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CURSO ON-LINE - PORTUGUÊS P/ ISS-BH (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI 1 www.pontodosconcursos.com.br SINTAXE DE REGÊNCIA Nosso encontro de hoje é dividido em duas partes – REGÊNCIA e CRASE. Começaremos por SINTAXE DE REGÊNCIA. Há sempre nas orações elementos regentes e elementos regidos. Chamamos de regentes aos termos que pedem complemento e de regidos aos que complementam o sentido dos primeiros. A sintaxe de regência estudará, portanto, as relações de subordinação ou dependência entre os elementos da oração. Resumindo: “uso ou não preposição?” e “qual a preposição mais adequada para tal sentido?”. REGÊNCIA NOMINAL – estuda a relação entre um substantivo, um adjetivo ou um advérbio com o termo que complementa o seu significado. REGÊNCIA VERBAL – analisa o emprego e o significado dos verbos de acordo com a preposição do seu complemento indireto (ou a ausência da preposição no complemento direto). Nosso estudo terá por base as lições de Celso Pedro Luft presentes nas seguintes obras: - Dicionário Prático de Regência Nominal - Editora Ática – 4ª edição - 2003; - Dicionário Prático de Regência Verbal – Editora Ática – 8ª edição – 2002. QUESTÕES DE PROVA DA ESAF - REGÊNCIA 1 - (ESAF/AFC STN/2005) 1. Só mais tarde alcancei compreender que a inteligência assinale pode trabalhar até ao fim inteiramente alheia aos graves problemas religiosos que confundem o pensador que os quer resolver segundo a razão, se 5. nenhum choque exterior veio perturbar para ela solução recebida na infância. A dúvida não é sinal de que o espírito adquiriu maior perspicuidade, é às vezes um simples mal-estar da vida. (Joaquim Nabuco, Minha formação) A respeito de aspectos lingüísticos do trecho acima, analise a proposição a seguir. - A preposição de, que antecede a conjunção que( .7), é exigência do verbo transitivo indireto da oração iniciada por essa conjunção. Comentário. Mudança ortográfica: não há trema em “linguísticos”. Começamos nosso estudo fazendo uma importante distinção.

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SINTAXE DE REGÊNCIA

Nosso encontro de hoje é dividido em duas partes – REGÊNCIA e CRASE.

Começaremos por SINTAXE DE REGÊNCIA.

Há sempre nas orações elementos regentes e elementos regidos. Chamamos deregentes aos termos que pedem complemento e de regidos aos quecomplementam o sentido dos primeiros.

A sintaxe de regência estudará, portanto, as relações de subordinação ou dependênciaentre os elementos da oração.

Resumindo: “uso ou não preposição?” e “qual a preposição mais adequada para talsentido?”.

REGÊNCIA NOMINAL – estuda a relação entre um substantivo, um adjetivo ou umadvérbio com o termo que complementa o seu significado.

REGÊNCIA VERBAL – analisa o emprego e o significado dos verbos de acordo com apreposição do seu complemento indireto (ou a ausência da preposição nocomplemento direto).

Nosso estudo terá por base as lições de Celso Pedro Luft presentes nas seguintesobras:

- Dicionário Prático de Regência Nominal - Editora Ática – 4ª edição - 2003;

- Dicionário Prático de Regência Verbal – Editora Ática – 8ª edição – 2002.

QUESTÕES DE PROVA DA ESAF - REGÊNCIA

1 - (ESAF/AFC STN/2005)

1. Só mais tarde alcancei compreender que a inteligência assinale

pode trabalhar até ao fim inteiramente alheia aos

graves problemas religiosos que confundem o pensador

que os quer resolver segundo a razão, se

5. nenhum choque exterior veio perturbar para ela

solução recebida na infância. A dúvida não é sinal de

que o espírito adquiriu maior perspicuidade, é às

vezes um simples mal-estar da vida.

(Joaquim Nabuco, Minha formação)

A respeito de aspectos lingüísticos do trecho acima, analise a proposição a seguir.

- A preposição de, que antecede a conjunção que( .7), é exigência do verbo transitivoindireto da oração iniciada por essa conjunção.

Comentário.

Mudança ortográfica: não há trema em “linguísticos”.

Começamos nosso estudo fazendo uma importante distinção.

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Como saber se esse “que” é uma conjunção integrante, como afirma o examinador, enão um pronome relativo? Qual a diferença entre um e outro?

Supondo que o primeiro período do parágrafo fosse “Só mais tarde alcanceicompreender que a inteligência pode trabalhar até ao fim”, tudo o que se segue aoverbo COMPREENDER poderia ser substituído pelo pronome substantivo ISSO:

“Só mais tarde alcancei compreender ISSO”.

Neste caso, como o pronome substantivo indefinido (ISSO) estaria exercendo a funçãosintática de objeto direto de COMPREENDER (“... compreender ISSO”), a oração éclassificada como oração subordinada substantiva objetiva direta. Traduzindo o“gramatiquês”:

- oração subordinada – porque exerce uma função sintática em outra oração;

- substantiva – porque, como vimos, ela pode ocupar o lugar de um substantivo (“compreender o ensinamento”) ou de um pronome substantivo(“compreender ISSO”);

- objetiva direta – porque ela exerce a função sintática de objeto direto emrelação à oração que complementa.

Não se assuste com essa nomenclatura toda – teremos uma aula todinha para oestudo das conjunções e formação de períodos.

A conjunção integrante SEMPRE dá início a uma oração subordinadaSUBSTANTIVA.

O pronome relativo SEMPRE dá início a uma oração subordinada ADJETIVA.

O PRONOME RELATIVO se refere a algum termo que já foi mencionado,substituindo-o na oração subordinada adjetiva.

Se este pronome, na oração adjetiva, exercer a função sintática de sujeito, deve overbo concordar com o termo antecedente (vimos vários exemplos na aula deconcordância).

Se o termo regente (verbo, adjetivo, substantivo, advérbio) presente na oraçãoadjetiva exigir uma preposição em relação a esse termo antecedente, esta preposiçãodeverá ser colocada antes do pronome relativo, substituto do antecedente.

Para facilitar, vamos a um exemplo de emprego do pronome relativo, extraído domesmo texto.

“... a inteligência pode trabalhar até ao fim inteiramente alheia aos gravesproblemas religiosos que confundem o pensador”

Podemos verificar duas orações distintas:

(1) - “a inteligência pode trabalhar até o fim inteiramente alheia aos graves problemasreligiosos”

(2) - “que confundem o pensador”

A oração (1) possui um elemento que será usado na oração (2) – sabe qual é?

(1) “... alheia aos graves problemas...” (2) – “graves problemas confundem opensador”

Para evitar sua repetição na segunda oração, foi usado, em seu lugar, um PRONOMERELATIVO. Como este pronome exerce a função de sujeito do verbo CONFUNDIR, ele

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remete ao seu antecedente a concordância do verbo (isso já vimos na aula sobre oassunto).

Agora, imagine se, em vez do verbo CONFUNDIR, tivéssemos o verbo LUTAR: alguémluta CONTRA alguém / algo. Tudo muda.

(1) “... alheia aos graves problemas...” (2) – “o pensador luta CONTRA gravesproblemas ...”

Na “nova” oração (2), o termo não exerce mais a função de sujeito (agora, o sujeito é“o pensador”), mas a de objeto indireto, que deve ser antecedido de preposiçãoobrigatória “contra”.

Como, no lugar do sintagma nominal, colocaremos um pronome relativo, essapreposição deve anteceder o pronome.

(1) “a inteligência pode trabalhar até o fim inteiramente alheia aos graves problemasreligiosos”

(2) “contra os quais luta o pensador” (invertemos a ordem dos termos).

Agora que esclarecemos a diferença entre CONJUNÇÃO INTEGRANTE e PRONOME RELATIVO, vamos voltar à questão da prova.

A passagem em análise é:

A dúvida não é sinal de que o espírito adquiriu maior perspicuidade, é àsvezes um simples mal-estar da vida.

Podemos substituir tudo o que sucede a preposição DE pelo pronome ISSO:

A dúvida não é sinal dISSO.

Então, a oração é mesmo iniciada por uma conjunção integrante.

O erro está em indicar o termo regente da preposição, que é o substantivo SINAL enão o verbo SER.

ITEM ERRADO

2 - (FCC/TRT 13ª Região – Analista Judiciário / Dezembro 2005)

A expressão de que preenche corretamente a lacuna da frase:

(A) Continuamos a avaliar . .... seria melhor se você desistisse da eleição.

(B) A fonte . . ... saciará nossa sede fica no alto daquela encosta.

(C))Há sonhos ...... é impossível se desviar, quando se pensa no futuro.

(D) Todos os momentos ...... devaneamos ficaram impressos na minha memória.

(E) Dos livros ...... me ative nos últimos dias, apenas dois têm grande valor.

Comentário.

Agora que já relembramos a distinção entre pronome relativo e conjunção integrante,ficou mais fácil resolver essa questão da Fundação Carlos Chagas. Esse é o modelopadrão da FCC quando o assunto é regência. A banca apresenta lacunas que devem

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ser preenchidas e, para isso, o candidato precisa identificar a relação entre oselementos oracionais.

Na opção A, a oração que tem início após a lacuna liga-se diretamente à locução verbal(“Continuamos a avaliar”), uma vez que o verbo principal (avaliar) é transitivo direto(alguém avalia alguma coisa). Não há, portanto, necessidade de se empregar apreposição “de”, sugerida no enunciado. Não será esta a resposta.

Vamos analisar a opção B. Para isso, iremos “desmembrar” o período composto emduas orações:

1ª - “A fonte fica no alto daquela encosta.”

2ª - “A fonte saciará nossa sede.”

Após a união das duas orações em um só período, a palavra “fonte”, que estárepetida, será substituída pelo pronome relativo que:

“A fonte que saciará nossa sede fica no alto daquela encosta.”

Esse “que” é, portanto, um pronome relativo, e não há nenhum elemento que exija apreposição “de”. Vamos seguir.

Vejamos, agora, a construção apresentada na opção (C):

Há sonhos . .... é impossível se desviar, quando se pensa no futuro.

As três orações são:

1ª oração – Há sonhos

2ª oração – [sonhos] é impossível se desviar

3ª oração – quando se pensa no futuro (oração adverbial, que não nos interessa para a análise da regência verbal)

Em relação à segunda oração, há uma pergunta que não quer calar: “o que éimpossível?”.

Ora, “é impossível DESVIAR-SE DOS SONHOS” (ISSO é impossível). Note que o sujeitodessa construção nominal é representado por uma oração (“desviar-se dos sonhos”).Só que a palavra “sonhos” não está ali em “carne e osso”, mas representada por umpronome relativo “que”. Como a preposição é obrigatória antes desse substantivo, seráempregada antes do pronome relativo que o substitui (“Há sonhos DE QUE é impossívelse desviar...”).

Essa é, pois, a resposta CORRETA.

Na opção D, as duas orações que compõem o período são:

1ª - Todos os momentos ficaram impressos na minha memória.

2ª - Devaneamos ... todos os momentos.

O verbo devanear, na acepção de “deixar-se ir em pensamentos vagos” é intransitivo

(sem complemento) ou transitivo direto, com a preposição “em”. Como há

complemento (“momentos”), devemos empregar esta última forma na oração

(“Devaneamos em todos os momentos”). Quando é formado um único período para as

duas orações, a preposição “em” deve anteceder o pronome relativo “que”, substituto

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Finalmente, na opção E, o verbo ater-se (pronominal) é transitivo indireto, regendo apreposição “a”: “Alguém se atém a alguma coisa”. Na lacuna, o pronome relativosubstitui a palavra “livros”. A oração subordinada adjetiva, antes da substituição pelopronome e na ordem direta, seria: “[Eu] me ative aos livros”.

Assim, a preposição “a” deve anteceder o pronome relativo “que”: “Dos livros a queme ative nos últimos dias, apenas dois têm grande valor.”.

Gabarito: C

3 - (FGV/BADESC – Nível Superior/2010)

A construção da frase “tentará descobrir alguma coisa que possuam em comum – umconhecido, uma cidade da qual gostam”, está correta em relação à regência dos verbospossuir e gostar.

De acordo com a norma padrão, assinale a alternativa que apresente erro de regência.

(A) Apresentam-se algumas teses a cujas ideias procuro me orientar.

(B) As características pelas quais um povo se identifica devem ser preservadas.

(C) Esse é o projeto cujo objetivo principal é a reflexão sobre a brasilidade.

(D) Eis os melhores poemas nacionalistas de que se tem conhecimento.

(E) Aquela é a livraria onde foi lançado o romance recorde de vendas.

Comentário.

Resolvemos essa questão da FGV do mesmo modo que fizemos em relação à questãoanterior, da FCC. Vamos analisar as relações entre os elementos oracionais(especialmente no que tange ao aspecto de regência).

No enunciado, o pronome “que” retoma “alguma coisa” e, como o verbo POSSUIR étransitivo direto (alguém possui alguma coisa), não houve necessidade de se empregaruma preposição antes desse relativo. Já o verbo GOSTAR exige a preposição “de”, queserá empregada antes do pronome relativo “a qual”, que retoma “uma cidade”. Porisso, formou-se “da qual gostam”.

Vamos, agora, analisar as opções.

a) O pronome relativo “cujas” estabelece uma relação entre dois substantivos: “ideias”e “teses” (ideias das teses). Vamos, então, verificar a preposição a ser exigida peloverbo presente na oração adjetiva. Alguém se orienta POR alguma coisa, e não “Aalguma coisa”. Por isso, está incorreta a construção “a cujas ideias procuro meorientar”. Essa é a resposta.

b) Para facilitar a análise, vamos identificar o pronome relativo e, imediatamente,avaliar se foi empregada corretamente a preposição. Em “as características pelasquais um povo se identifica...”, o pronome relativo “as quais” contraiu-se com apreposição “por”, exigida pela forma verbal “IDENTIFICAR-SE”. Como “alguém seidentifica com / por” alguém/ algo, está correta a relação de regência.

c) Mais uma vez, estamos diante do pronome relativo “cujo”. Ele indica a relação entreos substantivos “projeto” e “objetivo principal”: “objetivo principal do projeto”. Foi,portanto, adequadamente empregado. Como não há nenhum termo a exigir preposiçãoalguma, está correta a construção.

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d) “Alguém tem conhecimento DE alguma coisa”. Como o pronome relativo “que”retoma “poemas”, o complemento nominal de “conhecimento”, está correta aconstrução: “... poemas (...) de que se tem conhecimento”.

e) Finalmente, o pronome relativo “onde”, corretamente empregado em relação a umantecedente que indica “lugar”, é empregado onde seria possível também a preposição‘em”: “O romance foi lançado NA livraria”. Veja que poderíamos até substituí-lo por“em que”: “Aquela é a livraria em que foi lançado o romance...”. Portanto, está certaa estrutura oracional. Na próxima questão, falaremos sobre as formas “onde / aonde /donde”.

Gabarito: A

4 - (FGV/PREF.CAMPINAS – Coordenador Pedagógico/2008)

“Ninguém sabe aonde essa transformação vai chegar.”

Uma das freqüentes dificuldades no uso da língua reside na opção entre o uso do ondee do aonde, grifado na frase acima.

Assinale a alternativa em que não se tenha empregado a forma correta.

(A) As escolas onde estivemos estavam bem conservadas.

(B) Estivemos naquela cidade onde se deu o encontro de professores.

(C) Sabemos onde nossos projetos pretendem chegar.

(D) A nossa preocupação era onde entregar os relatórios.

(E) Haveria, sempre, um lugar onde pudéssemos descansar nossas angústias.

Comentário.

Muita gente faz uma confusão danada com “onde / aonde”, só que não é complicadoentender a diferença entre essas duas expressões.

A palavra “onde” equivale à preposição “em”. Assim, se o verbo reger essa preposição,devemos empregar “onde”. Será um pronome relativo se houver um antecedente e umadvérbio quando isso não acontecer.

Vamos, então, apelar para a música para exemplificar sua aplicação.

“Chove lá fora / E aqui faz tanto frio / Me dá vontade de saber / ...”

Você conhece essa canção do Lobão? Muita gente já gravou e foi um sucesso nos anos80 (não me diga que não tinha nascido nessa época, hem?....rs....). Sabe como ele continuava? Pois eu digo:

“AONDE está você / Me telefona / Me chama, me chama, me chama...”

E aí? Está certa a aplicação de “aonde” nessa passagem?

Bem, “alguém está EM algum lugar”, não é? Então, no lugar de “em”, devemosempregar “onde”. O correto seria “ONDE está você”.

Agora, para comparar, veja uma canção dos Paralamas:

“Olhos fechados / Pra te encontrar / Não estou a seu lado / Mas posso sonhar / AONDE quer que eu vá / Levo você no olhar...”

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E agora? Está certo ou errado?

Alguém vai A algum lugar. Então, AONDE quer que eu vá. Está gramaticalmentecorreta essa parte da canção!

Vamos, agora, verificar as opções da questão.

a) As escolas onde estivemos... – Alguém está EM algum lugar. O pronome relativo“onde”, corretamente empregado, retoma “escolas”;

b) Estivemos naquela cidade onde se deu o encontro... – O encontro se deu EM algumlugar. Como o antecedente novamente indica “lugar”, está correto o emprego de“onde”.

c) Sabemos onde nossos projetos pretendem chegar. – Agora, não há antecedentepara o “onde”, por isso é um advérbio, que dá início a uma oração subordinadasubstantiva (Sabemos ISSO). Como “alguém chega A algum lugar”, deveríamos usar“aonde” (a + onde), e não “onde”. Esta proposição está incorreta e é o gabarito daquestão.

d) Novamente, a palavra é um advérbio (“A nossa preocupação era ESSA.”). Como oadvérbio indica o lugar em que serão entregues os relatórios, está correta a aplicaçãode “onde”.

e) O pronome relativo “onde” retoma “um lugar”. Como “alguém descansa suasangústias EM algum lugar”, está correto seu emprego.

Você deve estar se perguntando: e o “donde”? Bem, usamos “onde” no lugar dapreposição “em”; “aonde” quando houver necessidade de usar a preposição “a”; e o“donde” é empregado quando algum elemento exigir a preposição “de” (“O lugarDONDE vim é muito bonito.” alguém vem DE algum lugar). Como nos apontaHouaiss, no Brasil, na indicação de “origem, procedência”, é mais frequente a formanão contraída: “de onde”.

Gabarito: C

5 - (ESAF/AFRF/2002.1)

O homem é moderno na medida das senhas de que ele é escravo para ter acesso àvida. Não é mais o senhor de seu direito constitucional de ir-e-vir. A senha é a senhoraabsoluta. Sem senha, você fica sem seu próprio dinheiro ou até sem a vida. No cofredo hotel, são quatro algarismos; no seu home bank, seis; mas para trabalhar nocomputador da empresa, você tem que digitar oito vezes, letras e algarismos. A portado meu carro tem senha; o alarme do seu, também. Cada um de nossos cartões temsenha. Se for sensato, você percebe que sua memória não pode ser ocupada comtanta baboseira inútil. Seus neurônios precisam ter finalidade nobre. Têm que guardar,sim, os bons momentos da vida. Então, desesperado, você descarrega tudo na suaagenda eletrônica, num lugar secreto que só senha abre. Agora só falta descobrir emque lugar secreto você vai guardar a senha do lugar secreto que guarda as senhas.

(Alexandre Garcia, Abre-te sésamo, com adaptações)

Julgue a asserção abaixo, com relação ao emprego das palavras e expressões do texto.

- Para que as regras da norma culta sejam respeitadas, é obrigatório o emprego dapreposição de regendo a oração “que ele é escravo”(l.1).

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Comentário.

O vocábulo escravo rege a preposição de (“Alguém é escravo DE outra pessoa / alguma coisa.”).

No segmento “O homem é moderno na medida das senhas | de que ele é escravo”,há as seguintes orações:

1ª oração – “O homem é moderno na medida das senhas” – oração principal

2ª oração – “de que ele é escravo” – oração subordinada adjetiva

O que presente na 2ª oração está substituindo o vocábulo “senhas”, da 1ª oração.Por isso, é classificado como um pronome relativo. Um pronome relativo SEMPREdá início a uma oração subordinada adjetiva. Uma oração adjetiva pode serrestritiva (limita o conceito do vocábulo a que se refere) ou explicativa (oferece apenasinformações adicionais, acessórias). Nesse caso, é restritiva.

Devemos observar se o elemento representado pelo pronome relativo deveria serregido por alguma preposição exigida por outro elemento da oração adjetiva. Paraisso, devemos colocar a oração adjetiva na ordem direta, fazendo as substituiçõesnecessárias:

“que ele é escravo” – “ele é escravo de senhas”

Essa preposição obrigatória, exigida pelo substantivo escravo (termo regente), devepreceder o pronome relativo (termo regido) – “de que ele é escravo”. Portanto, aassertiva está correta.

ITEM CERTO

6 - (ESAF/SEFAZ SP/2009)

Com base no texto, analise a proposição que se segue.

1. O Hamas, com sua odiosa plataforma que prega o

aniquilamento da nação vizinha, não é um movimento

adventício, artificial, em Gaza.

O grupo fundamentalista, com ramificações assistenciais

5. e religiosas, criou raízes e tornou-se popular na faixa de

Gaza – essa capilaridade, aliás, torna difícil atingir alvos

militares sem matar civis. O Hamas venceu as eleições

parlamentares palestinas de 2006 e, mais tarde, expulsou

de Gaza o Fatah, o partido secular de Mahmoud Abbas,

10. presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP).

Facilitaram a ascensão do extremismo em Gaza a

incompetência corrupta do governo do Fatah, o cruel

bloqueio à circulação de bens e pessoas imposto por

Israel e a opção, tomada por EUA e União Europeia, de

15. ignorar diplomaticamente o Hamas e fortalecer a ANP.

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(Folha de S. Paulo, Editorial, 5/1/2009)

- O emprego da preposição em “de ignorar”(ℓ.14 e 15) justifica-se pela regência de“opção”.

Comentário.

Trata-se, pois, de um caso de REGÊNCIA NOMINAL. O termo que exige a preposiçãoque antecede “ignorar” é mesmo “opção”. Este termo regente (opção) apresenta doistermos regidos, ambos apresentados sob forma oracional: (1) ignorardiplomaticamente o Hamas e (2) fortalecer a ANP.

ITEM CERTO

7 - (ESAF/ AUDITOR DO TESOURO MUNICIPAL NATAL / 2008)

A linguagem da mídia é uma das mais constantes

formas de comunicação a que as pessoas têm acesso.

Com os avanços da tecnologia, a produção de notícias

escritas e faladas invade nosso cotidiano. O noticiário

5. tem um papel social e político, assim como educacional:

ao estarmos expostos a ele fazemos conexões e

tentamos entender e explicar como acontecimentos

relatados na mídia se relacionam com nossas vidas e

com a sociedade como um todo. Entretanto, notícias

10. são relatos de fatos e não o fato em si. O tratamento

de qualquer tópico, portanto, sempre dependerá de

quem o escolheu e de que ponto de vista será relatado.

Relatos, assim, não são uma representação de fatos,

mas uma construção cultural que codifica valores fixos,

15. já que os jornalistas obedecem a uma série de critérios

que determinam se um fato pode ser relatado ou não.

(Carmen Rosa Caldas-Coulthard. A imprensa britânica e a representação da América Latina: recontextualização textual e prática social)

Analise o seguinte item a respeito do emprego das estruturas lingüísticas no texto.

- O uso da preposição a antes de “que”(l.2) é exigência das regras gramaticais quenormatizam as relações sintáticas com o substantivo “acesso”(l .2).

Comentário.

Mais uma questão que trata de regência nominal. Alguém tem acesso A alguma coisa. Na passagem, o objeto indireto está sob a forma pronominal, ou seja, representado

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por um pronome relativo, que substitui o antecedente (expressão “formas decomunicação”) na oração subordinada adjetiva: “A linguagem da mídia é uma das maisconstantes formas de comunicação a que as pessoas têm acesso.”

Desse modo, a preposição deve anteceder esse pronome relativo. Está correta aindicação das relações de regência.

ITEM CERTO

8 - (FCC/TCE SP – Agente de Fiscalização Financeira / Dezembro 2005)

As expressões de que e com que preenchem corretamente, nessa ordem, as lacunasda frase:

(A)) O prestígio . o texto de Maquiavel desfruta até hoje é merecido, pois é um

tratado político . .... muitos têm muito a aprender.

(B) As qualidades morais . .. muitos estavam habituados a considerar como taisforam substituídas pelas políticas, no tratado . .... Maquiavel tornou uma obra basilar.

(C) Os valores abstratos . ............................ muita gente costuma cultuar não tinham, para Maquiavel, qualquer aplicação ...... pudesse se valer na análise da política.

(D) O adjetivo maquiavélico, . ...................... muitos utilizam para denegrir o caráter de alguém, g

Comentário.

Vamos analisar lacuna por lacuna.

(A) “O prestígio . ... o texto de Maquiavel desfruta até hoje” – o verbo desfrutar, naconstrução, é transitivo indireto com a preposição “de” (Alguém desfruta de algumacoisa); o pronome relativo se refere a “prestígio”. Logo a primeira lacuna deverá serpreenchida com “de que”.

Em seguida, na passagem “pois é um tratado político .................. muitos têm muito a aprender”, devemos analisar a transitividade do verbo principal da locução verbal “tera aprender”. O verbo aprender, por estar acompanhado do advérbio “muito”,apresenta, na construção, a forma transitiva indireta, acompanhado da preposição“com” (da mesma forma que em “Eu aprendi muito com os meus erros”). Como o pro-nome relativo substitui a expressão “tratado político”, a construção deveria ser: “pois éum tratado político com que muitos têm muito a aprender”.

Lacunas: de que / com que - esta é a resposta correta.

(B) O verbo “considerar” é transitivo direto. Na oração “Muitos estavam habituados aconsiderar as qualidades morais” (termo este que será substituído pelo pronomerelativo), não há necessidade do emprego de preposição alguma, já que o verbo con-siderar é transitivo direto.

Assim, a primeira lacuna será preenchida somente com o pronome relativo: “Asqualidades morais que muitos estavam habituados a considerar como tais...”.

Na segunda lacuna, o pronome relativo exerce a função de objeto direto do verbo“tornar”. Este verbo é, na construção, transobjetivo, ou seja, além do objeto direto,requer um predicativo do objeto direto (será que você ainda se recorda disso?...rs...).

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Após a substituição do pronome relativo pelo substantivo (seu antecedente), aconstrução seria: “Maquiavel tornou o tratado uma obra basilar”, em que “o tratado”exerce a função de objeto direto e “uma obra basilar”, predicativo do objeto direto.Para deixarmos essa função de objeto direto bastante clara, vamos trocar osubstantivo por um pronome oblíquo: “Maquiavel tornou-o uma obra basilar”.

Observe que “obra basilar” tem valor adjetivo (atribui uma qualidade) em relação a“tratado”, e com ele não se confunde.

Como o objeto direto não requer preposição, na segunda lacuna há somente opronome relativo: “no tratado que Maquiavel tornou uma obra basilar”.

Lacunas: que / que

(C) “Muita gente costuma cultuar alguma coisa” – o verbo cultuar (principal dalocução) é transitivo direto. Assim, na primeira lacuna, há apenas o pronome relativoque se refere a “valores abstratos”: “Os valores abstratos que muita gente costumacultuar...”.

No segundo período, o verbo valer-se exige complemento indireto com a preposição“de” (Alguém pode se valer de alguma coisa). Essa preposição irá anteceder opronome relativo: “qualquer aplicação de que pudesse se valer na análise dapolítica.”.

Lacunas: que / de que

(D) O verbo utilizar é transitivo direto – “muitos utilizam o adjetivo maquiavélico”.Não há necessidade de se empregar preposição alguma – “O adjetivo ‘maquiavélico’,que muitos utilizam para denegrir o caráter de alguém...”. Na próxima questão,veremos uma questão que estabelecia a diferença entre “utilizar” e “utilizar-se”.

Na sequência, o verbo discordar (verbo principal da locução verbal) é transitivoindireto, com a preposição “de” (Alguém discorda de alguma coisa). Observe que aoração está na ordem invertida: “os cientistas políticos” é sujeito: “... ganhou umaacepção de que costumam discordar os cientistas políticos.” (equivalente a “oscientistas políticos costumam discordar da acepção”).

Lacunas: que / de que

(E) Alguém se entrega a alguma coisa – o verbo entregar-se (pronominal) étransitivo indireto com a preposição “a”. Esta preposição deve anteceder o pronomerelativo que substitui “a leitura de O Príncipe”: “A leitura de O Príncipe, a que muitagente até hoje se entrega...”.

Na sequência, temos um caso de regência nominal – o adjetivo “envolvidos” exige apreposição “em” (Alguém se sente envolvido em alguma situação). Esse complementonominal já está representado por “na lógica da política”. Já o pronome relativo exercea função de sujeito da oração subordinada adjetiva e se refere a “todos”: “todos sesintam envolvidos na lógica da política”. A construção seria: “... interessa a todos quese sintam envolvidos na lógica da política”.

Lacunas: a que / que

Gabarito: A

9 - (ESAF/SUSEP – Agente Executivo/2006)

1. Herdeiro de uma experiência extremamente rica, mas

esgotada pelo autoritarismo, o socialismo dos nossos

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tempos já não pode utilizar os referenciais do passado

e ainda não tem referenciais estratégicos para

5. encaminhar seu futuro. Está condenado a sobreviver

politicamente por meio de projetos e programas de

administração “humanizada” do capitalismo global,

o que lhe infunde permanentes crises de identidade

e traumáticas experiências de poder conforme a

10.maior ou menor solidez ideológica dos partidos que o

representam.

(Adaptado de Anivaldo de Miranda)

Em relação ao texto abaixo, analise a assertiva abaixo.

- Estaria gramaticalmente correta a redação já não pode se utilizar dosreferenciais, à linha 3.

Comentário.

Ainda que haja uma pequena diferença semântica, é possível a substituição do verbo UTILIZAR (transitivo direto) por UTILIZAR-SE DE (transitivo direto e indireto),acompanhado do pronome “se”.

O primeiro significa “usar, aproveitar, empregar”, enquanto que o outro quer dizer“valer-se de, servir-se de”.

De qualquer forma, o examinador não entrou no mérito da mudança de sentido,atendo-se aos aspectos gramaticais. Por isso, está CORRETA a proposição.

Note que o examinador não mencionou “norma culta” ou algo parecido – e essepronome “se” está “solto” no meio da locução verbal, posição CONDENADA pelospuristas.

Para eles, as opções de colocação pronominal seriam:

(1) “já não se pode utilizar dos referenciais...” (próclise em relação ao verbo auxiliar);

(2) “já não pode utilizar-se dos referenciais...” (ênclise em relação ao verbo principal);ou

(3) “já se não pode utilizar dos referenciais...”, mas isso é pegar pesado demais com opobre do candidato (rs...). O quê? Você estranhou essa colocação pronominal? Saibaque o nome disso é “apossínclise” e que se trata da intercalação de uma ou maispalavras entre o pronome átono proclítico e o verbo.

ITEM CERTO

10 - (ESAF/AFC STN/2008)

Com base no texto, analise a afirmativa abaixo.

1. No caso do Brasil, o potencial de contaminação

das expectativas de crescimento pela crise externa

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concentra-se em três ameaças: a economia real ser

atingida por forte contenção de liquidez, o que diminuirá

5. a oferta de capital para manter os investimentos, o

consumo interno sofrer abalos com a perda acelerada

do preço das commodities, o que tenderá a reduzir o

lucro dos exportadores, e a volta do déficit em conta

corrente, com pressão sobre o câmbio e reflexos na

10. inflação.

O momento é oportuno para o Brasil encontrar medidas

que amenizem os efeitos de uma eventual tempestade

internacional. As preocupações não são infundadas. O

risco de escassez de crédito externo para as empresas

15. brasileiras é um exemplo. Acertadamente, o governo já

estuda meios para compensar uma eventual paralisia

do crédito internacional, por meio de fontes internas,

como empréstimos do BNDES.

(Jornal do Brasil, 18 de setembro de 2008, Editorial)

- O emprego da aglutinação da preposição com artigo definido feminino em “pela crise”justifica-se pela regência de “crescimento”(l. 2).

Comentário.

Essa é a forma mais atual de questões de regência da ESAF. A banca sugere um termoregente e o candidato deve voltar ao texto e, com cuidado, avaliar tal sugestão.

O segmento iniciado pela preposição “por” (contraída com o artigo definido “o”,formando “pelo”) indica o agente da “contaminação” (em outras palavras, a criseexterna contaminou as expectativas de crescimento => expectativas de crescimentocontaminadas PELA CRISE EXTERNA).

Portanto, está errada a afirmação de que o termo que estaria a exigir seu empregoseria o vocábulo “crescimento”.

ITEM ERRADO

11 - (ESAF/ATA MF/2009)

Em relação ao texto abaixo, analise a proposição.

Os mercados financeiros entraram em março

2. assombrados pelo maior prejuízo trimestral da história

corporativa dos Estados Unidos – a perda de US$ 61,7

4. bilhões contabilizada pela seguradora American

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International Group (AIG) no quarto trimestre de 2008.

6. No ano, o prejuízo chegou a US$ 99,3 bilhões. O

Tesouro americano anunciou a disposição de injetar

8. mais US$ 30 bilhões na seguradora, já socorrida em

setembro com dinheiro do contribuinte. Na Europa, a

10. notícia ruim para as bolsas foi a redução de 70% do

lucro anual do Banco HSBC, de US$ 19,1 bilhões para

12. US$ 5,7 bilhões. Enquanto suas ações caíam 15%,

o banco informava o fechamento das operações de

14. financiamento ao consumidor nos Estados Unidos,

com dispensa de 6.100 funcionários.

16. Com demissões de milhares e perdas de bilhões

dominando o noticiário de negócios no dia a dia, os

18. sinais de reativação da economia mundial continuam

fora do radar. E isso não é o pior. No fim do ano

20. passado, havia a esperança de se iniciar 2009 com

a crise financeira contida. Se isso tivesse acontecido,

22.os governos poderiam concentrar-se no combate

à retração econômica e ao desemprego. Aquela

24.esperança foi logo desfeita.

(O Estado de S. Paulo, 3/3/2009)

- A presença de preposição em “ao desemprego”(ℓ.23) justifica-se pela regência de“combate”.

Comentário.

São dois os termos regidos do substantivo “COMBATE”: “... combate À RETRAÇÃO ECONÔMICA e AO DESEMPREGO”.

Nessas poucas questões apresentadas, verificamos que as que exploram REGÊNCIA NOMINAL costumam ser simples, explorando os termos (regente e/ou regido) destarelação sintática.

Sempre volte ao texto e releia a passagem em que o trecho em análise se encontra.

ITEM CERTO

12 - (ESAF/AFC CGU/2006)

Uma das condições principais da pós-modernidade é o fato de ninguém poder ou deverdiscuti-la como condição histórico-geográfica. Com efeito, nunca é fácil elaborar umaavaliação crítica de uma situação avassaladoramente presente. Os termos do debate,da descrição e da representação são, com freqüência, tão circunscritos que parece não

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haver como escapar de interpretações que não sejam auto-referenciais. É convencionalnestes dias, por exemplo, descartar toda sugestão de que a “economia” (como querque se entenda essa palavra vaga) possa ser determinante da vida cultural, mesmo“em última instância”. O estranho na produção cultural pós-moderna é o ponto até oqual a mera procura de lucros é determinante em primeira instância.

(David Harvey, Condição pós-moderna, p. 301, com adaptações)

Julgue a asserção abaixo.

- O emprego da preposição de é obrigatória antes do pronome relativo “que” (l.6),pois aí se inicia uma oração subordinada que completa a idéia de “sugestão”(l.6).

Comentário.

Mudança ortográfica: não há acento agudo em “ideia”, e não há hífen napalavra “autorreferenciais”. O prefixo “auto” liga-se com hífen a elementosiniciados por “h” ou “o” (vogal em que termina o prefixo). Sendo o segundoelemento iniciado por “r”, deve esta consoante dobrar para que não hajaprejuízo fonético.

O termo regente sugestão exige a preposição de (Alguém apresenta a sugestão DEalgo). O complemento nominal, seja sob forma nominal (substantivo, pronome etc) ouoracional (como apresentado no texto), deve ser precedido de preposição.

Contudo, esse “que” não é um pronome relativo, mas uma conjunçãointegrante. Esse é o erro da questão (puxa vida!!!).

Vimos logo no início da nossa aula a forma de diferenciar um pronome relativo de umaconjunção (Ah... não!!! De novo, Cláudia?!?!.... De novo, sim!!!).

O pronome relativo inicia uma oração subordinada adjetiva e substitui algum termo jámencionado (chamado de antecedente ou referente).

Já a conjunção inicia uma oração subordinada substantiva e toda a oração, regrageral, pode ser substituída pela palavra ISSO. Lembra?

Então, vamos analisar essa construção:

“É convencional (...) descartar toda sugestão de que a ‘economia’ (...) possa serdeterminante da vida cultural, mesmo ‘em última instância’.”

Podemos afirmar que “É convencional (...) descartar toda sugestão disso”.

No lugar da oração ou do “isso”, poderíamos empregar também um substantivo: “Éconvencional (...) descartar toda sugestão de retirada”.

Assim, concluímos que essa oração é mesmo uma oração subordinada substantiva, enão adjetiva. Por isso, esse “que” é uma conjunção integrante, e não um pronomerelativo.

Veja que a banca tentou conduzir a análise do candidato para o emprego dapreposição “de”, quando o erro da opção estava na indicação da classe gramatical deoutra palavra, o “que”. Pura maldade, hem?

ITEM ERRADO

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13 - (ESAF/AFC CGU/2004)

Julgue se o trecho abaixo foi transcrito de forma gramaticalmente correta.

- A onda desenvolvimentista e a experiência keynesiana teve o seu apogeu nas trêsdécadas que sucederam o fim da Segunda Guerra. O ambiente político e social estavasaturado da idéia que era possível adotar estratégias nacionais e intencionais decrescimento, industrialização e avanço social.

Comentário.

Mudança ortográfica: não há acento agudo em “ideia” (linha 4) .

Para começar, um problema de concordância. Como vimos, sujeito compostoanteposto ao verbo exige que este realize a concordância gramatical, ou seja, comtodos os núcleos. Na construção, são dois os núcleos: onda e experiência. Assim, aforma verbal TER deveria ter se flexionado no plural: “... tiveram o seu apogeu...”.

O outro erro é de regência verbal, em relação ao verbo SUCEDER que, no sentido de“vir após, acontecer sucessivamente”, pode ser transitivo direto (pronominal) eindireto (algo suceder-se a), transitivo indireto (algo suceder a) ou intransitivo(algo suceder). Nota-se, portanto, um problema de regência verbal: “... nas trêsdécadas que sucederam ao fim da Segunda Guerra.”.

Em seguida, outro problema de regência, desta vez nominal. O termo regente “idéia” (*) exige a preposição “de”, que deve anteceder a conjunção integrante “que”:“... estava saturado da idéia (*) DE QUE era possível adotar estratégias...”.

Cuidado com esse último erro, pois é muito comum, na linguagem cotidiana, abolirmosa preposição que vem após substantivos quando o termo regido é oracional:

“Ele não tem consciência DE QUE somos todos irmãos.”

“Não tenha dúvidas DE QUE eu a amo.”

“Ela tinha medo DE QUE o marido soubesse a verdade.”

“Ele está temeroso DE QUE seja abandonado.”

“O deputado respondeu às acusações DE QUE estaria envolvido no esquema.”

“A previsão DE QUE ele morreria não se confirmou.”

Celso Luft enumera apenas CINCO nomes (quatro adjetivos e um substantivo) queadmitem a omissão da preposição antes de termos regidos oracionais. São eles:

- ansioso: “Estava ansioso (de) que a aula terminasse.”;

- convencido: “Estava convencido (de) que ele não era sincero.”;

- crente: “Estou crente (de) que no próximo ano serei aprovado.”;

- esperança: “Tenho esperanças (de) que você volte.”;

- esquecido:“Ele parecia esquecido (de) que eu era sua amiga.”.

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Algumas bancas seguem esta lição (como o Cespe, até o momento). Contudo, não nosdeparamos com nenhuma questão assim nas provas das bancas estudadas nesse curso(ESAF, FCC e FGV), por isso todo cuidado é pouco.

ITEM ERRADO

14 - (ESAF/Auditor-Fiscal do Trabalho/2006)

Analise o trecho a seguir, adaptado de uma reportagem da Folha de S. Paulo, 30 deabril de 2006.

- Um diploma universitário ou o ingresso no ensino superior não são garantias que ossalários não se deteriorem de modo mais intenso nos períodos de crise, pois asmaiores perdas entre 2002 e 2006, ocorreram nos trabalhadores com mais de 11 anosde estudo.

Comentário.

O termo regente “garantias” exige a preposição “de” (garantia DE alguma coisa).

Assim, percebe-se um erro de regência, com a falta da preposição em “... não são garantias que os salários não se deteriorem...”.

O correto seria: “... não são garantias DE QUE os salários não se deteriorem...”.

Há também um problema de pontuação, com a vírgula após “2006” separando sujeitodo verbo correspondente, mas isso é assunto da nossa penúltima aula.

ITEM ERRADO

15 - (ESAF/AFC STN/2005)

Analise a correção gramatical do trecho abaixo.

- A responsabilidade dos sócios e administradores da sociedade limitada resultante dacessão de quotas não será distinta de outras sociedades limitadas.

Comentário.

Ainda que o termo regente esteja representado por um pronome demonstrativo, se faznecessário o emprego da preposição que seria exigida por ele.

É o que acontece na passagem: “A responsabilidade (...) não será distinta de outrassociedades limitadas”.

Vamos analisar o sentido do que está escrito: a responsabilidade não será distinta DEOUTRAS SOCIEDADES? O que o autor quis dizer foi que “a responsabilidade dos sóciose administradores da sociedade limitada resultante da cessão de quotas não serádistinta DA RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS E ADMINISTRADORES de outrassociedades limitadas” ou simplesmente “DA RESPONSABILIDADE de outrassociedades limitadas”.

Ficou faltando o elemento que exige a preposição “de” final, quer o substantivo ou umpronome que o represente:

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1 - “A responsabilidade (...) não será distinta DA RESPONSABILIDADE de outrassociedades limitadas”; ou

2 - “A responsabilidade (...) não será distinta DA de outras sociedades limitadas” (preposição “de” + pronome demonstrativo “a”, que substitui “responsabilidade”).

ITEM ERRADO

16 - (ESAF/ATA MF/2009)

Assinale a opção que preenche corretamente as lacunas do texto.

A chegada da crise financeira mundial __1__ pequenos municípios exibe mais umaface perversa do abalo global que já fez tremer os gigantes do crédito internacional. Apopulação mais pobre dessas comunidades começa a pagar preço alto ao __2__ situarno lado mais fraco das contas públicas brasileiras. A desaceleração da atividadeeconômica já seria suficiente __3__ provocar uma expressiva perda de arrecadaçãoem todos os níveis da administração pública. Mas __4__ um complicador a mais paraos municípios pequenos. Forçado __5__ conceder desonerações tributárias para ajudara manutenção de empregos, o governo federal abriu mão de parte do Imposto sobreProdutos Industrializados (IPI), um dos principais formadores do Fundo de Participaçãodos Municípios (FPM). Por causa da excessiva proliferação de cidades, muitas vezes,emancipadas apenas para atender a interesses de grupos políticos locais, é imensa aquantidade de orçamentos dessas comunidades em todo o país que dependem quase__6__ exclusivamente desse fundo.

(Estado de Minas, 3/3/2009)

1 2 3 4 5 6

a) nos o ao a em que

b) aos se para há a que

c) a a de é de em

d) por lhe por existe por de

e) em o ao é por de

Comentário.

Assim como o verbo CHEGAR (REGÊNCIA VERBAL), o substantivo CHEGADA rege apreposição “a”. Essa é uma característica dos verbos que indicam DESLOCAMENTO (ira algum lugar / dirigir-se a algum lugar / chegar a algum lugar). Só com essa análise,poderíamos eliminar diversos itens e ficar somente com dois: B (em sentidodeterminado, com o artigo antes do substantivo “municípios”) e C (em sentidogenérico e, portanto, sem artigo).

A segunda lacuna já resolve esta questão, que deveria ser preenchida com o pronome“se” (as comunidades SE SITUAM no lado mais fraco das contas públicas brasileiras) enão com o oblíquo “a”.

A lacuna 5 também explora conceitos de regência. O adjetivo “forçado” rege apreposição “a” (alguém é forçado A alguma coisa), restando, novamente, como opção,a letra B.

Gabarito: B

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17 - (ESAF/ANEEL ANALISTA/2006)

A pichação é uma das expressões mais visíveis da invisibilidade humana. São mais doque rabiscos. São uma forma de estabelecer uma relação de pertencimento com acomunidade – mesmo que por meio da agressão – e, ao mesmo tempo, de dar aoautor um sentido de auto-identidade.

(Gilberto Dimenstein, Folha de S. Paulo, 21/01/2006)

Analise a declaração acerca desse trecho do texto.

- O verbo “dar”, na penúltima linha, está empregado como bitransitivo, constando dafrase seus dois objetos: o direto e o indireto.

Comentário.

A partir de agora, falaremos bastante sobre a transitividade verbal.

Isso porque o conceito de REGÊNCIA VERBAL passa necessariamente pela definição daTRANSITIVIDADE DO VERBO.

Há verbos que bastam por si mesmos – são os verbos INTRANSITIVOS.

Outros há que necessitam de informações suplementares, ou seja, do auxílio de umaexpressão subsidiária, que se apresenta sob a forma de COMPLEMENTO. Esses são osverbos TRANSITIVOS (palavra da mesma origem que “trânsito”, “transitar”).

Quando não há preposição necessária, o verbo é TRANSITIVO DIRETO, ou seja, liga-seao complemento diretamente (OBJETO DIRETO).

No caso de a preposição ser obrigatória, o verbo é classificado como TRANSITIVOINDIRETO e o complemento é antecedido de preposição (OBJETO INDIRETO).

Quando, simultaneamente, o verbo requer dois complementos, um direto e outroindireto, o chamamos de bitransitivo ou transitivo direto e indireto. Você tambémpode encontrar em prova a denominação “transitivo-relativo”.

Por fim, há os que não se satisfazem apenas com a informação trazida pelo objeto,exigem mais alguma, esta trazida pelo predicativo do objeto. Esses são os verbostransobjetivos, estudados na aula de CONCORDÂNCIA (julgar, considerar etc.). podeser que o examinador tire do baú a expressão “transitivo-predicativo”, exatamente emfunção de este verbo exigir um predicativo do objeto.

A todo momento, mencionamos “preposição necessária” ou “obrigatória”. Isso porquehá casos em que a preposição é utilizada como recurso estilístico, como, por exemplo,para evitar ambiguidade, ou obrigatoriamente quando o objeto direto vier sob aforma de um pronome oblíquo tônico. Nesses casos, o complemento é chamado deOBJETO DIRETO PREPOSICIONADO.

Atente para o fato de que a transitividade de um verbo só pode ser definida naoração, de acordo com os elementos presentes na construção.

Para animar nossa aula, vamos dar alguns exemplos extraídos de canções (Oba!!!Soltea voz agora!!!), o verbo ANDAR pode ser:

- um verbo de ligação: “Tenho andado distraído, impaciente e indeciso...” (LegiãoUrbana - Quase sem Querer) – O verbo principal da locução de tempo compostodenota o estado do sujeito;

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- um verbo intransitivo: “Andei, andei, andei até encontrar / Este amor tão bonitoque me fez parar...” (Chitãozinho e Xororó – Coração Sertanejo) – o verbo basta porsi, não precisa de nenhum complemento;

Para os que detestam música sertaneja, vai uma da MPB (Gilberto Gil – Andar comFé): “Andar com fé eu vou /Que a fé não costuma falhar...” – Agora, o verbo estáacompanhado de um adjunto adverbial;

Outro exemplo (lindo!!!), também com complemento adverbial: “Ando devagarporque já tive pressa / E levo esse sorriso porque já chorei demais...” (Manhas eManhãs – Renato Teixeira);

- um verbo transitivo direto: Não consegui localizar uma letra de música comoexemplo. Se alguém encontrar, escreva para mim. Na falta de música, coloquei umpoema: “Andei léguas de sombra / Dentro do meu pensamento...” (Fernando Pessoa – Andei Léguas de Sombra);

- um verbo transitivo indireto: “Ando por aí querendo te encontrar / Em cadaesquina, paro em cada olhar / Deixo a tristeza e trago a esperança em seu lugar / Queo nosso amor para sempre viva / Quero poder jurar que essa paixão jamais será /Palavras apenas / Palavras pequenas / Palavras”.

Essa canção chama-se Palavras ao Vento, de Moraes Moreira e Marisa Monte (vocêsabia??? Eu não!), famosa na voz de Cássia Eller (duas das minhas cantoraspretas).

Aliás, já que nosso assunto é regência, você percebeu a passagem “...e trago aesperança em seu lugar / (esperança) que o nosso amor para sempre viva...”.

Pois esse é um belo exemplo de regência nominal (como substantivo esperança) emque a preposição foi omitida corretamente (olhe a lista do Luft lá em cima...) por tercomplemento oracional. Beleza pura!!!

Agora, acabou o recreio – de volta à questão da prova (rs...).

O examinador afirma que, na passagem, o verbo DAR é bitransitivo – vamos ver se eleestá certo:

“São uma forma de estabelecer uma relação (...) e, ao mesmo tempo, de dar ao autor um sentido de auto-identidade.”

Sim, está certo. O verbo DAR possui um objeto direto (um sentido de auto-identidade)e um objeto indireto (ao autor).

ITEM CERTO

18 - (FCC/TCE MA – Analista / Novembro 2005)

... os portos da Amazônia têm um sistema de braços flutuantes...

O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o do grifado acima está nafrase:

(A) ... choveu menos na Amazônia.

(B) ... assim como aconteceu no início do século XX.

(C)) ... duplicando o impacto sobre o ambiente.

(D) ... que se trata de variações médias ao longo de três décadas.

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(E) ... a atual seca se torna mais relativa.

Comentário.

O verbo ter, na construção, é transitivo direto (objeto direto é “um sistema de braçosflutuantes”).

Vamos verificar a transitividade dos demais verbos:

(A) intransitivo – A expressão “na Amazônia” apresenta valor circunstancial de lugar –é um advérbio e, portanto, exerce a função sintática de adjunto adverbial.

(B) intransitivo – O mesmo ocorre com a expressão adverbial “no início do século XX”,que apresenta um valor circunstancial de tempo/momento.

(C) transitivo direto – O objeto direto é “o impacto sobre o ambiente”. ESSA É ARESPOSTA CERTA!

(D) transitivo indireto – Esse é um emprego clássico de sujeito indeterminado. Comovimos na aula sobre concordância, o sujeito indeterminado se constrói de duas formas:com verbos transitivos indiretos, intransitivos ou de ligação, na 3ª pessoa do singularacompanhado do índice de indeterminação do sujeito “se”; com verbos de qualquertransitividade, na 3ª pessoa do plural (sem o pronome). Foi apresentada a primeiraforma: “que se trata de variações médias ao longo de três décadas” (objeto indiretosublinhado).

(E) Essa foi a opção mais difícil. O verbo tornar, na construção apresentada, além doobjeto direto (representado pelo pronome “se”), exige também um outro complemento– o predicativo do objeto direto: “mais relativa”. Esse é um verbo transobjetivo, querequer dois complementos – objeto direto e predicativo do objeto direto.

Gabarito: C

19 - (FCC/TRT 15ª Região – Técnico Judiciário / Setembro 2004)

O Conselho Nacional de Justiça precisará de segmentos setoriais...

O mesmo tipo de complemento exigido pelo verbo grifado acima está na frase:

(A) ... tornando-a mais rápida...

(B) ... limita a liberdade dos juízes...

(C) ... e pode permitir a influência do Executivo...

(D) ... se a aplicação for restrita a matérias tributárias...

(E) ... mas valem apenas para os advogados privados...

Comentário.

O verbo em epígrafe é transitivo indireto (precisará de segmentos setoriais). Aconstrução verbal que apresenta idêntica transitividade é a da letra (E) – valem paraos advogados.

Vamos analisar a dos demais verbos:

(A) transobjetivo – objeto direto: “a”; predicativo do objeto direto: “mais rápida”;

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(B) transitivo direto – objeto direto: “a liberdade dos juízes”;

(C) transitivo direto – objeto direto: “a influência do Executivo”;

(D) verbo de ligação – predicativo do sujeito: “restrita”; complemento nominal (liga-se ao adjetivo “restrita”): “a matérias tributárias”. Essa era a pegadinha daquestão. Muita gente deve ter marcado essa opção como correta imaginando que oelemento que exerce a função de complemento nominal seria objeto indireto – ledoengano! Não foi à toa que a opção correta era a letra (E).

Gabarito: E

20 - (FCC/ BACEN - Procurador / Janeiro 2006)

... e as cotações generosas empolgam os usineiros ...

O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o do grifado acima está nafrase:

(A) Nem só de problemas vive o campo.

(B) Enquanto estrelas de primeira grandeza como a soja vergam sob uma conjunturadesfavorável ...

(C) A razão é a alta do petróleo ...

(D)) ... e há meia centena de novas usinas projetadas ...

(E) ... que torna o álcool um combustível atraente.

Comentário.

O verbo em questão é empolgar, que, na oração, é transitivo direto. Vamos analisaras opções:

(A) transitivo indireto - objeto indireto é “de problemas”. “O campo” é o sujeito daoração. A dificuldade talvez esteja no fato de que a oração não foi apresentada em suaordem direta (sujeito + verbo + complemento).

(B) intransitivo – a expressão “sob uma conjuntura desfavorável” exerce a função deadjunto adverbial.

(C) verbo de ligação – predicativo do sujeito: “a alta do petróleo”.

(D) transitivo direto – Já sabemos que o verbo haver, no sentido de existência /ocorrência, é impessoal, ou seja, não possui sujeito. O que se segue é o objeto direto.ESSA É A RESPOSTA CERTA!!!

(E) Novamente, a banca explorou o conceito de verbo transobjetivo. Mais uma vez,empregou o verbo “tornar” em uma opção que buscava o verbo transitivo direto. Jádissemos mas vamos repetir: estes verbos exigem, além do objeto direto, umcomplemento – o predicativo do objeto direto. Por isso, não atendeu ao enunciado.

Gabarito: D

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21 - (FGV/BADESC – Nível Médio/2010)

Assinale a alternativa que apresente a frase cujo verbo sublinhado tem regênciaidêntica à do verbo em destaque na frase “os indivíduos perdem a noção de que taisatitudes se constituem em ações desonestas” (L.43-44):

(A) A corrupção é mera consequência desse padrão moral.

(B) Se ainda existe a vontade de enganar.

(C) A moral pública sofreu uma derrocada significativa.

(D) Ela já começa dentro de casa.

(E) Todo o restante da sociedade se utiliza dessa mesma lógica.

Comentário.

Assim como a FCC, a banca da FGV explora bastante a questão da transitividadeverbal, intimamente ligada à sintaxe de regência.

Veja que, nessa questão, apresentou no enunciado um verbo de transitividade direta(perdem a noção) e busca a opção cujo verbo apresente a mesma regência.

Relembro que a transitividade de um verbo só pode ser analisada na oração.

Na opção A, o verbo é de ligação, portanto não atende ao enunciado.

A sugestão da opção B é perigosa, pois o examinador, intencionalmente, inverteu aordem dos termos da oração. Na aula de Concordância, vimos as diferenças sintáticasentre o verbo HAVER e o verbo EXISTIR e estudamos que o primeiro é impessoal, nãopossui sujeito e o que se lhe segue atua como objeto direto (o verbo é, portantotransitivo direto). Contudo, o verbo EXISTIR possui sujeito e com ele deve concordar.É, portanto, um verbo intransitivo. O sintagma “a vontade de enganar” exerce afunção sintática de sujeito, e não de objeto direto. Não é essa a resposta.

Na opção C, temos, sim, um verbo transitivo direto: “alguém sofre algo”. O objetodireto está representado por “uma derrocada significativa”. Certamente, o alunoapressado já tinha marcado a opção B antes mesmo de analisar a opção C, que é anossa resposta.

Na opção D, há mais um caso de verbo intransitivo. A expressão “dentro de casa”possui valor adverbial.

Por fim, na opção E, o verbo apresenta bitransitividade, sendo o objeto direto a formapronominal (utilizar-se) e o objeto indireto representado por “dessa mesma lógica”.

Gabarito: C

22 - (FCC/TRE AP – Analista Judiciário / Janeiro 2006)

Quando lhe disseram que também se caçam borboletas e andorinhas...

A frase cujo verbo, também grifado, apresenta regência idêntica à do grifado na fraseacima é:

(A) ...que fez uma viagem de exploração à América do Sul...

(B)...que sabem reduzir a cabeça de um morto...

(C) Queria assistir a uma dessas operações...

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(D) ...que ele tinha contas a acertar...

(E) Ele não me fez nenhum mal!

Comentário.

Mais uma vez, será analisada a transitividade do verbo, que, como vimos, se refere àregência do verbo em determinada construção (é por isso que afirmo e reafirmo que sópodemos identificar a transitividade do verbo na oração).

O verbo dizer, na estrutura oracional apresentada, é transitivo direto e indireto(objeto indireto: “lhe” e objeto direto: “que também se caçam borboletas eandorinhas”).

Vamos analisar a transitividade de cada um dos verbos apresentados nas opções:

(A) transitivo direto (“fez uma viagem de exploração à América do Sul” – objeto diretosublinhado);

(B) transitivo direto (objeto direto oracional sublinhado: sabem reduzir a cabeça de ummorto);

(C) transitivo indireto (objeto indireto regido pela preposição “a”: “uma dessasoperações”);

(D) transitivo direto (objeto direto: “contas a acertar”);

(E) transitivo direto e indireto (GABARITO) – objeto direto: “nenhum mal”; objetoindireto “me”.

Aproveitamos para lembrar que os pronomes oblíquos me, te, se, nos e vos podematuar tanto como objetos diretos quanto como objetos indiretos.

Para a análise, não vai adiantar nada trocar o “me” pelo “a mim”, ou o “nos” pelo “anós”. Esses pronomes oblíquos (mim, ti, ele, ela, nós, vós, eles, elas) devem estarsempre acompanhados de preposição. Você estaria trocando seis por meia dúzia.

A melhor forma é trocar o ‘pronome’ pelo ‘nome’ (substantivo). Assim, no exemplo:“Ele não me fez mal” – no lugar do pronome (“me”) devemos usar um substantivo –“menino”: “Ele não fez mal ao menino”. Ficou clara a necessidade da preposiçãoantes do nome. Assim, o pronome “me” é mesmo o objeto indireto da construção.

Vamos treinar um pouco o emprego de o / lhe na próxima questão.

Gabarito: E

23 - (FGV/MPE AM – Economista/2002)

Assinale a frase em que há ERRO no emprego de o ou lhe em relação à norma cultada língua.

(A) O cronista não lhe entregou o texto que prometera.

(B) A leitura daquela crônica decepcionou-lhe.

(C) O cronista o encontrou numa livraria.

(D) Eu o admiro como cronista há muito tempo.

(E) O conteúdo de suas crônicas o entristecia.

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Comentário.

Como complemento verbal, o pronome oblíquo “o” só deve ser usado como objetodireto. Já o oblíquo “lhe” atua como objeto indireto. Então, para sabermos se devemosusar “o” ou “lhe”, devemos analisar a regência verbal.

a) Alguém entrega alguma coisa a alguém. Como “o cronista não lhe entregou o texto(OD)”, confirmamos que o pronome oblíquo age como objeto indireto. Está certo.

b) O verbo DECEPCIONAR é transitivo direto. Na dúvida, no lugar de um pronome,use um nome (substantivo): “A leitura daquela crônica decepcionou minha mãe.”.Pronto! O verbo tem mesmo uma relação direta com seu complemento, por isso, nolugar de “lhe”, devemos usar “o/a/os/as”. Esta é a resposta.

c) O verbo ENCONTRAR é transitivo direto, por isso está certo o emprego de “o”.

d) Alguém admira outra pessoa. Então, acerta quem fala “eu o admiro” (já notou comoem novela, especialmente as “ambientadas” no nordeste brasileiro, é um tal de “eu lheamo” pra lá, “eu lhe admiro” pra cá... vixe Maria..rs...).

e) O mesmo acontece com o verbo ENTRISTECER. Algo entristece alguém. Está certo oemprego do pronome oblíquo.

Gabarito: B

24 - (ESAF/Analista IRB/2004)

Identifique a letra em que uma das frases apresenta erro de regência verbal.

a) Atender uma explicação.

Atender a um conselho.

b) O diretor atendeu aos interessados.

O diretor atendeu-os no que foi possível.

c) Atender às condições do mercado.

Os requerentes foram atendidos pelo juiz.

d) Atender o telefone.

Atender ao telefone.

e) Ninguém atendeu para os primeiros sintomas da doença.

Ninguém se atendeu aos primeiros alarmes de incêndio.

Comentário.

Essa questão é praticamente uma aula de regência verbal do verbo atender, por issoé sempre lembrada em nossas aulas.

Além disso, as bancas A-DO-RAM o verbo “atender” – volta e meia cai uma questãoem prova. Por isso, vamos estudá-lo.

O curioso é que todos os exemplos apresentados nas opções foram retirados do livrode Celso Pedro Luft (obra citada no início da aula).

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Sobre a regência do verbo atender:

1. o verbo será facultativamente transitivo direto ou transitivo indireto (nestecaso, regendo a preposição a) nas seguintes acepções:

- no sentido de dar ou prestar atenção – “Atender a um conselho” (opção a),”Atender uma explicação” (opção a), “O diretor atendeu aosinteressados” (opção b); Luft ressalta que, se o complemento for umpronome pessoal referente a PESSOA, só se empregam as formasobjetivas diretas – “O diretor atendeu os interessados” ou “aosinteressados”, mas somente “O diretor atendeu-os.”.

- na acepção de tomar em consideração, considerar, levar em conta, terem vista – “Atender às condições do mercado.” (opção c);

- com sentido de responder – “Atender ao / o telefone (opção d);

2. na acepção de conceder uma audiência , é transitivo direto e, por isso,possibilita a construção na voz passiva – “Os requerentes foram atendidos pelojuiz” (opção c);

3. no sentido de acolher, deferir, tomar em consideração, é transitivo direto –“O diretor atendeu-os no que foi possível” (opção b) ;

4. no sentido de atentar, reparar, é transitivo indireto, podendo reger aspreposições a, para, em – “Ninguém atendeu para os primeiros sintomas dadoença” (opção e).

A única forma incorreta é “Ninguém se atendeu aos primeiros alarmes de incêndio.”.O sentido é o da letra e (atentar, reparar), que, por ser transitivo indireto, nãoadmite construção de voz passiva ou um pronome reflexivo (“Ninguém se atendeu...”).

Gabarito: E

25 - (ESAF / Auditor-Fiscal do Trabalho / 2006)

No atual estágio da sociedade brasileira, se se deseja um regime democrático, nãobasta abolir a necessidade de bens básicos. É necessário que o processo produtivo sejacapaz de continuar, com eficiência, a produção e a oferta de bens consideradossupérfluos. Em se tratando de um compromisso democrático, uma hierarquia deprioridades deve colocar o básico sobre o supérfluo. O que deve servir como incentivopara a proposta de casar democracia, fim da apartação e eficiência econômica emgeral é o fato de que o potencial econômico do país permite otimismo quanto àpossibilidade de atender todas essas necessidades, dentro de uma estratégia em que otempo não será muito longo.

(Adaptado de Cristovam Buarque, Da modernidade técnica à modernidade ética, p.29)

Analise a proposta de alteração para o texto.

- Inserir a preposição a antes de “todas essas necessidades”(l.8).

Comentário.

Vimos que, no sentido de “considerar”, o verbo ATENDER pode ser transitivo direto ouindireto, indistintamente. Assim, estaria correta a inclusão de uma preposição antes dotermo regido “todas essas necessidades” (“... quanto à possibilidade de atender atodas essas necessidades”).

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Você pode ter estranhado, logo no início, aquela dupla ocorrência do “se”. O queacontece é que houve a proximidade da conjunção adverbial condicional “se” com opronome apassivador “se” (é voz passiva, sim, pois o verbo DESEJAR é transitivodireto: “um regime democrático é desejado”).

Vamos trocar a conjunção para facilitar: “No atual estágio da sociedade brasileira,CASO SE DESEJE um regime democrático, não basta abolir a necessidade de bensbásicos.”. Tudo certinho!

ITEM CERTO

26 - (ESAF/TCU/2006)

Assinale a opção que corresponde a erro gramatical.

A precariedade dos serviços públicos é responsável por cerca de(1) 8% das barreirasao crescimento do País. Esse impacto se deve aos(2) efeitos em cascata que asdeficiências no setor público causam à economia. No Brasil, esses problemas parecemtão arraigados à rotina nacional que aparentam ser imutáveis. Não são. O Reino Unidoestá implementando uma reforma que visa o(3) aumento de produtividade e àmelhoria da qualidade dos serviços públicos. O primeiro passo aconteceu com oestabelecimento de alguns princípios:

• metas nacionais de desempenho, mensuráveis e disponíveis para comparação pelopúblico;

• clara definição de responsabilidades entre as entidades públicas;

• aumento de flexibilidade, por meio da(4) simplificação de processos e da reduçãoda burocracia;

• oportunidade de escolha por parte do público em relação aos provedores de serviços.

A estimativa é que(5) essas reformas aumentem o PIB do País em 16 bilhões delibras.

(Adaptado de Revista Veja, n. 49, p.154.)

a) 1

b) 2

c) 3

d) 4

e) 5

Comentário.

O verbo VISAR, no sentido de “ter como objetivo”, é originalmente transitivoindireto, regendo a preposição “a”.

Esse é o posicionamento da banca, de acordo com o gabarito publicado.

Contudo, Luft nos ensina que, em função da proximidade semântica com “buscar,pretender”, passou-se a aceitar também a transitividade direta, dispensando apreposição. “Isso se deu, de início, principalmente com o infinitivo: ‘Todas essasconsiderações visam apenas glosar os debates.’. (...) Vide gramáticos e dicionaristasque registram legitimando o fato [Nascentes, Rocha Lima, Celso Cunha, Cegalla,

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Bechara, Aurélio]. Uma pesquisa mostrou que em textos legais predomina (...)a regência indireta.”

E agora, José?

Sugiro que você leve para a prova a regência “tradicional” (o “feijão com arroz”): “visaao aumento”, mas que tenha em mente que, volta e meia, a ESAF cobra uma“novidade, uma inovação sintática”, e isso pode surgir em uma questão com o verboVISAR neste sentido.

Veja só a próxima questão.

Gabarito: C

27 - (FGV/SEFAZ RJ/2007)

Julgue a afirmação a seguir.

- No trecho “que vise a minorar as desigualdades” (L.58-59), a regência do verbo visarestá de acordo com a norma culta, muito embora atualmente bons autores tenhamavalizado o uso do verbo como transitivo direto, nesse mesmo sentido.

Comentário.

Exatamente como acabamos de estudar, o verbo VISAR, no sentido de “buscar,almejar, ter como objetivo”, exige a preposição “a”, mas já caminha para umamudança. Por isso, mantenha-se antenado e, em prova, procure perceber se oexaminador busca a forma “tradicional” da regência indireta ou trata da inovaçãosintática, em que o verbo se apresenta transitivo direto.

ITEM CERTO

28 - (FGV/SENADO FEDERAL – ADVOGADO/2008 - adaptada)

“Tal atitude implicou a busca de maior transparência. Era preciso assegurar aocidadão amplo acesso a informações sobre o desempenho da Justiça. Essasinformações, lamentavelmente, não existiam ou eram imprecisas e defasadas. OJudiciário, na verdade, não se conhecia.” (L.14-19)

A respeito do trecho acima, analise o item a seguir:

- Seria igualmente correto, na primeira frase, escrever “implicou na busca”.

Comentário.

O verbo IMPLICAR é, segundo a norma culta, transitivo direto, ou seja, alguma implicaoutra.

Com essa questão, a banca da FGV mostrou-se tradicional em relação aos aspectos deregência, pois modernamente já existem posicionamentos doutrinários favoráveis àtransitividade indireta deste verbo, como veremos na próxima questão, esta extraídade prova da ESAF.

ITEM ERRADO

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29 - (ESAF/AFRF/2002.1)

Julgue os períodos abaixo em relação à correção gramatical.

- A prática do racismo é definida como crime na Lei nº 7.716/89, isto é, nessa Leiestão definidas várias condutas que implicam tratamento discriminatório, motivadopelo preconceito racial. / A prática do racismo é definida como crime na Lei nº 7.716/89, isto é, nessa Lei estão definidas várias condutas que implicam emtratamento discriminatório, motivado pelo preconceito racial.

Comentário.

Essa prova foi particularmente difícil. A primeira questão era tão grande que tomavatoda a primeira folha de prova (ou seja, questão boa para se pular, para ser deixadapara o fim). A segunda questão foi esta, que exigia o conhecimento sobre umainovação sintática em relação à regência do verbo implicar.

Na acepção de trazer como consequência, acarretar, tradicionalmente o verboimplicar é transitivo direto (“Seu silêncio implicava consentimento.”).

Contudo, Celso Luft (obra citada) fez menção à inovação implicar em algo.Segundo o autor, “é inovação em relação a implicar algo por influência de sinônimoscomo ‘redundar’, ‘reverter’, ‘resultar’, ‘importar’. Aparentemente brasileirismo.Plenamente consagrado, admitido até pela gramática normativa.”

Com isso, essa opção foi considerada correta em ambos os períodos – implicamtratamento / implicam em tratamento.

Veja que o mesmo assunto foi tratado de forma diferente pelas bancas. Então, o quefazer em prova? Bem, se a banca for a FGV, sugiro uma postura mais “tradicional”,afinada com a norma culta; sendo a ESAF, analise todas as opções antes de marcar etenha em mente que a banca já considerou correta a transitividade indireta em relaçãoao verbo IMPLICAR (no sentido de “acarretar”). E se for a FCC? Aí, já não saberiaresponder, pois não encontrei nenhuma questão dessas em provas por ela realizadas.O jeito é analisar com carinho e fé no coração...rs...

ITEM CERTO

30 - (ESAF/AFC CGU/2006)

O final do século XX assistiu a um processo sem precedentes de mudanças na históriado pensamento e da técnica. Ao lado da aceleração avassaladora nas tecnologias dacomunicação, de artes, de materiais e de genética, ocorreram mudançasparadigmáticas no modo de se pensar a sociedade e suas instituições. De modo geral,as críticas apontam para as raízes da maioria dos atuais conceitos sobre o homem eseus aspectos, constituídos no momento histórico iniciado no século XV e consolidadono século XVIII. A modernidade que surgira nesse período é agora criticada em seuspilares fundamentais, como a crença na verdade, alcançável pela razão, e nalinearidade histórica rumo ao progresso. Para substituir esses dogmas, são propostosnovos valores, menos fechados e categorizantes.

(http://pt.wikipdia.org (acessado em 14 de dezembro de 2005, com adaptações))

Julgue a assertiva abaixo:

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- A retirada da preposição a antes de “um processo” (l.1) preservaria a correçãogramatical da oração, mas alteraria o sentido do verbo assistir e, conseqüentemente,prejudicaria a coerência textual.

Comentário.

Mudança ortográfica: não há trema em “consequentemente”.

O verbo assistir:

(1) no sentido de auxiliar, ajudar, é transitivo direto ou indireto (com apreposição a ou o pronome lhe), indiferentemente – “Eu assisti (a) teu paina enfermidade.”; “Eu sempre lhe assisto quando mais precisa de ajuda.” –memorize da seguinte forma: na hora de prestar socorro, não fiquepensando na transitividade – qualquer uma serve!!! (rs...);

(2) no sentido de estar presente, presenciar, é transitivo indireto (a ele –não admite o pronome “lhe”) – “Você vai assistir ao filme”.;

Diz Luft a esse respeito: “por pressão semântica de ver, presenciar,observar, é natural a inovação regencial “assistir algo” – “assisti-lo”. ...Isso não impede que, para a linguagem culta formal, se aconselhe aregência originária (assistir a algo) até porque mesmo ‘os modernistascontinuam preferindo o complemento preposicionado’ (Lessa: 157).”

[Luís Carlos Lessa, em O Modernismo Brasileiro e a Língua Portuguesa]

(3) na acepção de residir, é transitivo indireto, com a preposição em (Assistoem Curitiba.) .

No sentido de “ver, presenciar”, é transitivo indireto com a preposição “a”.

A retirada da preposição é gramaticalmente possível em função da existência daacepção (1), contudo prejudica a coerência textual por alterar o sentido do verbo.

A afirmação está CORRETA.

ITEM CERTO

31 - (ESAF/SEFAZ SP/2009)

Com base no texto, analise a proposição.

1. É certo que houve expansão da frota, tanto de carros,

como de caminhões e ônibus. Mas isso é muito pouco

para explicar a verdadeira chacina na malha rodoviária

a que o país parece assistir de braços cruzados.

5. Cabe boa parte da culpa aos motoristas. Quem

viaja pelas estradas brasileiras não precisa ir longe

para constatar verdadeiros descalabros. Motoristas

dispostos a tudo mostram sua estupidez e total falta

de responsabilidade: trafegam em alta velocidade,

fazem ultrapassagens inconvenientes, andam pelo

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10. acostamento, usam faróis altos e frequentemente

dirigem alcoolizados.

(Estado de Minas, Editorial, 6/1/2009.)

- O emprego da preposição “a” em “a que o país parece...”(ℓ.4) justifica-se pelaregência de “assistir”.

Comentário.

Quando o complemento indireto do verbo ASSISTIR vier sob forma pronominal, ouseja, na forma de um pronome relativo que substitui o antecedente (objeto indiretosemântico, o que possui significado), a preposição deve anteceder o pronome. Assim,está correta a indicação de que a preposição se deve à exigência do verbo ASSISTIR,que, na passagem, tem valor de “ver, presenciar”.

“O país parece assistir de braços cruzados A uma chacina” => “...a verdadeira chacinana malha rodoviária a que o país parece assistir de braços cruzados”

ITEM CERTO

32 - (ESAF/AFRE MG/2005)

1. Santo Agostinho (354-430), um dos grandes formuladores

do catolicismo, uniu a teologia à filosofia. Sua

contribuição para o estudo das taxas de juros, ainda

que involuntária, foi tremenda. Em suas Confissões, o

5. bispo de Hipona, filho de Santa Mônica, conta que,

ainda adolescente, clamou a Deus que lhe concedesse

a castidade e a continência e fez uma ressalva

– ansiava por essa graça, mas não de imediato. Ele

admitiu que receava perder a concupiscência natural

10. da puberdade. A atitude de Santo Agostinho traduz

impecavelmente a urgência do ser humano em viver

o aqui e agora. Essa atitude alia-se ao desejo de

adiar quanto puder a dor e arcar com as conseqüências

do desfrute presente – sejam elas de ordem

15. financeira ou de saúde. É justamente essa urgência

que explica a predisposição das pessoas, empresas

e países a pagar altas taxas de juros para usufruir o

mais rápido possível seu objeto de desejo.

(Viver agora, pagar depois, (Fragmento). In: Economia e Negócios, Revista Veja, 30/03/2005, p.90)

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Julgue a afirmação a respeito do texto.

- O complemento verbal “seu objeto de desejo” (l..18) poderia vir precedido dapreposição “de”, atendendo-se à regência do verbo “usufruir”.

Comentário.

Mudança ortográfica: não há trema em “consequências”.

A regência do verbo “usufruir” admite as duas transitividades – direta ou indireta –sem alteração de sentido: “usufruir ... (de) seu objeto de desejo”.

Logo, seu complemento verbal também poderia ter sido precedido da preposição “de”.

ITEM CERTO

33 - (ESAF/SUSEP - Analista Técnico/2006)

1. Antenas, computadores e vontade política. Três fatores

que podem facilitar o acesso às modernas tecnologias

de informação, à internet e ajudar a reduzir a nossa

enorme dívida social. Podem, com certeza, encurtar a

5. distância entre os que têm e os que não têm acesso

à rede mundial de computadores e às modernas

tecnologias. A grande massa do povo encontra-se à

margem das informações disponíveis e contatos com

o mundo global.

(Adaptado de Eunício Oliveira, O acesso às novas tecnologias e a inclusão social, Correio Braziliense, 14 de junho de 2004)

Analise a asserção a respeito do emprego das estruturas lingüísticas no texto.

- O termo “contatos com o mundo global” (l.8 e 9) complementa, sintática esemanticamente a expressão “à margem”(l.7 e 8); por isso preserva-se a correçãogramatical ao se inserir dos antes desse termo.

Comentário.

Mudança ortográfica: não há trema em “linguísticas”.

Por clareza textual, permite-se a omissão da segunda ocorrência de uma preposição seambos os termos regidos se referem ao mesmo elemento regente.

Esse é um aspecto relacionado ao PARALELISMO SINTÁTICO, assunto que seráestudado mais adiante.

Nas situações de paralelismo, termos repetidos (preposições, conjunções) podem seromitidos a partir da segunda ocorrência.

“Eu me dirijo aos estudantes e (aos) professores deste estabelecimento deensino.”

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A preposição rege dois objetos indiretos relativos ao mesmo verbo (DIRIGIR-SE).Assim, o segundo conectivo pode ser extraído do período.

Mais um exemplo:

“Espero que você se case e (que) seja muito feliz.”

Como complemento do verbo ESPERAR temos dois objetos diretos oracionais:

1) que você se case;

2) (que) você seja feliz.

Entre orações equivalentes sintaticamente, a segunda ocorrência da conjunção podeser suprimida em nome da clareza textual.

Nesse último exemplo, note que, em relação à oração principal (“Espero”) as orações 1e 2 são subordinadas, ou seja, exercem função sintática de objeto direto da principal.Contudo, entre si, são coordenadas, ou seja, ligadas pela conjunção aditiva “e”. Esseserá nosso assunto da aula 6 – Conjunção e Períodos.

De volta à questão, o termo regente “à margem” possui dois termos regidos: (1) “dasinformações disponíveis” e (2) “(dos) contatos com o mundo global”.

O examinador acerta quando afirma que não acarretaria incorreção gramatical algumaa inserção do conectivo antes do segundo termo, tampouco sua omissão.

Essa é uma das “novidades” nas provas da ESAF.

ITEM CERTO

34 - (ESAF/SEFAZ SP/2009)

Analise a correção gramatical da opção a seguir.

- Além disso, visa gerar créditos aos consumidores, os cidadãos e as empresas doEstado. Para isso, basta o consumidor solicitar o documento fiscal no ato da compra einformar o seu CPF ou CNPJ. Os estabelecimentos comerciais enviarão periodicamenteessas informações para a Secretaria da Fazenda, que calculará o crédito doconsumidor.

Comentário.

Alguns candidatos, na época de aplicação desta prova, encontraram neste itemproblema de paralelismo sintático. Em primeiro lugar, veremos a alegação doscandidatos para, em seguida, elucidar essa questão.

Na coordenação de palavras que se encontram em idêntica função sintática, ligadas aomesmo termo regente, é desnecessária a repetição da preposição, salvo nos casos deênfase, clareza ou eufonia.

No entanto, quando a preposição se encontra combinada com o artigo numaenumeração de elementos e se pretende utilizar o artigo em todos os elementos,então, deverá repetir-se a preposição (Estatuto DA Criança e DO Adolescente).

É possível também omitir a preposição e o artigo dos demais elementos, já que estãotodos associados ao mesmo termo regente (Estatuto DA Criança e Adolescente).

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O que não é possível é a omissão da preposição e o emprego do artigo, somente, juntoaos demais elementos, quando, no primeiro, ambos os termos estiverem presentes.

Em outras palavras: se não se deve repetir o artigo se não tiver sido repetida apreposição. A esse fenômeno, dá-se o nome de “galicismo” ou “castelhanismo”.

A rigor, a gramática normativa não abona esse emprego, mas a banca considerou esteitem correto. Saiba por quê.

O sintagma "os cidadãos e as empresas do Estado" atua como aposto explicativo doantecedente "aos consumidores", e não como complemento verbal de GERAR. Emresumo, quais seriam esses consumidores? Resposta: os cidadãos e as empresas doEstado.

Melhor seria, para clareza textual, que o aposto tivesse sido apresentado após umtravessão ou entre parênteses: “...visa gerar créditos aos consumidores - os cidadãose as empresas do Estado” ou “...visa gerar créditos aos consumidores (os cidadãos eas empresas do Estado)” .

Dessa forma, ficaria claro o motivo de não ter sido empregada a preposição.

ITEM CERTO

35 - (ESAF/SEFAZ SP/2009)

Analise a opção abaixo, que transcreve informações sobre a Nota Fiscal Paulista, emrelação aos aspectos gramaticais.

- A Nota Fiscal Paulista é um projeto de estimulo à cidadania fiscal no Estado de SãoPaulo, que tem por objetivo estimular aos consumidores a exigirem a entrega dodocumento fiscal na hora da compra.

Comentário.

Há dois erros neste item. O primeiro, muito sutil, de ortografia. Talvez muita gente nãotenha percebido, mas faltava um acento agudo na vogal “i” da palavra “estímulo”. Nãosei se foi proposital ou em função de falha de digitação, mas a verdade é que, se oerro tivesse sido apenas este, muita gente teria marcado este item como CORRETO, éou não é? Como a banca é “muito boazinha” (rs...), assinalou outro erro, este deregência verbal.

O verbo “ESTIMULAR” é, na construção, bitransitivo, ou seja, possui dois objetos, umdireto e outro indireto (estimular alguém a algo). O erro está em empregar apreposição antes do objeto direto (“aos consumidores”). O trecho após a correçãoseria: “... estimular OS CONSUMIDORES a exigirem a entrega do documento fiscal nahora da compra.”. Note a flexão (correta) do infinitivo. Sabemos que, se o sujeito doinfinitivo já estiver presente na construção, a flexão desta forma nominal passa a serfacultativa. Portanto, também estaria correta a construção: “... estimular osconsumidores a EXIGIR a entrega do documento fiscal...”.

ITEM ERRADO

36 - (ESAF/SEFAZ SP/2009)

Analise o trecho em relação à sintaxe e à pontuação.

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- Ao lado da especialização das bases tributárias, o fisco tem se posicionado quanto àimportância de prover à administração tributária de autonomia orçamentária,financeira, administrativa e funcional, assim como a previsão de uma lei orgânica que,inclusive foi aceita como emenda, pelo relator da matéria, na Câmara dos Deputados.

Comentário.

A exemplo do verbo ESTIMULAR, o verbo PROVER também encontra-se na formabitransitiva na passagem da questão. Contudo, foram apresentados DOIS objetosindiretos, incorrendo, assim, em erro de regência.

É preciso eliminar a preposição que antecede o objeto direto: “... importância deprover A ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA de autonomia orçamentária, financeira,administrativa e funcional”.

Há outros dois problemas na construção. O segundo é de paralelismo e estruturaçãosintática. Note que a estrutura “assim como a previsão de uma lei orgânica...” nãoencontra paralelo anteriormente. Talvez devesse atuar como segundo elemento regidopelo substantivo “importância”, ao lado da estrutura oracional “de prover...”. Para isso,deveria ser apresentada também na forma oracional: “... quanto à importância dePROVER a administração tributária de autonomia orçamentária, financeira,administrativa e funcional, assim como PREVER uma lei orgânica que...”.

Por fim, nota-se problema na pontuação. O vocábulo “inclusive”, que deveria virisolado por vírgulas, apresentou apenas uma antes de si. Para correção, deve sercolocado outro sinal após este vocábulo: “que, inclusive, foi aceita como emenda...”.

ITEM ERRADO

37 - (ESAF/ANEEL- Técnico/2006)

De fato, os jovens têm motivos para se sentirem inseguros. Começam a vidaprofissional assombrados pelos altos índices de desemprego. Quase a metade dosdesempregados nos grandes centros no Brasil é jovem. Além da falta de experiência,há o despreparo mesmo. Grande parte tem baixa escolaridade. O mercado de trabalhoajuda a perpetuar a desigualdade. Muitos jovens deixam de estudar para trabalhar.Mas a disputa é acirrada também entre os mais bem-preparados. A grande oferta demão-de-obra resulta em um processo cruel de avaliação, com testes de conhecimentose de raciocínio lógico, redação, dinâmicas de grupo, entrevistas. E não é só. O jovemdeve demonstrar habilidades que muitas vezes nem teve tempo de saber se possui oude descobrir como adquiri-las. Como o conhecimento hoje fica obsoleto muito rápido, aqualificação e o potencial comportamental é que definem um bom candidato, e não sóo preparo técnico.

(Adaptado de ISTOÉ 5/10/2005)

Julgue a assertiva abaixo.

- A regência do verbo resultar permite a troca da preposição “em”(l.8) pelapreposição de; mas, nesse caso, a relação semântica entre “oferta” (l.8) e“processo”(l.8) se inverte.

Comentário.

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Acordo Ortográfico: registramos “mão de obra”, sem hífen.

A questão trata da regência do verbo resultar. A depender da preposição empregada,o verbo apresenta um sentido diferente.

Em “oferta de mão-de-obra resulta em um processo cruel de avaliação” – a origem é“oferta” e o resultado (produto) é “processo”.

Quando se modifica a preposição, altera-se a ordem dos elementos. Em “oferta demão-de-obra resulta de um processo cruel de avaliação”, a origem passa a ser o“processo” e o resultado (produto final), a “oferta”.

Por isso, está correta a afirmação de que a preposição poderia ser trocada,invertendo-se a relação semântica entre os dois elementos.

Questão inteligente é assim! Dá gosto de ver...rs...

ITEM CERTO

38 - (ESAF/AFC STN / 2008)

1. Ao lado de características inéditas, a crise cevada

no mercado imobiliário e financeiro americano, com

reverberações mundiais, apresenta aspectos também

verificados em outras situações de nervosismo global.

5. Não há medida mágica e salvadora que faça cotações

se estabilizarem e o investidor recuperar o sono. Só

uma sucessão de ações consegue mudar expectativas

como as atuais. A Casa Branca, ao contrário da postura

que assumira no caso do Lehman Brothers – tragado,

10. sem socorro, por um rombo de US$600 bilhões –,

decidira estender a mão para a maior seguradora do

país, a AIG.

Aos bilhões empenhados para permitir ao Morgan

digerir o Bear Stearns, em março; ao dinheiro sacado

15. a fim de evitar a quebra das gigantes Fannie Mae e

Freddie Mac, redescontadoras de hipotecas, o governo

e o Fed, o BC dos EUA, decidiram somar US$85 bilhões

para salvar a AIG. Decepcionou-se quem esperava

tranquilidade. O emperramento do crédito – ninguém

20. empresta a ninguém, por não se saber ao certo o risco

do tomador – continua a travar o mercado global, e as

ações novamente desceram a ladeira, empurradas por

boatos sobre quais serão, ou seriam, os próximos a

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cair.

(O Globo, 18 de setembro de 2008 , Editorial)

Com base nos elementos do texto acima, analise a proposição a seguir.

- O emprego de preposição em “Aos bilhões”(l.13) e em “ao dinheiro”(l.14) justifica-sepela regência de “somar” (l.17).

Comentário.

Talvez o que tenha dificultado a análise pelo candidato não tenha sido nem a inversãodos termos da oração, mas a pontuação empregada. Na aula devida, veremos que osinal de ponto-e-vírgula se emprega na separação de elementos de uma enumeraçãoquando, dentro desses elementos, já houver o emprego da vírgula. Assim, promove-semaior clareza ao texto.

Em relação à sintaxe de regência, o verbo SOMAR apresenta bitransitividade napassagem (somar alguma coisa a outra). O objeto direto está representado pelosegmento “US$85 bilhões”.

Assim, os objetos indiretos, antepostos, são regidos pela preposição “a”.

ITEM CERTO

39 - (ESAF/IRB – Advogado/2006)

Os seres humanos diferem dos animais principalmente pela capacidade de acumularconhecimento. Mas não são capazes de controlar seu destino nem de utilizar asabedoria acumulada para viver melhor. Nesses aspectos somos como os demaisseres. Através dos séculos, o ser humano não foi capaz de evoluir em termos de éticaou de uma lógica política. Não conseguiu eliminar seu instinto destruidor, predatório.No século XVIII, o Iluminismo imaginou que seria possível uma evolução através doconhecimento e da razão. Mas a alternância de períodos de avanços com declíniosprosseguiu inalterada. Regimes tirânicos se sucederam. A história humana é como umciclo que se repete, sem evoluir.

(John Gray, Contagem regressiva, Época, 26 de dezembro de 2005, comadaptações)

Assinale a opção em que a retirada do termo sublinhado no texto resulta em errogramatical ou em incoerência textual.

a) de

b) uma lógica

c) que seria

d) períodos de

e) se

Comentário.

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O verbo SUCEDER, na acepção de “substituir, ser sucessor”, pode ser transitivoindireto (suceder a alguém), bitransitivo (suceder alguém em alguma coisa), transitivodireto, com o objeto direto representado pelo pronome recíproco SE (suceder-se).

Da forma original, indica-se uma continuidade de regimes tirânicos.

Com a retirada do pronome, o verbo passa a ser INTRANSITIVO e o seu significado sealtera: “Regimes tirânicos acontecem/ocorrem” (no sentido de “O que sucede?”

“O que ocorre / acontece?”). O verbo passa a indicar a ocorrência de algo.

Por isso, sua retirada provoca incoerência textual, em função do restante do texto: “écomo um ciclo que se repete”, indicando repetição e não ocorrência.

Em relação às demais alterações propostas, cabe comentar que:

a) a preposição já consta do primeiro termo regido (“... não são capazes de controlarseu destino nem [de] utilizar a sabedoria acumulada...”), por isso pode ser omitidasem problema algum;

b) a retirada de “da política” altera o sentido mas não prejudica a coerência textual:“... não foi capaz de evoluir em termos de ética ou de política”;

c) é perfeitamente possível a omissão da expressão “que seria”, já que o adjetivopossível continuaria a se referir a “uma evolução através do conhecimento e darazão”.

d) não haveria prejuízo algum a retirada da expressão “períodos de”: “Mas aalternância de avanços com declínios...”.

Gabarito: E

40 - (ESAF/TFC SFC/2000)

Assinale a opção que corresponde a erro gramatical

Outro mito muito em voga(A) é de que(B) a globalização torna(C) a vida das pessoasmuito mais instável. Isso é só parcialmente verdade. As economias estão muito maiscompetitivas hoje em boa parte do mundo, o que(D) pode passar uma sensaçãomaior de instabilidade. Um recente estudo do Banco Mundial, no entanto, mostraque(E) não há nenhuma evidência de aumento da instabilidade em termos decrescimento de PIB e de consumo privado na América Latina.

(Adaptado de Exame, 1/11/2000, p.141)

a) A

b) B

c) C

d) D

e) E

Comentário.

No período “Outro mito muito em voga é | de que a globalização torna a vida daspessoas muito mais instável”, há duas orações, quais sejam:

• “Outro mito muito em voga é de” – oração principal

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• “que a globalização torna a vida das pessoas muito mais instável.” – oraçãosubordinada à principal

A preposição “de” que antecede a conjunção “que” é exigida pelo substantivo “mito”.Contudo, a ausência da repetição desta palavra, ou da colocação de um pronome quea ela faça referência, acarretou a falha de coesão textual, acabando por deixar apreposição sozinha, sem termo ao qual pudesse se ligar.

Há duas possibilidades de correção e, conseqüentemente, de classificação da oraçãosubordinada:

1ª possibilidade:

- “Outro mito muito em voga é o de que a globalização torna a vida das pessoas muitomais instável.”

1ª oração - “Outro mito muito em voga é o de” - oração principal (o pronomedemonstrativo “o” representa o substantivo “mito” e passa a ser o termo regenteda preposição de)

2ª oração - “que a globalização torna a vida das pessoas muito mais instável.” -oração subordinada completiva nominal (complemento nominal do substantivomito)

2ª possibilidade:

- “Outro mito muito em voga é que a globalização torna a vida das pessoas muito mais instável.”

1ª oração - “Outro mito muito em voga é” - oração principal (em relação aoexemplo anterior, foram retirados o pronome demonstrativo o e a preposição de)

2ª oração – “que a globalização torna a vida das pessoas muito mais instável.” -oração subordinada predicativa do sujeito (com a retirada da preposição, essaoração passa a exercer a função de predicativo do sujeito, em um predicadonominal)

A expressão “é de que”, apresentada na questão, constitui um erro.

Na questão anterior, no item 5, a conjunção integrante iniciava uma oração queexercia a função de predicativo do sujeito (“A estimativa é ISSO.”). Por isso, estavacorreto.

Gabarito: B

41 - (FCC/IPEA Assessor Especializado / Novembro 2004)

Na frase Preferimos confiar e acreditar nas coisas..., a expressão sublinhadacomplementa corretamente, ao mesmo tempo, dois verbos que têm a mesmaregência: confiar em, acreditar em. Do mesmo modo, está também correta a seguinteconstrução: Preferimos

(A) ignorar e desconfiar das coisas...

(B) subestimar e descuidar das coisas...

(C) não suspeitar e negligenciar as coisas...

(D) nos desviar e evitar as coisas...

(E))nos contrapor e resistir às coisas...

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Comentário.

Quando um mesmo complemento servir a dois verbos, deve-se tomar muito cuidadocom a regência destes para que não haja prejuízo gramatical.

Se os verbos apresentarem diferentes transitividades e/ou regerem preposiçõesdiversas, deverá ser repetido o complemento em cada ocorrência, respeitada aregência de cada um dos verbos. Vamos aos exemplos:

(A) verbo ignorar = Alguém ignora alguma coisa = verbo transitivo direto

verbo desconfiar = Alguém desconfia de alguma coisa = verbo transitivo indireto com a preposição “de”

Não podemos colocar o mesmo complemento para ambos os verbos, pois apresentamtransitividades distintas. A estrutura mais adequada seria: “ignorar as coisas edesconfiar delas”.

(B) verbo subestimar = Alguém subestima alguma coisa = verbo transitivo direto

verbo descuidar = Alguém descuida de alguma coisa = verbo transitivo indireto com a preposição “de”

A construção poderia ser: subestimar as coisas e descuidar delas (cada verbo com oseu complemento).

(C) verbo suspeitar = Alguém suspeita de alguma coisa = transitivo indireto com a preposição “de”

verbo negligenciar = Alguém negligencia alguma coisa = transitivo direto

Construção possível: não suspeitar das coisas e negligenciá-las.

(D) verbo desviar-se = Alguém desvia-se de alguma coisa = transitivo indireto com a preposição “de”

verbo evitar = Alguém evita alguma coisa = transitivo direto

Possibilidade de estrutura: [Preferimos] nos desviar das coisas e evitá-las.

(E) Os dois verbos aceitam complementos indiretos com a preposição “a”:

verbo contrapor-se = Alguém se contrapõe a alguma coisa

verbo resistir = Alguém resiste a alguma coisa

Somente nessa situação, é possível o mesmo complemento se ligar a dois verbos: noscontrapor e resistir às coisas. – ESSA É A RESPOSTA CORRETA.

Gabarito: E

42 - (ESAF/AFC STN/2005)

Analise a correção dos itens a seguir que constam de um ofício da Secretaria doTesouro Nacional a um deputado federal.

I - Em complemento às observações transmitidas pelo Telegrama nº 00, de 3 de marçop.p., informo Sua Excelência que as medidas mencionadas em sua Carta nº 000,dirigida ao Senhor Presidente da República, foram objeto de estudo desta Secretaria,antes de incorporadas à Medida Provisória nº 0000/2005.

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II - Complementando as observações transmitidas pelo telegrama nº 00, de 3 demarço do corrente, informo a Vossa Excelência de que as medidas mencionadas emsua carta nº 000, dirigida ao Senhor Presidente da República, foram objeto de estudodesta Secretaria, antes de incorporadas à Medida Provisória nº 0000/2005.

Comentário.

Se você sempre teve dificuldade em empregar os verbos e pronomes em relação aospronomes de tratamento, SEUS PROBLEMAS ACABARAM!!! (rs...)

A partir de agora, quando for verificar se o verbo ou pronome (oblíquo, possessivo...)está usado adequadamente em relação aos pronomes de tratamento, basta lembrarque TUDO O QUE ACONTECE COM OS PRONOMES DE TRATAMENTO ACONTECETAMBÉM COM “VOCÊ” (que nada mais é do que outro pronome de tratamento, cujaorigem era “Vossa Mercê”, virou “vossemecê”, “vosmecê” até chegar ao atual “você”... isso sem falar que na internet virou “vc” e na linguagem falada “cê” – vai simplificarassim lá longe...rs...)

Assim, o verbo e os pronomes são sempre usados na 3ª pessoa (Vossa Senhoria –PENSE: VOCÊ - redigiu o seu memorando?).

Outra dica: quando nos dirigimos diretamente à autoridade, usamos o pronome“Vossa” (um pronome de 2ª pessoa – a pessoa para quem se fala), e quando falamosdela, usamos o pronome “Sua” (um pronome de 3ª pessoa – a pessoa de quem sefala).

Assim, já podemos observar que o item I está incorreto, pois, se o ofício se dirige aodeputado, o pronome adequado é “Vossa Excelência”, como consta da proposição II.

Mas essa não é a aula sobre PRONOMES, e sim sobre REGÊNCIA. Então, o que há deerrado em relação à sintaxe de regência nesses dois itens?

A transitividade do verbo INFORMAR.

Segundo a norma culta, os verbos AVISAR e INFORMAR são transitivos diretos eindiretos, indistintamente para coisa e para pessoa (“avisar/informar algo a alguém”ou “avisar/informar alguém de alguma coisa”).

Assim, um dos complementos rege preposição e o outro, não.

O que vemos nos dois itens é que o examinador empregou, no primeiro, doiscomplementos diretos (“... informo Sua Excelência que as medidas...”), e nosegundo dois complementos indiretos (“... informo a Vossa Excelência de que asmedidas...”). Exagerou na dose, hem? E logo com o verbo INFORMAR, que é tão fácilde se lidar. Ele aceita tudo: objeto direto como pessoa ou coisa / objeto indireto comopessoa ou coisa.

Haveria duas formas possíveis:

- Informo Vossa Excelência [objeto direto para a pessoa] DISSO = de que asmedidas... [objeto indireto para a coisa];

- Informo a Vossa Excelência [objeto indireto para a pessoa] ISSO = que asmedidas...[objeto direto para a coisa].

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Esses são os verbos chamados de “flexíveis”, pois aceitam coisa ou pessoa na funçãode objeto direto ou indireto, indistintamente.

Outros verbos também “flexíveis” são:

OBJETO DIRETO OBJETO INDIRETO

AVISAR alguém de algo

algo a alguém

ACONSELHAR alguém a fazer algo

algo a alguém

AUTORIZAR alguém a fazer algo

algo a alguém

CERTIFICAR alguém de algo

algo a alguém

ENSINAR alguém a fazer algo

algo a alguém

Como esses verbos possuem, na função de objeto direto, tanto “coisa” como “pessoa”,é possível a transposição para a voz passiva qualquer que tenha sido a construçãoescolhida:

“Fulano foi avisado da reunião.” ou “A reunião foi avisada a Fulano.”

No entanto, a coisa muda de figura com outros verbos. Veja só a próxima questão.

ITENS ERRADOS

43 - (ESAF/AFC STN/2005)

1. Os administradores de sociedades limitadas podem

responder solidariamente perante a sociedade pelo

mal desempenho de suas atribuições. Uma dessas

hipóteses é justamente não comunicar aos demais

5. associados a cessão das cotas por parte de alguns

sócios a terceiros que não dispõe de patrimônio apto

a honrar o compromisso.

Analise a assertiva acerca de aspectos lingüísticos do texto acima.

- O verbo comunicar (l.4) está empregado erradamente, pois exige objeto direto depessoa e indireto de coisa: comunicar alguém de/sobre/acerca de alguma coisa.

Comentário.

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Com o verbo COMUNICAR acontece exatamente o contrário do que afirma oexaminador.

COMUNICAR, na acepção de tornar conhecido, é direto para coisa e indireto para pessoa (“comunicar algo a alguém”).

Foi exatamente essa a regência empregada pelo autor do texto, corretíssima, porsinal: “não comunicar aos demais associados [OBJETO INDIRETO PARA PESSOA] acessão das cotas [OBJETO DIRETO PARA COISA]”.

Já o verbo CIENTIFICAR, no sentido de tornar ciente, apresenta a construçãooriginária inversa: é direto para pessoa e indireto para coisa (“cientificar alguém dealguma coisa”), por analogia ao sentido de “tornar alguém ciente de alguma coisa”.

Nas palavras de Celso Luft, “às vezes ocorre cientificar-lhe algo, inovação sintáticadevida ao traço semântico com ‘comunicar’ , inovação que também atingiu os verbosavisar, certificar e informar. Em linguagem escrita culta formal, preferível a sintaxeoriginária cientificá-lo de algo”.

Considerando que o sujeito da voz passiva se forma a partir do objeto direto da vozativa, com relação aos verbos mencionados acima, somente são aceitas as seguintesformas:

- “Algo foi comunicado a alguém.” – a pessoa, segundo norma culta, não poderiaser ‘comunicada’ porque é o objeto INDIRETO da voz ativa;

- “Alguém foi cientificado de alguma coisa.” – nesse caso, somente a pessoa podeser sujeito da voz passiva; a “coisa” exerce função de complemento indireto.

ITEM ERRADO

44 - (FGV/BADESC – Nível Médio/2010)

A regência está correta no segmento “Só que isso não se pode constituir em fatordecisivo para a perda generalizada de referenciais” (L.33-34).

Assinale a alternativa em que não se obedece às normas de regência da língua culta.

(A) Lembrou da importância dos investimentos no capital humano.

(B) Informaram aos acionistas os baixos rendimentos da empresa.

(C) Preferiram oferecer assistencialismo a abrir novos postos de trabalho.

(D) Não conhecia as leis a que se referiam os relatórios contábeis.

(E) Simpatizou muito com as ideias inovadoras do palestrante.

Comentário.

Temos, nessa questão, a oportunidade de ver algumas relações de regência verbalmuito interessantes.

Na opção a, O verbo LEMBRAR é transitivo direto (alguém lembra algo). Jáacompanhado do pronome, exige preposição “de” (alguém se lembra de algo). Esseverbo também pode apresentar a forma mais rebuscada, a de “vir à lembrança”, como

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em “Seu nome lembra-me”, como que “Seu nome vem à minha lembrança”. Nesseúltimo caso, o que antes era objeto direto passa à condição de sujeito, e o verbopossui apenas complemento indireto. Essa sintaxe emprega à construção um valorinvoluntário da ação ocorrida (algo foi lembrado por mim). Tudo o que acontece com overbo LEMBRAR ocorre também com o verbo ESQUECER.

Assim, há erro de regência em “Lembrou da importância...”. Estariam certas asseguintes formas: “Lembrou a importância...” ou “Lembrou-se da importância...”.

Por questões didáticas, vejamos as demais opções, que estão corretas:

b) Já vimos que o verbo INFORMAR é um dos “flexíveis”. Logo, está correta a forma“Informaram aos acionistas (OI) os baixos rendimentos da empresa (OD)”, comotambém seria possível “Informaram os acionistas (OD) dos baixos rendimentos daempresa (OI)”.

c) O verbo PREFERIR, quando bitransitivo, rege a preposição “a” antes do objetoindireto. Observe que o paralelismo sintático foi respeitado, já que os doiscomplementos oracionais (oferecer assistencialismo / abrir novos postos de trabalho)se encontram na forma reduzida (infinitivo).

d) O verbo REFERIR-SE rege a preposição “a” (alguém se refere A alguma coisa).Como o complemento está representado pelo pronome relativo “que” (cujoantecedente é “leis”), esta preposição o antecede (“Os relatórios se referiam às leis” “... as leis a que se referiam os relatórios.”).

e) O verbo SIMPATIZAR não é pronominal e o mesmo acontece com seu antônimo:ANTIPATIZAR. Está correta a construção.

Gabarito: A

45 - (ESAF/AFC STN/2002)

No passado, para garantir o sucesso de um filho ou de uma filha, bastava conseguirque eles tirassem um diploma de curso superior. Uma vez formados, seriamautomaticamente chamados de “doutor” e teriam um salário de classe média para oresto da vida. De uns anos para cá, essa fórmula não funciona mais. Quem quisergarantir o futuro dos filhos, além do curso superior, terá de lhes arrumar um capitalinicial. Esse capital deverá ser suficiente para o investimento que gerará um empregopara seu filho.

Em relação aos aspectos textuais, julgue a asserção abaixo.

- A regência do verbo chamar empregada no texto(l.3) é considerada coloquial. Agramática ortodoxa recomenda, como mais formal, o emprego desse verbo comotransitivo direto.

Comentário.

O verbo CHAMAR, na acepção apresentada (intitular, qualificar, tachar), é um verbotransobjetivo, ou seja, além do objeto, exige um predicativo do objeto (na dúvida,reveja a explicação presente na aula sobre Concordância).

Ao contrário de todos os demais verbos transobjetivos, o verbo chamar, segundo anorma culta, pode ser tanto transitivo direto quanto indireto, sem que o seusignificado seja alterado.

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Em suma, com o sentido de apelidar, qualificar, tachar, o complemento verbal doverbo chamar pode ser:

- objeto direto (Chamou Fulano de mesquinho / Chamou-o de mesquinho);

- objeto indireto, com a preposição a ou o pronome lhe (Chamou a Fulano de mesquinho / Chamou-lhe de mesquinho.).

Por sua vez, o termo “mesquinho”, que, no exemplo acima, se refere a “Fulano”(objeto direto/indireto), exerce a função de predicativo do objeto (direto/indireto) epode vir ou não precedido de preposição:

Chamou Fulano (de) mesquinho / Chamou a Fulano (de) mesquinho.

Na construção de linha 3, o verbo chamar é transitivo direto e está construído em vozpassiva (“seriam automaticamente chamados de ‘doutor’...”). Por isso, são dois osequívocos:

1. afirmar que o verbo chamar, na construção, não seria transitivo direto - ele étransitivo direto, sim, e por isso possibilita a voz passiva;

2. considerar que a norma culta recomenda apenas a forma direta (admitem-se asduas transitividades – direta ou indireta).

ITEM ERRADO

46 - (ESAF/ATA MF/2009)

Analise o segmento do texto quanto às normas da língua escrita formal.

- Essa estratégia possibilita aos empresários de se dedicarem apenas ao seu negócio,sua atividade-fim, deixando os diversos trâmites administrativos nas mãos de umaempresa especializada.

Comentário.

O verbo POSSIBILITAR, na construção, possui dois complementos (POSSIBILITAR algoa alguém), sendo a COISA o objeto direto e a PESSOA o objeto indireto. Assim,devemos retirar a preposição que antecede a oração “se dedicarem...”.

Mais uma vez, temos aí um caso de flexão facultativa do infinitivo, uma vez que osujeito da forma nominal já se encontra expresso na oração.

ITEM ERRADO

47 - (ESAF/ATA MF/2009)

Analise o item em relação à concordância e regência.

- Antigamente, nas empresas, eram poucos os funcionários que dominavam um idiomaestrangeiro, e com eles recorriam os colegas quando precisavam traduzir uma palavraou um texto.

Comentário.

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O verbo RECORRER é transitivo indireto, regendo a preposição “a” em relação à pessoaa quem se recorre. Assim, há erro no emprego da preposição “com”, devendo sersubstituída pela preposição “a”: “... e A ELES recorriam os colegas...”.

ITEM ERRADO

48 - (ESAF/ATA MF/2009)

Analise o item em relação à concordância e regência.

- A primeira pergunta que surge a quem se impõe ao desafio de falar outro idiomafluentemente é: será preciso passar um tempo no exterior?

Comentário.

Esse foi um dos itens mais difíceis dessa prova para ATA/MF, realizada em maio de2009.

Havia um problema de regência na construção – vejamos: alguém impõe alguma coisaa alguém - é um verbo BITRANSITIVO (possui objeto direto e objeto indireto).

Então, vamos analisar a passagem: "... surge a QUEM SE IMPÕE (impõe A SI MESMO /impõe a outra pessoa = objeto indireto)...". O objeto indireto já apareceu - é opronome "se", que poderia ser substituído por um nome: “impõe aos filhos”.

Logo, o que vem em seguida será o objeto direto... Opa! Note que esse objeto direto(aquilo que é imposto a si mesmo) está com uma preposição ("... ao desafio..."). Esseé o erro. O correto seria: " ... a quem se impõe O DESAFIO de falar outro idiomafluentemente...", equivalente a “... a quem impõe a si mesmo [OI] o desafio [OD]...”).

ITEM ERRADO

49 - (FGV/BESC – SUPERIOR/2004)

CAPÍTULO III

Do Contrato Estimatório

Art. 534. Pelo contrato estimatório, o consignante entrega bens móveis aoconsignatário, que fica autorizado a vendê-los, pagando àquele o preço ajustado, salvose preferir, no prazo estabelecido, restituir-lhe a coisa consignada.

(Novo Código Civil)

Pela leitura do texto II, percebe-se a importância do uso correto dos pronomesoblíquos. Assinale a alternativa em que isso NÃO tenha ocorrido.

(A) O chefe encontrou a secretária no corredor e pagou-a ali mesmo.

(B) Cabia-lhe o direito de reaver o documento.

(C) Os pacientes esperavam que o médico os assistisse com urgência.

(D) Ele não lhe perdoou a dívida.

(E) Ela lembrava-lhe a boa infância.

Comentário.

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O verbo PAGAR, segundo a norma culta, rege complemento direto para a coisa eindireto para a pessoal Por isso, não está correta a forma “pagou-a”, uma vez que opronome oblíquo se refere à pessoa, devendo ser usado o oblíquo “lhe”.

Gabarito: A

50 – (ESAF/AFRF/2005)

O advento da moderna indústria tecnológica fez com que o contexto em que passa adispor-se a máquina mudasse completamente de configuração. Entretanto, talmudança obedece a certas coordenadas que começam a ser pensadas já na antigaGrécia, que novamente se relacionam com a questão da verdade. É que a verdade, apartir de Platão e Aristóteles, passa a ser determinada de um modo novo, verificando-se uma transmutação em sua própria essência. Desde então, entende-se usualmente averdade como sendo o resultado de uma adequação, ou seja, a verdade pode serconstatada sempre que a idéia que o sujeito forma de determinado objeto coincidacom esse objeto.

(Gerd Bornheim. Racionalidade e acaso. fragmento)

Julgue a assertiva a respeito do uso das estruturas lingüísticas do texto.

- Tanto a supressão da preposição no termo “a certas coordenadas” (l.3) como suasubstituição por às preservam as relações de sentido e respeitam as regras deregência verbal.

Comentário.

Mudança ortográfica: não há acento agudo em “ideia” (linha 8) nem trema em“linguísticas” (enunciado).

Tal assertiva está incorreta em dois aspectos – o primeiro em relação à regência doverbo obedecer.

Na linguagem culta, o verbo OBEDECER fixou-se como transitivo indireto, com apreposição a ou o pronome lhe.

Contudo, mesmo contrariando os preceitos gramaticais, admite construção de vozpassiva.

Vimos inúmeras vezes que, para a voz passiva ser formada, o verbo deve sertransitivo direto ou direto e indireto (ou seja, deve ter o OBJETO DIRETO).

Contudo, o verbo obedecer é o único verbo transitivo indireto que encontrarespaldo, em gramáticas normativas consagradas (Celso Luft, Lindley Cintra e CelsoCunha), para a construção passiva (Alguém é obedecido). Isso talvez se deva àreminiscência do antigo regime transitivo direto (não... não agrida o monitor de seucomputador... ele não tem culpa dessa peculiaridade da nossa língua...rs...).

Ainda assim, este verbo é transitivo indireto, exigindo, na voz ativa, a preposição a,que, portanto, não poderia ser suprimida.

O segundo erro está na sugestão de emprego do artigo definido antes da expressãogenérica “certas coordenadas”. Por ser usada em sentido vago, essa expressão nãoadmite artigo e, logo, não poderia construir a forma “às” (contração da preposiçãocom o artigo definido).

ITEM ERRADO

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Na próxima aula, trataremos dos casos de crase, como esse que acabamos de ver.

Até lá.

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LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS

1 - (ESAF/AFC STN/2005)

1. Só mais tarde alcancei compreender que a inteligência assinale

pode trabalhar até ao fim inteiramente alheia aos

graves problemas religiosos que confundem o pensador

que os quer resolver segundo a razão, se

5. nenhum choque exterior veio perturbar para ela

solução recebida na infância. A dúvida não é sinal de

que o espírito adquiriu maior perspicuidade, é às

vezes um simples mal-estar da vida.

(Joaquim Nabuco, Minha formação)

A respeito de aspectos lingüísticos do trecho acima, analise a proposição a seguir.

- A preposição de, que antecede a conjunção que( .7), é exigência do verbo transitivoindireto da oração iniciada por essa conjunção.

2 - (FCC/TRT 13ª Região – Analista Judiciário / Dezembro 2005)

A expressão de que preenche corretamente a lacuna da frase:

(A) Continuamos a avaliar . .... seria melhor se você desistisse da eleição.

(B) A fonte . . ... saciará nossa sede fica no alto daquela encosta.

(C))Há sonhos ...... é impossível se desviar, quando se pensa no futuro.

(D) Todos os momentos . .... devaneamos ficaram impressos na minha memória.

(E) Dos livros ...... me ative nos últimos dias, apenas dois têm grande valor.

3 - (FGV/BADESC – Nível Superior/2010)

A construção da frase “tentará descobrir alguma coisa que possuam em comum – umconhecido, uma cidade da qual gostam”, está correta em relação à regência dos verbospossuir e gostar.

De acordo com a norma padrão, assinale a alternativa que apresente erro de regência.

(A) Apresentam-se algumas teses a cujas ideias procuro me orientar.

(B) As características pelas quais um povo se identifica devem ser preservadas.

(C) Esse é o projeto cujo objetivo principal é a reflexão sobre a brasilidade.

(D) Eis os melhores poemas nacionalistas de que se tem conhecimento.

(E) Aquela é a livraria onde foi lançado o romance recorde de vendas.

4 - (FGV/PREF.CAMPINAS – Coordenador Pedagógico/2008)

“Ninguém sabe aonde essa transformação vai chegar.”

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Uma das freqüentes dificuldades no uso da língua reside na opção entre o uso do ondee do aonde, grifado na frase acima.

Assinale a alternativa em que não se tenha empregado a forma correta.

(A) As escolas onde estivemos estavam bem conservadas.

(B) Estivemos naquela cidade onde se deu o encontro de professores.

(C) Sabemos onde nossos projetos pretendem chegar.

(D) A nossa preocupação era onde entregar os relatórios.

(E) Haveria, sempre, um lugar onde pudéssemos descansar nossas angústias.

5 - (ESAF/AFRF/2002.1)

O homem é moderno na medida das senhas de que ele é escravo para ter acesso àvida. Não é mais o senhor de seu direito constitucional de ir-e-vir. A senha é a senhoraabsoluta. Sem senha, você fica sem seu próprio dinheiro ou até sem a vida. No cofredo hotel, são quatro algarismos; no seu home bank, seis; mas para trabalhar nocomputador da empresa, você tem que digitar oito vezes, letras e algarismos. A portado meu carro tem senha; o alarme do seu, também. Cada um de nossos cartões temsenha. Se for sensato, você percebe que sua memória não pode ser ocupada comtanta baboseira inútil. Seus neurônios precisam ter finalidade nobre. Têm que guardar,sim, os bons momentos da vida. Então, desesperado, você descarrega tudo na suaagenda eletrônica, num lugar secreto que só senha abre. Agora só falta descobrir emque lugar secreto você vai guardar a senha do lugar secreto que guarda as senhas.

(Alexandre Garcia, Abre-te sésamo, com adaptações)

Julgue a asserção abaixo, com relação ao emprego das palavras e expressões do texto.

- Para que as regras da norma culta sejam respeitadas, é obrigatório o emprego dapreposição de regendo a oração “que ele é escravo”(l.1).

6 - (ESAF/SEFAZ SP/2009)

Com base no texto, analise a proposição que se segue.

1. O Hamas, com sua odiosa plataforma que prega o

aniquilamento da nação vizinha, não é um movimento

adventício, artificial, em Gaza.

O grupo fundamentalista, com ramificações assistenciais

5. e religiosas, criou raízes e tornou-se popular na faixa de

Gaza – essa capilaridade, aliás, torna difícil atingir alvos

militares sem matar civis. O Hamas venceu as eleições

parlamentares palestinas de 2006 e, mais tarde, expulsou

de Gaza o Fatah, o partido secular de Mahmoud Abbas,

10. presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP).

Facilitaram a ascensão do extremismo em Gaza a

incompetência corrupta do governo do Fatah, o cruel

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bloqueio à circulação de bens e pessoas imposto por

Israel e a opção, tomada por EUA e União Europeia, de

15. ignorar diplomaticamente o Hamas e fortalecer a ANP.

(Folha de S. Paulo, Editorial, 5/1/2009)

- O emprego da preposição em “de ignorar”(ℓ.14 e 15) justifica-se pela regênciade “opção”.

7 - (ESAF/ AUDITOR DO TESOURO MUNICIPAL NATAL / 2008)

A linguagem da mídia é uma das mais constantes

formas de comunicação a que as pessoas têm acesso.

Com os avanços da tecnologia, a produção de notícias

escritas e faladas invade nosso cotidiano. O noticiário

5. tem um papel social e político, assim como educacional:

ao estarmos expostos a ele fazemos conexões e tentamos

entender e explicar como acontecimentos relatados na

mídia se relacionam com nossas vidas e

com a sociedade como um todo. Entretanto, notícias

10. são relatos de fatos e não o fato em si. O tratamento

de qualquer tópico, portanto, sempre dependerá de

quem o escolheu e de que ponto de vista será relatado.

Relatos, assim, não são uma representação de fatos,

mas uma construção cultural que codifica valores fixos,

15. já que os jornalistas obedecem a uma série de critérios

que determinam se um fato pode ser relatado ou não.

(Carmen Rosa Caldas-Coulthard. A imprensa britânica e a representação da América Latina: recontextualização textual e prática social)

Analise o seguinte item a respeito do emprego das estruturas lingüísticas no texto.

- O uso da preposição a antes de “que”(l.2) é exigência das regras gramaticais quenormatizam as relações sintáticas com o substantivo “acesso”(l .2).

8 - (FCC/TCE SP – Agente de Fiscalização Financeira / Dezembro 2005)

As expressões de que e com que preenchem corretamente, nessa ordem, as lacunasda frase:

(A)) O prestígio . o texto de Maquiavel desfruta até hoje é merecido, pois é um

tratado político . .... muitos têm muito a aprender.

(B) As qualidades morais . .. muitos estavam habituados a considerar como taisf

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(C) Os valores abstratos . ............................ muita gente costuma cultuar não tinham, para Maquiavel, qualquer aplicação ...... pudesse se valer na análise da política.

(D) O adjetivo maquiavélico, . ...................... muitos utilizam para denegrir o caráter de alguém, ganhou uma acepção . .... costumam discordar os cientistas políticos.

(E) A leitura de O Príncipe, . muita gente até hoje se entrega, interessa a todos .... se sintam envolvidos na lógica da política.

9 - (ESAF/SUSEP – Agente Executivo/2006)

1. Herdeiro de uma experiência extremamente rica, mas

esgotada pelo autoritarismo, o socialismo dos nossos

tempos já não pode utilizar os referenciais do passado

e ainda não tem referenciais estratégicos para

5. encaminhar seu futuro. Está condenado a sobreviver

politicamente por meio de projetos e programas de

administração “humanizada” do capitalismo global,

o que lhe infunde permanentes crises de identidade

e traumáticas experiências de poder conforme a

10.maior ou menor solidez ideológica dos partidos que o

representam.

(Adaptado de Anivaldo de Miranda)

Em relação ao texto abaixo, analise a assertiva abaixo.

- Estaria gramaticalmente correta a redação já não pode se utilizar dosreferenciais, à linha 3.

10 - (ESAF/AFC STN/2008)

Com base no texto, analise a afirmativa abaixo.

1. No caso do Brasil, o potencial de contaminação

das expectativas de crescimento pela crise externa

concentra-se em três ameaças: a economia real ser at-

ingida por forte contenção de liquidez, o que diminuirá

5. a oferta de capital para manter os investimentos, o

consumo interno sofrer abalos com a perda acelerada

do preço das commodities, o que tenderá a reduzir o

lucro dos exportadores, e a volta do déficit em conta

corrente, com pressão sobre o câmbio e reflexos na 1

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que amenizem os efeitos de uma eventual tempestade

internacional. As preocupações não são infundadas. O

risco de escassez de crédito externo para as empresas

15. brasileiras é um exemplo. Acertadamente, o governo já

estuda meios para compensar uma eventual paralisia

do crédito internacional, por meio de fontes internas,

como empréstimos do BNDES.

(Jornal do Brasil, 18 de setembro de 2008, Editorial)

- O emprego da aglutinação da preposição com artigo definido feminino em “pela crise”justifica-se pela regência de “crescimento”(l. 2).

11 - (ESAF/ATA MF/2009)

Em relação ao texto abaixo, analise a proposição.

Os mercados financeiros entraram em março

2. assombrados pelo maior prejuízo trimestral da história

corporativa dos Estados Unidos – a perda de US$ 61,7

4. bilhões contabilizada pela seguradora American

International Group (AIG) no quarto trimestre de 2008.

6. No ano, o prejuízo chegou a US$ 99,3 bilhões. O

Tesouro americano anunciou a disposição de injetar

8. mais US$ 30 bilhões na seguradora, já socorrida em

setembro com dinheiro do contribuinte. Na Europa, a

10. notícia ruim para as bolsas foi a redução de 70% do

lucro anual do Banco HSBC, de US$ 19,1 bilhões para

12. US$ 5,7 bilhões. Enquanto suas ações caíam 15%,

o banco informava o fechamento das operações de

14. financiamento ao consumidor nos Estados Unidos,

com dispensa de 6.100 funcionários.

16. Com demissões de milhares e perdas de bilhões

dominando o noticiário de negócios no dia a dia, os

18. sinais de reativação da economia mundial continuam

fora do radar. E isso não é o pior. No fim do ano

20. passado, havia a esperança de se iniciar 2009 com

a crise financeira contida. Se isso tivesse acontecido,

22.os governos poderiam concentrar-se no combate

à retração econômica e ao desemprego. Aquela

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24.esperança foi logo desfeita.

(O Estado de S. Paulo, 3/3/2009)

- A presença de preposição em “ao desemprego”(ℓ.23) justifica-se pela regência de“combate”.

12 - (ESAF/AFC CGU/2006)

Uma das condições principais da pós-modernidade é o fato de ninguém poder ou deverdiscuti-la como condição histórico-geográfica. Com efeito, nunca é fácil elaborar umaavaliação crítica de uma situação avassaladoramente presente. Os termos do debate,da descrição e da representação são, com freqüência, tão circunscritos que parece nãohaver como escapar de interpretações que não sejam auto-referenciais. É convencionalnestes dias, por exemplo, descartar toda sugestão de que a “economia” (como querque se entenda essa palavra vaga) possa ser determinante da vida cultural, mesmo“em última instância”. O estranho na produção cultural pós-moderna é o ponto até oqual a mera procura de lucros é determinante em primeira instância.

(David Harvey, Condição pós-moderna, p. 301, com adaptações)

Julgue a asserção abaixo.

- O emprego da preposição de é obrigatória antes do pronome relativo “que” (l.6),pois aí se inicia uma oração subordinada que completa a idéia de “sugestão”(l.6).

13 - (ESAF/AFC CGU/2004)

Julgue se o trecho abaixo foi transcrito de forma gramaticalmente correta.

- A onda desenvolvimentista e a experiência keynesiana teve o seu apogeu nas trêsdécadas que sucederam o fim da Segunda Guerra. O ambiente político e social estavasaturado da idéia que era possível adotar estratégias nacionais e intencionais decrescimento, industrialização e avanço social.

14 - (ESAF/Auditor-Fiscal do Trabalho/2006)

Analise o trecho a seguir, adaptado de uma reportagem da Folha de S. Paulo, 30 deabril de 2006.

- Um diploma universitário ou o ingresso no ensino superior não são garantias que ossalários não se deteriorem de modo mais intenso nos períodos de crise, pois asmaiores perdas entre 2002 e 2006, ocorreram nos trabalhadores com mais de 11 anosde estudo.

15 - (ESAF/AFC STN/2005)

Analise a correção gramatical do trecho abaixo.

- A responsabilidade dos sócios e administradores da sociedade limitada resultante dacessão de quotas não será distinta de outras sociedades limitadas.

16 - (ESAF/ATA MF/2009)

Assinale a opção que preenche corretamente as lacunas do texto.

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A chegada da crise financeira mundial __1__ pequenos municípios exibe mais umaface perversa do abalo global que já fez tremer os gigantes do crédito internacional. Apopulação mais pobre dessas comunidades começa a pagar preço alto ao __2__ situarno lado mais fraco das contas públicas brasileiras. A desaceleração da atividadeeconômica já seria suficiente __3__ provocar uma expressiva perda de arrecadaçãoem todos os níveis da administração pública. Mas __4__ um complicador a mais paraos municípios pequenos. Forçado __5__ conceder desonerações tributárias para ajudara manutenção de empregos, o governo federal abriu mão de parte do Imposto sobreProdutos Industrializados (IPI), um dos principais formadores do Fundo de Participaçãodos Municípios (FPM). Por causa da excessiva proliferação de cidades, muitas vezes,emancipadas apenas para atender a interesses de grupos políticos locais, é imensa aquantidade de orçamentos dessas comunidades em todo o país que dependem quase__6__ exclusivamente desse fundo.

(Estado de Minas, 3/3/2009)

1 2 3 4 5 6

a) nos o ao a em que

b) aos se para há a que

c) a a de é de em

d) por lhe por existe por de

e) em o ao é por de

17 - (ESAF/ANEEL ANALISTA/2006)

A pichação é uma das expressões mais visíveis da invisibilidade humana. São mais doque rabiscos. São uma forma de estabelecer uma relação de pertencimento com acomunidade – mesmo que por meio da agressão – e, ao mesmo tempo, de dar aoautor um sentido de auto-identidade.

(Gilberto Dimenstein, Folha de S. Paulo, 21/01/2006)

Analise a declaração acerca desse trecho do texto.

- O verbo “dar”, na penúltima linha, está empregado como bitransitivo, constando dafrase seus dois objetos: o direto e o indireto.

18 - (FCC/TCE MA – Analista / Novembro 2005)

... os portos da Amazônia têm um sistema de braços flutuantes...

O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o do grifado acima está nafrase:

(A) ... choveu menos na Amazônia.

(B) ... assim como aconteceu no início do século XX.

(C)) ... duplicando o impacto sobre o ambiente.

(D) ... que se trata de variações médias ao longo de três décadas.

(E) ... a atual seca se torna mais relativa.

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19 - (FCC/TRT 15ª Região – Técnico Judiciário / Setembro 2004)

O Conselho Nacional de Justiça precisará de segmentos setoriais...

O mesmo tipo de complemento exigido pelo verbo grifado acima está na frase:

(A) ... tornando-a mais rápida...

(B) ... limita a liberdade dos juízes...

(C) ... e pode permitir a influência do Executivo...

(D) ... se a aplicação for restrita a matérias tributárias...

(E) ... mas valem apenas para os advogados privados...

20 - (FCC/ BACEN - Procurador / Janeiro 2006)

... e as cotações generosas empolgam os usineiros ...

O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o do grifado acima está nafrase:

(A) Nem só de problemas vive o campo.

(B) Enquanto estrelas de primeira grandeza como a soja vergam sob uma conjunturadesfavorável ...

(C) A razão é a alta do petróleo ...

(D)) ... e há meia centena de novas usinas projetadas ...

(E) ... que torna o álcool um combustível atraente.

21 - (FGV/BADESC – Nível Médio/2010)

Assinale a alternativa que apresente a frase cujo verbo sublinhado tem regênciaidêntica à do verbo em destaque na frase “os indivíduos perdem a noção de que taisatitudes se constituem em ações desonestas” (L.43-44):

(A) A corrupção é mera consequência desse padrão moral.

(B) Se ainda existe a vontade de enganar.

(C) A moral pública sofreu uma derrocada significativa.

(D) Ela já começa dentro de casa.

(E) Todo o restante da sociedade se utiliza dessa mesma lógica.

22 - (FCC/TRE AP – Analista Judiciário / Janeiro 2006)

Quando lhe disseram que também se caçam borboletas e andorinhas...

A frase cujo verbo, também grifado, apresenta regência idêntica à do grifado na fraseacima é:

(A) ...que fez uma viagem de exploração à América do Sul...

(B)...que sabem reduzir a cabeça de um morto...

(C) Queria assistir a uma dessas operações...

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(D) ...que ele tinha contas a acertar...

(E) Ele não me fez nenhum mal!

23 - (FGV/MPE AM – Economista/2002)

Assinale a frase em que há ERRO no emprego de o ou lhe em relação à norma cultada língua.

(A) O cronista não lhe entregou o texto que prometera.

(B) A leitura daquela crônica decepcionou-lhe.

(C) O cronista o encontrou numa livraria.

(D) Eu o admiro como cronista há muito tempo.

(E) O conteúdo de suas crônicas o entristecia.

24 - (ESAF/Analista IRB/2004)

Identifique a letra em que uma das frases apresenta erro de regência verbal.

a) Atender uma explicação.

Atender a um conselho.

b) O diretor atendeu aos interessados.

O diretor atendeu-os no que foi possível.

c) Atender às condições do mercado.

Os requerentes foram atendidos pelo juiz.

d) Atender o telefone.

Atender ao telefone.

e) Ninguém atendeu para os primeiros sintomas da doença.

Ninguém se atendeu aos primeiros alarmes de incêndio.

25 - (ESAF / Auditor-Fiscal do Trabalho / 2006)

No atual estágio da sociedade brasileira, se se deseja um regime democrático, nãobasta abolir a necessidade de bens básicos. É necessário que o processo produtivo sejacapaz de continuar, com eficiência, a produção e a oferta de bens consideradossupérfluos. Em se tratando de um compromisso democrático, uma hierarquia deprioridades deve colocar o básico sobre o supérfluo. O que deve servir como incentivopara a proposta de casar democracia, fim da apartação e eficiência econômica emgeral é o fato de que o potencial econômico do país permite otimismo quanto àpossibilidade de atender todas essas necessidades, dentro de uma estratégia em que otempo não será muito longo.

(Adaptado de Cristovam Buarque, Da modernidade técnica à modernidade ética, p.29)

Analise a proposta de alteração para o texto.

- Inserir a preposição a antes de “todas essas necessidades”(l.8).

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26 - (ESAF/TCU/2006)

Assinale a opção que corresponde a erro gramatical.

A precariedade dos serviços públicos é responsável por cerca de(1) 8% das barreirasao crescimento do País. Esse impacto se deve aos(2) efeitos em cascata que asdeficiências no setor público causam à economia. No Brasil, esses problemas parecemtão arraigados à rotina nacional que aparentam ser imutáveis. Não são. O Reino Unidoestá implementando uma reforma que visa o(3) aumento de produtividade e àmelhoria da qualidade dos serviços públicos. O primeiro passo aconteceu com oestabelecimento de alguns princípios:

• metas nacionais de desempenho, mensuráveis e disponíveis para comparação pelopúblico;

• clara definição de responsabilidades entre as entidades públicas;

• aumento de flexibilidade, por meio da(4) simplificação de processos e da reduçãoda burocracia;

• oportunidade de escolha por parte do público em relação aos provedores de serviços.

A estimativa é que(5) essas reformas aumentem o PIB do País em 16 bilhões delibras.

(Adaptado de Revista Veja, n. 49, p.154.)

a) 1

b) 2

c) 3

d) 4

e) 5

27 - (FGV/SEFAZ RJ/2007)

Julgue a afirmação a seguir.

- No trecho “que vise a minorar as desigualdades” (L.58-59), a regência do verbo visarestá de acordo com a norma culta, muito embora atualmente bons autores tenhamavalizado o uso do verbo como transitivo direto, nesse mesmo sentido.

28 - (FGV/SENADO FEDERAL – ADVOGADO/2008 - adaptada)

“Tal atitude implicou a busca de maior transparência. Era preciso assegurar aocidadão amplo acesso a informações sobre o desempenho da Justiça. Essasinformações, lamentavelmente, não existiam ou eram imprecisas e defasadas. OJudiciário, na verdade, não se conhecia.” (L.14-19)

A respeito do trecho acima, analise o item a seguir:

- Seria igualmente correto, na primeira frase, escrever “implicou na busca”.

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29 - (ESAF/AFRF/2002.1)

Julgue os períodos abaixo em relação à correção gramatical.

- A prática do racismo é definida como crime na Lei nº 7.716/89, isto é, nessa Leiestão definidas várias condutas que implicam tratamento discriminatório, motivadopelo preconceito racial. / A prática do racismo é definida como crime na Lei nº 7.716/89, isto é, nessa Lei estão definidas várias condutas que implicam emtratamento discriminatório, motivado pelo preconceito racial.

30 - (ESAF/AFC CGU/2006)

O final do século XX assistiu a um processo sem precedentes de mudanças na históriado pensamento e da técnica. Ao lado da aceleração avassaladora nas tecnologias dacomunicação, de artes, de materiais e de genética, ocorreram mudançasparadigmáticas no modo de se pensar a sociedade e suas instituições. De modo geral,as críticas apontam para as raízes da maioria dos atuais conceitos sobre o homem eseus aspectos, constituídos no momento histórico iniciado no século XV e consolidadono século XVIII. A modernidade que surgira nesse período é agora criticada em seuspilares fundamentais, como a crença na verdade, alcançável pela razão, e nalinearidade histórica rumo ao progresso. Para substituir esses dogmas, são propostosnovos valores, menos fechados e categorizantes.

(http://pt.wikipdia.org (acessado em 14 de dezembro de 2005, com adaptações))

Julgue a assertiva abaixo:

- A retirada da preposição a antes de “um processo” (l.1) preservaria a correçãogramatical da oração, mas alteraria o sentido do verbo assistir e, conseqüentemente,prejudicaria a coerência textual.

31 - (ESAF/SEFAZ SP/2009)

Com base no texto, analise a proposição.

1. É certo que houve expansão da frota, tanto de carros,

como de caminhões e ônibus. Mas isso é muito pouco

para explicar a verdadeira chacina na malha rodoviária

a que o país parece assistir de braços cruzados.

5. Cabe boa parte da culpa aos motoristas. Quem

viaja pelas estradas brasileiras não precisa ir longe

para constatar verdadeiros descalabros. Motoristas

dispostos a tudo mostram sua estupidez e total falta

de responsabilidade: trafegam em alta velocidade,

fazem ultrapassagens inconvenientes, andam pelo

10. acostamento, usam faróis altos e frequentemente

dirigem alcoolizados.

(Estado de Minas, Editorial, 6/1/2009.)

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- O emprego da preposição “a” em “a que o país parece...”(ℓ.4) justifica-se pelaregência de “assistir”.

32 - (ESAF/AFRE MG/2005)

1. Santo Agostinho (354-430), um dos grandes formuladores

do catolicismo, uniu a teologia à filosofia. Sua

contribuição para o estudo das taxas de juros, ainda

que involuntária, foi tremenda. Em suas Confissões, o

5. bispo de Hipona, filho de Santa Mônica, conta que,

ainda adolescente, clamou a Deus que lhe concedesse

a castidade e a continência e fez uma ressalva

– ansiava por essa graça, mas não de imediato. Ele

admitiu que receava perder a concupiscência natural

10. da puberdade. A atitude de Santo Agostinho traduz

impecavelmente a urgência do ser humano em viver

o aqui e agora. Essa atitude alia-se ao desejo de

adiar quanto puder a dor e arcar com as conseqüências

do desfrute presente – sejam elas de ordem

15. financeira ou de saúde. É justamente essa urgência

que explica a predisposição das pessoas, empresas

e países a pagar altas taxas de juros para usufruir o

mais rápido possível seu objeto de desejo.

(Viver agora, pagar depois, (Fragmento). In: Economia e Negócios, Revista Veja, 30/03/2005, p.90)

Julgue a afirmação a respeito do texto.

- O complemento verbal “seu objeto de desejo” (l..18) poderia vir precedido dapreposição “de”, atendendo-se à regência do verbo “usufruir”.

33 - (ESAF/SUSEP - Analista Técnico/2006)

1. Antenas, computadores e vontade política. Três fatores

que podem facilitar o acesso às modernas tecnologias

de informação, à internet e ajudar a reduzir a nossa

enorme dívida social. Podem, com certeza, encurtar a

5. distância entre os que têm e os que não têm acesso

à rede mundial de computadores e às modernas

tecnologias. A grande massa do povo encontra-se à

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margem das informações disponíveis e contatos com

o mundo global.

(Adaptado de Eunício Oliveira, O acesso às novas tecnologias e a inclusão social,Correio Braziliense, 14 de junho de 2004)

Analise a asserção a respeito do emprego das estruturas lingüísticas no texto.

- O termo “contatos com o mundo global” (l.8 e 9) complementa, sintática esemanticamente a expressão “à margem”(l.7 e 8); por isso preserva-se a correçãogramatical ao se inserir dos antes desse termo.

34 - (ESAF/SEFAZ SP/2009)

Analise a correção gramatical da opção a seguir.

- Além disso, visa gerar créditos aos consumidores, os cidadãos e as empresas doEstado. Para isso, basta o consumidor solicitar o documento fiscal no ato da compra einformar o seu CPF ou CNPJ. Os estabelecimentos comerciais enviarão periodicamenteessas informações para a Secretaria da Fazenda, que calculará o crédito doconsumidor.

35 - (ESAF/SEFAZ SP/2009)

Analise a opção abaixo, que transcreve informações sobre a Nota Fiscal Paulista, emrelação aos aspectos gramaticais.

- A Nota Fiscal Paulista é um projeto de estimulo à cidadania fiscal no Estado de SãoPaulo, que tem por objetivo estimular aos consumidores a exigirem a entrega dodocumento fiscal na hora da compra.

36 - (ESAF/SEFAZ SP/2009)

Analise o trecho em relação à sintaxe e à pontuação.

- Ao lado da especialização das bases tributárias, o fisco tem se posicionado quanto àimportância de prover à administração tributária de autonomia orçamentária,financeira, administrativa e funcional, assim como a previsão de uma lei orgânica que,inclusive foi aceita como emenda, pelo relator da matéria, na Câmara dos Deputados.

37 - (ESAF/ANEEL- Técnico/2006)

De fato, os jovens têm motivos para se sentirem inseguros. Começam a vidaprofissional assombrados pelos altos índices de desemprego. Quase a metade dosdesempregados nos grandes centros no Brasil é jovem. Além da falta de experiência,há o despreparo mesmo. Grande parte tem baixa escolaridade. O mercado de trabalhoajuda a perpetuar a desigualdade. Muitos jovens deixam de estudar para trabalhar.Mas a disputa é acirrada também entre os mais bem-preparados. A grande oferta demão-de-obra resulta em um processo cruel de avaliação, com testes de conhecimentose de raciocínio lógico, redação, dinâmicas de grupo, entrevistas. E não é só. O jovemdeve demonstrar habilidades que muitas vezes nem teve tempo de saber se possui oude descobrir como adquiri-las. Como o conhecimento hoje fica obsoleto muito rápido, aqualificação e o potencial comportamental é que definem um bom candidato, e não sóo preparo técnico.

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(Adaptado de ISTOÉ 5/10/2005)

Julgue a assertiva abaixo.

- A regência do verbo resultar permite a troca da preposição “em”(l.8) pelapreposição de; mas, nesse caso, a relação semântica entre “oferta” (l.8) e“processo”(l.8) se inverte.

38 - (ESAF/AFC STN / 2008)

1. Ao lado de características inéditas, a crise cevada

no mercado imobiliário e financeiro americano, com

reverberações mundiais, apresenta aspectos também

verificados em outras situações de nervosismo global.

5. Não há medida mágica e salvadora que faça cotações

se estabilizarem e o investidor recuperar o sono. Só

uma sucessão de ações consegue mudar expectativas

como as atuais. A Casa Branca, ao contrário da postura

que assumira no caso do Lehman Brothers – tragado,

10. sem socorro, por um rombo de US$600 bilhões –,

decidira estender a mão para a maior seguradora do

país, a AIG.

Aos bilhões empenhados para permitir ao Morgan

digerir o Bear Stearns, em março; ao dinheiro sacado

15. a fim de evitar a quebra das gigantes Fannie Mae e

Freddie Mac, redescontadoras de hipotecas, o governo

e o Fed, o BC dos EUA, decidiram somar US$85 bilhões

para salvar a AIG. Decepcionou-se quem esperava

tranquilidade. O emperramento do crédito – ninguém

20. empresta a ninguém, por não se saber ao certo o risco

do tomador – continua a travar o mercado global, e as

ações novamente desceram a ladeira, empurradas por

boatos sobre quais serão, ou seriam, os próximos a

cair.

(O Globo, 18 de setembro de 2008 , Editorial)

Com base nos elementos do texto acima, analise a proposição a seguir.

- O emprego de preposição em “Aos bilhões”(l.13) e em “ao dinheiro”(l.14) justifica-sepela regência de “somar” (l.17).

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39 - (ESAF/IRB – Advogado/2006)

Os seres humanos diferem dos animais principalmente pela capacidade de acumularconhecimento. Mas não são capazes de controlar seu destino nem de utilizar asabedoria acumulada para viver melhor. Nesses aspectos somos como os demaisseres. Através dos séculos, o ser humano não foi capaz de evoluir em termos de éticaou de uma lógica política. Não conseguiu eliminar seu instinto destruidor, predatório.No século XVIII, o Iluminismo imaginou que seria possível uma evolução através doconhecimento e da razão. Mas a alternância de períodos de avanços com declíniosprosseguiu inalterada. Regimes tirânicos se sucederam. A história humana é como umciclo que se repete, sem evoluir.

(John Gray, Contagem regressiva, Época, 26 de dezembro de 2005, comadaptações)

Assinale a opção em que a retirada do termo sublinhado no texto resulta em errogramatical ou em incoerência textual.

a) de

b) uma lógica

c) que seria

d) períodos de

e) se

40 - (ESAF/TFC SFC/2000)

Assinale a opção que corresponde a erro gramatical

Outro mito muito em voga(A) é de que(B) a globalização torna(C) a vida das pessoasmuito mais instável. Isso é só parcialmente verdade. As economias estão muito maiscompetitivas hoje em boa parte do mundo, o que(D) pode passar uma sensaçãomaior de instabilidade. Um recente estudo do Banco Mundial, no entanto, mostraque(E) não há nenhuma evidência de aumento da instabilidade em termos decrescimento de PIB e de consumo privado na América Latina.

(Adaptado de Exame, 1/11/2000, p.141)

a) A

b) B

c) C

d) D

e) E

41 - (FCC/IPEA Assessor Especializado / Novembro 2004)

Na frase Preferimos confiar e acreditar nas coisas..., a expressão sublinhadacomplementa corretamente, ao mesmo tempo, dois verbos que têm a mesmaregência: confiar em, acreditar em. Do mesmo modo, está também correta a seguinteconstrução: Preferimos

(A) ignorar e desconfiar das coisas...

(B) subestimar e descuidar das coisas...

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(C) não suspeitar e negligenciar as coisas...

(D) nos desviar e evitar as coisas...

(E))nos contrapor e resistir às coisas...

42 - (ESAF/AFC STN/2005)

Analise a correção dos itens a seguir que constam de um ofício da Secretaria doTesouro Nacional a um deputado federal.

I - Em complemento às observações transmitidas pelo Telegrama nº 00, de 3 de marçop.p., informo Sua Excelência que as medidas mencionadas em sua Carta nº 000,dirigida ao Senhor Presidente da República, foram objeto de estudo desta Secretaria,antes de incorporadas à Medida Provisória nº 0000/2005.

II - Complementando as observações transmitidas pelo telegrama nº 00, de 3 demarço do corrente, informo a Vossa Excelência de que as medidas mencionadas emsua carta nº 000, dirigida ao Senhor Presidente da República, foram objeto de estudodesta Secretaria, antes de incorporadas à Medida Provisória nº 0000/2005.

43 - (ESAF/AFC STN/2005)

1. Os administradores de sociedades limitadas podem

responder solidariamente perante a sociedade pelo

mal desempenho de suas atribuições. Uma dessas

hipóteses é justamente não comunicar aos demais

5. associados a cessão das cotas por parte de alguns

sócios a terceiros que não dispõe de patrimônio apto

a honrar o compromisso.

Analise a assertiva acerca de aspectos lingüísticos do texto acima.

- O verbo comunicar (l.4) está empregado erradamente, pois exige objeto direto depessoa e indireto de coisa: comunicar alguém de/sobre/acerca de alguma coisa.

44 - (FGV/BADESC – Nível Médio/2010)

A regência está correta no segmento “Só que isso não se pode constituir em fatordecisivo para a perda generalizada de referenciais” (L.33-34).

Assinale a alternativa em que não se obedece às normas de regência da língua culta.

(A) Lembrou da importância dos investimentos no capital humano.

(B) Informaram aos acionistas os baixos rendimentos da empresa.

(C) Preferiram oferecer assistencialismo a abrir novos postos de trabalho.

(D) Não conhecia as leis a que se referiam os relatórios contábeis.

(E) Simpatizou muito com as ideias inovadoras do palestrante.

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45 - (ESAF/AFC STN/2002)

No passado, para garantir o sucesso de um filho ou de uma filha, bastava conseguirque eles tirassem um diploma de curso superior. Uma vez formados, seriamautomaticamente chamados de “doutor” e teriam um salário de classe média para oresto da vida. De uns anos para cá, essa fórmula não funciona mais. Quem quisergarantir o futuro dos filhos, além do curso superior, terá de lhes arrumar um capitalinicial. Esse capital deverá ser suficiente para o investimento que gerará um empregopara seu filho.

Em relação aos aspectos textuais, julgue a asserção abaixo.

- A regência do verbo chamar empregada no texto(l.3) é considerada coloquial. Agramática ortodoxa recomenda, como mais formal, o emprego desse verbo comotransitivo direto.

46 - (ESAF/ATA MF/2009)

Analise o segmento do texto quanto às normas da língua escrita formal.

- Essa estratégia possibilita aos empresários de se dedicarem apenas ao seu negócio,sua atividade-fim, deixando os diversos trâmites administrativos nas mãos de umaempresa especializada.

47 - (ESAF/ATA MF/2009)

Analise o item em relação à concordância e regência.

- Antigamente, nas empresas, eram poucos os funcionários que dominavam um idiomaestrangeiro, e com eles recorriam os colegas quando precisavam traduzir uma palavraou um texto.

48 - (ESAF/ATA MF/2009)

Analise o item em relação à concordância e regência.

- A primeira pergunta que surge a quem se impõe ao desafio de falar outro idiomafluentemente é: será preciso passar um tempo no exterior?

49 - (FGV/BESC – SUPERIOR/2004)

CAPÍTULO III

Do Contrato Estimatório

Art. 534. Pelo contrato estimatório, o consignante entrega bens móveis aoconsignatário, que fica autorizado a vendê-los, pagando àquele o preço ajustado, salvose preferir, no prazo estabelecido, restituir-lhe a coisa consignada.

(Novo Código Civil)

Pela leitura do texto II, percebe-se a importância do uso correto dos pronomesoblíquos. Assinale a alternativa em que isso NÃO tenha ocorrido.

(A) O chefe encontrou a secretária no corredor e pagou-a ali mesmo.

(B) Cabia-lhe o direito de reaver o documento.

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(C) Os pacientes esperavam que o médico os assistisse com urgência.

(D) Ele não lhe perdoou a dívida.

(E) Ela lembrava-lhe a boa infância.

50 – (ESAF/AFRF/2005)

O advento da moderna indústria tecnológica fez com que o contexto em que passa adispor-se a máquina mudasse completamente de configuração. Entretanto, talmudança obedece a certas coordenadas que começam a ser pensadas já na antigaGrécia, que novamente se relacionam com a questão da verdade. É que a verdade, apartir de Platão e Aristóteles, passa a ser determinada de um modo novo, verificando-se uma transmutação em sua própria essência. Desde então, entende-se usualmente averdade como sendo o resultado de uma adequação, ou seja, a verdade pode serconstatada sempre que a idéia que o sujeito forma de determinado objeto coincidacom esse objeto.

(Gerd Bornheim. Racionalidade e acaso. fragmento)

Julgue a assertiva a respeito do uso das estruturas lingüísticas do texto.

- Tanto a supressão da preposição no termo “a certas coordenadas” (l.3) como suasubstituição por às preservam as relações de sentido e respeitam as regras deregência verbal.