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INSTITUTO POLITÉCNICO DE VIANA DO CASTELO ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO Curso de Turismo 3º Ano Animação Turística Discentes Carlos Domingues, nº 6161 Lara Loureiro, nº 6225 Ano lectivo: 2009-2010 Docente Dr. Carlos Fernandes Viana do Castelo, Outubro de 2009

INSTITUTO POLITÉCNICO DE VIANA DO CASTELO · animação específicas, explicar em que consistirão, planear parcerias, públicos- alvo, entre outros aspectos pertinentes ao desenvolvimento

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INSTITUTO POLITÉCNICO DE VIANA DO CASTELO

ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO

Curso de Turismo

3º Ano

Animação Turística

Discentes

Carlos Domingues, nº 6161

Lara Loureiro, nº 6225

Ano lectivo: 2009-2010

Docente

Dr. Carlos Fernandes

Viana do Castelo, Outubro de 2009

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Resumo

Com este trabalho pretende-se realizar um “Plano Estratégico de

Animação Turística” para o município dos Arcos de Valdevez. Para isso neste

trabalho irão constar informações relevantes sobre o município. Estará este

município preparado para o turismo, receberá os seus turistas da melhor

maneira possível, estará o turismo em crescimento? São questões que se

colocam neste ponto do trabalho e às quais se tentará dar resposta. Após uma

análise ao município em questão em que se irá conhecer os recursos de que

dispõe bem como a oferta e procura turística irá ser possível delinear

estratégias de animação. Isto culminará num plano de acção com um conjunto

de estratégias de animação específicas para este município.

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Índice

1. Introdução ................................................................................................... 1

2. Metodologia ................................................................................................. 1

3. Porquê Arcos de Valdevez .......................................................................... 2

3.1. Breve discrição sobre Arcos de Valdevez ............................................. 3

4. Situação actual do turismo .......................................................................... 3

5. Competitividade do turismo ......................................................................... 5

6. Infra-estruturas ............................................................................................ 6

6.1. Património natural ................................................................................. 7

6.2. Património construído ........................................................................... 8

6.3. Equipamentos desportivos .................................................................. 10

6.4. Empresas de animação e clubes desportivos ..................................... 10

6.5. Equipamentos de apoio à cultura ........................................................ 10

6.6. Estabelecimentos de restauração ....................................................... 10

6.7. Estabelecimentos hoteleiros................................................................ 11

6.8. Festas/Feiras/Romarias ...................................................................... 12

6.9. Artesanato ........................................................................................... 12

6.10. Bares e Discotecas .......................................................................... 13

6.11. Gastronomia e Vinhos...................................................................... 13

7. Perfil dos visitantes ................................................................................... 14

8. Diagnóstico das necessidades .................................................................. 15

9. Eventos e animação turística – Situação actual ........................................ 15

10. Análise SWOT ........................................................................................ 16

11. Perspectivas e tendências do destino turístico ....................................... 21

12. A necessidade da animação turística num destino................................. 22

13. Empresas de animação turística ............................................................ 24

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14. Tipologias de animação .......................................................................... 25

14.1. Animação Cultural ............................................................................ 26

14.2. Animação Desportiva ....................................................................... 26

14.3. Animação Ambiental ........................................................................ 27

15. Adequação ao município ........................................................................ 28

15.1. Produtos turísticos ........................................................................... 28

16. Valorização dos recursos ....................................................................... 29

17. Inovação na oferta .................................................................................. 30

18. Estratégias de intervenção ..................................................................... 31

19. Parcerias ................................................................................................ 32

20. Mapeamento........................................................................................... 33

21. Planeamento de animação turística ....................................................... 35

22. Missão e visão do plano ......................................................................... 36

23. Propostas de animação turística ............................................................ 37

23.1. Carnaval “Vila gargalhadas” ............................................................. 38

23.2. Mês da Gastronomia ........................................................................ 39

23.3. Torneio de Airsoft ............................................................................. 41

23.4. Páscoa ............................................................................................. 43

23.5. Maio em festa .................................................................................. 43

23.6. Mês das crianças ............................................................................. 44

23.7. Verão saudável, Verão vivo! ............................................................ 46

23.8. Estilo de Vida Saudável ................................................................... 48

23.9. Colheita do Milho ............................................................................. 49

23.10. Quinzena das Vindimas ................................................................... 51

23.11. Festa das Colheitas ......................................................................... 52

23.12. Halloween (“Vila fantasma!”) ............................................................ 53

23.13. Mês do Jazz e da Música clássica ................................................... 54

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23.14. Winterfest ......................................................................................... 55

23.15. Passagem de ano ............................................................................ 56

23.16. Dinamizar Soajo! .............................................................................. 56

23.17. Actividades a decorrer ao longo de todo o ano (mediante marcação)

58

23.18. Promoção das actividades ............................................................... 59

23.19. Plano B ............................................................................................ 59

24. Conclusão............................................................................................... 61

25. Bibliografia .............................................................................................. 63

1. Anexos ...................................................................................................... 66

a. Anexo 1 .................................................................................................. 66

b. Anexo 2 .................................................................................................. 67

c. Calendarização das actividades ............................................................. 68

d. Mapeamento das actividades ................................................................. 69

“Vila gargalhadas” ..................................................................................... 69

Mês da Gastronomia ................................................................................. 69

Torneio de Airsoft ...................................................................................... 70

Páscoa ...................................................................................................... 70

Maio em festa ............................................................................................ 71

Mês das Crianças...................................................................................... 71

“Verão saudável, Verão vivo!” ................................................................... 72

Estilo de vida saudável .............................................................................. 73

Colheita do milho....................................................................................... 73

Quinzena das vindimas ............................................................................. 74

Festa das colheitas ................................................................................... 74

“Vila Fantasma” ......................................................................................... 75

Mês do Jazz e da Música Clássica ........................................................... 75

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WinterFest ................................................................................................. 76

Passagem de Ano ..................................................................................... 76

Dinamizar Soajo ........................................................................................ 77

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Plano Estratégico de Animação Turística “Arcos de Valdevez”

1

1. Introdução

Este trabalho encontra-se inserido no âmbito da disciplina de Animação

Turística, do 3º ano do curso superior de Turismo.

Com ele pretende-se fazer um “Plano Estratégico de Animação

Turística” para um destino. O destino escolhido como objecto de estudo e para

o qual irá ser feito este plano foi Arcos de Valdevez. Com este trabalho

procura-se ter uma ideia do estado do turismo e, em especial, da animação

turística neste município. Irão ser focados principalmente aspectos referentes a

animação, bem como, os locais que poderão ser aproveitados para esta

actividade. Irá tentar perceber-se o que está mal e poderá ser melhorado.

Irá servir também para delinear estratégias de actuação para que

posteriormente seja possível definir actividades específicas de animação

voltadas para um público específico e com características específicas para

Arcos de Valdevez.

Outro dos focos deste relatório irá incidir sobre a animação turística em

si, o que é, os seus constituintes e divisões e de que modo essas concepções

poderão ajudar a delinear estratégias de acção num município. Estas noções

serão de vital importância para se poderem idealizar actividades especificas

para este município e para os turistas que recebe e outros que serão os

potenciais turistas que se quer cativar.

2. Metodologia

Este trabalho é pretendido que seja um plano estratégico de animação

para implementação no município de Arcos de Valdevez. Por este motivo é

necessário recorrer a fontes secundárias para obter o máximo de informação

sobre o município que ajudarão à concepção das actividades a ser

implementadas.

Este plano terá como objectivo principal delinear actividades de

animação específicas, explicar em que consistirão, planear parcerias, públicos-

alvo, entre outros aspectos pertinentes ao desenvolvimento de actividades de

animação e eventos. Para atingir este grande objectivo terão de se atingir

outras metas. Assim, num primeiro momento, irá ser apresentado o município

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dos Arcos de Valdevez. Serão apresentados os seus recursos e infra-

estruturas, bem como, o estado do turismo e o perfil do turista. Para este ponto

recorremos ao Posto de Turismo que nos cederam algumas informações e ao

site do município na Internet.

Posteriormente foi analisada animação turística em geral. Aqui

menciona-se a necessidade da animação turística, os tipos de animação

turística e como se pretende dinamizar e aproveitar os recursos do município

em questão. Para tal recorremos a várias fontes secundárias, sendo que a

legislação foi, também, uma tarefa fundamental do mesmo modo, que outros

documentos de apoio como o PEATT (Plano Estratégico para Animação

Turística na Terceira).

No final e depois de bem analisado o município, a animação turística e o

modo como se poderia aproveitar os recursos e infra-estruturas existentes

serão apresentadas ideias específicas para implementar neste município com

vista à sua dinamização e de modo a atingir os cinco objectivos do turismo.

Todas estas actividades são da autoria do grupo de trabalho, tendo sempre em

vista outros planos de animação analisados.

O trabalho foi realizado de acordo com as regras estabelecidas no Guia

de Apresentação de Trabalhos Académicos, para assim estar em conformidade

com as normas em vigor.

3. Porquê Arcos de Valdevez

O destino escolhido para a realização deste trabalho foi Arcos de

Valdevez.

Um dos primeiros motivos que levou à escolha deste município como

objecto do trabalho foi o facto de se encontrar inserido no centro da nossa

região que é o Alto Minho. Arcos de Valdevez situa-se perto de Viana do

Castelo o que lhe confere, assim, alguma proximidade. Por outro lado, e no

seguimento de algumas visitas efectuadas, adquiriu-se um carinho especial por

esta vila tão verde, rica e bonita. À primeira vista e sem grandes

aprofundamentos e estudos denota-se nesta vila um grande potencial. É esse

potencial que se pretende saber se é ou não aproveitado. Além disto, a

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vontade de conhecer um pouco mais sobre este destino, sobre este cantinho

no nosso Minho prevaleceu.

3.1. Breve discrição sobre Arcos de Valdevez

Para uma questão de enquadramento irá ser feita uma breve

apresentação do município escolhido.

“O concelho de Arcos de Valdevez fica situado em Portugal, na .

Confronta, a poente, com Ponte de Lima e Paredes de Coura, na partilha

de águas do Rio Vez. A norte, tem o seu termo frente aos concelhos de

Monção e Melgaço, nos limites naturais da Portela do Extremo (…). A

sul, o concelho chega às margens do Rio Lima, que o separa do

concelho de Ponte da Barca. A nascente, o território alcança a raia de

Espanha, no rio Laboreiro.” (Caldas; 1994; p.21).

“Situada no Vale do Vez, Arcos de Valdevez é uma vila típica do Alto

Minho: marcada por uma paisagem verde, arquitectura solarenga e um rio que

marca a vida arcuense. Segundo alguns estudiosos, o Rio Vez é o menos

poluído da Europa, com flora e fauna abundantes. Com uma localização

geográfica atractiva, são muitos aqueles que não perdem uma visita ao Parque

Nacional Peneda-Gerês, ao Soajo, à Peneda e ao Lindoso. Envolta em

montanhas, a vila apresenta recantos e miradouros de uma beleza única,

realçando-se a Serra da Peneda e os miradouros de Adrão e Penedo da

Meadinha. No que se refere ao património cultural, destacamos os

monumentos, a arqueologia, os valores artísticos e etnográficos relacionados

com a arte popular, ofícios e utensílios, o folclore, as festas e exposições

aliados a uma gastronomia típica e variada”. 1

4. Situação actual do turismo

Importa, para fazer uma correcta avaliação do destino, perceber como

se encontra o turismo actualmente. Não foi possível encontrar números

estatísticos sobre o destino Arcos de Valdevez em particular. Como tal,

passando do particular para o geral, será feita uma apresentação considerando

1 S.a. (Acedido em 07-10-2009); “Arcos de Valdevez”; [on-line], disponível em:

http://www.solaresdeportugal.pt/PT/concelho.php?concelhoid=1

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Porto e Norte de Portugal que é a região de turismo onde o destino se encontra

inserido. Quanto aos Arcos de Valdevez especificamente apesar da falta de

números estatísticos irão ser apresentados números cedidos pelo posto de

turismo relativos á contagem por eles efectuada.

Segundo uma notícia publicada no JN, “o Porto e Norte de Portugal é a

marca/região mais atractiva, no continente, para os turistas portugueses”.2 Este

é o resultado de um estudo encomendado pelo Turismo de Portugal à Brandia

Central que o terminou com um ranking das 13 marcas/regiões mais atractivas

de Portugal e onde Porto e Norte constam em primeiro lugar.

No que diz respeito aos Arcos de Valdevez vê-se nos números cedidos

pelo posto de turismo variações entre o ano de 2008 e o ano de 2009. No que

diz respeito aos turistas internacionais estas variações são negativas enquanto

relativamente aos turistas nacionais as variações são positivas. Estes dados

ainda não são conclusivos porque para fazer a comparação correcta com o ano

anterior era necessário ter os dados até ao final do ano. Como o ano ainda não

chegou ao fim apenas existem dados até ao mês de Setembro.

Assim, até Setembro deste ano estiveram neste município 125 turistas

de fora da Europa (países como a Austrália, Brasil, Canadá, EUA e outros

mercados) um número que em 2008 ascendeu aos 281, havendo assim uma

variação negativa de 156 turistas.

No que diz respeito aos turistas europeus a variação está a ser também

ela negativa. Isto porque até final do ano de 2008 estiveram no município de

Arcos de Valdevez 1.374 turistas enquanto até Setembro deste ano apenas

840. Assim dá uma variação negativa de 534. No entanto, podemos ver que

este ano de 2009 vieram aos Arcos de Valdevez turistas originários da Europa

mas de países que não tinham sido considerados no ano anterior e que foram

mencionados como outros mercados.

Quanto ao Mercado Interno Alargado (MIA) que diz respeito a Portugal e

Espanha os valores são positivos. Isto devido aos turistas nacionais que este

ano tiveram um aumento considerável de visitas aos Arcos de Valdevez.

Analisando os valores de Espanha isoladamente vê-se que em 2008 vieram a

este município 1.829 turistas enquanto este ano vieram 1.215 turistas tendo

2 Gonçalves, Miguel; (acedido em 13-10-2009); “Porto/Norte é a região turística mais atractiva”; [On-line], disponível

em: http://jn.sapo.pt/Common/print.aspx?content_id=1369471

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uma variação negativa de 614 turistas. No entanto considerando os valores

conjuntos que perfaz o MIA os valores são positivos pois tem um total de

17.058 em 2008 contra 21.550 em 2009 o que significa uma variação muito

positiva de 4.492. Isto porque o mercado interno nacional teve este ano um

aumento de 5.106 turistas já que, em 2008 visitaram este destino 15.229 e este

ano o número já vai em 20.335. Assim, percebe-se que o salvador para o

turismo neste destino este ano foi o mercado interno nacional. Pensa-se

(informações dadas pelo Posto de Turismo em conversa) que este ano este

município conseguiu cativar e captar a atenção de um tão grande número de

turistas nacionais devido à projecção que tem tido nos media através da

participação na novel da TVI “Deixa que te Leve”. Este facto faz pensar se

estes valores continuarão a ser uma realidade nos próximos anos.

5. Competitividade do turismo

Como foi visto no ponto anterior o destino Arcos de Valdevez estando

inserido na região Porto e Norte de Portugal encontra-se em primeiro lugar no

ranking das marcas/regiões mais competitivas. Assim, pode dizer-se que a

competitividade deste destino em relação a outros situados noutras zonas do

país é elevada. No entanto importa saber a capacidade competitiva do

município enquanto destino isolado. Entende-se que um município como Arcos

de Valdevez dificilmente suporta um considerável número de turistas

isoladamente. Isto porque, necessita de locais vizinhos que têm, também eles,

atracções que interessam aos turistas e ajudam à sua fixação por mais tempo.

É neste sentido que a análise é feita por região.

No ranking já mencionado anteriormente foram analisados aspectos que

mostram a competitividade do turismo na região estudada. Deste modo, e para

estar em primeiro lugar, a marca/região Porto e Norte de Portugal que inclui o

município estudado é competitivo ao nível das “paisagens urbana e rural,

gastronomia, simpatia da população local, oferta hoteleira, clima, oferta cultural,

património.” Este estudo teve como principal objectivo “oferecer a cada marca-

região dados que lhes permitem melhorar a sua atractividade”. 3

3 Gonçalves, Miguel; (acedido em 13-10-2009); “Porto/Norte é a região turística mais atractiva”; [On-line], disponível

em: http://jn.sapo.pt/Common/print.aspx?content_id=1369471

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Analisando apenas o município de Arcos de Valdevez nota-se uma

presença positiva na imprensa no que diz respeito às actividades que se

desenrolam na Casa das Artes. Isso mesmo pode ser visto numa notícia do

Jornal de Noticias, “Música Celta em Arcos de Valdevez”,4 onde surgem

elogios às bandas que comparecem e à organização.

Outro aspecto que tem vindo a aumentar a competitividade deste destino

e que se liga também à promoção/publicidade é o facto de ter sido destino

escolhido para a produção de uma telenovela portuguesa. Este aspecto fez

com que muitas pessoas pensassem em Arcos de Valdevez como um destino

que desejariam conhecer. Também numa notícia do Jornal de Noticias se

ressalva este aspecto: “seduzidos pelo encanto da região - que a produção da

telenovela descreve como sendo "o que mais se aproxima do paraíso" - muitos

são os que, desde que a ficção foi para o ar, têm procurado aquelas paragens.

(…) Mas afinal o que há para visitar de tão belo no território escolhido pela TVI

para fazer mais uma investida na ficção nacional? "Cascatas, rios, riachos,

natureza selvagem, paisagens de cortar a respiração, montes e vales,

condições climatéricas que criam, elas mesmas um ambiente pretendido. Do

misterioso nevoeiro, ao calor abrasador, passando pelo frio que apela ao

aconchego”. 5

Todos estes aspectos, pode dizer-se, são dados que evidenciam a

competitividade deste destino, no entanto, e intuitivamente, pode considerar-se

a localização dos Arcos de Valdevez, as suas paisagens, as suas águas e

florestas, gastronomia e gentes como factores muito positivos e que colocam

este destino com um bom nível de competitividade.

6. Infra-estruturas

Neste ponto deveriam ser consideradas infra-estruturas com interesse

para a animação. No entanto, considerou-se, por ter grande importância para

animação, também algum do património natural que os Arcos de Valdevez têm

4 S.a. (acedido em 16-10-2009); “Música Celta em Arcos de Valdevez”; [On-line]; disponível em:

http://jn.sapo.pt/paginainicial/Cultura/interior.aspx?content_id=1204772 5 Fernandes, Ana Peixoto; (acedido a 16-10-2009); “Pelos caminhos da novela – cenários naturais de “Deixa que te

Leve” arrastam muitos curiosos até à região de Arcos de Valdevez”, [On-line], disponível em:

http://jn.sapo.pt/vivamais/interior.aspx?content_id=1353331

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para oferecer. Isto porque, como já foi visto anteriormente grande parte da

importância deste destino, do seu carisma e da necessidade de visita que

incute nas pessoas é devida ao seu património natural.

6.1. Património natural

Rio Vez – para além da beleza das águas transparentes deste Rio que

percorrem este concelho, o Rio Vez é também rico em truta, pelo que a

pratica de pesca é frequente e permite ainda a prática de diversos

desportos de rio, como canyoning ou canoagem. A Desafios –

Desporto e Aventura é uma empresa de actividades desportivas que

usufrui deste suporte para realizar algumas das suas actividades.6

Serra da Peneda (PNPG) – a Serra da Peneda é, como o próprio

nome indica, parte integrante do Parque Nacional da Peneda Gerês.

Este é só por si um chamativo muito eficaz para os turistas. “This is a

beautiful and immense Park with astonishing landscapes, with

mountains, plateaus, valleys, damns, waterfalls and a very rich fauna

and flora that this park aims to protect, while preserving its value to the

existent human and natural resources, with tourism and education as

other goals to achieve.”7

Trilhos e roteiros - Arcos de Valdevez é um concelho com uma beleza

paisagística única. Daí, que aposte muito em trilhos que exploram não

só essa beleza natural como também o património do concelho. São

promovidos ainda roteiros gastronómicos, como é o caso do “Circuito

interpretativo do ciclo do pão"8.

Praia Fluvial da Valeta – local procurado por veraneantes locais e por

turistas. Para além de usufruir da água e do areal, as pessoas também

podem fazer um intervalo para visitar a cidade e os seus monumentos.

6 S.a. (acedido em 20-10-2009); “Desafios – desporto e aventura”; [On-line]; disponível em: http://www.desafios-lda.pt/

S.a. (acedido em 20-10-2009); “Pesca nas águas interiores – calendário de pesca”; [On-line]; disponível em:

http://cacaepescaemportugal.no.sapo.pt/Pesca.htm 7 S.a. (acedido em 20-10-2009); “ Peneda National Park (Arcos de Valdevez)”; [On-line]; disponível em:

http://www.guiadacidade.pt/portugal/?G=monumentos.ver&artid=15598&distritoid=16 8 S.a. (acedido em 20-10-2009); “Trilhos pedestres”; [On-line]; disponível em

http://www.saboresdominho.com/trilhos.htm

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6.2. Património construído

Para além do património natural, também existe património monumental

que merece atenção e que faz parte de imensos roteiros pelo concelho. De

seguida serão apresentados exemplos (mais importantes) do vasto

património monumental que este município tem para oferecer aos seus

visitantes.

Espigueiros do Soajo (24) – Espigueiros de origem galaico-minhota

dispostos num aglomerado granítico, que serve de eira colectiva. Imóvel

de Interesse público (Séc. XVIII e XIX)9

Castelo de Santa Cruz – importante castelo românico que serviu de

retaguarda aos castelos de Monção, Melgaço e Castro Laboreiro.

Actualmente apenas se conseguem discernir alguns traços da antiga

estrutura defensiva, mas a vista que se tem do castelo é fascinante.10

Núcleo Megalítico de Mezio – incorpora cerca de uma dezena de

monumentos, distribuídos por uma zona planáltica de cerca de 2km,

datados com mais de 5000 anos. As Mamoas da Serra de Soajo estão

classificadas como Monumento Nacional.11

Gravuras Rupestres de Gião – mais de 100 rochas gravadas com

diversos motivos de cariz simbólico e geométrico. São igualmente

originarias do Megalítico.12

Santuário de Nossa Senhora da Peneda – Santuário datado de 1857

e que atrai todos os anos milhares de visitantes.13

Capela de São João Baptista – Imóvel de interesse público. Edifício do

estilo românico que foi edificado no séc. XII.14

9 S.a. (acedido em 20-10-2009); “Património cultural – Soajo”; [On-line]; disponível em:

http://www.aldeiasdeportugal.pt/PT/taxonomia.php?aldeiaid=10002&chave=291 10

Navio, Carla; (acedido em 20-10-2009); “Castelo de santa Cruz – Arcos de Valdevez”; [On-line]; disponível em:

http://caminhosadentro.blogspot.com/2009/07/castelo-de-santa-cruz-arcos-de-valdevez.html 11

S.a. (acedido em 20-10-2009); “Trilho do Mezio”; [On-line]; disponível em:

http://aventuraequestre.com/v1/index.php?option=com_content&task=view&id=15&Itemid=41 12

___S.a. (acedido em 20-10-2009); “Trilho Megalitico do Gião”; [On-line]; disponível em:

http://aventuraequestre.com/v1/index.php?option=com_content&task=view&id=15&Itemid=42 13

___S.a. (acedido em 20-10-2009); “Setembro é tempo de festa em Portugel”; [On-line]; disponível em:

http://www.mundoportugues.org/content_printer.php?id=1074&keepThis=true&TB_iframe=true&height=320&width=500 14

___S.a. (acedido em 20-10-2009); “Capela de São João Baptista”; [On-line]; disponível em:

http://www.cmav.pt/mapas_interactivos/roteiro_historico_concelho/ficha.php?id=3

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Igreja da Lapa – imóvel de interesse público (1767). Edifício barroco de

estilo Rococó.15

Capela de Nossa Senhora da Conceição – imóvel de interesse

público (séc. XIV). Construção de transição entre o românico e o gótico.

Pelourinho de Arcos de Valdevez – Monumento Nacional,

impulsionado pelo foral concedido à vila por D. Manuel I em 1515. 16

Igreja Matriz de Arcos de Valdevez – Imóvel de interesse público (séc.

XVIII). Possui uma particular riqueza interior, com exemplares notáveis

de altares de talha e pinturas dos finais do século XVII e segunda

metade do XVIII.17

Igreja do Espírito Santo – imóvel de interesse público (1681).

Construção com influências Maneiristas e notáveis exemplos de talha e

pintura.18

Torre de Angiã – Datada do séc. XVIII, é uma construção em ‘L’

anexada a um solar Barroco. Imóvel de Interesse Público.19

Casa do Castelo de Sistelo – Trata-se de um palácio revivalista de

planta rectangular, com duas torres com ameias a ladear o frontispício e

um jazigo Neo-gótico. O conjunto, que domina uma paisagem natural de

inegável beleza, foi edificado na segunda metade do século XIX.20

Paço da Giela – Monumento Nacional. Possui uma torre medieval com

janelas manuelinas. A envolvente paisagística torna ainda mais bela

esta construção.21

15

___S.a. (acedido em 20-10-2009); “Igreja da Lapa”; [On-line]; disponível em:

http://www.cmav.pt/mapas_interactivos/roteiro_historico_vila/ficha.php?id=1 16

___S.a. (acedido em 20-10-2009); ”Pelourinho de Arcos de Valdevez”; [On-line]; disponível em:

http://www.cmav.pt/mapas_interactivos/roteiro_historico_vila/ficha.php?id=3 17

___S.a. (acedido em 20-10-2009); “Igreja Matriz de Arcos de Valdevez”; [On-line]; disponível em:

http://www.cmav.pt/mapas_interactivos/roteiro_historico_vila/ficha.php?id=4 18

___S.a. (acedido em 20-10-2009); “Igreja do Espírito Santo”; [On-line]; disponível em:

http://www.cmav.pt/mapas_interactivos/roteiro_historico_vila/ficha.php?id=5 19

___S.a. (acedido em 20-10-2009); “Torre de Angiã”; [On-line]; disponível em:

http://www.cmav.pt/mapas_interactivos/roteiro_historico_concelho/ficha.php?id=7 20

___S.a. (acedido em 20-10-2009); “Casa do Castelo de Sistelo”; [On-line]; disponível em:

http://www.cmav.pt/mapas_interactivos/roteiro_historico_concelho/ficha.php?id=11 21

___S.a. (acedido em 20-10-2009); “Paço da Giela”; [On-line]; disponível em:

http://www.cmav.pt/mapas_interactivos/roteiro_historico_concelho/ficha.php?id=15

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Plano Estratégico de Animação Turística “Arcos de Valdevez”

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6.3. Equipamentos desportivos

Piscinas Municipais – abertas de segunda a domingo. Têm aulas de

natação, hidroginástica e pólo aquático.

Pavilhão Desportivo Municipal

Estádio Municipal

Skate Park

6.4. Empresas de animação e clubes desportivos

Desafios – Desporto e Aventura – Com BTT, Canoagem, Canyonning,

marcha de montanha, Paintball, orientação, manobras com cordas,

todo-o-terreno e tiro com arco.

Centro Equestre do Mezio – Com trilhos equestres e pedestres

Equivaldevez – turismo equestre – Com Trilhos equestres. Aulas de

equitação. A Equivaldevez promove ainda vários eventos equestres

Clube Náutico de Arcos de Valdevez

Clube Aventura de Arcos de Valdevez

Moto Clube de Arcos de Valdevez

Clube de Rugby de Arcos de Valdevez

Folia – Associação de Festas e Animação Cultural de Arcos de

Valdevez

6.5. Equipamentos de apoio à cultura

Casa das Artes – onde estão expostas várias exposições e diversos

filmes ao longo de todo o ano.

Centro de Formação e Exposições

6.6. Estabelecimentos de restauração

Restaurante Alameda

Restaurante Alto da Prova

Restaurante do Mercado

Restaurante Ponte Nova

Restaurante Costa do Vez

Restaurante D.ª Isabel

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Restaurante Floresta

Restaurante Minho Verde

Restaurante O Barriguinhas

Restaurante O Espigueiro

Restaurante O Lagar

Restaurante O Matadouro

Restaurante O Morais

Restaurante O Peregrino

Restaurante O Pote

Restaurante Saber ao

Borralho

Restaurante Videira

6.7. Estabelecimentos hoteleiros

Hotel Nossa Senhora da

Peneda ***

Hotel Ribeira ***

Residencial Costa do Vez

Residencial D. António

Residencial D. Isabel

Residencial Tavares

Pousadinha da Juventude

Parque de Campismo da

Travanca

Em todo o município de Arcos de Valdevez há muita oferta a nível do

turismo de habitação e de turismo no espaço rural.

1. Casa da Eira da Lage (CC)

2. Casa de João Fidalgo (CC)

3. Casa de Pereiró (CC)

4. Casa do Cavaleiro (CC)

5. Casa do Grilo (CC)

6. Casa do Rio Vez (CC)

7. Casinha de Loureda

8. Casa da Barreira (TA)

9. Casa da Ti Viúva (TA)

10. Casa de Carreiras (TA)

11. Casa de Riobom

12. Casa dos Videiras (TA)

13. Casa Porta da Mina (TA)

14. Quinta da Breia (AG)

15. Quinta da Imaculada

16. Quinta dos Abrigueiros (AG)

17. Casa de Avelar

18. Casa de Calvos

19. Casa do Adro (TR)

20. Quinta da Prova

21. Quinta do Fijó

22. Casa da Ponte (TH)

23. Casa dos Confrades do

Espírito Santo (TH)

24. Paço da Glória (TH)

25. Quinta de Cortinhas (TH)

26. Quinta de Parada Do Vez

(TH)

27. Casa de Retiro Branda de

Murço (CR)

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28. Casas de Abrigo de Adrão

(CA)

29. Casas de Retiro Baleiral (CR)

6.8. Festas/Feiras/Romarias

Este destino tem ao longo do ano festas, feiras e romarias fixas que

onde os turistas poderão passar momentos agradáveis inter-agindo com as

populações locais, descobrindo o que este município tem de melhor, sentir os

cheiros, cores e sons tão característicos destes locais/eventos.

FEIRAS MENSAIS

Soajo.......................................................................... Out. a Dez (1º dia do mês)

…………………………………………..…...Jan. a Set. (1º Domingo de cada mês)

Sistelo (Portela do Alvito)……………………………...………12 e 28 de cada mês

FEIRAS QUINZENAIS

Arcos de Valdevez........................................................................ Quartas-feiras

FEIRAS E EXPOSIÇÕES

Feira Mostra "Terras do Vez - Sabores e Tradições……... Abril - A. de Valdevez

Feira Campo Life Style - Soajo............................................ Julho/Agosto - Soajo

Expovez - Feira do Alto Minho............................................ Agosto - A. Valdevez

FESTAS/ROMARIAS

Festas do Concelho.......................................... 7, 8 e 9 Agosto - A. de Valdevez

Nossa Senhora do Castelo................................... Maio - Vilafonche/A. Valdevez

S.João................................................................. 23 e 24 de Junho - A. Valdevez

S.Bentinho de Ermelo.......................................................... 11 de Julho - Ermelo

Senhora das Boas Novas.............................................................Março - Oliveira

6.9. Artesanato

O artesanato mais usual e comum nos Arcos de Valdevez é: “Tecelagem

em Linho; Tecelagem em Trapo; Cestaria; Alfaias Agrícolas em Madeira e Ferro;

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Tamancos; Mantas; Cobertores; Passadeiras de Farrapos; Esculturas em Pedra;

Espigueiros; Carros de Bois (miniatura); Rocas, Cruchos, Croças e Monelhas.”22

6.10. Bares e Discotecas

Este destino propõe aos seus visitantes vários locais de diverção

noturna onde o turista pode terminar o seu dia ouvindo música, dançando e

convivendo com as gentes locais. Pode decidir-se por bares ou discotecas

mais modernos ou mais comuns. A oferta é variada.

“Azenha - Bar ............................... Largo do Espírito Santo, Arcos de Valdevez

Bar Açougue ...................................... Rua Amorim Soares, Arcos de Valdevez

Bar Casa das Artes ................................... Casa das Artes, Arcos de Valdevez

Bar Clube de Rugby – Alameda Dr. Francisco Sá Carneiro, Arcos de Valdevez

Bar DNA ........................................... Campo de Trasladário, Arcos de Valdevez

Irish Coffee Bar ................................. Rua Dr. Vaz Guedes, Arcos de Valdevez

Kloro Bar ............................................. Piscinas Municipais, Arcos de Valdevez

Xeias Bar .......................................... Largo da Valeta, nº18, Arcos de Valdevez

Bar Discoteca Guia .......................... Pogido – Gondoriz, Arcos de Valdevez”23

6.11. Gastronomia e Vinhos

A gastronomia e vinhos são também um atractivo e excelente modo de

passar o dia. Em Arcos de Valdevez é possível realizar workshops onde se pode

preparar broa de milho, licores, doces e compotas. É possível ainda degustar

carnes de raças autóctones, Carne de bovino - Raça Cachena, Carne de suíno -

Raça Bísara e ainda fazer Provas de vinhos.24

A gastronomia típica e os vinhos estão bem presentes nos restaurantes

do concelho onde se pode saborear deliciosos pratos da região:

22

___S.a. (acedido em 20-10-2009); “Artesanato; [On-line]; disponível em: http://www.cmav.pt/ver.php?cod=0C0J 23

___S.a. (acedido em 20-10-2009); “Bares e Discotecas”; [On-line]; disponível em:

http://www.cmav.pt/ver.php?cod=0C0K 24

___S.a. (acedido em 20-10-2009); “Sabores do Minho”; [On-line]; disponível em:

http://www.saboresdominho.com/banquete.htm

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“Pratos Típicos: Cozido à Minhota; Cabritinho Mamão da Serra;

Arroz de Feijão c/Posta Barrosã; Papas de Sarrabulho; Rojões;

Lampreia; Bacalhau à Violeta.

Doçaria: Charutos de Ovos; Doce Sortido "Casadinhos, Brancos";

Cavacas dos Arcos; Bolo de Mel; Rebuçados dos Arcos.”25

7. Perfil dos visitantes

O perfil dos visitantes/turistas é muito importante na medida em que nos

ajuda a preparar os produtos que mais possam atrair cada segmento de

mercado. Desta forma, o destino aumentará o seu número de turistas,

caminhará no sentido de uma maior satisfação dos seus clientes e, por

conseguinte, terá mais sucesso.

Quanto aos turistas/visitantes de Arcos de Valdevez não há muita

informação, uma vez que as entidades locais remetem para as entidades

regionais e estas remetem de volta para as primeiras.

Do pouco que se conseguiu apurar quanto ao perfil dos visitantes de

Arcos de Valdevez, sabe-se que a principal razão da viagem são os trilhos,

associados ao PNPG, tão presentes e comuns neste concelho. De seguida, o

motivo da viagem é a gastronomia. A gastronomia do Minho é conhecida por

ter traços únicos de tipicidade e agregada qualidade, pelo que é um chamariz

muito forte. Por fim, temos o próprio alojamento como atractivo, uma vez que a

maior parte do alojamento deste concelho se refere a casas de turismo rural,

agro-turismo e turismo de habitação. Embora seja mau não haver alojamento

de qualidade que atraia turistas de qualidade, o facto de haver muita oferta de

turismo rural é positivo pois aliado à ruralidade deste concelho e às fantásticas

paisagens é um elemento essencial do turismo de Arcos de Valdevez.

Quanto às idades dos turistas/visitantes, segundo informação do Posto

de turismo de Arcos de Valdevez, são sobretudo pessoas entre os 25 e 50

anos (Anexo 1).

Quanto à origem dos visitantes, no que respeita a nacionalidades, a

larga maioria dos visitantes deste destino são oriundos do mercado interno

(20335 visitantes em 2009 até Setembro). Apenas uma pequena parcela é

25

___S.a. (acedido em 20-10-2009); “Gastronomia/Vinhos”; [On-line]; disponível em:

http://www.cmav.pt/ver.php?cod=0C0L

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oriunda de outros países da Europa (840 visitantes em 2009 até Setembro) e

uma parcela mínima de países fora da Europa (125 visitantes em 2009 até

Setembro). Os meses com maior afluência são sem dúvida os meses de Verão

e férias, Junho, Julho e Agosto. O principal país emissor de turistas para Arcos

de Valdevez, sem contar com Portugal, é Espanha, com 1215 visitantes até

Setembro deste ano, dos quais 1081 correspondem somente à Galiza. No que

toca ao mercado interno, Porto e Norte de Portugal, Lisboa e Vale do Tejo e

Beiras são as regiões principais emissoras de turistas (Anexo 2).

8. Diagnóstico das necessidades

Ao analisar as infra-estruturas e a animação que este município tem vê-

se que existem algumas necessidades que deveriam ser satisfeitas, algumas

falhas que deveriam ser colmatadas. A maior falha encontra-se ao nível da

hotelaria. Não há oferta hotelaria em quantidade e qualidade. A oferta a este

nível prende-se mais àquilo que as casas de turismo rural e de habitação

oferecem mas que não se adequa à totalidade das necessidades deste destino.

Este destino tem ainda a necessidade de investir mais em animação e

apoios ao turista. Outra das necessidades seria uma maior sensibilização da

população para o turismo. Este aspecto ajudaria a cativar e prender o turista.

9. Eventos e animação turística – Situação actual

Arcos de Valdevez tem alguns eventos a decorrer durante o ano e

actividades de animação turística ao dispor dos turistas e visitantes desta vila.

No entanto a maioria dos eventos concentram-se na época alta sendo que na

época baixa não há muita dinamização do município.

A Câmara Municipal juntamente com a Folia (Associação de Festas e

Animação Cultural de Arcos de Valdevez), organizam a festa de Carnaval em

Fevereiro, o S. João da Valeta em Junho, as Festas de Nossa Senhora da

Lapa ou Festas Concelhias em Agosto e o Festival Internacional de Folclore

Ponte do Mouro e Alvarinho em Agosto conjuntamente com os municípios de

Caminha, Melgaço, Monção, Ponte da Barca, Ponte de Lima, Valença, e Vila

Nova de Cerveira.

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Plano Estratégico de Animação Turística “Arcos de Valdevez”

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Como é visível, quase todos eventos se concentram na época baixa com

excepção do Carnaval. Isto faz com que a oferta durante o resto do ano não

seja a este nível e seja quase na totalidade da responsabilidade das empresas

de animação e dos responsáveis da Casa das Artes.

Também em Agosto a ARDAL (Associação Regional de

Desenvolvimento do Alto Minho) e o município dos Arcos de Valdevez

organizam a Expovez. Este é um evento em forma de feira que visa promover o

comércio, os serviços, a indústria, a agricultura e o artesanato da região.

A Casa das Artes é o local da Vila onde mias actividades se podem

encontrar. Todo o ano, todos os meses, todas as semanas, existem coisas

para ver. Aqui são promovidas exposições, exibições de filmes, concertos,

teatros, entre outras actividades.

Nas piscinas municipais existem várias vezes torneios e campeonatos

de várias modalidades promovidas pelo Clube Náutico. O Clube de Râguebi

também promove campeonatos e torneios que se realizam no estádio

municipal.

Por fim, outro promotor de actividades é o Moto Clube de Arcos de

Valdevez que realiza o Arcos TT, que é um encontro de adeptos desta

modalidade. Além disso, realiza também passeios moto-turisticos,

concentrações Motard e o Arcos Moto Survivor.

Para além destas actividades e eventos as empresas de animação têm

ao dispor dos turistas actividades como BTT, slide, rappel, entre outras,

disponíveis durante todo o ano sob marcação.

10. Análise SWOT

A análise SWOT é uma ferramenta que irá permitir perceber o que este

destino tem de bom e de mau bem como as influências positivas e negativas

que poderá ter. As conclusões mais importantes que se poderão tirar através

da análise SWOT irão mostrar o que pode ser feito para melhorar, que

ferramentas poderão ser usadas para combater aspectos mais negativos.

Para se poder retirar as conclusões irão ser vistos os pontos fortes e

fracos bem como as oportunidades e ameaças. Importa sublinhar que os

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pontos fortes e fracos dizem respeito ao que o destino tem para oferecer

enquanto as oportunidades e ameaças dizem respeito a influências externas.

Pontos Fortes (S)

S1 – Imagem forte de destino ligado à natureza

S2 – Boas acessibilidades

S3 – Projecção a nível nacional através da novela “Deixa que te Leve”

S4 – Destino ligado à boa gastronomia minhota

S5 – Oferta variada ao nível dos trilhos naturais

S6 – Boa sinalização nos trilhos

S7 – Boa oferta de alojamento em turismo rural e de habitação

S8 – Oferta a nível do património cultural

S9 – Integração na estrutura comercial da ADERE/PNPG

S10 – Destino atractivo para actividades de relax e de descanso e

tranquilidade

S11 – Imagem de destino seguro

S12 – Enquadramento paisagístico de qualidade

S13 – Boa qualidade dos produtos regionais

S14 – Presença de uma incubadora de empresas

S15 – Infra-estruturas desportivas de qualidade

Pontos Fracos (W)

W1 – Diminuída oferta hoteleira

W2 – Má exploração da vertente artesanato

W3 – Falta de focalização num segmento-alvo

W4 – Elevada sazonalidade

W5 – Falta de estruturas de base (ex. hotéis) para o desenvolvimento da

actividade turística

W6 – Clima instável (húmido)

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Oportunidades (O)

O1 – Crescente interesse pelo turismo de natureza

O2 – Interesse dos turistas pelo artesanato

O3 – Valorização do turismo de gastronomia e vinhos

O4 – Crescente prática de turismo activo

O5 – Proximidade de locais muito procurados como o PNPG

O6 – Crescimento do turismo interno

O7 – Desenvolvimento de short-breaks

O8 – Fazer parte da região de turismo Porto e Norte de Portugal

O9 – Perspectivas de retoma económica

O10 – Proximidade com escolas da área do turismo e hotelaria

Ameaças (T)

T1 – Pouca promoção do destino em conjunto com a região de turismo

T2 – Imagem do Norte de Portugal como destino pouco atractivo

Strengths:

Pontos Fortes

Weaknesses:

Pontos Fracos

Opportunities:

Oportunidades

S1 – O1

S2 – O6

S4 – O3

S5 – O5

S13 – O2/O3

S14 – O10

S15 – O4

W2 – O2

W4 – O7

Threats: Ameaças S3 – T1

S10 – T2

W4 – T1

W6 – T2

Tabela 1- Tabela da análise SWOT (ligações)

S1 – O1 – Estes dois pontos estão ligados muito positivamente. Isto

porque, a imagem do nosso turismo (e é real e correcta) é a de um destino

ligado à natureza devido à sua envolvente. O que é absolutamente certo devido

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à sua envolvente da serra da Peneda e ligação ao Parque Nacional da Peneda

Gerês (PNPG). O turismo de natureza tem sido um tipo de turismo que tem

evoluído muito positivamente constando até do PENT (Plano Estratégico

Nacional para o Turismo) e na nova legislação sobre os empreendimentos

hoteleiros que muito valoriza os de natureza. Assim, é um ponto forte que se

liga a uma oportunidade mostrando que este destino está, por este lado, no

bom caminho e que assim se deve manter.

S2 – O6 – Este destino é servido por auto-estradas muito próximas que

podem levar os turistas rapidamente ao Porto, Valença, Braga, etc. Dos Arcos

de Valdevez pode ir-se sempre por auto-estrada até ao Algarve se se desejar.

Assim, é um grande apoio e chamariz para o turismo interno que tem vindo a

ser noticiado por ter salvo o turismo de Portugal em altura de drama

económico. Deste modo, as boas acessibilidades ajudam a canalizar o turismo

interno em crescimento.

S4 – O3 – Esta ligação surge no seguimento da anterior e tem muito a

ver com ela. Os Arcos de Valdevez tal como todo o Alto Minho são conhecidos

pela sua gastronomia. Este produto turístico está também presente no PENT

sendo muito valorizado hoje em dia. Assim o que os Arcos têm de bom liga-se

ao que o país pretende ter de melhor e àquilo que os turistas procuram.

S5 – O5 – A existência de trilhos naturais que os turistas que procuram

turismo de natureza e/ou activo podem seguir a pé ou de bicicleta é algo muito

presente neste município. A sua proximidade e ligação ao PNPG, permite aos

turistas envolver-se com a natureza circundante através dos trilhos bem

limitados e sinalizados que os levam ao interior da serra da Peneda e do

Parque Natural ao longo de todo o município.

S13 – O2/O3 – A ligação entre estes três aspectos vem ainda no

seguimento dos pontos anteriores. Os produtos regionais (em grande parte da

gastronomia tradicional) são de muita qualidade e em grande número neste

município. Os turistas em geral gostam de conhecer o que os locais que vistam

têm de original, do mesmo modo que gostam de experimentar a gastronomia

local. Estes aspectos tornam-se assim uma óptima ligação do que este destino

tem de bom para oferecer aos seus turistas.

S14 – O10 – A presença de uma incubadora de empresas no concelho é

um ponto forte que se alia ao facto de existir proximidade com escolas de

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hotelaria e turismo (nomeadamente no concelho de Viana do Castelo). A

existência de mão-de-obra qualificada e de um local onde novos negócios

(ligados à área do turismo e animação) são mais-valias para o desenvolvimento

turístico do município.

S15 – O4 – Outra valorização para a oportunidade de crescimento do

turismo activo é o facto de este destino possuir boas infra-estruturas para a

prática de vários desportos nomeadamente, natação, atletismo, futebol, entre

outros.

S3 – T1 – O ponto forte de promoção através da novela “Deixa que te

Leve” vem colmatar a falha existente por não existir, ainda, promoção conjunta

dos destinos inseridos na região de turismo Porto e Norte de Portugal. Este

facto poderá dever-se à reestruturação das regiões de turismo que ainda não

tiveram tempo de colocar todos os projectos na rua. Espera-se que esta

ameaça ao turismo deste destino seja posteriormente convertida em

oportunidade.

S10 – T2 – Muitas vezes ouve-se falar do Norte de Portugal como um

destino pouco atractivo devido muitas vezes ao clima e a outros factores. O

nosso destino para combater essa ideia tem como ponto forte o facto de se

fazer notar como um destino que convida ao relax e ao descanso. A

passividade de que muitas vezes o Norte de Portugal é acusado torna-se assim

um ponto a favor deste município.

W2 – O2 – Como já foi mencionado anteriormente os turistas

normalmente têm uma grande curiosidade sobre o artesanato local. Este é um

ponto fraco deste destino já que os artesãos operam individualmente. Pensou-

se que uma maneira de melhorar esta vertente do turismo nos Arcos de

Valdevez seria criando rotas de artesanato através das oficinas dos artesãos.

Seria uma maneira de anular este ponto fraco.

W4 – O7 – Um ponto fraco deste destino é a elevada sazonalidade. Esta

pode ser combatida com a oportunidade de desenvolvimento das short-breaks.

Este é um tipo de férias que muitas pessoas adoptam e que são feitas durante

todo o ano. Assim, a sazonalidade do destino poderá ser reduzida.

W4 –T1 – Mais uma vez ressalta-se o ponto fraco da sazonalidade. Este

aspecto juntamente com a pouca promoção que ainda é feita pela região de

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21

turismo Porto e Norte de Portugal faz deste destino um local pouco atractivo ou

desconhecido. É um aspecto muito importante que deveria ser corrigido.

W6 – T2 – O clima instável e húmido de que a maioria do território do

Norte de Portugal sofre é um ponto fraco que eleva a imagem que o norte tem

como destino pouco atractivo. Quanto ao clima não se pode alterar mas a

imagem do destino pode ser mudada através da promoção certa.

11. Perspectivas e tendências do destino turístico26

Apesar de não existirem perspectivas e/ou tendências documentadas

para este destino podem retirar-se algumas conclusões que decorrem da

realização deste trabalho. Assim, e mediante os números fornecidos pelo posto

de turismo, pode ver-se uma tendência para um aumento das visitas por parte

de turistas nacionais (15.229 no final de 2008 e 20.335 até Setembro de 2009).

No entanto tem de se ter algum cuidado com esta questão já que, pode ser

algo apenas momentâneo que advêm da publicidade realizada pela novel já

referida anteriormente. Deste modo, e apesar de neste momento a tendência

ser para aumento, não se deve ser tão linear e esperar um decréscimo,

principalmente, se o destino não se mostrar atractivo.

Do ponto de vista do mercado internacional existiu este ano (Janeiro a

Setembro) um decréscimo considerável do número de turistas estrangeiros,

sejam eles originários de Espanha (1.829 em 2008 e 1.215 em 2009), da

Europa (1.374 em 2008 e 840 em 2009) ou de fora da Europa (281 em 2008 e

125 em 2009). Isto poderá ter-se devido ao facto da economia mundial ter

passado por momentos difíceis que levarão à diminuição considerável do

número de viagens. Deste modo, pode pensar-se que mediante a retoma

económica o número de turistas internacionais poderá voltar a crescer.

Este destino deverá, tendencialmente, continuar a ser um destino

voltado para a Natureza e para o turismo activo, continuando a “chamar”

amantes da natureza e das actividades ao ar livre.

26

Os valores presentes neste ponto foram gentilmente cedidos pelo Posto de Turismo dos Arcos de Valdevez e dizem respeito à contagem por eles efectuada durante o ano. (Anexo 2).

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22

12. A necessidade da animação turística num destino

A animação turística é uma vertente da oferta turística que não pode

faltar num destino. A enorme diversidade de actividades turísticas permitem-

nos afirmar que haverá sempre a possibilidade de realizar algum tipo de

actividade num dado destino e para qualquer público-alvo.

Mas o que é a animação turística? A “animação turística é o conjunto de

actividades culturais, lúdicas, de formação, desportivas, de difusão, de

convívio, de recreio, ... que são oferecidas maioritariamente a turistas por

entidades públicas ou privadas, pagas ou não pagas, com o carácter de

restabelecer o equilíbrio físico e psíquico, aniquilando a monotonia, o excesso

de tensão e de stress”27. Esta definição para além de dar a entender que os

limites da animação turística dependem da criatividade e inovação dos

profissionais da área, também refere que a animação turística visa, para além

de ocupar os turistas, quebrar o excesso de tensão e stress, preparando-os

para o regresso às suas vidas normais.

Infelizmente, a animação turística foi durante muito tempo vista como um

complemento para o produto turístico.

“A animação turística é uma área de actuação composta por um conjunto de actividades que permitem ao turista usufruir de forma mais plena uma determinada experiência turística, concedendo aos empreendimentos de turismo um maior sucesso e vitalidade. É um trabalho que leva simultaneamente à interpretação do espaço envolvente e ao desenvolvimento de actividades físicas e intelectuais que provocam um aumento da satisfação do turista”28. “Actividades e serviços prestados a turistas, que visem o complemento da oferta primária (alojamento, restauração, viagens, etc.), actividades estas, que podem ser lúdicas, culturais, desportivas, ambientais. Estas actividades, por norma, incidem sobre os recursos de determinadas regiões e devem contribuir para o desenvolvimento das mesmas”29.

Estas definições levantam em nós a sensação de que a animação turística é

somente um complemento para a actividade dos empreendimentos de turismo,

o que aparenta pouco, tendo em conta que actualmente a animação turística é

por vezes o próprio motivo da visita, é por si só um produto turístico e que para

27 Fernandes, Carlos (2009), Animação turística – Áreas de Animação, ESTG-IPVC, Viana do Castelo 28 Malta, Miguel (2005/2006), Animação turística, disponível em:

http://www.esac.pt/cursos/leat/descrit/822005.pdf 29 S.a. (s.d.), Módulo I: Animação Turística: natureza, conceito e vertentes, disponível em:

http://www.estig.ipbeja.pt/~aibpr/Ensino/AnimacaoTuristica/Aulas/Grupo1/NocaoLegislacao.pdf

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Plano Estratégico de Animação Turística “Arcos de Valdevez”

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além da satisfação do turista visa providenciar experiências únicas, autênticas

e inesquecíveis.

Desde o inicio daquilo a que se começou a chamar turismo a animação

foi sua aliada. Quando o que se fazia era basicamente sol e mar as actividades

estavam limitadas mas presentes. Mas, com a evolução do turismo a

animação, na vertente turística, teve também uma evolução. A animação

caminha assim a par e passo ao lado do turismo rumo a um futuro conjunto.

“A Animação Turística tem vindo a ocupar nas últimas três décadas um

papel de elevada importância nas dinâmicas turísticas internacionais, tendo

sido inicialmente interpretado como um produto complementar à oferta turística

urbano-cultural e adaptando as suas estratégias ao universo de sol e mar.”30

Hoje em dia, com a enorme diversidade de gostos, preferências e

motivos de viagem dos turistas, com as diversas infra-estruturas, espaços e

recursos de cada destino, a actividade da animação turística requer

planeamento e preocupação. A animação turística é, tão importante que, por

vezes, ela própria é um motivo de viagem, pode ver-se isso, por exemplo em

vários eventos que chamam milhares de pessoas, como o Rock n’ Rio e as

Festas da Senhora da Agonia.

A animação turística acrescenta igualmente valor ao produto turístico.31

Isto porque um produto turístico pode ser muito bom, um destino pode ser

muito apetecível mas, se não existirem actividades que ocupem o tempo dos

turistas, que os divirtam e que dinamize o seu tempo será mais difícil vender

esse produto. As pessoas precisam de se manter ocupadas e é necessário ter

em atenção que a animação turística não é apenas constituída de actividades

físicas, de lazer ou de divertimento, podem ser também actividades de

aprendizagem, demonstração de conhecimentos, lazer e relaxamento, entre

outras. Nem sempre se tem a percepção de todas as actividades tão diferentes

e dispersas que a animação turística engloba.

A animação turística é ainda factor de diferenciação entre destinos

concorrentes. Se num dos destinos as pessoas não têm nada para fazer, para

ver nem nada para os ocupar então elas vão preferir o outro. Num outro plano,

30 Associação Regional de Turismo – Turismo dos Açores; Angra do Heroísmo (2005); Plano Estratégico

de Animação Turística para a Ilha Terceira”. 31 S.a. (s.d.) Modulo I: Animação Turística: natureza, conceito e vertentes, Escola Superior De

Tecnologia e Gestão, Beja

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Plano Estratégico de Animação Turística “Arcos de Valdevez”

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se dois destinos concorrentes estiverem constantemente a “batalhar” para

oferecer aos seus visitantes animação turística melhor que o outro, a qualidade

da animação turística será maior, a experiência de quem organiza estará em

constante melhoria e as actividades serão cada vez melhores, bem como a

experiência que os visitantes têm. E isso vai ter efeito na sua satisfação, e na

questão de que irão voltar ou não, ou ao menos recomendar o destino. Esta

preocupação em manter um sector de animação turística empenhado e bem

sucedido é uma oportunidade de emprego para algumas pessoas

especializadas na área, e que também irá melhorar a economia local.

A animação turística pode por fim ajudar a atingir os cinco objectivos do

turismo:

“Atrair visitantes de novos mercados;

Gerar estadias mais longas;

Aumentar os gastos de cada visitante;

Alargar a época alta;

Atrair novos turistas com interesses especiais/de nichos de

mercados”.

13. Empresas de animação turística

No que respeita a animação turística, as empresas de animação turística

desempenham um papel fundamental. Estas encontram-se reguladas pelo

Decreto Lei nº108/2009 de 15 de Maio, que define o âmbito de actividade das

empresas de animação turística e quais as actividades que estas podem

desempenhar. Estas actividades estão divididas em:

Próprias: “São consideradas actividades próprias das empresas de

animação turística, a organização e a venda de actividades

recreativas, desportivas ou culturais, em meio natural ou em

instalações fixas destinadas ao efeito, de carácter lúdico e com

interesse turístico para a região em que se desenvolvam”32;

Acessórias: “São actividades acessórias das empresas de animação

turística, nomeadamente, a organização de:

Campos de férias e similares;

32 Número 1 do Artigo 3.º do Dec. Lei n.º 108/09

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Plano Estratégico de Animação Turística “Arcos de Valdevez”

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Congressos, eventos e similares;

Visitas a museus, monumentos históricos e outros locais de

relevante interesse turístico, sem prejuízo da legislação

aplicável ao exercício da actividade de guia turístico;

O aluguer de equipamentos de animação”33.

Apesar de nas actividades próprias a legislação referir actividades

desportivas e culturais, na secção intitulada “Tipos de Actividades”34 apenas se

descriminam actividades de turismo de natureza35 e actividades marítimo-

turisticas36.

Esta falta de descriminação das actividades desportivas e das

actividades culturais deve-se provavelmente à grande diversidade de

actividades destes dois âmbitos e devido ao facto de outras organizações ou

entidades as poderem promover. Por exemplo, a Câmara Municipal pode

promover um festival de música ou uma exposição de arte; uma escola pode

promover actividades relacionadas com os diversos cursos; uma escola de

dança pode promover um concurso de dança; etc.

14. Tipologias de animação

Conforme foi possível verificar no trabalho da 1ª fase do Planeamento

Estratégico de Animação Turística de Arcos de Valdevez, este é um concelho

que possui inúmeros valores culturais, ambientais e desportivos.

No primeiro trabalho verificámos também que Arcos de Valdevez

possuía diversas infra-estruturas turísticas, mas a verdade é que não será

somente a presença destas infra-estruturas que irá atrair os turistas, é preciso

muito mais. É preciso também constatar que tipo de medidas é necessário

tomar para que essas infra-estruturas possam ser recursos úteis que

diferenciem o destino e lhe dêem interesse para ser visitado. Por vezes são as

próprias infra-estruturas que atraem turistas, como é o caso da Estátua da

Liberdade em Nova Iorque, ou a Torre Eiffel em Paris ou as Pirâmides de Gizé

33 Número 2 do Artigo 3.º do Dec. Lei n.º 108/09 34 Artigo N.º4 do Dec. Lei n.º 108/09 35 Número 1 do Artigo N.º4 do Dec. Lei n.º 108/09 36 Número 2 do Artigo N.º4 do Dec. Lei n.º 108/09

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Plano Estratégico de Animação Turística “Arcos de Valdevez”

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no Egipto, mas muitas das vezes é necessário trabalhar os recursos para que

sejam proveitosos. Assim, é necessário desenvolver animações turísticas que

ajudem estas infra-estruturas a tornarem-se os recursos proveitosos que Arcos

de Valdevez necessita.

Um conceito tão abrangente como é o da animação turística necessita

de ser dividido para melhor ser entendido. Assim podemos agrupar em três

categorias distintas as diversas actividades e manifestações de animação

turística sendo elas:

Animação cultural;

Animação Desportiva;

Animação Ambiental.

14.1. Animação Cultural

Quanto à animação cultural, pode dizer-se que é um “conjunto de

actividades de animação que se desenvolvem tendo por base recursos locais

de carácter cultural”37, ou seja, actividades de admiração e apreciação do

património cultural material e imaterial.

Rotas temáticas culturais (gastronomia, vinhos, história, património

edificado), passeios pedestres culturais, reproduções históricas, museus,

festivais, mostras de arte entre outras, são actividades de animação cultural.

14.2. Animação Desportiva

Quanto à animação desportiva, podemos dizer que é um “conjunto de

actividades de carácter desportivo realizadas em espaços naturais, respeitando

as suas características e restrições legislativas”38.

As actividades de animação desportiva podem subdividir-se em:

Terrestres (por exemplo: BTT, moto 4, escalada, passeios de jipe,

orientação, rappel);

Aquáticas (por exemplo: canoagem, passeios de barco, mergulho,

surf);

Aéreas (por exemplo: balonismo, asa delta, parapente).

37 S.a. (s.d.) Modulo I: Animação Turística: natureza, conceito e vertentes, Escola Superior De

Tecnologia e Gestão, Beja 38 idem

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Plano Estratégico de Animação Turística “Arcos de Valdevez”

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Pode ainda considerar-se como animação desportiva os estágios

desportivos feitos pelas equipas, bem como, todas as actividades que deles

decorrem e deslocações feitas pelas pessoas para assistir a jogos desportivos.

Incluí-se também na animação desportiva as actividades em que os turistas

são participantes, quer seja, em torneios ou em jogos amigáveis. Neste ponto

convém ainda lembrar que existem os turistas que viajam propositadamente

para participar ou observar um evento desportivo, e aqui temos a animação

desportiva como o motivo da viagem, e ainda os turistas que estando no

destino praticam ou observam esse evento, e assim a animação turística não é

a motivação principal39.

14.3. Animação Ambiental

Quanto à animação ambiental, podemos dizer que é um “conjunto de

actividades de lazer, aprendizagem e conhecimento que permitem ao turista

usufruir dos recursos naturais do destino que visita, potenciando a

sustentabilidade do mesmo”40. Este é também o tipo de animação mais

estudado, com legislação própria (Dec. Regulamentar nº 18/99) e entidades

que a regulam (ICNB). Este decreto regulamentar regula todas as actividades

de animação turística que possam ser de natureza, é nesta ferramenta que as

empresas de animação se apoiam para serem legalizadas. Além disso, e

tratando-se de natureza o ICNB (Instituto para a Conservação da Natureza e

Biodiversidade) tem também um papel importante de regulador e tem uma

palavra a dizer na questão das actividades que podem ou não ser realizadas

em espaços naturais.

Temos por exemplo rotas temáticas, passeios pedestres, observação de

fauna e flora e actividades de educação cultural como actividades de animação

ambiental.

39 Fernandes, Carlos (2009), Animação Desportiva, ESTG-IPVC, Viana do Castelo 40 S.a. (s.d.) Modulo I: Animação Turística: natureza, conceito e vertentes, Escola Superior De

Tecnologia e Gestão, Beja

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Plano Estratégico de Animação Turística “Arcos de Valdevez”

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15. Adequação ao município

São estes os três tipos de animação que iremos adequar ao município

dos Arcos de Valdevez sugerindo áreas de actuação e de desenvolvimento.

Cada um destes tipos de animação terá a sua área de actuação, as suas

características e actividades próprias e um tipo de turista específico.

O município dos Arcos de Valdevez tem recursos que justificam a

existência das três áreas. De acordo com o levantamento efectuado para o

trabalho anterior podemos dizer que existem recursos arquitectónicos e

culturais que justifiquem a existência de actividades voltadas para esta área.

Existem vários monumentos de grande relevância que podem ser aproveitados,

como por exemplo, os espigueiros do Soajo, o conjunto megalítico do Mezio, o

Santuário de Nossa Senhora da Peneda, entre outros. A casa das artes é

também, um recurso importante já que é onde se passa grande parte das

actividades culturais do município.

Por outro lado o rio Vez, as piscinas municipais, o estádio municipal e o

pavilhão municipal, bem como a existência de grupos equestres, de desportos

de aventura e clube náutico fazem com que os Arcos de Valdevez tenham

recursos que podem ser aproveitados para a animação desportiva.

A animação ambiental é justificada pela existência do Parque Nacional

da Peneda Gerês, já que, a Serra da Peneda situa-se neste município. Como

grande riqueza natural que é, justifica por si só a existência de actividades de

animação ambiental. Ainda se pode considerar a presença do Rio Vez, no que

diz respeito a algumas actividades fluviais e a pesca.

15.1. Produtos turísticos

Ao realizar a adequação ao município tem de se ter em atenção que

este é um município procurado, como já foi visto anteriormente no perfil do

visitante, por um conjunto de turistas com motivações muito específicas. Neste

município evidencia-se os turistas que procuram turismo de natureza aliado ao

turismo activo e gastronomia e vinhos. O touring cultural e paisagístico tem

também relevância ainda que menor. Deste modo, aliado aos diferentes tipos

de animação irá também, neste plano, fazer com que as actividades propostas

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Plano Estratégico de Animação Turística “Arcos de Valdevez”

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cheguem a estes tipos de turistas. É pretendido que as actividades que se

pretendem dinamizem Arcos de Valdevez sirvam para complementar estes

produtos turísticos.

16. Valorização dos recursos

Muitos dos recursos do território encontram-se abandonados e sem uso.

São peças importantes da história de um povo singular, e daí que não

mereçam desleixo quanto ao seu estado de conservação, mas também não

merecem ser esquecidos. Por vezes só temos a noção das riquezas que temos

quando alguém nos alerta para o seu valor ou quando as perdemos, e nestas

alturas pode já ser tarde de mais e muito poderia já ter sido feito. Torna-se

então fundamental valorizar os recursos enquanto há essa oportunidade, e em

tempo oportuno.

Arcos de Valdevez é um concelho que possui diversos monumentos que

se encontram esquecidos e ao abandono, e que teriam capacidade de ser algo

mais, algo com valor, não só para os residentes como para os próprios turistas.

Paço da Giela, a Casa do Castelo do Sistelo, Castelo de Santa Cruz ou o

Mosteiro de Ázere são alguns exemplos de monumentos que estão

abandonados e que provavelmente nunca ninguém ouviu falar, enquanto

poderiam estar a ser o local de encenações históricas, romarias, roteiros ou

outras actividades.

Igualmente, outros recursos estão sub-aproveitados. As Piscinas

Municipais, o Estádio Municipal e o Pavilhão Desportivo Municipal poderiam ser

melhor aproveitados e valorizados se servissem para acolher diversos

campeonatos de diferentes modalidades, como Pólo aquático, natação, futebol,

futebol de salão, andebol, basquetebol, etc. Desta forma, para além de

promover o desporto entre a população também estaria a criar diversões para

os turistas, ao mesmo tempo que se rentabilizam os espaços. Os próprios

turistas poderiam ser convidados a criar ou integrar equipas e a entrar nas

competições, e desta forma iriam conviver com os locais e com outros turistas

e ter uma experiência extremamente rica. Inicialmente Arcos de Valdevez

poderia apenas acolher torneios locais ou regionais e com a experiência

avançar para metas mais altas.

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Plano Estratégico de Animação Turística “Arcos de Valdevez”

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Também ao nível da cultura muito mais poderia ser feito. Os diversos

tipos de artesanato presentes em Arcos de Valdevez poderiam ser valorizados

e divulgados de diferentes formas, alimentando assim uma imagem de tradição

e autenticidade a este concelho. Por exemplo, através de amostras de

artesanato promovidas pelo próprio município, a certificação e criação de uma

marca do artesanato do município, à semelhança dos lenços dos namorados,

visitas aos ateliês dos artesãos, etc, levando assim os turistas ao local onde a

arte é feita, mostrando a sua evolução e a sua ligação ao homem.

Também a gastronomia e vinhos poderia ser mais divulgada, através de

mostras de pratos típicos, Feiras da Gastronomia, workshops, aulas de cozinha

tradicional para os turistas, etc. Existe uma diversidade enorme de actividades

que podem ser realizadas para valorizar e dar a conhecer a cultura de um

povo.

17. Inovação na oferta

Com a realização do trabalho anterior foi perceptível que o destino Arcos

de Valdevez, muito por causa da falta de alojamento, é um destino com muitos

visitantes, ou seja, apenas pessoas que passam por lá para visitar e não

passam lá a noite. Em contra ponto com esta realidade temos os turistas que,

devido à grande oferta de turismo rural e de habitação, passam lá vários dias,

procurando um ambiente saudável e descontraído para descansar. A verdade é

que ambas as realidades podem coexistir, e sem um hotel neste município, a

oferta a nível de alojamento não é diversificada o suficiente, para atingir valores

de turistas mais satisfatórios.

Com duas realidades tão distintas é necessário existir um esforço para

conseguir encontrar animação turística que sirva as diferentes realidade e, que

também, capte novos turistas e que proporcione que aqueles que apenas

seriam visitantes permaneçam no município alguns dias.

Deste modo, pretende-se encontrar actividades de animação de

qualidade e diversificadas dentro das três vertentes já mencionadas

anteriormente. É uma tarefa que pode ser complicada pois tem de se agradar a

distintas procuras por parte dos turistas. Pretende-se ainda, cativar mais

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Plano Estratégico de Animação Turística “Arcos de Valdevez”

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turistas e tornar os Arcos de Valdevez um destino de eleição para quem

pretende visitar o Alto Minho.

18. Estratégias de intervenção

No decorrer do que já foi dito anteriormente podemos dizer que os

objectivos principais da animação turística se prendem com os cinco objectivos

do turismo e, são eles, atrair visitantes de novos mercados, gerar estadias mais

longas, aumentar os gastos de cada visitante, alargar a época alta e atrair

turistas com interesses especiais/nichos de mercado.

Assim, temos como grande objectivo para o município de Arcos de

Valdevez adequar a oferta de animação turística com vista a atingir os cinco

objectivos do turismo e da animação turística. Para isto, vai ser necessário

adoptar estratégias de actuação específicas para os mercados que queremos

atingir, bem com às diferentes épocas do ano e aos recursos que o município

tem.

Num primeiro momento consideramos como ponto importante a criação

de uma unidade hoteleira para atrair outros mercados que não os que

procuram turismo rural. Este será o ponto mais difícil a modificar e a introduzir

no município uma vez que, este tipo de projectos são, normalmente, de

carácter privado. No entanto, caberá aos órgãos administrativos municipais

criar condições para cativar o investimento privado. Este aspecto, apesar de

não se ligar directamente com a animação iria potenciar a que se pudesse

considerar um mercado mais abrangente e daí diversificar a oferta já existente

ao nível da animação turística.

No que diz respeito à animação turística especificamente pretende-se

desenvolver e dinamizar o centro da vila o qual tem, muitos monumentos de

interesse mas pouca animação. Pretende-se criar um meio de valorizar os

monumentos que, embora de grande relevância, não se encontram na vila e

não estão tão acessíveis. Isto poderá fazer-se, por exemplo, através de visitas

e roteiros. Por outro lado pretende-se continuar os recursos da serra da

Peneda mas voltando-nos para a preservação ambiental de modo a garantir a

durabilidade no tempo dos recursos naturais lá existentes. Aconselhamos

também a dinamizar e aproveitar, de um modo que ainda não é feito, o

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Plano Estratégico de Animação Turística “Arcos de Valdevez”

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artesanato e os artesãos do município. Os equipamentos desportivos e de

apoio à cultura pretende-se que sejam aproveitados para várias actividades e

para a realização de eventos de média e grande dimensão que cativem turistas

para a região.

19. Parcerias

Para que as ideias de animação turística possam passar à prática será

necessário recorrer a parcerias com a Câmara Municipal dos Arcos de

Valdevez, com entidades ligadas ao turismo (ERTPNP), com empresas de

animação e, até, com outros municípios.

Podemos distinguir três tipos de iniciativas:

Iniciativa de rede;

Iniciativas locais;

Iniciativas em parceria.

. Para a nossa proposta de animação turística para os Arcos de

Valdevez pretendemos valer-nos de todas estas parcerias. Assim, iremos usar

as iniciativas em rede para, através de parcerias com outros municípios,

promover animação que ligue pontos de interesse de vários municípios, por

exemplo, os fins-de-semana gastronómicos em que vários restaurantes de

vários municípios apresentam o melhor da sua gastronomia, entre outros.

Iremos também, valer-nos de iniciativas locais em que a câmara

municipal através dos seus técnicos será a impulsionadora, por exemplo, na

realização de alguns eventos desportivos (torneios de diversas modalidades),

culturais (exposições e workshops temáticos).

Por fim será necessário recorrer a iniciativas em parceria nas quais as

empresas de animação turística e as associações locais terão grande

destaque, por exemplo na canoagem, BTT, e até em actividades totalmente

novas neste Município.

As animações propostas serão de diversas áreas. Para algumas será

necessário um grupo de turistas que deverá fazer as actividades com guias,

para outras os turistas irão sozinhos. Pretendemos também oferecer animação

que tenha a duração de alguns dias para fixar os turistas no município.

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20. Mapeamento

Mapa 1 – Definição das diferentes áreas de animação turística.

Legenda:

AC – Animação Cultural AD – Animação Desportiva AA – Animação ambiental

AC AD

AA

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Plano Estratégico de Animação Turística “Arcos de Valdevez”

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No mapa anterior é possível ver que foram delineadas três zonas onde

se justifica a implementação e melhoria de animação turística.

A zona a azul corresponde às zonas em que se adequa mais apostar em

animação Desportiva. Nesta zona, estão incluídas as Piscinas Municipais, o

Pavilhão Desportivo Municipal e o Estádio Municipal. Nestes, conforme já foi

referido, podem ser realizados campeonatos, torneios e jogos de diversas

modalidades, oficiais ou amigáveis, satisfazendo assim os apreciadores destas

diversas modalidades. Arcos de Valdevez pode assim trabalhar e aspirar a ser

conhecido como um destino para prática de desporto. Esta prática de desporto

aliada à paisagem verde pode conferir a Arcos uma imagem de ambiente de

descontracção e prática de um estilo de vida saudável. Esta zona engloba

ainda um troço do rio vez, onde podem ser leccionadas actividades como

canoagem ou pontes flutuantes. Em torno desta área pode-se ainda referir a

existência do Skate Park. Como forma de divulgação dos monumentos da Vila

de Arcos de Valdevez pode-se ainda organizar caças ao tesouro, com pistas

relativas aos diversos monumentos, dando assim a conhecer cada um, bem

como um pedaço da sua história.

A zona a amarelo é referente à Serra da Peneda, parte integrante do

Parque Nacional Da Peneda-Gerês. Nesta zona pode-se promover diversas

actividades ambientais, umas mais activas e outras mais passivas, indo assim

ao encontro dos diferentes gostos dos turistas. Para quem quer actividades

activas, é possível promover actividades de orientação, BTT, actividades com

cordas, paintball, caças ao tesouro, percursos pedestres, sobrevivência, entre

outras. Para promover estas actividades é necessário ter em conta a

preservação da natureza, e para tal é possível contar com o apoio do ICNB.

Para quem procura actividades mais passivas é possível observar espécies de

fauna e flora, sempre em comunhão com a natureza, no seu estado mais puro.

A zona a vermelho é relativa às actividades culturais. No que diz respeito

a estas actividades, considerámos oportuno demonstrar alguma interacção

entre a Vila de Arcos de Valdevez e as diversas freguesias do concelho. Estas

freguesias, apesar de não possuírem recursos ou actividades que justifiquem a

sua actuação isoladamente, possuem alguns recursos (Espigueiros do Soajo,

Pontes românicas, Núcleo Megalítico do Mezio, etc) que podem ser

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organizados em conjunto, e assim traçar rotas (temáticas) de carro, bicicleta ou

até a cavalo. A área da Vila é ainda assim a que corresponde à maior

quantidade de recursos, uma vez que engloba a maior parte dos restaurantes e

bares, os centros de exposição, artesanato e feiras. Podem promover-se

actividades de provas gastronómicas e de vinhos, workshops para ensinar a

cozinhar os pratos típicos da região, as sobremesas e até compotas,

exposições de arte, exposições de artesanato, feiras de velharias, etc. Pode

organizar-se festivais de ranchos folclóricos e de cantares à desgarrada.

Importa referir que é também principalmente na área da Vila que está situada a

maior parte da oferta de alojamento, estando a restante dispersa pela área do

concelho.

21. Planeamento de animação turística

O planeamento da animação turística de um dado território é, como já foi

mencionado anteriormente, muito importante. É um dos factores mais

exigentes e ao mesmo tempo compensadores em muitos níveis. No entanto,

para tal, é necessário que o plano de animação turística seja bem

desenvolvido, seja coerente, e adequado à realidade, desde o inicio até ao fim.

Este é um processo que deve seguir certas etapas obrigatórias sendo elas: o

levantamento das infra-estruturas e recursos que possam ser utilizados, a

determinação das áreas em que se irá apostar e a sugestão de propostas, não

só à medida do território mas também à medida dos recursos. Neste ponto, as

duas primeiras fases estão concluídas com as primeiras fases deste trabalho,

resta então a mais exigente em termos criativos e imparciais: a sugestão das

propostas.

Nesta fase irá realizar-se de forma estruturada e simples a sugestão de

algumas propostas que considerámos adequadas a Arcos de Valdevez, tendo

em conta os seus recursos mas também os seus turistas. Para tal, usámos

meios gráficos e realizámos um mapa onde assinalámos a localização da

realização das nossas propostas. A localização sugerida para as nossas

propostas é coerente com o mapa realizado na segunda fase em que

assinalámos áreas de potencial específico para cada área da animação

turística.

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Plano Estratégico de Animação Turística “Arcos de Valdevez”

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As propostas não consistem em actividades isoladas, mas sim em

conjuntos de actividades relacionadas, para assim cativar um maior número de

pessoas e ocupar melhor o seu tempo no destino. Desta forma, evita-se que o

turista venha a Arcos de Valdevez por uma actividade e passe o resto da sua

estadia aborrecido por não ter distracções e, é ainda, uma maneira de

incentivar o aumento da estadia.

22. Missão e visão do plano

Todos os planos necessitam de uma missão que os faz avançar. É algo

que motiva as pessoas e deve ser algo que elas memorizam facilmente e

carregam na sua memória. Assim, propõe-se com este plano que a missão

deste seja: “Proporcionar a experiência de uma vida!”. Esta frase irá remeter

para dois pontos de vista. Por um lado pretende-se que a experiência de uma

vida seja proporcionada aos turistas através da vivência das actividades que

têm ao seu dispor que os animam e divertem. Por outro lado mostra que se

pretende que as actividades sejam voltadas para a história. Viver um pouco os

antigos através de recriações históricas culturais e agrícolas, dos cantares e da

gastronomia minhota tão popular e característica.

Com este plano, pretende-se ainda, como referido anteriormente, atingir

os cinco objectivos do turismo, principalmente ao nível de prolongar a estadia

dos turistas e diminuir a sazonalidade que se pensa serem a maior dificuldade

neste município. Deste modo, as actividades irão ser duradouras e convidar a

estadia prolongada, além de que haverá algo para fazer em qualquer altura do

ano. Isto porque, todas as actividades propostas irão estar incluídas num tema

mensal que será apresentado aos turistas em formato “package”, ou seja,

diversas actividades a decorrer no mesmo momento em que cada pessoa

poderá escolher a que mais lhe agrada. Além disso, a duração nunca será

menor do que um fim-de-semana de modo a cativar as pessoas a ficar pelo

município pelo menos nesse período de tempo, principalmente se esse foi um

dos motivos principais para a viagem.

Todos os planos têm uma duração, uma data de inicio e outra de

término. Para este plano propõe-se um período de cinco anos com inicio em

2011 e término em 2016. Assim, este é um plano desenvolvido a médio prazo

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que terá a possibilidade de continuar a ser desenvolvido mas, mediante uma

renovação, já que, os tempos mudam e é necessário estar sempre à frente das

necessidades dos turistas. Assim, dependendo dos resultados obtidos através

de correcta monitorização ao longo dos anos poderá justificar-se que estas e

outras actividades continuem a ser desenvolvidas, ainda mais, se, como se

pretende, Arcos de Valdevez começar a ser conhecido por elas. Queremos que

este município seja conhecido por todos os meses ter uma grande variedade

de propostas à disposição dos seus turistas e visitantes.

Este plano terá como inicio 2011 e não 2010 porque, 2010 seria o ano

de delinear perfeitamente os objectivos e as actividades, realizar parcerias,

organizar todos os intervenientes, entre outros aspectos inerentes à

organização de eventos e actividades. Assim, 2010 seria o ano piloto, seria o

ano de conduzir todos no bom caminho para que os resultados sejam os

melhores. Este seria então, o ano de delinear estratégias, passos a seguir e

colocar todos a trabalhar activamente com vista a um objectivo comum que é o

de dinamizar este município.

23. Propostas de animação turística

Para elaborar estas propostas de actividades teve-se como linha de

partida um relacionamento dos meses do ano com determinadas temáticas.

Desta forma foi possível elaborar desde o inicio propostas que englobam os

diversos recursos de Arcos de Valdevez, na altura certa do ano.

Esta distribuição de temas pelos meses do ano pode servir de guia para

a Câmara Municipal e para as próprias empresas de animação turística,

tornando possível que se trabalhe a promoção do destino e das suas

actividades em conjunto e assim valorizar os recursos. A distribuição é a

seguinte:

Fevereiro – Carnaval

Março – Mês da Gastronomia

Abril – Primavera Colorida

Maio – Maio em Festa

Junho – Mês das crianças

Julho – Mês da água

Agosto – Mês da Natureza

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Setembro – O nascer do vinho

Outubro – Mês das Colheitas

Novembro – Mês da música

Dezembro – Winterfest

Ao ver as temáticas de cada mês é visível que se escolheram os temas

de acordo com as épocas festivas e com as características de cada mês. Julho

e Agosto têm como temáticas o mês da água e da natureza, isto, será visível

através da proposta de animação “verão saudável, verão vivo!”. Esta proposta

englobará a temática dos dois meses e proporcionará aos turistas actividades

muito variadas mas onde se destacam a água e a natureza.

Além destas propostas temáticas mensais que, serão o ponto de partida

deste trabalho e a parte mais importante, serão, também, mencionadas outras

propostas de animação que poderão ser realizadas ao longo de todo o ano.

Estas propostas de actividades serão mais voltadas para as empresas de

animação aumentarem o seu leque de propostas através de uma diversificação

da sua oferta.

Serão ainda, feitas três propostas de animação muito específicas. Uma

delas será para a festa de Halloween que, apesar de não ser originário do

nosso país, tem estado muito em voga e, muitas pessoas, principalmente

jovens, aderiram a esta nova festividade. Outra será uma proposta de um

conjunto de actividades a desenvolver no Soajo para desenvolver mais esta

parte do município, tão característica e com tanta história mas que, por vezes,

fica esquecida por não se situar no centro. E teremos uma também para a

Passagem de Ano uma época festiva em que muitas pessoas aproveitam para

sair e se divertir.

23.1. Carnaval “Vila gargalhadas”

Esta proposta vem de encontro com aquilo que já é feito nesta vila no

Carnaval. Propõe-se decoração apropriada da vila alusiva ao motivo dos

palhaços. Nesta vila faz-se anualmente nesta altura um encontro de palhaços,

cortejo e há muita animação. Sugere-se que a ideia do encontro de palhaços

seja levada mais longe e que a Vila dos Arcos entre no mapa do Carnaval

como o local que mais palhaços reúne. Assim, propõe-se um mega encontro de

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palhaços com vária promoção. Além disso, propõem-se muita animação e

divertimento através de concertos, um baile de máscaras, concurso para a

melhor máscara, desfile, entre outras.

Mais uma vez muitos intervenientes são necessários, muitas parcerias

têm de ser feitas e cada um terá de ser responsável por algo. O concerto

musical será realizado por bandas contactadas pela Câmara Municipal que

também terá a seu cargo a organização do baile, o desfile poderá ser

encabeçado por cursos de animação socio-cultural existentes na região, bem

como por outros grupos de jovens, mas será livre para todos os que queiram

participar. Haverá ainda um concurso de máscaras, com prémios para os três

melhores, com vista a incentivar a adesão ao baile.

Esta actividade destina-se a todos os que queiram vestir-se de palhaços

e passar um carnaval alegre e divertido. Para pessoas de todas as idades, mas

sobretudo para pessoas até aos 35 anos, casais com filhos ou solteiros e que

queiram passar um carnaval diferente. Irá iniciar-se na sexta-feira anterior ao

carnaval e terminará na terça-feira de carnaval. A animação decorrerá quase

na sua totalidade nas ruas da vila, excepto pelo baile que poderá realizar-se no

pavilhão municipal.

Esta actividade justifica-se porque esta data não pode passar

despercebida; é uma data em que muitas pessoas têm um fim-de-semana

prolongado devido ao feriado à terça-feira e aproveitam para tirar umas mini-

férias. Além disso, deve-se aproveitar o que a vila já tem de bom e o Carnaval

é um bom exemplo.

23.2. Mês da Gastronomia

Esta proposta consistirá na organização de um mês de promoção

conjunta entre restaurantes aderentes, para combater a sazonalidade e

promover a cozinha tradicional como cozinha de excelência. Será uma maneira

de, além de promover a gastronomia minhota, promover o slow food, ainda

muito desconhecido. Como se pode perceber, é um evento que será realizado

em época baixa pois, com ele pretende-se também, diminuir a sazonalidade.

Para além dos restaurantes apresentarem pratos típicos e diversificados,

haverá também, provas de pratos típicos, doces e sobremesas e de vinhos,

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num local coberto como o pavilhão ou a casa das artes, bem como musica

tradicional nas ruas e nos restaurantes aderentes. Haverá também artesãos a

trabalhar nas ruas a mostrar e a vender o artesanato do concelho. Nos fins-de-

semana haverá também workshops de culinária, para quem quiser aprender a

cozinhar os pratos típicos do Minho. Nestes workshops serão apresentadas

receitas de culinária típica minhota desde sopas, pratos de carne e peixe e de

doçaria e compotas. Haverá ainda um que será sobre o pão.

Este evento será sobretudo realizado pelos restaurantes que queiram

aderir à iniciativa. No entanto será o posto de turismo que deve servir de

intermediário. Pretende-se conseguir o máximo de aderência possível, para

assim melhor garantir o sucesso do acontecimento. Os restaurantes, em

colaboração com a Câmara Municipal terão a responsabilidade de trabalhar a

promoção do evento, e também de contactar com grupos musicais que possam

actuar. Caberá à Câmara Municipal contactar com os artesãos e organizar as

suas actividades. Os workshops de culinária serão assegurados por

cozinheiros dos restaurantes aderentes em espaço acordado entre estes, e

entre a Câmara Municipal, que poderá ser muito bem o pavilhão municipal com

uma boa organização e apresentação do espaço.

Esta proposta identificar-se-á mais com casais adultos, com e sem

filhos, e para idosos que pretendam uma experiência gastronómica muito rica,

em que para além de saborearem os pratos típicos no destino podem aprender

a cozinhar para os fazerem nas suas casas. Pretende-se que esta actividade

se desenvolva no mês de Março uma vez que é na época baixa e a animação

serve, também, para diminuir a sazonalidade. No entanto as actividades

deverão concentrar-se ao fim-de-semana pois, a pouca procura semanal pode

fazer com que esta ideia não seja rentável. Como já referido anteriormente irá

decorrer nos restaurantes aderentes que proporão aos turistas e visitantes o

melhor da gastronomia minhota. As provas de pratos e vinhos e workshops

decorrerão em local acordado entre restaurantes e a Câmara Municipal (mas

com capacidade para muitos visitantes) que, como mencionado antes poderá

ser o pavilhão municipal. A música tradicional estará presente nos restaurantes

e no local das provas bem como, nas ruas e praças da vila com vista a

promover o acontecimento já que, muitas vezes este tipo de acontecimentos

passa despercebidos. Assim, este será um modo de promover a actividade e

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dar animação à vila. O artesanato será exposto em barraquinhas próprias nas

ruas.

Esta proposta será uma excelente forma de promover a gastronomia e o

artesanato ao mesmo tempo, o que é uma óptima combinação de recursos.

Será um modo de promover a gastronomia minhota e a slow food. É também

uma óptima forma de combater a pouca procura que existe no mês de Março.

Para além de os turistas e visitantes poderem usufruir no destino podem

aprender e ter uma experiência mais intensa.

23.3. Torneio de Airsoft

O Torneio de Airsoft, modalidade ainda pouco conhecida, é destinado a

equipas que estejam devidamente legalizadas e registadas na Federação

Portuguesa de Airsoft. As regras são as impostas pela Federação da

modalidade. Podem inscrever-se 12 equipas (no primeiro ano), e caso a

procura o justifique, nos próximos anos a duração do torneio pode ser

aumentada. O único requisito que será imposto às equipas será a utilização de

bb’s (balas) biodegradáveis, para preservação da natureza. Como prémio para

as equipas vencedoras, poderão ser oferecidas as inscrições para os torneios

de anos seguintes, estadias nos alojamentos de Arcos de Valdevez, etc, que

serão pagas com as receitas das inscrições.

O torneio consiste na simulação de situações de guerra, em que são

colocadas duas equipas em campo, e ganha a que concluir primeiro os

objectivos do round. Temos:

Assault: uma equipa é colocada a defender uma posição,

enquanto que a outra tem de conseguir penetrar nessa posição. Se a

equipa que defende eliminar os elementos da outra equipa ou conseguir

segurar a posição até ao fim do tempo ganha; a equipa que ataca só

ganha se conseguir entrar na posição; se a equipa que ataca matar

todos os elementos da equipa adversaria antes de entrar na posição é

empate. Depois as equipas trocam de lados.

Deathmatch: ganha a equipa que matar primeiro os elementos da

outra equipa.

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Steal the flag: cada equipa tem uma base, e nessa base está

uma bandeira. O objectivo é que as equipas roubem a bandeira da base

da equipa oposta e a leve até à sua base (sem morrer). Só é ponto se a

bandeira da equipa estiver também na base quando trouxerem a

bandeira da outra equipa. Cada vez que um elemento de uma equipa

morre fica 5 minutos de fora.

Este torneio será realizado com a organização da Federação Nacional

de Airsoft, que será contactada pela Câmara Municipal de Arcos de Valdevez

para este efeito. Caso alguma Empresa de animação Turística se queira

associar ao evento, é possível, pois serão necessários árbitros, juízes, etc. A

Câmara Municipal de Arcos de Valdevez, ou a Empresa de Animação Turística,

fica encarregue de encontrar o local para a realização do torneio, tendo em

conta a descrição dos atributos necessários, fornecida pela Federação. Caso

uma Empresa de Animação Turística se associe ao evento, poderão ser

utilizados os seus locais habituais de prática de PaintBall.

Este evento destina-se a pessoas dos 18 aos 40 (sobretudo), com maior

incidência nos homens. São pessoas que gostam de praticar esta actividade

regularmente e que possuem um rendimento que não só lhes permite praticar a

modalidade com esta frequência mas também gastar centenas de euros em

upgrades para o seu equipamento. Muitas das vezes somente lhes falta a

oportunidade ou um incentivo, como um torneio. São pessoas que se deslocam

para praticar Airsoft em cenários diferentes dos habituais demonstrar as suas

capacidades opondo-se a outras equipas, e vêem nesta actividade um meio de

sentir uma forma única de adrenalina.

Esta actividade será realizada em época baixa, para ajudar no combate

à sazonalidade. Ao contrário de outras actividades, não há grandes

inconvenientes em realizar estas actividades com alguma chuva ou frio, uma

vez que os praticantes querem simular condições adversas e situações de

guerra, com todos os inconvenientes e desconfortos que se podem sentir em

situações de combate. Querem demonstrar as suas capacidades e testar os

seus limites. Visto isto, propomos a realização desta actividade no primeiro fim-

de-semana de Abril (Sábado e Domingo todo o dia).

É uma actividade pouco conhecida, que difere um pouco do Paintball, e

que só por aí pode atrair curiosos. Os praticantes são fanáticos da modalidade,

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pois ajuda-os a medir os seus limites e a sentir uma enorme adrenalina. São

pessoas com rendimentos suficientes para viajarem com a motivação de

praticar Airsoft com outras equipas e medirem capacidades. Esta actividade

poderá, nos anos seguintes, ser alargada a Espanha, evoluindo para um

Torneio Ibérico de Airsoft.

23.4. Páscoa

Para este período pensou-se num conjunto de actividades temáticas:

caça aos ovos da Páscoa pelas ruas da vila (ovos espalhados pelos

monumentos; ao chegar aos monumentos os participantes ouvirão um resumo

da história desse monumento. Esta narração poderá ser feita por voluntários

residentes em Arcos de Valdevez). Ateliês para fazer e pintar ovos de Páscoa.

Recriações históricas sobre a Páscoa, incluindo na procissão da missa de

Domingo de Páscoa. Encontro Nacional de coros com temas alusivos à época.

Por toda a carga emotiva que esta quadra tem pensou-se em

actividades mais suaves para que neste período não deixassem de haver

actividades à disposição das pessoas. Estas actividades devem ser

organizadas pelos Técnicos de Turismo da Câmara Municipal, em colaboração

com voluntários locais. As actuações de Coros também devem ficar a cargo da

organização da câmara.

Estas actividades serão voltadas para pessoas de todas as idades, mas

sobretudo para pessoas com mais de 30 anos, com filhos, casais ou grupos de

amigos, que queiram uma experiência espiritual e ao mesmo tempo muito

divertida. Irão decorrer no fim-de-semana anterior ao de Páscoa (Abril -

normalmente) pelas ruas da Vila.

Esta é mais uma data que não se pode deixar passar em branco pois é

uma data que sugere visita às famílias e experiências culturais. Pode ser uma

altura de divertimento que muitas vezes é deixada para trás.

23.5. Maio em festa

Para o mês de Maio propomos Maio em Festa. Neste mês o bom tempo

é mais constante e permite que se façam mais coisas ao ar livre. Assim,

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durante os fins-de-semana de Maio haverá à noite concertos no centro

histórico. Durante o dia workshops sobre pão, arranjos florais, compotas e

doces. Para os mais novos haverá durante o dia, nas ruas da cidade, teatros

de rua alternados com espectáculos de marionetes, bem como insufláveis.

É necessária a cooperação entre vários intervenientes para que a

organização desta proposta seja a melhor. Deste modo, os concertos ficarão

ao encargo da Câmara Municipal que deverá contratar os artistas e todos os

arranjos necessários para os espectáculos. Os workshops ficarão ao encargo

da Sabores do Minho, e serão realizados na Casa das Artes. Os teatros de rua,

as marionetes e os insufláveis ficarão ao encargo de empresa(s) própria(s),

que será contratada pela Câmara Municipal.

Este é, por todas as actividades que comporta, um programa dirigido a

casais com filhos e a grupos de adultos que queiram descontrair um pouco, dar

um dia diferente aos seus filhos e usufruir da sua música preferida numa vila

pacífica e sem preocupações. Todas as actividades serão realizadas nos fins-

de-semana de Maio, começando Sexta-feira à noite com os concertos e

terminando Domingo à tarde com as actividades para as crianças. Irão decorrer

nas principais ruas da vila, sobretudo no centro histórico e que tenham

capacidade para acolher os turistas e visitantes.

Esta é uma forma de dar um pouco de vida às ruas de Arcos de

Valdevez na altura em que a procura começa a aumentar e o bom tempo

começa a ser uma constante. É a altura ideal para dar as boas-vindas ao bom

tempo e recebê-lo de braços abertos fazendo actividades na rua. Os pais terão

actividades para os seus filhos e poderão relaxar um pouco, terão também

actividades para eles próprios se divertirem e os miúdos andam alegres e bem-

dispostos.

23.6. Mês das crianças

Esta proposta irá, principalmente, ao encontro da necessidade das

crianças, do seu bem-estar e do divertimento. Esta, será um conjunto de

actividades para crianças, compostas por:

Animação nas ruas com palhaços, mimos, etc;

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Ateliês com vários temas, para várias actividades e para

diferentes idades (legos, plasticinas, puzzles, pinturas faciais, pinturas

com tintas, balões com formas, entre outros);

Insufláveis;

Cantores juvenis e infantis;

Apresentação de coros infanto-juvenis;

Jogos tradicionais;

Projecção de filmes para crianças;

Insufláveis de matraquilhos humanos e para basquete.

Estas actividades devido à sua natureza mais divertida e activa serão

providenciadas por empresas de animação turística que ficarão encarregues da

animação de rua, dos ateliês, dos insufláveis e dos jogos tradicionais. A

Câmara Municipal, na pessoa dos seus Técnicos de Turismo, irá contratar

estas empresas de animação turística, irá preparar os jogos tradicionais e

ainda contratar/contactar com os cantores e os coros.

Sendo uma proposta voltada para as crianças estas são actividade que

se destinam, principalmente, para turistas e visitantes com filhos (adolescentes

e crianças). Irá decorrer durante os fins-de-semana de Junho nas ruas da

cidade e na Casa das Artes.

Esta proposta foi pensada porque uma das preocupações dos turistas

com filhos é terem actividades para os seus filhos passarem o tempo, para que

assim eles tenham um pouco de descanso da cansativa tarefa de estar sempre

a tomar conta deles. Além disso, é um modo de saber que podem fazer férias

em família pois haverá actividades para todos. Este é, por vezes, um dos

problemas das famílias com filhos, decidir por férias conjuntas em que todos

fiquem satisfeitos. Estas actividades, para além de entreterem as crianças

também são educativas, e podem ensinar-lhes alguns factos sobre Arcos de

Valdevez. Acredita-se que estas actividades irão seduzir os turistas com filhos

e assim provocar um aumento de turistas e visitantes.

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23.7. Verão saudável, Verão vivo!

Esta proposta será composta por um conjunto de actividades, desde

animação de rua (palhaços, oficinas de pinturas faciais, expressão plástica,

recreação livre, etc.), teatros de rua, desportos e actividades junto e no rio,

caça ao tesouro pela vila, actividades programadas desportivas (torneios e

apresentação de actividades radicais) no skatepark, piscinas, pavilhão e

estádio. Passeios a cavalo pela vila, pelos arredores e pelo PNPG. É ainda

possível percorrer algumas freguesias do concelho de Jipe, de bicicleta ou de

moto 4, proporcionando assim, que todo o município inter-aja e aproveitando

para evidenciar o património cultural e paisagístico de todo o município.

A organização do calendário ficará a cargo da câmara municipal através

do posto de turismo mas, tal como visto no trabalho anterior, existem parcerias

que podem ser feitas com as empresas de animação do município e com os

vários grupos e associação. Assim, a animação de rua e os teatros de rua

podem ser assegurados por empresas/companhias privadas, que devem

apostar na alegria e apresentar as suas propostas para validação pela câmara.

As actividades junto ao rio devem ser variadas e asseguradas por uma

empresa de animação devidamente licenciada, como por exemplo, a empresa

Desafios (ver primeiro trabalho). Dentro destas actividades poderão existir

jogos de voleibol dentro e fora de água, concerto à beira rio com bandas do

município, aproveitando as bandas de garagem, pesca fluvial, canoagem, entre

outras. A caça ao tesouro deve ser organizada pelo posto de turismo ou pela

Câmara Municipal, e deve ser constituída com pistas relativas aos

monumentos, para assim se aprender enquanto se brinca. Deste modo, um

monumento levará a outro através de pistas e descrições que ao mesmo tempo

que divertem as pessoas lhes ensinam até chegar ao último monumento onde

existirá um prémio simbólico. Quanto às actividades no skatepark podem ser

organizadas por uma associação ou grupo de jovens interessados, que devem

organizar exibições de vários praticantes e ainda ter a possibilidade de ensinar

alguns interessados. Nas piscinas aulas de natação devem ser asseguradas a

todos os interessados, bem como de hidroginástica, poderá existir também,

uma apresentação de pólo aquático. As próprias Piscinas Municipais podem

acarretar a organização destas actividades. Quanto às actividades no pavilhão

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e no estádio municipal podem ser organizadas pela Câmara Municipal, sendo

aulas de futebol, andebol e basquetebol mas também jogos amigáveis entre

turistas e locais, para fomentar o convívio entre estes e aumentar assim a

autenticidade da experiência dos turistas. Os próprios centros hípicos irão

organizar as suas actividades, quer para iniciados quer para experientes.

Deverá ser considerado realizar passeios pela vila e através de algumas

freguesias, no conjunto megalítico do Mezio e no PNPG. Os passeios de Jipe,

bicicleta e moto 4 pelas freguesias serão assegurados por uma empresa de

animação turística, que possui monitores com experiência e todo o material,

seguro e licenciamento necessário.

Algumas destas actividades servirão para atingir grupos de turistas

específicos e com motivações específicas, outras agradarão ao público em

geral. Assim, a animação de rua e teatros de rua serão vocacionados para

todos os segmentos, mas especialmente para as crianças. As actividades junto

e no rio serão mais para jovens e adultos. A caça ao tesouro pela cidade para

todas as pessoas, mas especialmente para os jovens e para os turistas

voltados para a área cultural. As actividades desportivas serão para todos, uma

vez que desporto deve estar presente na vida de todos. A grande variedade de

actividades possibilita que se possa afirmar haver actividades para todos os

gostos e idades (hipismo, futebol, andebol, basquetebol, natação, atletismo,

jogging, salto, etc…)

Estas actividades deverão estar disponíveis todo o verão, época alta

deste destino, em que as pessoas poderão aliar a paisagem verde e tranquila a

um estilo de vida saudável, ideal para recarregar as baterias. Estarão

disponíveis actividades diárias sendo que a principal incidência e variedade

será ao fim-de-semana altura em que existem mais turistas. As actividades

durante a semana ajudarão a cativar os turistas que apenas vêm por um fim-

de-semana a permanecer mais tempo. Devido ao vasto leque de actividades

propostas serão muitos os locais onde estas serão efectuadas. Algumas

actividades serão promovidas nas infra-estruturas do município, caso das

piscinas, do estádio, do pavilhão, dos centros hípicos, do Skatepark e do rio.

Quanto à animação e aos teatros de rua será realizada nas principais praças

da vila de Arcos. Não foram também esquecidos os restantes pontos do

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município que, apesar de não terem actividades especificas, poderão contar

com a presença de quem optar pelas actividades de passeios.

Pensou-se nesta temática e nestas actividades porque desta forma

acreditamos conseguir aproveitar a imagem de destino tranquilo e natural e

alia-lo a um estilo de vida saudável. Foram propostas actividades para todos os

gostos, para que crianças, jovens, adultos e idosos tenham com que ocupar o

seu tempo, tendo assim uma experiência mais completa. Deste modo, também,

os turistas não terão quaisquer problemas em viajar com a família para este

destino já que existem à disposição actividades para todos. Falta de

actividades para ocupar o tempo dos turistas não será um problema. Para além

destas, estarão disponíveis as actividades que existirão ao longo de todo o ano

e que são promovidas pelas empresas de animação, pelo posto de turismo e

pela casa das artes.

23.8. Estilo de Vida Saudável

Neste ponto propõe-se um conjunto variado de actividades desportivas e

de bem-estar, que ajudarão os turistas a relaxar e recarregar baterias para

mais um ano de trabalho. No Parque Nacional da Peneda Gerês haverá a

possibilidade de praticar canoagem, pedestrianismo, rappel e escalada,

manobras de corda, balonismo e visitas guiadas pelo Parque para conhecer a

fauna e flora. Na vila haverá, junto ao rio, actividades de ginástica, yoga, step,

entre outras, leccionadas por um monitor especializado. Deste modo, os

intervenientes poderão praticar actividades de relaxamento e bem-estar em

conformidade com um estilo de vida saudável.

As actividades a decorrer no PNPG serão asseguradas por uma

empresa de animação turística, por exemplo a Desafios (já aqui mencionada

anteriormente), que proporcionará os seus serviços aos turistas mediante

marcação. As visitas guiadas pelo Parque poderão ser asseguradas por

biólogos do Parque. As actividades na cidade serão asseguradas por um

monitor de um ginásio, por exemplo do Ginásio Radical.

Estas são propostas para um segmento muito específico de turistas

activos. Assim, é para turistas e visitantes que procuram estar em comunhão

com a natureza, encontrarem-se a si próprios e aos seus limites. Ideal para

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relaxar e ter uma experiência aventureira e fora do comum. Para grupos de

jovens solteiros e para casais sem filhos, que queiram aproveitar a vida ao

máximo e fugir dos locais habituais, sem preocupações. Para idosos

independentes (sem filhos nem netos) que queiram gozar a vida numa altura

sem tantas preocupações. Esta, será uma actividade que decorrerá em

simultâneo com o “Verão saudável, Verão vivo!” durante o mês de Agosto, isto

por ser a altura do ano com mais turistas e com melhor clima para as

actividades ao ar livre. Poderá ser, também, realizável durante o resto da

época alta sob reserva.

As actividades estarão disponíveis no Parque Nacional da Peneda

Gerês, em local acordado com a direcção do Parque e sobre as suas

imposições. Na vila, serão apresentadas na zona junto ao rio, ao lado do

monumento ao Reencontro de Valdevez. Esta proposta serve, sobretudo, para

esta vila beneficiar do recurso valiosíssimo que é o Parque Nacional e oferecer

uma variedade de actividades que atraia mais turistas. Aproveitar a paisagem

verde e do ambiente e aliá-los aos benefícios do desporto. Desta forma

também esperamos ir de encontro a um grupo de turistas muito especial,

amantes da natureza e do desporto, carente por um destino único como Arcos

de Valdevez.

23.9. Colheita do Milho

Esta será uma proposta composta por um conjunto de actividades em

torno da colheita do milho, da desfolhada e dos espigueiros do Soajo. A

actividade principal seria então a mostra de uma colheita e a desfolhada na eira

junto aos espigueiros do Soajo. Pretende-se que as pessoas locais estejam

vestidos com trajes típicos para assim transmitir uma maior sensação de

tradição e história aos visitantes. Haverá também prova de pratos típicos e de

vinhos, ranchos, cantares ao desafio e jogos tradicionais. No segundo dia, para

além dos ranchos, dos cantares ao desafio e dos jogos tradicionais haverá

também mostra e prova de sopas (caldos) tradicionais.

Esta actividade necessitará de alguns intervenientes além dos

espectadores que se pretende sejam mais que isso e participem em todas as

actividades de forma activa. Deste modo, colheita e a desfolhada poderão ser

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preparadas por um grupo de pessoas (pertencentes a uma associação ou não)

ou pela própria Junta de Freguesia em conjunto com a câmara municipal, cuja

primeira função será reunir um conjunto de produtores que se queiram associar

a esta iniciativa. Os ranchos folclóricos serão também contactados pela Junta

de Freguesia e estarão também presentes no local da colheita, providenciando

assim animação durante a colheita lembrando tempos antigos onde as pessoas

cantavam enquanto trabalhavam. Durante a desfolhada para além dos ranchos

propomos cantares ao desafio, uma vez que é algo muito particular desta

região. Quintas e produtores de vinho, bem como alguns restaurantes típicos

do concelho serão contactados a fim de providenciarem as mostras de pratos

típicos e vinhos aos turistas e visitantes. No segundo dia, em que serão as

mostras de sopas típicas os restaurantes e quintas continuarão com as mostras

de pratos típicos e de vinhos. Os jogos tradicionais e as sopas poderão ficar ao

encargo de associações de freguesias, culturais, escuteiros, ranchos, etc., em

que cada associação apresenta uma sopa diferente e jogos.

Esta actividade volta-se sobretudo para casais adultos, que procurem

uma experiência cultural e gastronómica, comunhão com a comunidade local e

os seus costumes, turistas mais velhos (a partir dos 50 anos) que queiram

relembrar actividades dos seus tempos de jovens e para os jovens curiosos

que querem conhecer a realidade de vidas passadas. Para os casais com filhos

esta actividade também se integra uma vez que os jogos tradicionais são um

óptimo entretenimento para as crianças que, além disso ficam ocupados com

algo que tem relação com o destino e que é diferente do seu dia-a-dia.

O decorrer desta actividade terá de coincidir com a altura de colheita do

milho por isso propõem-se que se realize no segundo fim-de-semana de

Setembro, durante dois dias, que serão Sábado e Domingo. Como já foi

mencionado anteriormente realizar-se-á na freguesia de Soajo, num campo de

milho da freguesia (apenas para a colheita) e na eira junto aos espigueiros.

Esta será uma das actividades que servirão para dinamizar a freguesia do

Soajo, a sua história e tradições. Assim, esta é uma forma divertida de inserir

as pessoas nas actividades agrícolas que são feitas de modo tradicional, tanto

para as pessoas que nunca viram uma colheita e desfolhada como para as que

conhecem a estas actividades agrícolas de uma forma diferente da minhota. É

também um modo de valorizar e reutilizar um património cultural e construído

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que muito tem a dizer sobre a história do povo desta região e em especial de

Soajo.

23.10. Quinzena das Vindimas

Nesta proposta pensou-se em ter as quintas abertas para os visitantes e

turistas poderem participar da colheita e da pisa das uvas. Esta actividade

agrícola seria ainda animada com ranchos ou grupos de música tradicional que

trariam o sabor de antigamente. As quintas providenciariam ainda provas e

vendas de vinho em espaço acordado entre as quintas e a Câmara Municipal e

com acompanhamento musical, com vista a promover os vinhos do concelho.

Esta seria uma actividade em que a colaboração com TER é fundamental para

que os turistas que permanecerem nestes estabelecimentos tenham toda a

informação relativa à programação das actividades, informação de quintas

aderentes e possibilidade de fazer marcação de grupos para as actividades das

quintas através dos responsáveis das TER. Outra actividade seria a existência

de workshops sobre as castas, sobre degustação de vinhos (introdução) e

sobre o processo produtivo. A Câmara Municipal poderá organizar uma

exposição na Casa das Artes sobre Vinho (plantação, poda, colheita, pisa,

tratamento dos vinhos, engarrafamento, e no final prova de vinhos).

Os principais intervenientes na organização destas actividades serão as

quintas que organizarão os trabalhos na sua propriedade, e aceitarão reservas

de grupos de pessoas interessadas através dos TER, do posto de turismo e até

directamente de interessados. As quintas ficarão encarregues ainda de

contratar os seus grupos musicais e de preparar e apresentar os seus vinhos

na mostra. A animação musical da mostra será responsabilidade da Câmara

Municipal, bem como encontrar o espaço onde será realizada. A Câmara

Municipal, na pessoa dos seus Técnicos de turismo irá reunir toda a

informação, sobre as actividades a desenvolver, sobre as quintas e os vinhos,

bem como, sobre os TER aderentes (que tenham preços especiais para os

participantes destas actividades) e irá divulga-la nos espaços e entidades

aderentes. Deverá ainda ser responsável por toda a promoção. Os técnicos de

turismo da Câmara, em colaboração com a Casa das Artes e os seus

funcionários, ficarão também encarregues de recolher informação e preparar a

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exposição sobre vinhos, e ainda de organizar os workshops e contactar com

entidades e especialistas que possam participar.

Esta proposta está voltada para um segmento de turistas e pessoas

mais especifico que as restantes actividades. É para pessoas interessadas em

vinhos, não só em prová-los, mas também interessados em todos os passos do

seu processo produtivo e ainda que queiram tomar parte dele, participando em

todas as actividades e tendo uma experiência mais real e genuína. Podendo

até dizer que se dedica mais para o segmento de enoturistas. É sobretudo para

casais ou grupos de adultos que queiram ter uma experiência deveras diferente

da sua rotina habitual. E depois, após concluírem todas as actividades, decerto

que os vinhos lhes irão saber muito melhor e irão dar mais valor ao delicioso

néctar das uvas.

É uma proposta que tem de ocorrer na altura das vindimas para que

toda a experiência seja real, assim, deve realizar-se na última quinzena de

Setembro. Como já mencionado os locais onde as actividades decorrerão

serão nas quintas aderentes e em espaço acordado entre as quintas e a

Câmara Municipal para a mostra e workshops. Esta é mais uma maneira de

colocar as pessoas a realizar tarefas agrícolas e a descobrirem-se. É uma

experiência em que podem participar de uma actividade divertida e aprender

muito durante o processo.

23.11. Festa das Colheitas

Esta festa irá englobar várias actividades a decorrer em paralelo que são

apresentadas de seguida. Feiras todos os fins-de-semana com produtos

agrícolas produzidos pelos agricultores do concelho. Estas feiras deverão ser

organizadas segundo o estilo antigo, para transmitir uma imagem de tradição e

autenticidade. Um mega magusto ao ar livre (em caso de mau tempo no

Pavilhão Municipal) para todos os visitantes da Feira. Amostras culinárias de

pratos e doces típicos e tasquinhas espalhadas pelo recinto. Festival Nacional

de Folclore. Feira de artesanato. Espectáculo equestre pelos Centros

Equestres de Arcos de Valdevez. Mostra e prova do fabrico do pão artesanal.

Jogos tradicionais. Mostra de utensílios agrícolas tradicionais e cortejo de

carros recriando a vinda das colheitas. Todas estas actividades estarão, de

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algum modo, ligadas às colheitas e às tradições agrícolas que um bocadinho

por todo o Minho se tenta preservar. São também um modo de ligar as pessoas

de hoje aos viveres de antigamente.

A maioria da organização caberá à Câmara Municipal e aos seus

técnicos de turismo, mas os produtores, os restaurantes típicos, os Centros

equestres e os artesãos também desempenham um papel importante. Os

grupos folclóricos deverão ser contactados pela Câmara Municipal. Todos os

intervenientes deverão ter uma palavra a dizer na organização deste evento.

Esta proposta destina-se a pessoas de todas as idades, mas sobretudo

para adultos a partir dos 25 anos, casais, grupos e idosos que queiram tomar

parte de uma experiência cultural muito completa. Deverá ocorrer todos os fins-

de-semana do mês de Outubro com várias actividades diferentes em todos os

fins-de-semana para que os visitantes tenham sempre coisas novas para ver

sem terem a sensação de fim-de-semana em fim-de-semana viver o mesmo. O

que poderá ser mais problemático devido às dimensões necessárias é um

recinto adequado. Este deverá ser proposto pela Câmara Municipal. Mais uma

vez poderá ser uma opção o pavilhão municipal.

Esta proposta pretende ser uma óptima forma de divulgar a cultura deste

concelho e uma óptima justificação para viajar numa altura do ano em que a

procura começa a reduzir drasticamente. É uma experiência muito especial, em

que os visitantes têm contacto com as pessoas e com a cultura local.

23.12. Halloween (“Vila fantasma!”)

Para esta festividade propõe-se a realização de um concurso de

abóboras decoradas, casinhas temáticas para aprender a decorar abóboras,

fazer fantasias (máscaras), maquilhagem assombrosa (pinturas faciais), entre

outras brincadeiras destinadas ao halloween. Propõe-se também uma grande

festa de máscaras halloween com decorações próprias e caldeirões com

poções (que na realidade são bebidas para as pessoas) e música Celta.

Promovendo um encontro de pessoas fantasiadas de bruxas, bruxos, mortos-

vivos, etc., conseguir-se-á passar a ideia de “Vila fantasma”.

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Estas actividades serão realizadas com o esforço conjunto da Câmara

Municipal e de empresas de animação turística. A Câmara Municipal ficará

responsável sobretudo pelas decorações na Vila e pela promoção do evento.

As empresas de animação turística irão promover as actividades acima

indicadas, como ensinar a decorar abóboras, ajudar os interessados a fazer as

suas máscaras, etc. A festa será da responsabilidade da Câmara Municipal que

irá decorar o espaço, explorar a zona das bebidas, ou atribuir a concessão a

uma entidade interessada e ainda contactar com um grupo musical adequado.

O público-alvo desta proposta seria, tradicionalmente, as crianças.

Contudo, não é esse o espírito que queremos passar, mas sim a ideia de que

todos podemos brincar, independentemente da idade, nem que seja somente

um dia por ano. Já que normalmente seria só um dia por ano então tem de ser

um dia proveitoso, muito divertido e que proporcione uma experiencia de

“arrepios” (positivos). Apesar de tudo, a adesão será sobretudo da parte de

crianças e adultos com menos de 40 anos, de ambos os sexos e que procurem

uma actividade nova num destino especial.

Esta actividade será realizada no dia, e noite, de 31 de Outubro.

Esta proposta visa aproveitar o facto de que existe uma noite do

“sobrenatural” para proporcionar uma experiência do outro mundo,

positivamente. Pensou-se nesta proposta como meio de trazer pessoas à vila

numa altura do ano em que o ritmo turístico é muito parado. Deste modo, existe

a oportunidade de receber o frio de braços abertos e de forma divertida.

23.13. Mês do Jazz e da Música clássica

Com vista a chamar turistas e visitantes mesmo na época baixa propõe-

se que todas as sextas-feiras do mês de Novembro decorram concertos de

Jazz e aos sábados do mês de Novembro concertos de música clássica.

Devem decorrer simultaneamente exposições na Casa das Artes relacionadas

com música, mas sobretudo com Jazz e Música Clássica.

Os concertos ficam a cargo de grupos contactados pela Câmara

Municipal ou pela própria Casa das Artes. Esta proposta dedica-se a pessoas

com mais de 35 anos, casadas ou solteiras, casais ou grupos de amigos, mas

com alto nível de formação e boa situação económica e com grande gosto por

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jazz e/ou música clássica. Estes concertos deverão ocorrer todos os fins-de-

semana de Novembro e as exposições devem estar patentes todo o mês.

Todas as actividades serão para realizar na Casa das Artes.

Novembro é um mês muito parado em termos de animação uma vez que

não há grandes festividades a assinalar. Por este motivo pensou-se em

dinamizar este mês trazendo a animação para a vila de modo a continuar a

atrair pessoas.

23.14. Winterfest

Nesta época as pessoas procuram decorações fantásticas por todo o

lado. Assim, é necessário fazer nos Arcos de Valdevez onde, para esta

proposta, deve haver decorações pelas ruas da vila relacionadas com o

Inverno e o Natal. Para os miúdos existirão Casinhas do Pai Natal temáticas,

com desenhos, construções e pintura de figuras de Inverno e Natal, entre

outras actividades que poderão ser efectuadas. Propõe-se ainda a existência

de vários Workshops temáticos alusivos à época sejam eles sobre a

construção do próprio presépio em madeira ou barro com acompanhamento de

artesãos, sobre o Bolo Rei, decorações de Natal, etc. O Comboio de Natal, que

dá a volta à vila de Arcos de Valdevez será uma maneira mostrar às pessoas a

Vila.

Mais uma vez irá ser necessária a conjugação de esforços de vários

intervenientes para a organização desta proposta. As decorações deverão ficar

da Câmara Municipal. As casinhas do pai Natal temáticas deverão ficar ao

encargo de empresa especializada nesta actividade tratada pela câmara. Os

workshops devem ser dirigidos pelos artesãos, por pasteleiros e artistas

plásticos. O comboio será alugado pela câmara numa empresa da

especialidade.

As actividades desta altura do ano estão voltadas para famílias com ou

sem crianças, para idosos, para casais ou grupos de amigos com mais de 25

anos. Serão realizadas no mês de Dezembro já que, é o mês do Inverno e do

Natal. Estas actividades decorrerão nas ruas da vila e os worshops na Casa

das Artes.

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Esta é mais uma data especial em que as pessoas viajam e procuram

destinos que ofereçam um programa animado e com um ambiente natalício. As

actividades voltadas para esta época irão decerto atrair turistas a este destino

calmo, que proporciona momentos de reflexão e paz.

23.15. Passagem de ano

Para a festa de passagem de ano propõe-se a realização de um

concerto musical gratuito ao ar livre e uma festa com DJ’s durante toda a noite

no Pavilhão Municipal. Propõe-se que haja um magnífico fogo de artificio à

meia-noite sobre o rio Vez.

Todas as animações a decorrer na passagem de ano ficarão a cargo da

organização da Câmara Municipal. Assim o fogo-de-artifício deverá ser

proporcionado por uma empresa especializada e animação musical por grupos

contactados pela Câmara Municipal.

Estas actividades dedicam-se a jovens ou grupos de jovens com menos

de 30 anos e para casais jovens sem filhos que pretendem uma noite divertida

e animada. Como é esperado esta animação decorrerá no dia 31 de

Dezembro. O fogo-de-artifício deverá ser lançado a partir do rio Vez e o

concerto ao ar livre na praça central. A festa com DJ’s deverá decorrer no

Pavilhão Municipal, uma vez que é um local com muito espaço.

Esta actividade justifica-se porque na passagem de ano muitos jovens

saem de suas casas e vão sair com os amigos, e procuram animação para

toda a noite. Este programa vai de encontro a esse comportamento.

23.16. Dinamizar Soajo!

Esta proposta consistirá num conjunto de actividades a desenvolver ao

longo do ano para que o Soajo (tanto a aldeia como a serra) seja dinamizado.

Ou seja, através deste conjunto de actividades pretende-se que o Soajo seja

visitado todo o ano e não só na época de Verão. Esta proposta surge para

além da já feita anteriormente de colheita do milho. As actividades estarão

dentro da animação cultural, desportiva e ambiental, uma vez que se

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pretenderá agradar a vários tipos de pessoas. Assim, as actividades

consistirão, principalmente nas apresentadas seguidamente.

Recriações históricas;

Rotas pedestres, de BTT e a cavalo com ou sem guia;

Mega piquenique no Soajo;

Caça ao tesouro pela aldeia;

Caça ao tesouro pela serra;

Actividades de preservação ambiental;

Provas de orientação pela serra;

Tiro aos pratos;

Tiro com arco;

Arborismo na serra;

Jogos com cordas (pontes, slide, rappel, etc.);

Todas estas actividades precisarão de coordenação conjunta entre

Câmara Municipal, Junta de freguesias, associações e grupos, empresas de

animação e responsáveis pelo PNPG. Os jogos com cordas, o arborismo, os

tiros aos pratos e com arcos, as caças ao tesouro, provas de orientação e as

rotas deverão ficar a cargo de empresas de animação que terão estas

actividades à disposição dos turistas todo o ano mediante marcação. As

actividades de preservação ambiental deverão ficar a cargo dos responsáveis

do PNPG que poderão fazer actividades com os turistas de modo a sensibilizar

para a importância das questões ambientais. Pelas recriações históricas e pelo

mega piquenique no Soajo devem ficar responsáveis a câmara, a junta e as

associações e grupos.

Todas as actividades estarão à disposição dos turistas e visitantes

durante todo o ano. Apenas as recriações históricas e o mega piquenique

deverão ser realizados em alturas específicas do ano. Assim, propõem-se

como datas para as recriações históricas (que deverão representar as

actividades em redor dos espigueiros) o segundo fim-de-semana de Março e o

terceiro de Outubro. Deste modo, serão realizadas em época baixa levando a

um aumento da procura turística. Para o mega piquenique escolheram-se

também duas alturas do ano, primeiro fim-de-semana de Maio, para assim

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coincidir com o dia das Mães proporcionando às famílias um modo de

comemoração diferente, divertida e relaxada, e o segundo fim-de-semana de

Setembro que irá coincidir com o final das férias de muitas pessoas e é um

modo de deixar as férias, o Verão e o bom tempo para trás. Apesar de não

serem duas datas em que a época baixa é muito acentuada têm de decorrer

nesta altura porque se depende muito do tempo meteorológico.

Estas actividades dedicam-se um pouco a todo o tipo de pessoas, desde

aqueles que procuram aventura e natureza, como os que procuram actividades

mais sossegadas. Dirige-se também a solteiros, casados, com ou sem filhos e

até a idosos. Esta proposta de dinamização do Soajo com todas as actividades

inerentes que envolve consegue chegar a todos os públicos.

O porquê de se pensar nestas actividades resultou da consciência de

que é na vila que tudo se passa e os arredores ficam esquecidos. Escolheu-se

o Soajo para estas actividades devido às suas características históricas,

culturais e ambientais já que, tem a serra do Soajo que, devido à importância

da serra da Peneda é muitas vezes esquecida.

23.17. Actividades a decorrer ao longo de todo o ano (mediante

marcação)

Um município sozinho, não consegue providenciar actividades de

animação todos os dias para todos os gostos, desejos e motivações, ou seja,

para todos os segmentos de turistas. Por este facto cabe às empresas de

animação ter um leque de propostas atractivas para apresentar aos turistas e

visitantes do município. Estas actividades devem ser o mais variadas possível

de maneira a chegar a um maior número de segmentos. Por este motivo irão

propor-se algumas actividades que deverão ser desenvolvidas durante todo o

ano pelas empresas de animação e pelos responsáveis da Casa das Artes à

medida do que já é feito mas com vista a melhorar. Assim, para a Casa das

Artes sugerem-se exposições de arte (pintura, escultura, plásticas, etc.),

exposições temáticas, exposições de artesanato e concertos. Para as

empresas de animação sugerem-se actividades na área das rotas e trilhos

passando por pontos de interesse das freguesias e do PNPG, passeios com e

sem guia pedestres, a cavalo, moto 4, jeep e BTT, actividades radicais como

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por exemplo: rappel, slide, paintball, etc., canoagem, orientação, entre muitas

outras que poderão cativar turistas e visitantes. Estas actividades devem ir de

encontro com o tema proposto para cada mês. As actividades de animação não

se podem esgotar no que é feito na vila pela Câmara Municipal.

23.18. Promoção das actividades

É necessária a promoção destas actividades, através de panfletos e

cartazes no Minho e na Galiza (pelo menos), e na internet para os outros

mercados. Esta divulgação deve ser feita com no mínimo dois meses de

antecedência para que chegue ao maior número de pessoas possível. No

decorrer de uma actividade as seguintes devem já ser promovidas. Os

outdoors serão também uma boa opção e viável, deste modo a informação

sobre as actividades surge na frente das pessoas sem que estas tenham de

procurar. Sugere-se a realização de uma página Web que publicite todas estas

propostas, um site que as pessoas possam consultar para saber apenas quais

as actividades que poderão realizar e em que altura. Estas propostas iriam ficar

sem destaque se simplesmente fossem inseridas na página do município, que

já está bastante preenchida com outras informações de interesse para a

população. A internet tem o grande benefício de que chega a todo o mundo.

23.19. Plano B

Quase todos os conjuntos de actividades apresentados têm actividades

no exterior e no interior. As de interior podem ser sempre mantidas

independentemente das condições atmosféricas. No entanto é necessário ter

em conta que há actividades que se realizam ao ar livre. A actividade de Airsoft

não seria problema as condições climatéricas adversas pois, os praticantes

desta modalidade são aficionados e não se importam minimamente com o mau

tempo achando até muito bom já que dificulta o jogo. No entanto nos outros

casos o desenrolar das actividades poderá ser preocupante em caso de más

condições climatéricas. Deste modo, é sempre necessário ter um plano B que

seria colocado em prática no caso de impossibilidade de as actividades serem

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desenvolvidas como se pretendia. Assim, estas seriam passadas para o

pavilhão municipal, para a casa das artes ou para o centro de exposições

conforme o que melhor se justificasse. Não seria por este motivo que os

clientes ficariam sem animação já que, em todos os planos que apresentamos

existem actividades cobertas como, os workshops. Deste modo, consegue-se

ter boa animação disponível “faça chuva ou faça sol”!

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24. Conclusão

Com a realização deste trabalho e após a sua finalização ficam algumas

conclusões importantes sobre o município dos Arcos de Valdevez. A primeira e

mais evidente é a de que este destino esteve em crescimento no ano de 2009

e assim continua. Nota-se na autarquia um esforço para que este seja um

destino de eleição para umas férias junto da natureza. Pode ver-se isso no

incentivo dado para que o município tivesse uma promoção bastante grande

com a participação numa novela de horário nobre e nota-se também na

quantidade e qualidade dos trilhos existentes e nas tentativas de dinamização

do destino através da recheada agenda cultural.

Foram evidenciados ao longo do trabalho vários aspectos positivos

sobre este destino. No entanto, ainda faltam fazer algumas coisas para que

este se torne um destino verdadeiramente apetecível e de eleição dos turistas

nacionais e internacionais. Como já foi referido ao longo do trabalho a

necessidade mais imediata passa pela hotelaria. Faltam hotéis de qualidade e

que consigam albergar um considerável número de turistas. Falta também mais

animação dinâmica e activa com várias propostas e adequada a vários turistas.

Com vista à obtenção de mais turistas, que permanecem mais tempo,

gastam mais dinheiro e têm uma experiência inesquecível foram identificadas

áreas de actuação. Através da identificação foi possível pensar em animação

muito diversa que se pensa, seriam óptimos exemplos para a diversificação da

oferta e, para colocar Arcos de Valdevez como destino de eleição.

A animação, como foi mencionado no decorrer do trabalho, é uma parte

muito importante da oferta turística de um destino. Pode mesmo ser um factor

diferenciador e que leva um destino a ser escolhido em detrimento de outro.

Assim, cabe aos municípios gerir de forma satisfatória e eximia a animação de

que turistas e visitantes necessitam. Mas, esta tarefa não cabe apenas a

organismos públicos. Empresas privadas devem estar na linha da frente na

criação de animação de qualidade, diferenciada, diversificada nos segmentos

que atinge e flexível.

Para se puder chegar a um grande número de pessoas devem ser

pensadas actividades que possam agradar a um maior número de gostos. Num

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só evento e, como se tentou mostrar através das propostas efectuadas, podem

existir actividades que agradam a um grande número de pessoas. Isto porque,

na mesma temática e para a mesma comemoração podem encontrar-se

soluções distintas em termos de animação que providenciaram momentos de

experiências inesquecíveis.

Não se pode esquecer que no que diz respeito ao turista dos nossos

dias existem alguns cuidados que devem ser tomados quando se pensa em

animação. Isto é tanto verdade porque ao contrário do turista passivo que se

encontrava há alguns anos atrás o turista de hoje quer fazer parte da

experiência, quer que esta fique gravada na sua memória e quer ser o mais

activo possível. Não quer só ver, quer fazer. Por este motivo, nesta fase do

trabalho foram propostas actividades de animação em que os turistas são a

própria actividade, sem eles ela não existiria.

Neste momento, e no final da realização das três fases do trabalho, ficou

mais claro a importância que as actividades de animação têm para o turista, a

dificuldade que pode ser pensar em actividades inovadoras, diferenciadoras e

de excelência. E além destes aspectos, o cuidado que se deve ter para que se

possa envolver todo o tipo de pessoas, para que ninguém fique de fora e para

cativar mais público. No final pode dizer-se: “Arcos de Valdevez espera por si!

.

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http://www.cmav.pt/mapas_interactivos/roteiro_historico_concelho/ficha.p

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http://www.cmav.pt/mapas_interactivos/roteiro_historico_vila/ficha.php?id=

1

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Plano Estratégico de Animação Turística “Arcos de Valdevez”

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S.a. (acedido em 20-10-2009); ”Pelourinho de Arcos de Valdevez”; [On-

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http://www.cmav.pt/mapas_interactivos/roteiro_historico_vila/ficha.php?id=

3

S.a. (acedido em 20-10-2009); “Igreja Matriz de Arcos de Valdevez”; [On-

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http://www.cmav.pt/mapas_interactivos/roteiro_historico_vila/ficha.php?id=

4

S.a. (acedido em 20-10-2009); “Igreja do Espírito Santo”; [On-line];

disponível em:

http://www.cmav.pt/mapas_interactivos/roteiro_historico_vila/ficha.php?id=

5

S.a. (acedido em 20-10-2009); “Torre de Angiã”; [On-line]; disponível em:

http://www.cmav.pt/mapas_interactivos/roteiro_historico_concelho/ficha.p

hp?id=7

S.a. (acedido em 20-10-2009); “Casa do Castelo de Sistelo”; [On-line];

disponível em:

http://www.cmav.pt/mapas_interactivos/roteiro_historico_concelho/ficha.p

hp?id=11

S.a. (acedido em 20-10-2009); “Paço da Giela”; [On-line]; disponível em:

http://www.cmav.pt/mapas_interactivos/roteiro_historico_concelho/ficha.p

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S.a. (acedido em 20-10-2009); “Artesanato; [On-line]; disponível em:

http://www.cmav.pt/ver.php?cod=0C0J

S.a. (acedido em 20-10-2009); “Bares e Discotecas”; [On-line]; disponível

em: http://www.cmav.pt/ver.php?cod=0C0K

S.a. (acedido em 20-10-2009); “Gastronomia/Vinhos”; [On-line]; disponível

em: http://www.cmav.pt/ver.php?cod=0C0L

S.a. (s.d.) Modulo I: Animação Turística: natureza, conceito e vertentes,

Escola Superior De Tecnologia e Gestão, Beja

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1. Anexos

a. Anexo 1

Date: Mon, 19 Oct 2009 03:07:29 -0700

From: [email protected]

To: [email protected]

Subject: Pedido de informação

Lara

Aqui na delegação não temos esses dados que pretendes. Eu arriscaria a dizer-te que é

entre os 25 e os 50 anos a facha etária dos turistas que nos visitam. Os principais

produtos que eles procuram são os trilhos, associados às paisagens e ao Parque

Nacional, de seguida a gastronomia minhota e por fim o TER. Poderás pedir para a

[email protected] que é uma associação que tem uma central de reservas e, que fica

na Ponte da Barca, talvez tenham alguma informação sobre o que pretendes.

Continuando a disposição para qualquer informação,despeço-me com os melhores

cumprimentos.

Natália Alves Veloso

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b. Anexo 2

Fonte: Posto de Turismo de Arcos de Valdevez

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c. Calendarização das actividades

Actividade/Proposta Data(s) ou duração Mês

“Vila Gargalhadas” Sexta-feira anterior até

Terça-feira de Carnaval) Fevereiro

Mês da gastronomia Todo o mês Março

Páscoa No fim-de-semana antes

do de Páscoa Abril

Maio em Festa Fins-de-semana Maio

Mês das Crianças Fins-de-semana Junho

Verão

Saudável,

Verão

Vivo!

Todo o

Verão (23

Junho a 22

Setembro)

Julho

Estilo de vida

saudável!

Todo o

mês Agosto

Colheita do Milho

Quinzena das

Vindimas

Segundo

fim-de-

semana

Última

quinzena

de

Setembro

Setembro

Outubro: Mês das Colheitas Todo os fins-de-semana Outubro

Halloween – Vila Fantasma 31 de Outubro

Festival Jazz e música clássica Todos os fins-de-

semana Novembro

WinterFest Todo o mês Dezembro

Passagem de Ano 31 de Dezembro

Proposta: Dinamizar Soajo – actividades distribuídas ao longo de todo o ano

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d. Mapeamento das actividades

“Vila gargalhadas”

Mês da Gastronomia

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Torneio de Airsoft

Páscoa

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Maio em festa

Mês das Crianças

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“Verão saudável, Verão vivo!”

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Estilo de vida saudável

Colheita do milho

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Quinzena das vindimas

Festa das colheitas

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“Vila Fantasma”

Mês do Jazz e da Música Clássica

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WinterFest

Passagem de Ano

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Dinamizar Soajo