8
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO DE CONSTRUÇÃ O CIVIL GERENCIAMENTO DE PROJETOS PROFª MSc. HELOISA F. CAMPOS 1 PLANEJAMENTO E CONTROLE DE OBRAS Prof.ª: MSc.: Heloisa Fuganti Campos Prof.ª: Dr a .Barbara Talamini Villas Boas SETOR DE TECNOLOGIA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO DE CONSTRUÇÃO CIVIL 2018 2 INTRODUÇÃO A indústria da construção civil no Brasil é caracterizada por não adotar, de forma sistematizada, métodos de planejamento operacional no canteiro de obra Normalmente o planejamento se resume à elaboração de um orçamento e um cronograma físico, com o objetivo de atender custos e prazos pré-definidos sem maiores critérios técnicos À obra, cabe analisar o orçamento e o cronograma, e executar os serviços dentro do estabelecido 3 INTRODUÇÃO Compromete-se a rentabilidade: os custos de obra, de forma direta ou indireta, se desviam dos previstos, por força de prazos não cumpridos ou necessidade de retrabalhos, implicando custos financeiros agregados Sob a perspectiva do canteiro de obras, falta coordenação entre as atividades de produção. Mais ainda, falta conhecimento sobre o que produzir e, consequentemente, sobre como produz Paralelamente, o setor torna-se, a cada dia, mais competitivo. Os custos estão mais apertados, os prazos menores e os produtos, mais complexos 4 INTRODUÇÃO Necessário planejamento adequado! Definição das pessoas envolvidas e as suas responsabilidades Definição e coleta das informações a serem utilizadas (projetos das diferentes disciplinas envolvidas, especificações técnicas, orçamento) Estabelecimento do prazo para realizar o planejamento Definição dos recursos necessários para realizar o planejamento (técnicas e ferramentas para executar o planejamento) 5 PLANEJAMENTO Longo prazo Nível estratégico Médio prazo Nível tático Curto prazo Nível operacional NÍVEIS HIERÁRQUICOS 6 PLANEJAMENTO Planejamento estratégico: Define as estratégias de longo prazo da empresa É o planejamento mais amplo e abrange toda a organização Na maioria das organizações, é elaborado pelo seu mais alto escalão hierárquico, o mesmo deverá contemplar uma série de decisões que deverão ser tomadas nos demais níveis hierárquicos da organização NÍVEIS HIERÁRQUICOS

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANA

DEPARTAMENTO DE CONSTRUCAO CIVIL

GERENCIAMENTO DE PROJETOS

PROFª MSc. HELOISA F. CAMPOS 1

PLANEJAMENTO E CONTROLE DE OBRAS

Prof.ª: MSc.: Heloisa Fuganti Campos

Prof.ª: Dra.Barbara Talamini Villas Boas

SETOR DE TECNOLOGIA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

DEPARTAMENTO DE CONSTRUÇÃO CIVIL

2018

2

INTRODUÇÃO

• A indústria da construção civil no Brasil é caracterizada

por não adotar, de forma sistematizada, métodos de

planejamento operacional no canteiro de obra

• Normalmente o planejamento se resume à elaboração de

um orçamento e um cronograma físico, com o objetivo de

atender custos e prazos pré-definidos sem maiores

critérios técnicos

• À obra, cabe analisar o orçamento e o cronograma, e

executar os serviços dentro do estabelecido

3

INTRODUÇÃO

• Compromete-se a rentabilidade: os custos de obra, de

forma direta ou indireta, se desviam dos previstos, por

força de prazos não cumpridos ou necessidade de

retrabalhos, implicando custos financeiros agregados

• Sob a perspectiva do canteiro de obras, falta coordenação

entre as atividades de produção. Mais ainda, falta

conhecimento sobre o que produzir e, consequentemente,

sobre como produz

• Paralelamente, o setor torna-se, a cada dia, mais

competitivo. Os custos estão mais apertados, os prazos

menores e os produtos, mais complexos

4

INTRODUÇÃO

• Necessário planejamento adequado!

Definição das pessoas envolvidas e as suas

responsabilidades

Definição e coleta das informações a serem utilizadas

(projetos das diferentes disciplinas envolvidas,

especificações técnicas, orçamento)

Estabelecimento do prazo para realizar o planejamento

Definição dos recursos necessários para realizar o

planejamento (técnicas e ferramentas para executar o

planejamento)

5

PLANEJAMENTO

• Longo prazo Nível estratégico

• Médio prazo Nível

tático

• Curto prazo Nível operacional

NÍVEIS HIERÁRQUICOS

6

PLANEJAMENTO

• Planejamento estratégico:

Define as estratégias de longo prazo da empresa

É o planejamento mais amplo e abrange toda a

organização

Na maioria das organizações, é elaborado pelo seu mais

alto escalão hierárquico, o mesmo deverá contemplar uma

série de decisões que deverão ser tomadas nos demais

níveis hierárquicos da organização

NÍVEIS HIERÁRQUICOS

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANA

DEPARTAMENTO DE CONSTRUCAO CIVIL

GERENCIAMENTO DE PROJETOS

PROFª MSc. HELOISA F. CAMPOS 2

7

PLANEJAMENTO

• Planejamento estratégico:

Estuda questões como a demanda, valor necessário para

compra do terreno, busca de parcerias, determinação das

datas marcos do empreendimento

Características: É um processo permanente e contínuo

É sempre voltado para o futuro

Visa a racionalidade da tomada de decisões

Visa selecionar uma entre várias alternativas

É uma técnica de alocação de recursos

NÍVEIS HIERÁRQUICOS

8

PLANEJAMENTO

• Planejamento tático:

Projetado para o médio prazo

Tem foco mais específico que o estratégico e existe um

menor nível de incerteza para as tomadas de decisões

As decisões do nível tático são mais facilmente revistas,

quando necessárias, por terem menor abrangência que

as estratégias

NÍVEIS HIERÁRQUICOS

9

PLANEJAMENTO

• Planejamento Operacional:

Curto prazo Cria condições para a adequada

realização dos trabalhos diários da empresa

Estabelece a definição detalhada das atividades,

momentos e prazos para execução e alocação de

recursos

Define estratégias e metas de produção, e é responsável

pelo planejamento das operações ou ordens de

produção.

NÍVEIS HIERÁRQUICOS NÍVEIS HIERÁRQUICOS

PLANEJAMENTO 10

NÍVEIS HIERÁRQUICOS

PLANEJAMENTO 11

NÍVEIS HIERÁRQUICOS

PLANEJAMENTO 12

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DEPARTAMENTO DE CONSTRUCAO CIVIL

GERENCIAMENTO DE PROJETOS

PROFª MSc. HELOISA F. CAMPOS 3

PLANEJAMENTO DE MÉDIO PRAZO: “LOOKAHEAD”

PLANEJAMENTO

• A maioria das obras possui somente o cronograma mestre

• Esses cronogramas possuem uma falta de informações sobre as

situações atuais e a entrega as atividades realizadas não obedecem o

cronograma planejado

• O planejamento “Lookahead” (médio prazo) tem a finalidade de suprir

essas faltas encontradas nesses cronogramas macros Utiliza

mecanismos que visam resolver os problemas que impedem a execução

das tarefas

• Objetivo: antecipar ações futuras, melhorar o desempenho do

planejamento de curto prazo e consequentemente reduzir o custo e

duração dos projetos

13

PLANEJAMENTO DE MÉDIO PRAZO: “LOOKAHEAD”

PLANEJAMENTO

• Elaboração:

Reunir os parceiros para concordar sobre os procedimentos do

planejamento e informações do fluxo

Alinhar os fornecedores internos com o sistema de controle e

filosofia reestruturando a compra de materiais (trocar grande

lotes por pequenos)

Melhorar e ajustar o cronograma mestre

Analisar o CPM das tarefas antes de planejar as tarefas das

próximas semanas

Planejar somente as tarefas que tem todas as condições para

iniciar

Carregar a força de trabalho conforme a sua capacidade

14

PLANEJAMENTO DE MÉDIO PRAZO: “LOOKAHEAD”

Obra: Moradas do Bosque

Local Empreiteiro Equipe Início Final 07 a 11/08 14a 18/08 21 a 25/08 28 a 01/09 4 a 08/09Millenium III Silvino 1 encarregado 06/ago 03/set

4 pedreiros 25/ago 31/ago

4 carpinteiros 18/ago 25/ago

14/ago 28/ago

01/set 09/set

28/ago 29/set Emboço interno

Sobrados 49-52 Orlando 3 Pedreiros 14/ago 22/ago

3 Carpinteiros 16/ago 23/ago

1 Armador 08/ago 08/ago Concretagem da laje

Millenium II Silvino 1 encarregado 21/ago 04/set

4 pedreiros 04/set 18/set Laje de Cobertura

5 carpinteiros 11/ago 13/out Hidráulica e Elét.

04/set 18/set Emboço Inferior

04/set 12/set Contrapiso

Sobrados 36-42 J.Odor 2 Carpinteiros 18/jul 02/set

2 Armadores 18/ago 23/set

01/set 28/set

Sobrados 24-28 Sr. Travinski 2 Pedreiros 21/ago 23/set

3 Carpinteiros 28/ago 30/set

04/set 07/out Laje Superior

Sobrados 13-18 Silvino 1 encarregado 31/ago 16/set

4 pedreiros

4 carpinteiros

Sobrados 58-61 Orlando 3 carpinteiros 25/ago 06/set

3 pedreiros 04/set 16/set Laje de Cobertura

1 contra-mestre 01/set 16/set

18/ago 07/out

PLANO 5 SEMANAS

Semanas

Impermeabilização

Elétrica e Hidráulica

Alvenaria Superior

Contrapiso Inferior

Alvenaria Superior

Laje de Cobertura

Laje de Cobertura

Alvenaria Superior

Baldrame

Alvenaria do Térreo

Laje superior

Hidráulica e Elétrica

Emboço Inferior interno

Baldrame

Alvenaria do Térreo

Alvenaria do Térreo

Alvenaria Superior

15

PLANEJAMENTO DE CURTO PRAZO: “LAST PLANNER”

PLANEJAMENTO

• Busca alcançar a real capacidade do sistema de produção tendo o

envolvimento direto com o encarregado da obra

• No planejamento de curto prazo são programados somente as

atividades onde não há interferências ou precedências que possam

impedir na realização dos serviços

• É possível monitorar a eficácia da situação atual e futura do

planejamento através de indicadores de desempenho: número de

tarefas concluídas em relação às previstas PPC (Percentagem

do Planejamento Concluído)

N° de Atividades Concluídas PPC (%) = N° de Atividades Planejadas

16

PLANEJAMENTO DE CURTO PRAZO: “LAST PLANNER”

PLANEJAMENTO

• Elaboração:

Identificar e priorizar as tarefas realizáveis

Determinar a capacidade de mão-de-obra para a próxima semana

Selecionar atividades por tamanho e capacidade

Listar os excesso de tarefas e mão-de-obra

Verificar o andamento de cada atividade a cada dia e listar os

motivos por não completar as tarefas

Gerente deve analisar o plano semanal e atuar sobre as causas

dos problemas

17

PLANEJAMENTO DE CURTO PRAZO: “LAST PLANNER”

PLANEJAMENTO

• Questões que devem ser consideradas:

Definição: as tarefas estão especificadas e o tipo de material também?

Profundidade: os pré-requisitos dos trabalhos estão prontos, os materiais estão no canteiro?

Sequência: as tarefas estão planejadas seguindo a sua construtibilidade?

Tamanho: as tarefas estão sendo executados conforme o tamanho solicitado?

Aprendizado: foram identificados os motivos para as tarefas da semana anterior não terem sido feitas?

18

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DEPARTAMENTO DE CONSTRUCAO CIVIL

GERENCIAMENTO DE PROJETOS

PROFª MSc. HELOISA F. CAMPOS 4

PLANEJAMENTO DE CURTO PRAZO: “LAST PLANNER”

Local Empreiteiro Equipe Seg Ter Qua Qui Sex PPC Razões para variaçõesMillenium III Silvino 1 encarregado Prumagem de pilares Prumagem de pilares Concretagem da laje Início da marcação da alvenaria Desforma e início da alvenaria Clima

4 pedreiros Alvenaria do piso superior Alvenaria do piso superior

4 carpinteiros

Sobrados 49-52 Orlando 4 profissionais Ferragem das vigas e pilares Ferragem dos blocos Concretagem da laje Chapisco e desforma lateral Marcação da alvenaria Clima

Conferência de nível Conferência de nível

Elétrica/Hidráulica Elétrica/Hidráulica

Millenium II Silvino 1 encarregado Forma Levantamento de Ferragens Soltar lajes Travamento de painéis Tubulação elet/hidr. Chegar laje, clima

4 pedreiros das vigas e conferência Colocação de ferragem complementar

4 carpinteiros

Sobrados 36-42 J.Odor 2 Carpinteiros Concretagem do baldrame 36/37 Caixas e ferragens 38/39 Concretagem dos blocos Preparação das formas 38/39 Preparação de formas 38/39 Clima

2 Armadores Desforma do Baldrame Desforma 36/37

Sobrados 24-28 Sr. Travinski 2 Pedreiros Preparação ferragens 24 Concretagem bloco 24 Caixaria 25/26 Desforma 24 Colocação de caixaria e ferragens Clima

3 Carpinteiros Escavação blocos 25/26 Caixaria 25/26 Escavação 27/28 Levar caixaria 25/27

Sobrados 13-18 Silvino 1 encarregado Escavação blocos 0 0 Caixaria e preparação das ferragens Caixaria e preparação das ferragens Clima

4 pedreiros

4 carpinteiros

Sobrados 58-61 Orlando 3 carpinteiros Alvenaria do térreo Alvenaria do térreo Formas das lajes Formas das lajes Formas das lajes

3 pedreiros Início da laje de cobertura 58/59

1 contra-mestre

% Planejamento

Concluído

19

PLANEJAMENTO DE CURTO PRAZO: “LAST PLANNER”

20

PLANEJAMENTO DE CURTO PRAZO: “LAST PLANNER”

Estavam utilizando o banheiro como escritório

Corte e dobra armaduras - ok!

100%

100%

100%

100%

100%

33%

100%

Instalações Térreo

Instalação banheiro 02 - ok!

Finalização térreo

10m

-

-

Instalações Térreo

Instalação banheiro 02 - ok!

Térreo

10m

-

-

Corte e dobra armaduras - ok!

Instalações Térreo

Instalação banheiro 02 - ok!

Térreo

10m

-

Instalação 2º Pavimento - ok!

Corte e dobra armaduras - ok!Forma - ok!

Instalações Térreo

Instalação banheiro 01 - ok!

Térreo

10m

-

Instalação 1º Pavimento - ok!

Corte e dobra armaduras - ok!

Instalações Térreo

Instalação banheiro

Início térreo

10m

Finalização passagem

da tubulação

Instalações Térreo -

Não foi feito!2

10

Recebimento

Instalação banheiro 01 -

-

10m - Metade

Escavação e passagem da

tubulação

-

Forma - ok!

3

2

3

3

10

Instalção louça sanitária

Caixa de Contenção de Cheias

PSX Engenharia

Bogoli

Própria

Própria

Tatu

Própria

Silvano Terraplanagem

Instalação ar condicionado

Instalação do forro - Banheiros 3º e 4º

Instalação esquadrias -

Execução drenagem externa

Perfuração horizontal por método

não destrutivo

SEGUNDA TERÇA QUARTA

LAST PLANNER

SEMANA 01

QUINTA PPC RAZÕES EMPREITEIRO EQUIPE QUINTA SEXTAATIVIDADE

LAST PLANNER

SEMANA 02

ATIVIDADE EMPREITEIRO EQUIPE QUINTA SEXTA SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA PPC RAZÕES

50% Faltou mão de obra

Instalação do forro - Banheiros 1º e 2º Bogoli 2 Instalação banheiro 01 - Instalação banheiro Instalação banheiro 01 - ok Instalação banheiro 02 - não Instalação banheiro 02 - não Instalação banheiro 02 - não 50% Depende da elétrica

Instalação ar condicionado PSX Engenharia 3 3º Pavimento - ok 3º Pavimento - ok 3º Pavimento - ok 4º Pavimento - não 4º Pavimento - não 4º Pavimento - não

100%

Instalação esquadrias - Própria 3 Acabamento - não Acabamento - não Acabamento - não Acabamento - não Acabamento - não Acabamento - não

Execução drenagem externa Própria 3 10m 10m 10m 10m 10m 10m

100%Caixa de Contenção de Cheias Silvano Terraplanagem 10 Concretagem Concretagem

0% Faltou material

100% Não finalizado

Instalção louça sanitária Própria 2 - - Térreo Térreo Térreo Térreo 100%

Elétrica Própria 10 Início Andamento Andamento Andamento Andamento Andamento

21

PLANEJAMENTO DE LONGO PRAZO

PLANEJAMENTO

• No planejamento de longo prazo, o horizonte dos planos abrange

todo o período de construção e tem como objetivo a definição dos

ritmos das atividades, que constituem as grandes etapas

construtivas do empreendimento como, por exemplo, a estrutura, a

alvenaria e as instalações hidrossanitárias (MENDES JR e

HEINECK, 1998)

• A elaboração dos planos é realizada a partir do uso de técnicas de

programação, como a Linha de Balanço, no qual são

especificadas informações a respeito do início e fim das atividades,

bem como a duração máxima necessária para a execução do

empreendimento (TOMMELEIN e BALLARD, 1997; MENDES JR. E

HEINECK, 1998)

22

LINHA DE BALANÇO

23

LINHA DE BALANÇO

• A técnica da Linha de Balanço (Line of Balance – LOB) para

programação foi criada nos anos 40

• Suas primeiras aplicações foram na indústria de manufaturados para

programar o fluxo de produção

• O Método da LOB é um dos métodos mais conhecidos entre os

pesquisadores para a programação de projetos lineares

• Também pode ser chamada de diagrama tempo-caminho ou diagrama

espaço-tempo

• Seu uso na construção civil se difundiu mais na Europa em obras com

serviços bastante repetitivos, como estradas e pontes

24

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GERENCIAMENTO DE PROJETOS

PROFª MSc. HELOISA F. CAMPOS 5

LINHA DE BALANÇO

• A técnica da Linha de Balanço se resume ao conceito de que as

tarefas são repetidas inúmeras vezes ao longo de uma

unidade de repetição

Por exemplo, o serviço de revestimento de paredes é

realizado inúmeras vezes ao longo de todas as unidades de

um conjunto habitacional ou pavimentos de um edifício

• O ritmo de conclusão da tarefa nas diversas unidades

dependerá de quantas equipes sejam alocadas

• A técnica é de aplicação bastante simples principalmente por

que pode ser feita graficamente, podendo ser visualizada num

gráfico espaço x tempo, indicando a unidade e quando a tarefa

é executada nesta unidade

25

LINHA DE BALANÇO

• Método de planejamento gráfico, baseado em uma

unidade básica de repetição Toda a construção tem um

ritmo natural e qualquer desbalanceamento nesse ritmo

resulta em perdas de recursos e tempo

• O diagrama da LOB representa as atividades no espaço

(unidades de repetição) e no tempo (meses, semanas,

dias)

• O comportamento das linhas resultantes indicarão o ritmo

da construção das unidades

• O balanceamento é alcançado quando se obtém os

mesmo ritmo para todas as atividades ou grupos

26

LINHA DE BALANÇO

Representação cumulativa das atividades

Mostra o atraso de uma ou mais atividades

Mostra toda a situação atual do projeto

Possibilidade de visualizar a alocação das equipes por atividades

Através da técnica é possível dimensionar as durações e equipes para cada atividade

VANTAGENS

27

LINHA DE BALANÇO

Técnica desenhada para um processo de produção

simples

Não mostra o impacto do atraso no fim da obra

Existe problemas de visualização na apresentação da

LOB sendo recomendado cores diferentes para cada

atividade

O método LOB é aplicável em qualquer área sendo

sua aplicação em obras bastante limitado

DESVANTAGENS

28

LINHA DE BALANÇO

Definição da unidade de repetição

Levantamento das atividades

Determinação das durações

Levantamento da quantidade de mão-de-obra

Elaboração da rede de precedências por unidade (pavimento, sobrado)

Cálculo do ritmo

Determinação do número de equipes

Definição da estratégia de execução da obra

Diagramação da linha de balanço

29

LINHA DE BALANÇO

• Eixo das abcissas: linha do tempo

• Eixo das ordenadas: unidades repetitivas

30

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GERENCIAMENTO DE PROJETOS

PROFª MSc. HELOISA F. CAMPOS 6

LINHA DE BALANÇO

• Ritmo é o número de unidades repetitivas concluídas por unidade de tempo (sobrados/dias)

RITMO

31

LINHA DE BALANÇO

• A finalidade de dimensionar a quantidade de equipes está

ligada a execução da obra no prazo mais próximo ao

tempo de ritmo determinado para o andamento da obra

• O número de equipes também pode ser alterado conforme

necessidades de reduzir ou aumentar o tempo de

execução

EQUIPES

Ne = Duração . Ritmo

32

LINHA DE BALANÇO 33

LINHA DE BALANÇO 34

LINHA DE BALANÇO 35

LINHA DE BALANÇO

EXEMPLO

• Supondo a implantação de uma rede linear de esgoto de 7 km de comprimento, cujo ciclo de trabalho consiste de duas operações consecutivas realizadas em trechos de 1 km:

Escavação de Valas

Assentamento da tubulação

• Portanto, tem que ser realizado 7 vezes. Supondo a escavação de cada trecho dure 2 dias e o assentamento dure 1 dia com um intervalo de 1 dia entre as operações

O ciclo dura, portanto, 4 dias

36

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GERENCIAMENTO DE PROJETOS

PROFª MSc. HELOISA F. CAMPOS 7

LINHA DE BALANÇO

EXEMPLO

• LOB para um prazo contratual de 10 dias:

TRECHO DIA

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

7 KM

6 KM

5 KM

4 KM

3 KM

2 KM

1 KM

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

DIA

Escavação da Vala

Assentamento do Tudo

TRECHO

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

7 KM

6 KM

5 KM

4 KM

3 KM

2 KM

1 KM

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

DIA

DIA

A inclinação de cada barra representa

o ritmo desejado de trabalho,

Enquanto sua espessura equivale a

duração da atividade

37

LINHA DE BALANÇO

EXEMPLO

• O exemplo apresentado a seguir mostra como fazer o

balanceamento no planejamento com linha de balanço

• A obra é a construção de um conjunto de casas iguais (n=20),

com meta de entrega (ME) de 3 casas por semana. Vamos

assumir neste exemplo semana com 5 dias de 8 horas = 40

horas e ciclo de produção de 5 atividades

Fundação Superestrutura Esquadrias Instalações Acabamentos

38

Serviço Hh/casa

(A) Fundação 110

(B) Superestrutura 320

(C) Esquadrias 365

(D) Instalações 35

(E) Acabamentos 210

Fixemo-nos no Serviço A:

Para atingir o ritmo almejado de 3 casas/semana, é necessário alocar uma

equipe com a seguinte quantidade calculada de operários:

E = 110Hh/casa x 3 casas/semana = 8,25 operários

40 h/semana/operário

Arredondando para 9 a produção semanal corrigida será:

ME(corrig) = 9 operários x 40 h/semana/operário = 3,27 casas / semana

110Hh/casa

Meta de Entrega

Serviço Equipe Básica

Escolhida

(A) Fundação 3

(B) Superestrutura 8

(C) Esquadrias 9

(D) Instalações 2

(E) Acabamentos 5

A duração (t) do serviço A em cada casa é dada por:

t = 110 Hh / casa = 4,58 dias

3 operários/casa x 8 horas

O tempo decorrido entre o início da primeira casa e o início da vigésima

(T) é dado por:

T = (20-1) casas x 5 dias na semana = 29,03 dias

3,27 casas na semana

29,03 + 4,58

41

• Fazendo o cálculo para todas as atividades temos o

quadro a seguir:

Ativ. Hh/casa Equipe Calculada Equipe Adotada Ritmo de Produção

Corrigido

Equipe Básica Tempo por casa

Tempo do inicio da 1ª ao início da 20ª casa

(Operários) (Operários) (Operários)

A 110 8,25 9,00 3,27 3,00 4,58 29,03

B 320 24,00 24,00 3,00 8,00 5,00 31,67

C 365 27,38 27,00 2,96 9,00 5,07 32,11

D 35 2,63 4,00 4,57 2,00 2,19 20,78

E 210 15,75 15,00 2,86 5,00 5,25 33,25

RITMO DE CASAS = 3

HORAS POR SEMANA = 40

NÚMERO DE CASAS = 20

42

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DEPARTAMENTO DE CONSTRUCAO CIVIL

GERENCIAMENTO DE PROJETOS

PROFª MSc. HELOISA F. CAMPOS 8

1ª Data de Inicio

Data Término 1ª casa

Data de Inicio com Buffer

Data de Término 1ª Casa

Data de Inicio 20ª Casa

Data de Término 20ª Casa

0,00 4,58 0,00 4,58 29,03 33,61

4,58 9,58 9,58 14,58 41,25 46,25

9,58 14,65 19,58 24,65 51,69 56,76

14,65 16,84 29,65 31,84 50,43 52,62

16,84 22,09

Casas

20

19

18

17

16

15

14

13

12

11

10

9

8

7

6

5

4

3

2

1

10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 Dias

43

• Introduzir um buffer de 5 dias de trás para frente

na atividade D

1ª Data de Inicio

Data Término 1ª casa

Data de Inicio com Buffer

Data de Término 1ª Casa

Data de Inicio 20ª Casa

Data de Término 20ª Casa

0,00 4,58 0,00 4,58 29,03 33,61

4,58 9,58 9,58 14,58 41,25 46,25

9,58 14,65 19,58 24,65 51,69 56,76

14,65 16,84 38,79 40,98 59,57 61,76

16,84 22,09 45,98 51,23 79,23 84,48

Casas

20

19

18

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