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JiBunjrn DO im -réSsk- •fc:(í r/ INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS DA AMAZÔNIA UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS Características fisiológicas e conteúdo de óleos voláteis em folhas de pau-rosa {Aniba rosaeodora Ducke) em diferentes períodos de precipitação, na Amazônia Central. RENATA BRAGA SOUZA LIMA Dissertação apresentada ao Programa Integrado de Pós-Graduação em Biologia Tropical e Recursos Naturais do convênio INPA, como parte dos requisitos para a obtenção do título de Mestre em Ciências Agrárias, área de concentração em Ciências de Florestas Tropicais. Manaus - AM 2006

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JiBunjrn DO im-réSsk-•fc:(í

r/

INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS DA AMAZÔNIA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS

Características fisiológicas e conteúdo de óleos voláteis em folhas de

pau-rosa {Aniba rosaeodora Ducke) em diferentes períodos de

precipitação, na Amazônia Central.

RENATA BRAGA SOUZA LIMA

Dissertação apresentada aoPrograma Integrado de Pós-Graduaçãoem Biologia Tropical e RecursosNaturais do convênio INPA, como partedos requisitos para a obtenção do títulode Mestre em Ciências Agrárias, área deconcentração em Ciências de FlorestasTropicais.

Manaus - AM

2006

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INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS DA AMAZÔNIA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS

Características fisiológicas e conteúdo de óleos voláteis em folhas de

pau-rosa (Aniba rosaeodora Ducke^ em diferentes períodos de

precipitação, na Amazônia Central.

RENATA BRAGA SOUZA LIMA

Orientador: Dr. JOSÉ FRANCISCO DE CARVALHO GONÇALVES

Fontes Financiadoras:

Projeto CTPETRO / FINEP (0920/00)Projeto PPI (2-4005)

Dissertação apresentada aoPrograma Integrado de Pós-Graduaçãoem Biologia Tropical e RecursosNaturais do convênio INPA. como parte.los requisitos para a obtenção do títuloile Mestre em Ciências Agrárias, área deconcentração em Ciências de FlorestasTropicais.

Manaus - AM

2006

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L732 Lima, Renata Braga Souza

Características fisiológicas e conteúdo de óleos voláteis em folhas de pau-rosa (Aniba rosaeodora Ducke^ em diferentes períodos de precipitação, naAmazônia Central. / Renata Braga Souza Lima - Manaus: [s.n.], 2006.

xii, 69 p.iil.

Dissertação (mestrado) - INPA / UFAM, Manaus 2006.Orientador: Gonçalves, José Francisco de CarvalhoÁrea de concentração: Ciências de Florestas Tropicais

1. Ecofisiologia vegetal. 2. Trocas gasosas. 3. Potencial hídrico. 4. Linalol.I. Título

CDD 581.5

Sinopse:

As características fisiológicas e o conteúdo dos óleos voláteis em folhas de árvores

adultas de pau-rosa {Aniba rosaeodora Ducke) foram investigados em diferentes períodos

de precipitação com o objetivo de testar a hipótese que essas plantas alteram sua fisiologia

em resposta as mudanças na precipitação e que as alterações fisiológicas e bioquímicas

podem ter implicações sobre a produção dos compostos secundários (óleos voláteis).

Palavras-chave:

Ecofisiologia vegetal; Trocas gasosas; Potencial hídrico; Linalol.

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Aos meus pais. Maria Alice Braga de Souza e Vicente de Souza Lima

Aos meus irmãos, Amandia e João

Ao meu sobrinho João Pedro

Ao Adilson Benchaya

OFEREÇO

A Deus

OFJÍÜCO

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AGRADECIMENTOS

A Deus, por estar todos os dias ao meu lado.

Aos meus pais, pelo amor e incentivo que sempre me deram para continuar os estudos.

Ao Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA, por meio do Programa de Pós-Graduação de Ciências de Florestas Tropicais, pela oportunidade de realizar meu mestrado.

Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq. pela bolsaconcedida.

Ao Dr. José Francisco de Carvalho Gonçalves, pela orientação e pela contribuição para a minhacarreira profissional.

Ao Dr. Adrian Pohlit, Dr. Jamal Chaar e Daniel Rocha, pela ajuda logística durante a realizaçãodeste estudo.

Ao Dr. Ronaldo Ribeiro, pela amizade e apoio na disponibilidade de veículos para a realizaçãodas coletas.

Ao MSc. Adaulto pela amizade e pela contribuição teórica nas análises estatísticas.

Ao MSc. Carlos Eduardo da Silva pelo apoio técnico durante as coletas no campo.

Ao Adamir Nina Júnior, Adilson Benchaya, e em especial ao Glaudecy Ribeiro, pela amizade eapoio técnico durante as coletas no campo e atividades realizadas no laboratório.

A toda a equipe do Laboratório de Fisiologia e Bioquímica Vegetal do IN^^A pelos momentos dealegria, durante os dias que convivemos.

A toda a equipe do Laboratório Temático de Solos e Plantas do INPA, em especial ao JonasFilho, pela valiosa ajuda durante a realização das análises químicas.

Aos meus amigos da faculdade de engenharia florestal (UTAM) pela amizade ecompanheirismo, durante todos esses anos.

Aos meus amigos da tumia de Mestrado 2004, em especial a Pauleto, Dalva, Patrícia. Cri.stina eRaquel pelos agradáveis momentos compartilhados.

Meus sinceros agradecimentos

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SUiVIÁRIO

LISTA DE FIGURAS vi

LISTA DE TABELAS vil

LISTA DE ABREVIATURAS viii

RESUMO ix

ABSTRACT xi

!. INTRODUÇÃO

2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1. Influências dos fatores abióticos nas plantas 3

2.2. Metabólitos Secundários

2.3. Óleos voláteis 7

2.4. Descrição da espécie

2.5. Óleo essencial do pau-rosa

3.1. Objetivo Geral 1 1

3.2. Objetivos Específicos 1 1

4. MATERIAL E MÉTODOS 12

4.1. Local de estudo 12

4.2. Implantação do experimento 12

4.3. Determinação do potencial hídrico foliar (T^) e curva pressão-volume ÍPV) 14

4.4. Determinação da área foliar específica

4.5. Análise de carboidratos 15

4.6. Determinação da concentração dos nutrientes foliares 16

4.7. Determinação dos teores de pigmentos cioroplastídicos 16

4.8. Determinação das trocas gasosas em folhas 17

4.9. Determinação do rendimento dos óleos I g

4.10 Identificação do componente majoritário |g

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4.1 1. Delineamenlo experimental e análise estatística 20

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO 21

5.1. Relações hídricas e área foliar específica 1

5.2 Estado nutricional das plantas 25

5.3. Teor de pigmentos cioroplastídicos

5.4. Trocas gaso.sas

5.5. Rendimento do óleo volátil e quantidade de linaiol 36

6-CONCLUSÕES

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANEXOS 51

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA I- Principais vias biossinléticas que conduzem à formação de melabóiitos primários esecundários

FIGURA 2- Estrutura do Linalol

FIGURA 3- Localização da área de estudo (Reserva Florestal Adolpho Ducke, Manaus-AM-Brasil)

FIGURA 4- Médias mensais das precipitações pluviométricas cm Manajs, durante o ano dc2005 (Dados obtidos na Estação Agrometereológica da Embrapa-CPAA) 13

FIGURA 5- Coleta dos dados com andaimes (A) e com podão (B) no plantio de pau-rosa. nareserva florestal Adolpho Ducke 3

FIGURA 6- Diferentes estádios de crescimen-o da folha (nova e madura) do pau-rosa (Aníharosaeodora Ducke) 14

FIGURA 7- Sistema Clevenger de extração de óleos voláteis j 9

FIGURA 8- Potencial hídrico antemanhã (Tam) (o) e ao meio dia (4^md) (□), de folhas de pau-rosa, em períodos distintos de precipitação, período chuvoso (fechado) e seco (aberto) 22

FIGURA 9- Curva pressão-volume para cálculo do potencial osmótico em saturação nula (4',))(ponto B) em folhas de pau-rosa, período chuvoso (a) e período seco (b). O ponto A representao 4^vv inicial 23

FIGURA 10- Relações da concentração de macronutrientes nas folhas de pau-rosa, em períodosdistintos de precipitação e em diferentes idades (novas- NV e maduras-MD) 29

FIGURA 1 1- Relações da concentração de micronutriente nas folhas de pau-rosa, em períodosdistintos de precipitação em diferentes estádios de crescimento da folha (novas- NV e maduras-MD) 30

FIGURA 12- Relação do teor de cloroflla a (A) e b (B) por unidade dc área (pmol m ") foliarde folhas de pau-rosa, entre o método óptico e pelo método químico 33

FIGURA 13- Rendimentos de óleos voláteis de folhas árvores de pau-rosa (n = 10 \ 3repetições), em períodos distintos de precipitação 37

FIGURA 14- Rendimento dos óleos voláteis de folhas maduras de árvores (n =10) de pau-rosa(n=l 0), em diferentes períodos de precipitação, chuvoso ( ■ ) e seco ( □ ) 38

FIGURA 15- Cromatogramas sobrepostos dos óleos voláteis extraídos de folhas de pau-rosaem plantio 39

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LISTA DE TABELAS

TABELA !- Potencial osmótico em saturação nula plena (T^km,). módulo de elasticidade(e). teor relativo de água no ponto de plasmólise (TRAo) e área foliar especíllca (AFE) defolhas de pau-rosa em períodos distintos de precipitação 24

TABELA 2- Concentração de açúcares solúveis e amido por unidade de massa e área de folhasde pau-rosa em períodos distintos de precipitação 25

TABELA 3- Teores de macronutrientes em folhas de pau-rosa, em períodos distintos deprecipitação e em diferentes estádios de crescimento, novas (FN) e maduras (FM), cmplantio 26

TABELA 4- Teores dos micronutrientes em folhas de pau-rosa, em períodos distintos deprecipitação e em diferentes estádios de crescimento, novas (NV) e maduras (MD), emplantio 27

TABELA 5- Teores dos pigmentos cloroplastídicos por unidade de área em folhas de pau-rosa,em períodos distintos de precipitação 31

TABELA 6- Teores dos pigmentos cloroplastídicos por unidade de massa foliar em folhas depau-rosa, em períodos distintos de precipitação 32

TABELA 7- Taxa de fotossíntese (A), tax,^ de respiração no escuro (Rd), condutânciaestomática (gs) e transpiração (E) em folhas de pau-rosa, em períodos distintos deprecipitação 34

TABELA 8- Taxa de transporte de elétrons (Jmaxiuz), de carboxilação (V,.,u/)- defotorrespiração (Pr), eficiência do uso da água (EUA) e eficiência intrínseca do uso da água(EIUA), em folhas de pau-rosa, em períodos distintos deprecipitação 35

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LISTA DE ABREVIATURAS

Tu - Potencial hídrico

T.,„, - Potencial hídrico antemanhâ

T,nd - í^otencial hídrico meio dia

PV - Curva pressão-voiume

T() - Potencial osmóíico em saturação nula

T loo - Potencial osmótico em saturação plena

c — Módulo de elasticidade

TRAo - Teor relativo de água no ponto de plasmólise

A FE - Área foliar especifica

Ch! - Molécula de clorofila

Chi a - Clorofila a

Chi b - Clorofila b

Chi,o, - Clorofila total

Ch! a/h - Razão clorofila a e clorofila b

A - Taxa de fotossíntese máxima

Rd - Taxa de respiração no escuro

gs - Condutância estomática

E - Taxa de transpiração

Jmaxii,/ - Taxa de transporte de elétrons

V^ii,/ - Taxa de carboxilação

Pr- Taxa de fotorrespiração

EUA - Eficiência no uso da água

ElUA - Eficiência intrínseca do uso da água

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re:umo

Na floresta amazônica, o pau-rosa {Aniha rosaeodora Ducke) destaca-se por ser uma

espécie arornática com grande valor comercial, sobretudo, pelas propriedades físico-químicas de

seu óleo rico em linalol. No entanto, a despeito da importância do pau-rosa, ainda existe pouco

conhecimento quanto à fisiologia e as características bioquímicas dessa espécie. Desta forma, o

objetivo desse trabalho foi investigar as variações nas características fisiológicas e nas

concentrações de óleos voláteis e linalol em folhas de árvores de pau-rosa em resposta a

diferentes períodos de precipitação. O experimento foi conduzido em dez árvores (± 40 anos) do

plantio na Reserva Florestal Adolpho Ducke, durante o período de maior (abril) e menor

(setembro) precipitação, no ano de 2005. As variáveis analisadas foram: potencial hídrico foliar

do antemanhã (4^am) e ao meio-dia (4^md), curv:i pressão-volume, concentração dos carboidratos.

teor de nutrientes, concentração de pigmentos cloroplastídicos, trocas gasosas, teor do óleo

volátil e de linalol nas folhas. As plantas de pau-rosa apresentaram maiores valores do potencial

hídrico durante o período chuvoso com média do ̂ am de -0,07 MPa e do de -0,21 MPa;

durante o período de menor precipitação, os resultados foram de -0,49 MPa e -2,02 MPa,

respectivamente. Nesse período, os potenciais osmóticos em turgescência nula (S^o) e em

turgescência plena (4^mo) também apresentaram diminuição, correspondente a -0,26 e de -1.81

MPa. respectivamente, em relação ao período chuvoso. Esse ajuste osmótico pode ter sido

utilizado pelas plantas como uma estratégia para a melhor absorção de água durante o período de

menor precipitação, em parte, explicado pelo aumento no teor dos açúcares solúveis foliares

observado no mesmo período. Nas folhas de pau-rosa, a concentração de nitrogênio (N) nãovariou, enquanto que foi observado maiores teores de fósforo (P) e de potássio (K) durante operíodo de menor precipitação, o que pode estar relacionado à manutenção dos processos

fundamentais como a respiração, fotossíntese e na regulação osmótica, respectivamente. Aocontrário do P e K, durante esse período, ocorreu diminuição na concentração de cálcio (Ca) e demagnésio (Mg). Quanto aos micronutrientes, não foram observadas diferenças nas

concentiações. A concentração da clorofila a diminuiu no período seco. não ocorrendo diferençaquanto ao teor da clorolila b. A diminuição da clorofila a pode estar relacionada à degradação

desse pigmento durante o período mais seco, assim como devido a diminuição de Mg foliar. O

valor da taxa de fotossíntese (A) do pau-rosa foi superior cerca de 34.2%. durante o período

chuvoso, em relação ao período seco. A respiração (Rd), ao contrário da A, aumentou durante o

período de menor precipitação. Por outro lado, oouve uma diminuição na condutância estomática

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(gs) e. conseqüentemente, a taxa de transpiração (E) apresentou o mesmo comportamento, com

diminuição de 46,2%. As taxas de transporte de elétrons (Jmaxu,,) e a taxa de carboxilação (Vcu./)

não variaram entre os diferentes períodos. No entanto, a fotorrespiração (Pr) aumentou durante o

período de menor precipitação, provavelmente para dissipar o excesso de energia. A eficiência

do uso da água (EUA) e a eficiência intrínseca do uso da água (ElUA) também aumentaram,

comportamento esse favorável à planta, uma vez, que as reduções da E e da gs ocorreram em

maior proporção do que a diminuição da A. Quanto ao rendimento do óleo volátil, este foi menor

no período chuvoso, correspondendo a 2,1%. enquanto que no período dc menor precipitação tbi

igual a 2.4%. Ao contrário do óleo, o maior teor de linalol foi observado na folha durante o

período chuvoso, com diferença de aproximadamente 15,3%. Desta forma, confirmando a

hipótese original, plantas de pau-rosa desenvolveram características fisiológicas de

adaptabilidade em relação aos diferentes períodos de precipitação, particularmente, na regulaçãoosmótica e no controle da condutância estomática, assim também para a síntese do óleo. podendoser uma estratégia de proteção ao estresse hídrico ou uma provável relação com o aumento de

fósforo foliar.

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ABSTRACT

In lhe Amazonian forest, lhe rosewood {Aniha rosaeodora Ducke) is dislinguishcd forbeing an aromatica! species with great commercia! value. above ali. for lhe physiochemicalpropenies of rich oi! ni linaloí, However, in spile cf lhe imporlance of lhe rosewood. slill lililc

knowledge exisls as for lhe physiology and lhe biochemical characlerislics of lhal species. Thisway, lhe objeclive of this work was to 'ivesligale lhe varialions in lhe physiologicalcharaclerislics and lhe volatile oi! concentratio .s and iinalol in leaves of rosewood irees in replylo diíferem precipilaiion periods. The experimenl was made in len Irees (± 40 years) of lheplanlalion in lhe Adolpho Ducke Foresl Reserve, during lhe period of high (April) and low(Seplember) precipilalion, in the year of 2005. The analyzed variabies were: leaf waler polenliaiin lhe pre-dawn (Tam) and midday (^TmdX pressure-volume curves, concenlralion of lhe slorage.lenor of nulrienls, chioroplaslid pigmenl concenlralion, gas exchanges, lenor of lhe volatile oiland of Iinalol in the leaves. The rosewood plants presented high values of the potential hídricoduring the rainy period with average of of-0,07 MPa and of of-0,21 MPa; during lheperiod of low precipilalion, lhe resuits were of-0,49 MPa and -2.02 MPa, respeclively. In thalperiod, lhe osmotic polentials in nuli turgidity (4^o) and in full lurgidily (H^ioo) aiso presenteddecrease, corresponding -0,26 and of-1,81 MPa, respeclively. in relation lo lhe rainy period.This osmotic adjuslmeni mighl have been usea by lhe planis as a slrategy for lhe besl absorpiionof waler during lhe period of smaller precipilalion, parlly, explained by the increase in lhe lenorof the soluble sugars in leaves observed in the same period. in the rosewood leaves. lheconcenlralion of nilrogen (N) didn'l vary, while was observed high malch lenors of phosphorus(P) and of polassium (K) during lhe period of low precipilalion, whal can be relaled lo lhemainlenance of lhe fundamenlal processes as the breathing. pholosynlhesis and in lhe osmolicregulalion. respeclively. Conlrary lo lhe observed for P and K during ihis period. calcium (Ca)and magnesium (Mg) leveis decreased. For lhe micronutrienles. differences were nol observed in

lhe concenlralions. Chiorophyll a contei decreased in lhe dry period. nol happening differencefor lhe lenor of lhe chiorophyll h. The decrease of lhe chiorophyll a mighl be relaled wiih lhedegradalion of ihis pigmenl during lhe dry period, as well as duc lhe reduclion of Mg in lheleaves.lhe pholosynlhesis rale of lhe rosewood was 34.2% higher, during lhe rainy period. inrelation lo lhe dry period. lhe breathing rale (Rd). uniike lhe A. increased during lhe period of

low precipilalion. On lhe olher hand, lhe slomalal conduclance (gs) decrease and consequcnlK.lhe Iranspiralion rale presented lhe same behavior, with decrease of 46.2%. The rale of eleclrons

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transport (Jmaxluz) and the carboxylation rate did nol vary during thc periods evalualed.

However, the photorespiration rate (Pr) increased during the period of low precipitation,

probably to alleviating the excess of energy, The water use efilcicncy (WUK) and the intrinsic

water use etficiency (IWUE) also increased, behavior favorable to the plant, once. that the

rcductions of the E and of the gs was higher than the decrease of A. To the content of volatile oil.

ihis was lov/er during the period of high precipitation, corrcsponding to 2.!%, while in thc period

oí low precipitation it was 2.4%. Uniike the oil, high contents were observed during the period of

high precipitation differing in approximately 15.3%. Thereíbre. conflrming our original

hypotheses rosewood trees shovved physiological characteristics of adaptability to the different

regime of precipitation analyzed, particularly for osmotic regulation and in control of stomatal

conductancc, likewise for the synthesis of the jíI, being a plant strategy against the water stress

or a response to the increase in the leaf phosphorus concentration

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Características fisiológicas e conteúdo de óleos voláteis em folhas de

pau-rosa (Aniba rosaeodora Ducke^ em diferentes períodos de

precipitação, na Amazônia Central.

1. INTRODUÇÃO

A floresta Amazônica, além de representar a uma das regiões com maior

potencial genético florístico do planeta, também tem sido considerada a vegetação com

maior número de espécies arbóreas com múltiplas utilidades, isto se deve a elevada

heterogeneidade de espécies (Maia, 2001). Nesse contexto, a flora aromálica destaca-se

por ser uma fonte renovável apropriada à produção de essências e uma alternativa

econômica sustentável, uma vez que os cultivos dessas espécies garantem retorno

financeiro sem que seja necessário o corte da árvore. Entretanto, apesar de todo esse

potencial, poucas são as experiências de culti\ o e exploração comercial, assim como o

número de espécies produtoras de óleos voláteis inseridas no mercado (Loureiro cí aL.

2000).

A carência de informações sobre as estratégias ecoflsiológicas utilizadas por

essas plantas em resposta as variações dos fatores físicos e/ou biológicos do meio

destaca-se como um dos principais entraves para o uso sustentável dessas espécies

(Gonçalves eí ai, 2003). Por sua vez os fatores abióticos exercem grande influência não

somente no metabolismo primário, mas também no metabolismo secundário da planta

(Simões & Spitzer, 1999).

No caso das espécies aromáticas, o rendimento e a composição dos óleos

voláteis são influenciados pelas condições fisiológicas da planta, bem como pelas

diferentes condições quanto à disponibilidvide de água. de nutrientes, de luz.

temperatura, entre outros (Calixto, 2001; Gouinguené & Turlings, 2002).

Na Amazônia, a distribuição irregular das médias de precipitação ao longo do

ano tem sido caracterizada como um dos fatores de maior influência sobre o

desenvolvimento vegetal, uma vez que a produtividade está intimamente relacionadacom a água disponível para as plantas (Evans, 1991: Tyree et ai, 2003: Marques ei al.

2004: Moraes e/ al, 2005).

A exemplo, o pau-rosa {Aniha rosaeodora Ducke). espécie aromálica da região

aiTiazônica. apresenta alterações na produção de óleos voláteis em função das mudanças

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nos falores abióticos (Leite et al.^ 1999; Cunha, 2002). No entanto, as pesquisas que

relacionam as condições fisiológicas dessa espécie com produtividade dos óleos ainda

são bastante incipientes.

O pau-rosa tem como principal importância econômica a extração do óleo volátil

rico em linalol, uma substância utilizada na indústria de cosméticos, especialmente

como ílxadora na produção de periumes. O comércio do óleo dessa espécie chegou a

ocupar o terceiro lugar na pauta de exportação da região Amazônica (Marques, 2001),

sendo os principais produtores dessa essência os estados do Amazonas e Pará (May &

Barata, 2004).

Apesar de todas as partes dessa planta serem aromáticas, a extração comercial do

pau-rosa ainda é feita de forma extrativista e predatória, por meio do corte da árvore

(Clay et al.. 2000; Sampaio et aL. 2003). Estima-se que mais de dois milhões de

exemplares dessa espécie tenham sido abatidos, fato este que ao longo do tempo, tem

ocasionado drástica erosão genética de suas populações, colocando-as em risco de

extinção (Portaria IBAMA N° 37-N, de 3 de abril de 1992).

No entanto, o aproveitamento das folhas e galhos para a extração do óleo, é uma

prática considerada econômica e ecologicamente viável, considerando que, além de

haver maior produtividade de óleo nessas partes, em relação à madeira, a poda da copa

estimula o maior acúmulo de biomassa (Sampaio et al.^ 2005).

Em vista disso, os plantios de pau-rosa representam um componente eficiente

para o aumento da produção e para viabilizar os sistemas de produção de óleos

essenciais, pois o manejo dos plantios por meio da poda elimina os custos de preparo da

área e instalação dos plantios, além de garantir a sobrevivência da espécie e ser uma

forma apropriada do uso do solo na Amazônia (Poggiani et al., 1998). Nesse sentido,

vários plantios têm sido implantados no estado do Amazonas, destacando-se os sítios

localizados nos municípios de Maués, Presidente Figueiredo e Parintins (May & Barata,2004).

Portanto, diante da importância econômica do pau-rosa e em razão do

conhecimento restrito das respostas dessa espécie às mudanças das condições

ambientais, neste estudo foi investigado o comp ortamento de indivíduos adultos de pau-

rosa de plantio localizado na Reserva Florestal Adolpho Ducke (Manaus-AM) quanto às

relações hídricas, ao teor de nutrientes, trocas gasosas e a produtividade do óleo

essencial, em diferentes períodos de disponibilidade hídrica.

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2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1. Influências dos fatores abióticos nas plantas

De maneira geral, os fatores abióticos, também mencionados na literatura como

recursos primários (água, luz, CO2, nutrientes) sào detenninantcs para o crescimento e

desenvolvimento vegetal. A variação destes fatores, via regra, implica em alterações

luncionais e/ou estruturais em determinados órgãos ou tecidos das plantas. Dessa

maneira, é notado que as características fisiológicas e reprodutivas das árvores são

dependentes das condições hídricas e da luminosidade do ambiente, assim como do seu

estado nutricional. Quanto às relações híd; cas, na região amazônica, apesar de

apresentar uma distribuição da precipitação ao longo do ano, variações sazonais são

observadas, com períodos de chuvas intensas e períodos de estiagens (Ferreira e! a/.,2005). Em ambiente natural, as plantas, diariamente, submetidas a essas variações, sãocapazes de adequar-se às novas condições do ambiente, dentro de suas limitações

genéticas (Krause et aL, 2001).

Desta forma, o estresse hídrico, o qual ocorre na natureza, geralmente de

maneira gradual, proporciona aos vegetais tolerantes o desenvolvimento de mecanismos

de adaptação às condições de déficit hídrico (Chaves Filho & Stacciarini-Seraphin.

2001), como o ajuste osmótico, pelo acúmulo intracelular de solutos. e.

conseqüentemente, pela diminuição do potencial hídrico (Caibo & Moraes, 2000:

Chaves Filho & Stacciarini-Seraphin, 2001; F- iitas et a!., 2003). O potencial hídrico é

uma medida importante e sensível à quantidade de água na planta; plantas sem estresse

hídrico tendem a apresentar valores próximos de zero, no entanto, em plantas sobestresse severo os valores encontrados estão bem abaixo de zero ou igual ao potencial

osmótico (Bianchi et «/., 2005).

A baixa disponibilidade de água, também, pode induzir reduções na conduiânciaestomática. como estratégia da planta para diminuir a taxa transpiratória. no entanto ofechamento estomático pode restringir a absorção de CO2. e por conseguinte, a atividadelotossintética (Brunini, 1979; Westgate, 1994; Eckstein & Robinson. 1996; Souza et a!..

2001). Ademais, a água pode influenciar a atividade fotossintética da planta, por ser a

doadora de elétrons durante o processo fotossintético e por ser responsável pelo

transporte de nutrientes, componentes ir egrantes de enzimas e pigmentos.

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fundamentais para a fotossíntese (Amthor, 1995; Angelopoulos cí ai. 1996;

Nepomuceno e/íjr/., 1998).

Por sua vez, a fotossíntese fornece cerca de 90 a 95% da matéria seca ao vegetal,

assim como a energia metabólica requeri('i para o desenvolvimento da planta

(Magalhães & Durães, 2003). A captação da luz, por conseguinte, assimilação de

carbono durante a atividade fotossintética somente será iniciada a partir da síntese dos

pigmentos absorvedores de luz, em particular as clorofilas presentes na folha. Nas

plantas, quando expostas a estresses como elevados níveis de irradiância. ao aumento da

temperatura e a indisponibilidade de água no solo, a concentração das clorofilas pode

tornar-se um fator limitante, devido à degradação desses pigmentos (Engel & Poggiani.

1991; Salisbury & Ross, 1992; Nogueira & Silva Jr., 2001).

Quanto ao comportamento nutricional as plantas necessitam de um suprimento

contínuo de elementos minerais para desempenhar suas atividades metabólicas. porém a

demanda pode variar entre as espécies, estádio de desenvolvimento e diferenças edafo-

climáticas. Em geral, os macronutrientes são exigidos em grandes quantidades e os

micronutrientes são necessários em menores quantidades, conforme os critérios da

essencialidade.

Apesar da exigência em proporções diferentes, todos possuem funções

específicas e não podem ser substituídos por outros elementos químicos (Host. 1988;

Drechsel & Zech, 1993; Marschner, 1995). Por isso, plantas sob florestas com solos

pobres, altamente intemperizados, para minimizar o impacto da variação temporal na

disponibilidade desse recurso, podem desenvolver mecanismos mais eficientes de

conservação do estado nutricional, tais como a retranslocação de elementos minerais de

órgãos senescentes, sendo também fundamental, a produção de liteira nesses ambientes,

por constituírem o principal caminho para o retorno dos nutrientes aô solo (Teixeira eiai, 2001; Moraes, 2002).

O comportamento nutricional de árvores florestais também pode variar duranteseu ciclo de vida, como resultado de mudanças no metabolismo, transporte interno elavagem causada pela água da chuva (Leitão & Silva, 2004). Estudos mostram que em

florestas tropicais os mecanismos adaptativos de sobrevivência e manutenção do

equilíbrio mudam qualitativa e quantitativamente ao longo de gradientes dc fertilidade

do solo, temperatura, altitude e umidade. Estando a variação e a quantidade de chuvasfortemente relacionadas aos mecanismos de absorção e de retranslocação desses

nutrientes pela água presente no solo (Furtini Neto eí ai, 2000; Leitão & Silva. 2004).

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2.2. Metabólilos Secundários

Nas plantas, do ponto de vista metabóüca, além do metabolismo primário,

responsável pela produção de celulose, proteínas, lipídios, açúcares e outras substâncias

que realizam suas principais funções vitais, algumas plantas também apresentam o

chamado metabolismo secundário. Os metabólitos secundários produzidos pelos

vegetais são formados por vários caminhos biossintéticos que produzem moléculas

dotadas de grande diversidade de esqueletos e grupamentos funcionais, como, entre

outros, ácidos graxos e seus ésteres, hidrocarbonetos, álcoois. aldeídos e cetonas,

compostos acetilênicos, alcalóides e compostos fenolicos (Alves, 2001).

Os produtos do metabolismo secundário apresentam vasta diversidade estruturai,

sendo provenientes de três rotas biossintéticas conhecidas: acetato, mevalonato c

chiquimato (Martins, 2000). As rotas bioquímicas das principais classes dos compostos

secundários dependem do metabolismo primário (Figura I), cuja relação ocorre por

meio de compostos intermediários como o acetil-CoA, ácido pirúvico, ácido chiquímico

e aminoácidos (Simões et al.^ 1999).

Os metabólitos secundários podem ser divididos em três grupos, quimicamente

distintos: terpenos, compostos fenólicos e compostos nitrogenados. Os terpenos são

compostos formados por unidades pentacarbonadas, que constituem o maior grupo de

produtos secundários. Nas plantas, esse grupo apresenta numerosas atividades,

funcionando como fltormônios, pigmentos fotossintéticos, transportadores de elétrons,

mediadores da montagem de polissacarídeos e componentes estruturais de membranas,

como os fitoestérois (McGarvey & Croteau, 1995).

Entre as principais classes dos terpenos têm-se os monoterpenos. estes são

hidrocarbonetos aciclicos, monociclicos, biciclicos ou policíclicos e, mais raramente,

compostos aromáticos, acompanhados de seus derivados oxigenados: álcoois, aldeídos.

cetonas, ésteres e éteres (Bruneton, 1991). Os monoterpenos e seus derivados destacam-

se por serem importantes agentes tóxicos para insetos, e em certas plantas são

encontrados em misturas formando os chamados óleos essenciais, freqüentementeencontrados em pêlos glandulares localizados na epiderme que servem para advertirpelo odor característico sobre a toxidade da planta, repelindo herbívoros (Cunha. 2002).

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CO.

^ J"otossíntcscMclaboli.smo Primário do Carbono

I • rilro.sc-4-I().sralo l'oslbenolpiruvalo Piruvalo

(iliccruldcidt) 3-

Iblalo

Ciclo do ácido

IricarboxílicoAcclil Co A

Aminoácidos

AlilálicosRola do ácido

malônico

Aminoácidos

Aromálicos TcrpcnosProdutos secundários

nitrogcnados

>. Compostos->. Compostos ÓleosÓleos

Roía do ácido

mcvalônico

Rola do ácido

chiquímicoRola do mclilcrilrol

losfalo

Fenólicos voláteis

FIGURA I- Principais vias biossintéticas que conduzem à formação de melabólitos

primários e secundários (Adaptado de Taiz & Zeiger, 2004).

A biossíntese dos monoterpenos nas plantas está associada com a presença de

estruturas secretoras especiais, como células produtoras de resinas e óleos ou epiderme

glandular, que compartimentalizam todos os componentes tóxicos provenientes da

atividade metabólica das células (Martins, 200(').

Na produção desses compostos secundários, a umidade relativa, o fotoperíodo. a

intensidade de luz, a temperatura, o teor de nutrientes, o estresse hídrico e o horário,

estação, ou mês de extração, dentre outros, exercem fortes influências sobre as

alterações na qualidade e quantidade dos compostos secundários produzidos, podendo

essas modificações estar relacionadas a papéis fundamentais na defesa do vegetal

(Sharkey & Loreto. 1993; Rao et uL, 1996: Nunes et a!., 2000; Alves. 2001; Rodríuucz-

Concepcón et ai, 2004).

Andrade & Gomes (2000) estudando a influência de alguns fatores abiólicos

sobre o teor de óleo volátil em folhas de Eucalyptus citriodora Hook registraram que

folhas maduras, de indivíduos com sete inos de idade, coletadas no outono

proporcionaram maiores rendimentos em óleo. comparadas àquelas coletadas no verão.

Fm plantas de Aniba canellilu a quantidade dos dois compostos majoritários do óleo

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essencial dessa espécie (metiiogenol e í-nitro-2-feniletano) também variam com aestação do ano, assim como em função do tipo de solo, no estado do Amazonas ( Taveiraeí al.. 2003).

2.3. Óleos voláteis

Os óleos voláteis são caracterizados pelo odor. aspecto oleoso, capacidade devolatilizar em temperatura ambiente e densidade inferior á da água (World HcalthOrgamzation, 1998). O interesse do homem por esses óleos está baseado napossibilidade de obtenção de compostos aromáticos, muitos do quais, atualmente, sãosintetizados em laboratório, porém há dificuldade para que esses aromas se aproximemda perfeição dos aromas naturais.

Esses óleos são misturas complexas contendo carbono, oxigênio, hidrogênio e.ocasionalmente, nitrogênio e enxofre. Tais misturas complexas podem conter mais de100 constituintes, os quais são responsáveis, em parte, pelo odor e sabor das plantas( rtins. 2000). Geralmente, os óleos essenciais são constituídos, principalmente, porterpenóides voláteis, como monoterpenos e sesquiterpenóides (Singh et ai, 2002). Estesse apresentam, naturalmente, como hidrocarbonetos. álcoois, cetonas, aldeídos, fenóis.

ésteres, etc. (Chaar, 2000).

Nas plantas, os óleos voláteis podem estar envolvidos em diferentes funçõesnecessárias à sobrevivência da planta, podendo apresentar interações positivas ounegativas (Cunha, 2002). Na medicina, as aplicações dos óleos voláteis são bastante

tendo função analgésica, antinflamatória. sedativa, e.xpectorante. diurética.es imulante do sistema nervoso central e em infecções do sistema digestivo.

ntes para a síntese de outros composto •, assim como na composição de diversosmedicamentos (Kollmannsberger & Niiz. 1993). Atualmente, metade dos 25

os mais vendidos no mundo tem sua origem em metabólitos secundários devegetais (Alves, 2001),

m dessas utilidades, esses óleos também são bastante utilizados nass de cosméticos, de condimentos, como insiimos em diversos produtos das

indústrias de plásticos, tintas, borrachas e agroquímicos (McGarvey & Croteau. 1995).A produção mundial de óleos voláteis está em torno de 45.000 toneladas, avaliadas em

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US$ 700 milhões por ano, e estima-se que a produção brasileira de óleos essenciais

corresponda somente 13,15 % da produção mundial, em toneladas (Martins. 2000).

Os óleos voláteis são geralmente produzidos por estruturas secretoras

especializadas, tais como pêlos glandulares, células parenquimáticas. canais oleíferos.

ou em bolsas específicas. Tais estruturas podem estar localizadas em partes específicas

ou em toda a planta (Simões & Spitzer, 1999). Porém, nem todas as partes apresentam

composições químicas, caracteres físico-quíin cos e odores diferentes (Vitti & Brito,

2003).

Os métodos de extração dos óleos voláteis variam de acordo com a parte daplanta que será extraída, assim como a finalidade, sendo os mais utilizados os métodos

da enfloração. extração por solventes orgânicos, prensagem ou expressão, extração porCO2 supercrítico e o método do arraste por vapor de água, o qual se baseia no fato deque os óleos voláteis possuem tensão de vapor mais elevada que a da água. sendo entãoarrastado pelo vapor de água (Chaar, 2000).

A hidrodestilação é amplamente utilizada pela praticidade e baixo custo, sendo

este método recomendado pela WHO (World Health Organization, 1998). Para a

separação, identificação e quantificação dos compostos voláteis, a cromatografia gasosaacoplada à espectroscopia de massas, tem sido í» ferramenta mais utilizada em função desua eficiência para separar e quantificar substâncias componentes de óleos voláteis.

2.4. Descrição da espécie

O pau rosa {Aniha rosaeodora Ducke) pertence à família Lauraceae, é umaárvore que pode atingir até 30 metros de altnrn a • ^ j j--fe os ue altura por dois metros de diâmetro, ocupa odossel intermediário ou superior da floresta. É uma espécie encontrada nas Guianas e naBacia Amazônica (Loureiro et ai. 1979; Ribeiro e, ai, 1999). Atualmente, a exploraçãoda espécie está restrita à parte ocidental dn Ai-«o ~ • jp aeniai da Amazônia, onde se encontram as maiores

populações naturais (Leite et al., 1999).

condições de regeneração natural, essa espécie desenvolve-se bem emambiente de pleno sol (Clay c/ aL 2000), porém, em condições de viveiro, seudesenvolvimento é satisfatório quando submetida ao sombreamento (Rosa cf ai. 1997).

uma espécie da floresta de terra firme e da campinarana, mais adaptadas àscabeceiias dos igarapés em suas partes mais altas, tanto em latossolos amarelos evermelhos quanto em solos arenosos (Ohashi & Rosa. 2004). O pau-rosa apresenta

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variações quanto às épocas de floração, frutificação e mudança foliar em estreitadependência com os locais de ocorrência (Leite ei a!., 1999). Tradicionalmente sepropaga a partir de sementes, que são, entroanto, severamente predadas na floresta,principalmente, por pássaros, roedores e insetos, fato que dinculta a obtenção de grandenumero de sementes viáveis para produção de mudas (Sampaio et al., 2003).

2.5. Óleo essencial do pau-rosa

o oleo essencial do pau-rosa é comumente caracterizado pelo forte odor, incolore densidade inferior da água. sendo geralmente solúvel em solventes orgânicos usuais cem álcool 70%. A extração do óleo essencial contido nas folhas tem um rendimento de2,4%, enquanto que o da biomassa da madeira'' de I, I % (Araújo el a/.. 1971).

O óleo volátil do pau-rosa é constituído por componentes minoritários, tais comoo a-terpineol, 1,8-cineol e a-pineno, com predominância de linalol (Figura 2) (Silva eía!.. 2003). O linalol é um monoterpeno alcoólico terciário de cadeia aberta, encontrado,normalmente como uma mistura de isômeros de posição da primeira ligação dupla.Possui um átomo de carbono assimétrico e, por isso, podem existir enantiômeros.

OH

IGURA 2- Estrutura do Linalol

malol e precursor de acetato de linolila, um excelente n.xador de fragrâncias.U.I iza o pelas maiores empresas internacionais de cosméticos (Maia cv «/., 2000).a cmais. esse oleo tem sido testado como acaricida, bactericida e fungicida. no controlede larvas do Aedes uesypii e ./ anciscana e também possui propriedadesanticonvulsivas e na atividade bloaueadom nr. x ■9 IO desenvolvimento do ancilostomídiohumano (Chaar, 2000: Silva ei al., 2003).

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o óleo é obtido a partir da destilação de qualquer parte da planta, porém amadeira tem sido sua fonte principal. Diferenças no rendimento, nas propriedadesnsico-quimicas e no aroma foram encontradas em função da parte da planta. O óleo dasfolhas possui aroma adocicado e o da madeira apresenta aroma semelhante à lavanda.Essas diferenças no aroma também são evidentes entre óleos oriundos de regiõesdistintas, eomo as veriEcadas entre o óleo brasileiro e o franco-guianense (Ohashi e, a!..2004).

Diante do exposto, fica evidente a necessidade de pesquisas mais sistemáticassobre a silvicultura, ecofisiologia e a bioquímica dos óleos voláteis do pau-rosa. visandoo estabelecimento de protocolos adequados para a manipulação dos indivíduos nativos ea instalação de plantios sustentáveis.

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3. OBJETIVOS

3.1. Objetivo Geral

Investigar a influência dos diferentes períodos de precipitação sobre ascaracterísticas fisiológicas e a produção de óleos voláteis das plantas de adultas de pau-rosa {Aniba rosaeodora Ducke), crescidas sob plantio.

3.2. Objetivos Específicos

Verificar como as árvores adultas de pau-rosa respondem, quanto ao conteúdode água na folha, e demais interfaces das relações hídricas aos diferentesperíodos de precipitação (chuvoso e seco);

- Determinar os teores de macro e micronutrientes foliares das plantas de pau-rosa, em diferentes períodos de precipitação e em diferentes idades da folha

(Folha nova e madura);

Determinar temporalmente (período chuvoso e seco) as concentrações das

clorofilasne 6 e as trocas gasosas das folhas de plantas adultas de pau-rosa; .

Caracterizar de modo quantitativo as variações nos teoiÇs de Óleos vòlátels elinalol no pau-rosa em resposta a diferentes períodos de precipitação.

I I

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4. MATERIAL E MÉTODOS

4.1. Local de estudo

A pesquisa foi conduzida na Reserva Florestai Adolpho Ducke (Figura 3),

localizada ao norte de Manaus (AM), no Km 27 da rodovia AM 010 (3°00'02"S e

59°58'00"W). O relevo da reserva é ondulado com uma variação latitudinal de 80 m

entre os platôs originais e as partes baixas (Ribeiro et al., 1999). A vegetação é

característica de floresta tropical chuvosa de terra firme; a temperatura média, de uma

série histórica de 32 anos (1966-1997), varia entre 25,3 e 26,4°C; a umidade relativa do

ar entre 84 e 91% e a precipitação entre 99 mm (julho) e 300 mm (abril), com um total

de 2400 mm ano■^ Na área da reserva encontram-se matrizes de pau-rosa da década desessenta (1965-67), em plantios de um ha, com espaçamento de 5 x 5 m, plantadas sobárea anteriormente ocupada por floresta primária (70% de abertura) (Spironello et al.,2003).

FIGURA 3- Localização da área de estudo (Reserva Florestal Adolpho Ducke, Manaus-

AM-Brasil).

4.2. Implantação do experimento

Para análises fisiológicas e bioquímicas, dez árvores de pau-rosa do plantioforam selecionadas quanto à uniformidade das plantas em altura (aproximadamente 15m) e que exibiam bom estado fitossanitário. As coletas foram realizadas nos ramos

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situados no terço superior do indivíduo, para tanto foram instalados andaimes e/ou

utilizou-se podão para a coleta a distância (Figura 4).

FIGURA 4- Coleta dos dados com andaimes (A) e com podão (B) no plantio de pau-

rosa, na reserva florestal Adolpho Ducke, Manaus - AM.

Foram analisadas variáveis relacionadas às relações hídricas das plantas, a área

foliar específica, a concentração dos macronutrientes e micronutrientes foliares, trocas

gasosas, teor dos pigmentos cloroplastídicos e quantificado o rendimento dos óleos nos

dez indivíduos adultos de pau-rosa selecionados, durante os meses de abril (período

chuvoso) e em setembro (período seco) do ano de 2005. Estes períodos correspondem a

meses de alta e baixa precipitação, respectivamente (Figura 5).

600

^ 500E

H 400o■ral' 300t 200

100I

o i 11 ■liM M J J A S

Meses

O N D

FIGURA 5- Totais mensais de precipitação pluviométrica em Manaus, durante o ano de

2005 (Dados obtidos na Estação Agrometereológica da Embrapa-CPAA).

13

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Para a determinação dos nutrientes, as amostras foliares foram coletadas tanto de

forma temporal (período chuvoso e seco) como em diferentes idades: folha nova

(lançamento foliar, da extremidade dos galhos) e folha madura (completamente

expandida) (Figura 6).

nova madura

FIGURA 6- Diferentes estádios de crescimento da folha do pau-rosa (Aniba rosaeodora

Ducke).

4.3. Determinação do potencial hídrico foliar (^w) e curva pressão-volume (PV)

O potencial hídrico foliar (^w) foi determinado no campo, no período da

antemanhã entre 5:00 e 6:00 h, e ao meio-dia Ç¥rnd) entre 12:00 e 13:00 h,

utilizando a bomba de pressão (Scholander et aL, 1965). As amostras foliares

completamente expandidas e em bom estado fitossanitário foram coletadas e

acondicionadas na bomba de pressão tipo Scholander e aplicada uma pressão ate ocorrer

a exsudação da seiva pelo pecíolo da folha, neste momento foi feita a leitura da pressão

aplicada (Tumer, 1981). As coletas foram realizadas em triplicata em dez árvores

(n=30).

Para a elaboração da curva pressão-volume (Tumer, 1981), foram feitas dez

curvas, por meio da coleta de uma folha por indivíduo (^7=10), coletadas entre 9 e 11 h,

com o pecíolo submerso em água e completamente hidratados durante quatro horas. A

massa fresca e o Tw foram determinados entre os intervalos durante o processo de

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desidratação (técnica da livre transpiração) até um potencial hídrico muito baixo (-3.9

MPa). A curva foi montada a partir da relação entre o inverso do em função do teor

relativo de água (TRA). O TRA foi calculado de acordo com Gonzáles & Gonzáles-

Vilar, (2001):

TRA = [(Pr- Pd) / (Ps - Pd)] * 100 . (I)

em que Pr é o peso fresco, Pd é o peso seco e Ps é-o peso fresco da folha com turgor

máximo.

A partir da curva pressão~volume foram estimados o potencial osmotico global

médio em saturação nula incipiente (plasmólise incipiente) (M^o)-. potencial osmótico

global médio em saturação plena (H^ioo)» teor relativo de água no ponto de plasmólise(TRAo) e módulo de elasticidade global (e). Esse último foi estimado por meio daequação:

s = (AM^p) / (Av/v) (2)

4.4. Determinação da área foliar específica

Para a determinação da área foliar específica (AFE), foram coletadas amostras

foliares completamente expandidas e em bom estado fitossanitário. Foram retiradostrinta discos foliares por indivíduo (área — 0,385 cm ) e submetidos à estufa (65 C).porum prazo de 72 horas (Poorter & Jong, 1999). A área foliar específica foi determinadapela razão dà área foliar pela massa foliar seca (Witkowski & Lamont, 199j ).

4.5. Análise de carboidratos

Para a determinação dos carboidratos, uma folha por indivíduo (/?—10) foi

coletada durante a manhã e armazenada em gelo. A determinação do teor de

carboidratos solúveis totais foi feita a partir de O, I g do material fresco, macerado em

solução Metanol-Clorofórmio-Água (120-50-30). Posteriormente, as amostras foram

centrifugadas a 10000 rpm durante 10 minutos. O sobrenadante foi purificado em uma

solução bifásica de clorofórmio-água (15:15), sendo recuperada a parte da solução

purificada (sem lipídeos e cloro fila) para a determinação da concentração de açúcares

totais pelo método da antrona (Passos, 1996). Adicionalmente, para a extração do

amido, o sedimento foi ressuspendido com 10 mL de ácido perciórico 35% (v/v) e

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centrifugado a 10.000 rpm durante 15 min, a 25°C, recoihendo-se o sobrenadante. Os

teores dos açúcares solúveis e do amido foram quantificados pelo método da antrona c

os resultados foram monitorados por espectrofotometria a 625 nm, utilizando a glicose

(Sigma) como padrão, segundo Morris (1948).

4.6. Determinação da concentração dos nutrien ..;s foliares

Folhas de diferentes estádios de crescimento (nova e madura) dos dez indivíduos

selecionados, situadas no terço superior da planta, foram coletadas e armazenadas em

sacos de papel e levadas à estufa com ventilação forçada a 65°C por um período de 72

horas. Em seguida, foram trituradas e, deste material, 0,5 g de matéria seca foi

submetida à pré-digestão durante uma noite e, posteriormente, a uma digestão nitro-

perclórica (HNO3 + HCIO4). O processo de digestão foi realizado a uma temperatura

gradativa (50°C/30 min) até 200°C, durante cerca de 4 horas. Após o processo de

digestão, o extrato amostrai foi submetido a diferentes determinações: o teor de fósforo

foi determinado por espectrofotometria (Jenway 6105 UV/VIS). Os macronutrientes

(potássio, cálcio e magnésio) e os micronutrientes (ferro, zinco e manganês) foram

determinados por espectrometria de absorção atômica (Perkin-Elmer I lOOB). O

nitrogênio total foi determinado pelo método de Kjeldahl, a partir de uma alíquota do

e.xtrato amostrai obtido após digestão suifúrica, conforme metodologia utilizada pela

Embrapa (Silva Éf/úr/., 1999).

4.7. Determinação dos teores de pigmentos cloroplastídicos

Para a determinação dos pigmentos cloroplastídicos foram coletadas duas folhas

por árvore (/7=20), durante o período da manhã. No campo, as folhas foram envolvidas

em papel alumínio, acondicionadas em isopor om gelo e conduzidas ao Laboratório de

Fisiologia e Bioquímica Vegetal (MCT-INPA), onde se determinou os teores de

cloroflla a, cloroflla h de acordo com a metodologia de Lichtenthaler & Wellburn

(1983). Antes de serem acondicionadas para o transporte foram feitas leituras com o

clorofilômetro (CCM-200, Opti-sciences), obtendo uma média de quatro leituras por

10

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fblíolo. As mensurações foram realizadas utilizando-se sempre a região mediana dafolha, excluindo a região apical e a basal.

No laboratório, a determinação dos teores de pigmentos cloroplastídicos foi feitaa partir de 0,1 g de material vegetal fresco, coletado da área foliar onde foram feitas as

leituras pelo clorofilômetro. Essa amostra vegetal foi macerada em 10 mL de acetona

(100% v/v) + 10 mL de uma solução de acetona (80% v/v) contendo MgC03 (0.5%p/v). A adição do MgC03 é necessária para prevenir a redução do pH e alterações nasclorofílas a e />, provocadas pela possível presença de ácidos orgânicos no vaciiolo.

Posteriormente, o extrato foi filtrado em papri filtro qualitativo e no extrato filtradoforam realizadas as leituras das absorvâncias para os teores de clorofila a (chi a) eclorofila b (chi b) nos comprimentos de onda (X) de 663 e 645 nm, respectivamente. Apartir das concentrações de clorofilas foram calculadas a concentração de clorofila total

(clorofila a + clorofila b\ e as razões clorofila a / clorofila b (chi a/b). Para se calcular

as concentrações dos pigmentos cloroplastídicos, tendo como base a massa (^imol g"') e

também com base na área ()j.mol m"^), foram utilizadas as equações descritas porHendry & Price (1993):

Ch\a =(12.7* Ar,.,:>-2.69* Ams)* 1.1 19* V (i)

1000 * unidade de área (cm^) ou peso (g)

Chi b = (22.9 * Ams- 4.68 * * 1.102 *- V ' . . (2)1000 * unidade de área (cm^) ou peso (g) - .

Onde A corresponde a absorvância no comprimento de onda indicado, V é ovolume final do extrato de clorofila - acetona (ml).

Após as quantificações, curvas foram montadas pela relação entre as médiasobtidas pelas leituras do clorofilômetro e pelo método de Lichtenthaler & Wellburn(1983).

4.8. Determinação das trocas gasosas em folhas

As determinações das taxas de fotossíntese líquida (A), da respiração (Rd).condutância estomática (g,) e da transpiração (E), foram realizadas utilizando-se um

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analisador de gás infravermelho (IRGA) portátil, de sistema aberto, modelo LI-COR

6400 entre 08:00 e 1 1:00 horas da manhã (Marenco ei aL 2001). Os dados foram

coletados em folhas completamente expandidas, apresentando bom estado fitossanitárioe situadas no terço médio da copa. Para cada indivíduo, foi selecionada uma folha de

para compor a repetição, constituindo um total de dez repetições por período (chuvoso e

seco). Os dados da resposta fotossintética à intensidade luminosa foram determinados

para uma densidade de fluxo de fótons (PPDF) de O e de 1000 pmol m " s ' com a

câmara foliar ajustada para trabalhar com concentração de CO2, temperatura e vapor deH2O em torno de 380 pmol mol"', 3I±I "C e 2I±I mmol mol"', respectivamente. Arespiração no escuro (Rj) foi determinada após uma adaptação de 15 minutos. Alémdisso foram calculadas a fotorrespiração (Pr) de acordo com Sharkey (1988); a taxa decarboxilação (Vc) e a taxa transportadora de elétrons (J), conforme Farquhar & VonCaemmerer (1982); a eficiência do uso da ágia (EUA) e a eficiência intrínseca do usoda água (EIUA) foram calculadas por meio das razões A/E e A/gs, respectivamente.

4.9. Determinação do rendimento dos óleos

Os óleos essenciais foram extraídos por hidrodestilação de acordo com a

metodologia descrita por Clevenger (1928). As folhas foram coletadas entre 9:00 e

10:00 horas e acondicionadas em sacos de papel, para serem secas em estufa a 40°C,

durante 72 hgras. Posteriormente, 20g de folhas maceradas foram submersas em 500 mlde água destilada em um sistema Clevenger de vidro, acoplado á üm balão,de vidro defundo redondo de 1000 ml (Figura 7).

A extração foi realizada durante 3,5 horas, mantendo-se a temperatura em

IOO°C. Posteriormente, os óleos obtidos foram armazenados em frascos de vidro sob

refrigeração, para evitar perdas de constituintes voláteis, sendo em seguida submetidos aanálises cromatográficas. Para cada árvore foram feitas três repetições, totalizando trintaextrações por período (chuvoso e seco). O rendimento foi calculado na relação

massa/massa pela medida da densidade, observando o volume obtido no próprio sistemade extração (Chaar, 2000).

IK

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FIGURA 1- Sistema Clevenger de extração de óleos voláteis.

4.10 Identificação do componente majoritário

A cromatografia gasosa de alta resolução do óleo do período chuvoso foi

realizada em cinco árvores. Para isso, injetou-se 1 pL de solução contendo o óleo

solubilizado em etanol (1:125), em cromatógrafo a gás aclopado a um detector por

ionização de chama (CG/FID), marca Varian, CP 3800 (Varian Analytical Quality

Manager Califórnia, USA) e equipado com coluna de sílica fundida, fase estacionária

VF-5ms (15m x 0,25m x 0,25pm). Condições analíticas: He como gás carreador e com

fluxo de 1,0 mL/min; temperatura do injetor a 250 °C e detector de ionização de chama

(FID) a 250 °C. Modo de injeção: split 1/30. A programação de temperatura utilizada

para as análises foi a seguinte: Tiniciai 100 °C, 5°C/min, Tf^ai 170°C por 10 min, com

tempo total de 32 min. O teor de linalol foi estimado a partir de uma curva padrão

obtida por linalol (97%), peso molecular 154,25 e a densidade do óleo calculada para

cada árvore.

Durante o período de menor precipitação, para a determinação do teor de linalol,

utilizou-se o Software Saturno 2100 T GC/MS; Cromatógrafo à Gás Varian 3900;

Espectrômetro de Massas íon Trap 2000, por impacto de elétrons (70 eV); Coluna VF-

Ims LB com 15 m x 25 mm x 0,25 pm, fase estacionária 1% fenil-dimetil polisiloxano,

fase móvel gás Hélio; Software de busca com biblioteca NIST, Wiley com

aproximadamente 500.000 espectros massas. A temperatura do injetor utilizada foi de

250°C, split 1:50, fluxo do gás de arraste 1,0 mL min"', programação de temperatura

19

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80 C até 150 C com razão de aquecimento de 8 C min ' e de 150" C até 250" C eom taxade 30" C/min tempo de corrida 12,08 min. A quantificação do teor do linalol. assimcomo no período chuvoso foi estimado a partir da curva padrão.

4.1 I. Delineamento experimental e análise estatística

Nos experimentos que compararam resultados quanto ao período deprecipitação, após a confirmação da normalid: ie dos resíduos e da liomocedasticidadedas variancias, os dados foram comparados pelo teste t. Na análise dos dados denutrientes foi utilizado o delineamento experimental inteiramente casualizado, emesquema fatorial 2 x 2 x 10, sendo composto dos seguintes fatores: dois períodos deprecipitação (chuvoso e seco), dois estádios de crescimento da folha (jovem e madura) edez repetições. Para a análise estatística desses dados foi feita a análise de variáncia(ANOVA) e as médias foram contrastadas pelo teste de Student-Newman-Keuls a 5%de probabilidade. Nas análises onde os dados não apresentaram homocedasticidade ,dasvariancias e normalidade dos resíduos, foi utilizada uma estatística não paramétrica peloteste Mann-Whitney. Adicionalmente, para relacionar o método óptico e oespectrofotométrico de determinação do teor de clorofila foram feitas análises deregressão..Os programas estatísticos utilizado.; foram o SIGMA STAT 32-è SYSTAT8.0.

20-

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5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

5.1. Relações hídricas e área foliar específica

As plantas de pau-rosa apresentaram diferenças quanto ao potencial de água na

folha entre os dois períodos analisados, sendo os maiores valores observados

durante o período chuvoso (Figura 8). Neste período, a média do potencial hídrico

antemanhã (Tam) foi de -0,07 (±0,02) MPa e ao meio dia (^md) correspondeu a -0,21

(±0,04) MPa; no período de menor precipitação, os resultados foram de -0,49 (±0,17)

MPa e de -2,02 (±0,17) MPa, respectivamente. A diferença dos potenciais hídricos entre

os períodos estudados, provavelmente, foi resultado do decréscimo acentuado da

quantidade de chuvas do período chuvoso (448 mm) para o período de menor

precipitação (122,7 mm), no ano estudado (2005).

Em estudo com Carapa guianensis envolvendo o 4^w nas plantas com um, cinco e

oito anos de idade, no estado do Amazonas, também foi observado, em todos os anos.

diminuição dos potenciais durante os meses mais secos (julho a agosto), porém a

diminuição mais acentuada ocorreu quando as plantas tinham um ano, período esse que

apresentou maiores diferenças nos índices de precipitação entre os períodos analisados

(Dünisch et ai., 2003). '

Silva &■ Lemos Filhó (2002) em estudo com cinco espécies lenhosa^ {Swieteniamacrophyíla King, Joannesia princeps Vell., Inga edulis Mart., Licania íomeníosa(Benth.) Fritsch e Cenírolobium tomentosum Guill. ex Benth) classificaram os potenciaisdessas espécies coletados durante o período da ante-manhã como elevados, mostrandoassim não haver limitação severa de água no solo. Dentre esses, o menor valor foi

observado (-1,5 MPa) em Inga edulis durante a estação seca, resultado inferior ao Tj,mencontrado no pau-rosa. De acordo com esses autores, apesar da disponibilidade de águano solo, as diferenças acentuadas do Tpm entre diferentes períodos de precipitaçãodevem-se à elevada demanda evaporativa do ar.

21

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Árvores

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

0

-0.5

1 •

°

j ■é0

0

0

0

•0

8

•0

8

ü_ '

1 -1.5

-2□

□ □□ □ □

□ □

-2.5□

FIGURA 8- Potencial hídrico antemanhã (HPam) (o) e ao meio dia (4^md) (□), de folhas de

pau-rosa, em períodos distintos de precipitação, período chuvoso (fechado) e seco

(aberto).

Quanto à curva pressão-volume (PV), houve modificações nos potenciais

osmóticos em função da precipitação (Figura 9). O pau-rosa apresentou menores valores

do potencial osmótico em saturação nula (fo) e plena (4^i(K)) durante o período seco.

sendo a diferença entre os dòis períodos correspondente a -0,26 MPa para o 4^0 e de -

1,81 MPa para o 4^100 (Tabela I), efeito este, provável do ajustamento .osmótico dessa

espécie para a melhor absorção de água durante o período de menor precipitação e paramanter o potencial de pressão em níveis adequados (Martin eí al.^ 2004; 3ianchi eí aL.

2005). De acordo com Patakas et al. (2002), a diminuição do potencial osmótico, em

reposta ao déficit hídrico, pode ser efeito de uma concentração passiva de solutos,

conseqüência da desidratação da célula, ou da acumulação ativa de solutos.

Em plantas jovens de Copaifem lah^sdorffii, durante um estresse hídrico

induzido artificialmente, houve redução do potencial osmótico nulo do tratamentocontrole para o estressado de -1,89 MPa para -2,05 MPa, respectivamente (Prado.1991). Jensen et al. (2000) em estudo com Chenopodium quinou Willd tambémobservaram diferenças entre o período chuvoso e seco, sendo os valores obtidos

superiores ao do pau-rosa, com 4^o iguais a -1,57 e -1.83 MPa e 4^oo iguais a-1,27 e -1,43 MPa, respectivamente. Segundo esses autores, provavelmente essa espécie é

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tolerante à seca em função do baixo potencial osmótico, porém isto depende cm parte

do tamanho do módulo de elasticidade, que nessa planta foi igual a 21,9 e 18,4 e o teor

relativo de água no ponto de plasmólise igual a 85 e 82%, respectivamente.

-5.5

-5

-4.5

_ -4

Q -3.5

2 -3S -2,5

^ -2•

~ -1.5-1

-0.5

<

0

100 95

>• = 0.4595 -0.01 \R- = 0.9897

90 85 80 75

TRA (%)

70 65

-5.5

-5

-4,5

-4

-3.5

-3

-2.5

-2

-1.5

-1

-0.5

H. B

o L-100 95

y = 0.1657-0.006 I x= 0.9895

90 85 80

TRA (%)

75 70 65

FIGURA 9- Curva pressão-volume para cálculo do potencial osmótico em saturação nula

(4^0) (ponto A) em folhas de pau-rosa, período chuvoso (a) e período seco (b). O ponto B

representa o inicial.

O módulo de elasticidade do pau-rosa não apresentou diferença entre os períodos

analisados, com valores iguais a 16,20 e 21,69 MPa, para o período chuvoso e para o de

menor precipitação, respectivamente (Tabela I). No entanto, de acordo com Da Matta ei

al. (1993), sob seca prolongada, algumas espécies podem diminuir o módulo de

elasticidade em função de mudanças nas propriedades mecânicas da parede da célula

23

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para alterar o tamanho, sendo isso viável à planta uma vez que contribui para manter o

volume do protoplasma.

Assim como o módulo de elasticidade, o teor relativo de água no ponto de

plasmólise não variou entre os períodos distintos de precipitação, e corresponderam a

valores relativamente altos quando comparados a outras espécies como paricá

{Schizolohium amazonicum\ ingá cmnamomea\ clitória {Cliíoria racemosa) e

tachi {Sclerohium paniculaíum)^ que apresentaram no período chuvoso valores entre 77

e 86% e no seco entre 76 e 82% (Oliveira, 2005).

A área foliar específica do pau-rosa não variou em função dos diferentes

períodos de precipitação, correspondendo a 17,94 e 17,64 m^ kg"' no período chuvoso e

seco, respectivamente (Tabela I). Plantas de mogno (Swiíenia macrophylla King) e de

cumaru {Dipíeryx odorata AubI Willd), em plantio sombreado no estado do Amazonas,

apresentaram área foliar específica igual a 17,8 e 8,59 m^ kg ', respectivamente

(Gonçalves et ai^ 2005b).

TABELA I- Potencial osmótico em saturação nula (4^o), plena (T^km)), módulo de

elasticidade (e), teor relativo de água no ponto de plasmólise (TRAd) e área foliar

específica (AFE) de folhas de pau-rosa em períodos distintos de precipitação.

Período n " 4^0 - ^'loo e TRAo AFE •

(MPa) . (%) (m^ kg" )

Chuvoso 10 -2,-48 ±0,2a -í,95±0,2a -I6,20±4,5a 87,56 ±3,2a I7,94±0,9a

Seco 10 -2,74±0,2b -2,36±0,2b 2I69±8,4a 86,79 ± 1,2a 17,64 ± 1,3a

Mediu ± dc.svio padrão dc dez repetições, seguidas pela mesma letra na coluna para os latores nãodi lerem pelo Teste t.

Quanto à concentração dos carboidratos, no pau-rosa foi observado um maior

acúmulo de açúcares solúveis na folha durante o período de menor precipitação (Tabela

2), com aumento correspondente à 13,44 e 13,21% por unidade de massa (mg g"') e de

área foliar (mg m"^), respectivamente, comportamento este. provavelmetiie relacionado

a uma estratégia da planta para a melhor absorção de água por meio do ajuste osmótico.

Este ajuste é um importante mecanismo de tolerância à seca, uma vez que a

acumulação de uma mistura complexa de ácidos orgânicos, açúcares e aminoácidos

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permite a manutenção de processos fundamentais, como a expansão celular, realizarajustes estomáticos e fotossintéticos, melhorar o crescimento vegetal, diminuir opotencial hídrico, além de possibilitar um maior arranque de crescimento após o estresse

(Heuer, 1994; Lima, 1996; Kumar & Singh, 1998; Pimentel, 1999; Nogueira d a/..2001).

Chaves Filho & Stacciarini-Seraphin (2001), ao estudarem o comportamento de

lobeira {Sofamim lycocarpum) sob estresse hídrico, observaram que os teores de

carboidratos solúveis e redutores em folhas aumentaram, assim como Latt eí al. (2001)

em estudo com cinco espécies (Dacíy/ac/enia baríeri. Gliricidia sepium, Leucaena

leucocephala, Píerocarpus soyauxii, e Senna siameá) na Nigéria, durante o período

seco.

Segundo Silva Júnior & Leal (2003), em geral nas plantas, o acúmulo de

açúcares solúveis em virtude do déficit hídrico é acompanhado pela diminuição no teor

de amido. No entanto, a concentração do amido nas folhas de pau-rosa (Tabela 2) não

variou entre os dois períodos analisados, sugerindo que as taxas fotossintéticas dessa

espécie não foram limitantes durante o período Je menor precipitação.

TABELA 2- Concentração de açúcares solúveis e amido por unidade de massa e por área

de folhas de pau-rosa em períodos distintos de precipitação.

Período n Açúcares Amido Açúcares Amidosolúveis solúveis

(mg/gO " (mg/m")

Chuvoso IO 30,53 ± 3,1 b 19,40 ± 1,6a 0,46 ± 0,05b 0,28 ± 0,04a

Seco 10 35,27 ± 3,4a 20,07 ± 3,6a 0,53 ± 0,05a 0,30 ± 0,05a

Media ± de.svio padrão de dez repetições, seguidas p.la mesma letra na coluna para os fatores nãodiferem pelo Teste t.

5.2 Estado nutricional das plantas

As folhas de pau-rosa não apresentaram diferença quanto ao teor de nitrogênio

(N) (Tabela 3), tanto quanto ao período de precipitação como para a o estádio de

crescimento da folha. Ao contrário, as concentrações do Fósforo (P). rpesar de não

25.

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diferirem quanto à estádio de crescimento foliar, foram maiores durante o período de

menor precipitação, o que pode estar relacionado a uma estratégia da planta, uma vez

que. o íósforo é essencial na regulação da exportação de açúcares-fosfatados do

cloroplasto, favorecendo os mecanismos de regulação osmótica, assim também pode ser

resultado do aumento no fluxo de aminoácidos das raízes para as folhas, durante esse

estresse (Dias eí ai.. 2002).

TABELA 3- Teores de macronutrientes em fomas de pau-rosa. em períodos distintos de

precipitação e em diferentes estádios de crescimento, novas (NV) e maduras (MD), em

plantio.

Período Estádio n N P K' Ca Mg

(g Kg")

Chuvoso NV 10 18,05 ± 1,3a 0,73 ±0,0b 6,l7±0,7b 3,63 ±0,6a 2,18 ±0,3a

MD 10 18,66 ±0,9a 0,74 ±0,0b 5,83 ±0,8b 3,52 ±0.3a 1,72 ±0,2b

Seco NV 10 17,53 ±l,3a 0,83 ±0,1 a 7,94 ± 1,3a 2,48 ±0,7b l,39±0,3c

MD 10 I7,42±l,la 0,83 ±0,1 a 7,l4±l,6a 2,54 ±0,6b 1,45 ±0.4c

Media (*mcdiana) ± desvio padrão de dez repetições, sej/uidas pela mesma letra na coluna para os fatoresnão diferem pelo Teste Student-Newman-Keuls.

Além disso, os altos níveis de fósforo assimilados em determinados períodos^

podem significar um importante mecanismo de manutenção do estado nutricional e.

conseqüentemente, metabólico da planta, no momento em que esta está investindo sua

energia na produção de folhas, ramos, ou mesmo, preparando-se para a fase reprodutiva

(Leitão & Silva, 2004). Esse comportamento é essencial para plantas de solos tropicais

devido à grande deficiência desse nutriente, além da elevada capacidade de fixação

desse elemento por compostos de alumínio e de ferro (Fernandes eí ai.. 2003). O teor

total de P dos solos se situa, de modo geral, entre 200 e 3000 mg kg ' de P, sendo que

menos de 0,1% desse total encontra-se na solução do solo (Falcão & Silva, 2004).

A maior concentração de potássio (F.) foi observada no período de menor

precipitação, não diferindo quanto ao estádio de crescimento da folha (Tabela 3). O

acúmulo desse elemento no período de menor precipitação provavelmente deve estar

relacionado à ação do K na regulação osmótica, uma vez que a quantidade de água

armazenada no tecido depende largamente do suprimento celular desse elemento, de

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modo que, o aumento na disponibilidade do K faz com que a célula possua mais água.

além de ser importante na regulação da condutância estomática. Com isso. o acúmulo

desse elemento é fundamental para o crescimento e desenvolvimento das folhas novas,

em razão da criação de condições favoráveis às reações da fotossíntese e outros

processos metabólicos (Marsehner. 1995).

Ao contrário do K, foi observado nas folhas do pau-rosa, um maior acúmulo de

cálcio (Ca) durante o período chuvoso, não havendo diferença entre os estádios de

crescimento das folhas, o que provavelmente está relacionado a maior disponibilidade

desse elemento, devido a maior umidade no solo. No entanto, de acordo com Dias eí a!.

(2002) o teor desse nutriente tende a apresentar uma maior variação no vegetal, com

picos positivos durante os meses mais secos por haver uma menor taxa metabólica neste

período, o que reduziria ainda mais a mobilidaoc deste elemento.

A maior concentração do magnésio, assim como para o cálcio, foi observada

durante o período de maior precipitação (Tabela 3) e entre os estádios de crescimento

das folhas, nesse período, foi encontrada a maior concentração desse elemento na folha

jovem.

TABELA 4- Teores dos micronutricntes em folhas de pau-rosa, em períodos distintos de

precipitação e em diferentes estádios de crescimento,-novas (NV) e maduras (MD), em

plantio. '

Período Estádio n Fe M.n Zn .

(g Kg-')

Chuvoso NV 10 50,62 ± lO.Oa 51,1 1 ± 14.3a 6,33 ± 2,7a

MD 10 48,44 ± 7,5a 54,00 ± 17,3a 8.00 ± 3,2a

Seco NV 10 50,62 ± 8,1a 43,00 ± 20,0a 8,00 ± 1,5a

MD 10 53,00 ± 12,0a 54,57±.9,6a . 8,45 ± 2,1a .

Mediana ± desvio padrão de dez repetições, seguidas pela mesma letra na eoíuna para os fatores nãodi lerem pelo l este Student-Newman-Keuls.

Baixas concentrações de elementos como o cálcio e magnésio. durante o período

de menor precipitação, podem ser limítantes oara o balanço da fotossíntese, uma vez

27

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que esses elementos apresentam funções essenciais na regulação c controle de muitas

reações bioquímicas relacionadas com o crescimento e desenvolvimento das plantas,sendo o cálcio responsável pela integridade das membranas celulares e o magnésio umcomponente fundamental da clorofila (Liu eí ai., 1997).

Quanto aos micronutrientes (Fe, Mn e Zn), não se observou diferença em relaçãoà concentração desses elementos, tanto de forma temporal quanto para o estádio decrescimento da folha. O que não corrobora com Nunes e/ ai (2004), que afirma que odéficit hídrico no solo pode causar redução na absorção desses micronutrientes e.

conseqüentemente, ter como reflexo, menores teores foliares. Os valores de Fe, no pau-rosa, foram inferiores quando comparados à concentração em plantas como o mogno(Swiíenia macrophylla King) e em cumaru {Dipteryx odorata AubI Willd) queapresentaram em plantio, sob sombra parcial de floresta de terra firma como o caso do

plantio de pau-rosa, respectivamente, 176,5 e 192,4 g Kg ' (Gonçalves ei ai. 2005b).Quanto à ordem do acúmulo dos macronutrientes para o pau-rosa, não houve

variação nos diferentes períodos de precipitação e em função do estádio de crescimento.sendo a seqüência observada igual a N>K>Ca>Mg>P (Figura 10). Em Carapaguianensis e Beríholietia excelsa observou-se variação quanto ao período deprecipitação quanto á relação dos macronutrientes, sendo no período seco a ordemobservada: N>K>Ca>Mg>S>P e para o período chuvoso: N>Ca>S>IVIg>K>P (Morais.2Ò03). - ^ ,

Como se pode observar, o N é o elemento mais acumulado nas folhas. Esseelemento é fundamental às plantas por ser constituinte de moléculas orgânicasimportantes como aminoácidos, proteínas, ácidos nucléicos, nucleotídeos e pigmentos(Marschner, 1995, Marques et ai. 2004).

Nas folhas de pau-rosa, após o teor de N observa-se um maior teor de potássio.Esse nutriente é essencial para a .sobrevivência das plantas, pois está presente em altasconcentrações no suco celular regulando o potencial osmótico e o balanço iônico, pormeio da translocação de açúcares, além de promover o estabelecimento de um gradientede pH transmembrana, necessário para a síntese de ATP (fotofosforilação), turgor dascélulas guardas, e como conseqüência abertura dos estômatos (Pimentel, 1999; Taiz &Zeiger, 2004).

O P é o macronutriente cuja concentração é menor nas folhas, provavelmentedevido à carência generalizada desse elemento sob solos tropicais, pois além do fósforo,em grande parte ficar fortemente fixado no solo, esse elemento não está prontamente

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disponível para as plantas (Cardoso & Kuyper, 2006). No entanto, o fósforo, na planta,desempenha um papel importante na transferência de energia da célula, na respiração ena fotossíntese (Barroso, 2004).

(NV)

9% Mg

CHUVOSO(MD)

si:co

9% Mg

FIGURA 10- Relações da concentração de macronutrientes nas folhas de pau-rosa,períodos distintos de precipitação e em diferentes estádios de crescimento (novas- NV

maduras-MD).

em

e

Para os micronutrientes, houve diferença quanto o período de precipitação, naordem de acúmulo dos micronutrientes (Figura 1 1). No período chuvoso, foi observada

a seguinte ordem: Mn>Fe>Zn, enquanto no período seco foi igual a: Fe>IVIn>Zn.

Morais (2003) também observou esse mesmo comportamento para o cumaru {Dipieiyxodomta). Vil leia & Lacerda (1992) mencionan que a variação em função da quantidadede chuvas na concentração dos elementos minerais nas folhas parece estar fortemente

relacionada aos mecanismos de absorção e de retranslocação destes nutrientes.

29

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CHUVOSO

SECO

FIGURA 11- Relações da concentração de inícronutriente nas folhas de pau-rosa, em'períodos distintos de precipitação em diferentes estádios de.crescimento (novas- NV emaduras-MD). • • - ' . .

5.3. Teor de pigmentos cloroplastídicos

Um dos fatores ligados à endência fotossintética de plantas e.conseqüentemente, ao crescimento e adaptabilidade a diversos ambientes é a cloronia.No pau-rosa. a concentração da clorofila a diminuiu no período seco, não ocorrendodiferença quanto à concentração da cloronia b. tanto por unidade de massa, quanto porárea (Tabela 5 e Tabela 6).

Nos vegetais, as clorofllas .são constantemente sintetizadas e destruídas, sendo osprocessos influenciados por fatores internos e externos às plantas (Neves et a/.. 2005). Aredução no teor desses pigmentos de plantas expostas a períodos com menor

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disponibilidade de água, pode ser resultado da formação de espécies reativas deoxigênio, que podem oxidar pigmentos fotossintéticos, lipídeos de membrana, proteínas

e ácidos nucléicos (Smirnoff, 1995; Carvalho et ai, 2003).

Além disso, esse decréscimo, nas folhas de pau-rosa pode estar relacionado à

diminuição no teor de Magnésio observada durante esse período, uma vez que esse

elemento é um componente estrutural da molécula de clorofila (Liu eí ai, 1997:

Marques e! ai 2004).

TABELA 5- Teores dos pigmentos cloroplastídicos por unidade de área em folhas de

pau-rosa, em períodos distintos de precipitação.

Período n Chia' Chlb Chi total Chi a/b'

(pmol m '^)

Chuvoso 10 470,39 ±21,8a 181,42 ±3 7,6a 651,29 ±45, Ia 2,72 ±0,5a

Seco 10 375,25 ±41,7b 168,49 ±20,5a 536,00 ±60,1 b 2,l4±0,lb

Media ('mediana) ± de.svio padrão de dez repetições, seguidas pela mesma letra na coluna para os Tatoresnão diferem pelo Teste t.

Quanto ao teor de clorofila total e a razão clorofila a/b, foram observadas

diminuições durante o período de menor precipitação, com exceção para o teor de

clorofila total por unidade de massa (Tabela 5 e Tabela 6). Por unidade de área, as-

diminuições corresponderam a 17,7 e 18,6%, para Chi total e para a razão Chi a/K

respectivamente, em relação ao período chuvoso.

Gonçalves eí ai (2005a) em estudo com mudas de pau-rosa sob diferenças

condições de intensidade de luz, observou maiores teores de clorofila a q h (387 e 163

pmol m respectivamente) sob sombra e em pleno sol a concentração diminuiu para

140 e 63 pmol m ̂ respectivamente. Portanto, em geral, quando as plantas sãosubmetidas a condições de estresse, as concentrações dos pigmentos cloroplastídicos

decrescem, e a proporção entre os pigmentos se modifica, seja com a finalidade de

maximizar a absorção de luz ou de se proteger contra o excesso de luz, e geralmente

essas alterações em clorofila at h não são proporcionais (Krause et ai„ 2001).

Em coqueiro anão {Cocos nucifera) os teores de clorofila total, também,

apresentaram uma redução acentuada nos meses com menores índices de precipitação

(Silva Júnior & Leal, 2003). De acordo com esses autores a redução do teor de clorofila

-ii

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faz com que ocorra uma perda na capacidade ue fixação de radiação luminosa, o que é

de extrema importância para a produtividade primária. Segundo Hendry & Price (1993)

a perda de pigmentos durante um estresse ambientai é um indicador muito visível de

eventos como a deficiência hídrica.

TABELA 6- Teores dos pigmentos cloroplastídicos por unidade de massa foliar em

folhas de pau-rosa, em períodos distintos de precipitação.

Período n Chia Chlh' CM total CM a/M

(pmol g*'MF)

Chuvoso 10 3,62 ± 0,3a 1,35 ± 0,3a 5,00 ± 0,5a 2,83 ± 0,3a

Seco 10 2,97 ± 0,5b 1,27 ± 0,3a 4,34 ± 0,8a 2,20 ± 0,1b

Media ( mediana) ± desvio padrão de de/, repetições, seguidas pela mesma letra na eoluna para os latores

não diferem pelo Teste t.

Em função da existência de relação entre índice de intensidade da cor verde e

teor de clorofila em várias espécies de plantas (Torres Netto eí ai. 2002; Carvalho et

ai. 2003), tem-se utilizado essa relação, para associar o teor relativo de clorofila das

folhas com valores unidimensionais (índice de intensidade da cor verde) estabelecidos

por medidores como o clorofilômetro. Por meio desse método, os valores de clorofila

são calculados pela leitura diferencial da quantidade de luz transmitida pela folha, em

duas régiões de comprimento de onda (650 e 9^0 nm), e a absõrção de luz pela clorofila

ocorre no primeiro comprimento de onda (Swit Jer & Moore, 2002).

No pau-rosa, as quantidades de clorofilas a ̂ b extraídas da folha foram

significativamente relacionadas às leituras do clorofilômetro (CCM-200, Opti-sciences)(Figura 12). Os coeficientes de variação foram de 0,75 e 0,61, respectivamente. Com

isso, a relação verificada entre leitura com medidor portátil de clorofila e teor de

clorofila extraível evidencia que as leituras efetuadas com clorofilômetro (CClVI-200,

Opti-sciences) estimam adequadamente o grau de esverdeamento da folha do pau-rosa.A determinação do teor de clorofila pelo clorofilômetro apresenta algumas

vantagens sobre o método de extração de clorofila, tais como, tempo de leitura reduzido

e baixo custo de manutenção, ao contrário de outros testes que exigem comprasistemática de produtos químicos; não há necessidade de envio de amostras paralaboratório, com economia de tempo e dir.ijeiro, e podem ser realizadas quantas

32

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amostras forem necessárias, sem implicar em destruição de folhas (Argenla e/ «/..2001). De acordo com esses autores, em estudo com dois híbridos de milho (Zea iiiay.s -Pioneer 32R2I e Cargill 901). os coeficientes de variação variaram de 0.80 a 0,97 e de0.72 a 0,98. para as clorofiias a e A, respectivamente. Com algodão {Go.s.svpíumhirsuíwn L. r. lalifoVium Hutch). Neves et al. (2005) obteve relações de 0.67 para aclorofila <7 e de 0,82 para clorofila b.

600

500

Y = 93.89 +5.2716\

R-= 0.7557

400

M ̂° E 300

I g 200100

o 4-

20 30

300

250

I 200M ̂O E 150o ̂

.| §10050

O L20

40 50 60 70

Método óptico

Y = 49.241 +2.3093\

R-= 0.6146

30 40 50 60 70

Método óptico

80 90

80 90

FIGURA 12- Relação do teor de cioroflla a (A) e b (B) por unidade de área (pmol m-^)foliar de folhas de pau-rosa, entre o método ópíico e pelo método químico.

5.4. Trocas gasosas

Os valores das taxas de fotossíntese líquida (A) do pau-rosa decre.sceram cerca

de 34.2% durante o período de menor precipitação, quando comparado à época chuvo.sa

(Tabela 7). A maior atividade fotossintética da planta sob maior disponibilidade hídrica

do solo pode ser explicável pelo o favorecimento na absorção de certos nutrientes

.3.3

lIBLIOTECfl m liPI

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essenciais para o eficiente desempenho do aparato fotossintético. pela ausência defatores de estresse, tanto hídrico, como por radiação, e pela maior condutância

estomática (Morais, 2003).

No entanto, em épocas com índices menores de precipitação, o decréscimo da

atividade fotossintética, provavelmente está relacionada à falta de disponibilidade

hídrica e ao aumento da temperatura, assim como devido a menor concentração de

clorofila encontrada nas folhas, durante esse pe. íodo (Machado eí a/., 2005).

Dünisch eí al. (2002) em estudo sobre o comportamento ecofisiológico de

espécies da família Meliaceae na Amazônia Central, observaram que durante o período

seco a fotossíntese máxima de Swieíenia macrophylla e Cedrela odorata foi reduzida

em 20% em relação ao período chuvoso.

A respiração do pau-rosa, ao contrário da fotossíntese, aumentou durante o

período de menor precipitação (Tabela 7), provavelmente, devido as taxas de Rd na

folha serem influenciadas por fatores ambientais, assumindo valores altos em condições

de altas radiações e temperatura (Lambers et al.^ 1998; Marenco eí £//., 2001).

TABELA 7- Taxa de fotossíntese (A), taxa de respiração no escuro (Rd), condutância

estomática (gs) e transpiração (E) em folhai de pau-rosa, em períodos distintos dé

precipitação. . .

Período A Rd gs E

(pmol m"V) (jimol m"V) [mol (H2O) m ̂̂ s".'] [mmol (H2O) m"~ s"']

Chuvoso 7,86 ± 1,96a -0,75 ±0,18b 0,20 ± 0,06a ' 2,51 ±0,76a

Seco 5,I7± 0,39b -0,98 ± 0,22a 0,06 ± 0,01b 1,35 ± 0,36b

Media ± desvio padrão de dez repetições, seguidas pela mesma letra na coluna para os fatores nàodiferem pelo festo t.

Gonçalves eí al. (2005) estudando a influência de diferentes intensidades de luz

sob o desenvolvimento de mudas de pau-rosa apresentaram resultados semelhantes aos

obtidos no presente trabalho quanto a atividade fotossintética e a respiração, nessas

mudas os menores e maiores valores alcançadc : para a atividade fotossintética foram de

2,27 e 6,92 |Limol CO2 m*V' sob 1300 a 1800 e 700 a 1000 pmol m'V, respectivamente

e para a respiração foram de 0,61 e 1,16 pmol m'V sob 100 a 250 e 1300 a 1800 pmol

m"~s"', respectivamente. Independente dos resultados aqui apresentados terem sido

próximos aos observados na literatura para a mesma espécie, é valido ressaltar que

.14

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dependendo do ambiente de crescimento, da época da análise e da idade das folhas os

valores das taxas de fotossíntese podem variar bastante.

Quanto à condutância estomática, nas plantas de pau-rosa foi observado umadiminuição durante o período de menor precipitação. Em geral, nas plantas as reduçõesna condutância estomática constituem em uma das primeiras estratégias utilizadas paradiminuir a taxa transpiratória e manter a turgescência (Eckstein & Robinson, 1996; Reyct aL. 1999; Souza et ai, 2001). Entretanto, apesar do processo de fechamento

estomático tornar lenta a perda de vapor d'água, ao mesmo tempo, reduz a absorção deCO2 e, conseqüentemente, a fotossíntese (Souza et ai, 2001).

Na folha do pau-rosa, no período de menor precipitação, a taxa de transpiraçãotambém diminuiu (aproximadamente 46,2%' provavelmente devido à redução nacondutância estomática (tabela 7). Souza Filho et ai (2005) em estudo na reservaflorestal de Caxiuanã, região nordeste da Amazônia, também, observou que atranspiração para o período menos chuvoso foi menor que o encontrado para o períodocom maior precipitação. Assim como plantas de Tabehuia aurea que sob estressehídrico apresentaram redução na transpiração em cerca de 50% aos treze dias deimposição do estresse (Silva et ai, 2003).

As .taxas de transporte de elétrons (Jmaxiu/) e a de carboxilaçLo (Vcu,/) não 'variaram nas folhas de pau-rosa, nos diferentes períodos (tabela 8). A taxa decarboxilaçãõ está relacionada com a atividade da de càrboxilação da enzima Ribulose1,5 bifosfato carboxilase/oxigenase. Essas duas funções, da . -rubisco agemcompetitivãmente, dependendo das concentrações de CO2 e O2, assim como datemperatura e da luminosidade (Novitskaya et ai, 2002).

A fotorrespiração do pau-rosa aumentou durante o período de menorprecipitação (tabela 8), esse aumento, provavelmente é uma estratégia da planta, duranteas condições de estresse desse período, para dissipar o excesso de energia fotoquímica,evitando a fotoinibição (Filella et ai, 1998). Com isso, a fotorrespi ração para espéciestropicais, como o pau-rosa, é tida como um processo benéfico evitando um dano maiorao aparato fotossintético, e pode servir para dissipação do excesso de ATP e NADPH:para geração de CO2 interno, mantendo uma atividade da Rubisco; e para o consumo de

oxidantes fortes como a H2O2, pela ação da catalase (Lorimer & Andrews, 1981).

A eficiência do uso da água (EUA) e a eficiência intrínseca do uso da água(ElUA) também aumentaram durante o perío.lo de menor precipitação nas folhas de

pau-rosa (Tabela 8). Provavelmente esse aumento deve-se a redução da transpiração e

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da condutância estomática, em maior proporção do que a diminuição da íbtossíntese.

duiante o período seco. Osmond et aL (1980) descrevem que plantas mais tolerantes à

baixa disponibilidade de água são aquela.' que conseguem manter a atividade

fbtossintética alta, com baixa condutância estomática, para reduzir as perdas de água portranspiração.

A eficiência do uso da água expressa quantitativamente o comportamento

momentâneo das trocas gasosas na folha. Com isso, pode-se observar que o pau-rosa

mostrara-se eficiente no uso de água, pois apresentaram as maiores taxas de assimilação

de CO2, e quanto maior a EUA melhor será a habilidade da planta em períodos secos.

Stratton & Goldstein (2001), estudando sete espécies florestais do Hawai, observou

também que a EIUA foi substancialmente maior (>40%) na estação seca em

comparação a chuvosa.

TABELA 8- Taxa de transporte de elétron; (Jmaxiuz), de carboxilação (Vcu,/). de

fotorrespiração (Pr), eficiência do uso da água (EUA) e eficiência intrínseca do uso da

água (EIUA), em folhas de pau-rosa, em períodos distintos de precipitação.

Período Jmaxiu/ Vclu/ Pr EUA EIUA

. -

(jumol clclron.sm-V)

(|imol m'V) ()imol m'V) (mmolCOimol'H20t)

(mmolC02mor'• II2O'')

Chuvoso 44,85 ± 2,71a 8,87 ± 1,44a 1,41 ± 0,44b 2,96d: 0,89b . 43,32 ±15:19b '

Seco 38,13 ± 7,28a 8,15 ± 0,35a 2,01 ±0,18a 4,0 r± 0,83a '96,88 ± 16.70a

Média ± desvio padrão de dez repetições, seguidas pela mesma letra na coluna para os fatoresnão diferem pelo Teste t.

5.5. Rendimento do óleo volátil e quantidade de linalol

A natureza e a quantidade de metabólitos secundários produzidos durante o

desenvolvimento do vegetal dentre outros fatores, podem ser afetadas pela intensidade

da radiação, temperatura e precipitação (Calixto, 2001; Gouinguené &Turlings, 2002).

As plantas de pau-rosa apresentaram menor rendimento do óleo nas folhas

durante o período chuvoso, correspondente a 2,1% (±0,34), enquanto que no período de

menor precipitação o rendimento foi de 2,4%, diferença de, aproximadamente, 12,7%

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(Figura 13). Os rendimentos em folhas do pau-rosa obtidos neste trabalho, foram

superiores aos obtidos por Cunha (2002), no ano de 2001, também coletadas na reserva

florestal Adolpho Ducke, onde o rendimento variou entre 1,21% e 1,64%.

O aumento no teor de óleo durante o período de menor precipitação, pode estar

relacionado a maior concentração de fósforo nas folhas encontradas durante esse

período. Uma vez que para a síntese dos monoterpenos, são necessárias várias reações

de fosforilação, sendo que o principal doador o'e energia e íon fosfato para a reação é o

ATP (Dragar & Menary, 1995). Com isso, em plantas deficientes em P haveria menor

taxa de fosforilação, diminuindo assim a produção de monoterpenos que, segundo

Cardoso et ai. (2001), representa 90% da constituição dos óleos essenciais. Em Mentha

arvensis L. o rendimento de óleo foliar aumentou em aproximadamente 100% quando

fornecido um suprimento maior de nitrogênio e fósforo (Bernáth, 1992).

3.6 -

3.4 -

3.2 -

^ ̂

3 0 -íf

o 2.8 -

'O2.6 -

<u■o

2.4 -o *

(UF- 2 2 -

2.0 -

1.8 -

1.6 --

Chuvoso Seco

Períodos

figura 13- Rendimentos de óleos voláteis de folhas de árvores de pau-rosa (/?= 10x3repetições), em períodos distintos de precipitação.

A síntese do óleo em maior proporção durante o período de estresse hídricotambém pode ser uma estratégia da planta de defesa, uma vez que aos óleos voláteis sãoatribuídas funções como a proteção contra predadores, contra a perda de água e aoaumento da temperatura (Cunha, 2002).

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Porém, esse comportamento provavelmente varia de acordo com a espécie. Em

plantas de pimenta longa {Piper hispidinervum C. DC.). ao contrário do pau-rosa, os

maiores rendimentos de óleo essencial, foram observados no período chuvoso (Bergo d

í//., 2005).

O rendimento do óleo do pau-rosa também variou entre as árvores do plantio

(figura 14), sendo a árvore que apresentou maior rendimento a número 3, porém a que

apresentou maior diferença entre o período chuvoso e o de menor precipitação foi a

árvore número 6. Ao analisar essas variações deve-se ressaltar que as árvores de plantio

são oriundas de sementes, com isso além das influências das condições ambientais,

deve-se levar em conta a variabilidade genética desses indivíduos, dados esses que

poderão ser utilizados em trabalhos de melhoramento genético.

/ ,rvores

FIGURA 14- Rendimento dos óleos voláteis de folhas maduras de árvores de pau-rosa

(w=IO), em diferentes períodos de precipitação, chuvoso ( ■ ) e seco ( □ ).

Quanto ao linalol, o maior teor, ao contrário do rendimento do óleo foiobservado na folha durante o período chuvoso, porém os picos observados nãodiferiram entre as plantas e entre os períodos (Figura 15). A folha durante a épocachuvosa apresentou 73,92% (± 5,75) e no período de menor precipitação foi de 62,61%(± 7.09) de linalol, com diferença de, aproximadamente, 15,30%. Os teores obtidosneste trabalho foram superiores aos obtidos per Silva ei al. (2003), onde quantillcaram54,5% de linalol no óleo das folhas da Aniha duckei Korstermans.

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Essa diminuição durante o período seco pode estar relacionada ao aumento da

temperatura. Gouinguené & Turlings (2002) em estudo com milho {Zea mays\ em

temperaturas entre 22°C e 27°C. observaram í? liberação dos componentes voláteis em

temperaturas elevadas.

o ."j

0 '.n -

O 00

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À_U_-^Uui. .!■.« ..■.vs Á .t.-iiriUtç;

FIGURA 15- Cromatogramas sobrepostos dos óleos voláteis extraídos de folhas de pau-

rosa em plantio.

Gershenzon (1983) estudando os efeitos sazonais sobre a síntese dos compostosdo óleo volátil de Thymus serrulatus observou que durante .períodos de menorprecipitação o óleo é composto principalmente de timol e carvacrcl, com 60 e 70%.respectivamente. No entanto, assim como no pau-rosa, durante o período de maiorprecipitação a concentração de linalol aumentou.

Rao et al. (1996) em estudo envo'vendo a composição dos terpenóidesproduzidos por Pelargonium sp., também observaram que a concentração máxima dolinalol ocorreu durante os meses de agosto, novembro e fevereiro, correspondente aestação chuvosa, outono e primavera, respectivamente. Nessa espécie as concentraçõesdo linalol declinaram quando a temperatura superou 40°C e aumentaram com adiminuição da temperatura.

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6 - CONCLUSÕES

• As árvores de pau-rosa apresentam mudanças ílsiológicas quanto nos diferentes

períodos de precipitação (chuvoso e seco), e utilizaram estratégias, nos períodos demenor disponibilidade hídrica, que envolvem a diminuição do potencial hídrico e

ajuste osmótico, com a diminuição do potencial osmótico, em parte, explicado peloaumento no teor dos açúcares solúveis foliares no período de menor precipitação;

• O pau-rosa apresentou exigências e/ou estratégias diferenciadas quanto ao acúmulodos elementos minerais no tecido foliar. Essas plantas mostraram-se eficientes ao

acumular certos nutrientes relacionados à manutenção do metabolismo e ao

ajustamento osmótico, como o P e K, durante o período de menor precipitação.Porém nesse período observou-se a diminuição de cálcio e magnésio;

• As árvores de pau-rosa, durante o período de menor precipitação, apresentaram

diminuições quanto ao teor de cloroflla a, o que provavelmente afetou a atividade

fotossintética durante esse período. Porém, essas plantas exibiram no mesmoperíodo redução da transpiração e da conciutância estomática. em maior proporçãodo que a diminuição da fotossíntese;

• Nas folhas do pau-rosa, durante o período de menor precipitação, o maior

rendimento dos óleos pode estar associado a maior concentração de fósforo,encontrada nas folhas neste período. Por outro lado, também pode ser o óleo

sintetizado como uma forma de proteção às condições ambientais estressantes. Oteor de linalol diminuiu durante o período seco, provavelmente influenciado peloaumento da temperatura.

40

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ANEXOS

5\

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período chuvoso

1.00^

075-w

õ 0.50-s.

025

Árvore I

jí. > ^ /

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1.00- 2 Árvore 2■«

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0

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'l '2 '3 'í '5 '6 ^ 'eMinutes

Arvore 3

52

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Arvore 4

o 0.50-

1.0 rvore 5

53

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PERÍODO SECO

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i 2.5 I: jJ 2.0 !i

ii! 1.0

0.5

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Arvore 2

Arví^re 3

Árvore 4

RIC Mergecl01Q6_S1.sms 2000 CENTRaORAW

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RIC Mérged 010G_&4 mis 2000 CFOTRCIDRÁW

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54

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|MCauntsI

RC Wbcgal 0106_&5.sms 2000CENTRO O RAW

Árvore 5

1.5'

1.0

05

0.0

l|i s

55

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ANALISE ESTATÍSTICA

POTENCIAL HÍDRICO

One Way Analysis of VarianceNormality Test: Failed (P < 0.050)

Kruskal-Wailis One Way Analysis of Variance on Ranks

Group N Missing Median 25% 75%AMchulO O 0,0700 0,500 0,900

MDchuiO O 0,2000 1,800 2,500

AMsec 10 O 0,4542 3,500 6,333

IVÍDsec 10 O 2,0000 19,000 20,833

H = 36,415 with 3 degrees of freedom. (P = <0,001)

The differences In the median vaiues among the treatment groups are greater than would beexpected by chance; there is a statistically significant difference (P = <0,001)

Ali Pairwise Multiple Comparison Procedures (Student-Newman-Keuls Method):

Comparison Diffof Ranks q P< 0,0

MD sec vs AM chu 300,000 8,1 15 Yes

MD sec vs MD chu 198,000 7,1 12 Yes

MD sec vs AM sec 102,000 5,452 Yes

AM sec vs MD chu 198,000 7,1 12 Yes

AM sec vs MD chu 96,000 5,131 Yes

MD chu vs AM chu 102,000 5,452 Yes

POTENCIAL OSMOTICO EM TURGESCENCIA NULA

t-test

Normality Test: Passed (P = 0,073)Equal Variance Test: Passed (P = 0,525)

Group Name N Missing Mean Std Dev SEMchuvoso 10 O -2,481 0,202 0,0640seco 10 O -2,743 0,187 0,0590

Difference -0,262

t = -3,013 with 18 degrees of freedom. (P = 0,007)95 percent confidence interval for difference of means: -0,445 to -0,0794

The difference in the mean values of the two groups is greater than would be expected bychance; there is a statistically significant difference between the input groups (P ̂ 0,007).Power of performed test with alpha = 0,050: 0,777

POTENCIAL OSMOTICO EIM TURGESCENCIA PLENA

t-test

Normality Test: Passed (P = 0,084)Equal Variance Test: Passed (P = 0,705)

56

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Group Name N Missing Mean Std Dev SEMchuvoso 10 O -1,947 0.188 0.0596

seco 10 O -2.362 0.171 0.0541

Difference -0.415

t = -5,152 with 18 degrees of freedom. (P = <0.001)95 percent confidence interval for difference of means: -0.584 lo -0.246

The difference in tlie mean values of the íwo group is greater than would be expecled bychance: lhere is a slatistically signiíicant difference oetween the input groups (P = <0,00!).Power of performed test with alpha - 0.050: 0.999

ELASTICIDADE

t-test

Normality Test: Passed (P = 0.119)Equal Variance Test: Passed (P = 0,395)

Group Name N Missing Mean Std Dev SEMchuvoso 10 O 16,201 4,488 1,419

seco 10 O 21,695 8,393 2.654

Difference -5.493

t -1.825 with 18 degrees of freedom. (P = 0,085)

95 percent confidence interval for difference of mer.ns: -1 1.817 to 0,830

The difference in the mean values of the two groups is not great enough to reject the possibilitythat the difference is due to random sampling variabiiity. There is not a statistically signiticantdifference between the input groups (P = 0,085).Power of performed test with alpha = 0.050: 0,290

TEOR RELATIVO DE ÁGUA

t-test

Normality Test: Passed (P = 0,096)Equal Variance Test: Passed (P = 0.1 14)

Group Name N Missing Mean Std Dev SEMchuvoso 10 O 87.557 1,215 0.384

seco 10 O 86,793 3.223 1.019

Difference -0,763

t -0.701 with 18 degrees of freedom. (P 0,492)95 percent confidence interval for difference of means: -3.052 to 1.525

The difference in the mean values of the two groups is not great enough to reject the possibilitythat the difference is due to random sampling variabiiity. There is not a statistically signilicanidifference between the input groups (P 0,492).Power of performed test with alpha 0.050: 0.050

>7

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AREA FOLIAR ESPECIFICA

t-test

Normality Test; Passed (P = 0,104)Equal Variance Test: Passed (P = 0,151)

GroupName N Missing Mean Std Dev SEMseco 10 O 17,638 1,342 0,424

chuvoso 10 O 17,940 0,898 0.284

Difference 0.302

t -0,592 vvith 18 degrees of freedoin. (P = 0.561)95 percent confidence interval for difference of means: -1.375 to 0.771

The difference in the mean values of the two group- is not great enough to reject the possibilitythat the difference is due to random sampling variaL.ility. There is not a statistically significantdifference between the input groups (P = 0.561).

Power of performed test with alpha = 0,050: 0,050

AÇÚCARES SOLÚVEIS (mg/g)

t-test

Normality Test: Passed (P = 0,581)Equal Variance Test: Passed (P = 0,865)

GroupName N Missing Mean Std Dev SEMchuvoso 10 O 30,531 3.124 0,988seco 10 O 35,266 3.391 1,072

Difference -4,735

t = -3,247 with 18 degrees of freedom. (P = 0.004)95 percent confidence interval for difference of meuns: -7,798 to -1.672

The difference in the mean values of the two groups is greater than would be expected bychance; there is a statistically significant difference between the input groups (P = 0.004).

Power of performed test with alpha = 0.050: 0,846

AIMIDO (mg/gf

t-test

Normality Test: Passed (P - 0,208)Equal Variance Test: Passed (P ̂ 0.064)

GroupName N Missing Mean Std Dev SEMchuvoso 10 O 19,404 1.590 0.503seco 10 O 20.072 3.588 1,135

Difference -0.668

t "= -0.538 with 18 degrees of freedom. (P " 0,597)

Page 73: JiBunjrn DO im - repositorio.inpa.gov.br

95 percent confidence inlerval for difference of means; -3,275 to 1.940

The difference In lhe mean values of the two groups is not great enough to reject the possibilítythat the difference is due to randoin sainpling variability, There is not a statisticaMy significantdifference between the input groups (P = 0,597).

Power of performed test with alpha = 0,050: 0,050

AÇÚCARES SOLÚVEIS (mg m

t-test

Normality Test: Passed (P = 0,071)liqiiai Variance Test: Passed (P ̂ 0,828)

Group Name N Missing Mean Std Dev SEMchuvoso 10 O 0,457 0,0475 0,0150

seco 10 O 0,529 0,0516 0,0163

Difference -0,0720

t = -3,243 with 18 degrees of freedom. (P = 0,005)95 percent confidence interval for difference of means: -0,1 19 to -0,0253

The difference in the mean values of the two group^ is greater than would be expected bychance; there is a statistically significant difference between the input groups (P = 0,005).

AMIDO (mg m"^)

t-tesí

Data source: Data 1 in Notebook INormality Test: Passed (P = 0,189)Equal Variance Test: Passed (P = 0,391)

Group Name N Missing Mean Std Dev SEMchuvoso 10 O 0,278 0,0414 0,0131seco 10 O 0,296 0,0531 0,0168

Difference -0,0181

' ̂ -0.850 with 18 degrees of freedom. (P = 0,407)95 percent confidence interval for difference of me; ns: -0,0628 to 0,0266

1 he difference in the mean values of the two groups is not great enough to reject the possibilitythat the difference is due to random sampling variability. There is not a statistically significantdifference between the input groups (P = 0,407).

Power of performed test with alpha -= 0,050: 0,050

1 he power of the performed test (0,050) is below the desired power of 0,800.Less than desired power indicates you are more likely to not detect a difference when oneactually exists. Be cautious in over-interpreling the lack of difference found here.

NITROGÊNIO

One Way Analysis of Variance

Page 74: JiBunjrn DO im - repositorio.inpa.gov.br

Normality Test: Passed (P = 0,873)liqual Variance Test: Passed (P = 0,587)

Group Name N Missing Mean Std Dev SEMaduch 10 O 18,662 0,936 0,296adus 10 O 17,416 1,060 0.335jovch 10 O 18.050 1,467 0.464Jovse 10 O ! 7,534 1,316 0,416

Source of Variation DF SS MS F PBetween Groups 3 9,706 3.235 2,P'9 0,105Residual 3652,968 1,471Total 3962,674

1 lie differences in the mean values among the treatment groups are not great enough to excludethe possibility that the difference is due to random sampling variability; there is not astatistically significant difference (P = 0.105).

Power of performed test with alpha = 0.050: 0,286

FÓSFORO

One Way Analysis of Variance

Normality Test: Passed (P = 0,126)Equal Variance Test: Passed (P = 0,655)

Group Name N Missing Mean Std Dev SEMadcini 10 O 0,737 0,0423 0,0 F543duse 10 O 0.827 0,0567 0,0:79•jochu 10 O 0,730 0,0344 0,0109jose 10 O 0,830 0,0601 0,0190

Source of Variation DF SS MS F PBetween Groups 30,0908 0,0303 12,348 <0,001•Residual 360,0883 0,00245Total 390,179

The differences in the mean values among the treatment groups are greater than would beexpected by chance; there is a statistically significant difference (P ̂ <0,001).Power of performed test with alpha = 0,050: 0,999

Ali Pairwise Multiple Comparison Procedures (Student-Newman-Keuis Mcthod) :

Comparisons for factor:Comparison DiffofMeansJose vs. jochu 0,100jose vs. adchu 0,0937jose vs. aduse 0,00342

aduse vs. jochu 0,0966aduse vs. adchu 0,0903adchu vs. iochu0,00639

POTÁSSIO

p q P P<0,050

46,391 <0,0(M Yes

35.983 <0,001 Yes

20,218 0,878 No

36,173 <0,001 Yes

25,764 <0,001 Yes

20,408 0,775 No

W)

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One Way Analysis of VarianceNormality Tesl: Failed (P < 0,050)Tesl execulion ended by user request. ANO VA on Ranks begun

Kruskal-Wailis One Way Analysis of Variance on Ranks

Data source: Data 1 in Notebook 1

Group N Missing Median 25% 75%jochu 10 O 6.157 5,758 6,651adchu 10 O 5,821 5,532 6,132aduse 10 O 7,140 5,892 8,1j2Jose 10 O 7,940 7,772 8,212

H = 16,114 with 3 degrees of freedom. (P = 0,001)

The differences in the median values among the treatment groups are greater than would beexpected by chance; there is a statistically significant ditference (P - 0,001)

To isolate the group or groups that differ from the others use a multiple comparison procedure.

Ali Pairwise Multiple Comparison Procedures (Student-Newman-Keuls Method);

Comparisonjose vs adchujose vsjochujose vs aduseaduse vs adchu

aduse vs jochujochu vs adchu

Note: The multiple comparisons on ranks do not include an adjustment for ties.

CÁLCIO

One Way Analysis of VarianceNormality Test: Failed (P < 0,050)Test execution ended by user request, ANOVA on Ranks begun

Kruskal-Wallis One Way Analysis of Variance on Ranks

Data source: Data I in Notebook 1

Group N Missing Median 25% 75%adchu 10 O 3.513 3,386 3,546aduse 10 O 2,540 2,j46 2,786iochu 10 O 3,630 3,423 3,990jose 10 O 2,480 1-986 2,826

IH = 20,622 with 3 degrees of freedom, (P = <0,00.)

The differences in the median values among the treatment groups are Sreater <han would beexpected by chance; there is a statistically significant difterence (P = <0,001)

To isolate the group or groups that differ from the others use a multiple comparison procedure.

Diffof Ranks q P<0,05

188,000 5,085 Yes

157,500 5,658 Yes

68,500 3,661 Yes

119,500 4,293 Yes

89,000 4,757 Yes

30,500 1,630 No

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AIl Pairwise Multiple Comparison Procedures (Student-Newman-Keuls Melliod)

Comparison Diffof Ranks q P<0,05

jochu vs jose 183,000 4,950 Yes

jochu vs aduse 166,000 5,963 Yes

jochu vs adchu 15,000 0,802 No

adchu vsjose 168,000 6,035 Yes

adchu vs aduse 151,000 8,071 Yes

aduse vs jose 17,000 0,909 No

Note: The multiple comparisons on ranks do not include an adjustment for lies.

MACNÉSiO

One Way Anaiysis of VarianceNormaüty TestrPassed (P = 0.239)Equal Variance Test: Passed (P = 0.614)

Group N MissingCol 4 10 0

Col 1 10 0

Col 2 10 0

Col 3 10 0

Group Mean Std Dev

Col 4 1.450 0.373 0.118

Col 1 2.181 0.270 0.0855

Col 2 1.724 0.201 0.0635

Col 3 1.389 0.252 0.0797

SEM

Power of perfoimed test with alpha = 0.050: 1.000

Source of Variation DF SS MS F P

Between Treatments 3 3.904 1.301 16.475 <0.001Residual 36 2.843 0.0790Total 39 6.747

The diflerences in the mean values among the treatment groups are greater than would beexpected by chance; there is a statistically significant difference (P = <0.00 H.

Ali Pairwise Multiple Comparison Procedures (Stu 'ent-Newman-Keuls Method):

Comparisons for factor:Comparison DiffofMeans p q P<0.05Col lvs. Col3 0.792 4 8.912 YesCol lvs. Col4 0.731 3 8.225 YesCol lvs. Col 2 0.457 2 5.142 YesCol 2 vs. Col 3 0.335 3 3.769 Yes

Col 2 vs. Col 4 0.274 2 3.083 Yes

Col 4 vs. Col 3 0.0610 2 0.686 No

FERRO

One Wa\ Anaiysis of Variance

(>2

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Nonnality Test: Failed (P< 0,050)Test execution ended by user request, ANO VA on Ranks begun

Kruskal-Wailis One Way Analysis of Variance on Ranks

Data source: Data 1 in Notebook I

Group N Missing Median 25% 75%adchu 10 O 48,000 44,000 52,000

aduse 10 O 53,000 50,000 64,000

jochu 10 O 50,618 50.570 53.: 33Jose 10 O 51,140 46,000 56,'tOO

H =3,143 with 3 degrees of freedom. (P = 0,370)

The differences in the median values among the treatment groups are not great enough toexclude the possibility that the difference is due to random sampling variability; there is not astatistically significam difference (P = 0,370)

MANGANÊS

One Way Analysis of VarianceNonnality Test: Failed (P< 0,050)Test execution ended by user request, ANO VA on Ranks begun

Kruskal-Wailis One Way Analysis of Variance on Ranks

Data source: Data 1 in Notebook 1

Group N Missing Median 25% 75%adchu 10 O 54,000 34,000 64,000aduse 10 O 54,570 50,000 55,140

jochu 10 O 51,1 10 48,000 52,000jose 10 O 43,000 28,000 44,250

H = 5,293 with 3 degrees of freedom. (P = 0,152)

The differences in the median values among the treatment groups are not great enough toexclude the possibility that the difference is due to random sampling variability; there is not astatistically significant difference (P = 0,152)

ZINCO

One Way Analysis of VarianceNonnality Test: Failed (P< 0,050)Test execution ended by user request, ANO VA on Ranks begun

Kruskal-Wailis One Way Analysis of Variance on - anks

Data source: Data 1 in Notebook 1

Group N Missing Median 25% 75%

jochu 10 0 5,000 10,000

adchu 10 0 8,000 4,000 10,000

aduse 10 0 8,450 8,000 10,000

ÍV1

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José 10 O 8.000 8.000 10,000

H ̂ 3,070 with 3 degrees of freedoin. (P = 0,381)

The differences in the median vaiues among the treatment groups are not great enough toexclude the possibility that the diíTerence is due to random sampling variability; there is not astatistically significant difference (P = 0,381)

CLOROFILA a (umoi m'^)

t-tesl

Normality Test: Failed (P< 0,050)

Tcst executíon ended by user request. Rank Suni Test begun

Mann-Whitney Rank Sum Test

Data source: Data I in Notebook I

Group N Missing Median 25% 75%chuvoso 10 O 470.393 468,985 486,332seco 10 O 375,253 31 1,850 410,775

T= 152,000 n(sniall)= 10 n(big)= 10 (P = <0,001)The difference in the median values between the two groups is greater than would be expectedby chance; there is a statistically significant difference (P = <0,001)

CLOROFILA h Camol

t-test

Normality Test: Passed (P = 0,132)Equal Variance Test: Passed (P = 0,675)

Group Name N Missing Mean Std Dev SEMchuvoso 10 O 181.424 37.547 1 1,873seco 10 O 168,490 21,551 6,815

Difference 12,933

t = 0,945 with 18 degrees of freedom. (P = 0,357)95 percent confidence interval for difference of means: -15,829 to 41.695

The difference in the mean values of the two groups is not great enough to reject the possibilitythat the difference is due to random sampling variability. There is not a statistically significantdifference between the input groups (P = 0,357).

Power of performed test with alpha ̂ 0.050: 0.050

CLOROFILA TOTAL (umol m ')

t-test

Normality Test: Passed (P ̂ 0,198)Equal Variance Test: Passed (P " 0.194)

Group Name N Missing Mean Std Dev SEM

64

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chuvoso 10 O 651,286 47,576 15,045seco 10 O 536,001 63,331 20,027

Difference 1 15,286

l - 4,602 with 18 degrees of freedom. (P = <0.001)

95 percent confídence interval for difference of means: 62,661 to 167.91 1The difference in the rnean values of the two groups is greater than would be expected bychance; there is a statistically signiflcaní difference between the input groups (P = <0.001).

Power of performed test with alpha = 0.050: 0,994

CLOROFILA a/b (uniol m"^)

t-test

Normality Test: Failed (P < 0,050)Test execution ended by user request, Rank Sum Test begun

Mann-Whilney Rank Sum Test

Group N Missing Median 25% 75%chuvoso 10 O 2,716 2,389 2.836

seco 10 O 2,185 2,137 2.229

T= 143,000 n(small)= 10 n(big)= 10 (P = 0,005)

The difference in the median values between the two groups is greater than would be expectedby chance; there is a statistically significant difference (P = 0,005)

CLOROFILA a (mnol g ' MF)

t-test

Normal ity Test: Passed (P = 0,596)Equal Variance Test: Passed (P = 0,170)

Group Name N Missing Mean Std Dev SEMchuvoso 10 O 3,615 0,31 1 0.0984

seco 10 O 2,972 0,569 0.'80

Difference 0.644

t = 3.138 with 18 degrees of freedom. (P = 0,006)95 percent confidence interval for difference of means: 0.213 to 1,075

The diíTerence in the mean values of the two groups is greater than would be expected bychance; there is a statistically significant difference between the input groups (P - 0.006).

Power of performed test with alpha ' 0,050: 0.816

CLOROFILA h fumo! g ' IMF)

t-test

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Normality Test: Failed (P < 0,050)Test execution ended by user request, Rank Sum Test begun

Mann-Whitney Rank Sum Test

Group N Missing Median 25% 75%chuvoso 10 O 1,346 1,168 1,466seco 10 O 1,269 1,172 1,609

T •= 109,000 n(small)= 10 n(big)= 10 (P^ 0,791)

The difference in the median values between the two groups is not great enough to exclude thepossibility that the difference is due to random sampling variability; therc is not a statisticallysignificant difference (P = 0,791)

CLOROFILA TOTAL (umol IMF)

t-test

Normality Test: Passed (P = 0,589)Equal Variancc Test: Passed (P = 0,240)

Group Name N Missing Mean Std Dev SEMchuvoso 10 O 4,998 0,500 0,158seco 10 O 4,340 0,858 0,271

Difference 0,658

t = 2,096 with 18 degrees of freedom. (P = 0,050)

95 percent confidence interval for difference of means: -0,00155 to 1,318

The difference in the mean values of the two groups is not great enough to reject the possibilitythat the difference is due to random sampling variability. There is not a statistically significantdifference between the input groups (P = 0,050).Power of performed test with alpha = 0,050: 0,403

CLOROFILA a/b famol g ' MF)

t-test

Normality Test: Failed (P< 0,050)

Test execution ended by user request. Rank Sum Test begun

Mann-Whitney Rank Sum Test

Data source: Data 1 in Notebook 1

Group N Missing Median 25% 75%chuvoso 10 O 2,834 2,599 2,877seco 10 O 2,201 2,1 15 2,228

T- 145,000 n(small)- 10 n(big)= 10 (P = 0,003)

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The difference in the median values between the two groups is greater íhan would be expectedby chance; there is a statistically signiflcanl difTerence (P = 0,003)

FOTOSSÍNTESE

Paired samples t test on A SECO vs A CHU with 10 cases

MeanASECO = 5.165

Mean ACHU - 7.858

Mean Difference ̂ -2.693 95.00% Cl = -4.183 to -1.204SD Difference ̂ 2.082 t = -4.092

df= 9 Prob= 0.003

Bonferroni Adjusted Prob = 0.003

RESPIRAÇÃO

Paired samples t test on RESPIRAÇÃO SECO vs RESPIRAÇÃO CHUVOSO with 10 cases

MeanRESPSECO = -0.981

MeanRESPCHU = -0.751

Mean Difference = -0.230 95.00% Cl = -0.407 to -0.054

SD Difference = 0.247 t= -2.953

df= 9 Prob = 0.016

Bonferroni Adjusted Prob = 0.016

CONDUTÃNCIA ESTOIMÁTICA

Paired samples t test on GSS vs GS with 10 cases

Mean GSS = 0.056

MeanGS = 0.195

Mean Difference = -0.139 95.00% Cl = -0.181 to -0.097SD Difference = 0.059 t= -7.491

df = 9 Prob = O.GuO

Dunn-Sidak Adjusted Prob = 0.000Bonferroni Adjusted Prob = 0.000

TRANSPIRACÃO

Paired samples t test on ES vs E with 10 cases

Mean ES = 1.353Mean E - 2.515

Mean Difference = -1.162 95.00%CI = -1.591 to -0.732SD Difference = 0.600 t = -6.1 19

df= 9 Prob= 0.000

Bonferroni Adjusted Prob 0.000

TRANSPORTE DE ELÉTRONS (JiMAXn /)

Mean .18 ^ 48.672

Mean .1 44.846

(^7

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Mean Difference = 3.826 95.00% Cl = -6.591 to 14.243

SD Difference = 14.562 t= 0.831

df= 9 Prob= 0.4 !8

Bonferroni Adjusted Prob = 0.428

TAXA PE CARBOXILACÃO (Vriii/)

Paired samples t test on JS vs J with 10 casesPaired samples t test on VCS vs VC with 10 cases

Mean VCS = 8.153

Mean VC - 8.871

Mean Difference = -0.717 95.00% Cl = -1.919 to 0.484SD Difference = 1.679 t= -1.351

df= 9 Prob- 0.210

Dunn-Sidak Adjusted Prob = 0.210Bonferroni Adjusted Prob = 0.210

FOTORRESPI RAÇÃO

Paired samples t test on PRS vs PR with 10 cases

Mean PRS = 2.007

Mean PR = 0.868

Mean Difference = 1.140 95.00% Cl = 0.656 to 1.624SD Difference = 0.677 t = 5.327

df= 9 Prob= 0.000

Bonferroni Adjusted Prob = 0.003

EFICIÊNCIA NO USO DA ÁGUA

teste t:

Paired samples t test on VOS vs VO with 10 cases

Mean VOS = 4.015

Mean VO = 1.735

Mean Difference - 2.279 95.00% Cl = 1.31 1 to 3.247SD Difference = 1.353 t= 5.327

df= 9 Prob- 0.000

Bonferroni Adjusted Prob = 0.000

EFICIÊNCIA INTRICICA NO USO PA ÁGUA

Paired samples t test on El DAS vs ElUA with 10 cases

Mean ElUAS - 96.882

Mean ElUA = 43.322

Mean Difference - 53.561 95.00% Cl = 38.962 to 68 159SD Difference = 20.407 t - 8.300

df= 9 Prob- 0.000Bonferroni Adjusted Prob - 0.000

68

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TEOR DE ÓLEO

Mann-Whitney Rank Sum Test Monday. February 06, 2006. 13:09:51Data source: Data 1 in Notebook

Group N MissingCol 1 10 O

Col2 10 O

Group Median 25% 75%

Adulto Chuvoso Col 1 2.027 1.948 2.108Adulto Seco Col 2 2.318 2.157 2.423

The differences in the median values among the two groups are greater than would be expectedby chance; there is a statistically signifícant diíTerence (P = 0.017)

LINALOL

Normality Test: Passed (P = 0.076)Rqual Variance Test: Passed (P = 0.855)

Group N MissingCol 1 5 O

Col 2 5 O

Group Mean Std Dev SEMAdulto chuvoso Col 1 73.918 5.753 2.573Adulto seco Col 2 62.610 7.224 3.231

Difference 11.308

t = 2.738 with 8 degrees of freedom. (P = 0.026)

95 percent confidence interval for difference of means: 1.784 to 20.832

The difference in the mean values of the two groups is greater than would be expected bvchance; there is a statistically significam difference between the input urouns '(P- 0.026). ^ groups

Power of performed test with alpha = 0.050: 0.610