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Boletim j Manual de Procedimentos Veja nos Próximos Fascículos a IRPJ/CSL - Compensação de prejuízos fiscais a IRPJ/CSL - Incorporação, fusão e cisão a IRPJ/CSL/PIS-Pasep/ Cofins - Reabertura do parcelamento de débitos vencidos até 31.12.2013 – Prazo: 25.08.2014 (Lei nº 12.996/2014) Imposto de Renda e Legislação Societária Fascículo N o 33/2014 / a Tributos e Contribuições Federais CNPJ Nova regulamentação ................................... 01 IRPJ/CSL/Cofins/PIS-Pasep Adoção inicial das disposições da Lei nº 12.973/2014 - Observações gerais ............................................... 10 / a Legislação Falimentar Recuperação judicial e falência - Efeitos sobre a prescrição, as ações e as execuções ........................................ 12 / a IOB Comenta IRRF Definição do momento da ocorrência do fato gerador do IRRF sobre as importâncias pagas ou creditadas por pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas ....................................... 13 / a IOB Perguntas e Respostas CSL Encargos de depreciação - Bens não relacionados a atividade - Indedutibilidade ....................................... 14 IRPJ Depreciação de bens aguardando instalação - Inadmissibilidade .... 14

IOB - Imposto de Renda - nº 33/2014 - 3ª Sem Agosto · Prazo: 25.08.2014 (Lei nº 12.996/2014) Imposto de Renda ... Inscrição de ofício 12. Alteração de dados cadastrais 13

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    Manual de Procedimentos

    Veja nos Próximos Fascículos

    a IRPJ/CSL - Compensação de prejuízos fiscais

    a IRPJ/CSL - Incorporação, fusão e cisão

    a IRPJ/CSL/PIS-Pasep/ Cofins - Reabertura do parcelamento de débitos vencidos até 31.12.2013 – Prazo: 25.08.2014 (Lei nº 12.996/2014)

    Imposto de Renda e Legislação Societária

    Fascículo No 33/2014

    /a Tributos e Contribuições FederaisCNPJNova regulamentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01

    IRPJ/CSL/Cofins/PIS-PasepAdoção inicial das disposições da Lei nº 12.973/2014 - Observações gerais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

    /a Legislação FalimentarRecuperação judicial e falência - Efeitos sobre a prescrição, as ações e as execuções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12

    /a IOB ComentaIRRFDefinição do momento da ocorrência do fato gerador do IRRF sobre as importâncias pagas ou creditadas por pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

    /a IOB Perguntas e Respostas CSLEncargos de depreciação - Bens não relacionados a atividade - Indedutibilidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

    IRPJDepreciação de bens aguardando instalação - Inadmissibilidade . . . . 14

  • © 2014 by IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

    Capa:Marketing IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

    Editoração Eletrônica e Revisão: Editorial IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

    Telefone: (11) 2188-7900 (São Paulo)0800-724-7900 (Outras Localidades)

    Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei no 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998).

    Impresso no BrasilPrinted in Brazil Bo

    letim

    IOB

    Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

    Imposto de renda e legislação societária : CNPJ : nova regulamentação.... -- 10. ed. -- São Paulo : IOB Folhamatic EBS - SAGE, 2014. -- (Coleção manual de procedimentos)

    ISBN 978-85-379-2221-7

    1. Falência - Leis e legislação - Brasil 2. Imposto de renda - Leis e legislação - Brasil 3. Pessoa jurídica - Brasil 4. SIMPLES - Leis e legislação - Brasil I. Série.

    14-07832 CDU-34:336.2:347.72(81)

    Índices para catálogo sistemático:

    1. Brasil : Tributação : Empresas : Direito tributário 34:336.2:347.72(81)

  • Manual de ProcedimentosImposto de Renda e Legislação Societária

    Boletimj

    33-01Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 33 IR/LS

    CNPJ

    Nova regulamentação SUMÁRIO 1. Introdução 2. Entidades obrigadas à inscrição 3. Representante da entidade 4. Unidades cadastradoras 5. Competência das unidades cadastradoras 6. Comprovante de inscrição e de situação cadastral 7. Atos cadastrais 8. Atos cadastrais privativos do estabelecimento matriz 9. Inscrição 10. Impedimentos à inscrição 11. Inscrição de ofício 12. Alteração de dados cadastrais 13. Baixa da inscrição 14. Pessoa jurídica omissa contumaz 15. Pessoa jurídica inexistente de fato 16. Pessoa jurídica inapta 17. Pessoa jurídica com registro

    cancelado 18. Restabelecimento da inscrição 19. Nulidade do ato cadastral 20. Tipos de situação cadastral 21. Efeitos da inscrição inapta 22. Situação cadastral baixada 23. Situação cadastral nula 24. Convênios 25. Programa gerador de documentos do CNPJ

    1. INTRODUÇÃO

    O Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) com-preende as informações cadastrais das entidades de inte-resse das administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, cuja administração compete à Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB).

    Salienta-se que a prática de atos perante o CNPJ deve ser efetuada exclusivamente por meio da Internet, via Programa Gerador de Documentos do CNPJ (PGD CNPJ), utilizando a versão mais atualizada do Receita-Net, ou versão web, disponíveis no site da RFB (www.receita.fazenda.gov.br).

    Trataremos, a seguir, dos procedimentos relativos ao CNPJ, conforme a nova disciplina sobre o assunto intro-

    duzida pela Instrução Normativa RFB nº 1.470/2014, bem como das informações para preenchimento, constantes do Programa Gerador de Documentos do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (PGD CNPJ/Cadastro Sincro nizado), aprovado pela Instrução Normativa RFB nº 1.087/2010.

    2. ENTIDADES OBRIGADAS À INSCRIÇÃOTodas as pessoas jurídicas domiciliadas no Brasil,

    inclusive as equiparadas pela legislação do Imposto de Renda, estão obrigadas a inscrever no CNPJ cada um de seus estabelecimentos localizados no Brasil ou no exterior antes do início de suas atividades.

    Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios também devem possuir uma inscrição no CNPJ, na condição de matriz, que os identifique na qualidade de pessoa

    jurídica de direito público, sem prejuízo das inscrições de seus órgãos públicos, desde

    que se constituam em unidades gesto-ras de orçamento.

    2.1 Outras entidades obrigadas a se inscrever no CNPJSão também obrigados a se

    inscrever no CNPJ:I - órgãos públicos de qualquer dos

    Poderes da União, dos Estados, do Dis-trito Federal e dos Municípios, desde que se

    constituam em unidades gestoras de orçamento;II - condomínios edilícios, conceituados pelo art.

    1.332 da Lei nº 10.406/2002 (Código Civil);III - grupos e consórcios de sociedades, constituí-

    dos, respectivamente, na forma dos arts. 265 e 278 da Lei nº 6.404/1976;

    IV - consórcios de empregadores, constituídos na forma do art. 25-A da Lei nº 8.212/1991;

    V - clubes e fundos de investimento, constituídos segundo as normas da Comissão de Valores Mo-biliários (CVM);

    VI - representações diplomáticas estrangeiras no Brasil;

    VII - representações diplomáticas do Estado brasi-leiro no exterior;

    a Tributos e Contribuições Federais

    A competência para deferir atos

    cadastrais no CNPJ é do titular da unidade cadastradora com jurisdição sobre o domicílio tributário do estabelecimento a

    que se referir a solicitação, ou da pessoa por ele

    designada

  • 33-02 IR/LS Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 33 - Boletim IOB

    Manual de Procedimentos

    Imposto de Renda e Legislação Societária

    VIII - representações permanentes de organizações internacionais ou de instituições extraterrito-riais, no Brasil;

    IX - serviços notariais e de registro (cartórios), de que trata a Lei nº 8.935/1994, inclusive aque-les que ainda não foram objeto de delegação do Poder Público;

    X - fundos públicos a que se refere o art. 71 da Lei nº 4.320/1964;

    XI - fundos privados;XII - candidatos a cargos políticos eletivos e comi-

    tês financeiros dos partidos políticos e frentes plebiscitárias ou referendárias, nos termos de legislação específica;

    XIII - incorporação imobiliária objeto de opção pelo Regime Especial de Tributação (RET), de que trata o art. 1º da Lei nº 10.931/2004, na condi-ção de estabelecimento filial da incorporadora;

    XIV - comissões polinacionais, criadas por ato interna-cional celebrado entre o Brasil e outro(s) país(es);

    XV - entidades domiciliadas no exterior que, no País:a) sejam titulares de direitos sobre:1. imóveis;2. veículos;3. embarcações;4. aeronaves;5. contas-correntes bancárias;6. aplicações no mercado financeiro;7. aplicações no mercado de capitais; ou8. participações societárias;b) realizem:1. arrendamento mercantil externo (leasing); 2. afretamento de embarcações, aluguel de equipamentos e arrendamento simples; 3. importação de bens sem cobertura cambial, destinados à integralização de capital de empresas brasileiras; 4. investimentos;

    XVI - instituições bancárias do exterior que realizem operações de compra e venda de moeda es-trangeira com bancos no País, recebendo e entregando reais em espécie na liquidação de operações cambiais; e

    XVII - outras entidades, no interesse da RFB ou dos convenentes.

    O disposto no item XV não se aplica:

    a) aos direitos relativos à propriedade industrial (marcas e patentes); e

    b) aos investimentos estrangeiros mediante mecanis-mo de certificados representativos de ações ou ou-tros valores mobiliários (depositary receipts) emiti-dos no exterior, com lastro em valores mobiliários depositados em custódia específica no Brasil.

    3. REPRESENTANTE DA ENTIDADE

    O representante da entidade no CNPJ deve ser a pessoa física que tenha legitimidade para representá-la, conforme qualificações do Anexo V da Instrução Norma-tiva RFB nº 1.470/2014.

    3.1 Representante de entidade domiciliada no exterior

    No caso de entidade domiciliada no exterior, o seu representante no CNPJ deve ser o procurador, domiciliado no Brasil, com poderes para administrar os bens e direitos da entidade no País e representá-la perante a RFB.

    No caso de entidade domiciliada no exterior inscrita exclusivamente para realizar aplicações no mercado financeiro ou de capitais decorrerá automaticamente do seu registro na CVM, como investidor não residente no País, na forma da Instrução Normativa CVM nº 325/2000, vedada apresentação da solicitação de inscrição em unidade cadastradora do CNPJ.

    O representante na modalidade focalizada neste subtópico pode indicar um preposto para a prática de atos cadastrais da entidade no CNPJ, exceto para os atos de inscrição de estabelecimento matriz e de indica-ção, substituição ou exclusão de preposto.

    A indicação não elide a competência originária do representante da entidade no CNPJ.

    4. UNIDADES CADASTRADORAS

    São unidades cadastradoras do CNPJ aquelas competentes para deferir atos cadastrais das entidades no CNPJ, a partir da análise, sob os aspectos formal e técnico, das informações contidas na documentação apresentada pela entidade, quais sejam:

    I - no âmbito da RFB:a) Delegacias da Receita Federal do Brasil

    (DRF);b) Delegacia Especial da Receita Federal do

    Brasil de Administração Tributária (Derat);c) Delegacia Especial da Receita Federal do

    Brasil de Instituições Financeiras (Deinf);d) Delegacia Especial da Receita Federal do

    Brasil de Maiores Contribuintes (Demac) Rio de Janeiro;

    e) Inspetorias da Receita Federal do Brasil (IRF);

    f) Alfândegas da Receita Federal do Brasil (ALF); e

    g) Agências da Receita Federal do Brasil (ARF);II - no âmbito dos convenentes, as unidades desig-

    nadas no convênio firmado com a RFB.

    (Instrução Normativa RFB nº 1.470/2014, art. 8º)

  • 33-03Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 33 IR/LS

    Imposto de Renda e Legislação Societária

    Manual de Procedimentos

    5. COMPETÊNCIA DAS UNIDADES CADASTRADORAS

    A competência para deferir atos cadastrais no CNPJ é do titular da unidade cadastradora com jurisdição sobre o domicílio tributário do estabelecimento a que se referir a solicitação, ou da pessoa por ele designada.

    A competência é:

    a) do titular da unidade cadastradora com jurisdi-ção sobre o domicílio tributário do representante da entidade no CNPJ, no caso de entidade domi-ciliada no exterior;

    b) do titular da unidade cadastradora com jurisdi-ção sobre o novo endereço do estabelecimento, no caso de alteração de endereço que implique mudança na sua jurisdição;

    c) do titular da unidade cadastradora com jurisdição sobre o domicílio tributário do estabelecimento matriz da entidade domiciliada no Brasil, no caso de estabelecimento filial situado no exterior;

    d) do titular da unidade cadastradora com jurisdi-ção sobre o domicílio tributário do administra-dor, no caso de fundos e clubes de investimento constituídos no Brasil;

    e) do titular da DRF em Brasília, no caso de repre-sentações diplomáticas estrangeiras no Brasil e das representações diplomáticas do Estado bra-sileiro no exterior;

    f) do titular da unidade cadastradora com jurisdi-ção sobre o domicílio tributário da incorporadora, no caso de entidade baixada no CNPJ por incor-poração; e

    g) do titular, no âmbito dos convenentes, das unida-des designadas no convênio firmado com a RFB.

    6. COMPROVANTE DE INSCRIÇÃO E DE SITUAÇÃO CADASTRAL

    A comprovação da condição de inscrito no CNPJ e da situação cadastral é feita por meio do Comprovante de Inscrição e de Situação Cadastral, conforme modelo constante do Anexo III da Instrução Normativa RFB nº 1.470/2014, emitido no site da RFB na Internet (www.receita.fazenda.gov.br).

    O Comprovante de Inscrição e de Situação Cadas-tral contém as seguintes informações:

    a) número de inscrição no CNPJ, com a indicação de estabelecimento matriz ou filial;

    b) data de abertura;c) nome empresarial;d) nome de fantasia;e) atividades econômicas principal e secundárias;f) natureza jurídica;g) endereço;

    h) endereço eletrônico;i) telefone;j) ente federativo responsável, no caso de entida-

    des da administração pública;k) situação cadastral;l) data da situação cadastral;m) motivo da situação cadastral, quando diferente

    de ativa;n) situação especial, se for o caso, conforme Anexo

    IX da Instrução Normativa RFB nº 1.470/2014 e inciso II do § 2º;

    o) data da situação especial;p) data e hora de emissão do comprovante; eq) outras informações de interesse dos convenentes.

    7. ATOS CADASTRAIS

    7.1 Tipos de atos

    São atos cadastrais no CNPJ:

    a) inscrição;b) alteração de dados cadastrais e de situação ca-

    dastral;c) baixa de inscrição;d) restabelecimento de inscrição; ee) declaração de nulidade de ato cadastral.

    7.2 Solicitação de atos cadastrais

    Os atos cadastrais no CNPJ são solicitados por meio do Programa Gerador de Documentos (PGD CNPJ), disponível no site da RFB.

    O PGD CNPJ possibilita o preenchimento dos seguintes documentos eletrônicos:

    a) Ficha Cadastral da Pessoa Jurídica (FCPJ);b) Quadro de Sócios e Administradores (QSA); ec) Ficha Específica do convenente.

    Os documentos preenchidos por meio do PGD CNPJ devem ser transmitidos pela Internet, conforme orientações constantes do próprio aplicativo.

    O QSA deve ser apresentado somente pelas enti-dades relacionadas no Anexo VI da Instrução Normativa RFB nº 1.470/2014, conforme as qualificações constan-tes do citado Anexo.

    A Ficha Específica contém informações do esta-belecimento que sejam de interesse de convenente do Cadastro Sincronizado Nacional (CadSinc), instituído pelo Protocolo de Cooperação nº 1/2004, do I Encontro Nacional de Administradores Tributários (Enat).

    7.3 Formalização da solicitação

    As solicitações de atos cadastrais no CNPJ são formalizadas:

  • 33-04 IR/LS Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 33 - Boletim IOB

    Manual de Procedimentos

    Imposto de Renda e Legislação Societária

    a) pela remessa postal ou entrega direta do Do-cumento Básico de Entrada (DBE) ou Protocolo de Transmissão à unidade cadastradora de juris-dição do estabelecimento, acompanhado de:a.1) cópia autenticada do ato constitutivo, alterador

    ou extintivo da entidade, devidamente regis-trado no órgão competente, observada a ta-bela de documentos constante do Anexo VIII da Instrução Normativa RFB nº 1.470/2014;

    a.2) no caso de DBE:a.2.1) cópia autenticada do documento

    de identificação do signatário para conferência da assinatura, salvo quando reconhecido firma em car-tório, observado o disposto no art. 1º da Portaria RFB nº 1.880/2013;

    a.2.2) se assinado por procurador, cópia autenticada da procuração outor-gada pela entidade;

    a.2.3) se procuração por instrumento par-ticular, cópia autenticada do do-cumento de identificação do sig-natário da procuração para confe-rência da assinatura, salvo quan-do reconhecido firma em cartório, observado o disposto no art. 1º da Portaria RFB nº 1.880/2013;

    b) pela entrega direta da documentação solicitada para a prática do ato no órgão de registro que celebrou convênio com a RFB, acompanhada do DBE ou do Protocolo de Transmissão, exceto no caso de baixa de inscrição.

    7.4 DBE e Protocolo de TransmissãoNão havendo incompatibilidades nos documentos

    eletrônicos transmitidos pela Internet, na forma do subtó-pico 7.2, será disponibilizado para impressão o DBE, ou o Protocolo de Transmissão, no site da RFB na Internet.

    O DBE e o Protocolo de Transmissão:a) serão disponibilizados de acordo com os mo-

    delos constantes dos Anexos I e II da Instrução Normativa RFB nº 1.470/2014, respectivamente;

    b) ficarão disponíveis no site da RFB na Internet, pelo prazo de 90 dias, para impressão e enca-minhamento na forma do subtópico 7.3, obser-vando-se que a solicitação de ato cadastral no CNPJ será cancelada automaticamente no caso de descumprimento desse prazo.

    Vale mencionar que o DBE deve ser assinado pelo representante da entidade no CNPJ, por seu preposto ou procurador.

    O Protocolo de Transmissão substituirá o DBE quando a entidade for identificada pelo uso de certificado digital ou de senha eletrônica fornecida por convenente.

    7.4.1 DBE de pessoa física ou jurídica domiciliada no exterior

    Quando se tratar de sócio pessoa física ou jurídica domiciliado no exterior, deve acompanhar o DBE ou Protocolo de Transmissão a cópia autenticada da pro-curação que nomeia o seu representante legal no Brasil.

    A procuração outorgada no exterior deve ser auten-ticada por repartição consular brasileira, e estar acom-panhada de sua tradução juramentada, quando redigida em língua estrangeira.

    7.4.2 Microempreendedor individualO disposto neste tópico não se aplica à inscrição do

    microempreendedor individual (MEI) de que trata o § 1º do art. 18-A da Lei Complementar nº 123/2006, tendo em vista o trâmite especial do seu processo de registro.

    8. ATOS CADASTRAIS PRIVATIVOS DO ESTABELECIMENTO MATRIZSão privativos do estabelecimento matriz, por se tra-

    tar de dados cadastrais e situações que dizem respeito à entidade, os atos cadastrais relativos:

    a) ao nome empresarial;b) à natureza jurídica;c) ao capital social;d) ao porte da empresa;e) à indicação do novo estabelecimento matriz;f) ao representante da entidade no CNPJ;g) ao preposto;h) ao QSA;i) ao ente federativo responsável, no caso de enti-

    dades da Administração Pública;j) à falência;k) à recuperação judicial;l) à intervenção;m) ao inventário do empresário (individual) ou do ti-

    tular de empresa individual imobiliária ou de res-ponsabilidade limitada;

    n) à liquidação judicial ou extrajudicial;o) à incorporação;p) à fusão; eq) à cisão parcial ou total.

    9. INSCRIÇÃO

    A solicitação de inscrição no CNPJ de entidade domiciliada no Brasil deve observar o disposto no tópico 7, inclusive para o caso de estabelecimento no País de pessoa jurídica estrangeira.

    9.1 Inscrição de entidade domiciliada no exterior exclusivamente para realizar aplicações financeiras

    A inscrição no CNPJ de entidade domiciliada no exterior exclusivamente para realizar aplicações no mer-

  • 33-05Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 33 IR/LS

    Imposto de Renda e Legislação Societária

    Manual de Procedimentos

    cado financeiro ou de capitais decorre automaticamente do seu registro na CVM como investidor não residente no País, na forma da Instrução Normativa CVM nº 325/2000, vedada a apresentação da solicitação de inscrição em unidade cadastradora do CNPJ.

    Nesse caso, a inscrição no CNPJ é destinada, exclu-sivamente, à realização das aplicações no mercado financeiro ou de capitais.

    9.2 Inscrição de entidade domiciliada no exterior sujeita ao Cademp

    A inscrição no CNPJ de entidade domiciliada no exterior nas hipóteses a seguir mencionadas decorre automatica-mente do seu cadastramento no Cadastro de Empresas (Cademp) do Bacen, vedada a apresentação da solici-tação de inscrição em unidade cadastradora do CNPJ:

    a) titulares de direitos sobre participações societárias;b) realizem:

    b.1) arrendamento mercantil externo (leasing);b.2) afretamento de embarcações, aluguel de

    equipamentos e arrendamento simples; b.3) importação de bens sem cobertura cam-

    bial, destinados à integralização de capital de empresas brasileiras;

    b.4) investimentos;c) instituições bancárias do exterior que realizem ope-

    rações de compra e venda de moeda estrangeira com bancos no País, recebendo e entregando reais em espécie na liquidação de operações cambiais.

    A inscrição no CNPJ obtida na forma deste subtó-pico pode ser utilizada para todas as finalidades, exceto para aquelas descritas no subtópico 9.1.

    A inscrição no CNPJ de entidade domiciliada no exterior não enquadrada na forma deste tópico ocorrerá na forma disciplinada nos subtópicos 7.2 a 7.4.

    10. IMPEDIMENTOS À INSCRIÇÃO

    Impede a inscrição no CNPJ:

    a) representante da entidade ou seu preposto, sem inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) ou cuja inscrição seja inexistente ou esteja can-celada ou nula;

    b) integrante do QSA da entidade:b.1) no caso de pessoa jurídica: sem inscrição

    no CNPJ ou cuja inscrição seja inexistente ou esteja baixada ou nula;

    b.2) no caso de pessoa física: sem inscrição no CPF ou cuja inscrição seja inexistente ou esteja cancelada ou nula;

    c) no caso de clubes ou fundos de investimento constituídos no Brasil, administrador sem inscri-ção no CNPJ ou cuja inscrição seja inexistente ou esteja baixada ou nula, ou representante da

    administradora no CNPJ sem inscrição no CPF ou cuja inscrição seja inexistente ou esteja can-celada ou nula;

    d) no caso de estabelecimento filial, estabelecimen-to matriz da entidade sem inscrição no CNPJ ou cuja inscrição seja inexistente ou esteja baixada ou nula; ou

    e) não atendimento das demais condições restriti-vas estabelecidas em convênio com a RFB.

    11. INSCRIÇÃO DE OFÍCIOA inscrição no CNPJ será realizada de ofício pelo

    Delegado da DRF, da Derat, da Deinf, da Delegacia Espe-cial da Receita Federal do Brasil de Fiscalização (Defis), Delegacia Especial da Receita Federal do Brasil de Fis-calização de Comércio Exterior (Delex), ou da Demac Rio de Janeiro, que jurisdiciona o estabelecimento:

    a) quando o Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil (AFRFB), no exercício de suas funções, constatar a existência de entidade não inscrita no CNPJ e não for atendida, pelo representante da entidade, a intimação para providenciar sua inscrição no prazo de 10 dias; ou

    b) no interesse da administração tributária, à vista de documentos comprobatórios.

    A inscrição de ofício pode ser realizada pelos conve-nentes, conforme disposto em convênio.

    12. ALTERAÇÃO DE DADOS CADASTRAISA entidade está obrigada a atualizar no CNPJ qual-

    quer alteração referente aos seus dados cadastrais até o último dia útil do mês subsequente ao de sua ocorrência.

    No caso de alteração sujeita a registro, o prazo é contado a partir da data do registro da alteração no órgão competente.

    A alteração de dados cadastrais de entidade domici-liada no exterior inscrita no CNPJ na forma do subtópico 9.2 está condicionada à indicação do representante da entidade a que se refere o subtópico 3.1.

    Cabe ao representante legal nomeado atualizar no CNPJ as ocorrências relativas às seguintes situações es-peciais, detalhadas no Anexo IX da Instrução Normativa nº 1.470/2014:

    a) liquidação judicial ou extrajudicial;b) falência;c) recuperação judicial;d) intervenção; oue) inventário do empresário (individual) ou do titular

    da empresa individual imobiliária ou de respon-sabilidade limitada.

    13. BAIXA DA INSCRIÇÃO

    A baixa da inscrição no CNPJ, da entidade ou do estabelecimento filial, deve ser solicitada até o 5º dia útil

  • 33-06 IR/LS Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 33 - Boletim IOB

    Manual de Procedimentos

    Imposto de Renda e Legislação Societária

    do segundo mês subsequente ao da ocorrência de sua extinção nas seguintes situações, conforme o caso:

    a) encerramento da liquidação voluntária, judicial ou extrajudicial;

    b) incorporação;c) fusão;d) cisão total;e) encerramento do processo de falência, com ex-

    tinção das obrigações do falido; ouf) transformação em estabelecimento matriz de ór-

    gão público inscrito como estabelecimento filial, e vice-versa.

    A baixa da inscrição no CNPJ não impede que, posteriormente, sejam lançados ou cobrados impostos, contribuições e respectivas penalidades.

    13.1 Impedimentos à baixa

    Impede a baixa da inscrição da entidade no CNPJ:

    a) existência de situação impeditiva para obtenção de certidão negativa de débitos;

    b) QSA desatualizado, no caso das entidades rela-cionadas no Anexo VI à Instrução Normativa RFB nº 1.470/2014; ou

    c) não atendimento das demais condições restriti-vas estabelecidas em convênio com a RFB.

    Os impedimentos listados nas letras “a” a “c” não se aplicam à baixa:

    a) decorrente de incorporação, fusão ou cisão total da entidade quando a sucessora é entidade do-miciliada no Brasil;

    b) de estabelecimento filial, ficando suas pendên-cias fiscais sob responsabilidade da entidade.

    13.2 Baixa de ME ou EPP optante ou não pelo Simples Nacional

    No caso de baixa de microempresas (ME) ou empresas de pequeno porte (EPP), definidas pelo art. 3º da Lei Com-plementar nº 123/2006, optantes ou não pelo Simples Na-cional, que estejam sem movimento há mais de 12 meses:

    a) não se aplicam os impedimentos listados no sub-tópico 13.1;

    b) constitui impedimento a situação cadastral sus-pensa, nas hipóteses dos incisos IV e V do art. 36, ou inapta, na hipótese do inciso III do art. 37, todos da Instrução Normativa RFB nº 1.470/2014;

    c) sua solicitação deve ser analisada no prazo de 60 dias contados do recebimento dos documen-tos pela RFB;

    d) ultrapassado o prazo previsto sem manifestação da RFB, efetiva-se a baixa de sua inscrição no CNPJ; e

    e) não há impedimento para que, posteriormente, sejam lançados ou cobrados impostos, contri-

    buições e respectivas penalidades, decorrentes da simples falta de recolhimento ou da prática, comprovada e apurada em processo administra-tivo ou judicial, de outras irregularidades pratica-das pelo empresário, pela empresa ou por seus sócios ou administradores, reputando-se como solidariamente responsáveis o titular, os sócios e os administradores do período de ocorrência dos respectivos fatos geradores.

    O disposto no subtópico 13.2 aplica-se ao MEI inde-pendentemente da ausência de movimento.

    13.3 Baixa da inscrição de entidade domiciliada no exterior

    A baixa da inscrição de entidade domiciliada no exterior inscrita no CNPJ na forma do subtópico 9.2 deve ser precedida da indicação do representante da entidade a que se refere o subtópico 3.1.

    13.4 Baixa de ofício

    Pode ser baixada de ofício a inscrição no CNPJ da pessoa jurídica:

    a) omissa contumaz: a que, estando obrigada, dei-xar de apresentar declarações e demonstrativos por 5 ou mais exercícios, se, intimada por edital, não regularizar sua situação no prazo de 60 dias contados da data da publicação da intimação;

    b) inexistente de fato, assim entendida aquela que:b.1) não disponha de patrimônio e capacidade

    operacional necessários à realização de seu objeto, inclusive a que não comprovar o capital social integralizado;

    b.2) não for localizada no endereço constante do CNPJ, bem como não forem localizados os integrantes do seu QSA, seu represen-tante no CNPJ e seu preposto; ou

    b.3) se encontre com as atividades paralisadas, salvo se enquadrada nas hipóteses de si-tuação cadastral suspensa:b.3.1) domiciliada no exterior, encontran-

    do-se na situação cadastral ativa, deixar de ser alcançada, tempora-riamente, pelas situações previstas no subtópico 2.1, item XV;

    b.3.2) solicitar baixa de sua inscrição no CNPJ, enquanto a solicitação estiver em análise ou caso seja indeferida;

    b.3.3) interromper temporariamente suas atividades;

    c) inapta: a que, tendo sido declarada inapta, não tenha regularizado sua situação nos 5 exercícios subsequentes, exceto na hipótese de irregulari-dade em operações de comércio exterior, assim considerada aquela que não comprovar a origem,

    http://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/ins/2011/in11832011.htm#Anexos#Anexos

  • 33-07Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 33 IR/LS

    Imposto de Renda e Legislação Societária

    Manual de Procedimentos

    a disponibilidade e a efetiva transferência, se for o caso, dos recursos empregados em operações de comércio exterior, na forma prevista em lei;

    d) com registro cancelado: a que esteja extinta, can-celada ou baixada no respectivo órgão de registro.

    13.5 Baixa de MEI

    A inscrição do MEI nos órgãos e entidades respon-sáveis pela sua legalização será cancelada quando, no prazo de 180 dias, for recebida a comunicação de can-celamento por ocasião da manifestação contrária à pos-sibilidade de que o MEI exerça suas atividades no local indicado no registro. Nesse caso, a prefeitura municipal deve notificar o interessado, fixando prazo para a trans-ferência da sede de suas atividades, sob pena de can-celamento do Termo de Ciência e Responsabilidade com Efeito de Alvará de Licença e Funcionamento Provisório.

    Nessa situação, a baixa da inscrição do MEI dis-pensa a emissão de ADE.

    14. PESSOA JURÍDICA OMISSA CONTUMAZ

    No caso de pessoa jurídica omissa contumaz de que trata o subtópico 13.4, letra “a”, cabe à Cocad providenciar sua intimação por meio de edital, publicado no Diário Oficial da União (DOU), no qual a pessoa jurídica deve ser identificada apenas pelo seu número de inscrição no CNPJ.

    A regularização da situação da pessoa jurídica intimada dá-se mediante apresentação das declarações e demonstrativos exigidos, por meio da Internet, ou com-provação de sua anterior apresentação, na unidade da RFB que a jurisdiciona.

    Decorridos 90 dias da publicação do edital de intimação, a Cocad deve publicar Ato Declaratório Executivo (ADE) no DOU, com a relação das inscrições no CNPJ das pes-soas jurídicas que regularizaram sua situação, tornando automaticamente baixadas as inscrições das demais pessoas jurídicas relacionadas no edital de intimação.

    O disposto neste tópico não elide a competência do Delegado da DRF, da Derat, da Deinf, da Defis, da Delex ou da Demac Rio de Janeiro, que jurisdiciona a pessoa jurídica.

    15. PESSOA JURÍDICA INEXISTENTE DE FATO

    No caso de pessoa jurídica inexistente de fato, de que trata o subtópico 13.4, letra “b”, o procedimento administrativo de baixa deve ser iniciado por represen-tação consubstanciada com elementos que evidenciem qualquer das pendências ou situações descritas.

    O Delegado da DRF, da Derat, da Deinf, da Defis, da Delex ou da Demac Rio de Janeiro, que jurisdiciona a pessoa jurídica, acatando a representação, deve intimar a pessoa jurídica, por meio de edital publicado no site da RFB ou, alternativamente, no DOU, a regularizar, no

    prazo de 30 dias, sua situação ou contrapor as razões da representação, suspendendo sua inscrição no CNPJ a partir da publicação do edital.

    Na falta de atendimento à intimação, ou quando não acatadas as contraposições apresentadas, a inscrição no CNPJ deve ser baixada pelo respectivo Delegado, por meio de ADE, publicado no site da RFB, ou no DOU, no qual devem ser indicados o nome empresarial e o número de inscrição da pessoa jurídica no CNPJ.

    A pessoa jurídica que teve a inscrição baixada pode solicitar o seu restabelecimento mediante prova em pro-cesso administrativo:

    a) de que dispõe de patrimônio e capacidade ope-racional necessários à realização de seu objeto, no caso do subtópico 13.4, letra “b.1”;

    b) de sua localização ou da localização dos inte-grantes do seu QSA, do seu representante no CNPJ ou do seu preposto, no caso do subtópico 13.4, letra “b.2”; e

    c) do reinício de suas atividades, no caso do subtó-pico 13.4, letra “b.3”.

    O restabelecimento da inscrição da pessoa jurídica baixada deve ser realizado pelo respectivo Delegado, por meio de ADE, publicado no site da RFB, ou no DOU, no qual devem ser indicados o nome empresarial e o número de inscrição da pessoa jurídica no CNPJ.

    16. PESSOA JURÍDICA INAPTA

    No caso de pessoa jurídica inapta, de que trata o subtópico 13.4, letra “c”, cabe à Cocad emitir ADE, publicado no site da RFB na Internet, com a relação das inscrições baixadas no CNPJ.

    O disposto neste tópico não elide a competência do Delegado da DRF, da Derat, da Deinf, da Defis, da Delex ou da Demac Rio de Janeiro, que jurisdiciona a pessoa jurídica, para adotar as medidas mencionadas anterior-mente, publicando o ADE no site da RFB ou no DOU.

    17. PESSOA JURÍDICA COM REGISTRO CANCELADO

    No caso de pessoa jurídica com registro cancelado, de que trata o subtópico 13.4, letra “d”, cabe à Cocad emitir ADE, publicado no site da RFB na Internet, com a relação das inscrições baixadas no CNPJ.

    O disposto neste tópico não elide a competência do Delegado da DRF, da Derat, da Deinf, da Defis, da Delex ou da Demac Rio de Janeiro, que jurisdiciona a pessoa jurídica, para adotar as medidas aqui previstas, publicando o ADE no site da RFB ou no DOU.

    18. RESTABELECIMENTO DA INSCRIÇÃO

    A entidade ou o estabelecimento filial cuja inscrição no CNPJ estiver na situação cadastral baixada poderá ter sua inscrição restabelecida:

  • 33-08 IR/LS Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 33 - Boletim IOB

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    a) a pedido, desde que comprove estar com seu registro ativo no órgão competente; ou

    b) de ofício, quando constatado o seu funcionamento.

    O restabelecimento da inscrição aplica-se também:

    a) à entidade que está na situação cadastral inapta, não localizada, ou seja, a que não for localizada no endereço constante do CNPJ, caso comprove que o endereço constante do CNPJ está atualizado; e

    b) à entidade ou ao estabelecimento filial, conforme o caso, cuja inscrição foi suspensa na hipótese de possuir inconsistência(s) em seus dados ca-dastrais, desde que comprove a regularização da(s) inconsistência(s) cadastral(is).

    O pedido de que trata a letra “a” supra:

    a) deve observar o disposto nos subtópicos 7.2 e 7.3; e

    b) não se aplica às entidades que estejam na situa-ção cadastral baixada, na hipótese do subtópico 13.4, “b”.

    19. NULIDADE DO ATO CADASTRAL

    Deve ser declarada a nulidade do ato cadastral no CNPJ quando:

    a) houver sido atribuído mais de um número de ins-crição no CNPJ para o mesmo estabelecimento;

    b) for constatado vício no ato cadastral; ouc) houver sido atribuída inscrição no CNPJ a entida-

    de ou estabelecimento filial não enquadrado no tópico 2.

    Esse procedimento é de responsabilidade do titular da unidade da RFB que jurisdiciona o estabelecimento, devendo dar publicidade da nulidade por meio de ADE, publicado no site da RFB ou no DOU.

    20. TIPOS DE SITUAÇÃO CADASTRAL

    A inscrição no CNPJ, da entidade ou do estabele-cimento filial, pode ser enquadrada nas seguintes situa-ções cadastrais:

    a) ativa;b) suspensa;c) inapta;d) baixada; oue) nula.

    20.1. Situação cadastral ativa

    A inscrição no CNPJ é enquadrada na situação cadastral ativa quando a entidade ou o estabelecimento filial, conforme o caso, não se enquadra em nenhuma das situações cadastrais citadas nas letras “b” a “e” do tópico 20.

    20.2 Situação cadastral suspensa

    A inscrição no CNPJ será enquadrada na situação cadastral suspensa quando, conforme o caso, a enti-dade ou o estabelecimento filial:

    a) domiciliada no exterior, encontrando-se na si-tuação cadastral ativa, deixar de ser alcançada, temporariamente, pelas situações previstas no subtópico 2.1, item XV;

    b) solicitar baixa de sua inscrição no CNPJ, en-quanto a solicitação estiver em análise ou caso seja indeferida;

    c) for intimada na forma do § 1º do art. 29 da Instru-ção Normativa RFB nº 1.470/2014;

    d) for intimada na forma do § 1º do art. 40 da Instru-ção Normativa RFB nº 1.470/2014;

    e) apresentar indício de interposição fraudulenta de sócio ou titular, na situação prevista pelo § 2º do art. 3º do Decreto nº 3.724/2001, enquanto o res-pectivo processo estiver em análise;

    f) interromper temporariamente suas atividades;g) não reconstituir, no prazo de 210 dias, a plurali-

    dade de sócios do seu QSA; ouh) tiver sua suspensão determinada por ordem judi-

    cial; ou i) possuir inconsistência(s) em seus dados cadas-

    trais.

    A suspensão da inscrição no CNPJ nas hipóteses das letras “a” e “f” ocorre por solicitação da entidade ou do estabelecimento filial, conforme o caso, mediante comunicação da interrupção temporária de suas ativida-des, na forma dos subtópicos 7.2 e 7.3.

    20.3 Situação cadastral inapta

    Pode ser declarada inapta a inscrição no CNPJ da pessoa jurídica:

    a) omissa de declarações e demonstrativos: a que, es-tando obrigada, deixar de apresentar declarações e demonstrativos em 2 exercícios consecutivos;

    b) não localizada: a que não for localizada no ende-reço constante do CNPJ; ou

    c) com irregularidade em operações de comércio exterior: a que não comprovar a origem, a dispo-nibilidade e a efetiva transferência, se for o caso, dos recursos empregados em operações de co-mércio exterior, na forma prevista em lei.

    O disposto neste subtópico não se aplica à entidade domiciliada no exterior.

    21. EFEITOS DA INSCRIÇÃO INAPTA

    Sem prejuízo das sanções previstas na legislação, a pessoa jurídica cuja inscrição no CNPJ tenha sido declarada inapta é:

  • 33-09Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 33 IR/LS

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    a) incluída no Cadastro Informativo de Créditos Não Quitados do Setor Público Federal (Cadin);

    b) impedida de:b.1) participar de concorrência pública;b.2) celebrar convênios, acordos, ajustes ou

    contratos que envolvam desembolso, a qualquer título, de recursos públicos, e res-pectivos aditamentos;

    b.3) obter incentivos fiscais e financeiros;b.4) realizar operações de crédito que envol-

    vam a utilização de recursos públicos; eb.5) transacionar com estabelecimentos bancá-

    rios, inclusive quanto à movimentação de contas-correntes, à realização de aplicações financeiras e à obtenção de empréstimos.

    O impedimento de transacionar com estabelecimen-tos bancários a que se refere a letra “b.5” não se aplica a saques de importâncias anteriormente depositadas ou aplicadas.

    É considerado inidôneo, não produzindo efeitos tributários em favor de terceiro interessado, o documento emitido por pessoa jurídica cuja inscrição no CNPJ tenha sido declarada inapta.

    Os valores constantes do documento de que tratam as letras “a” e “b” não podem ser:

    a) deduzidos como custo ou despesa, na determi-nação da base de cálculo do Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) e da Contri-buição Social sobre o Lucro (CSL);

    b) deduzidos na determinação da base de cálculo do Imposto sobre a Renda das Pessoas Físicas (IRPF);

    c) utilizados como crédito do Imposto sobre Produ-tos Industrializados (IPI), e da contribuição para o PIS/Pasep e da Contribuição para o Financia-mento da Seguridade Social (Cofins) não cumu-lativos;

    d) utilizados para justificar qualquer outra dedução, abatimento, redução, compensação ou exclusão relativa aos tributos administrados pela RFB.

    A pessoa jurídica com inscrição declarada inapta tem sua inscrição enquadrada na situação cadastral ativa após regularizar todas as situações que motivaram a inaptidão.

    21.1 Créditos tributários da pessoa jurídica inapta

    O encaminhamento, para fins de inscrição e exe-cução, de créditos tributários relativos à pessoa jurídica cuja inscrição no CNPJ tenha sido declarada inapta, nas hipóteses do subtópico 20.3, deve ser efetuado com a indicação dessa circunstância e da identificação dos responsáveis tributários correspondentes.

    22. SITUAÇÃO CADASTRAL BAIXADA

    A inscrição no CNPJ é enquadrada na situação cadastral baixada quando a entidade ou o estabeleci-mento filial, conforme o caso, tiver sua solicitação de baixa deferida, na forma do tópico 13, ou na hipótese de baixa de ofício, conforme o subtópico 13.4.

    23. SITUAÇÃO CADASTRAL NULA

    A inscrição no CNPJ é enquadrada na situação cadastral nula quando for declarada a nulidade do ato de inscrição da entidade ou do estabelecimento filial, na forma do tópico 19.

    24. CONVÊNIOS

    No âmbito do CNPJ, a RFB pode celebrar convê-nios com:

    a) as administrações tributárias dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, inclusive suas autarquias, órgãos e entidades da administração pública federal e órgãos de registro de entida-des, objetivando:a.1) o intercâmbio de informações cadastrais;a.2) a integração dos respectivos cadastros; ea.3) a prática de atos cadastrais no CNPJ;

    b) o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Peque-nas Empresas (Sebrae), objetivando cooperação técnica ou transferência, em meio eletrônico, de informações relativas ao CNPJ.

    Os convênios observam modelo aprovado pela RFB.

    Na hipótese de convênio celebrado com órgãos de registro, de que trata a letra “a”, a entidade pode ser dis-pensada da apresentação dos documentos arquivados nos referidos órgãos.

    Para efeito de implantação do convênio, o conve-nente deve, previamente:

    I - proceder à adequação da legislação relativa ao seu cadastro de entidades às normas do CNPJ;

    II - implantar estrutura de comunicação de dados que permita conexão com o sistema eletrônico do CNPJ, observados os padrões estabelecidos pela RFB;

    III - prover local e pessoal para atendimento ao pú-blico; e

    IV - compatibilizar seus cadastros com o CNPJ.

    O cumprimento das exigências supramencionadas deve ser verificado previamente à celebração de convê-nios entre a RFB e:

    1) as administrações tributárias dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, inclusive suas autarquias, e órgãos e entidades da Administra-ção Pública Federal:

  • 33-10 IR/LS Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 33 - Boletim IOB

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    Imposto de Renda e Legislação Societária

    a) pela Coordenação-Geral de Gestão de Ca-dastros (Cocad) da RFB, quanto aos itens I, III e IV supra; e

    b) pela Coordenação-Geral de Tecnologia da Informação (Cotec) da RFB, quanto ao item II;

    2) os órgãos de registro de entidades:a) pela Equipe de Cadastro (ECD) da Supe-

    rintendência Regional da Receita Federal do Brasil (SRRF) da respectiva jurisdição, quanto ao item III; e

    b) pela Divisão de Tecnologia da Informação (Ditec) da SRRF da respectiva jurisdição, quanto ao item II.

    25. PROGRAMA GERADOR DE DOCUMENTOS DO CNPJ

    A Instrução Normativa RFB nº 1.087/2010 aprovou o Programa Gerador de Documentos do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (PGD CNPJ/Cadastro Sincronizado) e o Programa Gerador de Documentos do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (PGD CNPJ versão web).

    N

    IRPJ/CSL/COFINS/PIS-PaSeP

    Adoção inicial das disposições da Lei nº 12.973/2014 - Observações gerais SUMÁRIO 1. Introdução 2. Opção 3. “Mecânica” das apurações do IRPJ e da CSL - Breve

    histórico 4. Saldos de RTT em 31.12.2013 ou 31.12.2014

    1. INTRODUÇÃO

    Por meio da Instrução Normativa RFB nº 1.469/2014, a Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) estabe-leceu as regras para a opção pela aplicação, no ano- -calendário de 2014, das disposições constantes da Lei nº 12.973/2014, conforme previsão constante do seu art. 75.

    A referida lei altera a legislação tributária federal relativa ao Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ), à Contribuição Social sobre o Lucro (CSL), à contribuição para o PIS-Pasep, à Cofins, e revoga o Regime Tributário de Transição (RTT), instituído pela Lei nº 11.941/2009.

    De uma forma geral, a referida Instrução Normativa estabelece que a pessoa jurídica pode optar pela aplicação, para o ano-calendário de 2014, das dispo-

    sições contidas nos seguintes dispositivos da Lei nº 12.973/2014:

    a) arts. 1º, 2º e 4º a 70, que alteram diversos dispo-sitivos da legislação tributária federal; e

    b) arts. 76 a 92, que dispõem sobre a tributação em bases universais.

    Caso a empresa não faça a opção, o RTT será mantido para o ano-calendário de 2014. Já a partir do ano-calendário de 2015, a adoção das normas da Lei nº 12.973/2014 passará a ser obrigatória.

    2. OPÇÃO

    As opções supramencionadas são independentes e deverão ser manifestadas na Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF) referente aos fatos geradores ocorridos no mês de maio de 2014. Observa-se que o exercício da opção não produzirá efeito quando a entrega da DCTF ocorrer fora do prazo. Veja mais sobre o assunto no subitem .1.2 do texto divulgado no fascículo nº 32/2014, pág. 1, sob o título: “DCTF”.

    2.1 Início de atividade, fusão ou cisão

    No caso de início de atividade ou de surgimento de nova pessoa jurídica em razão de fusão ou cisão, no ano-calendário de 2014, as referidas opções deverão ser manifestadas na DCTF referente aos fatos geradores ocorridos no 1º mês de atividade.

    Caso o 1º mês de início de atividade ou de surgi-mento de nova pessoa jurídica em razão de fusão ou cisão ocorrer no período de janeiro a abril de 2014, as opções devem, nesse caso, ser exercidas na DCTF referente aos fatos geradores ocorridos no mês de maio de 2014.

    Nota-se que as opções serão irretratáveis e acarre-tarão a observância, a contar de 1º.01.2014, de todas as alterações trazidas pelos dispositivos da Lei nº 12.973/2014 anteriormente citados.

    3. “MECÂNICA” DAS APURAÇÕES DO IRPJ E DA CSL - BREVE HISTÓRICO

    Até a edição da Lei nº 11.941/2009 (instituidora do RTT), tínhamos a seguinte situação para fins de apura-ção do IRPJ e da CSL:

    Lucro contábil (padrão 2007)(+-) Ajustes no Livro de Apuração do Lucro Real (Lalur)(=) Lucro tributável

    Com a edição da Lei nº 11.941/2009, a legislação comercial passou a observar as normas internacionais de contabilidade. No entanto, o aparato fiscal não era adequado para recepcionar as alterações. Foi nesse

  • 33-11Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 33 IR/LS

    Imposto de Renda e Legislação Societária

    Manual de Procedimentos

    momento que surgiu a necessidade da criação do RTT até que o Fisco alinhasse a legislação fiscal com as novas normas contábeis. Desse modo, a partir da edi-ção da Lei nº 11.941/2009, passamos a ter uma situação especial para fins de apuração do lucro tributável. A situação estava assim estruturada:

    Lucro contábil (padrão IFRS)(+-) Ajustes RTT/Fcont(=) Lucro contábil (padrão 2007)(+-) Ajustes no Lalur(=) Lucro tributável.

    Como se observa, o RTT teve (assim como tem para os não optantes em 2014) como principal função trazer a contabilidade das empresas para o padrão 2007 - o padrão que a legislação fiscal “entendia” e aceitava.

    Agora, com a edição da Lei nº 12.973/2014, a legis-lação fiscal passou a acompanhar a legislação comercial, ou seja, passou a admitir, formalmente, a existência e apli-cação das normas internacionais. Desse modo, a partir da edição da referida lei, os “ajustes RTT/FCont” passam a ser desnecessários na apuração do lucro tributável para os optantes pelas novas normas a partir de 2014. Deste modo, a partir de 2014 para os optantes e, a partir de 2015, para todas as empresas, passamos a ter a seguinte configuração na apuração do lucro tributável:

    Lucro contábil (padrão IFRS)(+-) Ajustes no e-Lalur(=) Lucro tributável

    Como podemos observar, a partir da edição da Lei nº 12.973/2014, a legislação fiscal passou a “aceitar” e “entender” a nova contabilidade (padrão IFRS).

    4. SALDOS DE RTT EM 31.12.2013 OU 31.12.2014

    Vimos anteriormente que a adoção das regras da Lei nº 12.973/2014 pode, por opção, ser aplicada já em 2014 e, obrigatoriamente, a partir de 2015.

    Diante dessa situação, haverá diferenças positivas e negativas em relação às contas do ativo e do passivo provenientes da aplicação das “novas regras” contá-beis, tais como ajuste a valor presente, ajuste a valor justo etc.

    Sobre essas diferenças, a Lei nº 12.973/2014 se pronunciou no seguinte sentido:

    Art. 66. A diferença positiva entre o valor de ativo e a diferença negativa no valor do passivo mensurado de acordo com as disposições da Lei nº 6.404/1976, e o valor mensurado pelos métodos e critérios vigentes em 31 de dezembro de 2007, deve ser adicionada na determina-ção do lucro real e da base de cálculo da CSL, salvo se o contribuinte evidenciar contabilmente essa diferença em subconta vinculada ao ativo, para ser adicionada à medida

    de sua realização, inclusive mediante depreciação, amorti-zação, exaustão, alienação ou baixa.

    Art. 67. A diferença negativa entre o valor de ativo e a diferença positiva no valor do passivo mensurado de acordo com as disposições da Lei nº 6.404/1976, e o valor mensurado pelos métodos e critérios vigentes em 31 de dezembro de 2007, não poderá ser excluída na determi-nação do lucro real e da base de cálculo da CSL, salvo se o contribuinte evidenciar contabilmente essa diferença em subconta vinculada ao ativo para ser excluída à medida de sua realização, inclusive mediante depreciação, amortiza-ção, exaustão, alienação ou baixa.

    Na prática, isso significa dizer que as diferenças provenientes da aplicação das “novas normas” contá-beis em relação àquelas aplicáveis até 2007, para não causarem reflexos fiscais, deverão ser passíveis de rastreamento na contabilidade.

    4.1 Alguns exemplos

    4.1.1 Ajuste a Valor Justo

    O valor positivo e negativo deverá ser segregado em subcontas distintas vinculadas aos respectivos ativos e passivos.

    O ganho (ajuste positivo) computado no lucro real pela realização de ativos (depreciação, amortização, exaustão, alienação ou baixa) ou liquidação do passivo será tributado de imediato se o ajuste a valor justo não for controlado em conta específica.

    A perda (ajuste negativo) será dedutível pela rea-lização do ativo (depreciação, amortização, exaustão, alienação ou baixa) ou liquidação ou baixa do passivo. A perda não será dedutível caso não seja feito o controle em subconta específica.

    4.1.2 Ajuste a Valor Presente (AVP)

    Direitos: o AVP deve ser computado na determina-ção do lucro real no mesmo período em que a receita ou resultado da operação for oferecido à tributação. A receita deve ser computada pelo valor integral conforme documento fiscal (nota fiscal).

    Obrigações: o AVP deverá ser computado na deter-minação do lucro real no período em que:

    a) o bem for revendido;b) o bem for utilizado como insumo na produção de

    bens ou serviços;c) se der a realização do ativo (via depreciação,

    exaustão, amortização, alienação ou baixa);d) a despesa for incorrida; ee) o custo for incorrido.

    A despesa será computada com base em seu valor “integral” conforme documentos fiscais.

    N

  • 33-12 IR/LS Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 33 - Boletim IOB

    Manual de Procedimentos

    Imposto de Renda e Legislação Societária

    a Legislação FalimentarRecuperação judicial e falência - Efeitos sobre a prescrição, as ações e as execuções SUMÁRIO 1. Introdução 2. Efeitos 3. Prazo de suspensão na recuperação judicial 4. Comunicação sobre a propositura de ações 5. Execuções fiscais na recuperação judicial

    1. INTRODUÇÃONeste texto, focalizaremos as normas que constam

    da Lei nº 11.101/2005 (Lei Falimentar), art. 6º, relativas à suspensão do curso da prescrição e das ações e exe-cuções em face do devedor (empresário ou sociedade empresária)/nos casos de decretação de falência ou de deferimento de recuperação judicial.

    2. EFEITOSO caput do art. 6º dispõe que a decretação da falên-

    cia ou o deferimento do processamento da recuperação judicial suspendem o curso da prescrição e de todas as ações e execuções em face do devedor, inclusive aquelas dos credores particulares do sócio solidário.

    Importa salientar, porém, que:a) o § 1º ressalva que a ação que demandar quantia

    ilíquida terá prosseguimento no juízo no qual es-tiver se processando, ou seja, não ocorre a sus-pensão das ações de conhecimento contra o em-presário ou a sociedade empresária cuja falência tenha sido decretada ou que tenha obtido o deferi- mento do processamento da recuperação judicial;

    b) por seu turno, o § 2º estabelece que é permitido pleitear, perante o administrador judicial, habilita-ção, exclusão ou modificação de créditos deriva-dos da relação de trabalho. Contudo, as ações de natureza trabalhista, inclusive as impugnações de crédito (art. 8º), serão processadas perante a justiça especializada até a apuração do respec-tivo crédito, que será inscrito no quadro geral de credores pelo valor determinado em sentença.

    O juiz competente para ambas as ações supraci-tadas poderá determinar a reserva da importância que estimar devida na recuperação judicial ou na falência. Uma vez reconhecido líquido o direito, o crédito será incluído na classe própria (art. 6º, § 3º).

    Notas(1) A regra mencionada na letra “b” deste item é aplicável à recupe-

    ração judicial durante o período de suspensão referido no item 3 a seguir. Todavia, após o fim da suspensão, as execuções trabalhistas poderão ser normalmente concluídas, ainda que o crédito já esteja inscrito no quadro ge-ral de credores (art. 6º, § 5º).

    (2) A distribuição do pedido de falência ou de recuperação judicial pre-vine a jurisdição para qualquer outro pedido de recuperação judicial ou de falência, relativo ao mesmo devedor (art. 6º, § 8º).

    3. PRAZO DE SUSPENSÃO NA RECUPERAÇÃO JUDICIAL

    O art. 6º, § 4º, dispõe que, na recuperação judicial, a suspensão mencionada no item 2 em hipótese nenhuma excederá o prazo improrrogável de 180 dias, contado do deferimento do processamento da recuperação.

    Após o decurso desse prazo, fica restabelecido o direito dos credores de iniciar ou continuar suas ações e execuções, independentemente de pronunciamento judicial.

    4. COMUNICAÇÃO SOBRE A PROPOSITURA DE AÇÕES

    Independentemente da verificação periódica perante os cartórios de distribuição, as ações que vierem a ser propostas contra o devedor deverão ser comunicadas ao juízo da falência ou da recuperação judicial (art. 6º, § 6º):

    a) pelo juiz competente, por ocasião do recebimen-to da petição inicial;

    b) pelo devedor, imediatamente após a citação.

    5. EXECUÇÕES FISCAIS NA RECUPERAÇÃO JUDICIAL

    De acordo com a lei falimentar, as execuções de natureza fiscal não são suspensas pelo deferimento da recuperação judicial, ressalvada a concessão de parce-lamento nos termos do Código Tributário Nacional e da legislação ordinária específica (art. 6º, § 7º).

    A respeito dos créditos fiscais, cabe ainda registrar a norma sobre cobrança judicial inscrita no Código Tributário Nacional (Lei nº 5.172/1966), art. 187 (na redação dada pela Lei Complementar nº 118/2005), que transcrevemos a seguir:

    Art. 187. A cobrança judicial do crédito tributário não é sujeita a concurso de credores ou habilitação em falência, recuperação judicial, concordata, inventário ou arrola-mento.

    Parágrafo único. O concurso de preferência somente se verifica entre pessoas jurídicas de direito público, na seguinte ordem:

    I - União;

    II - Estados, Distrito Federal e Territórios, conjuntamente e pró rata;

    III - Municípios, conjuntamente e pró rata.

    N

  • 33-13Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 33 IR/LS

    Imposto de Renda e Legislação Societária

    Manual de Procedimentos

    IRRF

    Definição do momento da ocorrência do fato gerador do IRRF sobre as importâncias pagas ou creditadas por pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas

    Estão sujeitas à incidência do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF), à alíquota de 1,5%, as importân-cias pagas ou creditadas por pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas, civis ou mercantis, pela prestação de serviços caracterizadamente de natureza profissional (RIR/1999, art. 647).

    O IRRF deve ser retido sobre a importância total paga ou creditada à pessoa jurídica beneficiária, observando--se que:

    a) se considera pagamento do rendimento a en-trega de recursos, inclusive mediante crédito em instituição financeira, a favor do beneficiário (RIR/1999, art. 38, parágrafo único);

    b) se entende por crédito o registro contábil, efetuado pela fonte pagadora, pelo qual o rendimento é co-locado, incondicionalmente, à disposição do be-neficiário (Parecer Normativo CST nº 121/1973).

    Ocorre, todavia, que nem sempre foi pacífico o entendimento de que o lançamento contábil, por si só, configurava fato gerador da retenção do IRRF, conforme veremos a seguir.

    A Divisão de Tributação da Superintendência Regional da Receita Federal da 1ª Região Fiscal (SRRF01/Disit - DF, GO, MS, MT e TO) havia concluído, por meio da Solução de Consulta SRRF 01/Disit nº 60, de 18.08.2011, que o mero lançamento contábil não tem o poder de configurar o fato gerador do tributo, visto que o beneficiário teria de possuir (adquirir) disponibilidade econômica ou jurídica do produto de seu serviço profis-sional, ao passo que a 2ª Região Fiscal (SRRF08/Disit - São Paulo), por meio da Solução de Consulta nº 338, de 10.12.2002, concluiu que, ocorrendo em primeiro lugar, o crédito contábil das referidas importâncias, nominal a beneficiária, incondicional e não sujeito a termo, confi-gurava-se o fato gerador, devendo ser retido o imposto neste momento.

    Assim dispõem as ementas das soluções apontadas como divergentes:

    “Solução de Consulta SRRF01/DISIT nº 60, de 18 de agosto de 2011

    Ocorrendo em primeiro lugar o crédito das importâncias devidas a pessoas jurídicas, civis ou mercantis, pela pres-tação de serviços caracterizadamente de natureza profis-sional, nominal às beneficiárias, incondicional e não sujeito a termo, configura-se o fato gerador, devendo ser retido o imposto neste momento.

    O mero lançamento contábil não tem o poder de configurar o fato gerador do tributo. O beneficiário terá que possuir (adquirir) disponibilidade econômica ou jurídica do pro-duto de seu serviço profissional.”

    “Solução de Consulta SRRF08/DISIT nº 338, de 10 de dezembro de 2002

    A retenção do imposto de renda na fonte incidente sobre as importâncias devidas por pessoa jurídica a outra pessoa jurídica pela prestação de serviços caracterizadamente de natureza profissional (auditoria) deve ser feita quando da ocorrência do fato gerador, que corresponde ao paga-mento ou crédito, o que ocorrer primeiro.

    Ocorrendo em primeiro lugar o crédito contábil das referi-das importâncias, nominal a beneficiária, incondicional e não sujeito a termo, configura-se o fato gerador, devendo ser retido o imposto neste momento.”

    Pela análise das ementas das mencionadas soluções de consultas, verifica-se que a divergência é quanto ao fato de a primeira não admitir “o mero lançamento contá-bil” como ato constitutivo do fato gerador do tributo, e a segunda admitir o crédito contábil nominal ao beneficiário do rendimento como marco para a retenção do Imposto de Renda na fonte, no caso de importâncias creditadas, a que se refere o art. 647 do RIR/1999.

    Para encerrar essa discussão (divergência), a Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), reconhecendo a exis-tência de conflito entre as Soluções de Consulta, decidiu reformá-las e publicar a Solução de Divergência Cosit nº 26/2013 (DOU 1 de 16.04.2014), e esclarecer, finalmente, que considera ocorrido o fato gerador do IRRF, no caso de importâncias creditadas, na data do lançamento con- tábil efetuado por pessoa jurídica, nominal ao fornecedor do serviço, a débito de despesas em contrapartida com o crédito de conta do passivo, à vista da nota fiscal ou fatura emitida pela contratada e aceita pela contratante.

    Esclarece, ainda, que a retenção do IRRF incidente sobre as importâncias creditadas por pessoa jurídica a outra pessoa jurídica pela prestação de serviços caracterizadamente de natureza profissional se dará na data da contabilização do valor dos serviços prestados, considerando-se, a partir desta data, o prazo para o recolhimento.

    a IOB Comenta

  • 33-14 IR/LS Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 33 - Boletim IOB

    Manual de Procedimentos

    Imposto de Renda e Legislação Societária

    CSL

    Encargos de depreciação - Bens não relacionados a atividade - Indedutibilidade

    1) A depreciação de veículos não utilizados nas atividades da empresa é dedutível para fins da apura-ção da base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro (CSL)?

    Não. Somente são dedutíveis para fins da apuração da base de cálculo da CSL as despesas de depreciação, amortização, manutenção, reparo, conservação, impos-tos, taxas, seguros, contraprestações de arrendamento mercantil e aluguel, relativos a bens móveis ou imóveis intrinsecamente relacionados com a produção ou a comercialização de bens e serviços.

    Para esse efeito, consideram-se intrinsecamente relacionados com a produção ou comercialização:

    a) os bens móveis e imóveis utilizados no desempe-nho das atividades de contabilidade;

    b) os bens imóveis utilizados como estabelecimen-to da administração;

    c) os bens móveis utilizados nas atividades operacio-nais, instalados em estabelecimento da empresa;

    d) os veículos do tipo caminhão, caminhoneta de cabine simples ou utilitário, utilizados no trans-porte de mercadorias e produtos adquiridos para revenda, de matéria-prima, produtos intermediá-rios e de embalagem aplicados na produção;

    e) os veículos do tipo caminhão, caminhoneta de cabine simples ou utilitário, as bicicletas e moto-cicletas utilizados pelos cobradores, comprado-res e vendedores nas atividades de cobrança, compra e venda;

    f) os veículos do tipo caminhão, caminhoneta de cabine simples ou utilitário, as bicicletas e moto-

    cicletas utilizados nas entregas de mercadorias e produtos vendidos;

    g) os veículos de transporte coletivo de empregados;h) os bens móveis e imóveis utilizados em pesquisa

    e desenvolvimento de produtos ou processos;i) os bens móveis e imóveis próprios, locados pela

    pessoa jurídica que tenha a locação como objeto de sua atividade;

    j) os bens móveis e imóveis objeto de arrendamen-to mercantil nos termos da Lei nº 6.099/1974, pela pessoa jurídica arrendadora;

    k) os veículos utilizados na prestação de serviços de vigilância móvel, pela pessoa jurídica que te-nha por objeto essa espécie de atividade.

    (Lei nº 9.249/1995, art. 13, III; Instrução Normativa SRF nº 11/1996, art. 25)

    IRPJ

    Depreciação de bens aguardando instalação - Inadmissibilidade

    2) Um bem que se encontra em depósito aguar-dando a instalação pode ser depreciado?

    Não. Para a legislação do Imposto de Renda, o bem adquirido, ou construído, registrado no Ativo Imobilizado somente poderá ser depreciado depois de instalado, posto em serviço ou em condições de produzir.

    A depreciação decorre do desgaste pela efetiva utilização e, enquanto estiver o bem em depósito, não está cumprindo sua função. Por isso, não é suscetível de depreciação.

    (RIR/1999, art. 305, § 2º)

    Veja, a seguir, a íntegra da Solução de Divergência Cosit nº 26/2013:

    Assunto: Imposto sobre a Renda Retido na Fonte - IRRF

    Ementa: FATO GERADOR – MOMENTO DE OCORRÊNCIA – PRESTAÇÃO DE SERVIÇO – DE NATUREZA PROFISSIONAL – IMPORTÂNCIAS CREDITADAS.

    Considera-se ocorrido o fato gerador do imposto de renda na fonte, no caso de importâncias creditadas, na data do lan-çamento contábil efetuado por pessoa jurídica, nominal ao fornecedor do serviço, a débito de despesas em contrapar-tida com o crédito de conta do passivo, à vista da nota fiscal ou fatura emitida pela contratada e aceita pela contratante. A retenção do imposto de renda na fonte, incidente sobre as

    importâncias creditadas por pessoa jurídica a outra pessoa jurídica pela prestação de serviços caracterizadamente de natureza profissional, se dará na data da contabilização do valor dos serviços prestados, considerando-se a partir desta data o prazo para o recolhimento.

    Dispositivos Legais: Art. 647 do Regulamento do Imposto de Renda - RIR/1999 (Decreto nº 3.000, de 26 de março de 1999); Parecer Normativo CST nº 07, de 02/04/86; Parecer Normativo CST nº 121, de 31 de agosto de 1973 e arts. 43, 114, 116, incisos I e II, e 117, incisos I e II, do Código Tri-butário Nacional (Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966).

    N

    a IOB Perguntas e Respostas

    http://sv-tomcat-01d.iob.com.br:8080/workflow/visualizarhtmlfromxml?destino=d 3000-1999 art 647#d 3000-1999 art 647http://sv-tomcat-01d.iob.com.br:8080/workflow/visualizarhtmlfromxml?destino=d 3000-1999 art 647#d 3000-1999 art 647http://sv-tomcat-01d.iob.com.br:8080/workflow/visualizarhtmlfromxml?destino=d 3000-1999 art 647#d 3000-1999 art 647http://sv-tomcat-01d.iob.com.br:8080/workflow/visualizarhtmlfromxml?destino=lei 5172-1966 art 43#lei 5172-1966 art 43http://sv-tomcat-01d.iob.com.br:8080/workflow/visualizarhtmlfromxml?destino=lei 5172-1966 art 114#lei 5172-1966 art 114http://sv-tomcat-01d.iob.com.br:8080/workflow/visualizarhtmlfromxml?destino=lei 5172-1966 art 116#lei 5172-1966 art 116http://sv-tomcat-01d.iob.com.br:8080/workflow/visualizarhtmlfromxml?destino=lei 5172-1966 art 117#lei 5172-1966 art 117http://sv-tomcat-01d.iob.com.br:8080/workflow/visualizarhtmlfromxml?destino=lei 5172-1966 art 117#lei 5172-1966 art 117

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