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Introdução

Com o presente trabalho, pretende apresentar-se o relatório de estágio final de curso da

Licenciatura em Gestão.

Pretende-se também mencionar o percurso durante o estágio realizado na Peugeot Citroën

Automóveis de Portugal, S.A. (PCAP, S.A.), entre 15 de outubro de 2013 a 10 de janeiro de

2014.

O estágio tem como objetivo aproximar o estudante ao mundo do trabalho, para que ele

adquira experiência no mercado laboral.

Um dos outros objetivos do estágio curricular é permitir ao estudante desempenhar

atividades em contexto de trabalho, desenvolvendo de forma significativa as competências

adquiridas ao longo do curso e, de certa forma, aprender novos conhecimentos.

A escolha da Peugeot Citroën Automóveis de Portugal, S.A. para realizar o estágio, deveu-

se ao facto de ter curiosidade em relação ao funcionamento de uma grande empresa, mas

também visualizar e aprender como se procede à formação dos colaboradores.

O relatório divide-se em três capítulos:

No primeiro capítulo é elaborada a apresentação do Município de Mangualde, as

suas tradições e a sua história.

Seguidamente, o segundo capítulo refere-se à caraterização do Grupo Peugeot

Sociedade Anónima (PSA), e, da PCAP, S.A.

Por último, o terceiro capítulo retrata no fundo os conhecimentos e experiência que

se adquiram ao longo do estágio.

Por razões de confidencialidade e defesa da empresa, não colocámos a documentação que

pusesse em causa o bom nome da empresa.

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Capítulo 1

Município de Mangualde

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1.1 - Enquadramento Geográfico de Mangualde 1

O concelho de Mangualde (Figura 1) insere-se administrativamente no Distrito de Viseu,

com uma parcela territorial de 219,3 km2. Integra a Região Centro, fazendo parte da Dão-

Lafões, e compõe as Regiões Demarcadas do Vinho do Dão, do Queijo da Serra da Estrela

e Maçã Bravo de Esmolfe. Os resultados preliminares dos Censos 2011 apontam uma

população de 19.879. É dotado de infraestruturas viárias de acesso e internas de boa

qualidade, nomeadamente a A25 e a linha ferroviária da Beira Alta. As infraestruturas

básicas de eletricidade, saneamento e água e, as de apoio social como as de saúde e as de

educação, cobrem a totalidade da população do concelho. Os três setores de atividade

económica estão presentes, ocupando o setor terciário a maioria da população ativa,

seguido pelo secundário e por fim pelo primário.

É constituído por 18 freguesias. Os seus limites geográficos resultam da reforma

administrativa de 1853, que também originou a nova denominação por ficar a sede na então

Vila de Mangualde, por fusão dos concelhos de Azurara, de Tavares, de Abrunhosa-a-

Velha, do Couto de Maceira Dão e a anexação das localidades de Gandufe e de Vila Nova

na freguesia de Espinho.

Inserido na plataforma do Mondego e definido como um vasto planalto rodeado por

montanhas integra o planalto beirão. A Norte e a Nordeste delimita-se pelas serras da Nave,

Côta, Leomil e Lapa; a Noroeste pela Serra do Caramulo, Gralheira e Montemuro; e, a

Sudeste pela Serra da Estrela. Atinge a altitude máxima de 765 metros no alto do Monte do

Bom Sucesso, em Chãs de Tavares. Formado por pequenas montanhas, o território estende-

se em direção à Senhora do Pranto. Banhado a Noroeste pelo rio Dão e pelo seu afluente

Ludares, confronta a Este com terras de Fornos de Algodres. A Sudoeste é o concelho de

Nelas e a Sudeste o rio Mondego que marcam as fronteiras. É visitado por vários cursos de

água que subsidiam estes percursos fluviais.

1 Toda a informação do Capítulo 1 é baseada no site da Câmara Municipal de Mangualde - www.cmmangualde.pt - Visitado em 06/02/2014

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O solo é composto por granitos calco-alcalinos e alcalinos, porfiróides e equigranulares, de

grão médio e fino, biotíticos ou de duas micas; denotam-se também pequenas manchas de

xistos grauvaques e rochas do complexo xisto-migmatítico. Fazem parte da "Civilização do

Granito". O clima é ameno, sendo o pico máximo de temperatura atingido, habitualmente,

em agosto e o mês de janeiro o de maior frio.

Há cerca de 15.000 anos alterou-se o coberto vegetal da Europa, e o degelo subsequente,

permitiu o surgimento de um novo tipo de vegetação, com reflexo numa paisagem

radicalmente diferente. Na atualidade, a paisagem vegetativa do concelho compõe-se de

pinheiro bravo, pequenas manchas de pinheiro manso e a presença, recente, de eucalipto.

Algumas espécies como a de carvalho, sobreiro e azinheira também povoam este território.

O castanheiro, pouco resta devido a uma doença que o afeta e, com reflexo na economia

das pessoas. A mata é revestida pelo tojo, giesta, feto, urze, rosmaninho e silva.

Agricolamente é a vinha, o milho, a batata, as leguminosas e a oliveira que predominam,

assim como uma grande diversidade de árvores de fruto.

Figura 1 – Localização da cidade de Mangualde

Fonte: http://personalmang.no.sapo.pt/ - Visitado em 06/02/2014

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1.2 - História de Mangualde

Os vestígios materiais reveladores de uma ocupação humana do território para os períodos

definidos como do Paleolítico Inferior, Médio e Superior, apresentam artefactos de pedra

lascada e polida, achados à superfície durante os levantamentos arqueológicos, não

permitem ilações culturais contextualizadas. Do IV e III milénios a.C. surgem os megálitos:

Orca dos Padrões e Anta da Cunha Baixa.

Com a chegada da metalurgia (cobre, bronze e ferro) dão-se transformações no modo de

vida das populações. Procuram-se locais elevados para a edificação dos povoados, por

norma fortificados. Desenvolve-se uma agricultura mais evoluída, com processos de fabrico

de cerâmica, de fiação, tecelagem e moagem. Deste período insere-se a arte rupestre da

Quinta da Ponte, na freguesia de Espinho, o Castro do Bom Sucesso, em Chãs de Tavares e

o monte da Senhora do Castelo. Constata-se no território as influências dos povos celtas da

Idade do Ferro.

Em 218 a.C., as tropas romanas, na sequência das Guerras Púnicas, realizam a ocupação e

domínio da Hispania mantido até ao séc. V. Na plataforma do Mondego, o processo da

romanização, terá ocorrido depois das "Guerras Lusitanas" (155-139 a.C.).

O território do atual concelho de Mangualde pertencia à Província da Lusitania, Conventus

Scalabitanus, Civitas Interaniensis. A malha de viação permitiu o desenvolvimento da

região.

Nas zonas baixas e de meia encosta, os luso-romanos dedicaram-se às atividades agrícolas,

pecuárias, artesanais, comerciais e mineiras.

Com a vinda dos povos "bárbaros", na primeira década do séc. V, este território inseriu-se

na zona Suévia - Galiza e parte da Lusitânia Romana -, em finais do séc. VI, estaria sob a

influência da coroa visigótica. Com a implantação do Cristianismo, impôs novas práticas

funerárias, realizam sepulturas escavadas na rocha, entre os séculos VI e XI.

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Em 711, os muçulmanos chegam à Península e em poucos anos dominam a maior parte do

território. A população cristã de Mangualde estaria no desassossego dos avanços e recuos

no processo da Reconquista Cristã.

Não há conhecimento de grandes vestígios materiais da presença islâmica neste território,

apenas sugerida em alguns topónimos, lendas e pelo alcaide mouro, Zurara, do castelo do

monte em Mangualde que, até à sua tomada, por Afonso V e Bermudo III, terá sido durante

algum tempo o senhor dominante. O Planalto Beirão do séc. XI apresentava um

povoamento estável e o território fragmentado em "terras" tinha a cidade de Viseu como

referência.

A Reconquista Cristã possibilitou a ocupação de novas terras pelos homens livres, que se

foram organizando em comunidades – os concelhos – constituídas por pequenos

aglomerados populacionais possuidoras de autoadministração. Os Forais reconhecem a

existência das comunidades e seus privilégios, e também a necessidade de fixar as

populações e de consolidar o poder régio ou condal nesses territórios. D. Teresa e D.

Henrique outorgam Foral às Terras de Zurara e às de Tavares. D. Afonso Henriques

incrementou a instalação das ordens religiosas no território: Hospitalários, em Lobelhe do

Mato, Santiago de Cassurrães e Abrunhosa-a-Velha, e São Bento em Moimenta e depois

em Maceira Dão, com reflexos positivos na vida social, económica e política dessas terras.

Ao longo de toda a Idade Média é um território tipicamente rural, regido quanto à

autonomia concedida pelos forais, vivendo administrativamente sob o senhorialismo, com a

família dos Cabrais e, mais tarde, com a dos Paes de Amaral, a desenvolverem um papel

primordial.

A partir de D. Manuel é uma época pródiga em transformações mentais e sociais motivadas

pelas descobertas de novos mundos, pela presença da Inquisição, a pela perda e restauração

da independência o território concelhio consolida o seu perfil social e económico, assente

na ruralidade, verificando-se até à época contemporânea. A população cresceu de acordo

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com a tendência nacional. Os Paes do Amaral assumem a hegemonia no poder político e

económico local. As famílias nobres detêm a propriedade agrícola e deixam as suas marcas

na paisagem, sobretudo na da vila de Mangualde com a construção de vários solares.

O comércio apresentava já, desde há muitos anos, alguma expressão com a criação de

várias feiras e mercados. Data de 1681 a licença, mandada exarar por D. Pedro II, para que

na vila de Mangualde se realizasse uma feira anual. Nos finais do séc. XVIII, os fabricantes

de lanifícios de Gouveia e Covilhã estabelecem aí os seus armazéns, transformando-a num

verdadeiro entreposto comercial de distribuição para todo o país, desenvolvendo uma elite

social que, em finais do séc. XIX e princípios do séc. XX será o grande agente do

desenvolvimento local.

Com a 3ª Invasão Francesa, em 1810, as populações de Mangualde foram alvo de várias

atrocidades e mortes e alguns dos seus edifícios foram alvos de pilhagens e destruição.

Para a região beiraltina até à 1ª metade do séc. XX é a economia agrícola e artesanal, de

produção para a autossuficiência, apenas dinamizada pelas feiras e mercados locais e com

uma incipiente industrialização, que veio a contribuir para a emigração.

O território de Mangualde evidencia um crescimento populacional desde 1801, atingindo o

máximo entre os anos 40 e 50 do séc. XX, com 25.340 habitantes. Nos anos 70 dá-se uma

extraordinária queda, para os 17.344 habitantes. A região de Mangualde consentiu êxodo

populacional para as cidades do litoral e, sobretudo para o estrangeiro. A recuperação

operada desde 1970 até ao ano de 1981 é devido à redução da emigração motivada pela

crise económica mundial, ao regresso dos retornados das ex-colónias portuguesas e à

industrialização que já se fazia sentir.

O concelho de Mangualde experimentou algum dinamismo económico com a instalação de

armazéns da indústria têxtil da Serra da Estrela. Ao longo do séc. XX desenvolveram-se

empresas ligadas ao setor do vestuário, metalurgia e madeiras, e de outros setores, assentes

nos benefícios da Linha da Beira Alta. A atividade mineira da região de Mangualde foi

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forte devido à existência de óxido de urânio. Em 1912, havia 34 minas registadas no

concelho. Foi na Cunha Baixa que a sua extração teve maior expressão, a partir dos anos de

1970. Outros minérios foram explorados, mas não incutiram mudanças fortes, quer em

termos económicos quer em termos sociais.

A industrialização na década de 60, fortalecida pelas vias de comunicação e pelo regresso

de alguma emigração, altera o paradigma de desenvolvimento, para uma polarização

regional, nacional e internacional. Realidade que se verifica até aos dias de hoje, pela

existência de várias Zonas Industriais, reivindicando a instalação de estruturas para a

educação, cultura, recreio e serviços públicos vários.

Foi o papel dos empreendedores locais, a existência de mão de obra barata e abundante, a

linha de caminho de ferro, a presença da Citroën Lusitânia e o papel de alguns políticos

locais que fomentaram a forte industrialização do concelho de Mangualde na última metade

do séc. XX. Da estrutura económica tipicamente rural passa para um modelo de

industrialização especializada e de base diversificada, constituindo-se como referência de

sucesso na região.

Concluindo: o desenvolvimento económico no período contemporâneo do atual concelho

de Mangualde é marcado pelo pendor comercial e industrial, presente essencialmente na

cidade. As freguesias rurais apresentam desenvolvimento na atividade agropecuária,

sobretudo a partir da 2ª metade do séc. XX.

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1.3 - Gastronomia, Artesanato e Termas de Alcafache

Na freguesia de Alcafache, nas margens do Rio Dão, existe uma estância termal (Figura 2),

com águas sulfúreas, hipertermais quentes, pouco mineralizadas, alcalinas, bicarbonadas

sódicas, fluoretadas, tiossulfatadas e muito silicatadas.

Nascem a uma temperatura de 50º C, e, os estudos revelam uma idade superior a 14.000

anos sendo ideais para problemas de saúde, nomeadamente de ordem reumatológica,

muscular e respiratória.

Mangualde organiza todos os anos a Feira Anual dos Santos, também conhecida como

Feira das Febras, para além das feiras semanais habituais.

O seu artesanato passa pelos bordados de Tibaldinho, vitrais, olaria (Matarrachos), mel, e

cerâmica (painéis de azulejos).

Em termos gastronómicos destacam-se os pastéis de feijão, o queijo Serra da Estrela, o

cozido beirão à moda de Mangualde, o cabrito assado no forno de lenha e o vinho do Dão.

Figura 2 – Termas de Alcafache

Fonte: http://viajar.clix.pt/lugares.php?d=7&lg=es&w=viseu – Visitado em 06/02/2014

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Capítulo 2

Grupo PSA e PCAP, S.A.

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2.1 - Apresentação do Grupo PSA

A Citroën (Figura 3) nasceu há 90 anos perto da Torre Eiffel, em França. Marca dinâmica e

criativa, a Citroën lançou em 2010 uma nova linha de produtos com o DS3, crescendo em

2011 com o DS4 e, agora, com o DS5.

Figura 3 – Logotipo Citroën

Fonte: www.citroen.pt – Visitado em 12/02/2014

A Citroën conta com 10.000 pontos de contacto com os seus clientes, 11.500

colaboradores, uma presença em 80 países e um total de 1.460.000 veículos

comercializados em 2011.

A marca Peugeot (Figura 4) nasceu há mais de 200 anos e iniciou os ciclos da bicicleta e da

moto em 1886 e em 1891 deu início à aventura automóvel.

Fig. 4 – Logotipo Peugeot

Fonte: www.peugeot.pt – Visitado em 12/02/2014

Em 2010, a Peugeot reinventou-se com um novo projeto de marca, com novas ambições e

identidade visual, afirmando-se de forma singular pela sua capacidade de propor uma oferta

de mobilidade global.

Presente em 160 países, com 10.000 pontos de contacto com os seus clientes, a Peugeot

comercializou 2.142.000 veículos em 2010, sendo a 1ª Marca automóvel francesa no

mundo. A Peugeot é a única marca a oferecer aos seus clientes uma mobilidade integral

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através de viaturas, scooters, bicicletas e uma vasta oferta de serviços, através do serviço

MU by Peugeot.

2.1.1 - Números chave de 2012

De seguida referenciam-se alguns pontos da maior importância relativamente ao Grupo

PSA:

Um Volume de Negócios de 55,4 mil milhões de €;

2.965.000 Veículos vendidos em todo o mundo;

202.100 Colaboradores em todo o mundo;

2º Maior construtor na Europa com uma quota de mercado de 12,7%;

38% Vendas veículos fora da Europa;

Liderança Ambiental em termos de Redução das Emissões de CO2, com uma média

de 122,9g/km de CO2;

Liderança no mercado de veículos ligeiros, com uma quota de mercado de 21%.

2.1.2 - Vendas Mundiais do Grupo em 2012

Apresentam-se a seguir as vendas de unidades a nível mundial:

Europa: 1.758.000;

América Latina: 284.000;

Irão: 140.000;

Rússia: 78.000;

China: 442.000.

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2.1.3 - Conceção e Pesquisa e Desenvolvimento (R&D)

Em termos de conceção e R&D o grupo PSA detém:

6 Centros Técnicos, 4 deles em França;

Equipas, na China e no Brasil, dedicadas à conceção de veículos adaptados às zonas

geográficas prioritárias;

2 Centros de Ensaio;

2 Centros de Design;

1 987 milhões de euros consagrados à R&D na indústria automóvel em 2012;

2.1.4 - Fábricas no Mundo

O Grupo PSA detém a maior parte das fábricas na Europa, as restantes estão espalhadas

pelo resto do Mundo.

Em França: Poissy, Sochaux (a maior de França, 2ª maior da Europa), Mulhouse-Sausheim,

Rennes, Valenciennes: Sevel Nord (com Fiat).

No resto da Europa: Vigo e Madrid-Villaverde (Espanha), Mangualde (Portugal), Kolin

(República Checa com Toyota), Trnava (Eslováquia, 2006), Val di Sangro (com Fiat)

(Itália), Kalouga (Rússia, 2010).

Nos outros continentes: Buenos Aires (Argentina), Porto Real (Brasil), Wuhan (China),

Kaduna (Nigéria), Le Caire (Egito), Iran Khodro (parceiro Peugeot no Irão), Saipa

(parceiro Citroën no Irão), Turquia (utilitário Peugeot Boxer).

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2.1.5 - As Atividades (fora atividade automóvel)

Financiamento

A PSA é proprietária absoluta Banque PSA Finance (Figura 5), que fornece serviços

financeiros e também 98,67% do GIE PSA Trésorerie que foi fundada em 1990 como uma

divisão de tesouraria e serviços de cash management.

Figura 5 – Logotipo Banque PSA Finance

Fonte: www.banquepsafinance.com – Visitado 18/03/2014

Equipamento automóvel

A Faurecia (Figura 6) é uma empresa jovem e dinâmica, com uma perspetiva internacional

que se tornou rapidamente um líder global em quatro áreas de negócio: exterior e interior

de automóveis, tecnologia de controlo de emissões e assentos de automóveis.

Figura 6 – Logotipo Faurecia

Fonte: www.faurecia.com – Visitado em 11/03/2014

2.1.6 - Visão do Grupo PSA

A nível da Visão do Grupo destacam-se os seguintes aspetos:

Um passo à frente nos serviços e produtos;

Um grupo global;

Uma referência em eficácia operacional;

Um desenvolvimento responsável.

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2.2 - Centro de Produção de Mangualde (CPMG)

O CPMG é, atualmente, a maior empresa do distrito de Viseu e uma das maiores empresas

a laborar em Portugal. Ocupa o 10º lugar entre as maiores exportadoras do país.

2.2.1 - Números Chave de 2013

Relativamente ao CPMG são vistos os números chave:

56.713 Veículos Produzidos;

288 Veículos por dia;

1130 Efetivos;

81.000 Horas de Formação;

1.7 milhões de euros de investimento;

504 milhões de euros de faturação;

95% da produção é exportada.

O Centro de Mangualde (Figura 7) fabricou o primeiro veículo em 1964 com o Modelo

AZL. A produção nesse ano foi de 472 veículos.

Figura 7 – PCAP, S.A. - Mangualde

Fonte: PSA

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2.2.2 - Factos Marcantes

No CPMG consideram-se históricos os factos a seguir mencionados (Figura 8):

Em 1962 é constituída a sociedade com a maioria de capital nacional;

Dois anos depois é produzido o 1º veículo: o 2CV.

No início da década 90 é produzido o último 2CV para iniciar a produção do modelo AX.

Em 1997 é produzido o modelo SAXO. Dois anos depois inicia-se com os modelos Peugeot

Partner e Citroën Berlingo até aos dias de hoje.

No ano 2012 comemoraram-se os 50 anos do CPMG.

Figura 8 – Principais acontecimentos históricos da PCAP, S.A.

Fonte: PSA

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2.2.3 - Produção: Histórico de Modelos

A seguinte imagem (Figura 9) demonstra todos os modelos produzidos desde o início, até

aos dias de hoje. No centro da imagem estão os dois modelos produzidos atualmente no

CPMG, o Citroën Berlingo e o Peugeot Partner.

Figura 9 – Modelos produzidos no CPMG

Fonte: PSA

2.2.4 - O Centro na atualidade

Atualmente, o CPMG (Figura 10) funciona como unidade de montagem terminal de

veículos automóveis, produzindo os modelos das gamas Berlingo e Partner. Tem uma

produção anual (2013) de 288 veículos/dia.

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Figura 10 – CPMG na atualidade

Fonte: PSA

2.2.5 - Plano do Centro

Na Figura 11 encontra-se o plano do CPMG, com uma área total de quase 10 hectares,

sendo mais de 5 hectares superfície coberta.

Figura 11 – Plano do CPMG

Fonte: PSA

Superfície Total: 98.257 m2

Superfície Coberta: 52.432 m2

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2.2.6 - Os Setores do CPMG

2.2.6.1 - Logística

A missão da Logística (Figura 12) é entregar as peças aos fabricantes (Ferragem, Pintura e

Montagem e Bout d'Usine) no momento em que elas são precisas, com qualidade e ao

menor custo.

Estas peças, transportadas em camiões, são descarregadas, conferidas e armazenadas por

tipo de embalagem (contentor ou caixa) em zonas de stock distintas. Na Logística existem

dois grandes armazéns, um na Montagem e outro na Ferragem, divididos nas seguintes

zonas: "supermercado" de pequenas caixas, zonas de stock de contentores grandes e área de

abastecimento de bases rolantes e ainda zonas de preparação de carrinhos ou caixas para

serem entregues às linhas de montagem.

A entrega à linha é feita de três formas distintas: caixa a caixa em comboios de distribuição,

em contentores transportados por base rolante, ou então, peças preparadas e sequenciadas

unitariamente em carrinhos sincronizados, com o fluxo de veículos na linha.

Em todo este processo são usados meios de transporte 100% “verdes”, já que a única fonte

de energia utilizada é a elétrica.

Figura 12 – Setor da Logística

Fonte: PSA

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2.2.6.2 - Ferragem

O processo de fabrico de um automóvel inicia-se na linha de Ferragem (Figura 13), que se

ocupa da união das diferentes peças através da soldadura por resistência.

Estas peças são conjuntadas através de calibres pneumáticos com diferentes tamanhos e

complexidades distribuídas por diferentes linhas de produção.

Estes grandes conjuntos acabam depois por se unir numa linha de produção principal, onde

a carroçaria começa a ganhar forma.

Nas linhas de soldadura, as peças depois de fixas através de elementos mecânicos de

acionamento elétrico e pneumático, são soldadas através de grandes pinças

eletropneumáticas, que ao fazerem passar uma corrente elétrica através das chapas (entre

10.000 e 20.000 Amperes), fundem estas através do efeito de Joule criando assim a ligação

soldada, o chamado ponto de soldadura.

Figura 13 – Setor da Ferragem

Fonte: PSA

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2.2.6.3 – Pintura

Este setor define-se como sendo uma sucessão de operações que vão conferir ao veículo

capacidade de responder às exigências de resistência, às agressões do meio exterior

(mecânicas, químicas, etc.), de estanquicidade e estética (Figura 14).

No túnel de tratamento de superfície executa-se a limpeza, desengorduramento, capacidade

anticorrosão da chapa e também a capacidade de aderência da tinta à chapa.

Esta unidade assegura as seguintes operações:

CATAFORESE: 1ª camada de tinta aplicada através de eletrodeposição. Tem como

principal objetivo a anticorrosão da chapa.

ESTANQUECIDADE: Aplicação de mástique que impermeabiliza o veículo à água

e ao ruído.

PRIMÁRIO: 2ª camada de tinta que, para além de conferir resistência antigravilha e

aos raios UV à chapa, serve de base para aplicação das lacas promovendo o

aumento da capacidade de aderência.

BASE: Tem como principal função dar cor ao veículo. Pode ser opaca (com ou sem

verniz = Laca) ou pode ter efeitos metálicos ou nacarados sendo que neste caso o

acabamento é feito com verniz.

VERNIZ: Última aplicação que confere brilho à carroçaria e também resistência

química e mecânica à chapa, protegendo-a dos riscos.

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Figura 14 – Setor da Pintura

Fonte: PSA

2.2.6.4 - Montagem

Após a pintura da caixa, o processo seguinte é a Montagem (Figura 15). Neste setor, são

montadas cerca de 2050 peças, e apertados cerca de 600 parafusos e porcas, por cada carro.

Dividido em várias etapas, neste setor são montados todos os componentes, desde as peças

iniciais como as cablagens e tabliês, posteriormente os órgãos mecânicos como o motor,

terminando com a montagem de bancos e revestimentos interiores.

O setor é composto por uma linha principal de montagem, e várias linhas de subconjuntos,

que funcionam em síncrono e alimentam a linha principal.

No final, o veículo está pronto e é entregue ao departamento de qualidade que confirma o

respeito de todos os referenciais de qualidade.

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Figura 15 – Setor da Montagem

Fonte: PSA

2.2.6.5 - Bout d`Usine

A etapa final da produção de um veículo dá-se no Bout d'Usine (Figura 16), onde 100% dos

veículos são controlados no nível de aspeto, conformidades, esforço e barulhos.

Aquando da saída do veículo da linha de Montagem, este passa pelo banco de paralelismo

onde são regulados os faróis e é alinhada a direção.

De seguida, o veículo entra no banco polivalente onde é controlada a potência do veículo e

sistema de travagem e controlo funcional.

Passando primeiro por uma micropista onde é controlada a ausência de ruídos e verificada a

suspensão, o veículo é enviado para um duche, onde é submetido a um controlo de

estanquicidade.

Por fim, e, antes do veículo estar pronto para ser entregue ao cliente, o aspeto/conformidade

é controlado e avaliado, bem como a componente eletrónica.

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Figura 16 – Setor da Bout d` Usine

Fonte: PSA

2.2.6.6 – Unidade Técnica do Centro (UTC)

É aqui que se realiza a manutenção preventiva e curativa dos equipamentos de Fabricação e

Logística e, também das Instalações Gerais. Funcionando por turnos que acompanham a

fabricação, necessita também de estar presente nos períodos de paragem (fim de semana e

férias), para realizar tarefas próprias e acompanhar os trabalhos pilotados pelos Métiers.

Assegura também a pilotagem do sistema de Segurança e Proteção de Incêndio.

Esta unidade assegura as seguintes operações:

MÉTODOS MANUTENÇÃO: organização do processo de manutenção. Pilotagem

das melhorias de fiabilidade e rendimento das instalações, dos trabalhos de

paragem, dos consumos de energia e dos sistemas informáticos internos.

AMBIENTE: pilotagem do Sistema de Gestão Ambiental, de forma a que o Centro

respeite a Legislação Ambiental em vigor, e os Compromissos do Grupo a nível

mundial.

RIVS: pilotagem das evoluções dos veículos fabricados em Mangualde, de forma a

garantir uma perfeita coordenação de todo o Centro, na aplicação das definições

técnicas.

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STI: pilotagem do Esquema Diretor e dos investimentos.

2.2.7 - Produção: Veículos por dia

A produção do Centro (Gráfico 1) foi aumentando ao longo dos anos até 2008, com um

máximo de 285 veículos produzidos por dia. Em 2009, devido à crise económica mundial,

observa-se uma queda de produção diária para 166 unidades. Contudo houve um aumento

considerável no ano seguinte. Porém, até 2012, existiu novamente uma queda de produção.

Em 2013 a produção diária aumentou para 288 veículos por dia. Para o ano 2014 estima-se

que a produção venha a aumentar.

Gráfico 1 – Veículos produzidos por dia

Fonte: PSA

2.2.8 - Produção em 2012 por modelos

Em 2012, a produção de veículos Berlingo foi de 23.574 unidades (54%), já o modelo

Partner teve uma produção de 20.366 unidades (46%).

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2.2.9 - Destinos da Produção

Os principais destinos de produção do CPMG são (Figura 17): a Europa, o Norte de África

e América do Sul.

A nível das exportações, 95% da produção é exportada, apenas 5% fica no mercado

nacional.

Figura 17 – Destinos de Produção

Fonte: PSA

2.2.10 - Sistema de Management e de Segurança e Saúde

no Trabalho (SMST)

Na empresa PCAP, S.A. (Peugeot Citroën Automóveis Portugal, S.A.) a primeira

prioridade passa pela segurança de todos os colaboradores.

No SMST (Figura 18) existe o Compromisso da Direção acompanhada com uma Animação

Estruturada. De seguida, definem-se os Standards a serem aplicados com Papéis bem

Definidos e, por fim, como Alerta, utilizam-se Instrumentos de Controlo e Melhoria.

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Figura 18 – SMST

Fonte: PSA

2.2.11 - Qualidade de Produção

A satisfação do Cliente constitui o principal objetivo de todos os trabalhadores do CPMG.

Por isso, a Qualidade é prioritária e está presente ao longo de todo o processo produtivo.

Ferramentas do Sistema de Produção PSA Rigorosos:

Standards, Verificação do Respeito do standard, Autocontrolo, Andon, Portas de Qualidade

Garantida (PQG), Reatividade Controlo do Veículo Terminado (CVT)…

Sistema de Animação abrangente:

Unidade Elementar de Produção (UEP) /PQG/Equipas de Progresso, Animação Qualidade

Diária, Tratamento de defeitos produto/processo…

Formação e Reciclagem contínuas:

Formação específica aos colaboradores, ao seu posto de trabalho.

A reciclagem é a repetição dessas formações ao fim de um determinado período de tempo.

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2.2.12 - Evolução dos Efetivos

A evolução de efetivos no CPMG (Gráfico 2) até 2006 foi aumentando, chegando a um

máximo nesse ano de 1444 colaboradores.

Em 2009 houve uma redução drástica para 903 efetivos, tendo aumentado nos dois anos

seguintes, embora em 2012 se registasse uma nova queda para 870 efetivos.

Estas reduções foram causadas pela crise económica mundial, com a consequente extinção

do 3º turno.

Em 2013 o número de efetivos aumentou para 1130. Para o ano de 2014 estima-se que irá

diminuir o número de efetivos.

Gráfico 2 – Número de Efetivos

Fonte: PSA

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2.2.13 - Formação

O número total de horas da formação (Figura 19) foi diminuindo, ao longo dos 3 anos

apresentados.

Esta redução poderá ter explicação na contenção de custos por parte do Grupo PSA,

embora no ano de 2013 tenha registado um aumento significativo para 81.000 horas de

formação.

Figura 19 – Número de horas da Formação

Fonte: PSA

2.2.14 - PSA Excellence System

Integra todas as atividades do grupo PSA Peugeot Citroën.

Supõe o caminho para a excelência e implica trabalho em equipa e a participação de todos

na procura de soluções no terreno.

O seu objetivo é a excelência em matéria de qualidade, custos, prazos e benefícios para o

serviço de pessoal, dos clientes e dos acionistas do Grupo.

O Sistema de Produção PSA (SPP) forma parte do PSA Excellence System.

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O LEAN MANUFACTURING procura a melhoria contínua, otimizando todos os processos

e eliminando as operações que não fornecem valor à produção final,

2.2.15 - O CPMG e o meio envolvente

Principais objetivos da Política Ambiental do CPMG (Figura 20):

Redução de emissões para a atmosfera;

Diminuição e separação dos resíduos;

Redução do consumo de água, combustível, energia e matérias primas;

Melhoria contínua dos comportamentos ambientais.

Figura 20 – CPMG

Fonte: PSA

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2.2.16 - Certificações do CPMG

O Centro de Mangualde é certificado com as normas:

ISO 9001:2008 (Sistema de Gestão de Qualidade);

ISO 14001:2004 (Sistema de Gestão Ambiental).

Também está certificado contra “Riscos Altamente Protegidos (RHP), o nível mais elevado

no domínio da qualidade de risco de incêndio nas empresas industriais”.

A Certificação de acordo com a ISO 9001 reconhece o esforço da organização em assegurar

a conformidade dos seus produtos e/ou serviços, a satisfação dos seus clientes e a melhoria

contínua.

A Certificação do Sistema de Gestão da Qualidade é dirigida a qualquer organização

pública ou privada, independentemente da sua dimensão e setor de atividade.

A certificação de sistemas de gestão ambiental, suportados na norma de referência ISO

14001 constitui uma ferramenta essencial para as organizações que pretendam alcançar

uma confiança acrescida por parte dos clientes, colaboradores, comunidade envolvente e

sociedade, através da demonstração do compromisso voluntário com a melhoria contínua

do seu desempenho ambiental.

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Capítulo 3

O Estágio na PCAP, S.A.

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3.1 - Estágio na área da Formação

Durante três meses estagiei na Formação, mais precisamente na Escola de Formação da

PCAP, S.A., onde pude observar e aprender como funciona este setor e ainda, ter noção do

“mundo do trabalho”. Ir-se-á mencionar algumas das tarefas que realizei:

No primeiro dia foi realizado o acolhimento no CPMG, com uma breve

apresentação da empresa. De seguida, tive duas formações sobre a Quality Box e

Safety Box;

Estas duas formações e o acolhimento são sempre realizados, quando entra um novo

colaborador na empresa. Acompanhei sempre estas formações, ao longo do estágio;

No final, assina-se a respetiva folha de presenças para confirmar que realizaram as

formações e o acolhimento;

As formações são introduzidas num sistema informático e na Base de Dados da

Formação. Esse trabalho foi realizado sempre por mim, durante todo o estágio;

Caso o novo colaborador vá para o setor da Ferragem, Montagem ou Bout d`Usine,

além de ter o respetivo acolhimento, formação Safety Box e Quality Box, terá de se

submeter a Testes de Destreza;

Cada setor tem os seus próprios testes, tendo eu aplicado esses mesmos testes, com

o auxílio do meu supervisor;

Foram feitas as inscrições de pessoal, para uma formação a realizar pela empresa

“Bestcenter”;

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Inscrições dos formandos, na folha de cálculo Excel, para a frequência das

formações de Françês e SelfService, bem como a organização do horário dos grupos

para as respetivas formações;

Preparação da lista de presenças, para o chantier Management Control de 140

pessoas;

Colaborei no apoio logístico para a realização do chantier (transporte de mesas,

cadeiras, painéis, telas,…). Este material foi retirado de vários setores (Direção

Geral, UTC, Recursos Humanos (RSH), Pintura) e posto na Montagem onde se ia

realizar o evento. No final, foram repostos os materiais, nos respetivos lugares;

Este chantier considerou-se como uma formação. Como durou mais de 7 horas,

realizou-se uma Avaliação a Quente (apreciação da formação). Fui responsável

pelos questionários desta formação e, de os fazer chegar a todos os colaboradores

desta formação. Já preenchidos e entregues de novo à Formação, colocaram-se as

respostas dos participantes na Base de Dados da Formação. Com esses dados

inseridos, foi feito um estudo através dos indicadores, sendo possível fazer uma

avaliação positiva ou negativa dos participantes. Esta última parte foi feita com a

colaboração do meu Supervisor, que me mostrou, como se aplica;

Elaborei um trabalho acerca dos requisitos da certificação da Direção-Geral do

Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT) para a Escola de Formação. Este

trabalho foi apresentado pelo meu Supervisor ao seu Chefe do Departamento e à

Direção para tomarem conhecimento dos requisitos a submeter para certificação,

que à posteriori será aprovado ou não;

Visualização e ajuda ao meu Supervisor do Método dos 5 Porquês (resolução de

problemas), onde se indica o sintoma e se identificam as 5 causas, o porquê da

ocorrência do problema e os 5 porquês da não-deteção. Feito isto, deu-se início ao

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desenvolvimento do plano de ação corretivo (enumeração dos métodos a utilizar

para resolver o problema);

Organização/construção do gráfico formação Prevista (a que está planeada no plano

da formação) versus formação Não Prevista (a que não estava planeada);

Construção dos indicadores relativamente a cada mês da formação, realizada pelos

diversos setores;

Observação da construção de quadros informativos em formato Excel relativamente

ao mês de outubro, sobre o número de horas de formação dos colaboradores, bem

como o número de funcionários e o número de efetivos. Esta informação foi enviada

para a sede do Grupo;

Observação dos gastos da empresa, a nível geral, incluindo a formação;

Criação de um novo formulário com a respetiva folha de Presenças ao Exterior

(formação efetuada fora do CPMG);

Entrega de certificados aos colaboradores fruto de diversas formações;

Reserva de salas de formação para as diversas formações;

Planeamento para o ano de 2014 da formação SelfService numa nova divisão: Vision

Space;

Reunião no departamento de gestão, com uma colaboradora, para visualizar e

compreender como funciona a gestão do CPMG: observação de gastos e receitas.

Foi importante para mim, uma vez que se enquadra na minha área de licenciatura;

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Participação numa reunião com o meu Supervisor e um agente da empresa

formadora “SIXELA”, para a venda de formação ao exterior;

Elaborei, em Excel, os custos da formação a nível global para o Programa

Operacional Potencial Humano (POPH) dos anos: 2009, 2010, 2011, 2012 e 2013

(até outubro);

Assisti a uma reunião (trimestral) com os responsáveis pela formação dos setores.

Nesta reunião fez-se uma avaliação da formação dada e, da necessidade ou não de

se proporcionar mais formação aos colaboradores. Foram ainda tratadas outras

questões;

Colaborei no arranjo do espaço físico/montagem na tenda, para a formação Safety

Box II;

Criação do novo calendário de 2014 para a reserva de salas de formação;

Preenchimento do documento das horas e gastos abrangíveis com o POPH, em que

tive de ir ao departamento de Contabilidade para obter as faturas a apresentar para

esse fim.

3.2 - Escola de Formação

É na escola de formação que se realiza os testes de destreza, as formações e a gestão da

formação (Figura 21).

Foi aqui o meu local de trabalho, durante o estágio, juntamente com o meu Supervisor.

Tendo em conta que ao longo dos três meses de estágio fui acompanhando o que se fez

neste espaço, pude comprovar que a formação é essencial quer para o CPMG, quer para

outras empresas. Uma coisa aprendi: a formação é a base para obter um bom know-how e

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que a formação nunca é demais. Pude comprovar isso com colaboradores que já tinham

realizado certa formação e, já não estavam totalmente cientes do que tinham aprendido. Isto

reflete-se no trabalho do dia-a-dia e, os pequenos pormenores, podem fazer toda a

diferença, quer na qualidade do trabalho realizado, quer na segurança dos trabalhadores e

deles próprios. De salientar, que a primeira exigência desta empresa é a segurança.

Figura 21 – Escola de Formação

3.3 - Quality Box

Tal como o nome indica, neste espaço é possível ter o conhecimento, para que durante o

processo de produção, o risco de falhas na qualidade da produção dos veículos seja anulado

(Figura 22). Os colaboradores são acompanhados por um formador, para um melhor

desenvolvimento técnico da sua formação.

Existem riscos como: contaminações, comportamento inadequado e o grão (poeiras e areias

que podem depositar-se na viatura e podem comprometer a qualidade final).

Começando pelas contaminações, este risco evita-se quando:

Não existem produtos/ferramentas em contacto com a viatura;

Lavar as mãos antes de retomar o posto de trabalho;

Tocar nas viaturas apenas com luvas.

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O grão (poeiras, pós e areias) é evitado quando:

O uso correto dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI`s) adequados;

Restrições à entrada no setor de Pintura para que se evite a entrada de agentes

contaminantes vindos do exterior;

Manter sempre as portas dos ateliês fechados;

Não entrar nas cabines sem as toucas de proteção.

Perante estes riscos, o trabalhador deve ter um comportamento adequado. Ex: não fumar no

posto de trabalho, não se apoiar no veículo, o cuidado em abrir as portas, etc.

Deve assegurar o bom estado dos materiais. Ex: o bom estado das ferramentas, garantir o

bom funcionamento das instalações, em caso de haver algum problema alertar o

Responsável da Unidade (RU).

No posto de trabalho, o colaborador deve manter os postos limpos e arrumados, deixar os

objetos pessoais nos locais apropriados, etc.

Quanto às peças de aspeto (espelhos, tabliês, portas,…) não as deixar danificadas no posto

trabalho, manter as proteções das peças nas embalagens até à sua montagem e isolar a zona

de peças danificadas da zona da montagem.

Fig. 22 – Quality Box

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3.4 - Safety Box

Esta sala é onde se pode aprender e observar, com o respetivo formador os riscos no

trabalho, bem como os podemos evitar.

Os colaboradores têm de identificar os riscos apresentados e ter noção como devem

proceder em segurança (Figura 23). Por exemplo: passar nas passadeiras, respeitar a

sinalização, os empilhadores não levarem carga excessiva, entre outras.

Figura 23 – Circulação com Segurança

Fonte: PSA

A Figura 24 mostra as regras de circulação de peões e condutores. Aqui se encontram as

regras de sinalização, passagem de peões, empilhadores, entre outros.

São estas pequenas coisas que fazem a diferença. A segurança é essencial, uma vez que

trabalham 1250 pessoas e transitam no CPMG cerca de 60 camiões diários.

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Figura 24 – Regras de Circulação

Fonte: PSA

Na Figura 25, apresentam-se os EPI`s de trabalho. Cada setor tem os EPI`s que se adequam

para o efeito. Roda-se a roleta para se escolher um setor. Seguidamente o formando escolhe

os EPI`s adequados e coloca-os nos respetivos bonecos. Cabe ao formador corrigir o que

estiver mal.

Figura 25 – EPI`s

Fonte: PSA

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No final da formação é pedido aos formandos um compromisso em nome da segurança:

uma frase num papel que será afixada num painel.

3.5 - Teste de Atenção

O seguinte teste (Figura 26) tem como objetivo verificar a atenção dos formandos da

seguinte forma: numa folha A3, os formandos têm de assinalar com um círculo todos os

carateres iguais ao que se encontra no cimo da folha por baixo do nome e número. Esta

prova é cronometrada durante 10 minutos.

Figura 26 – Teste de Atenção

Fonte: PSA

3.6 - Teste de memória

O teste de memória consiste em memorizar uma sequência dada. Por exemplo: X E 9 5 Y

por alguns segundos e de seguida escrever na folha que se encontra na Figura 27, por

ordem alfabética as letras e os números por ordem crescente. À medida que decorrem as

sequências, o grau de dificuldade aumenta. Ex: O V A 2 W 7 4 N B 1. A seguir corrigem-se

as 18 sequências que irão ser submetidas num programa. No final, o trabalhador será

considerado APTO ou NÃO APTO, em consonância com os requisitos exigidos pela

empresa.

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Figura 27 – Folha Controlador

Fonte: PSA

3.7 - Testes de Destreza

Os testes de destreza são efetuados sempre que um novo colaborador entra na fábrica, ou

então, quando já trabalha na fábrica e pretende mudar de posto de trabalho.

Atualmente, existem 5 testes de destreza que são muito utilizados para avaliar as aptidões

dos funcionários: pinça de soldadura, da mástique, da memória visual, da deteção de

defeitos, da deteção de não-conformidade e da destreza fina - habilidade.

O teste com uma mástique (Figura 28) tem como objetivo percorrer com a

pistola/marcador 3 figuras geométricas (quadrado, trapézio e triângulo) dentro dos limites

sem tocar nas linhas, sem interromper e sem levantar a pistola/marcador. Repete-se

novamente o mesmo teste, mas agora com a outra mão. Este teste é feito para os

trabalhadores da Pintura.

Na Figura 28 encontra-se também o teste com a pinça de soldadura (ponta em espécie de

arco) que consiste em percorrer um cabo com a pinça de soldadura, sem tocar no cabo.

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Sempre que tocar, encontra-se do lado direito um aparelho que soma o número de vezes

que tocou no cabo. Este teste faz-se para os colaboradores da Ferragem.

Figura 28 – Teste de destreza da mástique e pinça de soldadura

O teste da memória visual (Figura 29) realiza-se para os colaboradores da Ferragem e da

Logística.

Este teste funciona da seguinte maneira: o formando visualiza e memoriza cada sequência

de cores em 10 segundos. Após isto, tapa-se a sequência e o formando deve reconstruí-la

com outras peças coloridas que tem à disposição.

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Figura 29 – Teste de destreza da memória visual

No teste da deteção de defeitos (Figura 30), o formando usando luvas, tem 5 minutos, para

detetar na porta de demonstração os principais defeitos que prejudicam a qualidade

pretendida. O teste aplica-se para trabalhadores da Ferragem.

Figura 30 – Teste de destreza da deteção de defeitos

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O teste de destreza da deteção de não-conformidade (Figura 31) é aplicado aos

colaboradores da Montagem, Logística e Ferragem.

O procedimento é o seguinte: colocar as cartas numeradas nas divisões também numeradas

correspondentes. As cartas que não têm correspondência nas divisões põem-se de lado. O

teste é cronometrado.

Figura 31 – Teste de destreza da deteção de não-conformidade

Por último o teste da destreza fina – habilidade (Figura 32) executa-se para a Ferragem e

Montagem.

Este teste trabalha-se da seguinte maneira: colocam-se as porcas nos parafusos na metade

esquerda da caixa, nas filas 1 à 3. As porcas devem ficar ao nível da extremidade do

parafuso. De seguida, nas filas 4 a 6 do mesmo lado coloca-se uma anilha e porca.

Transfere-se das filas 1-3-6 do lado esquerdo, para as filas 1-3-6 do lado direito, com as

respetivas anilhas e porcas.

No final é preciso arrumar as peças nos lugares originais. O teste é cronometrado.

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Figura 32 – Teste destreza fina – habilidade

Depois de realizados os testes de destreza, de atenção e de memória, estes serão corrigidos

e analisados. À posteriori e, com a ajuda de um programa, são introduzidos os resultados de

cada um dos colaboradores. Depois de analisados, estes saberão se estão aptos para ocupar

o cargo pretendido ou não.

3.8 - Folhas de Presenças e Base de Dados da Formação

A folha de presenças (Figura 33) está estruturada de forma simplificada para tornar fácil a

sua consulta. Preenchi algumas para formações que iam decorrendo, como por exemplo:

para as formações Selfservice, Management Control, Supervisor de Lançamentos/DAN.

No final da formação, é distribuída aos formandos para que fique registado a sua presença

na Base de Dados da Formação.

Todos os colaboradores possuem um número interno que é inserido na folha de presenças

para não haver confusões com outros nomes iguais, visto que é uma grande empresa e

muitos trabalhadores têm nomes semelhantes.

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47

Figura 33 – Folha de Presenças Formação

Fonte: PSA

Caso a formação seja realizada fora da empresa, ou seja, uma formação externa, então a

folha de presenças será idêntica, mas com a respetiva apreciação da formação que avalia as

condições materiais, os conhecimentos do formador, os métodos e meios praticados pelo

mesmo, as expetativas e objetivos e por fim a apreciação geral (Figura 34).

Centro de Produção de Mangualde

RSH/FOR

N.º CPMG ou Entidade Nome Rúbrica

Data:

Formandos: Hora:

N.º Nome Serviço Turno

AP.0501.02 – Índice de Modificação: 00

/ /

FOLHA DE PRESENÇAS - FORMAÇÃO

ACÇÃO DE FORMAÇÃO

Código da Formação:

Designação da Formação:

ASSINATURA DE PRESENÇA

Formador(es):

8 às 17 h

29-10-2013

8 às 17 h às

MANAGEMENT CONTROL

31-10-2013 / /30-10-2013

8 às 17 h às

UNIÃO EUROPEIA

Fundo Social Europeu

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48

Figura 34 – Folha de Presenças Externa

Fonte: PSA

Centro de Produção de Mangualde

RSH / FORM

N.º Nome Rúbrica

Data:

Formandos Hora:

N.º Nome Serviço Turno

Conteúdo programático / Sumário:

Duração (horas). Teórica: h - Prática: h

2) Código interno da PSA ou CPMG. Se não conhecido, será preenchido após a formação por RSH/FORM

AP.0501.05 – Índice de Modificação: 01

às

/ /

AÇÃO DE FORMAÇÃO

Código da Formação 2)

Designação da Formação

Formador(es) 3)

/ / / /

Rúbricas

às

/ /

às

FOLHA DE PRESENÇAS

FORMAÇÃO EXTERNA 1)

Objetivo da Formação: No final da Formação os formandos devem, ter conhecimentos teórico-práticos para

aplicação de / serem capazes de:

NOTAS: 1) A utilizar quando não for possível ficar com uma cópia da Folha de Presenças da Entidade Formadora

3) Preencher nome e apelido legível, Entidade Formadora e/ou Departamento e rubricar

/ /

às às

“Apreciação da Formação”

Colaborador

N.º

Nome:

Serviço:

Dados do curso

Código curso:

Designação:

Data:

Local:

Formadores:

Entidade Formadora:

Apreciação do formando

Acaba de assistir a um curso de formação. Solicitamos a sua opinião sobre a sua qualidade. As suas respostas permitirão melhorar as nossas formações, para que respondam o melhor possível às suas necessidades e às da empresa. Obrigado pela sua colaboração.

Agradecemos que nos indique o grau de satisfação sobre as seguintes questões:

1 - As Condições materiais : Local, equipamentos, etc.

2 - Os Conhecimentos do formador : Domínio do tema, clareza, resposta às questões, ambiente e participação, etc.

3 - Os Métodos e Meios empregues pelo formador: Repartição teórico / prática, suportes do curso, exercícios, demonstrações, apresentação, etc.

4 - Opinião relativa às expectativas e aos objectivos: Correspondência com o seu trabalho, respeito do programa do curso, etc.

5 - Apreciação geral da formação que acaba de receber:

6 - Comentários: Indique-nos comentários e sugestões sobre os pontos fortes e pontos fracos do curso de formação.

(se necessitar de mais espaço para comentários p.f. utilize o verso)

AI.0501.01 – IM 00

Nota: Este questionário deve aplicar-se aos cursos com 7 ou mais horas de duração, sendo opcional para os restantes cursos.

Sem Opinião

Excelentes

Sem Opinião

Sem Opinião

Muito

adaptados

Sem Opinião

Muito

Insuficientes Excelentes

Muito

inadaptadas

Sem Opinião

Muito inadaptados

O Colaborador __________________________

Data: / /

UNIÃO EUROPEIA Fundo Social Europeu

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Assim que as respetivas avaliações internas ou externas estejam preenchidas são entregues

ao responsável da formação, para que sejam inseridas na Base de Dados da Formação

(Gestão da Formação) e posteriormente arquivadas.

Na Base de Dados ficam registadas todas as formações. A cada formação será atribuído um

código. Esse código indica a designação da formação. Insere-se também a data, a hora, o

número de formandos, o formador e o número de horas da formação.

Também o número interno do formando e setor são inseridos nessa formação. No final, é

atribuído automaticamente um número de sessão da formação. Esse número permite

encontrar mais rapidamente a formação na base de dados. Posteriormente, na folha de

presenças, escreve-se o número de sessão e arquiva-se.

Com esta ajuda da informática é possível aos colaboradores da empresa consultar as

formações já realizadas dentro e fora da empresa, o dia, a hora, o local, o número de horas e

os formadores.

Esta atividade foi realizada por mim, ao longo do estágio.

3.9 - Qualidade da Formação e Taxa de Resposta

Com as formações inseridas no computador juntamente com as avaliações a Quente

(realizadas logo após a formação) feitas pelos colaboradores no final de cada mês,

realizam-se em termos estatísticos, gráficos para aferir as avaliações que se encontram

dentro dos objetivos pretendidos ou não, em nome da Qualidade da Formação. Se houver

uma qualidade fora dos objetivos então terão de se tomar medidas conjuntamente com

todos os responsáveis da formação, a fim de encontrar o melhor para os formandos e

empresa.

Verificada a Qualidade da Formação no Gráfico 3 é possível observar a percentagem de

satisfação relativamente a cada mês, tendo em conta que um objetivo de 85% tem de ser

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sempre alcançado. Os trabalhadores de uma forma geral estão satisfeitos com as formações

o que constitui um fator motivacional tanto para eles como para os responsáveis da

Formação.

Além disso, também se encontram as percentagens de satisfação dos formandos desde o

patamar de Muito Insatisfeito a Excelente e ainda uma média do Acumulado de 2013

acerca das formações que frequentaram.

Gráfico 3 – Qualidade da Formação

Fonte: PSA

A Taxa de Resposta (Gráfico 4) consiste numa relação entre os questionários entregues aos

formandos no final da formação e os questionários recebidos, tendo como objetivo uma

taxa de resposta de 95%.

Nos meses analisados o objetivo foi cumprido, uma vez que em janeiro, agosto e setembro

não foram registadas formações com mais de 7h e, portanto, não existiu a Avaliação a

Quente.

Acumulado Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez ACD - 2013

Objectivo (%) 85,0% 85,0% 85,0% 85,0% 85,0% 85,0% 85,0% 85,0% 85,0% 85,0% 85,0% 85,0% 85,0%

Grau Satisfação 86,5% 92,0% 95,8% 95,3% 84,7% 97,5% 99,3% 99,3% 99,3% 99,3% 94,9%

Excelente 29,4% 50,0% 70,8% 60,8% 17,6% 75,0% 93,3% 93,3% 93,3% 93,3% 67,7%

Muito Satisfeito 70,6% 40,0% 25,0% 36,5% 64,7% 25,0% 6,7% 6,7% 6,7% 6,7% 28,8%

Satisfeito 0,0% 10,0% 4,2% 2,7% 11,8% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 2,9%

Pouco Satisfeito 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 5,9% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,6%

Insatisfeito 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%

Muito Insatisfeito 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%

O

CPMG

RSH/FORM

QUALIDADE DA FORMAÇÃO

NOVEMBRO 2013

Atualizado em: 02-12-2013 - Freqüência : Mensal

Prop.:Idalécio Filipe - Resp.:Ângelo Silva (1242)

Código

Não Consolidado

Uso Interno

Definição do Indicador: Grau de satisfação resultante dos questionários entregue aos formandos, no f inal da formação (Avaliação a quente). Inquérito obrigatório para as formações em sala com duração > 7 horas e facultativo para as restantes.Média ponderada das respostas com base na seguinte Es cala de Ponderação: - Excelente: 5 <=> 100% - Muito Satisfeito: 4 <=> 80%- Satisfeito: 3 <=> 60% - Pouco Satisfeito: 2 <=> 40% - Insatisfeito: 1 <=> 20% - Muito Insatisfeito: 0 <=> 0%

86,5%92,0%

95,8% 95,3%

84,7%

97,5% 99,3% 99,3% 99,3% 99,3%94,9%

0%

25%

50%

75%

100%

85,0%

Grau Satisfação Objectivo (%)

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Gráfico 4 – Taxa de Resposta da Formação

Fonte: PSA

Feita a análise dos dados, estes são afixados na “Montra” (Figura 35), um espaço dedicado

a todos os dados da Formação, seus intervenientes, objetivos, tarefas, missão, pilotagem de

atividade, melhoria contínua, entre outros.

Figura 35 – Montra da Formação

Acumulado Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez ACD - 2013

Objectivo (%) 95% 95% 95% 95% 95% 95% 95% 95% 95% 95% 95% 95% 95%

Taxa de Resposta 96,8% 100,0% 100,0% 97,4% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 99,4%

Questionários

Entregues0 10 24 76 17 8 15 0 0 0 15,0

Questionários

Respondidos0 10 24 74 17 8 15 0 0 0 14,8

O

CPMG

RSH/FORM

Taxa de Resposta (Qualidade da Formação)

NOVEMBRO 2013

Atualizado em: 02-12-2013 - Freqüência : Mensal

Prop.:Idalécio Filipe - Resp.:Ângelo Silva (1242)

Código

Não Consolidado

Uso Interno

Definição do Indicador: Relação entre os questionários entregues aos formandos no final da formação e os recebidos.

96,8%100,0% 100,0% 97,4% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 99,4%

0%

25%

50%

75%

100%

95%

Taxa de Resposta Objectivo (%)

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Conclusão

Este estágio enquadra-se no curso de Gestão da Escola Superior de Tecnologia e Gestão

(ESTG) do Instituto Politécnico da Guarda (IPG) e, o presente relatório descreve algumas

das atividades desenvolvidas ao longo do estágio curricular com a duração de três meses na

Peugeot Citroën Automóveis de Portugal, S.A.

A realização deste projeto permitiu-me refletir sobre os principais objetivos vinculados e os

benefícios extraídos do estágio.

Este estágio também me proporcionou a oportunidade de ter uma vivência prática do

conhecimento adquirido ao longo da formação académica e contribuiu ainda para o

enriquecimento da minha formação profissional, possibilitando assim o desenvolvimento

de diversas capacidades de modo a estar mais seguro e preparado para o mercado de

trabalho, que neste momento é muito exigente.

Deixo aqui uma sugestão à Formação da PCAP, S.A. para, se assim o entenderem, haver a

“reciclagem” das formações, isto é, os trabalhadores poderem beneficiar de formação

contínua, por exemplo, de 2 em 2 anos nas formações Safety Box e Quality Box, uma vez

que a segurança e a qualidade do produto final são as prioridades da empresa.

De uma forma geral, esta experiência profissional revelou-se extremamente enriquecedora,

pois permitiu-me adaptar ao mundo de trabalho. A maior dificuldade que encontrei foi na

adaptação como formador, em ensinar alguns dos testes de destreza perante os formandos.

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Bibliografia

Obras ou Livros:

Bergamini, Cecília Whitaker, Motivação nas Organizações, Editora: Atlas, 1997;

Cesário, Francisco e Gomes, Jorge F. S., Investigação em Gestão de Recursos

Humanos, Escolar Editora, 2014;

Lobão, Júlio, O Factor Humano na Decisão Empresarial, Actual Editora, 2013.

Webgrafia:

www.apcer.pt/ - Visitado em 11/02/2014;

www.cmmangualde.pt/ - Visitado em 06/02/2014;

http://www.dgert.mtss.gov.pt/ - Visitado em 24/01/2014;

www.ine.pt/ - Visitado em 05/02/2014;

www.ipq.pt/ - Visitado em 11/02/2014;

www.mangualde.psa-peugeot-citroen.com/ - Visitado em 16/03/2014;

www.poph.qren.pt/ - Visitado em 19/01/2014;

www.psa-peugeot-citroen.com/ - Visitado em 18/03/2014;

www.turismodemangualde.pt/ - Visitado em 08/02/2014.