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Director: Carlos Luis Figueira Propriedade da Associação ODIANA Fundado pela Associação Alcance em 2000 Jornal Mensal Ano 14 - Nº173 NOVEMBRO 2014 PREÇO: 0,85 EUROS Guadiana Baixo Baixo Guadiana JORNAL DO PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS AUTORIZADO A CIRCULAR EM INVÓLUCRO FECHADO DE PLÁSTICO OU PAPEL PODE ABRIR-SE PARA VERIFICAÇÃO POSTAL DE 01132011 SNS/GSCS TAXA PAGA PORTUGAL CEM NORTE Igreja de Odeleite já tem seus retábulos recuperados Sede de Cidades e Entidades do Iluminismo veio para VRSA Luís Teixeira Campeão Nacional de Todo-o-Terreno Proteção das Crianças e Jovens em risco feita num diálogo comunitário Saúde no Interior: As vitórias e o desespero de populações envelhecidas P 27 P 13 a 15 P 12 P 19 P 8 P 9 Recuperação de taxas de ocupação no Turismo está a marcar atualidade Neste ano de 2014 a economia do Turismo está a marcar a atualidade em Portugal. A região do Algarve começa a aproximar-se do comportamento turístico de outros tempos, embora existam variáveis importantes a ter em conta para não entrar em “euforias desajustadas”, acautelam os especialistas na matéria. Os responsáveis das entidades que agrupam com maior representatividade os agentes turísticos da região estão confiantes que a evolução positiva de destaque este ano não representa uma situação esporádica, considerando que a região tem o que precisa para «dar a volta por cima» e retomar desempenhos que já não se fazem sentir desde o início do século. Já muito se falou sobre a «década perdida», agora auspicia-se uma prosperidade em cadeia.

Jbg novembro

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | NOVEMBRO 2014 | 1

Director: Carlos Luis FigueiraPropriedade da Associação ODIANA Fundado pela Associação Alcance em 2000

Jornal Mensal

Ano 14 - Nº173

NOVEMBRO 2014

PREÇO: 0,85 EUROS

GuadianaBaixoBaixo

Guadiana

JORNALDO

PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS

AUTORIZADO A CIRCULAR EM INVÓLUCRO FECHADODE PLÁSTICO OU PAPELPODE ABRIR-SE PARAVERIFICAÇÃO POSTALDE 01132011 SNS/GSCS

TAXA PAGAPORTUGALCEM NORTE

Igreja de Odeleite já tem seus retábulos recuperados

Sede de Cidades e Entidades do Iluminismo veio para VRSA

Luís Teixeira Campeão Nacional de Todo-o-Terreno

Proteção das Crianças e Jovens em risco feita num diálogo comunitário

Saúde no Interior: As vitórias e o desespero de populações envelhecidas

P 27

P 13 a 15

P 12 P 19

P 8

P 9

Recuperação de taxas de ocupação no Turismo está a marcar atualidade

Neste ano de 2014 a economia do Turismo está a marcar a atualidade em Portugal. A região do Algarve começa a aproximar-se do comportamento turístico de outros tempos, embora existam variáveis importantes a ter em conta para não entrar em “euforias desajustadas”, acautelam os especialistas na matéria. Os responsáveis das entidades que agrupam com maior representatividade os agentes turísticos da região estão confiantes que a evolução positiva de destaque este ano não representa uma situação esporádica, considerando que a região tem o que precisa para «dar a volta por cima» e retomar desempenhos que já não se fazem sentir desde o início do século. Já muito se falou sobre a «década perdida», agora auspicia-se uma prosperidade em cadeia.

2 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |NOVEMBRO 2014

JBGJornal do Baixo Guadiana

A afirmação das potenciali-dades de um território, a sua identificação, na variedade de elementos que o compõem, é ele-mento essencial para projectar o seu desenvolvimento. Não é tarefa que se possa exigir para o mês seguinte, e muito menos comporta soluções de varinha mágica. O Algarve é claro exem-plo da diversidade que integra no qual, o que justamente identifi-camos como territórios do Baixo Guadiana, é dessa característica claro exemplo.

São assim de grande impor-tância todos os pequenos ou grandes passos que se realizam no sentido de valorizar potencia-lidades existentes, em apoio de actividades económicas que se sustentam justamente em valo-res que o diferenciam, nas suas particularidades.

Neste contexto cabe referir a soma de iniciativas e apoios que ao longo de anos foram efectuadas para recuperar uma actividade em acentuada deca-dência como a produção de sal, colocando hoje Castro Marim como o maior produtor de sal artesanal, produto de qualidade

pronto para responder às exi-gências de um novo mercado que o procura, enfrentando a concorrência de outras regiões produtoras em França,Espanha, Itália, entre outras.

As boas noticias vão aconte-cendo também em torno da activi-dade económica mais importante na região. Pelos dados e declara-ções diversas aqui referidos, no importante trabalho jornalístico que esta edição insere, estamos em presença de um melhor ano turístico, com sinais que podem sugerir níveis de crescimento na ocupação média anual em aloja-mento qualificado para os 65%, o que poderá significar, se tal vier a ocorrer, que ao crescimento em dormidas se associe uma desejá-vel melhoria no balanço global do negócio.

O que pode significar melho-rar as acções promocionais, definindo claramente mercados prioritários mas, igualmente, sem desvalorizar o produto fun-damental constituído por sol e praia, dar maior expressão a pro-dutos complementares associa-dos à natureza, ao desporto,à cultura, ao património erudito ou popular. O alojamento em espaço rural está em claro cres-cimento em resposta a novos mercados. No território do Baixo

Guadiana existem infra-estru-turas associadas à prática des-portiva que necessitam de uma maior valorização e promoção. A deslocação para Vila Real de Santo António da sede da Asso-ciação Internacional de Cidades e Entidades do Iluminismo vai contribuir para dar à cidade e ao conjunto do território em que se insere uma outra visibilidade. A cultura e a economia que hoje no seu conjunto provoca é outro produto, para outros mercados de procura, que pode e deve contribuir para a complemen-taridade desta importante activi-dade económica assente no lazer para a qual o território oferece oportunidades diversas.

Boa noticia também é de facto o inicio da obra de desassorea-mento da barra do Rio Guadiana. Trata-se todavia de um pequeno passo. O último projecto conhe-cido tinha maior ambição quer pelos montantes envolvidos, mais de 10 milhões de euros, quer pela sua amplitude, pois a intervenção que estava proposta ia para além de Alcoutim. O tra-tamento do Rio é uma das obras fundamentais para o desenvolvi-mento deste território que não pode ficar esquecida nas gavetas de quem nos governa e sobre-tudo iludida, na sua necessidade,

com uma intervenção que sendo importante e qui se saúda mas, cuja alcance é necessário afir-má-lo, fica àquem das necessi-dades que de uma e outra das suas margens exige.

Carlos Luis [email protected]

ABERTURA * O autor não escreve ao abrigo do acordo ortográfico

Diretor:Carlos Luis Figueira

Sub-Diretor:Vítor Madeira

Chefe de Redação:Susana Helena de Sousa CPJ 9621

Redação:Antónia-Maria,Carlos Brito,Joana Germano,José CruzVictoria Cassinello

Colaboradores da Edição:Alexandra GonçalvesAna Amorim DiasEusébio CostaFernando PessanhaHumberto FernandesJoão ConceiçãoJoão RaimundoJosé Carlos BarrosJosé CruzPedro PiresRui RosaAssociação AlcanceAssociação GUADIAssociação RodactivaCruz Vermelha Portuguesa VRSADECONEIPEurope Direct Algarve - CCDRAlge Associação Odiana

Departamento Comercial:[email protected]/[email protected]

Sede e Redação:Rua 25 de Abril, N.º 1Apartado 21 8950-909Castro MarimTel: 281 531 171966 902 856Fax: 281 531 [email protected]

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Direção Executiva:Associação Odiana

Design e Paginação:Rui Rosa

Impressão:FIG - Indústrias GráficasRua Adriano Lucas,3020-265 Coimbra,Tel: 239 499 922

Tiragem desta edição:3.000 exemplares

Registo no ICS: 123554

Depósito legal: 150617/00

JBG ONLINEhttp://issuu.com/jornalbaixoguadianaeFacebook

NIB: 00350 234 0000 586 353 080 Caixa Geral de Depósitos

Vox Pop

R: Vejo com satisfação, pois um rio Guadiana navegável será uma ajuda ao desenvolvimento do Baixo Guadiana.

Nome: Vera MartinsProfissão: Dietista

R: É boa, claro. Mas acho que vai melho-rar a navegação marítima, mas futuro não vejo muito. Não temos fábricas do atum e outro ramo. Todos nós vemos que é tudo para os espanhóis e nada para nós.

Nome: Pedro FerrazProfissão: NR

R: É de extrema importância para o desen-volvimento socio-económico da região.

Nome: Nuno AlvesProfissão: Prof. Ed. Física

R: Na minha opinião penso que é um assunto tem vindo a ser descuidado, no entanto penso que é uma ótima novidade. Esperemos que o desassoreamento esteja concluído no tempo previsto e que se tomem medidas a longo prazo para cuidar do nosso património natural.

Nome: Vanda PereiraProfissão: Desempregada

O desassoreamento da barra do Guadiana vai avançar. Como vê esta novidade?

Editorial

JORNAL DO BAIXO GUADIANA | NOVEMBRO 2014 | 3

CRÓNICAS

Não obstante dispormos de um Tribunal Constitucional que cumpre e faz cumprir com denodo a Constituição da República Portuguesa, todavia os seus doutos treze juízes, quais guardiães exacerbados das leis e dos decretos-leis que regem a nossa comunidade, não conseguiram evitar o encerramento de serviços de saúde essenciais à vida dos cidadãos, acabar com as famigeradas listas de espera que desqualificam a saúde em Portugal, nem reunir os milhões de euros necessários para a construção do novo Hospital do Algarve. Vem isto a propósito da apresentação pública, em Odeleite, do novo projecto da Unidade Móvel de Saúde de Castro Marim, que existe desde Outubro de 2002. O novo impulso dado a

este equipamento móvel de Saúde do concelho consagra a realização de consultas ao domicílio, com uma equipa experiente constituída pelas médicas Helena Gonçalves, Susana Valsassina e pela enfermeira Angelina Rocha. Atento e preocupado com a saúde precária e as condições de isolamento em que vive um milhar e meio de pessoas, na sua maioria idosos, das freguesias de Odeleite e Azinhal, o médico e presidente da Câmara Municipal de Castro Marim, Francisco Amaral, tomou a decisão arrojada de criar a primeira Unidade Móvel de Saúde do país com médico. Esta medida de política de saúde em desenvolvimento no concelho, da responsabilidade do mesmo autarca

que há vinte anos criou a primeira Unidade Móvel da Saúde do país com enfermeiro, no concelho de Alcoutim, veio permitir às pessoas destas duas freguesias de Castro Marim terem consultas de proximidade ao longo da semana, combatendo deste modo a falta de transporte e a mobilidade reduzida dos próprios doentes.

Confrontado com a dura realidade do encerramento das extensões do Centro de Saúde de Castro Marim, em Azinhal e Odeleite, no final de 2013, por decisão irrevogável do Ministério da Saúde e da Administração Regional de Saúde do Algarve (ARS), o presidente da câmara municipal, Francisco Amaral, tendo protestado de forma veemente no momento por tal decisão

abjecta, não cruzou os braços perante uma população cujo despovoamento e desertificação comprometem seriamente o seu futuro e num acto de justiça, como o próprio afirmou, criou a primeira Unidade Móvel de Saúde do país com médico. A reactivação deste equipamento de saúde móvel com médico resultou de um acordo entre o Município, a Administração Regional de Saúde (ARS) e a Associação Social da Freguesia de Odeleite. Esta decisão do médico-autarca que continua a exercer medicina em regime de voluntariado no Hospital Central do Algarve, sem nunca deixar de acudir a uma pessoa a qualquer hora do dia ou da noite que precise do seu auxílio, é algo que não estamos habituados a ver

nos homens com responsabilidades políticas e que espelha de forma inequívoca as preocupações de Francisco Amaral, quanto à qualidade de vida dos castromarinenses. Entendo que a Unidade Móvel de Saúde de Castro Marim constitui uma esperança para a prestação de cuidados de saúde nas freguesias de Odeleite e Azinhal, sendo por isso bem reveladora da luta que um presidente de câmara trava, diariamente, para afirmar e honrar o poder mais democrático instituído em Portugal, que é o Poder Local.

Vítor Madeira

Abre os ouvidos e escuta com atenção o papaguear dos telejornais, a subti-leza dos artifícios empregues, as novas modas terminológicas, as palavras dúbias, as expressões caras, as frases de transparência duvidosa; filtra com elevação intelectual esse jogo de irra-cionalidade, nota como se trabalha bem aquilo que se quer transmitir, como por exemplo se substituem os tempos ver-bais das frases, como se transforma o presente em pretérito perfeito – como na frase que agora percorre todos os

A posição geográfica do Algarve colo-ca-o na ponta sul do país, longe dos principais aglomerados populacionais, pelo que pensar as dinâmicas associa-das a estes recursos tem que envol-ver os visitantes – turistas da região, para que consiga a afirmação que se pretende.

Sem referir as estatísticas do turismo, será de apontarmos alguns números. Numa perspectiva macro cultural da região podemos dizer que houve um grande investimento em equipamen-tos culturais desde o final da década de 90 do século XX até ao presente momento.

Na base de dados da Direcção Regional estão registados 241 espaços culturais na região, desde arquivos, bibliotecas, galerias, museus e salas de espectáculos. Neste contexto, todos os municípios, mesmo os do interior tem um espaço cultural, ou uma gale-ria, ou um núcleo museológico. Com base na mesma fonte estão registados mais de 304 instituições culturais com actividade na região.

O Algarve possui 18 monumentos nacionais num conjunto de cerca de 70 imóveis classificados na região. A maioria deste património pertence ao Estado e sobretudo a municípios. O Estado Português administra direta-mente um conjunto destes «sítios», mediante a sua afetação à Direção Regional de Cultura do Algarve. São

8 imóveis classificados como bens cul-turais de grau nacional, preservados e preparados de forma a possibilitar o acolhimento simultâneo de públicos diversificados, entre os quais, estudan-tes, visitantes e turistas.

O 1º semestre deste ano registou um aumento de número de 11% dos visitantes nos Monumentos afetos à Direção Regional de Cultura do Algarve que resultará por um lado do investimento que se tem realizado nos últimos anos neste património arqui-tetónico e por outro dos resultados do ano turístico que têm apresentado a mesma tendência.

Numa visão cronológica, os núme-ros dizem-nos se crescemos ou se retraímos, mas não explicam como, nem o porquê. São importantes no

apoio à decisão e como elementos de apoio à comunicação, mas apresen-tar números que se consideram como baixos significa apoiar com menos? Ou tê-los baixos significa apoiar com mais, numa perspectiva de política de desenvolvimento?

Os números dão-nos fotografias de momentos pouco alargados no tempo e não apresentam termos de compa-ração com outras regiões do país, ou outras realidades internacionais. Con-tudo, os números para uma captação crescente de recursos para estas áreas são essenciais, e consideramos que devem ser desenvolvidos mecanismos conjuntos de recolha e sistematização de indicadores da área da cultura, do património e das artes, que nos permi-tam uma avaliação constante da sua

evolução. Assim, o desenvolvimento conjunto de um Barómetro Regional da cultura, das artes e do património parece-nos um projecto essencial em que a Universidade do Algarve pode ter um papel central, junto com outros organismos de âmbito regional.

A afirmação do Algarve no futuro terá que incluir o seu património e a sua cul-tura como pilares estratégicos, pois são estes elementos que nos diferenciam e constroem a identidade regional, que tanto contribui para a competitividade do território e para a fixação e atracção de residentes.

Fica este primeiro desafio aos agen-tes locais e regionais do Algarve, que também é nosso.

elevação da aldrabice, tu consegues perceber claramente que muito do que se diz não é mais do que um conjunto de palavras ocas, ao menos tu sabes que isso não corresponde à tua forma de ver as coisas e de senti-las na pele (e no bolso), que essa não é a tua verdade; e é precisamente por isso que te deves ques-tionar hoje e sempre: de que te serve a liberdade de expressão que se apregoa por aí se és assaltado todos os meses por tudo e por todos, se o sistema te quer comer, se esse sistema insiste que se te deixares comer, tudo no futuro te irá correr melhor; de que te serve tudo isso se persistem em subtrair-te o produto do teu labor – tu que trabalhas e dás no duro – qual a utilidade desse mundo que só pensa em devorar-te essa liberdade;

de que raio te serve essa liberdade, que interesse tem o facto de poderes abrir a boca e dizeres o que bem te apetece se isso para quase todos não corresponde a mais do que um bocejo, se ninguém se belisca; que benefício te trará o acto de pegares numa caneta e escreveres textos como este, textos de desencanto, textos de insurreição contra o mundo em que vives, contra o mundo em que vivemos; que vantagem te trará o facto de te questionares, de te perguntares se te sentes bem, se estás contente, se tudo isto te basta ou se precisas de outra coisa, se não precisarás de te fazer ouvir convenientemente; que proveito te trará o facto de poderes dizer o que te vai na alma: não tenhas medo de dizer o que te vai na alma, não tenhas medo de lutar

por aquele mundo em que acreditas, que te faz sentido, por aquilo que pre-tendes ser, ainda que saibas que serás criticado por isso, da mesma forma que eu sei que amanhã me irão questionar sobre isto que aqui se diz, que muita gente se irá perguntar «mas afinal o que é que se passa com aquele»: isso faz parte do jogo, é fácil identificar aque-les que te querem demover da lucidez, que sabem tirar partido deste estado em que as coisas estão, que se instalaram, para quem a mudança é muito assusta-dora (porque será?), é fácil identificar o porquê do mundo andar da maneira que anda, é fácil, é muito fácil, já deu para reparar nisso, ou não?

jornais e televisões: os sacrifícios «foram» os adequados; verifica que é assim que se converte uma coisa actual em algo que já passou, uma coisa que já pertence ao passado, uma coisa que já não se verifica, como se já ninguém vivesse em sacrifício, como se todos os meses não fosse uma luta, como se o dinheiro fosse elástico e desse para esticar intermina-velmente, como se o facto de te teres empenhado na conquista de uma educa-ção, e de teres hoje um trabalho digno te impedisse de sentires permanentemente os bolsos vazios; observa como através desse pormenor de contornos quase literários tudo se torna evidente, como transparece o objectivo mesquinho do poder, o controlo do real em benefício dos que mandam, repara na grande

Alexandra Rodrigues Gonçalves

Miguel Godinho

O Insubmisso

Da maneira que o mundo anda

Números da cultura e do património do Algarve

* O autor não escreve ao abrigo do acordo ortográfico

* O autor não escreve ao abrigo do acordo ortográfico

* O autor não escreve ao abrigo do acordo ortográfico

Unidade Móvel de Saúde de Castro Marim – Uma esperança para a prestação de cuidados de saúde nas Freguesias de Odeleite e Azinhal

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4 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |NOVEMBRO 2014

Terapeutas da Fala no Baixo Guadiana levaram a cabo sessão de esclarecimento

EDUCAÇÃO

Quatro terapeutas do Baixo Guadiana levaram a cabo uma sessão de escla-recimento sobre a terapia da fala na biblioteca municipal de Castro Marim. Tratou-se de uma iniciativa cujo grande objetivo foi abordar as questões rela-cionadas com a necessidade desta tera-pêutica, bem como a mais-valia que representa estimular desde bem cedo as crianças para a linguagem.

Raquel Botelho teve a função de abrir o encontro que ela e suas colegas decidiram produzir de modo a escla-recer a população do Baixo Guadiana sobre o que é concretamente a terapia da fala.

As abordagens foram diferenciadas; desde a terapia da fala do bebé no útero da mãe até ao idoso, denotando a importância desta ajuda quando os sinais são de alerta.

Para além de Raquel B., as espe-cialistas Carla Silvestre Gomes, Edna Madeira e Susana Vaz Pereira quise-ram, essencialmente, sensibilizar a comunidade para a problemática na fala e explicaram os apoios gratuitos que existem no território do Baixo Gua-diana a este nível.

Desde o apoio através da associa-ção Odiana, que serve os três conce-lhos, passando pelo apoio da câmara

municipal de Alcoutim, Associação de Beneficiência «Mão Amiga», e mais recentemente o município de Vila Real de Santo António.

As técnicas explicaram que são muitos os casos que têm em mãos. Falaram também da necessidade de espalhar este apoio e criar parcerias para que se torne mais acessível. Neste contexto, Raquel Botelho deu nota do protocolo da associação Odiana com o Centro de Explicações Cantinho dos Sábios, em VRSA, “que facilita o apoio através da prática de preços mais aces-síveis”.

Esta sessão de esclarecimento surgiu

também numa altura “em que a crise atual condiciona muitas famílias e visto que os apoios públicos são escassos, os tratamentos são morosos, dispen-diosos e frequentemente requerem deslocações, esta foi uma das formas encontrada para mostrar à população que existe oferta qualificada e gratuita nesta área no Baixo Guadiana”, expli-cou oportunamente a organização.

Esta foi uma iniciativa que contou com o apoio0 da Associação Odiana, Santa Casa da Misericórdia de Castro Marim, Associação de Beneficên-cia Mão Amiga e o Município de Alcoutim.

Apoio é dado deste o 1.º ciclo até ensino secundário

Este ano tive a honra de enrique-cer a minha experiência de vida, quando fui convidado a fazer parte dos centros internacionais francó-fonos e representar Portugal neste grande projecto humanitário que é o Lions Clube Internacional.

Este projeto dura há já 56 anos, em que jovens dos mais variados cantos do mundo passam um mês inteiro a apresentar o seu país pelas diferentes cidades de Franca, par-tindo à descoberta.

Graças a esta experiência, fui convidado a tornar-me embaixador português dos centros francófo-nos e integro também o comitê de Geminação entre La Baule e Vila Real de Santo António, que dentro do programa da Europa, é a nossa vila irmã.

Em mim caiu uma grande res-ponsabilidade, pois para além de nestes 56 anos, eu ter sido o pri-meiro rapaz português a tornar pos-sível a presença do nosso pequeno país, fui também o único de entre 186 jovens.

Confesso que foi muito difícil, pois os outros países tinham em media 6 representantes. Portanto a responsabilidade e a pressão que se sente é muito maior, para não falar da exigência que metemos em nós própios.

Em Paris, perante a minha apre-sentação, não foi fácil ter em mente que os outros países têm vantagem por serem mais numerosos, e sendo eu apenas um, foi extremamente difícil, pelo que decidi fazer algo que nunca fora feito, entrei em palco, vestido com o traje típico do nosso Algarve e dirigi à plateia de 400 pessoas, em forma teatral o que significa dizer-se português.

Foi uma sensação de missão cumprida que ficará para sempre guardada na minha memória e sei que dei e continuo a dar o meu melhor, para que Portugal fique melhor visto a nível internacional, e não há nada melhor do que acre-ditarmos nos nossos valores e no quão importante é a nossa cultura.

O que mais me marcou foi ter de viver com estes jovens. É sim-plesmente tocante quando se vê uma rapariga àrabe lado a lado com um europeu ou até mesmo um russo e uma ucraniana a jogarem a bola juntos, quando sabemos per-feitamente a instabilidade em que eles vivem. Isto é algo que todo o mundo devia ver e compreender! A amizade e a paz faz-se transmi-tindo e sentindo quando acredi-tamos e lutamos por uma causa humanitária.

Com esta aventura consegui arrecadar um prémio literário e um artístico e estou neste momento a trabalhar com o comitê francês para encontrar candidatos que me acompanhem no próximo ano. E tudo porque acreditei, e continuo a acreditar num pais que se chama Portugal e que tem muito potencial para progredir. É só preciso acredi-tar.

Miguel Chagas

«Levar mais longe o nome de Portugal»

Alunos do agrupamento D. José I receberam diplomas e prémio francófonoO Centro Cultural António Aleixo recebeu no passado dia 28 de Outubro a cerimónia de entrega dos diplomas dos Quadros de Valor e Excelência, do Agrupamento D. José I. Uma cerimónia que pretendeu valorizar os alunos que, no ano letivo 2013/2014, se destacaram pelo seu desempenho e valor. Assim, várias turmas de 4º, 5º, 6º, 7º, 8º e 9º receberam diplomas perante a comunidade escolar.

Também a Câmara de La Baule (cidade geminada com Vila Real de Santo António) e o «Lions Club International» entregaram dois tablets aos dois alunos vencedores do concurso mundial «Jeunes Plumes Franco-phones».

Foi um final de tarde com distinções e diversos momentos culturais, entre os quais, a música, dança e o teatro.

Filipe Santos: membro honorário da UAlg

Foi na Gala da Associação Europeia do Desporto Uni-versitário que decorreu na Turquia que o técnico local Filipe Santos foi distinguido como membro honorário da Associação Europeia do Desporto Universitário (EUSA). Esta distinção surge depois deste técnico da câmara municipal de Vila Real de Santo António ter, enquanto estudante da Universidade do Algarve, exer-cido funções dirigentes no âmbito Desporto Universitá-rio na UAlg, a nível nacional na FADU e a nível europeu na EUSA. Entre 1999 e 2005 foi membro do Comité Executivo da EUSA, tendo cumprido três mandatos nessas funções: 1999/01; 2001/03 e 2003/05.

(Da esq.ª para a D.ta) Raquel Botelho, Carla S. Gomes, Susana V. Pereira e Edna Madeira são terapeutas que prestam serviço gratuito no Baixo Guadiana

Cerimónia encheu Centro Cultural VRSA

Alunos portugueses ganharam dois tablets da parte do «Lions Club International»

Filipe Santos (à d.ta) recebeu distinção pelo trabalho desempenhado na área de dirigente desportivo na UAlg

JORNAL DO BAIXO GUADIANA | NOVEMBRO 2014 | 5

EDUCAÇÃO

Vereadora São Cabrita garante que medida apoiou 100 famílias

Insersão de curso de informática surgiu após debate sobre oferta formativa desta UTL

Formação de dislexia baseada no método fonomímico Paula Teles vai acontecer em Castro Marim

De acordo com a Associação Portu-guesa de Pessoas com Dificuldades de Aprendizagem Específicas (APPDAE) “a Dislexia caracteriza-se por proble-mas na leitura. Quando a pessoa lê, ela pode não entender bem os códigos da escrita. A leitura pode ser lenta, sila-bada e a pessoa pode ter dificuldades em reconhecer até mesmo as palavras mais familiares”. Os especialistas frisam que esta disfunção pode ser “inespe-rada pois não tem uma causa evidente”, sendo que pode acontecer a alguém que “tem inteligência normal e condições adequadas no seu meio assim como no ensino” que “não apresenta doenças neurológicas ou psiquiátricas e não tem alterações significativas auditivas e visuais”.

A dislexia pode ser sinalizada “prin-cipalmente na época da alfabetização, quando a leitura e escrita são formal-mente apresentadas à criança. Um diagnóstico mais preciso é feito a partir do 2º ano, após dois anos de aprendi-zagem da leitura”. Caso haja sinais de dificuldades nas áreas de linguagem, deve haver um atendimento especia-lizado mesmo antes da alfabetização, recomenda a APPDAE que diz que um atendimento adequado deve ser ini-ciado antes mesmo da alfabetização.

“Alguns sintomas podem ser obser-vados desde cedo, como dificuldades para se expressar oralmente, dificul-dades em identificar rimas e sons nas palavras, compreender o que é falado, dificuldades na orientação de espaço e tempo”.

Papel importante: Terapeutas da Fala com Psicólogos

No que diz respeito ao diagnóstico da

dislexia, estão aptos os terapeutas da fala que trabalhem em conjunto com psicólogos especializados na proble-mática. Quando necessários, podem ser solicitados exames complemen-tares, nomeadamente neurológico, neuropsicológico, processamento audi-tivo central, neuroftalmológico.

Formação em castro Marim num apoio à problemática

Durante dois dias a Biblioteca de Castro Marim abre portas a profes-sores, psicólogos, terapeutas da fala, pais e estudantes para dar a conhecer esta dificuldade, bem como explorar o Método fonomímico Paula Teles. O nome da formação é «Dislexia, Teoria, Diagnóstico e Intervenção. Método Fonomímico Paula Teles» e trata-se de uma ação de formação que acontece tanto a 22 como a 29 de Novembro no auditório da Biblioteca de Castro Marim, com começo às 09h e término

às 18h. Esta especialização tem como prin-

cipal objetivo reunir profissionais, famílias e estudantes (áreas educacio-nal, saúde e social) com interesse no conhecimento da dislexia, apresentar os fundamentos teóricos, definir o diag-nóstico, os princípios da intervenção e a aplicabilidade dos materiais utilizados no Método.

O Jornal do Baixo Guadiana traz o talão para recorte para inscrição nesta formação na página 16. As inscrições devem ser feitas através do preen-chimento deste boletim de inscrição acompanhado do comprovativo de pagamento para [email protected] , fax 281 531 080 ou na sede da Associação Odiana. O pagamento deve ser feito via Transferência Bancária (NIB 0035 0234 0000 4560 630 68 – Caixa Geral de Depósitos, numerário ou cheque endos-sado à Associação Odiana.

As inscrições têm um custo de 40 euros para os dois dias e a formação vai ser ministrada pela Clínica de Dis-lexia Dra. Paula Teles. Trata-se de uma organização Odiana com o apoio do município de Castro Marim e a Associa-ção de Beneficência Mão Amiga.

Mais informações em: www.odiana.pt

O «Método Fonomímico Paula Teles» na intervenção da dislexia é bastante conhecido e divulgado pelo cariz de investigação neurocientífica que lhe está associado. A Odiana está empenhada em divulgá-lo e por isso tem abertas inscrições para uma formação dedicada ao tema. Acontece a 22 e 29 de Novembro, sábados, na biblioteca de Castro Marim.

Cerca de 500 livros foram reutilizados e apoiaram famílias

UTL Castro Marim abre Curso de Informática

De acordo com Conceição Cabrita, vice-presidente e vereadora com o pelouro da educação na câmara municipal de Vila Real de Santo António na edição de 2014 do pro-jeto «Dar de Volta» foi possível apoiar uma centena de famílias. O projeto de recolha e reutilização de manuais escolares, promovido pela Câmara Municipal de VRSA permitiu aos agregados uma poupança superior a 5 mil euros, sendo que nesta terceira edição foram entregues perto de 500 livros.

A responsável destaca a mobilização dos pais, alunos e professores no processo de recolha de manuais. Este programa de troca de manuais escolares é gerido pela Biblioteca Municipal Vicente Campinas e visa ajudar as famílias a poupar dinheiro e recursos, tendo, uma vez mais, apelado à participação de todos os munícipes para que um maior número de alunos pudesse ter acesso à medida.

Os materiais escolares recolhidos – onde se incluíram também dicionários, gramáticas e outros livros de apoio – foram doados na

Foi depois de um debate sobre a oferta formativa da Universidade do Tempo Livre (UTL) de Castro Marim que foi anunciado um curso de informática que será introduzido naquela entidade educativa.

Para além de informática vai haver lugar para os cursos de Artes Decorativas, Arraiolos, Iniciação à Costura/Trapologia, Bordados, Atelier Medieval e Ginástica, que, até à data, reúnem cerca de 140 inscritos e vão decorrer em nove povoações do concelho de Castro Marim.

A vice-presidente da Câmara Municipal de Castro Marim, Filomena Sinta, lançou ainda novo repto ao público: a dinamização da Casa do Sal, o novo espaço cultural da vila de Castro Marim. “Queremos que a Casa do Sal seja um espaço vivo, próximo das pessoas, em que se desenvolvam atividades ligadas às artes, à cultura, à educação, ao desporto, ao lazer”, declarou a vice-presidente. Neste âmbito, surgiu a ideia de realizar naquele espaço um “Baile à Antiga”, com “pompa e circunstância”.

A UTL existe há cerca de 6 anos.

Biblioteca Municipal de VRSA durante os meses de julho e agosto, tendo sido dada prioridade no programa aos estudantes e pais que contribuíram no processo de entrega.

Uma centena de famílias apoiadas

6 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |NOVEMBRO 2014

EL ANDEVALO SUR-OCCIDENTAL * ESPANHA

Ayamonte: Tenis de Mesa

«A pedales entre los escombros» de Eladio Orta y José Luis Rúa

Pintura al aire libre

Una temporada más asoma de nuevo la competición nacional de tenis de mesa a nuestra ciudad. El Pabellón Municipal es el punto de encuentro. La soledad del graderío una constante difícil de subsanar. La ilusión de técnicos y jugadores la gran esperanza, como cada año. Para la mañana dominical la cita era el Conservas Lola que se enfrentaba a un clásico de nuestra comunidad autónoma, el San José de la Rin-conada.

Bajo la atenta mirada del cole-giado del encuentro Guillermo Feria, fuimos testigos de este primer encuentro, que al igual que en años anteriores, dejó un buen sabor de boca, magnificas jugadas y emoción en todo lo alto. El visitante Francisco Larios cedía en su enfrentamiento con Amadeo Sánchez por un claro 0-3 ( 2-11/5-11/6-11). El sevillano

“A pedales entre los escombros”, una nueva publicación dentro de la colec-ción “los Libros del estraperlo” de la editorial independiente Crecida de Ayamonte. Es el último trabajo de los autores ayamontinos Eladio Orta y José Luis Rúa. UN poemario com-partido, donde los estilos distintos, las maneras de decir e interpretar las sensaciones de lo cotidiano se hacen de formas diferentes, con visiones tamizadas de otros talantes pero con un nexo de unión muy superior a las propias palabras, la unificación de los sentimientos. La amistad que une a estos dos diseñadores del verso, se hace patente en cada acción que com-parten, en cada evento que diseñan o en cada conversación a la sombra de un café de la mañana.La primera cita ha sido en el salón de actos de la Caja Rural de Sur en Huelva, dentro del salón del libro Iberoamericano y será la presentación oficial del poemario. A continuación, Eladio Orta, en solitario hará suya la palabra para dar a conocer la obra “ Ridiculum Vitae” un poemario que sacó a la luz este verano de la mano de la editorial madrileña Amargord. Y la segunda ha sido la Casa Grande de Ayamonte, donde lo harán ante su publico habitual. Contaran para la ocasión con la colaboración de Pro-ducciones Pancaro y un interprete aun pendiente de confirmación.Pero además en el salón del Libro Ibero-americano, estarán presentes de igual manera el escritor ayamontino Diego Mesa, que ofrecerá a los entusiastas onubenses su creación más reciente

“ Viaje al Sur de Portugal”. Una obra que está sorprendiendo en aquellos lugares que se está presentando, Villa Real, Tavira, Sevilla, Ceuta. Y es que la obra de Diego va a ser una obra de largo recorrido. Y para no ser menos, el escritor luso de Villa Real de San Antonio, Fernando Pessanha, ofrecerá a los lectores onubenses su novela “ El pianista y la cantora”.Autores colombianos, mexicano, por-tugués y españoles se darán cita en esta Feria, y tres ayamontinos ofrecerán su creación más reciente como muestra del trabajo que se está haciendo en los últimos tiempos en la ciudad fronte-riza. Que la sorpresa sea agradable y esta sea una nueva estación para este tren de largo recorrido que son los Poetas del Guadiana.

La mañana se presentó gris, triste, como con ganas de no favorecer la inspiración de los pintores. Pero a medida que la jornada avanzaba, esta se iba abriendo a la luz característica de este rincón de nuestra geo-grafía. No hubo que caminar mucho para ir encontrando los caballetes armados y equipados con lienzos en blanco dispuestos a dejarse impresionar. La gran mayoría de los presentes busca-ron la inspiración entre las calles bien cuidadas del Parque Pruden-cio Navarro de Ayamonte. Algu-nos se inclinaron por el estero, garaje improvisado de alguna que otra embarcación y alguien eligió el estanque y la visión idílica de una avenida que define la esencia arquitectónica de un Ayamonte

que a pesar de la crisis, mantiene su señorío.Y es que se estaba celebrando el XI encuentro de pintura al aire libre “Ramón Delgado Martin”, en homenaje a uno de los artífices de la conocida como Escuela Aya-montina de Pintura y que una vez más viene de la mano del Ateneo de Ayamonte. Y la verdad es que no fueron muchos los pintores que acudieron a la cita, porque quienes nos sentimos atraídos por este tipo de evento, recor-damos otras convocatorias con una enorme presencia de artis-tas, tanto locales como foráneos. Pero ello no fue inconveniente para que llegada la hora de ir poniendo punto y final al encuen-tro, disfrutar de obras de enorme plasticidad y encanto. Paisajes,

detalles, arquitectura urbana o marinas con ese sello que solo los ayamontinos saben imprimir a sus lienzos.En unas dias podremos disfru-tar de toda la obra expuesta al público en alguna de las salas de las que dispone nuestra ciudad. Ese trabajo rápido, cual partida de ajedrez habrá dejado ubica-dos los colores y las formas, los detalles y las trayectorias y en cualquier vértice del cuadro, la firma de autores de renombre y de amantes del óleo y el pincel. Y de nuevo el arte, de manera espontánea y ágil habrá servido para sacar a la calle las herra-mientas más indispensables para estos artistas, ofreciéndonos una vez más su calidad y su creativi-dad pictórica al natural.

José M. Ramos se imponía a David Pérez 3-0 ( 11-7/11-4/11-3. Carlos Adame igualaba el juego con el conservero José M Caballero, pero cedía finalmente el encuentro 0-3 ( 7-11/9-11/8-11). Francisco Larios ponía en serios apuros a David Pérez, y a pesar de remontar el quinto set de 2-8 a 10-8, sucumbía ante el coraje y pundonor del ayamontino que ofreció su mejor repertorio de golpes para dejar el quinto set en 12-14, al final victoria local por 2-3 ( 12-10/11-7/ 4-11/8-11/12-14). Este fue sin lugar a dudas el encuen-tro más interesante de la mañana y que nos hizo recordar las mag-níficas jornadas de tenis de mesa en Ayamonte. Carlos Adame perdía ante Amadeo Sánchez 0-3 ( 8-11/1-11/6-11) y finalmente como partido de trámite, José M. Ramos volvía a perder ante José M. Caballero 0-3

( 4-11/8-11/3-11).Presentación del Conservas Lola

ante su público, escaso y victoria clara por 5-1 ante los sevillanos del San José de la Rinconada. Los otros resultados que se dieron Almendra-lejo TM 4 – Ergo Xerez 3; Circulo Mercantil 5 – TM Rota 1 y Peralto

Linares 2 – Mijas 4, con lo cual la clasificación la encabeza Conservas Lola de Ayamonte, Circulo Mercantil de Sevilla, Mijas y Almendralejo con 2 puntos. Huetor Vega, Labradores de Sevilla y La Zubia con 0 puntos, al no haber disputado encuentros este fin de semana. Jerez, Linares, Rota y CTM

San José también con cero puntos y un encuentro disputado. Para el próximo fin de semana el calendario nos ofrece los siguientes encuentros, Rota-Con-servas Lola, Mijas-Circulo Mercantil, Ergo Jerez- Conservas Lola, Linares –Huetor Vega y Labradores de Sevilla- San Jose de la Rinconada.

Una temporada más asoma de nuevo la competición nacional de tenis de mesa en Ayaamonte

XI encuentro de pintura al aire libre “Ramón Delgado Martin”

José Luis Rua

JORNAL DO BAIXO GUADIANA | NOVEMBRO 2014 | 7

EL ANDEVALO SUR-OCCIDENTAL * ESPANHA

Ayamonte celebró la III semana de la salud haciendo coincidir diversas actividades que tenían distintos escenarios

Con esta medida, en estos momentos, queda abierta al marisqueo el conjunto de la costa de Huelva en su totalidad

Ayamonte celebró la III semana de la salud haciendo coincidir diversas actividades que tenían distintos escenarios. Por un lado se celebraba el día mundial de la bicicleta, por otro toda una serie de actividades saludables y finalmente una convivencia con paella incluida a beneficio del Economato Social San Vicente de Paul, así como el Comedor Social Virgen de las Angustias.

Si bien es cierto que a la hora de la salida de la primera ruta de bicicleta, una lluvia fina se dejaba notar, a la hora de la segunda y tercera ruta el cielo empezó a abrirse y dejar una sensación más agradable entre los muchos ciclistas de todas las edades, que se dieron cita en el Paseo de la Ribera. La primera de ellas tenia un recorrido de 30 kilómetros y se desplazaba por los alrededores de la ciudad. La segunda llegaba a la playa de Isla Canela con unos 12 kilómetros

La Consejería de Agricultura, Pesca y Desarrollo Rural ha autorizado el marisqueo en las zonas de produc-ción de la coquina de Isla Canela y la Desembocadura del Piedras des-pués de que los continuos análisis que realiza el Laboratorio de Control de Calidad de los Recursos Pesqueros de Cartaya hayan constatado la desapa-rición de la biotoxina DSP en estos enclaves del litoral onubense y, en consecuencia, la ausencia de ries-gos para la salud por el consumo de bivalvos procedentes de estas aguas. De este modo queda permitida de nuevo la captura y comercialización tanto de la coquina (de especial inte-rés económico para la provincia de Huelva) como de las almejas chocha y fina, el berberecho, el busano, la cañaílla, la clica, el longueirón y la navaja-muergo.

Con esta medida, en estos momen-tos, queda abierta al marisqueo el conjunto de la costa de Huelva en su totalidad, que se concreta, en lo que a la coquina se refiere, en las zonas de producción de Isla Canela, la Barra del Terrón, la Desembo-

de distancia y la dedicada a los más pequeños de tan solo cuatro kilómetros. Adoptadas todas las medidas de seguridad, fuimos tes-tigos del magnífico espectáculo que suponía la enorme caravana de bicis de todos los tamaños que avanzaban en perfecto orden por el camino señalado al efecto.

Finalizada la marcha, se pro-dujo una concentración en el Paseo de la Ribera, donde se iban alternando las ofertas deportivas de diversa índole, los talleres diri-gidos a los críos y a sus máquinas de dos ruedas, así como a deter-minadas exhibiciones deportivas. Al lado se encontraban las carpas con patrocinio de distintas aso-ciaciones de la localidad, sorteos y rifas o la degustación de paella, así como recepción de alimentos para el comedor social ayamon-tino. Una jornada entrañable a la vez que solidaria y que ha puesto de manifiesto la capacidad parti-cipativa de los ayamontinos.

cadura del Piedras, Punta Umbría, Mazagón, Matalascañas y la Zona Marítima de Doñana. Asimismo, en lo que se refiere al resto de especies, también cuentan los profesionales del sector con luz verde para faenar en el río Guadiana, las Marismas del Guadiana-Carreras, el río Carreras y las Marismas del Piedras.

Sólo está prohibida, en la actuali-dad, la captura y comercialización de la chirla procedente de los enclaves de Isla Canela y la Barra del Terrón a causa de la presencia en estos bivalvos de la biotoxina DSP. Esta situación, como es habitual, se mantendrá hasta que la

Hay que recordar, en este sentido, que el cierre preventivo de los calade-ros cuando se detectan valores supe-riores a los establecidos legalmente se enmarca dentro del Programa de Con-trol y Seguimiento de las Condiciones Sanitarias en las Zonas de Producción de moluscos bivalvos, gasterópodos y equinodermos del litoral andaluz, diri-gido a la protección de la salud pública y a garantizar la calidad sanitaria de los productos pesqueros.

La Consejería de Agricultura, Pesca y Desarrollo Rural hace hincapié, en esta línea, en que el marisqueo sin licencia está prohibido en cualquier momento y conlleva una sanción de carácter “grave”, calificación que en el caso de que la actividad se desarrolle en una zona de producción cerrada por moti-

vos sanitarios se eleva a “muy grave”. Así, las sanciones por el incumplimiento de estas prohibiciones pueden oscilar entre los 301 y los 60.000 euros para las personas que capturen moluscos bival-vos sin autorización (sanciones graves) y entre los 60.001 y los 300.000 euros para quienes desarrollen esta actividad

en un caladero cerrado por la presencia de toxinas (sanción muy grave).

agua por parte del Laboratorio de Control de Calidad de los Recursos Pes-queros de Cartaya certifiquen que no hay peligro alguno para la ciudadanía por la ingesta de bivalvos procedentes de estos espacios.

Ayamonte celebró la III semana de la salud

Abiertas al marisqueo las zonas de Isla Canela y la Desembocadura del Piedras

José Luis Rua

8 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |NOVEMBRO 2014

EM FOCO

Rosa Nunes assumiu a presidência da Comissão de Proteção e Crianças e Jovens (CPCJ) de Castro Marim em Março deste ano. Cinco dias depois de ter sido destacada para estar a tempo inteiro nesta Comissão como repre-sentante do Ministério da Educação. A presidência deveu-se ao facto de estar a tempo inteiro naquela enti-dade e por acumular experiência obtida noutras CPCJ’s. “É complicado acumular a função de dinamizadora da Comissão e a de Presidente porque em ambas as funções o trabalho é muito intenso”. Rosa Nunes não poupa elogios a todos os elementos que fazem parte tanto da Comissão Restrita como da Comissão Alargada, referindo-se a “uma equipa extraor-

dinária, incansável que não olha a horas para quando é preciso reunir, por vezes de emergência”.

E é de Emergência Infantil que muitas vezes falamos quando o assunto é a Proteção da Criança e do Jovem. Questionada quanto a balanços Rosa N. prefere não os fazer nesta altura. “Mais importante que os números preferimos sentir que a população de Castro Marim vai percebendo cada vez mais a nossa posição e esse é o melhor retorno que podemos ter.

Nos últimos tempos a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Castro Marim tem levado a cabo um processo de promoção da sua atua-ção. Dar-se a conhecer é primordial numa altura em que ainda há quem associe “a CPCJ a um bicho-papão”. O papel destas comissões “é defender e preservar o «Superior Interesse da Criança»”, recorda esta professora que refere que está atenta às várias

problemáticas associadas à violação dos direitos do público mais novo na comunidade.

Com uma sede provisória na biblio-teca municipal de Castro Marim, é aqui que as pessoas que precisam de pedir ajuda também já começam a bater à porta. “Sem dúvida que é um grande sinal para nós que as pessoas venham bater à nossa porta”. São vidas que precisam de ser acautela-das quando os desvios acontecem. Uns mais graves que outros. Uns temporários e outros permanentes com tendência para a agudização. “É claro que estes tempos de desem-prego, aumento do índice de pobreza provocaram casos temporários que mereceram a nossa atenção, mas que

em conjunto com as famílias conse-guimos sanar”. Mas há outros casos, agudos, crónicos, que esbarram na falta de vontade e capacitação das famílias em contribuir para a sua resolução e, por isso, seguem para a tutela do Ministério Público.

Objetivos da CPCJ

Em Novembro celebra-se mais um aniversário da «Convenção Internacio-nal sobre os Direitos da Criança»; um tratado que visa a proteção de crian-ças e adolescentes de todo o mundo, e que foi aprovada na Resolução 44/25 da Assembleia das Nações Unidas, em 20 de novembro de 1989.

A atuação de qualquer CPCJ em Portugal, como é exemplo disso a de Castro Marim, tem como objetivos primordiais preservar a segurança, saúde, formação, educação e desen-volvimento integral da criança e do jovem.

A Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Castro Marim funciona em modalidade alargada ou restrita, mais comumente conhecidas como comissões «Alargada» ou «Restrita». A primeira intervém nas situações em que uma criança ou jovem está em perigo ou risco e aplica as medidas de promoção e proteção adequadas. Por sua vez a alargada promove a articu-lação e faz funcionar a parceria das diversas entidades envolvidas e leva a cabo um trabalho de sensibiliza-ção na comunidade sobre os direitos das crianças. “Se em comissão alar-gada reunimos bimensalmente, já na comissão restrita fazemo-lo sempre que se justifica; muitas de vezes de emergência”, frisa a presidente.

Saúde, Município, Segurança Social, Ministério da Educação, Instituições Particulares de Solidariedade Social mais dois elementos cooptados inte-gram esta comissão mais restrita, sendo que também fazem parte da alargada à qual se juntam elementos de outras entidades como é o caso do Instituto Português do Desporto e da Juventude, Associações Culturais e Desportivas, GNR, quatro pessoas designadas pela Assembleia Municipal e mais quatro elementos cooptados.

Quando é que uma criança/jovem é considerada em perigo

Atentos aos elementos mais novos da comunidade a CPCJ considera que crianças e jovens estão em perigo quando sofre de maus-tratos físicos, psíquicos ou sexuais, revela ausên-cia ou insuficiência de cuidados e afeição; realiza trabalhos excessivos

ou inadequados à idade; é exposta a comportamentos que afetam a segu-rança, desenvolvimento e equilíbrio emocional; têm comportamentos que afetam a sua saúde física e psíquica, segurança, formação e desenvolvi-mento, sem que os adultos responsá-veis se consigam opor. “São os sinais que levam à sinalização da criança e do jovem”, confirma Rosa N. No que toca a intervenção “ a CPCJ inter-vém mediante participação verbal ou escrita de qualquer pessoa, organismo público ou privado”. Ou seja, qual-quer pessoa que saiba de alguma ocorrência pode e deve participá-lo à CPCJ. Já no que toca à primeira abordagem a Comissão “necessita do consentimento expresso dos pais e da não oposição da Criança ou Jovem com idade igual ou superior a 12 anos”, explica-nos a responsá-vel, esclarecendo que quando a CPCJ “deixa de poder intervir, por falta de consentimento dos pais e/ou oposi-ção do jovem, comunica a situação

ao Tribunal Competente”.

As medidas para proteger

No terreno são várias as medidas a tomar para promover o apoio e prote-ger quando há perigo. “Damos apoio junto dos pais, apoio junto de outro familiar, acolhimento familiar, aco-lhimento em Instituição (temporário ou prolongado), confiança a pessoa idónea, apoio para a autonomia de vida.

Quando há perigo eminente a segu-rança é feita mesmo sem consenti-mento dos pais ou representantes legais da criança “através da aplicação do procedimento pelas autoridades competentes e num prazo máximo de 48 horas é dada a validação pelo Ministério Público”. “Fazemos tudo para que numa intervenção na família seja possível sanar as problemáticas. Sabemos que nem sempre é possí-vel. Fazemos cumprir a Lei da Pro-

teção de Crianças e Jovens em Risco (147/99 de 11 de Setembro)”. Rosa Nunes mostra-nos os vários patama-res de atuação que fazem funcionar a lei e é evidente que há um grande esforço em conseguir que em família e comunidade o risco das crianças e jovens seja ultrapassado de forma definitiva. “Sabemos que alguns casos são esporádicos, isso é evidente. Se atentarmos à questão dos problemas financeiros que colocam algumas famílias em situações muito difíceis devemos estar atentos à evolução dessa situação; felizmente muitas com a ajuda de familiares e outros membros da comunidade conseguem recuperar uma estabilidade que asse-gure uma vida digna”.

Quanto neste círculo as coisas não se solucionam é altura de atuarem outras entidades como a saúde, edu-cação, IPSS’s, GNR, ONG’s, entre outras. No nível mais acima atua a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens e no topo da pirâmide estão

os tribunais. “Vamos continuar a tra-balhar na prevenção afincadamente. Queremos muito que as famílias nos encarem como um apoio”. Rosa Nunes, evidencia convicções numa esfera de atuação onde a essência comunitária se afirma em pleno num caminho onde todos estão juntos pela mesma causa: o «Superior Interesse da Criança». Recorde-se que a Con-venção dos Direitos da Criança define o termo «Criança» para todo o ser humano menor de 18 anos.

CPCJ Castro Marim: Morada:Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Castro MarimBiblioteca Municipal de Castro MarimRua 25 de Abril s/nº8950-122 Castro MarimTelemóvel:964965835Email: [email protected]

Proteção das Crianças e Jovens de Castro Marim move equipa de CPCJ Susana H. de Sousa

A Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Castro Marim está em funcionamento desde 2012. Passados dois anos a equipa assegura que está mais perto da população numa ótica de prevenção do perigo e da solução rápida numa intervenção em rede.

Proteção da Criança

JORNAL DO BAIXO GUADIANA | NOVEMBRO 2014 | 9

EM FOCO

“Hoje, 5 de outubro, é um dia histórico para Portugal, mas é também um dia histórico para as freguesias de Odeleite e Azinhal. Recordo-me que, há vinte anos atrás, criei a primeira Unidade Móvel de Saúde do país com enfermeiro, no concelho de Alcoutim. Nessa altura, as câmaras municipais não se preocupavam com as ques-tões da saúde e da ação social, preocupavam-se antes com a eletrificação, com o abastecimento de água ou a recolha do lixo. Eu entendi que não era assim. Hoje, estamos a fazer história aqui em Odeleite ao darmos a conhecer a primeira Unidade Móvel do país permanentemente com médico”. Foram estas as palavras de Francisco Amaral na apresentação da Unidade Móvel de Saúde que agora surge para servir Azinhal e Odeleite. A grande particularidade deste meio é que será “a alternativa às extensões de saúde” que foram encerradas em Outubro de 2013. O edil castromarinsense disse ao JBG no final da cerimónia que “provavelmente significa que as extensões venham a ser substituídas pela Unidade Móvel, pois está todos os dias na rua com médico e equipa e vai à porta das pessoas”, lembrando que as extensões poderão servir como espaço cada vez mais administrativo e menos de consulta.

ARS valoriza consultas de proximidade em população envelhecida

E foi na mesma sequência de ideias que o Pre-sidente da Administração Regional de Saúde do Algarve, João Moura Reis, disse que “atendendo ao elevado índice de envelhecimento da popula-ção da freguesia de Odeleite, a melhor solução é fazer consultas de proximidade do que ter um posto médico onde as pessoas têm de se des-locar, com todos os problemas inerentes como sejam a falta de transporte e as dificuldades de mobilidade dos próprios doentes”. Felicitou a população pela nova aquisição e agradeceu o empenho dos autarcas envolvidos.

Também o Presidente da Junta de Freguesia de Odeleite, Valter Matias, salientou o caráter positivo do projeto, afirmando que esta é uma

boa solução na prestação de cuidados de saúde a uma população maioritariamente idosa. “Antes só tínhamos médico duas tardes por semana, agora temos diariamente”, sublinhou. Real-çou ainda o esforço desenvolvido pela Câmara Municipal para a criação da Unidade Móvel de Saúde e o apoio inestimável da Associação Social da Freguesia de Odeleite.

A Unidade Móvel de Saúde de Castro Marim vai percorrer as freguesias de Azinhal e Odeleite, de segunda a sexta-feira, para a realização de consultas, com uma equipa constituída pelas médicas Helena Gonçalves, Susana Valsassina e a enfermeira Angelina Rocha.

População agradece

Entre brindes e um almoço realizado após a cerimónia em Odeleite a população das fregue-sias afeta a este projeto mostrava-se bastante satisfeita com a novidade. “É muito melhor assim”, diziam-nos os fregueses entre queixas do ano que se levaram a “perder dias inteiros” na vila de Castro Marim para ter uma consulta a que se seguia uma espera de muitas horas do autocarro que os levava de regresso a casa.

Para com Alcoutim existe “insensibilidade das entidades competentes”

Em entrevista ao JBG, Osvaldo Gonçalves,

presidente da câmara municipal de Alcoutim mostra-se indignado com atitude das entida-des. A autarquia continua a desenvolver todos os esforços de modo a reverter o processo de fecho da extensão de Vaqueiros para devolver à população o acesso aos serviços de saúde a que tem direito. Osvaldo G. diz que a atitude da ARS revela “alguma insensibilidade perante as popu-lações em causa”. O autarca garante que “após um ano do início de todo este processo” continua “à espera que a Administração Regional de Saúde do Algarve se digne a dar uma resposta posi-tiva à proposta” que apresentou. Convicto que essa proposta “viabiliza, sem qualquer dúvida, a reabertura da extensão de Vaqueiros, nome-adamente”. Explica-nos que a câmara propôs “facultar um espaço alternativo ao existente, para funcionamento da extensão, cedência

de funcionários, nomeadamente, assistente técnico e operacional, celebração com a ARS, de contrato de comodato, aquisição de equipamento informático e, se necessário, garantia de transporte para a deslocação da equipa de saúde”. Ao JBG a ARS confirmou que ainda não existe uma resposta para este processo, em fase de análise em sede de grupo de trabalho dedicado ao mesmo.

Unidade Móvel de Saúde não é alternativa a uma extensão

Para o presidente da câmara municipal de Alcoutim apesar da introdução de um médico da Cruz Vermelha na Unidade Móvel de Saúde que permitiu a reestruturação “e valências ampliadas e cobrir melhor as necessidades dos alcoutenejos” este equipamento itinerante “não pode, nem deve, ser encarada como uma solução definitiva para suprir as necessidades ao nível do acesso aos serviços de saúde vivenciadas pelos nossos concida-dãos. A saúde é um bem e um direito de todos, consagrado na Constituição Portuguesa e que não pode andar ao sabor dos supostos condicionalismos económico-financeiros. O Governo tem a obrigação de operacionalizar aquilo a que chama Serviço Nacional de Saúde e disponibilizar igualdade no acesso e na qualidade dos serviços de saúde que presta, e os quais, no nosso entender, não se satisfazem com a existência de uma Unidade Móvel, mas sim com a reabertura da extensão de Vaqueiros”, reclama o autarca.

13 meses “bastante difíceis”

Entretanto, estes 13 meses sem extensão de saúde têm sido “muito difíceis, dado que se trata de uma população envelhecida, socialmente frágil, com enorme carência ao nível dos cuidados de saúde, dada a natureza do seu perfil, e que este ano, viu os seus direitos serem-lhe retirados, sem qualquer aviso prévio, nem justificação aceitável, porque não a há”, testemunha Osvaldo Gonçalves.

Castro Marim apresenta médico porta-a-porta Alcoutim desespera por resposta da ARS

Susana H. de SousaHá um ano atrás as populações de Azinhal e Odeleite,

no concelho de Castro Marim, e Vaqueiros, concelho de Alcoutim, eram levadas de autocarro para Faro para uma manifestação à porta da Administração Regional de Saúde

(ARS) contra o encerramento das extensões de saúde. Um ano depois, ou seja, em Outubro de 2014, foi

apresentada em Castro Marim como alternativa a Unidade Móvel de Saúde com duas médicas e enfermeiras que todos os dias vão percorrer as freguesias de Azinhal e Odeleite,

promovendo autênticas consultas «porta-a-porta».Por outro lado, em Alcoutim o médico na Unidade Móvel de

Saúde daquele concelho foi introduzido num protocolo com a Cruz Vermelha Portuguesa de Tavira. No entanto, o executivo não quer fazer desta a alternativa à extensão de Vaqueiros e (des)espera por uma resposta que “tarda” por parte da ARS.

Saúde no Interior desertificado

A 5 de Outubro celebrava-se a Unidade Móvel de Saúde com médico que agora percorre diaria-mente as povoações das freguesias de Azinhal e Odeleite (Presidente da Associação Social deOdeleite, Presidente da câmara Municipal Alcoutim e Presidente da Admin. Regional Saúde)

Em Alcoutim o presidente da câmara aguarda desde Agosto uma resposta da ARS para resolver problema de encerramento de saúde de Vaqueiros

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LOCAL

O nome deste certame é «Feira da Perdiz», mas é dedicada à caça em geral. A nomeclatura deve-se ao facto de a perdiz vermelha ser uma das mais importantes espécies cinegéticas da fauna de Alcoutim e, por isso, ser muito cobiçada pelos caçadores que ali encontram um palco privilegiado para esta espécie.

A «Feira da Pedriz» já vai na sua sétima edição e acontece na freguesia de Martinlongo. Vai ter lugar, precisamente, no Pavilhão Desportivo Municipal a 8 e 9 de Novembro. De acordo com o município, organizador do evento, esta feira visa, “essencialmente, a promoção das extraordinárias condições cinegéticas do conce-

A iniciativa teve como palco um espaço que abriu em junho e que pretende ser um lugar de cultura e afetos. A «Casa do Sal» é também a casa-mãe para a divulgação municipal do sal artesanal que tem ganho destaque como produto gourmet de grande qualidade.

Aqui a festa da safra do sal juntou trabalhadores, empresários e enti-dades ligados à atividade salineira, tão importante para a economia local. Castro Marim é, atualmente, o núcleo mais representativo da salicultura tradicional, não só por ser uma unidade geográfica bem definida, mas também porque aqui persiste a maior comunidade de salinicultores artesanais.

No mesmo dia foi inaugurada a exposição fotográfica coletiva “Histórias de Sal”, promovida pela Associação ¼ Escuro, com a colaboração do Taller de Fotogra-fia de Lepe (Espanha), do Clube de Fotografia de Guérande e do Clube de Fotógrafos de La Baule (França). São, no seu conjunto, 45 autores, numa exposição em que coexiste uma enorme diversidade de olhares e de linguagens, tantas quantas as “Histórias de Sal”.

lho”.A abertura oficial está marcada

para dia 8, sábado, às 10h00. Antes disso, terão lugar, fora do recinto da feira, a Taça de Portu-gal de Caça Prática, pelas 07h00, e uma Caçada aos Coelhos, com início marcado para as 08h00. A primeira destas atividades decor-rerá na Zona de Caça Associativa de Castelhanos e Laborato e na Zona de Caça da Associação de Caçadores de Medronhais, já a Caçada aos Coelhos terá lugar na Zona de Caça Turística de Pereiro.

O certame vai contar com a presença de stands de empresas e associações do setor, exposições de espécies cinegéticas, concursos

“Figura tradicional do conce-lho de Castro Marim, o salineiro é imagem do passado mas também do presente e do futuro. É pela profissão de salineiro que passa também o desenvolvimento eco-nómico de Castro Marim, assente na valorização e exploração dos

de cães, demonstrações de caça com cães de parar, falcoaria, arte-sanato, gastronomia regional e algumas atividades radicais diri-gidas aos mais novos. A animação musical estará a cargo de Ivete Mangalho e Rolinhas e o grupo de musica popular portuguesa “Arco da Velha”. Destaque ainda para a apresentação, pelas 20h00 de dia 8, do segundo Festival Gastro-nómico do Concelho de Alcoutim durante a qual decorrerá um show cooking.

Doença hemorrágica e a caça em áreas protegidas e classificadas

recursos naturais”, frisa a orga-nização.

Promover e dignificar

A festa dedicada à safra do sal pretendeu promover e dignificar a profissão de salineiro, pilar fun-

damental no crescimento da pro-dução do Sal de Castro Marim. “Já conquistamos o mercado de outros países, o Sal de Castro Marim já é um produto reconhecido e com mérito fora de Portugal também, mas precisamos de trabalhar no sentido de reativar a atividade na

sua globalidade para aumentar-mos os níveis de exportação”, refe-riu Filomena Sintra. “Queremos também reforçar o papel da Casa do Sal, como ponto de informa-ção, promoção e valorização da atividade salineira tradicional”, finalizou.

Ao longo desta feira vão ter lugar dois debates subordinados aos temas «A nova variedade da doença hemorrágica viral e a crise

do coelho bravo» e «A caça em áreas protegidas e classificadas», agendados para o dia 8, pelas 11h30.

Perdiz Vermelha é «cabeça de cartaz» da Feira de Cinegética em Martinlongo

Castro Marim recebeu primeira festa da safra do SalCom o objetivo de promover e valorizar o Sal de Castro Marim, a Câmara Municipal organizou a 31 de outubro o «I Convívio da Safra do Sal». A iniciativa teve lugar na «Casa do Sal».

A Vice-presidente e vereadora da cultura Filomena Sintra apresentou a exposição dedicada ao Sal no arco Atlântico e que foi proposta pela associação «1/4 Escuro», representada por Carlos Afonso. Famílias e entidades ligadas ao sal em Castro Marim defrutaram de um convívio oferecido na «Casa do Sal»

JORNAL DO BAIXO GUADIANA | NOVEMBRO 2014 | 11

LOCAL

Investidores chineses de uma das maiores empresas de investimento imobiliário da Ásia, a Westlead Capi-tal Inc., estiveram reunidos com o

presidente da Câmara Municipal de Castro Marim, Francisco Amaral, e com representantes do Castro Marim Golfe & Country Club. O grupo de investidores manifestou um sério interesse em investir no mercado imobiliário do concelho de Castro Marim.

Com investimentos imobiliários de sucesso nos Estados Unidos,

Arrancou a 3 de novembro e pro-mete facilitar as tarefas domésti-cas aos castromarinenses. «Castro Marim Consigo» é o nome do pro-jeto, uma iniciativa da Câmara Municipal de Castro Marim, que coloca ao serviço da população

serviços gratuitos de ajuda ao domicílio.

«Castro Marim Consigo» nasce da necessidade de auxiliar uma população envelhecida e lesada pelo isolamento afeto ao interior serrano. Sublinhe-se que, no ter-ritório castromarinense, três das quatro freguesias do concelho se

Decorreu a 11 de outubro a inau-guração da sede da Junta de Agri-cultores de Junqueira, na sequência da assinatura do protocolo com a Câmara Municipal de Castro Marim, que lhes confiou, para o efeito, uma sala da antiga escola primária.

A dirigir a cerimónia esteve o Presidente da Junta de Agricul-tores, José Luís Domingues, que sublinhou o esforço, o empenho e o trabalho de todos os sócios na construção da barragem da Carocha e do respetivo sistema de rega, que hoje serve os 124 sócios da Associação. Agradeceu ainda ao

Canadá, Singapura, Reino Unido, entre outros, a Westlead pretende agora investir em Portugal, nome-adamente no Algarve, sendo Castro

Marim um dos potenciais territó-rios.

O objetivo da empresa é a obten-ção do Golden Visa, uma autorização de residência para entrada e per-manência em território português, para fins de investimento. As atuais disposições legais abrem a possibili-dade, ao investidor estrangeiro, de requerer o Golden Visa, desde que

localizam entre o barrocal e a serra algarvia. O projeto coloca então, porta-a-porta, uma equipa técnica que ajudará os munícipes a resolver pequenos trabalhos domésticos, como por exemplo trocar lâmpadas, arranjar cana-

lizações, sintonizar televisões, efetuar reparações elétricas ou em eletrodomésticos, deslocar móveis, entre outros.

Para solicitarem os serviços do «Castro Marim Consigo» os muní-cipes devem utilizar o contacto telefónico 281 510 754 (Câmara Municipal de Castro Marim).

presidente da Câmara Municipal de Castro Marim, Francisco Amaral, pela entrega do edifício sede à Junta de Agricultores, uma falta há muito sentida pelos associados e que agora facilitará a gestão da área regada.

A Direção Regional de Agricul-tura e Pescas do Algarve fez-se representar nesta inauguração pelo diretor adjunto José Graça, que apontou o novo quadro comuni-tário como uma boa oportunidade para resolver alguns problemas que afetam as muitas áreas rega-das do Algarve, deixando clara a dificuldade de resposta que a DRAP

tenha entrada regular em territó-rio nacional (portadores de vistos Schengen válidos ou beneficiários de isenção de vistos) e mediante a

realização de transferências de capi-tais, no montante igual ou superior a um milhão de euros, criação de, pelo menos, 10 postos de trabalho, ou aquisição de bens imóveis de valor igual ou superior a 500 mil euros.

O presidente do município de Castro Marim vê com agrado esta possibilidade de investimento no concelho.

Algarve atravessa.“Estamos a inaugurar um espaço

que é vosso. Sou contra espaços fechados, nós temos que respeitar os dinheiros públicos, tenho a cer-teza que agora este vai ser um sítio vivo, ativo e dinâmico”, sublinhou o presidente da Câmara Munici-pal de Castro Marim, Francisco Amaral, que terminou salientado a sua “inteira disponibilidade” para colaborar com a Junta de Agriculto-res para resolver os obstáculos que têm sentido e que foram salienta-dos pelo seu presidente José Luís Domingues.

Investidores chineses visitam Castro Marim

“Castro Marim Consigo” leva apoio ao domicílio

Inaugurada Sede da Junta de Agricultores de Junqueira

José Luis Domingues e Francisco Amaral no ato inaugural

Mercado imobiliário Tarefas domésticas

Investidores chineses de uma das maiores empresas de investimento imobiliário da Ásia, a Westlead Capital Inc.Arrancou a 3 de novembro e promete facilitar as tarefas domésti-cas aos castromarinenses

12 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |NOVEMBRO 2014

LOCAL

A Igreja de Nossa Senhora da Visitação, em Odeleite é uma construção do século XVI, sendo por isso esta a igreja mais antiga do conce-lho de Castro Marim. Agora é aquela que vê renovados os seus retá-bulos numa intervenção na arte sacra que está disponível para as pes-soas que residem na aldeia e os visitantes que por ali passam. Foi a 5 de Outubro que teve lugar a inaugura-ção dos três retábulos num momento que contou com a presença do Bispo do Algarve. “Esta recuperação só foi possível graças aos fundos comunitários, à vontade da comuni-dade local e ao esforço financeiro exemplar da Câmara Municipal, que quis valorizar este valioso património reli-gioso. Os altares agora recuperados são mais do que elementos de decoração são a expres-são da fé do povo. Esta obra é um sinal de gra-tidão é um sinal de fé”, referiu D. Manuel Neto Quintas.

A Casa do Sal, em Castro Marim foi palco de um concerto solidário de fado, em prol da Santa Casa da Misericórdia de Castro Marim. Os fundos angariados destinam-se à dinamização dos tempos de lazer dos idosos.A iniciativa, que reuniu cerca de 100 pessoas, teve a colaboração da Associação de Fado do Algarve. Esta já não é a primeira ação do género da Santa Casa da Misericórdia de Castro Marim. Todos os anos, a insti-tuição organiza um evento solidário, com o objetivo de angariar fundos para atividades ou necessidades pontuais. De referir que, em 2013, o dinheiro obtido reverteu a favor dos utentes mais carenciados para a compra de medicamentos.A Santa Casa da Misericórdia de Castro Marim tem ao seu cuidado cerca de 130 idosos, nas valências de lar, centro de dia e apoio domiciliário. Além disso, através da sua mais recente iniciativa, a Cantina Social, fornece refeições às famílias mais carenciadas do concelho, num total de cerca de duas mil por mês.

Para além do Bispo do Algarve estiveram presentes o presidente da câmara municipal de Castro

Marim, Francisco Amaral, o Pre-sidente da Junta de Freguesia

de Odeleite, Valter Matias e os Padres das Paróquias do conce-lho. Francisco Amaral falou em

“justa aspiração das gentes de Odeleite, que assim veem valori-zados alguns dos mais belos exemplares da arte sacra existente no concelho”, lem-brando “o papel da igreja na comunidade, que “pode cuidar da saúde espiritual das pessoas”.

108 mil euros de investimento

A recuperação dos retábulos representa um investimento total de cerca dos 108 mil euros. A interven-ção foi levada a cabo pela Fábrica da Igreja Paroquial de Odeleite e contemplou a conser-vação e restauro de três dos cinco retábulos da Igreja, nomeadamente os retábulos de Nossa Senhora do Rosário, de São Miguel e de São Pedro. O presidente da

Junta de freguesia de Odeleite lembrou a importância da igreja

para a comunidade, referindo “a importância da fé e do patrimó-nio para consagrar a identidade desta localidade”. Lembrou que a recuperaçõ dos retábulos mostrava-se urgente devido ao

elevado grau de degradação. “Os retábulos apresentavam proble-mas estruturais e estéticos, desig-nadamente fendas e fissuras nos suportes de madeira e infestação de insetos, descolagem e abertura de juntas e perda significativa de policromia, estando o conjunto das peças de tal forma degradado

que os trabalhos implicaram a desmontagem total das peças assim como a substituição par-cial ou nalguns casos total dos elementos estruturais”, refere também a câmara municipal em

comunicado. O projeto da Fábrica da Igreja

Paroquial de Odeleite foi finan-ciado em 60% pelo Programa PRODER (num total de 58.818,48 €), cabendo ao Município cus-tear o investimento não elegível pela candidatura no valor de 49.323,12 €.

A igreja de Odeleite viu restaurados os seus retábulos graças aos apoios financeiros do PRODER e câmara municipal de Castro Marim. População elogia intervenção.

Igreja de Odeleitetem retábulos restaurados

Santa Casa da Misericórdia de Castro Marim promoveu fado solidário

Agora os três retábulos restaurados estão disponíveis para os fiéis e turistas que apreciem arte sacra

O presidente da câmara de Alcoutim, acompanhado pelo Bispo do Algarve na inauguração dos retábulos

JORNAL DO BAIXO GUADIANA | NOVEMBRO 2014 | 13

14 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |NOVEMBRO 2014

ESPECIAL TURISMO

Escutar o que Vítor Neto tem para nos dizer acerca do turismo é saber que a partir disso a nossa investigação sobre o tema ganhará um novo fôlego. Ex-se-cretário de Estado do Turismo, em duas legislaturas, e com obra publicada sobre o tema – sendo o mais recente livro: «Portugal Turismo - Relató-rio Urgente. Onde estamos, para onde queremos ir», apre-sentado na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL) em 2013 – afirma que quando fala sabe bem do que está a falar e advoga que nisto do turismo é necessário ter «vistas largas» “há que fazer lei-turas” e não “ficarmo-nos pelos dados homólogos do ano imedia-tamente anterior”.

Questionado sobre o desem-penho turístico de 2014, este especialista e presi-dente do Nera - a Associa-ção Empresarial da Região do Algarve - sublinha que “os resul-tados nacionais são positivos, nalguns casos houve crescimen-tos acima dos 10% nos princi-pais indicadores. E os resultados globais do Algarve até final de Agosto estão dentro destes parâ-metros”. Indo por partes; Vítor Neto contextualiza, referindo que “as dormidas dos estrangei-ros no alojamento classificado apontam para um crescimento em 2014 depois de no ano pas-sado se ter verificado já um crescimento, que havia come-çado timidamente em 2012”. Os mercados tradicionais voltaram a ganhar peso na região, mas o ex-secretário de Estado frisa um crescimento que surge “após um

tempo de fraqueza bastante vasto no tempo [mais de uma década], sendo que no Algarve não houve apenas estagnação, mas também perda”. Assim, “entre 2008 e 2012 tivemos menos dormidas de estrangeiros do que em 2001”,

e “só em 2014 estamos a recupe-rar valores iguais ou superiores aos números de estrangeiros no início de século”.

Os ingleses que são os nossos maiores clientes estrangeiros pro-tagonizaram 7 milhões de dormi-das no alojamento classificado em Portugal, sendo que 70% vieram para o Algarve. Os holandeses são os estrangeiros que estão mais tempo na época baixa no Algarve. No total últimos dados apontam para um 2014 com 12,5 milhões de dormidas de estran-geiros de alojamento classificado. “É ligeiramente superior a 2001”, e Vítor Neto acredita que “esta realidade não é só conjuntural, mas insiste que “é preciso com-parar com vários anos anterio-res, fazer avaliações semestrais anuais porque isso é que nos dá noção de evolução”.

Já no que diz respeito ao volume de negócios “para os empresários de alojamento e restauração este crescimento não representa a rentabilidade dos seus negócios. Houve quebras de

uma subida maior no volume de negócios do que a das taxas de ocupação”. Apesar da época alta estar em destaque quando se fala de turismo no Algarve é de regis-tar os dados da AHETA que dão conta de uma subida de uma taxa acumulada de 2,5% acumulada nas taxas de ocupação desde o mês de janeiro, sendo que “o desempenho dos primeiro cinco meses registou uma subida muito superior aquela que estava pre-vista, tendo sido os crescimentos nos meses seguintes mais modes-tos”.

Quanto a razões para o cres-cimento do turismo no Algarve Elidérico V. lembra que “o euro desvalorizou-se em relação à libra e esse é um dado importante que tem sido pouco referenciado; também a instabilidade vivida nos países concorrentes foi-nos favorável; a procura por parte dos nacionais terá sido maior também graças a alguma recu-peração da atividade económica nacional e o facto do euro se ter desvalorizado, o que fez com que

as férias no exterior passassem a ser mais caras”.

Mas há um aspeto transver-sal que o presidente da AHETA quer realçar nesta temática. “A razão fundamental para o aumento desta recuperação tem sido o esforço dos empresários já que não assistimos até agora a nenhum incentivo como a dimi-

consumo, nomeadamente; e para uma economia turística não basta crescer em número de dormidas é preciso bons resultados econó-micos”, remata.

“O maior desafio é construir uma estratégia sustentável de

desenvolvimento do nosso turismo. Não existe uma estratégia con-solidada. Já percebemos que os turistas não podem vir de qualquer parte do mundo. Temos os mercados tradi-cionais que são os nossos mercados de proximidade, os europeus:

o Reino Unido, a Alemanha, a Espanha, a França e Holanda a que temos dar prioridade ao nível de nossos objetivos estraté-gicos”. Vítor Neto defende, ainda, que o Algarve é um território muito diverso em que é preciso haver união entre os municípios e empresários para vender um território e não manter-se “um individualismo que não leva a lado nenhum”.

Aumento do Volume de Negócios

Elidérico Viegas, presidente da Associação de Hoteleiros e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), apresenta-nos uma visão mais otimista no que diz respeito ao volume de negó-cios na região. Garante-nos que “pela primeira vez nos últimos quatro ou cinco anos registou-se

nuição de impostos”. O porta-voz dos empresários associados na AHETA lembra que “os empre-sários criaram mais condições para atrair mais turistas. Esfor-çaram-se por criar as chamadas «Ofertas Especiais» quer em maté-rias de preços, como em pacotes de fim-de-semana”. Elidérico V. está confiante que nos próximos quatro cinco anos os empresá-rios possam atingir médias do passado. “Temos como objetivo atingir médias de ocupação anual na ordem dos 65%”. E “não se trata de nenhuma meta ambiciosa porque já se registaram no pas-sado”, lembra. E explica que “só com esta taxa é que os empresá-rios algarvios podem influenciar a política de preços e rentabili-zar os seus investimentos”. Este ano a taxa de ocupação global no Algarve não deverá atingir os 60%. De referir que segundo dados da AHETA a última vez que houve uma taxa de ocupação global de 65% foi em 2001 e mais perto desses valores registou-se em 2007 ao atingir os 63%.

Do ponto de vista da AHETA é preciso “apostas promocionais em mercados onde o Algarve já tem no to r i edade” , frisa também que “o grande pro-duto turístico é o Sol e a Praia e que não se pode

apresentar produtos complemen-tares como alternativos, anulando o principal produto porque isso resulta mal para o turismo. Os complementares são importan-tíssimos por essa complementa-ridade”. Quanto à promoção da região esta não serve para nada se não estiver associada a vendas. Recorda as novas tendências que

Neste ano de 2014 a economia do Turismo está a marcar a atualidade em Portugal. A região do Algarve começa a aproximar-se do comportamento turístico de outros tempos, embora existam variáveis importantes a ter em conta para não entrar em “euforias desajustadas”, acautelam os especialistas na matéria. Os responsáveis das entidades que agrupam com maior representatividade os agentes turísticos da região estão confiantes que a evolução positiva de destaque este ano não representa uma situação esporádica, considerando que a região tem o que precisa para «dar a volta por cima» e retomar desempenhos que já não se fazem sentir desde o início do século. Já muito se falou sobre a «década perdida», agora auspicia-se uma prosperidade em cadeia.

Texto: Susana H. de Sousa

“A razão fundamental para o

aumento desta recuperação tem

sido o esforço dos empresários”

(Elidérico Viegas - AHETA)

“Os ingleses protagonizaram

7 milhões de dormidas no

alojamento classificado no

Algarve”

(Vítor Neto - NERA)

JORNAL DO BAIXO GUADIANA | NOVEMBRO 2014 | 15

ESPECIAL TURISMO

mostram que 30% das vendas turísticas atualmente são feitas via mercado online. Para otimi-zar esta vertente este responsável considera que “os privados devem ser chamados a intervir nessa estratégia comer-cial”, sendo que “as câmaras municipais não podem ver no turismo um saco sem fundo para ir buscar verbas através de taxas, por exemplo, pois nessa área têm muito trabalho a fazer em questões important í ss imas como a sinalética, a limpeza e o abas-tecimento de água”, sustenta.

Quebra de receitas do Orçamento de Estado

Desidério Silva está há dois anos à frente da Região de Turismo do Algarve e acredita que a região vai atingir este ano um resultado de cerca de 16 milhões de dormidas, o que representa mais cerca de milhão e meio do que em 2013.

Mas se por um lado está satis-feito com o desempenho turís-tico mostra-se preocupado com o corte de transferências do Estado para o turismo na região.

No entanto, garante que já fez saber junto da admi-nistração central a sua preocupação face à redução das verbas. Será cerca de um milhão de euros a menos, ou seja dos 5,9 milhões passará para 5 milhões de euros. Refere que o Algarve produz 4,5 mil milhões dos 10 mil milhões de euros do Produto Interno Bruto (PIB) nacional do turismo e que por isso “não

pode sofrer estes cortes”. Reduzir verba significa corte na promoção no mercado alargado (Portugal e Espanha).

Entretanto, está a ser finalizado o Plano Estratégico de Maketing

para a Região do Algarve e Desi-dério S. considera que é altura de reforçar o principal produto composto por sol, mar e golfe, e de reforçar os produtos comple-mentares, como são caso disso o Turismo de Natureza e Despor-tivo, o Turismo Cultural.Numa altura em que cada vez mais se fala em produtos complementa-res Desidério Silva disse ao JBG que territórios como o Baixo Guadiana ganham “uma extrema importância porque representa uma variedade concentrada que caracteriza o Algarve e que temos vindo a promover; no fundo, tra-ta-se de desconstruir o precon-ceito de que a região se limita ao sol e mar, que sendo o nosso produto mais facilmente identi-ficável, não é o único de que as pessoas podem aqui usufruir”. Este responsável acredita que o paradigma de investimentos turísticos está a mudar porque “também os promotores de inves-

timento têm perceção de que os perfis de consumo estão a mudar e de que oferecer apenas o quarto de hotel, ou promover apenas o areal e o mar, não nos distingue da concorrência. A oferta deverá

ser devidamente enquadrada nas complementaridades que podem ser criadas com outros produtos, com o território e, com grande enfoque na genuinidade e auten-ticidade dos lugares e das suas gentes”, subli-nha. Questionado se este novo con-texto está a levar a uma remode-lação também da forma de atuação da enti-dade Turismo do Algarve Desidério Silva afirma que a entidade que dirige está atenta “às tendências de consumo nacionais e internacio-nais e como tal, no âmbito das suas competências, tem agido em conformidade. Apesar do nosso enfoque continuar a ser a promo-ção turística, estamos a intervir igualmente sobre a organização

da oferta e estruturação de pro-dutos turísticos. Creio ser inegável que, hoje em dia, o Algarve tem vindo a apresentar um trabalho de fundo (promovido por nós e restante parceiros públicos e pri-vados) patenteado um leque de opções para quem nos pretende visitar, em qualquer altura do ano”.

Turismo e Cultura deram as mãos

O Turismo e a Cultura deram oficialmente as mãos. O ato teve lugar em Sagres, no «Encontro de Turismo e Cultura: Reencon-tro com os segredos do Algarve». Este foi um momento que marcou a agenda de Outubro num mês em que muito se refletiu sobre o turismo na região. A mensagem transmitida foi a de que a rede precisa de funcionar.

Os agentes do Turismo e os agentes da cultura têm de per-ceber as potencialidades em caminhar juntos numa oferta onde as complementaridades ao produto-estrela do Algarve

ganhem dimensão e contribuam para uma oferta diferenciada. No Algarve no mesmo dia e na mesma sessão estiveram presen-tes os secretários de Estado da Cultura e do Turismo. Essencial-mente fizeram as honras da casa

não tendo ficado para a parte de debate. Por sua vez, na mesa redonda estiveram os moderado-res; dois conceituados jornalistas algarvios: Elisabete Rodrigues, diretora do jornal online «Sul Informação» e Ricardo Claro, editor do semanário «O Postal». Deram a palavra a intervenientes da Universidade do Algarve, da Candidatura Transnacional da Dieta Mediterrânica a Patrimó-nio Imaterial da Humanidade, do Centro Regional de Inovação do Algarve, do Memmo Baleeira Hotel (anfitrião do encontro), da empresa Spira, da programação cultural do Município de Silves e da editora Babel.

As conclusões retiradas deste debate clarificaram que muito ainda há para fazer naquela que se pretende que seja uma voz cada vez mais coesa entre a cultura e o turismo. As infraestruturas sob a alçada do setor público têm de estar ao serviço do turismo e os privados têm de perceber que a oferta turís-tica deve proporcionar aquilo que é a experiência genuína que se vive a partir de um contacto com as culturas

locais. Neste encontro

também foi evi-dente que existe uma cada vez maior união entre Turismo do Algarve, Direção Regional da Cul-tura do Algarve e Comissão de Coordenação e Desenvolvimento regional do Algarve (CCDRAlg). Falta

agora envolver mais os privados numa dinâmica que se quer ino-vadora e preparada para enfrentar os maiores desafios que passam por apresentar um Algarve rico, genuíno e conhecedor das suas potencialidades.

“ Será cerca de um milhão de euros

a menos de receita do OE para o

Turismo do Algarve”

(Desidério Silva - RTA)

«Os agentes do Turismo e da Cultura têm

de perceber as potencialidades em unir-se

numa oferta onde as complementaridades

ao produto-estrela ganhem dimensão e

contribuam para uma oferta diferenciada»

(Conclusão de Encontro dedicado ao

Turismo e Cultura)

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | NOVEMBRO 2014 | 17

DESENVOLVIMENTO

Depois de um reequilíbrio financeiro a câmara de VRSA obtem visto do Estado

Poço público da entrada norte de Vaqueiros será recuperado

Município de VRSA recupera transferências do Estado

Alcoutim e Vaqueiros alvos da atenção das propostas vencedoras do Orçamento Participativo

Câmara de Alcoutim opta por diminuir carga fiscal de famílias

No total a votação na última fase do orçamento participativo de Alcoutim envolveu 10% da popu-lação local. Estiveram sob escru-tínio 26 propostas num ato que decorreu entre 29 de Setembro e 10 de Outubro. “As duas pro-postas mais votadas, que cumu-lativamente, não ultrapassaram o valor estipulado para o primeiro orçamento participativo do con-celho, localizam-se nas freguesias de Vaqueiros e Alcoutim e têm estimativa orçamental de 50 mil euros cada”, anunciou em Outubro a câmara municipal alcouteneja.

A primeira obteve um total de 59 votos e visa restaurar o antigo poço público da entrada norte de Vaqueiros e zona envolvente, assim como a construção de um parque de merendas no lavadouro

O presidente da câmara municipal de Alcoutim diz que prescindir da coleta do IRS (Imposto sobre o Rendimento Singular) e reduzir para o mínimo a taxa de IMI Imposto Municipal sobre Imóveis), fixando-a nos 0,3% é “aliviar as famílias”, face “a uma conjuntura económica difícil” e é também criar condições para a difícil tarefa de fixar novos residentes. Ao JBG Osvaldo Gonçalves já assumiu que é “extramente difícil atrair novos habitantes”, mas também já se comprometeu a “não baixar os braços”.

Ora, indo ao encontro destes objetivos a Assem-bleia Municipal de Alcoutim deliberou, sob proposta da Câmara Municipal, na sessão pública ordiná-ria do passado dia 26 de setembro, prescindir da coleta de 5% em sede de IRS e ainda fixar pela taxa mínima de 0,3% o IMI a cobrar no próximo ano.

“Apesar de se traduzirem numa diminuição das receitas municipais, obrigando portanto a um esforço adicional da autarquia, constituem mais um incentivo à atração de novos residentes e à fixação de jovens famílias no concelho, pelo que considero tratarem-se de importantes medidas no combate ao despovoamento”, remata Osvaldo G.

Em comunicado de imprensa a câmara municipal de Vila Real de Santo António, liderada por Luís Gomes, explicou que “reduziu em mais de 10% o excesso de endivi-damento líquido no decurso do ano de 2013, tendo por isso retomado o recebimento da totalidade das trans-ferências dos fundos do Orçamento do Estado”. Sendo que a medida foi determinada através de despacho do Secretário de Estado da Admi-nistração Local e tem efeitos desde outubro passado.

O presidente desta edilidade, considera que “a medida reflete o empenho deste executivo na redução da dívida municipal e é a prova da eficácia das medidas de contenção financeira e controlo orçamental em vigor desde 2011”. Luís Gomes garante que não abdi-cou de qualquer uma “das políticas de apoio social, como são os casos

existente, um caminho pedonal e alguns muros em xisto. A outra proposta vencedora, conquistando 40 apoiantes, visa a requalifica-ção da Avenida de Espanha, em Alcoutim.

No total votaram neste orça-mento 300 pessoas. Para o presi-dente da autarquia, Osvaldo dos Santos Gonçalves, “esta é mais uma aposta ganha, já que os números falam por si”. O autarca recorda que, essencialmente, o grande objetivo desta medida foi “uma maior aproximação entre as políticas públicas e os cidadãos e potenciar o exercício da cidadania participada, ativa e responsável, com vista à melhoria da qualidade de vida no concelho, considerando que “os mesmos foram amplamente atingidos”.

dos programas de apoio à saúde, à terceira idade ou os programas de apoio escolar”. Lembrando que a crise “foi o fator responsável pela redução das receitas municipais nos últimos cinco anos” Luís Gomes afiança que o executivo que lidera soube “responder de uma forma eficaz à situação conjuntural”.

PAEL e outras Políticas de reequilíbrio financeiro “fundamentais”

Para além de outras medidas de ajustamento, o Programa de Apoio à Economia Local (PAEL), ajudou o executivo a cumprir “um dos prin-cipais objetivos que era regularizar e normalizar a situação económico-financeira da autarquia, consoli-dando o passivo e conferindo mais estabilidade à gestão”. Os dados

da câmara apontam para o saldar de dívidas vencidas há mais de 90 dias e registadas até 31 de março de 2012, “tendo sido uma parte substancial das verbas recebidas destinadas “a liquidar faturas e a injetar liquidez na economia local”.

“Também através do processo de reequilíbrio, a Câmara Municipal

liquidou as obrigações com data de fatura até 31 de dezembro de 2012. Além desta verba, o plano de ajustamento contempla um programa de reequilíbrio finan-ceiro, com um prazo de 20 anos, o que permitirá a reconversão da dívida a curto prazo em dívida a longo prazo, estabilizando as contas municipais e aliviando a

tesouraria”. O autarca lembrou que estas medidas “juntam-se ao Plano de Contenção Financeira da Câmara Municipal de VRSA, em vigor há mais de dois anos, o que permitiu uma poupança superior a 10 milhões de euros, resultado da aplicação de uma centena de medidas transversais a todas as divisões e setores da atividade”.

Em causa para o não recebimento total das verbas do orçamento do Estado estava o nível de endividamento líquido. Depois de uma redução de 10% do excesso desse endividamento durante o ano de 2013 a câmara municipal pombalina passou a receber a totalidade da verba.

Já se conhecem as propostas vencedoras no âmbito do Orçamento Participativo de Alcoutim. Das 26 vão ser executadas duas que não ultrapassam o teto do valor desta medida; 100 mil euros.

Depois de redução de 10% de dívidas

18 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |NOVEMBRO 2014

DESENVOLVIMENTO

A Comissão Europeia lançou em junho o Passaporte Europeu de Competências, um instrumento destinado a facilitar o contacto entre candidatos a emprego e empregadores no setor da hotela-ria e turismo na Europa. O Passaporte Europeu de Competências permite aos trabalhadores e empregadores superar as barreiras linguísticas e comparar as qualificações dos trabalhadores do setor da hotelaria, a fim de facilitar o recrutamento. Alojado no portal euro-peu da mobilidade profissional EURES, o passaporte está disponível em todas as línguas oficiais da UE. No futuro, o passaporte será alargado a outros seto-res .

Emprego: Microfinanciamento Progress empresta 182 milhões de euros a mais de 20 000 empre-sários para criação e expansão de empresas

Mais de 20 000 empresários benefi-ciaram já de empréstimos e garantias num total de 182 milhões de euros ao abrigo do Instrumento Europeu de Microfinanciamento Progress. O Micro-financiamento Progress tem contribu-ído significativamente para a criação de empregos, ao facilitar o crédito a desempregados ou a pessoas inativas que têm dificuldades em conseguir empréstimos junto de instituições financeiras. O novo instrumento de microfinanciamento que deverá arran-car no segundo semestre de 2014 ao abrigo do Programa para o Emprego e a Inovação Social (EaSI) terá por base os resultados desta experiência.

O Instrumento Europeu de Micro-financiamento Progress visa ajudar as pessoas que se deparam com difi-culdades em contrair um empréstimo bancário normal, permitindo-lhes o acesso ao microcrédito e o exercício de uma atividade por conta própria ou a criação das suas próprias empresas. O instrumento financia empréstimos de montantes inferiores a 25 000 euros a desempregados, a pessoas em risco de perderem os seus empregos e a pessoas que integram grupos desfavorecidos, designadamente os jovens, as pessoas mais velhas e os migrantes. O Micro-financiamento Progress é gerido pelo Fundo Europeu de Investimento e fun-ciona com a intermediação de institui-ções de microcrédito ao nível nacional, regional ou local. O Instrumento de Microfinanciamento Progress continu-ará a funcionar até 2016.

Emprego: novo Passaporte Europeu de Competências facilitará recrutamento no setor da hotelaria

Centro de Informação Europe Direct do Algarve

Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional - CCDR Algarve

Rua do Lethes nº 32, 8000-387 Farotel: (+351) 289 895 272 fax: (+351) 289 895 [email protected]

www.ccdr-alg.pt/europedirect

«Perto daEuropa»

Luta contra portagens uniu Portugal e Espanha

Odiana criou a «Grande Rota do Guadiana»

Tiago Simplício assumiu JSD VRSA

VRSA é sede da Associação Internacional das Cidades Iluministas

A concelhia do Bloco de Esquerda de Vila Real de Santo António e a Comissão de Utentes da Via do Infante (CUVI) promoveram no sábado a 25 de outubro, na sede do Bloco de Esquerda de Vila Real de Santo António, uma reunião trans-fronteiriça acerca da Mobilidade no Algarve e Portagens na A22/Via do Infante.

Esta reunião de trabalho contou com representações da Izquierda Unida e do PODEMOS “e proporcio-nou a análise dos impactos negati-vos em vários setores, sentidos em

Até ao final do ano a Grande Rota do Guadiana, já com numeração atribuída (GR15), estará comple-tamente sinalizada, homologada [pela Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal] e pronta a percorrer, desde Alcou-tim, passando pelas aldeias de Odeleite e Azinhal, Castro Marim e terminando marcha em Vila Real de Santo António.Esta iniciativa pretende consoli-dar a oferta de percursos pedestre no Baixo Guadiana, aproximando o Litoral ao Interior Serrano em consonância com o Rio Guadiana e afirmar o território como uma zona pedestrianismo e de turismo de natureza. A aposta é num turismo de qualidade, de integração euro-peia, de larga duração e alternativo ao turismo de massas, apoiado pelo promoção da prática desportiva e no combate ao sedentarismo.Recorde que a Associação Odiana

Depois de as eleições a 25 de Outu-bro Tiago Simplício foi eleito pre-sidente da JSD de VRSA para um mandato de dois anos. Tiago Sim-plício tem 26 anos e é empresário local.

No passado dia 24 de Outubro, Vila Real de Santo António viu aprovado em reunião de sócios da AICEI um Plano de activida-des para os próximos anos, bem como a transposição da sede exe-cutiva para VRSA no quadro do IX Encontro Internacional da AiCEi, realizado em Valência (Espanha) Forum que tinha como centro de debate “O Património Histórico e a Economia da Cultura”.

ambas as margens do Guadiana, causados pelas portagens na A22 e com consequências devastadoras no comércio, turismo e intercâm-bio cultural entre o Algarve e a Andaluzia e a sobrecarga de trá-fego na EN 125, que tem causado uma extensa lista de acidentes de viação e atropelamentos, com muitos feridos e diversas vítimas mortais”, diz a organizxação. Na reunião, também foi debatido o processo de cobrança de multas a 300 mil condutores espanhóis. Neste encontro preparatório de

implementou no Baixo Guadiana uma rede de 135km de percursos pedestres de Pequena Rota (PR), devidamente homologados pela Federação de Campismo e Monta-nhismo de Portugal, sendo que a implementação desta Grande Rota (GR) surge como complemento aos percursos já existentes e vai ser a primeira grande via implementada

neste território que permite a liga-ção a pé do litoral ao interior.Esta via vai ligar-se ainda à «Via Algarviana» (GR13), que interliga as localidades de Sagres a Alcou-tim a Norte, e à «Ecovia do Lito-ral», que interliga as localidades de Sagres a VRSA a Sul, como também permite a ligação a vias internacio-nais da vizinha Espanha.

A salientar que a «Grande Rota do Guadiana» é um projeto financiado em 60% pelo PRODER - Subpro-grama 3, medida 3.2., Acão 3.2.1 – Conservação e Valorização do Património Rural, sendo que a con-trapartida financeira do projeto é da responsabilidade das autarquias de Alcoutim, Castro Marim e Vila Real de Santo António.

O município de Vila Real de Santo António assume a partir de agora a responsabilidade da gestão e dinamização da Associação Inter-nacional de Cidades e Entidades do Iluminismo, uma estrutura que pretende ser uma conexão de união entre as urbes que tiveram o seu crescimento e desenvolvimento dentro dos valores do patrimó-nio material e imaterial marcado pelo período iluminista do Seculo

XVIII. Atualmente a AiCEi conta com

14 membros dos quais fazem parte cidades e entidades tais como: Bar-celona, Real Sítio de San Ildefonso/Segóvia, Almacelles, Ferrol, Valên-cia, Es Castell/Menorca, Cádiz, Universidade de Cádiz, Madrid, Cartagena, Vila Real de Santo Antó-nio e a cidade de Guatemala, onde funciona a sub-sede da AiCEi para o continente ibero-americano

novas ações na defesa da suspen-são das portagens, “foi possível constatar a necessidade da con-tinuidade do trabalho transfron-teiriço pelo que ficou, desde logo, agendada uma segunda reunião conjunta, a realizar em Ayamonte, após um encontro com o escritó-rio de advogados de Huelva que vai implementar o processo de cobranças de multas. Na próxima reunião será delineado um plano de luta anti-portagens, podendo envolver a Ponte Internacional do Guadiana”.

A Associação Odiana está a implementar a Grande Rota pedestre do Guadiana que se vai juntar à já existente rede de 19 percursos de pequena rota. No total vão ser 65 km´s, que pretendem afirmar o território como zona de excelência para a prática do pedestrianismo e de turismo de natureza.

Esta Grande Rota Pedestre vai juntar-se à rede de 19 percursos pedestres já existentes

A sede está oficialmente em VRSA

Eleições

JORNAL DO BAIXO GUADIANA | NOVEMBRO 2014 | 19

DESENVOLVIMENTO

«Uádi Ana» incentiva associados a propor candidaturas ao Plano Desenvovimento Rural

Bombeiros em VRSA vivem melhoria financeira

Nuno Pereira assumiu a presidência da direção da Associação Humanitá-ria dos Bombeiros de VRSA depois de a anterior direção ter saído com-pulsivamente no decorrer de man-dato. Agora foi reeleito depois de umas eleições de lista única onde a afluência foi de 37 eleitores.

“Os tempos não têm sido fáceis”, mas Nuno Pereira enfrentará os desafios, sendo que anunciou que desde que assumiu a presidência conseguiu “reduzir em cerca de metade o passivo da corporação”. Foi possível “pagar sempre os orde-nados a tempo e horas” e a explo-ração do bar passou a ser feita por concessão [o que levou ao despe-dimento de três pessoas que foram devidamente indemnizadas] o que permitiu um encaixe financeiro de 5 mil euros”. São variáveis que foca numa perspetiva de demons-trar que “há empenho e vontade em arrumar a casa e valorizar uma

Associação Empresarial Turística do Baixo Guadiana (Uádi Ana) solicitou aos seus sócios que manifestassem as suas intenções de candidatura aos apoios do novo Quadro Comunitário de Apoio, PDR (Plano de Desenvolvimento Rural), ex-PRODER. O objec-tivo da Uádi Ana é preparar uma lista no sentido de o GAL Terras do Baixo Guadiana incluir na sua estratégia todos os projectos a apresentar pelos associados. A Associação tem reunião agendada com a CCDR para recolher mais informações acerca de apoios possíveis. Entretanto a Uádi Ana obteve resposta favorável da Câmara Municipal de Alcoutim no sentido de ser disponibilizada, em breve, uma sede para Associação Empresarial Turística do Baixo Guadiana naquele concelho.

corporação de extrema importância e que serve dois concelhos [VRSA e Castro Marim]”.

Os problemas diários “são muitos; desde viaturas avariadas com repa-rações de valores elevados, dívidas combustível que chegaram a atin-gir os 40 mil euros, falta de farda-mento; mas é preciso fazer opções”. Nuno Pereira está empenhado em saldar dívidas para ganhar “relação séria e honesta com todos os que se relacionam com esta corporação”.

O pagamento dos ordenados dos 50 elementos profissionais da cor-poração [no total são 70 elementos, 20 deles voluntários] apresenta-se como prioridade.

Prestes a comemorar 125 anos de existência esta corporação está dia-riamente na rua a prestar serviços nos concelhos pombalino e castro-marinense, de quem recebe apoio financeiro. Em VRSA materializado através de uma taxa municipal e

em Castro Marim com um proto-colo de financiamento a partir do orçamento. E é de Castro Marim que surge a boa nova. Nuno Pereira anunciou que o presidente Francisco Amaral autorizou o lançamento de um concurso para aquisição de uma viatura pesada de combate a incên-dios florestais e de um compressor para o enchimento de garrafas, perfazendo um valor de 200 mil euros.

Formação orgulha

corporação

A formação nesta corporação é hoje motivo de orgulho. Ganhou intensidade depois de ser protocoli-zada com a Escola Nacional de Bom-beiros a criação nos Bombeiros de VRSA da primeira unidade local de formação de bombeiros do Algarve. “Os nossos bombeiros têm acesso a formação sem saírem de casa”, rematou Nuno Pereira, que apela à adesão de mais voluntários.

A nova direção da Associação Humanitária dos bombeiros de Vila Real de Santo António tomou posse em Outubro. Nuno Pereira foi reeleito e anunciou que em 17 meses de funções conseguiu reduzir 50% do passivo da entidade.

Voluntários recolhem meia tonelada de lixo na Ria Formosa

Alcoutim recebeu jornalistas da área do turismo

A associação de Defesa do Património de Cacela (Adrip) recolheu, com a colaboração de dezenas de voluntários, mais de meia tonelada de lixo na Ria For-mosa, na zona entre Manta Rota e Cacela Velha. Além do lixo, foram removidos outros detritos como pneus, mobiliário abandonado ou vidros.

Esta ação voluntária – realizada anualmente após o final da época balnear – teve como objetivo a con-servação de um dos mais valiosos ecossistemas do Algarve, frequentemente alvo de deposição fortuita de lixos e outros resíduos poluentes.

Alcoutim recebeu no âmbito da Bienal do Turismo de Natureza 2014, um grupo composto por jornalistas, especializados em turismo de natureza, e por opera-dores turísticos oriundos do Norte da Europa.

Impulsionada pela Associação de Turismo do Algarve e organizada pela empresa algarvia ProActive-Tur, a iniciativa incluiu um percurso do primeiro troço da Via Algarviana, com o acompanhamento de um técnico da Câmara Munici-pal, e um almoço convívio que decorreu no Castelo da vila alcouteneja.

Com a realização deste tipo de iniciativas preten-de-se divulgar o Algarve no seu estado mais puro e fomentar o turismo de natureza no território do concelho.

O presidente da Associação, Nuno Pereira, e o Comandante Paulo Simões

A presidente da Associação Empresarial Turística do Baixo Guadiana, Maria Luísa Francisco

Aquacultura de Castro Marim esteve em destaque em FrançaO projeto «Atlantik Fish» que se dedica, em plena zona salineira da Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António, à produção de pescado e ostras em regime semi-intensivo de aquacultura esteve em desta-que em França. A 20 de Outubro integrou um jantar onde o seu peixe foi confecionado pelo Chef Antoine Westermann – que é pro-

prietário de cinco restaurantes em França, estando quatro deles em Paris e é detentor de quatro estrelas Michelin. O jantar contou com a participação de jornalis-tas portugueses e franceses, bem como opinion makers, e figuras de referência no panorama fran-cês. Ali estiveram dois críticos de gastronomia de França e Ale-xandre Lazareff, jornalista e crí-

tico de gastronomia há 15 anos. Para o gerente da Atlantik Fish, André Lima Cabrita, o convite em estar presente neste jantar surge com grande surpresa e regozijo. Neste momento a Atlantik Fish já exporta ostras para França, mas André L. Cabrita encara agora com maior expectativa de passar a exportar pescado. “Vemos este evento como uma

«Atlantik Fish»

oportunidade para podermos começar a exportar peixe para França e o reconhecimento da qualidade dos peixes criados pela Atlantik Fish no sapal de Castro Marim e VRSA” A Atlantik Fish marcou também presença no I Salão Agroalimentar Português em Paris, a 21 de Outubro.

20 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |NOVEMBRO 2014

CULTURA&AGENDA

João Frizza e Diogo Chamorra protagonizaram doze personagens de sucesso

Alcoutim recebeu mais

um festival internacional

de música

II Acto faz mega-sucesso

A organização do «Guadiana International Music Fest» foi do espaço Riverside Tavern que fica localizado mesmo em frente ao rio Guadiana e onde a música pode ser apre-ciada ecleticamente. Este «Bar, Fast Food Restaurant & Breakfast & Brunch Restau-rant» como é conhecido trouxe até à vila de Alcoutim entre 24 e 26 de Outubro inú-meros nomes nacionais e internacionais. Caracteriza-se por elencar um programa com grupos de Portugal, Grã-Bretanha e Irlanda. Alcoutim viveu noites diferentes num fim-se-semana muito musical na vila raiana.

A associação de Vila Real de Santo António «II Acto» protagonizou um estrondoso sucesso com o espetáculo «Contado Ninguém Acredita». Em palco do Centro Cultural António Aleixo 12 personagens interpretadas por Diogo Chamorra e João Frizza. Outros artistas da companhia marcaram a sua presença num enredo que fez uma viagem pela sociedade de Vila Real de Santo António.Foram quatro sessões sempre esgotadas em Setembro e Outubro. A alegria e boa disposição que deixaram no público foi marcante. A pronúncia das palavras, os jeitos, as imitações das «personagens da terra», a cultura das gentes do concelho de Vila Real de Santo António. Enfim, um sem número de ingredientes que fez chorar de tanto rir e pedir por mais. E os vilarealenses já pedem mais teatro desta companhia que cresce a olhos vistos.

A G E N D AMartinlongo

Aulas de Zumba, aeróbica, step, bodycombat, pilates, ginástica localizadaAtividade gratuita Pavilhão da EBI de Alcoutim terças e quintas-feiras às 18h15 Ginásio da EBI de MartinlongoHorário: quartas-feiras às 19h00

Apresentação da Revista Alma Azul, no âmbito das Tertúlias “A Palavra Sexta à Noite”21 Novembro - 21h00Casa dos Condes (Biblioteca Municipal de Alcoutim)

Castro Marim

08 | Serões de Acordeão com “Mato Bravo”Vale do Pereiro - 21h30

08 e 09 | Mercado Gastronomia Artesanal Eurorregião AAAAltura (junto ao Mercado Municipal) - 10h00

08 e 09 | Feirinha da Castanha Altura (junto ao Mercado Municipal)17h00

09 | 10º Convívio de São Martinho Alta Mora - 09h00

09 | X Milhas do GuadianaAyamonte – Castro Marim – Vila Real de St. António (Eurocidade do Guadiana)

15 | Serões de Acordeão com “Mato Bravo”Funchosa de Cima - 21h30

15 | Baile com o “Grupo Mais 2”Monte Francisco - 21h30

16| 1º Duatlo da Vila de Castro Marim Castro Marim - 09h00

21 | “O Mar ao Fundo” – Espetáculo com Afonso Dias Local: Casa do Sal – Castro Marim Hora: a definir

22 | Serões de Acordeão com “Mato Bravo” Casa do Sal – Castro Marim 21h30

22 | Baile com “Ângelo Correia”Monte Francisco - 21h30

29 | Torneio de Dominó Monte Francisco Hora: a definir

30 | Marcha-PasseioMonte Francisco - 10h00

VRSA

Exposição «Tampos de Latas e Miniaturas de Barcos» De José Ale-xandre Pires e José Pedro Gomes Nené 7 > 28 novembro - 9h30 > 13h00 | 14h00 > 16h45Arquivo Histórico Municipal António Rosa Mendes

Apresentação do livro «Carboná-rios e outros Revolucionários»De Pedro Pereira e Nuno Marques Inácio 7 novembro - 18h00 - Arquivo Histórico Municipal António Rosa Mendes

Exposição «Postais da Costa Sul», Fotografia de Jorge Jubilot e textos de Pedro Jubilot e Vítor Gil Cardeira - 8 > 29 novembrosegunda a sexta - 9h15 > 19h45 | sábado - 14h00 > 19h45Biblioteca Municipal Vicente Campinas| VRSA

Lançamento do livro «A Casa»De Carlos Luis Figueira, apresentação a cargo do Prof. Mário Sousa e do Dr. Fernando Reis - 21 novembro- 18h30 Biblioteca Municipal Vicente Campi-nas| VRSA

Apresentação do nº 14 da «Revista Nova Águia», pelo Dr. Renato Epifânio e pela Dra. Maria Luísa Francisco 28 novembro - 18h00 - Biblioteca Municipal Vicente Campinas| VRSA

I Meeting Internacional do Algarve8 e 9 novembro / dia 8 - 9h30 > 19h30 | dia 9 – 9h30 > 19h00 Piscinas Municipais | Complexo Desportivo VRSA

Torneio Social Jovens Campeões1, 8 e 15 novembro - 9h00 > 12h00 - Clube de Ténis | Complexo Desportivo VRSA

Programa ANDA +Projeto de combate à obesidade infantil terças e quintas-feiras - 18h00 > 19h30

Alcoutim

VII Feira da Perdiz8 e 9 de novembroLocal: Pavilhão Municipal José Rosa Pereira - MartinlongoHora: 07h00 – 24h00

Taça de Portugal de Caça Prática 2014 (integrada no programa da VII Feira da Perdiz)8 e 9 de Novembro Martim Longo

Magusto11 de novembro EBI de Alcoutim e EBI de Martim Longo

Convívio de S. Martinho15 de novembroSede da Associação (Antiga Escola Primária de Giões) a partir das 10h00

Festival Gastronómico8 a 30 de novembroNos restaurantes do concelho aderentes ao festival

Noite de Fados22 de novembroSede da Associação (Antiga Escola Primária) - Farelos - 22h00

Feira do Livro24 a 28 de novembro Alcoutim e Martim Longo

Campeonato distrital de futsal – Benjamins e Juniores masculinosde outubro a maioPavilhão José Rosa Pereira -

POR CÁ ACONTECE

- Complexo Desportivo | VRSA

EUROCIDADE DO GUADIANA

Dia da Bicicleta / Gran Plaza de la Salud – III Semana da Saúde2 novembro - Paseo de la Ribera | Aya-monteI Jornadas de Ação Social7 novembro 9h30 > 14h00 Biblioteca Municipal Vicente Campinas| VRSAX Milhas do Guadiana – 23ª edição9 novembro Marcha e Corrida de Vila Real de Santo António23 novembro - Complexo Desportivo de Vila Real de Santo António

São Martinho 10 e 11 novembro - 10h00 > 18h00Centro Histórico de VRSA

Aldeia de Natal28 novembro 2014 > 6 janeiro 201510h00 > 20h00Praça Marquês de Pombal | VRSA

Escola de iniciação à viola (gui-tarra)segundas, quartas e sextas-feiras: 17h00 > 20h00terças e quintas-feiras: 17h00 > 19h00Edifício da Junta de Freguesia| VRSA

Roteiro Iluminista – «Entre o sonho e a utopia» Visita guiada - quartas e sextas-feiras19h00 Informação: IVRSA - Centro de informação turístico | VRSA

JORNAL DO BAIXO GUADIANA | NOVEMBRO 2014 | 21

CULTURA

Apresentação em Lisboa do romance «A Casa» de

Carlos Luís Figueira

Manuel Neto dos Santos apresentou livro em Vila Real de Santo António

A primeira apresentação do romance «A Casa», da autoria do nosso Direc-tor, Carlos Luís Figueira, realizou-se em Lisboa, no passado dia 15 de Outubro.O auditório da Associação 25 de Abril foi o lugar escolhido, pelo autor e pela Editora, para a sessão de apresentação. Sublinhe-se desde já que foi uma escolha perfeita, pois o livro é uma estória da luta pela liberdade passada nos últimos anos da ditadura fascista. Dois dos mais conhecidos capitães de Abril fizeram questão de se asso-ciarem ao acto de apresentação: o Tenente-Coronel Vasco Lourenço, Presidente da Direcção da Associa-ção, e o Almirante Martins Guer-reiro, Presidente do Conselho Fiscal. Um interveio no início da sessão, o outro no final. Ambos louvaram a iniciativa e relevaram o papel do autor.A apresentação do livro esteve a cargo de Mário Zambujal e de Carlos Brito. O autor da «Crónica dos Bons Malandros» salientou, a começar, que Carlos Luís Figueira “tem uma intensa actividade no mundo das letras, como Director do muito bem feito «Jornal do Baixo Guadiana» e como cronista de outros jornais algarvios”. Mergulhando na apre-ciação do romance afirmou que “«A Casa» é um livro importante e que só quem viveu pessoalmente a expe-riência de lutar na clandestinidade contra a ditadura de Salazar e Mar-celo Caetano pode escrever um livro assim”. Sobre o aspecto mais espe-cificamente literário, destacou que o estilo deve sempre conformar-se com o conteúdo e que “Carlos Luís Figueira encontrou o estilo próprio para o conteúdo que se propôs trazer a público”.Pelo seu lado, Carlos Brito começou

«O Viandante das Palavras (Bio-foto-grafia)», comemora os 25 anos da primeira edição de Manuel Neto dos Santos e descreve “cronologicamente” o seu percurso de vida, sendo “profusamente ilustrada por fotos, poemas inéditos, repro-dução de capas das obras editadas, com respetivas fichas técnicas e recortes de jornais a elas referentes”.Trata-se de um dos autores algarvios mais aclamados na última década. Natural de Alcantarilha, Silves, o autor passou em revista a sua vida e obra. O livro “culmina com testemunhos de amigos das mais diversas áreas políticas e culturais, dando assim a visão global de toda uma vida dedicada à cultura no Algarve”.A apresentação do livro em Vila Real de Santo António esteve a cargo de Mariana Ornelas do Rego, coordenadora na biblioteca municipal Vicente Campinas, e decorreu a 21 de Outubro.

por dizer que acompanhou “o traba-lho literário de Carlos Luís desde o projecto, assistiu às dificuldades que teve para o conciliar com uma vida profissional intensa e exigente e ao impulso que lhe trouxe a chegada

de um grande amor”. Caracterizou o livro como uma “estória do com-bate à ditadura fascista, centrada na vivência dos funcionários clandesti-

nos do PCP”. Explicou que “«A Casa» é uma casa clandestina ,um impor-tante pilar do aparelho clandestino.

O livro narra a dura experiência de um jovem funcionário – Augusto – cujo percurso é muito parecido com o de Carlos Luís”. Este apresentador insistiu na ideia já salientada no Pre-fácio de que é autor: “O romance

«A Casa» é uma estória muito bem contada”, em que o suspense começa logo nas primeiras páginas. Terminou salientando que “o livro

é um importante contributo para a história da luta antifascista, para a história do PCP e para enaltecer o

valor da liberdade”.O autor, Carlos Luís Figueira, agra-deceu todos os contributos para a publicação e lançamento do livro, afirmou que escrevê-lo se tinha tor-nado um imperativo que entre outras razões representa uma homenagem à mãe dos seus filhos, já falecida. Confessou que sem o apoio da sua actual mulher não tinha conseguido chegar até ao fim.O editor, Adelino Castro, em nome da «Lápis de Memórias», afirmou, nas palavras iniciais, que tinha sido com muito gosto que editou um livro com tanto interesse como é «A Casa». Aproveitou para falar das dificuldades com se debatem as pequenas editores, sobretudo quando se pautam pela seriedade e qualidade.Uma nota final para falar da assis-tência, onde se destacavam os amigos do autor vindos de Campo Maior, a sua terra natal. Referência também para a presença de dois dos principais dirigentes da Renovação Comunista, Paulo Fidalgo e Paulo Jacinto. De referir, igualmente, a presença do Director do «Jornal do Algarve», Fernando Reis, acompa-nhado da mulher, o que atesta as boas relações entre a imprensa do Baixo Guadiana.

Datas de lançamento de «A Casa»:

14 de Novembro em Faro no Club Farense com Carlos Brito e José Carlos Barros19 de Novembro em Olhão na Biblioteca com a apresentação de António Pina 21 de Novembro em Portimão na Biblioteca com apresentação de Manuel da Luz.Todos os eventos realizaram-se a partir das 18 h.

O cinquentenário da morte de Aquilino Ribeiro foi assinalado por múltiplas homenagem à memória do grande escritor e cidadão.A Associação Portuguesa de Escritores esteve na primeira linha dessas celebrações e dedicou ao autor de O Malhadinhas a totalidade do número 1 da 3ª Serie da revista Escritor. Houve felizmente muitas outras iniciativas editoriais.O livro de Celina Moura Arroz insere-se nesta atmosfera aquiliana que percorreu o ano de 2013. A autora fez questão de cingir com muito rigor o tema do seu trabalho, dando-lhe o título: «Aquilino Ribeiro, Evolução do Homem Republicano.» O livro é isso mesmo. É um livro da juventude de Aquilino, «um pequeno troço da sua vida (entre os 16 e os 23 anos de idade)», um «fascinante itinerário, de aventura e de coragem», nas palavras de Celina. Ora isso dá um encanto especial ao seu livro.A autora regista os principais episódios desse itinerário: a rebelião do seminarista; a despedida de Beja após a expulsão do Seminário com os republicanos locais a ovacioná-lo na estação; a inclusão na Carbonáriae o rebentamento de uma bomba que estava a ser confeccionada no seu quarto;a prisão e a fuga; o exílio em Paris após o regicídio, onde o quiseram implicar.Combinando os textos autobiográficos do grande escritor com a investigação rigorosa das diversas fontes que marcam as suas influências, (bem documentadas nos anexos), o livro mostra-nos como o seminarista, com pouca vocação para o sacerdócio, se transformou no republicano revolucionário, que pouco a pouco, mas rapidamente, ganha consistência política e ideológica e se torna ele próprio num ardente propagandista da República.Mostra-nos também como certos traços essenciais de personalidade adquiridos na rudeza aldeã da Soutosa querida (onde sempre voltou) nunca o irão desacompanhar ao logo da vida. A autora conclui da sua análise que o pensamento republicano de Aquilino se estrutura em duas traves mestras: «o anticlericalismo, construído na vida de seminarista, pela opressão clerical, que lhe deu consciência do valor da liberdade; o gosto pelas letras, que, desde cedo, o vai transformar num autodidacta na literatura, cuja bagagem literária lhe abre oportunidades para uma aproximação a intelectuais literários e de ideais republicanos.»O trabalho de Celina é um importante incentivo à leitura dos livros de Aquilino de que cito, como exemplo, os títulos seguintes: Via Sinuosa, Terras do Demo, Casa Grande de Romarigães, Quando os Lobos Uivam, que se contam entre os mais conhecidos.

AQUILINO RIBEIROde Celina Moura Arroz

L I V R O Spor Carlos Brito

* O autor não escreve ao abrigo do acordo ortográfico

Carlos Luís Figueira na altura em que Mário Zambujal fala da sua obra

«A Casa» um romance que fala da clandestinidade antes do 25 de Abril

Mariana Ornelas do Rego teve a seu cargo a apresentação da obra que retrata a vida e a escrita deste autor de Silves

22 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |NOVEMBRO 2014

CULTURA

Decorreu a 24 de Outubro a tertúlia dedicada à Eurocidade do Guadiana. Foi promovida pelo Jornal do Baixo Guadiana e contou, como acon-tece de há cerca de 4 anos a esta parte, com a estreita colaboração da Biblioteca Municipal de Vila Real de Santo António. Como orador con-vidado esteve Francisco Sabino, que coordena em Vila Real de Santo António o gabinete da eurocidade. Este técnico que é também chefe de divisão do Núcleo de Candidaturas da câmara municipal de Vila Real de Santo António par-tilhou o dia-a-dia de trabalho no âmbito de uma eurocidade recentemente criada [Janeiro de 2013]. Foi num discurso coloquial e aberto que o responsável deu nota que gerir a três municípios e dois países uma eurocidade não é tarefa fácil porque “os timings e as legislações são diferentes”. Para além do que já foi feito, nomeadamente o estabelecimento de proto-colos na área da saúde privada, a partilha de equipamentos municipais e organização con-junta de eventos de índole variada, Francisco Sabino deu conta das dificuldades e explicou que “a questão da rede de transportes não tem sido fácil de avançar porque ainda estão a ser levadas a cabo negociações com as empresas tanto do lado espanhol como português”. Deu conta também que enquanto a eurocidade do

A palavra foi «rainha» numa tarde simples, mas extraordinária no nordeste algarvio, concretamente em Farelos-Clarines. A sessão foi organizada pela associação dos Amigos de Farelos e Clarines e pela poetisa Sónia Alho. E assim decorreu o «I Encontro de Escritores de Farelos e Clarines» nesta parte do Algarve, tantas vezes esquecido. No encontro participaram diversos elementos do coletivo «poetas do Guadiana» que disseram poesia de sua autoria e declamaram poesia de autores consagrados. A sessão de homenagem à palavra terminou com uma agradável prova gastronómica de produtos locais. AC

Há 15 anos atrás João Paulo tirou um curso através do Instituto do Emprego e Formação Profissional. Foi decisivo para a sua vida, porque descobriu mais uma paixão artística, embora não tenha mudado a sua esfera profissional. Ou seja, esta nova paixão em que investiu bastante, chegando mesmo a criar uma micro-empresa não lhe permitiu obter daí o seu sustento. Estivemos com João Paulo, 15 anos depois, no seu atelier e lá encontrámos o seu forno que tanto estima e que há década e meia atrás já custava uma «pipa de massa». “Decorria o ano de 1998 quando fui chamado ao I.E.F.P, pois encontrava me em situação de desemprego, foi então quando me propuseram a possibilidade de integrar num curso de azulejaria, eu muito since-ramente como nunca tinha tido contato com a azulejaria, até fiquei a pensar no momento que poderia ser assentamento

de painéis”, conta-nos.No total foram 1685 horas de formação que lhe ficaram para a vida. Hoje em dia ainda preserva a criação de azulejos num forno que tem capacidade para cozer 100 azulejos de cada vez. Apesar da microempresa não ter vin-gado, João Paulo, funcionário há quase 10 anos na biblioteca municipal de Vila Real de Santo António, continua com a sua paixão. Pinta azulejos e vende-os em feiras de artesanato e mercados. “Os estrangeiros, nomeadamente os holandeses gostam muito!”. Pinta sob encomenda ou propõe a sua inspiração. Entretanto criou um blog: http://franzulejo.blogspot.com onde expõe virtu-almente os seus trabalhos.E assim, temos um artista que em Vila Real de Santo António preserva a arte da azulejaria.

Guadiana não for constituída como um Agru-pamento de Cooperação Territorial não tem personalidade jurídica o que dificulta em muito uma atuação mais independente. O técnico ouviu também algumas das sugestões dadas pelos tertulianos.

Presentes a participar estiveram os «Poetas do Guadiana» que deram nota da sua rela-ção informal com o outro lado do Guadiana, a associação juvenil de VRSA Backup que trabalha pelo incremento de competências dos jovens; Miguel Gomes da Cooperativa Cronoworld que trabalha os Fundos Comu-nitários e a mobilidade dos jovens na União Europeia, Isabel Calheiros uma cidadã residente em VRSA, mas que se considera Ibérica, João Simões, adjunto do presidente da câmara municipal de Alcoutim e Núria Guerreiro do gabinete de eurocidade de Castro Marim.

Todos estão com expectativa acerca da Eurocidade, mas o sentimento comum é de que é preciso ser algo mais visível do que até aqui. Esta é ainda uma estrutura muito recente e Francisco Sabino recolheu todas as dicas que considerou “importantes” na atuação conjunta e também numa ótica de proximidade com a população.

Besteiros de Castro Marim em Arzila

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* O autor não escreve ao abrigo do acordo ortográfico

Já anteriormente aqui referimos Garcia de Melo, um destemido bellator da centúria de quinhentos que, entre outras coisas, foi alcaide de Castro Marim, anadel-mor dos besteiros e capitão de Safim. O interesse por este cavaleiro levou-nos, desde logo, a investigar a sua passagem pelo baixo Guadiana aquando da investigação para o livro Os 500 anos da Fundação de Arenilha – Memórias de uma «vileta» nascida no decurso da Expansão Portuguesa. Foi então que nos deparámos com alguns dados bastante interessantes e cujo conteúdo merece ser partilhado.

Como sabemos, muitos foram os algarvios que participaram na tomada das cidades norte africanas, aí tendo permanecido após as conquistas, quer na qualidade de soldados, moradores ou degredados. E Castro Marim? Terá participado nesse processo expansionista? Claro que sim. Exemplo disso é o que nos diz o livro 5 da Chancelaria de D. Manuel I (ANTT). Segundo este corpus documental, corria o mês de Outubro de 1508 quando o monarca português incumbiu a Garcia de Melo – então anadel-mor dos besteiros em Arzila - a nomeação de vários besteiros do monte moradores em Castro Marim. Foi o caso de Barão Martins, Afonso Eanes Pescoço, João Lourenço, Vasco Lourenço Fafez, Afonso Eanes Galego, Martim Eanes Pescoço, entre muitos outros. Ora, antes de mais, temos de perceber o porquê desta nomeação massiva de soldados. Nesse mesmo mês de Outubro de 1508 Arzila tinha sofrido um grande cerco. Quando D. João de Meneses chegou com os reforços já o capitão da praça, D. Vasco Coutinho, tinha perdido a vila e se defendia com os seus últimos homens na alcáçova… Os portugueses conseguiram resistir ao cerco, mas era evidente que se tornava imperativo o melhoramento das estruturas defensivas. Dadas as circunstâncias terão os besteiros de Castro Marim permanecido na vila de onde eram naturais? Dificilmente. Aliás, a nomeação destes homens já previa, seguramente, um plano mais ambicioso. É Rafael Moreira, em Arzila, Torre de Menagem – Le Donjon d’Asilah (pág. 35) que nos diz que alguns meses depois, já em 1509, recrutou o então alcaide de Castro Marim, Simão Correia, 102 besteiros da vila para irem servir em Arzila, onde deveriam acumular funções como pedreiros. Por outras palavras, estes castro-marinenses iriam acompanhar o alcaide Simão Correia, entretanto nomeado provedor das obras de Arzila... Escusado será dizer que estes homens serão, seguramente, os mesmos besteiros nomeados meses antes por Garcia de Melo, o mesmo cavaleiro que nesse mesmo ano de 1509 aparece como alcaide de Castro Marim. Ora, sabendo nós que a famosa torre de Arzila, do arquitecto Diogo Boitaca, foi erigida entre 1509 e 1510, bem podemos depreender que seguramente os besteiros/pedreiros de Castro Marim terão estado envolvidos na sua construção…

Fernando PessanhaHistoriador

Tertúlia de Outubro foi dedicada à eurocidade do Guadiana

I Encontro de Escritores de Farelos e Clarines

Quando a azulejaria é arte querida

Francisco Sabino esteve na tertúlia do Baixo Guadiana para dar conta de como decorre processo de eurocidade

João Paulo contactou pela primeira vez com a azulejaria há 15 anos

Tratou-se de um encontro onde a poesia foi rainha

JORNAL DO BAIXO GUADIANA | NOVEMBRO 2014 | 23

PATRIMÓNIO&PSICOLOGIA

A oliveira, árvore de porte médio, polvilha os campos do Baixo Gua-diana junto às várzeas do rio, nas margens das ribeiras, ou até no cimo dos serros. Crescem sobretudo nas cercas e cercados das férteis terras baixas, dispersos pelas encostas dos barrancos. A espécie é importante na economia rural desde há vários séculos, através do azeite, até há poucas décadas produzido de modo artesanal, ou da azeitona propria-mente dita, em conserva, seja britada, retalhada, em água ou de sal.

Chegados a Novembro, prepara-se tudo para a época da apanha que, conforme a maturação da azeitona, pode começar um pouco mais tarde, no máximo até Janeiro. As apanha-deiras deslocavam-se então para o campo, pois tradicionalmente esta era

uma tarefa essencialmente femi-nina. O varejo faz-se com canas, sendo apenas utilizado nas azeito-nas destinadas ao fabrico do azeite. Antes desta tarefa, colocam-se no chão, circundando o tronco da oli-veira, panos ou rede que facilitam a apanha. Tradicionalmente, acre-dita-se que as oliveiras não devem estar molhadas quando varejadas, porque, se assim for, podem deixar de dar fruto durante vários anos. As azeitonas destinadas à conserva apanham-se manualmente, para não ficarem danificadas.

O azeite, hoje feito em lagar, era noutros tempos feito artesanal-mente na casa de cada um, num caseirão ou casa velha, nunca na casa principal, devido à sujidade provocada pelo processo. Nalguns casos, existia mesmo a denominada “casa do azeite”, reservada para esse propósito. Primeiro, trituravam as azeitonas à mão, com moinho

Da Oliveira: a azeitona e o azeite no Baixo GuadianaRUBRICA DE PATRIMÓNIO

próprio de pedra, ou batiam-nas com uma maço de madeira, até formar uma pasta que era pos-teriormente salgada e deixada a repousar em canastras durante uma semana. Essa pasta era depois colocada numa pequena saca de ráfia – a mocilha – que, em cima da queijeira onde também se fazia o vinho, era, juntamente com água quente, repetidamente espremida, até o azeite escorrer para dentro de um alguidar de barro. Posteriormente, a queijeira daria lugar à prensa. À pasta que sobrava no taleigo, após este pro-cesso, chamava-se o bagaço da azeitona, utilizado para fabricar sabão artesanal, depois de adicio-nada soda cáustica. O líquido era filtrado na peneira ou no joeira para retirar as impurezas. Para eliminar a água do azeite, fun-damental para que o mesmo não acidificasse, era cozido e, através

do vapor, a água era expulsa. O processo podia demorar toda uma noite.

Porém, nem só para o azeite se empregam as azeitonas, que também são usadas para conserva em várias maneiras: britadas, reta-lhadas, de água ou de sal. Com a primeira chuva colhem-se as azeitonas para britar e retalhar, pisadas com uma pedra ou maço de madeira, de maneira que o caroço não se parta. As britadas vão à água, quente e mudada regularmente, para “adoçar”. São finalmente temperadas com orégãos, casca de laranja e alho esmagado. Antigamente, as popu-lações ribeirinhas adoçavam as azeitonas no rio, que colocavam em sacos durante quatro marés, até ficarem boas. As azeitonas em água moura, ou simplesmente de água, eram antes conservadas em salmoura, em potes ou talhas de

barro, hoje, em vasilhas de plás-tico. A salinidade da salmoura era calculada mediante a colocação de um ovo que, quando vinha à tona, indicava a quantidade certa de sal. Para fazer as azeitonas de sal, já menos comuns, a variedade maçanilha é a mais indicada, que é colhida já roxa e mais grada. Depois de colhidas, eram colo-cadas em camadas, polvilhadas generosamente com sal grosso, num cortiço ou cesto de cana ou vime, que no fundo levava folhas de couve ou figueira. No topo, um peso comprimia as azeitonas que mirravam pela acção do sal durante um mês.

Pedro PiresTécnico de Património Cultural |

Membro do CEPAC/UAlg (Centro de Estudos de Património,

Ambiente e Construção da Universidade do Algarve)

Na maior parte das vezes, os pais, com um grande desejo de que a criança esteja bem nutrida e saudável, fazem da hora das refeições o momento de maior tensão em casa, com ansiedades e reprovações ao comportamento da criança em relação ao alimento. Uma criança pode passar a ter “falta de apetite” se os pais forem pessoas autoritárias e ansiosas, que criam um ambiente tenso, com pressas e ameaças em vez de fazerem da hora da refeição um momento de encontro e diálogo, de tranquilidade e afeti-vidade. Enquanto os pais obrigam e ameaçam, as crianças são capazes de continuar sentadas à mesa com a comida na boca horas a fio.

A resistência das crian-ças ao comer é normal. Faz parte do seu espírito de rebeldia às coisas que lhe são impostas. É nisso que consiste educá-las. Aprender que quase tudo tem um tempo e um lugar. E também maneiras. E para tal é necessário um método e um tempo de aprendiza-gem.

O que podemos então fazer para que as crianças tenham hábitos de alimentação corretos?

Estabelecer rotinas. As rotinas são essenciais para as crianças e as refeições devem ter um horário e um local fixo. A criança deve fazer quatro ou cinco refeições por dia e não lhe devemos permitir comer fora das horas estabele-cidas. Evite totalmente os maus hábitos: nada de bolachas, nem doces para que deixem de chorar. A regularidade e a confiança são a base para criar o hábito de comer bem. Os pais devem transmitir a segurança necessária, com a repetição sempre das mesmas ações para que a criança entenda que comer o que lhe puseram no prato e no sítio adequado é a coisa mais natural do mundo.

No primeiro dia é provável que não seja tudo assim, nem no segundo. Mas o importante é que os pais não hesitem nem alterem os procedimentos. A criança está a aprender e isso leva tempo.

As refeições devem ser agradáveis e feitas sempre em família, com todos os seus membros juntos e partilhar os acontecimentos do dia. Se as refeições são curtas demais as crianças podem não ter tempo suficiente para comer, principalmente quando ainda estão adquirindo as capacidades para comerem sozinhas e podem comer devagar. Por outro lado, ficar sentada por mais de 20

ou 30 minutos é, muitas vezes, difícil para a criança e a refei-ção pode se tornar aversiva. Devemos ter em conta que nestas idades a criança é um ser muito

ativo e portanto devemos servir a comida rapidamente e motivar a criança para que não prolongue a hora da refeição. É preferível tirar-lhe o prato do que deixá-lo durante horas à sua frente.

Não entretenha as crianças com contos, brinquedos ou televisão enquanto lhe dá de comer colher a colher. A criança precisa se concentrar na atividade da refeição, sentir o sabor dos alimentos e entender a sensação de fome e de saciedade. Brincar com o alimento, mas não brincar com a alimentação. Isto é, não distrair, não enga-nar, não forçar, não castigar ou premiar. O aviãozinho, por exemplo, não é uma boa opção, pois é uma maneira de enganar e distrair a criança.

As crianças gostam de ver e de tocar em tudo, por isso devemos permitir inicialmente que a criança toque

na comida, brinque com a colher, suje a mesa, pois isto permite que aprenda rapidamente a comer sozinha. Incentivando-a a fazer as coisas por si própria, estamos a conseguir aumentar o seu interesse e apetite pela comida.

As crianças precisam de tempo para aceitar um alimento novo, uma vez que todos os sabores são desconhecidos. Se recusa algo novo devemos voltar a dar-lho depois e sempre pouco a pouco, duas colheres, depois três, até que chegue o dia em que coma todo o prato.

Um erro no qual muitos pais caem é prepararem apenas alimentos que sabem que os filhos gostam ou evitar outros porque os pais também não gostam. Nenhum é pretexto para justificar os maus hábitos de alimentação nas crianças.

No entanto, é importante que os pais que têm estas dificuldades e não conse-guem gerir procurem ajuda profissional. Muitas vezes é necessário descartar se não existe alguma perturbação orgânica. Estas dificuldades na hora da refeição muitas vezes geram problemas em toda a dinâmica familiar. Educar os nossos filhos a comer bem é educar um corpo saudável e é pouco mais que uma questão de paciência. Desesperar é (a única) coisa que não costuma funcionar.

Mamã, eu (não) quero!

NEIP (Núcleo de Estudos e Intervenção Psi-cológica) – Ana Ximenes, Catarina Clemente,

Dorisa Peres, Fabrícia Gonçalves, Inês Morais, Patrícia Santos, Pedro Costa, Sílvia

Cardoso. Colaboração: Jorge Hilário

www.facebook.com/[email protected]

“As necessidades básicas do ser humano são comer e amar.”

Sigmund Freud

24 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |NOVEMBRO 2014

PASSATEMPOS&LAZER

Hoje em dia os serviços de entrega ao domicílio são a solução para alguns consumidores. Contudo, a quantidade de supermercados com este serviço é algo limitada.

Já ciente desta realidade, em 2005 e 2010, a Associação efectuou um estudo sobre este serviço, tendo, na altura, sido encontradas várias falhas, desde horários pouco flexíveis, deficiente conservação dos frescos e congelados, embalagens danificadas, falta de informa-ção sobre preços e disponibilidade dos produtos e troca ou falta de bens sem aviso.

Este estudo foi agora repetido, e verificamos que os problemas se mantêm.

Quando contrata um serviço ao domicílio, o consumidor conta poder escolher um horário adequado às suas necessidades e con-seguir os produtos no próprio dia. No entanto, o estudo demons-trou que nem todos os estabelecimentos cumprem os horários de entrega combinados. Na verdade, não basta apresentar um horário adequado, é preciso cumpri-lo. Se o objectivo é facilitar a vida aos consumidores, há que adaptar o serviço para evitar tempos de espera irrealistas face ao previamente combinado.

Entregues as compras, verificámos o seu estado e deparámo-nos com mais problemas. Vários congelados e produtos frescos apresen-tavam temperatura indevida ou já estavam em processo de descon-gelação. Outro exemplo foram as entregas de fruta pisada ou alface com folhas partidas, o que demonstra falta de cuidado na escolha de produtos para os clientes. Em 30 compras, só 18 conseguiram uma boa apreciação no estado de conservação.

Em suma, face aos dois estudos idênticos que realizámos, em 2005 e 2010, lamentamos não notar uma clara evolução positiva. Entendemos que estes serviços devem adaptar-se às necessidades dos clientes e garantir o máximo cuidado com os produtos, já que quanto mais eficazes possam vir a ser, mais populares estes servi-ços se poderão tornar.

Susana Correia

Carlos Brás

jurista

“Compensa fazer as compras de supermercado online?”

Delegação Regional do Algarve

CONSULTÓRIO DO CONSUMIDOR / DECO

Quadratim - n.º125

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Jogo da Paciência n.º 131

«Visitar Lisboa»

É proibido usar telemóvel, beber bebidas alcoólicas e não usar cintos de segurança quando não se conduzem viaturas. Também deveria ser proibido fumar a todos os ocupantes das viaturas enquanto estas circulam poi so fumo é prejudicial e o borrão aceso do cigarro quando cai no colo ou o mesmo salta com o vento para os olhos do condutor, este larga o volante pela dor e aflição que sente em ambos os casos e quando acontece aos restantes ocupantes o alarido é tão grande que atrapalha a atenção do condutor. Quando estacionada a viatura, os ocupantes não devem atirar as «beatas» para o espaço público porque o conspurcam, é usar o cinzeiro da viatura porque é para isso que ele existe, mas só com a viatura estacionada. (Anotação: - é proibido por lei deitar para o espaço público seja o que fôr. Esta lei existe porque alguns/algumas cidadãos/M/F têm falta de educação e cultura cívica).Os despejos dos cinzeiros ou as «beatas» embrulham-se num papel ou saqueta de plástico e colocam-se nas papeleiras ou contentores públicos. Não custa nada e todos teremos os espaços limpos e higiénicos. PELO CAMINHO CORRECTO DO QUADRATIM VÁ AO ENCONTRO DE - NÃO FUME.

ERRATA: No quadratim n.º 124 - Outubro de 2014 onde se lê: ...baixar o IVA para 16% deve ler-se «6% na restauração», e onde se lê 25 de Abril de 1074, deve ler-se «...25 de Abril de 1974...»

Soluções Jogo da Paciência - n.º130

(Museu dos) Coches1. (Mosteiro dos) Jerónimos2. (Padrão dos) Descobrimentos3. Torre (de Belém)4. (Museu da) Presidência (da República)5. (Mudeu da) Água6. (Museu do) Azulejo7. (Igreja da Madre de) Deus8. (Basílica da) Estrela9. (Mosteiro de) São Vicente10.

Sé (de Lisboa)11. (Igreja Museu de) Santo António12. (Igreja da) Memória 13. (Museu de) Arte Antiga14. (Museu da) Marioneta15. Pastéis (de Belém)16. (Museu) História (Natural)17. (Museu de Arte) Contemporânea18. (Palácio da) Ajuda19. (Museu) Militar20.

Lave as mãos, pela sua saúde e a dos que o rodeiam!

A Guadi na sua contínua tentativa de sensibilizar a comunidade sobre os direitos dos animais e os deveres que todos temos perantes eles, deslo-cou-se durante a duas instituições de Vila Real de Santo António, em con-creto à Escola Básica António Aleixo e ao Centro de Dia da Santa Casa da Misericórdia.No primeiro caso esperamos influ-enciar as crianças de hoje, a serem adultos responsáveis sobre os ani-mais.Aos mais velhos proporcionamos um momento de quebra de rotina e car-inho canino.

GUADI Centro de Animais Rua D. Pedro V, Nº 38 – 2º andar 8900–283

Vila Real de Santo António Contribuinte Nº 507 534 328

Contactos: 964773101 e 927167755 (12:30 às 14:00)NIB - 0035 0234 0000 6692 13002

[email protected]/http://associacaoguadi.blogspot com FACEBOOK

GUADI

No passado dia 15 de Outubro foi assinalado o “Dia Mundial da Lavagem das Mãos”. Esta foi uma data instituída pela OMS (Organização Mundial de Saúde) com o intuito de relembrar a população acerca da importância deste ato na prevenção de doenças.

As mãos são um dos principais meios de transmissão de microrga-nismos causadores de doenças. Estas contactam com todo o tipo de superfícies e objetos contaminados, dai ser de extrema importância a sua frequente lavagem.

Evite o contacto das mãos com a boca, nariz e olhos, pois estes são locais propícios à entrada de microrganismos ao nosso organismo.

Higienize as mãos antes de manusear alimentos, pois estas são muitas vezes fonte de contaminação para os alimentos, podendo originar intoxicações alimentares. Faça também a lavagem das mesmas depois de espirrar ou tossir, depois de ir ao WC, antes e depois de contactar com pessoas doentes. Estará assim a proteger-se a si e aos que o rodeiam.

Carlos BrásEng. Alimentar

Ideias a Conservar

JORNAL DO BAIXO GUADIANA | NOVEMBRO 2014 | 25

EDITAIS&COLABORADORES

CERTIDÃO DE NARRATIVA PARCIALEXTRATO DE ESCRITURA DE JUSTIFICAÇÃO PARA PUBLICAÇÃO

Carla Cristina Soares, notária, certifico, para efeitos de publicação, que, por escritura lavrada neste cartório, no dia 30/09/2014, a folhas 97, do livro 165-J, Marta Isabel Gomes Quelhas Vicente, NIF 214.492.575, residente na Rua Diamantino Freitas Brás, n.º 37, 1.º dt.º, 2615-070 Alverca do Ribatejo, casada, sob o regime convencional da separação, com Bruno Miguel dos Santos Pinto Gomes Vicente, NIF 166.185.248, justificou a aquisição do direito de propriedade sobre o prédio misto, com a área total de dois mil quatrocentos e oitenta metros quadrados, a confrontar, do norte com José Suplício, do sul com António Madeira, do nascente com estrada e do poente com Manuel Agostinho, localizado em Casa Alta, freguesia da Altura, concelho de Castro Marim, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Castro Marim, a parte rústica com a área de dois mil trezentos e noventa e oito metros quadrados, composta por terra de horta e amendoeiras, inscrita na matriz cadastral do Serviço de Finanças de Castro Marim, em nome da justificante, sob o número 79, Secção “BR”, no ano de 1987, com valor patrimonial tributário inicial de €135,17, a que corresponde, por aplicação do fator 2,44, previsto na Portaria n.º 1337/2003, de 5 de dezembro, um valor patrimonial, para efeitos de IMT, de €329,81, a parte urbana com a área total de oitenta e dois metros quadrados, sendo a área coberta de sessenta e quatro metros quadrados e a área descoberta de dezoito metros quadrados, composta por uma morada de casas térreas e ramada, com arrecadações e arrumos, destinada a habitação, inscrita na respetiva matriz do mesmo Serviço de Finanças sob o número 130, daquela freguesia, anteriormente sob o número 820 da freguesia de Castro Marim, com o valor patrimonial de €12.250,00, perfazendo o prédio um valor patrimonial total de €12.579,81, a que atribuiu o mesmo valor, porquanto a mesma justificante o adquiriu, por compra verbal e por volta do ano de mil novecentos e noventa e um, a José Marques Vicente, já falecido, no estado de casado com Maria do Céu Gomes Vicente, pelo preço de um milhão de escudos, contravalor de quatro mil novecentos e oitenta e sete euros e noventa e oito cêntimos, tendo desse preço sido paga, na data da celebração do contrato verbal de compra e venda, a quantia correspondente a metade do indicado valor, e o remanescente do preço posteriormente, conforme declaração datada de 19/06/2009, a qual contém um reconhecimento presencial de assinatura a rogo da mencionada Maria do Céu Gomes Vicente, igualmente já falecida, no estado de viúva do referido José Marques Vicente e com última residência habitual no Casal da Panasqueira, lote 4, lugar e freguesia de Alverca do Ribatejo, e tendo a justificante casado com o seu referido marido em 12/10/1996, pelo que a mesma justificante, desde aquele ano de mil novecentos e noventa e um, a partir do qual entrou na posse do identificado imóvel, com animus de proprietária, até à presente data e sem qualquer interrupção, usufruiu de todas as utilidades do mesmo imóvel, cultivando a sua parte rústica, utilizando a sua parte urbana para habitação secundária, nela efetuando obras de conservação e suportando os respetivos impostos e encargos, tendo adquirido e mantido a sua posse sem a menor oposição de quem quer que fosse e com conhecimento de toda a gente, agindo sempre por forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, na convicção de não lesar o direito de outrém, tendo, por isso, uma posse pública, pacífica, contínua e de boa-fé, que dura há mais de vinte anos, pelo que a ora justificante o adquiriu por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, documentos suficientes que lhe permitam fazer prova do seu indicado direito de propriedade.

Esta certidão constitui um extrato da escritura identificada supra, extraído com base no teor parcial da mesma.

A parte da aludida escritura omitida na presente certidão em nada contraria, altera, amplia, restringe, modifica ou condiciona a parte ora certificada por extrato.Lisboa, seis de outubro de dois mil e catorze.

A Notária,

Conta n.º 1.055/001/2014.

CARTÓRIO NOTARIAL DE ALCOUTIMA cargo da Adjunta de Notário

Lic. Margarida Rosa Molarinho de Brito Simão

Certifico para efeitos de publicação que por escritura outorgada hoje neste Cartório Notarial, a folhas cento e trinta e seis do Livro de Notas para Escrituras Diversas número “trinta e três-D”, José Dionísio dos Santos, N.I.F. 121.002.713 e mulher, Alzira Luísa Romana, N.I.F. 108.332.659, casados sob o regime da comunhão geral, ambos naturais da freguesia de Pereiro, concelho de Alcoutim, residentes em Soudes, Pereiro, freguesia de Alcoutim e Pereiro, concelho de Alcoutim, declararam: Que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do prédio urbano, sito em Soudes, no sitio do Pereiro, da União de Freguesias de Alcoutim e Pereiro, concelho de Alcoutim, composto por edifício térreo destinado a habitação, com vários compartimentos e logradouro, com a superfície coberta de setenta e cinco metros quadrados e noventa centímetros e com a superfície descoberta treze metros quadrados e sessenta e três centímetros, a confrontar do norte com Manuel Francisco Pereira, sul com via pública, nascente com Custódio Teixeira e poente com José dos Santos, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Alcoutim, inscrito na respetiva matriz, em nome de Dionísio dos Santos- Cabeça de Casal da Herança de, sob o artigo 1151, com proveniência no anterior artigo 628, da extinta freguesia do Pereiro, com o valor patrimonial tributário e atribuído de cinco mil novecentos euros. Que o referido prédio lhes pertence por lhes ter sido adjudicado em data imprecisa do ano de mil novecentos e setenta e oito, por partilha verbal e nunca reduzida a escrito, a que procederam com os demais interessados, dos bens das heranças abertas por óbito dos pais do justificante marido, Isabel Madeira e Dionísio dos Santos, casados que foram entre si, sob o regime da comunhão geral e residentes que foram em Soudes, da extinta freguesia do Pereiro, concelho de Alcoutim, não dispondo eles de título formalmente válido que comprove tal partilha. Que no entanto desde que a mesma foi efetuada até à presente data, portanto há mais de vinte anos, sempre eles justificantes estiveram na posse e fruição do citado imóvel, ininterruptamente, à vista de toda a gente, sem oposição de quem quer que seja, com a consciência de utilizar e fruir coisa exclusivamente sua, adquirida dos anteriores proprietários, cuidando da sua manutenção e habitando-o, pagando as respetivas contribuições e impostos, enfim, dele retirando todas as suas normais utilidades. Que em consequência de tal posse, em nome próprio, pacífica, pública, continua e de boa-fé, adquiriram o dito prédio por usucapião, que expressamente invocam para justificar o seu direito de propriedade para fins de registo.

Está conforme o originalCartório Notarial de Alcoutim, aos quinze de outubro de dois mil e catorze.-A Adjunta do Notário, em substituição legal,

(Margarida Rosa Molarinho de Brito Simão)

Conta:Art.º 20.º n.º 4.5.......€ 23,00São: Vinte e três euros.Conta registada sob o n.º

Toda a Gente é pessoa

Rosa… Ó Rosa!?... Moça?... tu “na me oves”!? “Má rás” partam os namoricos… Não há meio de dares conta do que

te digo?...Ó raio!...olha lá!?...O moço bebeu o “banacau”!?...

Tenho a cabeça “desvaída” e aquele enfezado cada dia está mais “deslaiado”.

Maria Maria!?...Ele na quer o “banacau”… quer sopas de cavalo cansado…Olhe lá!... na “ove”!?... Viu passar por aqui o Lárinho!?...

O Lárinho?...Senhora!?... Na me diga que na conhece o Lárinho?

Outra coisa na conheça eu!? Lá porque é baixinho!?...Baixinho é, mas dizem que é bem composto…

Moça… tem vergonha nessa cara, tas sempre com “a canina n’água”…

Rosa, empurra-me o 2banacau” a esse moço!... Na vês como ele anda “melriço”…na tem nada do pai…Amanhã vou mostrá-lo ao Doutor Gomes …já sei a

sentença que vou ouvir!...Sentença?... Mana Maria!...

“Ora-ai-tens”!?...Tu na sabes como ele é!...

Na haja dúvida que trata todos por igual, mas com as crianças!?...

Valha-me Deus, É UM AI Jesus…Os moços, no dizer dele…

E tantos que por aquelas mãos passa.Quando descobre que não estamos a fazer as coisas como manda o preceito, desanca na gente que é um regalo.

Pudera: Toda a gente sabe que não é homem de “camelices” mas muito lhe devemos e muito mais a

“moçanhada”… Na te lembras das “bácinas”?O cuidado que ele tinha…

E a maternidade?Maternidade? Aqui em Castro Marim?

“Oleques”!...É verdade Rosa, os moços aqui nasciam aqui e, tanto o Dr.

José Afonso Gomes, como a parteira, Maria Marques, não tinham mãos a medir.

Um sismo, ou um balo de terra, não sei como se diz isso… o que sei é que a Terra tremeu e a uma quinta-feira pela

noite a dentro do dia 28 de Fevereiro de 1969 toda a zona da Maternidade que estava no primeiro andar do Hospital

Ribeira Ramos ruiu e veio abaixo.Ai Mana Maria, não me diga nem me conte…

Antº. de Castro

Tenho tudo

Piso a terra, tenho tudo o que ela tem, tudo me rodeia, sol e lua.

Eu sou o eixo, sou livre, há uma rela-ção de respeito.

Esta é a terra, para uns, remota, com-plexa. Não é fácil, são desafios diferentes,

alguns conseguem, muitos não. Posso não ser muito livre, mas o que

me rodeia é livre, lubrifico essa união, não sendo mais um, sou um que acredita, com objectivos não elevados, tiro partido desta fonte; a vida, tenho regras, também

rio e choro. Não se deve fugir do que não se vê,

mais ou menos, todos giram, uns só riem, outros choram, também pisam a terra, têm a noite e o dia. Nada complicado,

abra a imaginação, tenha preciosos desa-fios, procure uma fonte de apoio, partilhe

uma forma de ser , é altura de poder mudar, há dias de incrível beleza. Muitos não são capazes, não sabem, nunca ouvi-

ram que há outra forma. Gostamos da crítica, sem estar à altura da apreciação de valores.

Pode prosperar e evoluir de forma diferente, há uma variedade de soluções, apresentam desafios, mas com vontade

consegue-se.

Manuel tomaz

Mais um aniversário = 58 anos de casados

I Foi neste dia quente de VerãoQue ambos jurámos fidelidade

Decorridos 58 anos desde entãoSão ainda hoje lembrados com saudade!...

IIFoi na Igreja de Odeleite, na nossa fregue-

sia,Que ocorreu o nosso tão desejado casa-

mentoFestejamos hoje o inesquecível dia

Como se estivéssemos a viver aquele momento

IIISão 58 anos decorridos

Num ambiente de paz e compreensãoQue dedicamos aos que nos são mais

queridosComo herança, a melhor recordação!...

IVToda esta nossa felicidade,

Foi construída com amor e pazFruto de um bom entendimento

Baseada na sinceridadeDe quem soube e foi capaz

De amar e ser amado. «É isto o casa-mento»

(Aniversário a 12 de Agosto de 1956)

Relógio

1 de novembro de 2014Jornal do Baixo Guadiana

1 de novembro de 2014Jornal do Baixo Guadiana

26 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |NOVEMBRO 2014

DESPORTO

Nesta edição de 2014 a prova inter-nacional transfronteiriça «X Milhas do Guadiana» que liga Portugal a Espanha vai entrar mais dentro do concelho de Castro Marim. Terá lugar no próximo dia 10 de Novem-bro e ligará Vila Real de Santo Antó-nio, Castro Marim e Ayamonte.

Este ano para que o concelho de Castro Marim seja mais abrangido pela prova esta terá mais perto de dois quilómetros.

Esta, que é 22ª edição da corrida, terá como ponto de partida o Estádio Municipal de VRSA, às 11h00 (hora local), e como meta o Estádio Blas Infante, em Ayamonte. Este será o dia excecional em que será possível atravessar a ponte a pé.

A prova é organizada pela Comis-são Mista Desportiva de Vila Real de Santo António, Castro Marim

A Vila de Castro Marim vai ser palco, pela primeira vez, de uma prova de Duatlo cross, no dia 16 de novembro.

O evento é organi-zado numa parceria entre os Leões do Sul Futebol Clube, Asso-ciação Rodactiva e Federação de Triatlo de Portugal, e realiza se no perímetro da Vila, com a meta insta-lada junto ao Pavilhão municipal.

A prova é feita de forma sequen-cial sendo o primeiro segmento a corrida com 5 km, segue-se 20 km em BTT (bicicleta-todo-terreno) e novamente a corrida com 2.5 km.

As inscrições são em www. federacao-triatlo.pt

Informações [email protected]

Contacto: Rodactiva – 967 202 846 – leões do Sul – 936 282

537“Este tipo de organização visa

cimentar o excelente relacionamento existente entre estas associações e tem como objetivos a promoção da moda-lidade e dar a conhecer as excelentes condições do concelho para a prática desportiva, entre outros”, lembra a organização.

O evento tem colaboração do Muni-cípio de Castro Marim e Junta de Fre-guesia de Castro Marim.

O Complexo Desportivo de Vila Real de Santo António inaugu-rou no dia 1 de novembro, um novo espaço destinado à prática de Crosstraining. A modalidade tem como base a combinação de dois ou mais desportos, tendo como objetivo a melhoria dos níveis de aptidão física e a uti-lização de diferentes grupos musculares num treino de alta intensidade.

Situado na zona da Nave Des-portiva, este espaço de utilização livre irá funcionar, nos dias úteis, das 9h00 às 21h30, e aos sábados das 9h00 às 18h30. A frequên-cia tem o valor mensal de 20 euros, inclui seguro desportivo e permite ainda o acesso à Nave Desportiva, sala de musculação e pistas de atletismo.

O município de Castro Marim promove aulas de ginástica gratuitas em Castro Marim e Altura. A iniciativa arrancou em Outubro no Pavilhão Municipal.

Esta iniciativa surge integrada no programa «Laboratório de Atividade Física», assente numa política de promoção da atividade desportiva gratuita, como forma de melhorar a saúde e o bem-estar físico e psi-cológico dos munícipes.

Em Castro Marim as aulas decorrem às segundas e sextas-feiras, às 18h, no Pavilhão Municipal José Guilhermino. Em Altura, as aulas têm lugar na antiga Escola Primária, pelas 18h, às terças e quintas-feiras.

A autarquia promove também, gratuitamente, um apoio de manuten-ção física na Santa Casa da Misericórdia de Castro Marim e desenvolve aulas de ginástica para as crianças que frequentam o ensino pré-escolar no concelho. A par destas ações, funcionam também a Escola de Natação Municipal, na Piscina Municipal, de segunda a quinta-feira, a partir das 17h30, e o programa «Ao Ritmo dos 60», que consiste na prática regular de exercício físico adaptado, focado num envelhecimento ativo.

“De referir ainda que, ao longo dos anos, a Câmara Municipal de Castro Marim tem apoiado diferentes iniciativas desportivas, promovidas pelos clubes e associação do concelho. Atualmente, o município oferece um conjunto de modalidades diversificadas e adaptadas às diferentes faixas etárias, como zumba, pilates, tae kwon do, yoga, atletismo, judo, defesa pessoal, dança, triatlo e duatlo e futsal”, pode ler-se numa nota de imprensa da câmara.

e Ayamonte, constituída pelas Câmaras Municipais de Vila Real de Santo António e Castro Marim, pelo Ayuntamiento de Ayamonte, pelo Grupo Desportivo Pic-Nic e pelo Patronato Municipal de Deportes de Ayamonte.

Podem participar nesta corrida atletas com idade superior a 19 anos, inscritos individual ou cole-tivamente, federados ou não.

As inscrições estão abertas até ao dia 6 de novembro e podem ser feitas na sede do Grupo Desportivo Pic-Nic (Portugal) ou na sede do Patronato Municipal de Desportos de Ayamonte (Espanha).

A prova de atletismo «X Milhas do Guadiana» teve a sua primeira edição em 1992, numa organização conjunta dos Municípios de Vila Real de Santo António e Ayamonte (Espa-

nha), e assinalou a construção da Ponte Internacional do Guadiana.

Itinerário:

Em Portugal: Estádio Municipal de

VRSA (partida), Estrada Municipal 511, Av. Ministro Duarte Pacheco, Rua Ministro Duarte Pacheco, Rua Teófilo Braga, Av. Bombeiros Portu-gueses, Rotunda, Estrada Nacional 122, saída da EN 122 para Castro Marim, Estrada do Mouro Vaz, Rua Dr. José Sousa Carvalho, Rua Dr. José Alves Moreira, Rua 25 de Abril, entrada na estrada nacional 122 pela rotunda norte de Castro Marim, estrada nacional 122, Via do Infante / A22, Ponte Internacional do Guadiana.

Em Espanha: Ponte Internacio-nal do Rio Guadiana, saída para

Ayamonte Norte, Estrada da Roda-dera, Rua das Flores, Rua Galdames, Molhe do lado norte, Rua de Castro Marim, Avenida de Portugal, Ave-

nida de Vila Real de Santo António, Rua Alcalde Narciso Martín, Rua de Cartaya e Estádio Blas Infante (meta).

X Milhas do Guadiana vai unir eurocidade

1º. Duatlo Cross em Castro Marim VRSA agora tem Crosstraining

Aulas de ginástica gratuitas em Castro Marim e Altura

Este ano as X Milhas do Guadiana vão passar mais por Castro Marim

Mais uma época velocipédica terminada. Tal como vem acontecendo há já vários anos, mais uma vez a mesma terminou com o festival de pista em Tavira. Prova esta dividida por diferentes competições para as categorias profissionais, de formação e amadoras.Enquanto que na classe amadora o natural de Vila Nova de Cacela Patrick Simão foi o mais forte, na categoria profissional o 4º classificado do campeonato do mundo em contra-relógio individual, Rafael Reis (Banco Bic - Tavira), impôs-se, vencendo a prova mais mediática: as 100 voltas, levando a melhor sobre Ricardo Mestre que foi segundo classificado. Em jeito de balanço e em período de limpar as armas com vista a nova época, o ciclismo português regista um saldo bastante positivo. Rafael Reis (Banco Bic - Tavira) foi 4º no Campeonato do Mundo contra relógio na categoria Sub 23. Nelson Oliveira (Lampre Merida) campeão nacional de “crono” e fundo e 14° no contra-relógio dos Mundiais de 2013, assume-se como um dos melhores

contrarelogistas da atualidade mundial, tornando-se o primeiro português a ficar no “top-10” ao ser o 7º classificado, enquanto Tiago Machado, o outro corredor luso em prova, ficou no 11° posto.Quanto a Rui Costa a grande referência do ciclismo luso da atualidade, mais uma vez fez uma época de excelência terminando na quarta posição do ranking mundial.Indo agora ao encontro dos três atletas naturais do Baixo Guadiana, pode dizer-se que apesar de alguns azares e falta de competição à mistura o balanço foi positivo. Ricardo Mestre teve a um nível regular durante toda a época depois do seu regresso ao ciclismo português, mas foi bafejado mais uma vez com o azar das quedas que o atirou para fora da Volta a Portugal, o seu principal objetivo da época.“Este ano regressei ao ciclismo português depois da extinção da equipa pro-tour que representava. Tentei preparar a época com vista à vitoria na Volta a Portugal, infelizmente uma queda grave obrigou-me a desistir. Quanto ao resto da época correu bem

e dentro da normalidade; foi pena mesmo a desistência forçada da Volta a Portugal, mas fica a aprendizagem e a ambição de que o ano que vem traga vitórias.” Referiu Ricardo Mestre ao JBG.Samuel Caldeira, sprinter e “equipier” de luxo, ficou conhecido por talismã do ciclismo nacional, porque “equipa que tem Caldeira é equipa vencedora da Volta a Portugal” e mais uma vez confirmou-se.“A época desportiva de 2014 esta terminada, tive bastantes pontos positivos; a nível coletivo a equipa conseguiu atingir todos os objetivos a que se propôs, vencendo diversas provas ao longo do ano, culminando com vitória na Volta a Portugal e com tudo isto tendo sido distinguida como a melhor equipa portuguesa do ano 2014. Pelo meio houve alguns aspetos negativos que foram do conhecimento de todos que foram os problemas financeiros da equipa mas equipa e atletas conseguiram ultrapassar esse obstáculo e pedalar sempre atrás dos objetivos. A nível pessoal consegui entrar bastante bem na época tendo começado o ano com vitórias o que é sempre bastante

motivador. Em conclusão sinto que cresci e estou mais maduro a correr, mas ficou-me o amargo de boca que foi não vencer uma etapa da Volta. Estive bastante perto de o conseguir. Contudo conseguimos a vitória na geral que foi o mais importante” Disse-nos Samuel Caldeira.Quanto ao ainda jovem Amaro Antunes veio este ano para a estrada para se afirmar como um dos futuros do ciclismo nacional e possível vencedor da Volta a Portugal.“Considero que 2014 foi um ano de afirmação no escalão profissional, um ano bastante regular e acima de tudo de grande aprendizagem. Fico feliz pelo meu desempenho e evolução. Espero no futuro começar a corresponder com vitórias.”Concluiu o natural de Vila Real Santo António, Amaro Antunes.

Humberto Fernandes«Balanço Época Ciclismo 2014 »

JORNAL DO BAIXO GUADIANA | NOVEMBRO 2014 | 27

DESPORTO

Luís Teixeira consagrou-se Campeão Nacional de Todo-o-Terreno na classe de TT3

Rodactiva: Celebra três anos envolto em Causas

De Castro Marim a Sagres: 6h30m de bicicleta

O motociclista Luís Teixeira, natu-ral de Alcoutim, consagrou-se Campeão Nacional de Todo-o-Ter-reno na classe de TT3 e ocupou o terceiro lugar do pódio na geral. O feito foi conseguido na penúltima prova do Campeonato, que decor-reu em Góis a 4 e 5 de outubro.

Apesar de ainda faltar uma prova para o término do Campeonato Nacional Todo-o-Terreno 2014, Luís Teixeira conseguiu garantir a sua classificação mesmo antes do Campeonato terminar. Com o objetivo de ser campeão nacional na classe cumprido, o atleta afirma que nem tudo foi fácil, «Apesar dos percalços, tudo correu bem. A equipa estava preparada para que acontecessem imprevistos».

A mítica Baja de Portalegre, última prova do Campeonato Nacional, decorreu já no fim do mês de outubro, após fecho de edição . O foco do motociclista

“As pessoas conhecem-nos cada vez mais como uma associação que cola-bora nas diversas organizações que vão acontecendo em Castro Marim, e não só”. José Valentim é o presidente da Rodactiva e explicou ao JBG que a ele e à equipa que o acompanha “movem a paixão e a esperança por tornar este um mundo melhor”. Ou seja, por aqui não se regista apenas um gosto extraordinário pelas duas rodas; fica antes a sensação de que a bicicleta é um meio para chegar a um fim. “Claro que todos temos um amor muito grande por pedalar, mas se conseguirmos unir isso à ajuda ao próximo é o melhor que pode acontecer”. E foi de uma ação de solidariedade entre amigos que o projeto Rodactiva nasceu. No dia de comemoração do terceiro aniversário e de inauguração da nova sede José Valentim, emocionado, discursou e lem-brou a fé devota que uniram os amigos

No passado dia 18 de Outubro populares Amigos e Naturais de Castro Marim amantes do cicloturismo de Fundo organizaram um passeio, ligando as duas extremidades do Algarve: Sagres e Castro Marim, percorrendo uma distância de aproximadamente 170 km. Pedalaram num total de 6h30m, passando por diversas localidades tais como Vila do Bispo, Lagos, Portimão, Albufeira , Loulé , Santa Catarina da fonte do Bispo.

“A aventura decorreu num clima de Festa, companheirismo e com muita vontade de pedalar”, testemunha João Veia que organizou e participou neste passeio. “Trata-se de um grupo de amigos que tem como objetivo a criação e participação de passeios de cicloturismo de Fundo e Meio-fundo” e que promete dar a conhecer Castro Marim pelo Algarve. Está já a ser planeado um novo passeio para dia 27 de Dezembro, ligando Mora a Castro Marim.

está agora nesta última etapa. Em declarações dadas, o atleta

alcoutenejo agradeceu a todos os patrocinadores, amigos, familiares e apoiantes, bem como, a toda a

em torno de um problema de saúde que o filho de um deles conseguiu ultra-passar. Foram até Fátima de bicicleta pagar a promessa e desde essa viagem nunca mais pararam. Agora têm casa nova; a câmara municipal de Castro Marim cedeu-lhes uma das duas salas da antiga escola primária do Rio Seco [a outra sala está sob a tutela da Asso-ciação de Geminação Castro Marim-Guérande]).

Atualmente, conta com mais de uma centena de sócios e com o apoio de algumas entidades que “desde o início apoiaram incondicionalmente como puderam a associação”. Quanto a participantes nas atividades que levam a cabo são “cada vez mais variados”. Existem desde locais, até outros de cá e do estrangeiro; e cada vez mais”.

Para Francisco Amaral, que presidiu à inauguração da nova sede da Rodactiva “esta representa uma associação que

sua equipa pelo apoio prestado. O Município de Alcoutim, patrocinador da participação do atleta alcou-

tenejo no Campeonato Nacional de Todo-o-Terreno, felicita Luís Teixeira “por esta conquista e apresenta os seus agradecimentos pelo reconheci-mento que esta traz ao concelho”.

vai ao encontro daquilo que este execu-tivo pretende, ou seja, trabalhar para os outros e dinamizar o concelho”. Também o presidente da junta de freguesia de Castro Marim elogiou esta colectividade, lembrando a capacidade de mobilização que a caracteriza. “É um grande orgu-lho ter uma colectividade como esta em Castro Marim”, afirmou.

José Valentim, enalteceu o “grande apoio da câmara municipal pela cedên-

cia da sede” e prometeu que ele e a sua equipa – constituída por muitas mulhe-res que mostraram na festa de terceiro aniversário a sua garra! – vão trabalhar “mais e melhor”. Anualmente o calendá-rio da Rodactiva apresenta três grandes momentos: em Fevereiro a Maratona de Longa Distância BTT «Trilhos de Castro Marim», em Julho a prova «4 horas de resistência nocturna», também em Castro Marim, e no final do ano o «Trail».

Futebolândia

MUDANÇA DE HORA: em Castro Marim são 20 horas, em Ayamonte, que é só atravessar a ponte ou ir a nado são 21 horas… modernices!

Na Liga dos Campeões o Benfica continua a caminhada para a Liga Europa ou para a segunda circular em Lisboa, o Sporting foi roubado na Ale-manha e o Bruno de Carvalho não chorava tanto desde que o Leonardo Jardim foi para o Mónaco, deixando saudades aquele sotaque açoriano, arma secreta do treinador português para conquistar as mulheres da vida dele como o Manuel Luís Goucha.

No campeonato o Benfica continua líder, o Sporting come-çou com muita vontade, mas não basta ter só vontade, doida de vontade anda sempre a Teresa Guilherme para ver sexo na Casa dos Segredos, até fica doida que andem todos embru-lhados uns nos outros, fetiches!

Mas a melhor dos últimos 40 anos foi a de Passos Coelho que num momento de alucinação disse que “a crise tem sido mais forte porque as pessoas gasta-ram menos”, faz mais cortes para os mais pobres e aumenta os salários dos deputados e ministros e um dia vamos todos fazer compras com o dinheiro do “Monopoly”.

Por outro lado, o maior acio-nista da “Jerónimo Martins” referiu com indignação para deixarem de chamar ricos a quem recebe um salário mensal de 5.000 euros. Pois, senhor Alexandre Soares dos Santos mas para isso têm que chamar pobres a quem ganha 500 euros... é uma questão de equi-dade.

Por essa Europa fora, em Espanha Ronaldo continua a ser o melhor, mas ser o melhor não basta porque existe Michel Platini que deve ter algum pro-blema com Portugal. Algum verão que veio cá ao nosso país e deve ter-se cruzado com o Zezé Camarinha ou com o José Castelo Branco. E quem não teve más experiências de verão?!

Para finalizar não podia deixar de dar o meu apoio aos professores deste país, uns têm enorme dificuldade em arranjar colocação, outros são colocados em 95 escolas. Resumindo, cada vez acredito mais que somos descendentes dos macacos, porque são só macacadas.

www.facebook.com/futebo-landia

Eusébio CostaLicenciado em ciências da comunicação pela Universi-dade do [email protected]

No dia de aniversário a alegria era de festejo por mais um ano e pela atribuição da sede desta associação nascida em 2011

Jovem alcoutenejos é hoje o orgulho da sua terra

Esta foi uma prova de amizade e companheirismo que promete juntar mais vezes castromarinenses

FOTOGRAFIAS RUBEN COLAÇO

É de causas que falamos quando reportamos a Rodactiva. Esta é uma associação com três anos de vida, mas com milhares e quilómetros nas pernas. Não serve apenas o BTT, mas responde afirmativamente aos reptos que lhes batem à porta.

28 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |NOVEMBRO 2014

Quando vai ao supermercado leve a lista e a dica. A lista é a das suas necessidades, mas a dica damos nós. Escolha legumes e fruta da época e locais. Porque estes produtos exigem menos recursos que os outros. Menor distância do produtor ao consumidor é, desde logo, uma forte causa para o levar a optar por estes produtos.

Foi em pleno fecho de edição do JBG que a notí-cia da adjudicação do desassoreamento da barra do rio Guadiana foi tornada pública, nomeadamente pelos canais de informação da vizinha Espanha e câmara municipal de Ayamonte.

Orçada em 723 mil euros representa a draga-gem de uma área de 1250 metros de comprimento por 60 metros de largura para alcançar um calado mínimo de 3,5 metros. Está estimado que para que esta obra seja efetuada será necessário retirar cerca de 55 mil metros cúbicos de sedimentos do fundo do rio.

A obra está a cargo da Agência Pública de Portos da Andaluzia e será executada pela empresa espanhola «Sociedade Anónima de Trabalhos e Obras».

Em pleno fecho de edição ainda foi possível recolher declarações de alguns autarcas. Ao JBG o presidente da câmara municipal de Alcoutim diz que o desassoreamento “é positivo, mas é impor-tante que essa obra suba o Guadiana para além da barra”. Francisco Amaral, edil alcoutenejo lembra que este é “já um passo muito importante e que Castro Marim tem de se virar para o rio, pois está de costas voltadas”.

Este é um tema ao qual voltaremos certamente.

Cartoon ECOdica

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Barra do Guadiana vai, finalmente, ser desassorada

Em VRSA comunidade uniu-se para ajudar pequeno Diogo a sorrir em concerto solidário de «Cantar de Amigos»

O caos na colocação de professores é crítico e difícil de recuperar

Desassoreamento da barra do rio Guadianadeverá estar prontoem Janeiro de 2015

-DR