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UFJF - Arquitetura e Urbanismo - Técnicas Retrospectivas I

ISENÇÃO DE IMPOSTO/ OUTORGA ONEROSA

O papel dos instrumentos

urbanísticos

“Instrumento urbanístico” é o termoutilizado para referir-se ao conjunto de ações

legalmente possíveis ao Poder Público parai n t e r v i r n o s p r o c e s s o s u r b a n o s eespecialmente na produção do espaço,r e g u l a m e n t a n d o , c o n t r o l a n d o o udirecionando-a .

Mecanismo dado ao Estado para

capacitá-lo a conduzir a relação dialéticaentre Estado e mercado, base da produçãodo espaço da cidade.

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ISENÇÃO DE IMPOSTO/ OUTORGA ONEROSA

No que tange a preservação de edifíciose áreas urbanas possuidoras de valor cultural otombamento se constituiu, durante muitotempo, como o principal e quase únicoinstrumento de preservação dos mesmos.

Contudo, dispomos hoje de um númeromaior de possibilidades de intervenção. Desde1988, com a nova Constituição Federal,obteve-se um conceito de patrimônio maisabrangente, a notável conquista do registrocomo instrumento de proteção e salvaguardado patrimônio imaterial, além da divisão dasatribuições concorrente das três esferas degoverno a proteção ao patrimônio cultural .

O papel dos instrumentosurbanísticos

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O papel dos instrumentosurbanísticos

Com o reconhecimento da função socialda propriedade no “Art. 225 – todos têmdireito ao mesmo ambiente ecologicamenteequilibrado, bem de uso comum do povo eessencial à sadia qualidade de vida,

impondo-se ao Poder Publico e à coletividadeo dever de defendê-lo e preservá-lo para aspresentes e futuras gerações”, também, em1988, abriu-se a possibilidade de aprovaçãoda Lei No 10.257/2001, conhecida comoEstatuto da Cidade .

Nela está presente um conjunto deimportantes instrumentos urbanísticos, jurídicose tributários capazes de colaborar napreservação do patrimônio cultural, junto ouisoladamente com o tombamento.

ISENÇÃO DE IMPOSTO/ OUTORGA ONEROSA

Art. 2º - A política urbana tem por objetivoordenar o pleno desenvolvimento dasf u n ç õ e s s o c i a i s d a c i d a d e e d apropriedade urbana, mediante as seguintesdiretrizes gerais: (...)

XII - proteção, preservação e recuperaçãodo meio ambiente natural e construído, dopatrimônio cultural, histórico, artístico,

paisagístico e arqueológico.

Fonte:Pressupostos da reabilitação urbana de sítios históricos no

contexto brasileiro<http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/

03.033/705>.

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O papel dos instrumentosurbanísticos

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O planejamento do uso do solo para atender àfunção social da propriedade, como é o caso dapreservação do patrimônio cultural, não ocorreapenas por medidas restritivas , com controle do usoe intensidade de ocupação, a exemplo das áreas deproteção de interesse histórico, artístico, paisagístico

e arqueológico. Pode ser realizado também pormedidas compensatórias e de incentivo , quepassam, por exemplo, pela transferência do direitode construir, pela desoneração fiscal, pelofinanciamento incentivado e pela valorização dosimóveis e dos espaços públicos, na revitalização deáreas históricas degradadas.

A utilização dos instrumentos citados que seuniram ao tombamento no esforço de preservação éessencial para que se possa imprimir uma açãosistêmica, ao invés de soluções isoladas, que nãoenvolvam as comunidades direta e indiretamentebeneficiadas.

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O papel dos instrumentosurbanísticos

ISENÇÃO DE IMPOSTO/ OUTORGA ONEROSA

Se por um lado o governo tem obrigaçõesconstitucionais de proteção do patrimônio,este é objeto de fruição e instrumento decidadania para toda a população, cabendo aela, portanto, importante participação em suadefesa.

A preservação está consubstanciada nosinstrumentos de legislação urbanística, mascabe a sociedade civil entender e definir ospadrões de desenvolvimento para garantir osenso de cidadania e história, e reafirmar odesenvolvimento sustentável , produto darelação contínua entre as comunidades e seuambiente, com reflexos sensíveis sobre aqualidade de vida.

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Isenção de IPTU

A linha da conservação, por envolver, muitasvezes, a injeção de recursos econômicos, é deequacionamento complexo, ainda mais seconsiderarmos as disponibilidades orçamentáriasdo setor público.

O governo não pode entregar o patrimônio àsua própria sorte ou repassar exclusivamente aosmunicípios e às comunidades a tarefa de seu zelo.

É importante o desenvolvimento e o estímuloa formas de gestão coletiva e à criação de

possibilidades de articulação entre os diversosagentes para cumprir a tarefa de preservar.

A isenção do IPTU (Imposto Predial e TerritorialUrbano) é uma dessas formas.

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Isenção de IPTU

Essa isenção é um incentivo fiscal que éoferecido por alguns municípios para osproprietários de bens Tombados pelo PatrimônioHistórico. Geralmente, ficam isentos do IPTU,imóveis tombados e preservados , que sejammantidos em bom estado de conservação .

Mesmo sendo uma medida de estímulo eincentivo à preservação e conservação dopatrimônio histórico, esse tipo de estratégia nãotem se demonstrado muito promissora, justamenteporque, sozinha, não atrai os proprietários para a“causa” do patrimônio.

Em geral, isso também ocorre devido aosdiversos entraves burocráticos que são associadosao processo.

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Isenção de IPTU

Encontram-se opiniões contraditórias quandoo assunto é a isenção do IPTU como instrumento para a preservação patrimonial. Algumaspesquisas mostram um grande número de benstombados (residências), que, mesmo isentos doIPTU, encontram-se abandonados, sem uso.

Uma solução para esse abandono é o IPTUprogressivo no tempo .

Com esse instrumento regulamentado, aprefeitura pode notificar o proprietário de um bemsem uso, que terá então um ano para apresentarum projeto de intervenção e até dois anos para

concluí-lo e fazer uso do imóvel. Caso oproprietário descumpra a notificação, poderápagar alíquotas de IPTU que vão aumentando aolongo de cinco anos e caso persista nodescumprimento, o município poderá desapropriaro bem para dotá-lo do uso adequado ás suascaracterísticas urbanas e culturais.

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SALVADOR - BAEste instrumento poderia ser usado, por

exemplo, na cidade baixa de Salvador, de modoa evitar desabamentos e perda do estoquepatrimonial dessa área que conta com grandenúmero de imóveis vazios.

Salvador, BA<http://historiaxatualidade.blogspot.com.br/2010/02/pelotas-

ontem-e-hoje.html>

Ladeira da Montanha, uma das queligam a Cidade Alta à Cidade Baixa

– Salvador, BA<"#$% & #'()* + ,-.-/012-3 45 $6706258 9:;-.5 <= >

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EXEMPLOS

Isenção de IPTU

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EXEMPLOSIsenção de IPTU

JUIZ DE FORA - MG

Em Juiz de Fora há cerca de 200 imóveistombados beneficiados com a isenção parcial outotal de IPTU.

• DECRETO DO EXECUTIVO 08959 / 2006

A DIPAC utiliza um formulário próprio paraavaliar os imóveis. Este permitirá que se faça ummapeamento da existência de danos naconservação e na preservação da morfologia doimóvel tombado.

Dessa maneira a isenção do IPTU faz com queo proprietário juiz-forano cuide melhor do imóveltombado, afim de receber esse benefício fiscal.

<http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/11.128/3720>

<http://www.tribunademinas.com.br/cultura/identidade-em-concreto-1.647273>

<www.portaldoturismo.pjf.mg.gov.br/atrativos_credito_real.php>

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EXEMPLOSIsenção de IPTU

PELOTAS – RSDesde os anos 80, com a aprovação do Plano

Diretor, Pelotas passou por um processo depreservação dos edifícios históricos, através dotombamento.

Com a isenção de IPTU para os imóveistombados, decreto aprovado em 2002, oinventário registrado na Secretaria de Cultura dePelotas conta hoje com mais de 2000 edifícios, querecebem esse benefício fiscal parcial outotalmente, o que depende do estado deconservação do mesmo.

Uma cidade com quase metade dapopulação de Juiz de Fora, mas com 10 vezes maisedifícios tombados e preservados.

Pelotas tenta se firmar como uma cidade histórica.PATRIMÔNIO PROTEGIDO = HISTÓRIA PRESERVADA

<http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=239388>

<http://historiaxatualidade.blogspot.com.br/2010/02/pelotas-ontem-e-hoje.html>

<http://ronaldofotografia.blogspot.com.br/2011/06/o-edificio-historico-e-hoje-museu-da.html>

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Outorga Onerosa do Direito deConstruir

ISENÇÃO DE IMPOSTO/ OUTORGA ONEROSA

A Outorga Onerosa é um dos instrumentosregulamentados pelo Estatuto da Cidade .

Sendo um instrumento que gera muitasdúvidas na sua implementação e mesmo nasua concepção e previsão dentro do planodiretor.

FUNCIONAMENTO DA OUTORGA

A Outorga Onerosa do Direito de Construir,também conhecida como “ solo criado ”,refere-se à concessão emitida pelo Municípiopara que o proprietário de um imóvel edifiqueacima do limite estabelecido pelo coeficientede aproveitamento básico, mediantecontrapartida financeira a ser prestada pelobeneficiário.

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Caso o proprietário desejeedificar uma área maior que aestabelecida pelo coeficientebásico, ele deve dar ao PoderP ú b l i c o u m a c o n t r a p a r t i d afinanceira, ou seja, ele deve“comprar ” do município o direito deconstruir uma área maior.

Trata-se aqui de uma medidad e p l a n e j a m e n t o u r b a n o ,autorizando construções apenasquando for possível à cidadesuportar, como um todo, os ônusdaquele empreendimento.

Portanto, a área máxima a seroutorgada equivale à diferençaentre o coeficiente máximo e ocoeficiente básico estipulado para aárea.

Outorga Onerosa do Direito deConstruir

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Critérios para a aplicação doinstrumento

O obje t ivo da OutorgaOnerosa, portanto, é recuperarparte dos investimentos a seremrealizados pelo Poder Público parasuprir as demandas geradas pelasaltas densidades .

Curiosamente, o Estatuto daCidade veda a utilização dosrecursos arrecadados com aOutorga em implantação deinfraestrutura, que seria a demandamais di re tamente l igada ao

aumento da densidade.Os recursos podem ser utilizados

para (art. 31 fazendo menção aosincisos I a IX do art. 26):

I – regularização fundiária;II – execução de programas e projetoshabitacionais de interesse social;III – constituição de reserva fundiária;IV – ordenamento e direcionamentoda expansão urbana;V – implantação de equipamentosurbanos e comunitários;VI – criação de espaços públicos delazer e áreas verdes;VII – criação de unidades deconservação ou proteção de outrasáreas de interesse ambiental;VIII – proteção de áreas de interessehistórico, cultural ou paisagístico;

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A outorga, na sua origem, também tinhacomo objetivo “ equalizar ” os preços dos terrenos,evitando que causassem supervalorização (ondeera possível verticalizar) e desvalorização (ondenão era possível verticalizar). Por isso, a Outorgadeve ser destinada àquelas áreas onde é possível

adensar.O município pode também definir

coeficientes diferenciados de acordo com ascaracterísticas de cada zona e com os objetivosdefinidos para elas (Estatuto da Cidade – Art. 28;§2º).

Nesse sentido, ele deixa de ser uminstrumento meramente arrecadador e passa as e r t a m b é m uma fo rma de induz i r odesenvolvimento urbano , dificultando oufacilitando o adensamento de áreas de acordocom os objetivos da política urbana.

Outorga Onerosa do Direito deConstruir

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EXEMPLOSOutorga Onerosa

BELO HORIZONTE - MG

Em Belo Horizonte, os valores arrecadadoscom a outorga onerosa contribuiram para que se

criasse, em Março de 2013, o Fundo de Proteçãodo Patrimônio Cultural – FPPC-BH.

• DECRETO 15.158 / 2013

O Fundo tem como função prestar apoiofinanceiro aos projetos e ações de preservação,

financiar ações de treinamentos e serviços deapoio à proteção e difusão do patrimônio eimplementar programas de educação patrimonialna cidade.

<http://ruadabahia.hotglue.me/?Edif%C3%ADcio+Maletta>

<http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=239388>

<http://defender.org.br/noticias/belo-horizonte-mg-colegio-estadual-central-sera-revitalizado/>

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Nos Estados Unidos, a experiência do SoloCriado decorreu do chamado Plano de Chicago.Com o nome de "Space Adrift" (Espaço Flutuante),o instituto tem sido aplicado, especialmente no seumecanismo de transferência, para o fim depreservar patrimônio histórico .

Por esse sistema, os proprietários de imóveis,que o Poder Público definir como interessehistórico, ficam autorizados a alienar o direito deconstruir que lhes couber no terreno onde seacham tais imóveis, e que não podem serdemolidos para erguerem-se no respectivo terrenoconstruções modernas e elevadas. A transferênciado direito de construir desse terreno para outropermite acrescer em outros imóveis áreasconstruídas que não seriam possíveis de outromodo. SPACE ADRIFT : Saving Urban Landmarks

Through the Chicago Plan, 1974. (John J Costonis)

Integração com outros instrumentosISENÇÃO DE IMPOSTO/

OUTORGA ONEROSA

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Integração com outros instrumentos

Um ponto complicado da implementaçãoda Outorga é a interseção do instrumento com aTransferência do Direito de Construir (TDC).

Teoricamente, um proprietário poderia

comprar seu direito de construir do Poder Público,por meio da Outorga, ou de outro proprietário, pormeio da TDC, o que tornaria os instrumentosconcorrentes / complementares. Até aí, tudobem, contanto que a área edificada final nãoexceda o Coeficiente de Aproveitamento Máximoda zona.

Se o que está acima do CA básico deve sercomprado do Poder Público, então pela lógica oque cada proprietário tem como seu é apenas oCA básico, e é apenas esse coeficiente que podeser vendido pela TDC.

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Entrevista com profissional da áreaISENÇÃO DE IMPOSTO/

OUTORGA ONEROSA

Prof. Dsc Carlos Eduardo Ribeiro

“Tive a experiência de trabalhar por 01 ano,como voluntário, no Escritório do Corredor

Cultural, no Rio de Janeiro. Lá, pude perceber aeficiência da isenção do IPTU como instrumentoda manutenção dos objetos arquitetônicostombados, bem como da paisagem urbana.Sobre a Outorga Onerosa, apesar de conhecer,não tive oportunidade de verificar suaeficiência.

Acho de suma importância que as comunidadestenham participação efetiva nos processos detombamento, ainda que isso não aconteça demodo eficaz e democrático. [...]”

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Entrevista com profissional da áreaISENÇÃO DE IMPOSTO/

OUTORGA ONEROSA

Prof. Msc!"#$"%" '(%)(* +","-(*

F.:“São instrumentos eficientes, pois o primeirovisa de forma mais ampla a possibilidade dedirecionar recursos para a preservação dopatrimônio cultural e o segundo visa incentivaro proprietário a manter em bom estado deconservação seu bem tombado.No entanto, quanto a outorga onerosa épreciso incluir esse instrumento em outros deplanejamento urbano como o plano diretorou o zoneamento, uma vez que éimprescindível demarcar as áreas passives derecebimento da ampliação do potencialconstrutivo para não causar impactourbanístico, com adensamento e quebra deambiência ou mesmo tempo que as áreasescolhidas devem ser de interesse deinvestimento para garantir a eficácia doinstrumento.”

G: Sendo eles (os instrumentosurbanísticos) ações empreendidaspelo poder público para intervir naprodução do espaço, você acreditaque, no que tange à preservação dopatrimônio cultural e da paisagemcultural, são instrumentos eficientes?

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Entrevista com profissional da áreaISENÇÃO DE IMPOSTO/

OUTORGA ONEROSA

Prof. Msc!"#$"%" '(%)(* +","-(*

F.:“O incentivo fiscal como a isenção do IPTUnão é algo a ser utilizado como umavantagem dada ao proprietário para que umbem seja tombado, pois esse instrumento porsi só não garante nem economicamente amanutenção de tal bem. Esse instrumentofunciona como um bônus dado aoproprietário para auxilia-lo na manutenção domesmo.Para entendimento e adesão da comunidadeas ações de preservação do patrimôniocultural é necessário ampliar e difundir oconhecimento através da educação,promovendo o intercambio de referenciasteóricas, experiências e ações práticas. O quepode desencadear a cooperação entre osagentes envolvidos.”

G: Lemos também que essas leis deincentivos fiscais não têm sedemonstrado promissoras, porquesozinhas não atraem os proprietáriospara a "causa" do patrimônio ou damoradia. O que você acha sobre issoe o que poderia ser feito paraincentivar essa atração?

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Entrevista com profissional da áreaISENÇÃO DE IMPOSTO/

OUTORGA ONEROSA

Prof. Msc!"#$"%" '(%)(* +","-(*

F.:“As vantagens do instrumento de outorgaonerosa aplica-se a toda população uma vezque o poder público deve aplicar os recursosrecebidos em ações como as de preservaçãodo patrimônio cultural urbano.”

G: De que forma a outorga onerosapode trazer vantagens a toda apopulação e não só a uma minoriade empreendedores?

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Entrevista com profissional da áreaISENÇÃO DE IMPOSTO/

OUTORGA ONEROSA

Prof. Msc!"#$"%" '(%)(* +","-(*

F.:“Uma vez que é colocado na Constituição de1988 que cabe ao poder público com acolaboração da comunidade, promover eproteger o patrimônio cultural brasileiro énecessário apontar caminhos e ações para umaparticipação efetiva de ambos. Mas, no entantonão vejo o estado como responsável porincentivar a mobilização popular. A mobilizaçãopor parte da comunidade se dará a partir doentendimento da mesma de seus direitos, mastambém de seus deveres.Há dois lados a serem trabalhados, do poderpúblico para a comunidade e da comunidadepara o poder público.É necessário dar conhecimento a comunidadeda importância da preservação do patrimôniocultural e o poder público pode gerir ações deeducação e divulgação. São lições decidadania. ”

G: A sustentabilidade cultural refere-se às ações que incentivem apreservação através da articulaçãoda comunidade ou atração deinvestimentos financeiros. Você achaeficiente essa parceria entre Estado ec o m u n i d a d e , e s e s i m , acomunidade realmente tem voznessas políticas de mobilização?

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CONCLUSÃO

• É importante ressaltar, que nenhum instrumento depreservação consiguirá, sozinho, fazer com que estaaconteça. É preciso que eles trabalhem em conjunto.

• E, não só os instrumentos são capazes de efetuar apreservação, a sociedade tem um papel fundamentalnessa questão.

• “A sociedade não pode cruzar os braços e deixarpara o Estado a construção da nação, a defesa deseus interesses e seu desenvolvimento. Cadasegmento e cada indivíduo precisa considerar-separte do processo de desenvolvimento.” (CARSALADE >

• “O conceito social do patrimônio cultural deve serentendido, portanto, de forma ampla, sob a égide dacorresponsabilidade entre governo – nos seus trêsníveis – e população.” (CARSALADE>

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Referências Bibliográficas

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DORNELAS, Henrique Lopes.Aspectos jurídicos da outorga onerosado direito de construir . Solo criado. Disponível em: <http://

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SANTIN, Janaína Rigo and MARANGON, Elizete Gonçalves.O estatuto da cidade e os instrumentos de política urbana para

proteção do patrimônio histórico: outorga onerosa e transferênciado direito de construir . História [online]. 2008, vol.27, n.2, pp. 89-109.

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TORELLY, Luiz P. P..NOTAS SOBRE A EVOLUÇÃO DO CONCEITO DEPATRIMÔNIO CULTURAL. Fórum Patrimônio, Belo Horizonte, v.5, n.2,

jul./dez. 2012. Disponível em: http://www.forumpatrimonio.com.br/seer/index.php/forum_patrimonio/article/download/109/97

http://www.jflegis.pjf.mg.gov.br

http://www.pelotasconvention.com.br

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