ENSAIO SOBRE A REALIDADE POLÍTICA, SOCIAL, ECONÔMICA E

EXISTENCIAL

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CapaJorge Acário

Secretaria e CoordenaçãoFrancisca Lúcia

Revisão técnicaProf. José Sady Tavares

“Charges”Francisca Lúcia

Editoração eletrônicaJorge acário e Francisca Lúcia

ImpressãoImpressão no Brasil / Printed in Brazil

Copyright @ by ANTÔNIO JORGE ACÁRIOAntônio Jorge Acário

ENSAIO SOBRE A REALIDADE POLÍTICA, SOCIAL, ECONÔMICA E

EXISTENCIAL

- Uma compreensão acadêmica do Cidadanismo

1a. Edição

Fortaleza - Ceará

Agosto de 2005

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Uma obra que ajuda na compreensão da Realidade, seus transtornos e seu tratamento , o Cidadanismo, que deve ser usado pelos povos, na erradicação da crise mundial em que vivemos, que ao contrário do que costumeiramente se afirma possui solução.

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DEDICATÓRIAS

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Dedico este trabalho ao meu Deusque me tem inspirado e assistido.

Á minha mãe Lourdinha de quem herdei o modo de entender a Realidade.

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P e n s a m e n t o

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A desrrealização é a responsável por todos os males econômicos, sociais, políticos, existenciais e espirituais. É a causadora do mal estar que a subjetividade enfrenta na atualidade. Seu antídoto é o Cidadanismo

G l o s s a r i o d e t e r m o s

COMPORTAMENTO MONETÁRIO – Conjunto de atitudes daquele que se conduz pela lógica monetária.

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DESREALIZAÇÃO - desmanche da realidade, devido a substituição do ordenamento de seus campos eletromagnéticos.

MERCADO – Máquina de abrangência universal, composta por um mecanismo digitalizado e on-linezado que integrado com o fenômeno monetário, de venda e compra dos mais diversos papeis de investimentos da economia internacional, administrado por software, lhe dá “metabolismo”, ou seja, vida autônoma e parasitária das economias dos países globalizados.

REALIZAÇÃO - retorno do que foi desrealizado da realidade, pelo mercado, o Estado e a religião

VIRTUALIZAÇÃO – passagem das realidades políticas, sociais, econômicas, culturais e espirituais para dentro da estrutura “metabólica” do mercado após sua fragmentação pela utilização da lógica monetária.

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S U M Á R I O

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INTRODUÇÃO.....................................................................24

CAPÍTULO 1A Doença da Realidade........................................29

CAPÍTULO 2O Mercado...........................................................35

CAPÍTULO 3 A Desrealização........................................................44

CAPÍTULO 4 O Estado Cidadanista....................................54

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INTRODUÇÃO

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INTRODUÇÃO

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Inicialmente eu gostaria de dizer da alegria de escrever a respeito de tema tão importante para a vida de todos nós.

Antes de dar início a nossa mensagem, desejo afirmar, que a matéria que vai ser tratada neste ensaio, é de teor inédito, ainda não estudado na universidade ou fora dela a não ser no Movimento Cidadanista Internacional e foi elaborada, com base em modelos teóricos criados, pelo citado Movimento e como esses modelos não foram ainda divulgados, torna-se difícil, sua comparação com outros conhecimentos, advindos da filosofia, história e mesmo da ciência, apresentados anteriormente. Daí porque, se faz necessário, deixar as comparações que normalmente o nosso espírito nos leva a fazer, com o conhecimento, adquirido.

Outro aviso a ser dado, é que a matéria em questão, é uma proposta para a unificação da Realidade, que se encontra completamente fragmentada, ou mesmo desrrealizada, devido ao excesso da lógica formal, praticada, desde que os gregos, estudaram e divulgaram a leis do raciocínio, a lógica. Como a realidade não pode existir, ou ser detectada, sem a presença do observador, e ele não pode prescindir do raciocínio, logo a realidade, desde aquele tempo até hoje, se vê fragmentada, ou percebida desta maneira.

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Já que é com base na Realidade, que vamos fundamentar, tudo o que vai ser afirmado, é importante, que essas considerações, sejam feitas, logo no início deste ensaio.

Feitos estes primeiros esclarecimentos, podemos adentrar, no conteúdo da matéria que, me levou a escrever sobre a Realidade que se encontra doente.

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CAPÍTULO 1

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A DOENÇA DA REALIDADE

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CAPÍTULO 1 À primeira vista, a afirmação de que a Realidade se encontra doente, causa a impressão, que estamos querendo dar a ela um tratamento inadequado, ou seja, abordando-a de maneira indevida, com se ela fosse um organismo humano. Acontece, que além da didática, que vamos ter que fazer uso, para melhor compreensão do que iremos afirmar, ela não pode ser encarada, exclusivamente, como o conjunto das informações de natureza intelectual e sensorial a que estamos habituados, devido ao fato de depender do observador, no caso nós próprios, para ser verificada e termos que entender que a nossa consciência, com relação a ela, deriva da sua própria evolução, deixando entender sua pré existência, que se mantém integra ou unificada, embora desrealizada ou fragmentada por nossa maneira de pensar.

Voltando a parte central do nosso tema, afirmando de maneira mais direta, a Realidade chegou a adquirir consciência e ela engloba inclusive, o nosso sensório e intelecto, não sendo um arranjo exclusivamente físico como se pensou anteriormente, mas, uma organização viva, isto é uma arrumação, de natureza energética, cujos campos de energia são dispostos: em várias

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camadas, obedecendo a um código por trás do nosso entendimento, ou seja, do nosso intelecto e sensório, mas que intuitivamente vislumbramos, a ética.

Tal código, nada mais é no plano do comportamento, o que conhecemos com o nome de ética, como já havíamos afirmado.

Pelo fato da Realidade ser viva, concluímos então, que podemos abordá-la, do ponto de vista da semiologia, disciplina médica, usada na obtenção do diagnóstico das doenças, com base nos sinais físicos comuns a ela, e procurar sinais ou sintomas de sua doença, se concordarmos com a sua não higidez.

À primeira vista, quando nos deparamos, com a incidência cada vez maior de afecções orgânicas e psíquicas, o crime cada vez mais organizado, a poluição, a corrupção a níveis colossais, a prostituição infantil, a exaustão dos Estados nacionais, diante da economia, dita globalizada, o judiciário imobilizado pela submersão em uma montanha de processos, a ineficácia da segurança, a ineficácia da saúde, por mais que se gaste dinheiro para resolvê-la, as religiões completamente entregues a busca moeda. Pai matando filho e filho matando mãe, em uma incidência nunca vista anteriormente. Epidemias, insuficiência da política e da economia

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cada vez mais contida pela moeda, impedindo a expansão da riqueza e mesmo dissolvendo-a.

Tudo isto nos aponta para uma Realidade, não hígida, não eutrófica, que precisa ser tratada, para que se possa viver no planeta. A anaminese mostra, que quando partimos do geral para o particular, usando-se o raciocínio dedutivo coordenando os sinais e sintomas de determinada doença, se chegará a seu diagnóstico e de onde provém tal doença, apesar da complexidade do ser humano que, por ser parte da Realidade é tão complexo quanto ela.

Poderíamos até dizer, que o ser humano é uma síntese reduzida da Realidade.

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CAPÍTULO 2

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O MERCADO

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CAPÍTULO 2 Se o ser humano é uma síntese da Realidade. Então, o que devemos fazer, É dirigir a nossa semiologia para a Realidade em si. Quando fazemos isso, nos deparamos no fim do processo com três agentes desrealizantes, isto é, causadores, da doença da realidade. O primeiro deles, o mais importante, por ele absorver moeda, dos Estados Nacionais e das religiões, é aquele que vamos eleger para estudar, aqui neste ensaio, o mercado. O que é o mercado? Ao observador desatento, ele aparece como sendo um sistema universal de financiamentos, e de venda das diversas mercadorias existentes no planeta. Até aí tudo bem, porque ele apenas faria a provisão que o mundo precisa de capitais e dos diversos produtos necessários á vida. Mais por trás desta aparência linear observamos, que, a sua complexidade além de lhe dar tridimensionalidade, lhe dá vida autônoma, independente dos seus operadores e mesmo daqueles que depositam e aplicam nele suas economias.

O que queremos dizer, ou seja, mostrar daqui para frente, que organização do Mercado, assemelha-se a organizarão dos seres vivos e como ele assume proporções planetárias, e está

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fundamentado na lógica monetária, podemos até dizer que, ele é um monstro monetário, depois que ficar entendido o que eu pretendo ainda afirmar a seu respeito.

Partindo-se para tornar explícito e compreendido o que seja Mercado da maneira feita com a Realidade, ou seja, mostrando-a como um organismo doente. Para facilitar o estudo do mercado, podemos fazer a comparação dele, com outro organismo de menor complexidade de que o organismo humano, por ser parasitário, mas possuidor de estrutura e funções, semelhantes, em alguns aspectos. Podemos dizer assim, que ele, possui uma estrutura, que se assemelha, ao mesmo tempo a um sistema híbrido, nervoso e circulatório, dos grandes mamíferos.

Tal sistema nervoso e circulatório enrola-se ou diferencia-se e se exterioriza sob a forma de um banco localizado em Basiléia na suíça, que é o Bank Foor Stlement ou Banco Internacional de Compensações, que se articula inicialmente formando uma espécie de sistema nervoso central e coração ao mesmo tempo com o Feed, o Banco Central Norte Americano, com o Banco Europeu, o Banco da Inglaterra, o Banco do Japão, que se articulam com vinte outros bancos centrais espalhados pelo mundo, constituindo assim uma espécie de sistema nervoso periférico e pequena e grande circulação, de acordo com a comparação

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feita com a estrutura circulatória e nervosa dos mamíferos aludidos.

As afirmações feitas no parágrafo anterior derivam da literatura econômica que aborda apenas a questão do ponto de vista estrutural, mas esquece de mostrá-la funcionalmente, que hoje se dá eletronicamente pelo circuito eletrônico plugado, por onde a moeda avança ou retorna, com base em potenciais de ação, ou seja, estímulos eletrônicos advindos de uma formidável estrutura digital, de que o Mercado é portador, de onde deriva a sua digitalidade e on-linidade, que permite o acesso imediato a contabilidade dos países e o deslocamento dos capitais em todo o circuito eletrônico que, os economistas denominam de capitais voláteis, cuja conseqüência foi à elevação cada vez maior dos juros, porque estes capitais migram para onde os juros estão mais elevados, devido às necessidades locais e elevação destes se basearem no risco, que tais economias oferecem a aplicação de tais capitais, informação essa também acessada pêlos financiadores, isto é especuladores em torno de noventa por cento deles.

Estes circuitos eletrônicos também são utilizados, pelo sistema nervoso central do Mercado funcionando ao mesmo tempo como sistema nervoso e sistema circulatório, para expandir ou retrair a base monetária mundial,

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controlando assim ou produzindo a expansão da economia produtiva ou sua retração, a recessão mundial através da venda ou compra dos mais diversos papéis da economia mundial, que por ele é controlada, tendo em vista que as bolsas de valores são sensíveis a informações de natureza econômica, ou mesmo políticas.

O controle destas informações é feito pela elite técnica que comanda o Mercado, que pôr sua vez é sujeita aos seus acionistas, que ainda pôr sua vez estão sujeitos a emoções várias, configurando assim a sua autonomia com relação a seus operadores e mesmo a elite monetária que o mantém sob seu controle, submetendo assim as nações, ás emoções em detrimento da razão, sem se falar de que a lógica monetária, a lógica dos juros que, fundamenta e estabelece a movimentação do fluxo monetário, não está assentado na ética e sim na moral que por sua vez é construída com base no direito que é imposto por ele, o Mercado às sociedades dos Estados Nacionais.

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CAPÍTULO 3

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A DESRREALIZAÇÃO

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CAPÍTULO 3

Como a Realidade se fundamenta na ética, que estabelece o grau de participação e competência, o mérito, sem os quais, não pode ocorrer a paz que resulta da mesma, nos deparamos com o que estamos assistindo com relação à violência no cotidiano.

Abstraindo-se as implicações causa e efeito de natureza filosófica, e passando-se a explicar a questão do ponto de vista da economia, devemos dizer que o funcionamento do Mercado devido ao seu metabolismo conseqüência do que já foi

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explicado, produz a nível global o efeito globalizante.

A nível local, o Mercado age através da virtualização de que é portador e que é conseqüência da sua digital idade e on-linedade que, em nível de localidade desrrealiza a economia que, estando ligada a cultura, sendo um recurso desta para a sobrevivência dos povos, pode ser controlada por ele, o Mercado, que fragmenta inicialmente a Realidade da localidade em diversas vertentes para posteriormente virtualizá-la, transformando economia real em economia virtual, que será realizada por seus controladores posteriormente, sob a forma de .economia financeira ou liquidez.

Vejamos aqui a intimidade da desrealização, como ela age na economia da localidade, absorvendo toda a realidade local envolvendo a cultura como um toda a política, a religião e a própria subjetividade, tendo em vista que esta depende dela a cultura, por ser o homem um animal que a produz, o que o difere dos animais em geral. O homem pode ser considerado um nó de relações, em que fazem parte a ideologia, a economia a política e a cultura.

Mas vejamos como o processo desrrealizante ocorre, do ponto de vista econômico, ou melhor, monetário e sua relação com a economia estrutural e produtiva local. O

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controle monetário exercido pelo Mercado interfere diminuindo a produção necessária á economia da comunidade, produzindo a diminuição dos empregos, que pôr sua vez diminui os superávits fiscais, diminuindo os impostos, que pôr sua vez produzem déficits públicos, obrigando tais déficits a ser financiado por ele mesmo, o Mercado, que através da volatilidade dos capitais, deixa toda a realidade política, social e econômica sob sua dependência.

Neste ponto do encadeamento funcional do Mercado, a diminuição da base monetária local, como conseqüência da diminuição da produção, produz a diminuição do consumo, porque se reduzindo os empregos diminuem-se os salários e conseqüentemente o valor dos proventos de aposentadoria, permitindo o mercado prover o meio circulante ou base monetária com crédito. O crédito implica em juros, que além de estar ligado à volatilidade dos capitais, reduz a base monetária usada nos negócios, porque esta fica nos bancos, ao invés de ficar na sociedade, ou seja, na vida econômica permitindo a efetivação dos negócios, que produzem os empregos e os superávits fiscais, através da arrecadação tributária.

Observamos então a interferência do mercado com sua volatilidade de capitais e diminuição da base monetária, que deveria ser usada nos negócios, desrrealizando a economia e

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conseqüentemente o resto da Realidade por esta via.

Aprendemos assim as duas maneiras pelas quais age o Mercado, a nível mundial através do efeito globalizante e a nível local, através dos seus efeitos particulares como vimos os casos do efeito deficitante, que é aquele que gera os déficits públicos nos três níveis: local, regional e nacional, o efeito fragmentante, que fragmenta, a realidade local, o efeito virtualizante, que absorve ou virtualiza o que a lógica monetária fragmentou da Realidade e os demais efeitos particulares conseqüência da ação do Mercado nas instituições. O efeito assegurante, que produz a ineficácia da segurança, o efeito ajustiçante, que produz a ineficácia do judiciário, imobilizando-o imerso numa montanha de processos. O efeito apoliticante, que é aquele que torna a política ineficaz. Efeito aducante, que produz a ineficácia da educação. O efeito patogizante, que causa o aumento das doenças e a ineficácia dos sistemas de saúde. O efeito criminalizante, aquele que amplia o número de delitos e que contribui para a organização do crime. O efeito aculturante, aquele que destrói a cultura local. O efeito desespiritualizante, aquele que tira a religião de sua base, a mensagem cristã, fazendo-a fazer uso da mercadologia. Os demais efeitos, deslocalizante, desrregionalizante desnacionalizante.

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Esses efeitos de natureza particular são componentes de um efeito mais geral, denominado Globalizante, que a nível local se denomina efeito desrrealizante.

Neste ponto deste ensaio, fica esclarecido pela ordem, o que é a Realidade, como se dá o seu funcionamento, ou seja, através do ordenamento ético e não do ordenamento moral, a doença desta mesma Realidade, seus sinais e sintomas, os agentes, causadores desta doença, o mercado o Estado e as religiões e a compreensão do mecanismo globalizante e desrealisante do Mercado, nos dando a condição, de compreender a terapêutica ou tratamento da desrealização.

Vimos então, que o Mercado age globalmente e localmente. Globalmente pelo efeito globalizante e localmente pelo efeito desrrealizante. Como não podemos interferir, no efeito globalizante, que é conseqüência da alta tecnologia usada pelo mercado e de que ele é portador, para neutralizarmos a sua ação desrrealizante, que é aquela que destrói o Estado Nacional com suas instituições, os povos e as nações, através dos efeitos particulares locais, teremos de construir um Estado diferente, do atual que, não possui “imunidade” em relação a ele o Mercado, para que seja possível neutralizar a sua ação desrrealizante. Como a ação desrrealizante e a ação globalizante dependem da economia assentada na alta tecnologia dos

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circuitos eletrônicos plugados de moeda e age obedecendo a um estímulo globalizante, que decorre da base monetária mundial, com seus capitais voláteis, então teremos que realizar a economia localizada, para que a comunidade ou localidade possa ter autonomia com relação à ação desrrealizante do mercado.

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CAPÍTULO 4

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O ESTADO CIDADANISTA

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CAPÍTULO 4

Com relação à instituição do Estado Cidadanista, teremos então, que instituir Escolas

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Cidadanistas que integrarão ou liderarão o primeiro grau, o segundo grau, a universidade o mestrado e o doutorado para conjuntamente com a profissionalização, formar o cidadão, tendo em vista que, a profissionalização como razão ultima da educação, pelo fato do desemprego tecnológico forçar, no futuro a criação de empregos sociais, ou que o cidadão exerça funções de Estado, substituindo, para o qual deve estar preparado por tais escolas e porque precisamos que o referido cidadão melhorado e universalizado por uma Educação Cidadanista, possa se tornar o eleitor cidadão, que elegerá o conselho local, que presidirá o banco emissor e controlador da moeda da localidade, de acordo, com as necessidades políticas, sociais, culturais espirituais e econômicas locais, que será dirigida por um gestor obediente a este conselho, resultando da ordem social, obtida da maneira que foi expresso, uma maior vitalidade local, em todos os seus seguimentos: cultural, social, político e econômico, permitindo assim, que a cidadania seja praticada a níveis compatíveis com a Realidade, conseqüentemente com a ética ordenadora de seus campos eletromagnéticos. Uma localidade em que o cidadão já dá início há uma atividade que o faz se comportar, como se fizesse parte do Estado, ou seja, como se Estado fosse, diferente do modelo atual, que separa a cidadania do Estado. Teríamos assim a cidadania ampliada em número e em qualidade incompatibilizando assim à ordem social, assim

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estabelecida, com aquelas manifestações que, agride e inviabiliza a ordem atual, ou seja, a criminalidade, a prostituição, a corrupção, a poluição, etc, com todos aqueles sinais ou sintomas, que colocamos aqui como sendo manifestações da doença da Realidade, porque estes sinais, e sintomas inclusive, o aumento acentuado das afecções de natureza orgânico, psicológico ou mental, em última análise resulta da desrealização que é conseqüência de uma cidadania incipiente, haja vista, que o cidadão além de ter consciência impossível de se obter com modelos globais, devido ao fato de ele viver na localidade e esta necessariamente tem que ter uma cultura local, que ele absorve e o fato da cidadania não poder prescindir da economia, por ser ela uma conseqüência do homem, que deve se comportar eticamente, para se compatibilizar com a Realidade.

Instituições tais como Judiciário, Polícia, Educação, Saúde, Trânsito, etc. resultarão tremendamente simplificadas ou mesmo inexistentes devido ao fato de que a cidadanização é incompatível com elas, que no início da constituição da ordem social que expomos neste ensaio, poderão existir, mais que irão se dissolvendo na medida em que os resultados da nova ordem social, forem aparecendo ou melhor, forem se desenvolvendo.

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A esta altura da nossa apresentação a indagação. E o relacionamento com o mundo globalizado? Vai acabar? Diremos que não, apenas a ordem estabelecida da maneira da economia localizada terá um regulamento próprio, com base no ordenamento da Realidade, para que seja evitada a desrealização.

Outra pergunta nos chega ao espírito. E o Estado Nacional, vai ser desmembrado em localidades? Diremos que não, porque por ocasião da eleição pelo eleitor cidadão do conselho local, também serão eleitos, os conselhos distritais, os conselhos regionais e o conselho nacional que regerão politicamente as instâncias locais, distritais regionais e nacionais, mas sem assento constante, como acontece hoje nas câmaras e no congresso, porque a ordem social, assim estabelecida tira a necessidade administrativa e a complexidade política da ária regional e nacional, e transfere para a área local, fazendo com que o Estado nacional assim obtido, fique mais barato, permitindo assim a redução de impostos, tão importante para que os nossos produtos possam competir com os produtos do mundo globalizado.

A política assim organizada, com relação aos níveis, regionais e nacionais ficará aliviada, em grande parte de suas tarefas, por que estas se assentarão na localidade, de onde nunca deveriam ter saído. Os conselhos políticos só se reunirão esporadicamente, por ocasião de alguma

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ameaça, da ordem política, social e econômica, constituída, obtendo-se assim, uma democracia mais ampla, onde, a instancia política regional e nacional, apenas vela à distância a ordem assim constituída. Obteremos assim o Estado Cidadanista, centrado ao mesmo tempo na política e na cidadania, conservando a autonomia econômica.

O Estado assim constituído, por ser um Estado Cidadão, ocupará os espaços que estão sendo ocupados hoje, pelo Estado marginal, ou paralelo, como dizem, que é uma conseqüência da incapacidade do Estado atual para resolver a questão da criminalidade.

Por outro lado, o Estado atual rígido, e burocrático, que por causa disto, não pode acompanhar ou mesmo se defender das mudanças acontecidas no meio externo, ou mesmo internamente, fica mais dinâmico e barato, sem sacrificar o controle político da ordem social, estabelecida, embora sacrifique o controle monetário, se protegendo da economia global, sacrifício este, que já ocorre, no Estado atual, cujo financiamento depende do Mercado, que com seu metabolismo gera déficits públicos, que exigem do Estado atual muito controle monetário, que em última análise redunda ineficaz, porque ele age de acordo com a Teoria de Mercado, idealizada para um estado único global de fundamento monetário, e este sacrifício já ocorre, devido ao seu sempre

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crônico endividamento como ocorre com o próprio Estado Unidos e ainda a problemática de ter que repartir pouco com muitos.

Em termos de organograma podemos mencionar o seguinte, com relação ao Estado Cidadanista. Uma liderança geral dividida, em lideranças regionais que, por sua vez, são divididas, em lideranças distritais e estas em Lideranças Locais, encarnadas por um gestor local e um conselho local, eleitos, pelo eleitor cidadão. A Liderança Local Geral cuidará, dos assuntos internos do Estado Cidadanista.

Ter-se-á também, uma Liderança Geral Nacional, que cuidará dos assuntos Externos, englobando a diplomacia e as forças armadas que ficarão sediadas nas localidades.

Uma constituição simples, para reger, tal ordenamento, se infere dos Postulados Cidadanistas, haja vista, que a necessidade de uma constituição mais ampla se dá nas localidades, que por sua vez só serão necessárias, no início da ordem: política, social e econômica assim constituída, porque a cidadanização com o tempo, absorverá a lei, porque o cidadão irá se comportar como se Estado fosse, embora com ética diferente do Estado atual, que se tornou aético, devido à imposição da lógica monetária entranhada em sua estrutura funcional.

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O Estado derivado da Doutrina Cidadanista, que por sua vez se origina, dos postulados da Teoria Científica Cidadanista e mais as contribuições das Teorias da Tridimensionalidade Autônoma do Mercado e Realística, não é mais um aglomerado, com base no direito estabelecido por uma só classe. Afastando-se da moral e da lei dominadora, que impedem a cidadania.

A cidadanização acaba a luta de classes, porque o Cidadão senso latum e não mais senso estricto, passa a ser o componente da comunidade; tanto o empreendedor como o assalariado, tanto o médico, como o paciente, porque o cidadão se identificará com a lei ética, ou seja, a lei sai de fora e se localizará dentro da Realidade, será uma lei viva como ela.

Em linhas gerais temos o Estado Cidadanista, concebido até onde foi compreendida a Teoria Cidadanista, Teoria da Tridimensionalidade Autônoma do Mercado e a Teoria Realística, e que será aprofundado pela colaboração de todos, a começar pelos que lêm estas linhas dando início agora mesmo, a cidadanização, já que a Realidade é obediente à vontade.

Para encerrar, devo lembrar que, com relação ás doenças, essas sofrerão logo de início, uma grande diminuição em sua incidência, que

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em sua grande maioria, possuem origem econômica e cultural. O componente delas, causado por transtornos psicológicos, também será atingido. Porque que estes transtornos, diminuirão devido ao fato do Estado Cidadanista, proteger, a cultura local, resultando na proteção, da subjetividade, com seus componentes, intelecto e sensório, que comandam a saúde como um todo.

Conforme o aludido no parágrafo anterior, pode-se afirmar que com a obtenção do Cidadanismo, através da economia localizada, a grande maioria das doenças deixará de existir, como se conclui.

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