tomar 18%, o IPI, 10%, o PIS e a COFINS, até 9,25%, além do Imposto de Renda,

Contribuição Social sobre o Lucro, INSS, FGTS, Contribuição Sindical, IPTU, IPVA, etc.

Desta forma, o grande volume de informações e sua contínua complexidade acabam dificultando a aplicação de

rotinas e o planejamento. As pessoas responsáveis pelo setor de tributos das empresas dispõem de pouco tempo

pode dedicar ao estudo das legislações pertinentes, resignando-se ao cumprimento das rotinas e recolhimento dos

tributos, às vezes de forma imprecisa ou incorreta.

Aliado a isto, note-se que numa empresa de porte média, várias pessoas, além das que estão diretamente

trabalhando no departamento fiscal, envolvem-se com rotinas associadas a tributos. Um exemplo é o pessoal do

faturamento, que emite notas fiscais e calcula impostos.

Portanto, a adoção de uma metodologia de trabalho, de forma regular e planejada, pelo menos dará condições á

empresa de buscar nas pessoas envolvidas o melhor de seus conhecimentos e percepções, para enfrentarem o

“dilúvio tributário” a que estão sujeitas diariamente.

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LUCRO TRIBUTÁVEL

O denominado "Lucro Tributável" corresponde à base de cálculo, sobre a qual incidirá o percentual (%) previsto do imposto de

renda no Brasil, para os contribuintes pessoa jurídica.

TRIBUTAÇÃO PELO LUCRO REAL

Na legislação do imposto de renda, a expressão “lucro tributável” é equivalente ao “lucro real” para as pessoas jurídicas

tributadas por este regime.

O lucro tributável não corresponde, necessariamente, ao lucro líquido apurado contabilmente.

De acordo com o Regulamento do Imposto de Renda, lucro real é o lucro líquido do período de apuração ajustado pelas adições,

exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas pela legislação fiscal.

A determinação do lucro tributável será precedida da apuração do lucro líquido de cada período de apuração com observância

das leis comerciais.

Portanto, a base de apuração do lucro tributável, no caso de pessoas jurídicas optantes pelo Lucro Real, é o resultado contábil

ajustado pelas adições e exclusões previstas nas normas do imposto.

Exemplo:

Lucro apurado na contabilidade: R$ 100.000,00

(+) Adições ao Lucro Tributável, previstas nas normas do Imposto de Renda: R$ 20.000,00

(-) Exclusões ao Lucro Tributável, idem R$ 10.000,00

= Lucro Tributável (ou Lucro Real) = R$ 110.000,00

TRIBUTAÇÃO PELO LUCRO PRESUMIDO

Para as pessoas jurídicas optantes pelo Lucro Presumido, a base de cálculo é presumida, em função de % determinados sobre a

receita bruta.

Exemplo:

Receita obtida com revenda de mercadorias: R$ 1.000.000,00

Base presumida, prevista na legislação, para fins de apuração do IRPJ: 8%

Lucro tributável = R$ 1.000.000,00 x 8% = R$ 80.000,00

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SOLUÇÕES DE CONSULTAS

MINISTÉRIO DA FAZENDA

SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL

SUPERINTENDÊNCIAS REGIONAIS

8ª REGIÃO FISCAL

DIVISÃO DE TRIBUTAÇÃO

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 167, DE 18 DE JUNHO DE 2012

DOU de 26/07/2012 (nº 144, Seção 1, pág. 37)

Assunto: Processo Administrativo Fiscal

CRÉDITO-PRÈMIO. IPI. PRESCRIÇÃO.

Os créditos-prêmio de IPI, previstos no artigo 1º do DecretoLei nº 491, de 5 de março de 1969, estão sujeitos ao prazo

prescricional previsto no art. 1º do Decreto nº 20.910, de 6 de janeiro de 1932, sendo admitidas para suspensão ou interrupção

de tal prazo apenas as causas expressamente previstas em lei.

Dispositivos Legais: Decreto nº 20.910, de 1932; Decreto-Lei nº 491, de 1969; e Lei nº 10.406, de 2002.

EDUARDO NEWMAN DE MATTERA GOMES - Chefe

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MINISTÉRIO DA FAZENDA

SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL

SUPERINTENDÊNCIAS REGIONAIS

8ª REGIÃO FISCAL

DIVISÃO DE TRIBUTAÇÃO

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 151, DE 12 DE JUNHO DE 2012

DOU de 26/07/2012 (nº 144, Seção 1, pág. 34)

Assunto: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI.

Produtos "NT". Produtos Imunes. Saldo Credor. Produtos com notação "NT" na Tipi, ainda que amparados pela imunidade, não

podem compor o saldo credor do IPI apurado pelo estabelecimento industrial ou equiparado a industrial a cada período. Apenas

os créditos do imposto relativos às aquisições de matéria-prima, produto intermediário, e material de embalagem que se

destinem a emprego na industrialização de produtos tributados e ao abrigo da imunidade em decorrência da exportação para o

exterior (art. 18, inciso II, do Ripi/2010) podem compor o saldo credor do IPI apurado em cada período pelo estabelecimento

industrial ou pelo equiparado a industrial e, por conseguinte, compor o saldo credor acumulado a cada trimestre-calendário

destes estabelecimentos. Industrialização por Encomenda. Crédito. O estabelecimento equiparado a industrial nos termos do

art. 9º, inciso IV, do Ripi/2010, nas operações de industrialização que encomendar a terceiros, não deve escriturar os créditos de

IPI relativos às aquisições de matérias-primas e materiais de embalagem que, sabidamente, se destinarão ao emprego na

industrialização de produtos não-tributados (com notação "NT" na Tipi), ainda que estejam amparados pela imunidade do art.

18, inciso IV, do Ripi/2010 (tal como os produtos derivados de petróleo). Tais créditos não podem compor o saldo credor do IPI

apurado em cada período e, por conseguinte, o acumulado a cada trimestre-calendário.

Dispositivos Legais: Lei nº 9.779, de 1999, art. 11; Decreto nº 7.212, de 2010 (Ripi/2010), art. 9º, inciso IV, art. 18, inciso II e IV,

art. 251, §§ 1º e 2º; art. 254, I, "a"; art. 256, §§ 1º e 2º; art. 257; IN SRF nº 33, de 1999, art. 2º e 4º; e Ato Declaratório

Interpretativo SRF nº 5, de 2006.

EDUARDO NEWMAN DE MATTERA GOMES - Chefe

73

OSEIAS GONÇALVES

Departamento Contábil e Tributário

[email protected]