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JoAo Luis STIVAL A INTERPRETAt;:Ao DA LEITURA MATEMATICA NA LiNGUA MATERNA PARA A ARTE DE RESOLUt;:AO DE PROBLEMAS CURITIBA 2003

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JoAo Luis STIVAL

A INTERPRETAt;:Ao DA LEITURA MATEMATICA

NA LiNGUA MATERNA PARA A ARTE DE

RESOLUt;:AO DE PROBLEMAS

CURITIBA

2003

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JOAO Luis STIVAL

INTERPRETA(,':AO DA LEITURA MATEMATICA

NA liNGUA MATERNA PARA A ARTE DE

RESOLU(,':AO DE PROBLEMAS

Monografia apresentada como requisitoparcial a obtenc;;ao do titulo de Especialistaem Educa~ao Matemcitica, Curso de P6s-Graduac;ao em Educac;ao Matematica,Universidade Tuiuti do Parana.

Orientador: ProF. M. CARLOS PRETONZELLI

CURITIBA

2003

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Dedico este meu trabalho a duas paix6esda minha vida: a minha esposa DirleiMatias Stival e ao meu filho Joao VictorMatias Sliva! que nao mediram esforyosem me incentivar, apoiar e me esperar noretoma da faculdade para casa.

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Agradet;:o a Deus, a todo 0 corpo deprofessores do curso de p6s-graduayao emEducayao Matematica - Faculdade Tuiutido Parana, pela dedicayao e esmero em nostransmitir seus conhecimenlOs, aocoordenador do curso, Professor Dr.Rubens Robles Ortega Junior, ao meuorientador Professor M. Carlos Petronzelli,aos colegas de c1asse e a todos osprofessores que direta ou indiretamentecolaboraram na execuyao deste trabalho.

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«Nao me ensine nada que eu possadescobrir.Provoque a minha curiosidade.Nao me de apenas resposta.Desarrume minhas ideias e me de so mentepistas de como ordena-lasNao me mostre exemplo.Antes me encoraje a ser exemplo vivo detudo que posso aprender.Construa comigo 0 conhecimento.Sejamos juntos invent ores, descobridores.navegantes piratas de nossaaprendizagem.Nao fale apenas de urn passado distante oude urn futuro imprescindivel.Esteja comigo hoje altemando as sensa~5esde quem ensina e de quem aprende."

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SUMARIO

LlSTA DE QUADRO.. vi

LlSTA DE SIGLAS.. vii

RESUMO .. viii

INTRODU<;:AO .. 01

1.COM PREEN DEN DO 0 QUE E UM PROBLEMA .... 03

1.1UM BREVE RELATO NA ARTE DE RESOLVER PROBLEMAS. 03

1.2 UM APANHADO HISTORICO NO ENSINO DE MATEMATICA.. 06

1.3 OBJETIVOS DA RESOLUCAO DE PROBLEMAS.. 09

1.4 CARACTERisTICAS DE UM BOM PROBLEMA.. 10

1.5 FATORES QUE CONTORNAM DIFICULDADES DE UM PROBLEMA.. 10

1.6 TECNICAS E METODOS NA RESOLUCAO DE PROBLE.MAS . 10

1.7IMPORTANCIA DO TRABALHO.. 12

2. EMBASAMENTO TEORICO.................. ....

5OTIMIZA<;:AO .

15

23

26

26

27

31

31

34

36

37

3. COMO RESOLVER UM PROBLEMA ..

4. ANALISE DAS ENTREVISTAS ..

4.1 CARACTERisTICAS DOS PARTICIPANTES .

4.2 LEVANTAMENTO DOS DADOS ..

5.1 UM EXEMPLO A SER SEGUIDO ..

CONCLUSAO ..

ANEXO 01 - PROTOCOLO DE ENTREVISTA ..

REFERENCIAS .

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LlSTA DE QUADRO

QUADRO 1 - ENTREVISTA COM PROFESSORES .. .... 19

vi

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LlSTA DE SIGLAS

CEFET/PR - CENTRO FEDERAL E TECNOL6GICO DO PARANA

CL T - CONSOLlDAC;Ao DAS LEIS TRABALHISTAS

EN EM - EXAME NACIONAL DO ENSINO MEDIO

IBGE -INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATisTICA

PCN(s) - PARAMETROS CURRICULARES NACIONAIS

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RESUMO

Sendo a [eitura urn instrumento que abre as horizontes do leitar, Ihe proporcionandoo enriquecimento de conhecimento, auxiliado par sua analise e interpretac;ao,pretendeu-se com esta trabalho, pesquisar e analisar junto aos professores doensina fundamental e media da rede publica de ens ina, a questao da interpretavaoda [eitura matematica na lingua materna para a arte de resolut;ao de problemas.Este trabalho tera enorme relevancia na area educacional, podendo portanto sermais explorado e aprofundado, ista parquet pouea pesquisa hill sabre 0 assunto.A visao complexa e deturpada, que he par parte do aluno, na aprendizagem doscenteudos de matematica e certa incoerencia na didatica e metodologia de ensina,par parte do professorado, a qual nao vislumbra a sua aplicabilidade no cotidiano aucomo se usa modernamente: Ucontextualizar", permite realizar esta pesquisa decunho exploratorio e ao mesmo tempo propiciar discuss6es sabre 0 assunto.

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INTRODUr;:AO

o presente trabalho e dirigido aos professores de matematica, em especial,

aos professores do ensina fundamental e media, tanto da rede publica quanta

particular, e aos interessados em aprofundar esta pesquisa e tern par objetivo

identificar as metodos e recursos que os professores utilizam para trabalhar a

questao da resoluyao de problemas de matematica.

Nola-se que a questao da interpreta\'iio da linguagem matematica e hoje

muito estudada e pesquisada pelos educadores matematicos devido a sua grande

importancia no cenario academico e estudantil. Isto reflete 0 pensamento de Lester

Jr. "A razao principal de S8 estudar matematica e para aprender como S8 resolver

problemas." Dante (1998, p. 7).

Este trabalho concretizou-se atraves de entrevistas com professores de

matematica do ensino fundamental e medio da rede publica de ensino, sendo feitas

discussoes sobre os mecanismos utilizados na interpretac;ao da leitura matematica

por parte dos professores. A metodologia utilizada foi qualitativa e de natureza

interpretativa que, segundo SANTOS (1999, p. 26), "se fundamenta no levantamento

das caracterfsticas conhecidas do fato/fen6meno/problema" A tecnica de coleta de

dados utilizada foi a de entrevistas semi-estruturadas.

Ha tempo questiona-se a metodologia do professor em lecionar a disciplina de

matematica e, em especial, relacionada ao tema exposto neste trabalho.

Justificando-se desta forma, a utilizaC;8o de entrevistas com professores de

matematica, indagando sobre a interpretac;ao da leitura matematica na lingua

materna (Iinguagem corrente, como se conhece na matematica) para a arte na

resoluC;80 de problemas. Observando, entao, a inquietude de alguns educadores ao

lecionar esta disci pi ina e perceber a falta de interesse por parte dos alunos par tao

importante materia, resulta este estudo.

A partir de 1996, pesquisa-se e busca-se referencias que deem suporte para

a realiza980 deste trabalho, trazendo a luz da lingua materna uma interpreta9ao

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clara e consistente dos conteudos abordados em sala de aula, seja mediante a um

planejamento pre-estabelecido ou a propria proposta do projeto politico pedagogico

da instituiy80 de ensino.

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1. COM PREEN DEN DO 0 QUE E UM PROBLEMA

E muito comum nas pessoas a incompreensao e falta de significado das

palavras, tendo em mente que a referida palavra asta de fato afirmando e

confirmando 0 que S8 quer au S8 almeja. Ista ocorre tambsm entre 0 corpo docente,

como par examplo, quando urn professor de matematica solicita aos alunos que

resolvam um "problema" do lipo:

EUCOlIll"C 0 "esultado da cxprcssao fluJIlcric11 2. {42: (% + Y4 ) - IS)}

Na verdade 0 que professor esta solicitando e a resolu980 de um exercfcio

par meio de repeti98o, au do tipo 5iga a modelo, sem ser necessariamente urn

problema, servindo-se rnais para praticar au exercitar urn determinado algoritmo.

Mas afinal ha explicayao para t8is entendimentos? A resposta vern a seguir com as

conceitos abaixo:

1) 0 que e um problema?

E qualquer situ8c;ao que exige raciocinio per parte de alguem para resolve-Ia.

2) 0 que e um problema male matico?

E qualquer SitU8C;80 que exija a maneira matematica de pensar e as

conhecimentos matematicos para soluciona-Ios.

Convem fazer uma disting80 entre exercicio e problema na disciplina de

matematica para nao S8 pensar uma ideia equivocada deste trabalho.

Exercicio e para exercitar au praticar urn determinado algoritmo au processo.

Problema e a descriryao de uma situ8980 em que S8 procura algo

desconhecido.

1.1 UM BREVE RELATO NA ARTE DE RESOLVER PROBLEMAS

Desde a antiguidade os problemas de matematica tem ocupado um lugar

central na vida dos homens. Encontra-se registros de problemas matematicos na

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historia antiga egipcia, chinesa e grega e ainda em livros texto de matematica dos

seculos XIX e XX e, que segundo STANIC & KILPATRICK (1990, pA), citado por

Maria Ap' Viggiani BICUDO (1999, p. 199), "0 principal ponto a ser considerado, nos

exemplos par eles colocados, e que neles e assumida urna viseD muito limitada da

aprendizagem de resolug8o de problemas." Ate pouco tempo, ensinar a resolver

problemas tinha urn significado de propor situ8<;oes problemas, incluindo urn

examplo com SOlUg8o tecnica especifica e mais uma lista para resoluc;ao seguindo 0

modelo exemplificado. Esta metodologia de ensino tendeu a mudan~as, devido as

discussoes no campo da Educagao Matematica no Brasil e no mundo, em que

mostrou necessaria, a adequ8C;8o do trabalho escolar as novas tendencias de

ensine e aprendizagem da matematica.

Mas a realidade ainda esta marcada pela inseguranva do novo, 0 que S8 tern

ainda e 0 velho e conhecido metoda tradicional de trabalhar os contaudos

matematicos e segundo os PARAMETROS CURRICULARES NACIONAIS -

PCN(s): MATEMATICA (1998, p. 19), " .. Em nos so pais 0 en sino de matematica

ainda e marcado pelos altos indices de reten~ao, pela formaliza~ao precoce de

concertos, pela excess iva preocupayao com 0 treino de habilidades e mecaniz8Ya.o

de processos sem compreensao." Entende-se que ha. muito 0 que fazer em termos

de educ8yao matematica, em especial, veneer velhos paradigmas, adaptar-S8 as

mudang8s, inserir mecanismos tecnol6gicos a nova postura didatica e metodol6gica

e Qutros mais como interdisciplinariedade etc.

A matematica passou par mudan98s, eta pas ou processos no decorrer do

seculo passado e, conforme descri~ao de BICUDO (1999,. p. 201), a "analise dos

movimentos de reforma do ens ina de matematica, no sEkula XXn, podem ser

identificados como:

• 0 ens ina de matematica par repeti<;ao;

• 0 ensina de matematica com compreensao;

• A matematica maderna;

• A resoluyao de Problemas.

Os movimentos de reforma concretiz8vam-se da mesma maneira que

qualquer outra moda da apaca e, neste aspecto, convam salientar 0 ens ina da

matematica, acordando com as movimentas citados para que 0 leitor tenha uma

idaia de como se difundiu, au ainda difunde-se, a ens ina de matematica nestes

ultimos anos.

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o ensino de matematica por repetic;ao

Tradicionalmente este ensino tem side apoiado na repetiC;8o cujo professor

apresenta 0 conteudo oralmente, parte de definic;oes, exemplos, demonstraC;8o de

propriedades, seguidos de exercicios de aprendizagem, fixa~ao e aplica~ao,

pressupoe que 0 aluno aprenda pela reproduc,;:80. Media-se 0 conhecimento recebido

atraves de repetic;ao, com a aplicac;ao de testes em que se repetisse bem 0 que 0

professor havia feito, concluia-se que sabia ..

o ensino de matematica com compreensao

Neste caso, os alunos deveriam aprender matematica com com preen sao. As

tabuadas e seus treinos eram condenados. 0 aluno deveria 'entender' 0 que fazia.

Nesta situac;ao, 0 professor falava, 0 aluno escutava e repetia, porem nao

participava da construc;ao de seu conhecimento. 0 professor nao havia side

preparado para seguir e trabalhar as ideias novas que queriam implementar. 0

trabalho resumia-se a urn treinamento de tecnicas operatorias que seriam utilizadas

na resoluc,;:ao de problemas-padrao ou para aprender algum conteudo novo.

A matematica Moderna

Nas decadas de 1960-1970, 0 ensina de matematica no Brasil e em outros

paises do mundo foi influenciado por um mavimento de renovac,;:ao conhecido como

Matematica Moderna. Esta reforma tambem deixava de lade as anteriores.

Apresentando uma matematica estruturada, apoiada na logica, algebrica, topol6gica,

e de ordem, enfatizava a teoria dos conjuntos. Realgando muitas propriedades, tinha

preocupac,;:oes excessivas com abstrac,;:oes mate mati cas e apresentou uma

linguagem matematica universal, concisa e precisa. Entretanto, acentuou 0 ensino

de simbolos e uma terminologia complexa que cemprometia 0 aprendizada.

Nesta reforma 0 professor falava, porem muitas vezes inseguro daquilo que

dizia. 0 aluno nao percebia a ligac,;:ao que todas aquelas propriedades enunciadas

tinham a ver com a matematica dos problemas e, principal mente, com a matematica

usada fora da escola. Embora procurasse usa-I a em exercicios de aplicayao,

repetindo 0 que havia side feito em cia sse e dizendo 0 nome daqueles novos

simbolos mate maticos que Ihes eram apresentados, com freqOencia nao conseguia

dar-Ihes significados. Este ensina passou a ter preocupa9oes excessivas com a

formalizac,;:ao, distanciando-se das quest6es praticas.

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A Resolu9ao de Problemas

A importancia dada a Resoluy80 de Problemas e recents, so mente nas

ultimas dekadas e que as educadores mate maticos passaram a aceitar a ideia de

que 0 desenvolvimento da capacidade de S8 resolver problemas merecia mais

atenc;8o. A caracteriz8g8o de Educac;ao Matematica, em termos de Resolugao de

Problemas, reflete uma tendemcia de reaC;8o a caracteriZ8c;oes passadas como urn

conjunto de fatos, dominic de procedimentos algoritmicos au urn conhecimento a ser

obtido par retina ou par exercicio mental. Hoje, a tendencia e caracterizar este

trabalho considerando as estudantes como participantes ativQs, as problemas como

instrumentos precisos e bern definidos e a atividade na resoluc;ao destes como uma

coordena9B1o complexa, simultanea de varios nfveis de atividades. 0 ensino de

Resolu980 de Problemas, enquanto campo de pesquisa em Educac;ao Matematica,

come90u a ser investigado de forma sistematica sob a influencia de Polya, nos

Estados Unidos, na decada de 60.

E de suma responsabilidade do professor propiciar ao aluno recursos para

que 0 mesmo encontre as ferramentas necessarias na resolu980 de problemas.

Deve-se come9ar par uma leitura investigativa do assunto, uma minuciosa

interpreta9B10 e dominio dos conteudos ja explanados, com os quais 0 aluno pod era

chegar a um resultado por si so, pois e atraves do dominio dos calculos matematicos

que 0 mesmo tera 90sto pela disciplina e estara apto a aplica-Ia no cotidiano.

1.2 UM APANHADO HISTORICO NO ENSINO DA MATEMATICA

o ensino da matematica passou por varias eta pas (cf. MIORIM, Ma Angela.

Introdu9ao a Historia da Educa9B10 Matematica, 1998, passim). 0 come90 foi

intencional, ligado as necessidades basicas, no contexte social e, em certas eta pas,

esteve associado a sua produ9ao e a medida que os conhecimentos eram

ampliados e as condi90es socio-polftico-economica passavam por transforma90es, 0

ensino da matematica desenvolvia-se independente. Nas civiliza90es orientais 0

ensino dos conhecimentos mate maticos come90u a concretizar-se de maneira

intencional, mas apesar de ter um carater pratico, desenvolvia-se em separado das

artes tecnicas por estar reservado apenas as categorias de privilegios: a nobreza,

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aos escribas,

atividades manuais.

Na Grekia, devido as propostas filos6ficas dos pitag6ricos e dos platonicos,

intensificou-se a tensao entre as "artes manuais" e as "artes cultas" com 0

nascimento da matematica racional, com busca dos principios que regiam os

resultados matematicos, trazendo a tona a priorizag80 dos estudos te6ricos e a

desvalorizag80 das aplicagoes praticas.

Neste caso a matematica grega representou uma primeira mudan<;a de

perspectiva, rompendo com os metodos antigos e, entre os seculos VI a.C. e IV a.C.

os estudos, tanto da matematica quanto da educa<;ao, influenciaram todo 0

desenvolvimento futuro desta materia e de seu ensina.

Neste periodo a matematica passau a ser considerada um elemento

fundamental para a forma<;8o dos individuos, sendo incluido um cicio normal de

estudos.

Este valor de forma<;ao reconhecido pelos pitag6ricos, seria depois ampliado

pelos sofistas que associavam os conhecimentos de matematica as necessidades

da ret6rica que, para melhor dominar a arte da palavra, eram necessarios para

saber discorrer sobre tados os assuntos, inclusive os relativos a matematica.

Todos que intentassem ser bons oradores deveriam conhecer ao menos

alguns elementos basicos da matematica, devido ao raciocinio e desenvolvimento 0

pensamento humano, foi refor<;ado ainda mais 0 seu valor formativo na propasta

platonica

Dada a divergencia entre a corrente filos6fica pitag6rica e ados sofistas pela

ret6rica, a matematica fol reconhecida por todos como um elemento formativo

fundamental, com desenvolvimento do raciocfnio.

Com 0 ad vento de um ensino essencialmente religioso, na Idade Media, os

estudos mate maticos praticamente desapareceram do Ocidente. A Matematica

desenvolvida na Grecia ressurgiu associ ada as aplica<;oes praticas, as artes

produtivas e as artes mecanicas.

A justificativa dos resultados matematicos, as norteadores desta "modema

matematica", foram as aspectos praticos as novas necessidades impostas pelo

contexto s6cio-politico-economico que exigi a respostas praticas e aplicadas.

A separagao entre artes praticas e cultas intensificou-se e a ensino da

matematica assumiu um formato diferente.

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o lado culto voltou-se ao desenvolvimento do raciocinio, baseado na proposta

plat6nica, interessado na formaC;ao das classes e privilegiando os estudos classicos.

Na arte pratica, dada a nova cia sse emergente, a burguesia, voltou 0 ensino

para 0 desenvolvimento das ciencias praticas. Estes dois tipos de en sino perduraram

ate 0 final do seculo XIX, tornando imposslvel mais esta convivencia, em virtude de

uma nova categoria, a industrial.

Na tensao estabelecida entre a ciencia dos antigos e a modern a e que se

encontram as rafzes para a modernizaC;ao do ensino de matematica, fornecendo

analise da situac;ao atual da Educac;ao Matematica.

A Educac;ao Matematica e um campo profissional e cientlfico e como campo

de atlvidade e antiga, pois tem sido ensinada desde que a matematica existe e como

um campo academico, suas raizes tem men os do que um seculo de exist€mcia.

Embora, por volta do seculo XVII, cadeiras de Educac;ao ja estivessem sendo

estabelecidas em diversas universidades da Europa, a Educac;ao Matematica teve

um processo lento. Perto do final do seculo XIX, quando a formac;ao dos professores

(secundarios) se tornou uma func;ao crescentemente importante das universidades,

a Educac;ao Matematica comec;ou a ser reconhecida como uma materia universitaria.

No inicio, os educadores mate maticos, eram matematicos que se

preocupavam em como sua materia estava sendo ensinada. Ocasionalmente, eles

faziam pesquisa, mas, mais frequentemente, eles ensinavam e escreviam sobre

metodos de ensino da matematica.

Enquanto a Psicologia estava se tomando a "ciencia mestra" da esco/a, os estudantesuniversitarios se preparavam para ensinar estudando como as crianQas aprendiam.Matematica e Psicologia tomaram-se as disciplinas embrionarias, dando suporle ao novocampo da Educa9t}0 Matemafica; posteriormente, e/as se juntaram a outras disciplinas, comoa Antropofogia, Soci%gia, Epistem%gia, Ci{mcia Cognitiva, Semi6tica, e Economia.

BALACHEFF et al (1993, p. 183)

Investir em pesquisas, relacionar 0 campo da matematica com outras areas

do conhecimento tem se tornado um desafio sen do algo tao necessario e

indispensavel e 0 que se esta faltando, sao as estruturas institucionais, reconhecer

val ores e apoiar a Educac;ao Matematica. Em poucas decadas passadas tem-se

visto uma profissionalizac;ao crescente do ensino da matematica, com professores

de Educac;ao Matematica, mas 0 campo ainda esta enfrentando problemas de status

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e identidade. Parece haver uma falta de consenso no que significa ser um educador

mate matico.

Convencer os matematicos de que eles tem uma posic;:ao de como a

Matematica e ensinada nas escolas e de como professores de matematica sao

formados nao e muito diffcil. Identificar matematicos que estao dispostos a dedicar

tempo trabalhando com educadores mate maticos no desenvolvimento do ensino e

da aprendizagem da matematica, entretanto, esta longe do trivial. Construir um clima

de confianc;:a e respeito mutuos entre matematicos demanda muito esforc;:o e nao se

con segue da noite para 0 dia.

Geralmente, aceita-se sem questionar, as verdades matematicas e acredita-

se estar fazendo descobertas quando engaja-se na atividade matematica. Embora

se possa distanciar da atividade matematica e especular que a matematica e uma

construc;:ao da mente humana, permanece 0 fato de que a verdade matematica e a

realidade matematica independente da mente humana pre-existem quando se faz e

se fala sobre matematica. A esse respeito, a experiemcia matematica e distinta da

reflexao filos6fica sobre essa experiencia. No primeiro caso, a matematica edescoberta e no segundo, inventada. A questao nao e obrigar a escolher entre

descoberta e invenc;:ao ou argumentar que se esta enganado, quando se assume

que a matematica e verdadeira. Trata-se de levar a serio a experiencia matematica e

explorar a atividade construtiva que acompanha nossa experiemcia matematica de

verdade e certeza matematica. Em resumo, a verdade matematica e um fen6meno a

ser explicado mais do que a ser negado.

1.3 OBJETIVOS DA RESOLUCAO DE PROBLEMAS

Objetivos a serem alcanc;:ados na resoluc;:ao de problemas:

• Propiciar ao aluno a raciocinio;

• Ensinar a aluno a enfrentar situac;:oes novas;

• Fazer com que as aulas de matematica sejam mais interessantes e

desafiadoras;

• Mostrar as ferramentas aos alunos para resoluc;:ao de problemas;

• Constituir nos educandos urna boa base matematic8.

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1.4 CARACTERisTICAS DE UM BOM PROBLEMA

Convem salientar e expor as caracteristicas de como deve ser urn born

problema, estimulando a aluno a fazer usa da lingua materna (Ieitura da linguagem

corrente) para sua interpretayao e posterior resoluc;3o, necessitando:

• Ser desafiador;

• Ser ao mesma tempo real;

• Mostrar-se interessante;

• Ter como elemento central, 0 inusitado;

• Apresentar urn certa grau de dificuldade.

1.5 FATORES QUE CONTORNAM DIFICULDADES DE UM PROBLEMA

Relayao de itens que corroboram com 0 grau de dificuldade de urn problema:

• Linguagem usada na reda9ao do problema;

• Tamanho e estrutura das frases;

• Especificidade no vocabulario matematico;

• Complexidade dos numeros;

• Apresentayao do problema;

• Condicionantes satisfeitas e complexidade;

• Numero e complexidade de opera90es envolvidas.

1.6 TECNICAS E METODOS NA RESOLUCAo DE PROBLEMAS

Pretende-s8 aqui desenvolver uma metodologia com sequencia de conteudos

matemilticos adequados as reais necessidades do aluno em seu contexto historico,

social e auxiliar 0 professor de matemiltica em sua didiltica e metodologia de ensino.

E importante Gitar, neste trabalho, alguns tipos de problemas existentes que

na GonGep~iio de POL YA (1995, p. 118 a 129), tem-se:

• Problema auxiliar;

• Problema rotineiro;

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II

• Problemas de determinay8o, problemas de demonstrac;ao;

• Problemas pn3ticos.

Cada urn dos tipos de problemas, os quais sao aplicados em sala, tern a sua

explica980 especffica como segue:

Problema auxiliar e aquele Que auxilia na resoluyao de Dutro problema. E 0 meio pete qualtenta-5e chegar ao objetivo proposto.

Exemplo. Calcular x, que satisfa~ a equBC;3o x4 - 13x2 + 36 = O.

Observa-se que x4 = (x~ 2, pode-5e ver a vantagem de introduzir y = x2.Oblem-5e assim um novo problema:

Calcular y que satisfa9a a equac;ao y2 - 13y + 36 = 0,o novo problema e auxiliar, pois pretende-5e ulilizil-lo como um meio de resolver 0 problemaoriginal.

Problema rotineiro pode ser considerado 0 que consiste em resolver a equaC;8o x2-3x +2 =0, casa a resoluc;ao da forma geral da equatyao quadratica haja sido previamente ensinada eexemplificada, de tal maneira que 0 aluno nada mais lenha a fazer do que substiluir algumastetras, que aparecem na solu.yao geral, petos numeros -3 e 2.Problemas de determina~ao, problemas de demonstra~ao. Tratya-se urn paralelo entreestes dois tipos de problemas.1. 0 objetivo de urn 'problema de determinatyao' e encontrar urn certo objeto, a incognita doproblema.2. 0 objetivo de urn 'problema de demonstrar;:ao' e mostrar conclusivarnenle que certaafirmativa, claramenle enunciada, e verdadeira ou, entao, que e falsa.As partes principals de urn problema de determinar;:ao sao a inc6gnita, os dados e acondicionante.

Se trac;ar um triangulo de lados a, b, c, a incognita sera urn Iriangulo, os dados serao os Irescomprimentos a, b, c, e 0 Iriangulo tera de satisfazer a condicionante de que seus ladostenham os comprimentos a, b, c, a incognita sera um objeto da mesma categoria precedente,os dados serao os mesmos anteriores, porem a condicionante, que relaciona a inc6gnita comas dados, sera diferente.

Se a problema de demonstrar;:ao for um problema mate matico comum, suas partes principaisserao a hip6tese e a conc/us/!10 do teorema que liver de ser provado ou refulado.

'Se os quatro lados de um quadrilatero forem iguais, entao as suas duas diagonais seraoperpendiculares entre si.' A segunda parte, que com etta por 'entao', e a conclusao; a primeiraparte, que cometta por 'se', e a hip6tese.

Problemas praticos sao diferentes, em diversos aspectos, dos problemas puramentematematicos, muito embora os principais motivos e processos sejam essencialmente osmesmos em ambos os casos. Os problemas pn31icos da Engenharia geralmenle envolvemproblemas maternalicos.

Um exemplo muito ilustrativo de problema pratico e a constru.yao de uma barragem sobre umrio. Nao e necessario qualquer conhecimento especial para compreende-Io. Em tempos quasepre-historicos, muito antes desta moderna era de teorias cientlficas, os homens construirambarragens no vale do Nilo e em outras partes do mundo, onde as lavouras dependiam deirriga.yao.

POLYA (1995, p. 118 a 129)

Estes problemas fazem parte das situa~6es reais, do dia a dia de qualquer

pessaa, seja individual au caletiva.

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1.7 IMPORTANCIA DO TRABALHO E SEU PROGNOSTICO AVALIATIVO

Este trabalho tera relevancia na area educacional podendo, portanto, ser

ainda mais explorado e aprofundado, par tratar -se de uma pesquisa de campo.

A visao complexa e deturpada que ha, par parte do aluno, na aprendizagem

dos centeudos de matematica e a incoerencia na didatica e metodologia de ensina,

par parte dos professores, permite realizar esta pesquisa de cunha exploratorio e ao

mesmo tempo propiciar discussoes sobre 0 assunto.

Recentemente 0 IBGE divulgou pesquisa relatando que a maiaria dos

brasileiros oriundos de educ8gao escolar, sequer sabem usar os conhecimentos

matematicos adquiridos, ista porque, segundo a pesquisa, as centeudos aprendidos

naG tiveram uma explicaC;8o pn3tica. E, como prova, esta a fato das pessoas nao

saberem efetuar calculos de porcentagem, de jura au de descontos na compra de

um prod uta au mercadoria.

Entende-se, desta forma, que a professor tern sua contribuiC;;;ao negativa nesta

situayao, pais muitos alunos nao tem gosto pela disciplina, isto porque, as

educadores nao aguc;;;am a curiosidade e nem mesmo a criatividade, passam

grandes listas de exercicios de fixaC;ao descontextualizadas, nao dao vida aos

conteudos, nao se utilizam de situac;;;oes reais e nao propiciam a motivaC;;;ao e a

habito pela leitura.

Faz-se necessaria que as professores ensinem como se da real mente a

processo de aquisiC;;;ao do conhecimento da linguagem, em especial da linguagem

para a linguagem matematica.

As crianyas, desde cedo, precisam entender como se processa no cerebro a

armazenamento, par longo prazo, das informac;;;oes lingOisticas, imprescindiveis afala, a escrita, a leitura e a escuta.

Tal habito servira nae s6 para 0 ensine da lingua materna como tambem para

as demais disciplinas escolares (entre elas a matematica, tao necessaria para 0

cotidiano do ser humane).

Toma-se por exemple 0 calcule de 28X40, esse processe tern muito a ensinar

alem do seu produto final.

Alguns professores de matematica, ou lingua materna, concentram-se no

resultade da instruyae ou resolu<;ao da questao, no produte, enfim, esquecem-se de

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~:~,LlH~~:~que 0 processo e a base mais legitima para urna avaliac;ao formativa, e ~~ue S9 \.~....

tOrial B'J.\valoriza cada etapa trabalhada e vencida pelo aluno.

A avaliar.;:ao formativa valoriza todas as partes do todo e volta-s8 para a

aprendizagem ou 0 reaprender da erianc;a.

Pensando-se em lectoescrita, uma opera980 elementar de multiplica980, por

exemplo, chega a ser reveladora do processo cognitiv~ a que as criang8s estaa

submetidas na hara de operar calculos na mente e no papal (esta, urna especie de

prolongamento da memoria operativa), posta que esla operac;.ao elementar efetiva-

S8 no calculo da soma de n parcelas iguais a urn numero m.

A matematica e a escrita estao bern pr6ximas neste ponto, ou seja, ambas

tern urna natureza processual e cognitiva.

No casa da multiplicacyao as procedimentas sao os seguintes:

a) Distribui980 espacial em diagrama dos latores que participam da

opera980 matematica, isto e, 28 e 40.

b) Eletua-se, no segundo momento, a opera980 entre multiplicador X

multiplicado.

Observar-se-a neste casa que 0 multiplicador e 0 fator que indica quantas

vezes deve-se tamar 0 outro para efetua-Io. 0 multiplicando e 0 numero que S8 tern

de tamar tantas vezes quantas forem as unidades do multiplicador.

c) Por lim chega-se ao produto, isto e, 0 resultado da opera9iio da "produ980"

do calculo. A dialetica, como fundamenta da metodalagia processual no

ensino aprendizagem das habilidades linguisticas e matematicas, esta

presente, partanto, na matematica elementar au na praduryaa de texto

discursivo ou dissertativo. Urn texto a guisa de uma opera980 elementar de

rnultiplica9ao e urn processo constituido tambern de fases:

• Introdu<;ao,

• Desenvolvimento e

• Conclusao.

Uma opera9ao de multiplicaryao de 28X40 poderia introduzir uma aula de

prodw;:ao escrita em que se ens ina e descreve, par analogia, a estrutura basica e

processual de um texto.

Nesta proposta tem-se a avaliayao como urn instrumento para ajudar 0 aluno

a aprender. Assim 0 educando reve as procedimentos que vern adotando e

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replaneja sua atuac;ao enquanto vai, continua mente, dando-s8 conta de seus

avamros e dificuldades.

o processo avaliativo parte do pressuposto de que S8 defrontar com

dificuldades e inerente ao ato de aprencter, levantado algumas quest6es:

a) Que problemas a aluno vern enfrentando?

b) Por que nao consegue alcanc;ar determinados objetivos?

c) Qual 0 processo de aprendizagem desenvolvido?

d) Quais os resultados significalivos produzidos pelos alunos?

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2. EMBASAMENTO TEO RICO

Apresentar-se-a a seleg80 de alguns autores que pod em dar suporte e

referencial aD tema de estudo e aD problema proposto para analise desta pesquisa.

Sabe-s8 que as verda des matematicas sao analiticas e podem ser aplicadas

a todas as Qutras cianci as, comunicando-Ihes 0 carater de precisao, pelo calculo e

pel a medida e segundo FROBEL, citado par SANTOS (1960. p.136 e 137), "a

aprendizagem da matematica e basica para a forma98.0 do esp[rito humano ... "

A necessidade de conhecimento de ordem matematica surge quando S8

precisa de objetos, reconhecer au utilizar formas, determinar dimensoes, superficies

au volumes etc. Para isto 0 professor deve fazer 0 trabalho didatico a partir de

situ896es reais da vida do aluno e que a leve "naturalmente" a ter prazer (interesse)

pela matematica pais, de acordo com SANTOS (1960, p. 152), "todo professor de

matematica e tambem um professor de linguagem em especial para as formas de

expressao e de pensamento quantitativos."

Nesta perspectiva, sendo 0 professor um agente mediador do conhecimento

do aluno e a palavra escrita 0 instrumento mais eficiente para a expressao e fixagao

da cultura e dos conhecimentos cientificos e tecnicos da sociedade, constitui-se a

leitura a mais importante atividade de aquisigao de saberes. E um dos efeitos da

leitura e 0 aprimoramento da linguagem da expressao nos nfveis individual e

coletivo. Para ANGELO, citado par SILVA (1985, p.59 e 60). "Ler e um ato

libertador. Quanto maior vontade consciente de liberdade, maior indice de leitura.

Uma sociedade que sabe se expressar, sa be dizer 0 que quer, e menos

manobravel."

Optar pela leitura e, entao, sair da rotina, querer participar do mundo criado

pel a imaginagao de um determinado escritor. Ler e basicamente abrir-se para novos

horizontes, e ter possibilidade de experimentar outras alternativas de existencia, e

concretizar um projeto consciente, fundamentado na vontade individual. Saber ler e

executar esse ato, de um modo critico e freqOente e, em ultima instancia, possuir

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mais elementos para pensar sabre a realidade e sabre as condi90es de vida. Nesta

circunstancia passa erigir 0 dominic da lfngua escrita com urn dos fundamentos das

discussoes sabre educ8yao no Brasil enos demais paises latinos.

Seguindo este raciocinio, a leitura e a compreensao de uma mensagem

codificada em signos visuais (geralmente letras e cifras) e seu ens ina e incentivQ

representa, portanto, um objetivo basico de todo 0 sistema educativ~. Segundo

MIALARET, citado por BARBOSA (1994, p.110), "Ier e ser capaz de translormar

uma mensagem escrita numa mensagem sonora segundo certas leis precisas. Ecompreender 0 conteudo da mensagem escrita, e ser capaz de julga-Io e de apreciar

seu valor estetico."

Para SILVA (1991, p.42), "a leitura e uma atividade essencial a qualquer area

do conhecimento e, mais essencial ainda, a propria vida do S8 humano" Levando

em considerayao a sua importancia, entende-se que a falta de leitura pode causar

deficiencia na formac;:ao do aluno e assim a pro posta de que a leitura seja

reintroduzida na sala de aula significa a resgate de sua fungao primordial, buscando

sobretudo despertar 0 estudante para a plena leitura, exigindo-se mais do que

simples decifrayao dos caracteres, nao bastando apenas ler, mas sim criar a habito

da leitura. Oesta forma pode-se entender melhor 0 metodo do educador brasileiro

Paulo FREIRE (1997, p.500), em que diz: "a leitura do mundo precede a leilura da

palavra, dar que a posterior leitura desta nao pode prescindir da continuidade da

leitura daquele. Linguagem e realidade se prendem dinamicamente. A compreensao

do texto a ser alcangado por sua leitura crftica implica a percepgao das relac;:6es

entre 0 texto e a contexto". Entende-se que a vivencia e a pratica sao instrumentos a

serem usados em sala de aula, que 0 contexto esta basicamente nas entrelinhas de

um texto e que a sua extensao traduz-se numa situagao reflexiva, levando 0 lei tor a

uma interpretagao, nao pelo volume nela ocupado, mas pel a vi sao criada pelo leitor

e para 0 proprio FREIRE (1997, p.37), "a boa leitura nao deve nunca ser analisada

pela sua quantidade, mas sim pela capacidade que 0 leitor teve de adentrar 0 texto e

entender sua mensagem e significados, pOis ler e a 'decifragao de uma mensagem e

posterior meditagao sobre esta', a fim de compreende-Ia e depois expressa-Ia."

Pode-se concordar com a posigao de Paulo Freire, isto porque, na disciplina

de matematica, nao se tem algo pronto e acabado, e um processo, uma receita que

precisa ser Irabalhada e cada um tem dentro da sua realidade uma experi€mcia de

vida que pode ser utilizada, pois da base e que 0 ser humane constroe 0 seu

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conhecimento a partir de suas experiencias e entendo-se, tambem, que ha Leis

Universals prontas que nac sao passive is de transforma~o e sim de compreensao.

Entao da-se 80 homem 0 que S8 pode transformar e 0 que S8 pode compreender.

A pratica da leitura e de fundamental importimcia na disciplina de matematica,

pois trabalha-se com a pratica da resolur;:BO de problemas, atividade que exige

leitura, diante disto cabe 80 professor, em conjunto com a equipe pedagogica,

mostrar ao aluno a importancia da leitura, ou seja, nas palavras de FILlPOVSKI

(1989, p.131), "a escola que assume para si a condi9ao de formar a habito de leitura

do estudante, estara garantindo, com certeza, a existencia de adultos com rica

imagina98o, amplos recursos lingufsticos e urna visao de mundo que em muito

ultrapassa ao imediato e proximo." Compartilha-se em semelhante acordo e

refon;ando 0 fato do dominio da lingua materna com 0 habito da leitura 0 que se

relata abaixo:

Entre a matematica e a lingua materna existe uma rela~o de impregna~o mutua. Aoconsiderarem-se esles dois lemas enquanto componentes curriculares, tal irnpregnac;ao serevela atraves de urn paralelismo nas func;5esque desempenham, uma complementaridadenas notas que perseguem, uma imbricac;ao nas quest6es basicas relativas ao ensino deambas. E necessario reconhecer a essencialidade dessa impregnac;ao e le-Ia comofundamenlo para a proposiyao de ayoes que visem a superac;ao das dificuldades com 0ensino de matemalica.

MACHADO (1998, capa)

o uso alegorico de expressoes matematicas sao comuns na linguagem

popular, conforme 0 exposto:

Na utilizac;ao cotidiana da lingua corrente, termos ou express6es da linguagem matematicasao freqi.ientemente ulilizados em sentido figurado. Em uma discussao, pode-se, por exemplo,concitar as partes a chegar a um denominador comum. Fala-se com naturalidade em perdasincalcultlVeis, em sair pela tangente, em retidlJo de carater, em ver de urn outro lmgulo, no xda questao, au ainda, na enigmatica expressao provar por a + b.

MACHADO (1995, p. 17 e 18)

Para analise deste trabalho que propoe a habito da leitura e interpretac;:ao de

problemas matematicos com 0 uso da propria "modelagem matematica", e

conhecendo-se a lingua materna com 0 usa dos signos para comunicar-se e

expressar-se, propoe-se no ensina da matemalica a usa de ferramenlas adequadas,

tais como: compreender 0 problema, levantar a hipotese, preyer a tese, procurar um

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problema correlato, estabelecer um plano de resolu9ao do problema e execu960

deste plano.Nesta concepgao, usa-S8 as sugest6es de POL YA , argumentando-se que 0

professor deve auxiliar os alunos, com coeremcia, pratic8, dedic8c;ao e princfpios

firmes.

o professor deve auxiliar, nern demais nem de menos, mas de tal modo que ao estudantecaiba uma parcela razoavel do trabalho ...O melhor €I, porem, ajudar 0 estudante comnaturalidade. 0 professor deve colocar-se no lugar do aluno, perceber a ponto de vista deste,procurar compreender 0 que 5e passa em sua cabe<;8 e fazer uma pergunta ou indicar urnpasso que poderia fer ocorrido ao pr6prio estudante.

POLYA (1995, passim)

Entendendo este principia na resolugao de problemas com 0 uso de uma

leitura constante, conclui-se que isto so sera possivel, pois segundo GAZIRRE

(1988, p. 170). "Uma pessoa tem um problema quando, compreende a situa<;aoe

nao encontra solucyao obvia imediata e r conhece que a situacyao exige uma acyao

(que ou precisa agir sobre a situacyao)."

Um problema deve levar 0 aluno a uma situacyao desafiadora, a reflexao, ao

levantamento de hipoteses, a procurar meios para soluciona-los, a buscar novas

aplicacyoes de conceitos e aprofundar a compreensao dos mesmos, a exercitar a

criatividade, a generalizar propriedades, a descobrir outras solucyoes e a discuti-Ias,

verificando as condicyoes para que sejam valid as.

Para esta compreensao necessita-se de uma harmonia entre professor-aluno-

problema, para que 0 mesmo seja instigado a enfrentar os desafios nas resolucyoes

de problemas e, para tal, e necessario contrapor que a matematica surgiu da

necessidade do homem em enfrentar problemas de seu cotidiano. Ou seja, na media

em que novos problemas surgem em funcyao da propria dinamica de sobrevivemcia,

novos processos sao utilizados para supera-Ios. Assim:

A rnatematica erige-se, desde os primordios, como urn sistemas de representac;ao original,apreende-Io tern 0 significado de urn mapeamento da realidade, como no caso da LIngua.Muito rnais de que a aprendizagem de tecnicas para operar com simbolos, a matematicarelaciona-se de modo visceral com a desenvolvimento da capacidade de interprelar, analisar,sintetizar, conceber, transcender a imediatamente sensiveJ, extra polar, projetar.

MACHADO (1990, p. 96)

A concep<;ao que 0 professor tem da disciplina de matematica e de

fundamental import;mcia parque esta, explicita au implicitamente, sera 0 fio condutor

da sua propria ac;ao pedagogica em sala de aula.

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Na perspectiva da resolugao de problemas, 0 professor deve proporcionar

condigoes para que, mediante a problema, possa-s8 instalar urn dialogo entre

professor-aluno, aluno-aluno, aluno-conhecimento e professor-conhecimento. 0

docente orienta, acompanha, analisa com as educandos as processos de resolugao,

encorajando-os a buscar noves caminhos casa a solugao encontrada nao satisfay8

as condigoes iniciais do problema. Resolver urn problema nao significa apenas

compreender a que e exigido, aplicar as tecnicas OU f6rmulas adequadas e obter a

resposta correta, mas tambem assumir uma atitude de "investigaCYElo" (par a prova 0

resultado, testar seus 8f8itos).

Entende-se que estudar matematica e resolver problemas e nesta

circunstancia compete ao professor ensinar a arte de resolver problemas, tomando

per via de regra, colocar 0 problema adequadamente.

Colocando como exemplo para questionamento 0 levantamento das duvidas,

formulou-se um problema, conforme abaixo:

Uma rede de supermercados precisa acondicionar e dar maior agilidade para

seus clientes com veiculos em seu estacionamento, 0 qual localiza-se no subsolo.

Qual a melhor maneira de acondicionar a maximo de vefculos possfveis com mais

agilidade, sendo que a area do estacionamento e de 1000 m2?

Este e um tipico problema aberto, isto e, da condi90es para que 0 proprio

aluno crie os seus meios de resoluy80, despertando no mesmo a curiosidade, alem

de requerer um desafio, pOis nao basta simplesmente ter uma resposta unica e

exclusiva, neste casa requer a modelagem matematica e, a principal, trabalho em

equipe, supervisionado e mediado pelo professor, pOis muitas indagagoes e duvidas

surgirao, como par exemplo:

• Qual a melhor maneira de se estacionar? De frente ou de Re? Num angulo

de 450 ou 900?

• Qual 0 espa90 (area) minima para cada vaga?

• Deve-se deixar areas para veiculos de pessaas portadaras de deficiencia?

• A area do estacionamento e de formato retangular?

• Qual a metragem entre comprimento e largura deste estacionamento?

• Neste caso deve-se usar eixo de simetria?

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Estas sao apenas algumas indagayoes entre muitas que surgirao, mas 0 que

convem salientar e que neste problema muitos conceitos de conteudos

matem.aticos podem ser trabalhados, como par exemplo:

• peri metro e area;

• simetria;

• angulo;

• figuras planas e espaciais;

• equ8yao e fun<;8.o;

• numeros naturais, inteiros e racionais;

• fra<;ao e porcentagem;

• tempo e espago;

Este tipo de problema vern, passo a passo, substituindo velhos paradigmas,

ista e, exercfcios par repeti980 ou reprodugao,

A pralica do ensino par repetiyao e reproduyao tem sido ineficaz, sendo que a medida que seredefine 0 papeJ do aluno, diante do saber e a do professor, 0 mesmo deve considerar 0 alunocomo protagonista, ser organizador da aprendizagem, agente facilitador e mediador,incentivador e avaliador do processo ensino-aprendizagem,

PCN(s)(1997, p. 37 e 38)

Aproveitando a enfase que se esta dando a resolugao de problemas e

fazendo um paralelo entre a matematica e a lingua materna, entende-se que a

crianga aprende 0 alfabeto e os numeros antes do ingresso a escola, como uma

mescla simb6lica, estabelecendo fronteiras entre a Matematica e a LIngua. Machado

bem relata isto:

... as numeros nascem associ ados a classificac;:oes e contagens; par oulro lado, a ideia deordem fundamental para a construc;:ao da noc;:ao de numero surge tanto na organizayao doalfabeto quanta das seria90es numericas.Tambem a tempo, a espac;:o au as negocios servem, permanentemente, de mediad ores narevelaC;:80 desla mescla simbolica entre as dais sistemas de que estamos tratando. Em seuusa ordinaria, a relogio, a calendario, as medidas au a moeda corrente testemunham essacomunhao na representac;:ao da realidade. Embora se possa expressa-Io sem utilizar palavrasda Lingua Materna; costumamos dizer: 'sao 8 e meia', 'hoje e dia 10', 'quero 3 quilos', custa500 cruzados' etc.

MACHADO (1990, p. 97)

Com isto faz-se contraposigao em relagao as resolugoes de problemas que

sao encontrados na matematica escolar, os quais sao bem definidos, exigindo que 0

aluno traduza da lingua materna para a linguagem matematica, as caracterfsticas e

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rela~6es dadas, explicita ou implicitamente,

casa, nao requer necessariamente 0 usa da modelagem matematica.

Oada a enrase a resoluyao de problemas, convsrn instigar a aluno a buscar

ou associar as conteudos matematico5 com a propria historia da matematica e,

neste caso, faz-se necessario que a professor e tambem pesquisador da

matematica, atenha-se para a propria historia desta disciplina. Muitos sao, nos dias

de hoje, as interessados e as fascinados na hist6ria da matematica, para responder

a algumas indagac;oes, como par exemplo: Como surgiu 0 sistema de numerac;.3o

decimal? Par que na base dez? Onde surgiu? Paf que surgiu? De quem foi a ideia?

o que levou 0 surgimento deste sistema de numerac;ao?

Para exemplificar destaca-se 0 relato de STRUIK (1985, p. 193). "Este

sistema de dez simbolos 0, 1, 2, 3, ... , 9, sao usados ou\ para ser historicamente

precisos, as nove simbolos 1, 2, ... , 9 com um marcador ° e a sistema de numeracyao

decimal."

Aproveitou-se entao para fazer urn resumo de como surgiu 0 sistema de

numera9ao decimal usado em nossos dias. Os numeros sao escritos com a

convencyao de que se tern unidades, dezenas, centenas e assim sucessivamente,

isto e, 0 valor posicional. Originou-se na india, nos primeiros anos da era crista com

ou sem (provavelmente sem) inspira9210 da China. Viajou para 0 Leste, para a

Indochina e para 0 Oeste atraves das caravanas e do trafego costeiro, para as

paises do Islao. Ali, ao redor do ano 825, urn matematico charnado Muhamed AI-

Khuwarizmi ou Muhamed de Chiwa, onde e atualmente 0 Usbequistao, escreveu um

livro, em arabe, sobre estes numeros hindus; esta livro foi traduzido para 0 lalim,

quando entao estes numeros viajaram para 0 Oeste ate a Espanha e as cidades

italianas na Idade Media. Ali urn italiano, rnercador e rnatematico, Leonardo de Pisa,

escreveu urn vastissimo tomo em lalim a respeito do uso desses numeros e 0 que se

pode fazer com eles, livro datado de 1202. Atraves de Leonardo e outros

mercadores, professores e sabios, nos lugares onde cristaos e islamicos

encontravam-se, a difusao do sistema de numera9ao decimal, encontrou 0 seu

caminho atraves da Europa mercantil, bern como da Europa letrada. Nao sem

alguma oposicyao daqueles que preferiram 0 uso dos tradicionais quadros de contas,

ou abacos, nos quais trabalhava-se com fios em que estavam presas contas como

naqueles brinquedos ainda vislos nos ber~os e cadeirinhas de bebes, com bolinhas

presas com arame ou com fios. Os resultados de computa9ao eram entao escritos

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em numeros remanos. A oposir;ao tinha algum senti do; podia-s8 facilmente cometer

urn erro, OU mesma lapear com esses simbolos sarracenos, mudar 0 1 para 7 au a 0

para 9. Ainda toma-S8 precau96es contra estas trapac;as quando S8 escreve urn

cheque, par exemplo. A longo prazo, 0 sistema decimal posicional conseguiu veneer

e no final do sE3cula XV, quando apareceram as primeiros livros impressos sabre 0

calculo, usavam simbolos 0, 1,2, .... , 9, com 0 mesmo desembara~o com que se faz

hoje

Ha muitos outros exemplos agradaveis a relatar: a hist6ria da inven9c3o do

calculo, do axioma das paralelas e a descoberta da geometria nao-8uclidiana, ou as

origens da teori8 matematica da probabilidade. Mas 0 intuito e levar a reflexao de

que naG basta propor quest6es inumeraveis para que as alunos as resolvam, como

se fossem maquina, ou como se usa na cibernetica, urn robe control ado por alguem,

no caso 0 professor, mas faz-se necessario trazer a luz a reflexao do seu hist6rico,

da sua aplicabilidade, dos seus metodos e alternativas de resoluc;ao e tambem sua

contextualiza~ao, indo de encontro aos ditames dos PCN(s).

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3. COMO RESOLVER UM PROBLEMA

Anteriormente foi citado como deve ser a escolha de um bom problema 0 qual

provoca no aluno 0 interesse em interpreta-Io e resolve-Io e, neste casa, pretende-S8

aproveitar algumas ideias de POL YA (1995, p. 25 a 27), na arte de resolu9ao de

problemas, as quais sao:

Familiariza~aoo problema tern que ser vista como um todo, para 5e familiarizar, tendo inlcia pela enunciadopara compreensao e estimulo d a memoria e recordar de ponlcs relevanles.

Aperfei~oamento da CompreensaoOeve-se come<;af novamente pelo enunciado do problema, verificando as partes principais deum problema, considerando-8s uma a uma em vanas combinar;;:oes, relacionando cadadelalhe com ou aulros detalhes e cada um destes com a totalidade do problema.

Procura da Ideia ProveitosaComeee pela exame das partes principais de seu problema, quando estas esliveremnilidamenle dispostas e claramente concebidas, grac;;as ao seu trabalho anterior, e quando asua memoria estiver receptiva.Tome 0 seu problema por diferentes lados. Destaque as diferentes partes, examine osdiversas detalhes, examine repel ida mente os mesmos detalhes, mas de maneiras diferentes,combine-os diferentemente, aborde-os par diversos lados. Procure perceber algum significadonovo em cada detalhe, alguma nova interpretac;;ao do conjunto.Busque contata cam as seus conhecimentos anteriormente adquiridas. Pense naquilo que jaserviu de auxilio em situac;Oes semelhantes. Tente reconhecer alguma coisa de familiar noque examina e perceber algo de util naquilo que reconhecer.Com sorle e surgimento de uma ideia, 0 leve diretamente a resoluc;;ao. Talvez se faznecessario mais algumas ideias proveitosas. Algumas delas talvez 0 levem por oulrocaminho.

Execul;ao do PlanoInicie com a ideia que 0 levou a resoluc;;ao. Assegure 0 seu dominio. Realize detalhadamentetodas as operac;Oes algebricas e geometricas que ja verificou serem vj~lVejs. Verifique acorre<;:ao de cada passo, pelo raciocinio formal QU pela intui<;:ao, ou de am bas as maneiras. Seo seu problema e muito complexo, pode distinguir passos 'grandes' e 'pequenos',conslituindo-se cada grande passo de diversos pequenos. Verifique primeiro os grandes epasse depois para as pequenos.Considere a resoluc;;ao por diversos lados e busque cantatas com seus conhecimentosadquiridos.Considere os delalhes da resoluc;;ao e procure torna-Ios tao simples quanta possivel; examineas partes mais amplas da resoluc;;ao e procure abrevia-Ias, tenle perceber !oda a resoluc;;aonum relance. Procure modificar vantajosamente as partes maiores e menores da resolw;:ao,melhora-Ia !oda e inseri-Ia tao naturalmente quanta for possivel, nos seus conhecimentosanteriormente adquiridos. Examine 0 metodo que a levau a resolu<;:ao, para caracteriza-Io euliliza-Io em oulros problemas. Examine 0 resuttado e procure utiliza-IO em oulros problemas.E passivel que encantre uma outra resolw;:aa melhor, que descubra fatos nov os einteressanles. De qualquer maneira, se adquirir 0 habilo de verificar e examinar desse modoas suas resolw;:6es, obtera alguns conhecimenlos bern ordenados e prontos a seremutilizados e assim desenvolvera a sua capacidade de resolver problemas.

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Para melhor esclarecer as ideias aeirna a respeito de resolu980, ou seja, uma

tecnica de resolver problemas, a melhor e expor alguns, sejam abertos au fechados

e resolve-los passo a passo, fazendo alguns comentarios que S8 f898m necessariospara uma melhor compreensao do aluno ou de quem queira participar e aprofundar

este trabalho.

1) Encontrar as dimensoes de urn terreno, conforme abaixo:

2x+2y= 18xy= 20

Resposta: 4m par Sm

Para cerear urn terreno retangular com 20 m2 de area, Joao gastou 36 m de

arame, dando duas voltas completas. Quais sao as suas dimens6es?

Para este case faz-s8 necessaria recordar de alguns principios, como a area

de urn retangulo, 0 perimetro, 0 conceito de retangulo e 0 usa da algebra parasolucionar urn sistema de equa9~1O. Neste caso 0 problema e simples pois sua

traduc;ao e literal nao dando margem a questionamentos, simples mente 0 que se

pede e a dimens80 do terreno, seja em comprimento ou largura.

2) Encontrar dois numeros cuja soma e 78 e cujo produto e 1296.

Neste caso 0 procedimento e mais simples, pois exige conhecimentos de

algebra, de equa90es e sistemas de equa90es para sua resolu980. 0 que se pode

fazer e transcrever da linguagem corrente para a linguagem matematica que, no

caso especifico, e a lingua gem algebrica, conforme abaixo:

Formula98o do Problema

linguagem corrente

encontrar dois numeros

cuja soma seja 78 e

cujo produto seja 1296

linguagem algebrica

x, y

x + y = 78

xy = 1296

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Percebe-se que 0 enunciado verbal divide-se, quase automaticamente, em

partes sucessivas, cada uma das quais pode ser imediatamente escrita em simbolos

matematicos,

3) Ache a area da figura.

Percebe-se neste caso que a figura nao e bern definida, 0 que requer

modelagem. Deve-s8 forrnular hip6teses e fazer aproximac;oes simples para S8 obter

multiplas respostas, sem que haja a necessidade de escolher uma me thor resposta.

Qutros casas que envolvem, a modelagem matematica e justamente 0

levantamento de problemas/casos/situ890es no cotidiano do aluno seja na escola,

em casa, no seu bairro etc.

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4. ANALISE DAS ENTREVISTAS

Foram entrevistados onze professores de matematica da rede estadual de

ensina, conforme protocolo de entrevista em anexo, nos meses de outubro e

novembro de 2002, com a inten980 de levantar uma pequena analise do referido

tema.

4.1 CARACTERisTICAS DOS PARTICIPANTES

Foi elaborado urn protocolo de entrevista com algumas quest6es do tema e

aproveitando-se para tra9ar urn pertil das caracterfsticas de cada professor de

matematica que participou do processo de entrevista, conforme exposto no

QUADRO 1, possibilitando assim uma analise individual de cada entrevistado.

QUADRO 1

REDE PUOLJCA DE ENSlNO

Nola: Entrevistas realizadas por meio de protocolo anexo a este Irabalho

Obs.: Superior Completo com F. P. significa com Forma98o Pedag6gica ministrado pelo CEFETIPR.

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I~\." <y"\

(;- n~7"c", C\Observa-se que a media de idade dos professores entrevistados e\i~:,;:',."V........;..•ritJl~

anos, comprovando ser urna nova safra de educadores, sendo que dos o~e-entrevistados tres tem habilita9ao em matematica pelo programa de forma9ao

pedagogica do CEFET/PR 8, apenas dais tern curso de p6s-graduac;ao, mesma

assim nao esta voltado especificamente para a matematic8. Quanta ao n.o de aulas

nota-s8 que a maioria dos entrevistados tern aeima de 20 haras/aula par semana,

sendo que a metade tern aeima de 33 haras/aula, isto signifiea tempo integral em

sala de aula, que se traduz em dois ou tres periodos de trabalho. Dos entrevistados,

oito lecionam apenas em urn estabelecimento escolar e tres em dois, 0 que signifiea

exclusividade a urna instituiC;8.o de ensina.

Analisando 0 grau de ensina, cinco lecionam para 0 ensina fundamental de 5a

a sa serie, apenas dais para 0 ensina medic e 0 restante para ambos. Todos os

entrevistados lecionam apenas em institui980 publica e sao contratados pelo regime

CLT. Quanto a media de alunos por turma, verifica-se atraves do quadro que todos

tern acima de 30 alunos em sal a de aula.

Pelo quadro verifica-se tambem que esta equilibrado a quantidade de

professores por sexe, e que a media do tempo de magisterio e de 4,9 anes, sendo

nove anos de casa para deis dos entrevistados, sendo a E21 eo E9.

4.2 LEVANTAMENTO DE CASOS

Foram entrevistados onze professores de matematica para levantamento de

quest6es relacionadas ao tema deste trabalho, conforme protocole em anexo.

Indagados, quanto a lecionar a disciplina de matematica, houve unanimidade

na resposta, isto €I, por ter facilidade em calculo, apenas 0 E5 relatou estar

insatisfeito profissionalmente e, por recomenda9ao dos colegas, optou pela

graduac;ao em matematica. Dos onze entrevistados, quatro tin ham outra forma980,

sendo que tres licenciaram-se em matematica pelo programa de Forma98o

Pedagogica no CEFET/PR.

No relata sabre a interpreta9ao da leitura matematica na lingua materna, as

respostas sao um tanto que descompromissadas, limitando-se a dizerem da sua

I E2, qucr dizcr, cnlrcvislado 2. Adotou-sc cslu simbologiu para facilit:lr a lei lura dos entrcvislados qucparticiparam dcsla pcsquis:l c tralxllho.

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importancia, dificuldade, diversidade, precariedade, fragilidade e dais dos

entrevistados nada responderam a esta questao. Na sequencia da indagayao do

porque e de citar urn exemplo, observou-se incerteza e duvida quanta a esta nova

metodologia pais, pelas respostas, pode-s8 afirmar que 0 professor de matematica

esta centrado no tradicional, com quest6es fechadas, res pastas (micas, sem

margem de indagar;6es e hipoteses e com exercicios de repeti9fia. Isto impede urn

avan90 na aplicabilidade das sugestoes dos peN's, em que se propoe 0 usa das

competencias e habilidades par parte do aluno e, neste caso, 0 professor torna-S8

agente e mediador deste processo. Portanto convem lembrar as palavras de

Machado, em que:

a malem.'ltica erige-se, desde os primordios, como urn sistema de representayao original,apreende-Io tern a significado de um mapeamento da realidade, como no caso da Lingua.Muito rna is de que a aprendizagem de tecnicas para operar com slmbolos, a maternaticarelaciona-se de modo visceral com 0 desenvolvimento da capacidade de interpretar, analisar,sintetizar, conceber, Iransceder 0 imediatamente sensivet, extra polar, projetar.

MACHADO (1990, p. 96)

Analisando a forma de trabalho dos professores e questionados sobre 0

interesse dos alunos par qualquer material literario, seja didatico, paradidatico ou

outros que contenham assuntos mate maticos e se os mesmos estimulam 0 aluno a

tal habito, observa-se ainda que a maioria dos professores limita-se aos conteudas

de planejamento e execu9aO de exercicios por repetic;::ao ou reproducyao. 0 que

chamou a aten980 loi 0 exemplo citado pela E1, a qual relatou ter trabalhado 0

Teorema de Pitagoras com os alunos de oitavas series, para construir um palco

(apesar de nao especificar qual 0 utilidade do palco e nem as suas dimens6es). 0

argumento e que 0 entrevistado, no caso uma professora, saiu do tradicional e foi a

campo com os alunos, isto e, exercitou as habilidades dos mesmos e testou as suas

competencias, ere-se que tenha feito um feedback na geometria e nas medidas

(propriedades dos triangulos, retas paralelas, perpendiculares, transversa is,

congruencia de lados e angulos, angulos complementares, suplementares, opostos

pelo vertice, correspondentes, perlmetro, area). Observa-se aqui uma aplicabilidade

pratica de uma teo ria, possibilitando elaborar problemas que contenham respostas

reais e objetivas quanto a constru98o deste palco. Esta aplicabilidade relaciona-se

com os problemas matematicos, citados par POLYA (1995), em que argumenta que

o professor deve auxiliar os alunos, com coerencia, pratica, dedica9aO e postura

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firme. Ja foi citado na revisao de literatura e esta reforc:;ando-se nesta analise em que

S8 propoe 0 habito da laitura e interpretac;ao de problemas matematicos, com 0 usa

da propria umodelagem matematica", isto e: compreender 0 problema, levantar

hip6teses, preyer a tese, procurar urn problema correlato, estabelecer urn plano de

resolu(:8o e execu(:8o deste plano, traduzido nas palavras de FILlPOVSKI (1989, p,

131): "a escola que assume para 5i a condic;:ao de formar 0 habito de leitura do

estudante, estara garantindo, com certeza, a existencia de adultos com rica

imaginac;:ao, amplos recursos lingOfsticos e uma visao de mundo que em muito

ultrapassa ao imediato e proximo."

Na abordagem da hist6ria matematica, a E1 pronunciou-se favoravel e a

transmite nos conteudos lecionados e que segundo as suas palavras u .•• para que os

alunos aeompanhem 0 desenvolvimento da humanidade e os motivos que os

levaram a este conhecimento~ Dois professores relataram nao abordar a hist6ria

dos conteudos ministrados aos alunos e os demais pronunciaram-se favoraveis por

deixar a aula mais interessante, 0 E5 lembrou do aparecimento e surgimento das

eoisas, citando como exemplo 0 sabio alemao Leibniz, que sugeriu e introduziu 0

sinal . indicar multiplicayao e : para indicar divisao, indo de encontro ao que disse 0

E7: " ... , pois e muito importante 0 resgate culturaL" Seguindo esta linha de

pensamento, segue 0 raciocinio descrito no marco te6rico em que 0 intuito e levar areflexao de que nao basta propor questoes inumeraveis para que os alunos

resolvam como se fossem maquinas, ou como se usa na cibernetica, um roba

controlado par alguem, no caso a professor, mas faz-s9 necessario trazer it luz a

reflexao do seu historico, da sua aplicabilidade, dos seus metodos e alternativas de

resoluyao e tambem sua eontextualizac;ao, indo de encontro aos metodos dos

peN's,

Quanto aos metodos ou reeursos usados na elaborac;ao e resoluc;ao de

problemas, as respostas foram diversas, seja raciocinio logico, livre didatico,

interpreta9ao, aplica9ao de formulas, ideias novas, explica90es, jornais, revistas com

anuncios comerciais, resolu9ao com interar;ao e metodo indutivo. Os entrevistados

E1, E6 e E8 nao responderam a esta indagac;ao. A ideia neste questionamento era a

de levantar de fato se os professores estao se adaptando a atual conjuntura

educacional, cujo aluno tern que ser vista, nao como urn roba, urn agente passivo a

ser control ado e, sim como cidadao de sensa critico e criativo, a ser preparado para

a vida. Chamou a atentyao na entrevista do E5, quanta a maneira que as alunos

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conseguem resolver problemas, ap6s leitura e interpretay80, argumentou sabre os

mecanismos, em suas palavras, '"... atraves de Qutros recursos au Qutros

mecanismos como: Artes Plasticas, nos mais diversos momentos, atividades que

resultam em desenhos bern interessantes, que visam as rela90es entre matematica

e artes visuais, realizado junta mente com 0 professor(a) de educ8y80 artistica." Este

relato exposto pelo E5, faz relembrar 0 argumento de SANTOS (1960, p. 152), "todo

professor de matematica e tambem um professor de linguagem em especial para as

formas de expressao e de pensamento quantitativos." e a grande escritor e educador

brasileiro Paulo FREIRE, relatou que:

A boa leitura nao deve nunca ser analisada pela sua quantidade, mas sim pela capacidadeque 0 leitor teve de adentrar 0 texto e entender sua mensagem e significados, pois ler e a'decifrayao de uma mensagem e posterior rneditayao sobre esta', a fim de compreende-Ia edepois expressa-Ia.

FREIRE (1997, p. 37)

Finalizando a entrevista, foi questionado se a professor usufrui de testes de

concursos publicos, particulares, testes do ENEM, testes de vestibulares au outros

para trabalhar com 0 aluno em sala de aula, a maioria disse utilizar, pois como disse

a E4, observa-se:

NBO podemos desconsiderar atividades e testes seletivos. NBO podemos esconder dosnossos alunos a realidade 0 qual esta inserido. Com certeza sera uma experiencia nova, urnconhecimento novo. E preciso preparar 0 mesrno para mais essa etapa da vida. E assimestaremos contribuindo para sua forma~Bo profissional e como urn cidadao atualizado epreparado para a 'vida'

o E3 disse que alem do livro didatico, utiliza jogos e video, a E9 que "existem

muitos subsidios similares aos quais foram citados, em resposta pode-se afirmar que

as alternativas sao muitas e acredita-se que todos as professores que lecionam

matematica, devem aderir a todas as alternativas para 0 melhor desempenho dos

alunos.w

Na introdugao, dentro do item 1.2, foi abordado esta situagao,

responsabilizando 0 professor de matematica em propiciar ao aluno recursos para

que 0 mesmo encontre as ferramentas necessarias na arte de resolver problemas.

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5. OTIMlZAC;:AO

Ensinar matematica tern sido, frequentemente, uma tarefa dificil. As

dificuldades intrinsecas somam-se as decorrentes de uma viseD distorcida da

materia, estabelecida muitas vezes pelo despreparo do professor, naD que sle seja a

unico culpado, mas pel a propria grade de disciplinas na gradu8<;8o de matematica

em que as mesmas nao estao voltadas para a formayao pedag6gica do professor e

sim numa visao tecnicista e burocn3tica, habilitando simplesmente para a

matematica pura, no seu modo mais complexo e prefixa, vetanda ao professor

enxergar a realidade dos fatos reais e corriqueiros.

5.1 UM EXEMPLO A SER SEGUIDO

o metoda de ensino proposto pelo peN em matematica e a da Resolu~ao de

problemas e segundo Thomas BUTTS (p. 32) "0 verdadeiro prazer em estudar

matematica e 0 sentimento de alegria que vern da resoluyao de um problema -

quanta mais difieil a problema, maior a satisfa~ao."

o interessante e que 0 professor formule situa96es problemas de modo a

maximizar a motivagao do aluno e para isto e necessario 0 usa da "modelagem

matematica", permit indo aD professor:

•mudar a enfase do ensinar para 0 aprender;

• encorajar seus alunos para a pesquisa, discussao, questionamento e,

'negociadores' do conhecimento matematico;

• voltar as aulas para exploragao e 0 dialogo;

• incentivar os alunos a construirem 0 seu pr6prio conhecimento;

• transformar os alunos de passivos para ativos, tidos apenas como mero

expectadores, repetidores/copiadores, que apenas ouviam e respondiam as

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quest6es prontas e abordadas, para cidadaos que refletem a sua pratic8, atuam

como mediadores do conhecimento, opinam sabre suas 890es, tomam decis6es e

mais, elaboram suas proprias perguntas;

• dinamizar as aulas, saindo do individual e passando para 0 coletivD, onde 0

espaC;o de aprendizagem nao e somente a sala de aula, mas tambem 0 patio da

escola, a praya, 0 bairro e etc.

Formular e reformular problemas e uma tarefa dificil e a resoluyao de alguns

deles, como par exemplo algebra, requer a traduy8.o de palavras em portugues para

termos matematicos - habilidade decisivamente necessaria em qualquer disciplina

que use matematica. Para BUTTS (p. 48). "Estudar matematica e resolver

problemas. ConseqOentemente, cabe aDs professores de matematica, em todos os

niveis, ensinar a arte de resolver problemas. 0 primeiro passo e formular 0 problema

adequadamente."

o auter supra citado levanta os tipos diferentes de problemas matematicos,

os quais sao:

1. Exerdcio de reconhecimento, 0 qual reconhece ou recorda um fato

especffico, uma definigao ou enunciado de um teerema;

2. Exerdcios algorftmicos, que podem ser resolvidos com um procedimento

passo a passo, freqOentemente um algoritmo numerico;

3. Problemas de aplicagao, envolvendo algoritmos aplicativos. Os problemas

tradicionais caem nesta categoria, exigindo sua resolug8o, com formulagao

do problema simbolicamente e manipulagao dos simbolos mediante

algoritmos diversos.

4. Problemas de pesquisa aberta, em que nao ha uma estrategia para

resolve-los, usando express6es tais como: 'Prove que ... ', 'Encontre todos

.. .' ou 'Para quais ... e .. .';

5. Situa<;oes-problema, em que envolvem identifica<;ao para pensar sobre

elas."

Segue uma sugestao de situag8.o-problema em que 0 aluno apropriar-se-a da

sua criatividade e das ferramentas necessarias para a sua realizayao.

Uma Rede de Supermercados afim de maximizar a demanda por produtos

que levam sua marca, pretende lanqar um pacote promocional conforme

segue:

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a) Na compra de cinco itens com a marca da rede, 0 c/iente tera 5% de

desconto;

b) Na compra de dez itens com a marca da rede, 0 cliente tera 10% de

desconto;

c) Na compra de mais de onze itens, 0 c/iente a/(!!m dos 10%, ganhara um

brinde surpresa.

Ajude esta rede de supermercado a otimizar esta promoqBo, levando em

conta, 0 prazo de duraqBo da mesma, 0 perfil de sua clientela e os tipos de

produtos com a sua marca, bem como fazer uma projeqBo de ganhos eestimativa de fucros esperados.

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CONCLUSAO

Este trabalho, foi fruto de urn questionamento proposto em Faxinal do Ceu em

1997, quando questionou-se a necessidade do usa de urna boa leitura de conteudos

mate maticos. A preocupa<;ao, de 18 para ca, e aprofundar ests estudo, culminando

uma pesquisa intitulada "0 Habito da Leitura Matematica", realizada em 2001, junto

a outros professores do curso de Forma,ao Pedagogica no CEFET/PR.

Aproveitou-se 0 ensejo para desenvolver esta monografia e posterior avanc;o

e, quem sabe, numa dissertayao de mestrado, depois numa tese de doutorado,

alE~m de abrir urn leque para discussao com a corpo docente da disciplina de

matematica com Qutras areas do conhecimento, alam da comunidade estudantil , a

maior interessada par inovac;6es e mudanc;as na didatica e metodologia de ens ina

da matematica. A propos ito, comec;ou-se este trabalho, apresentando 0 abjetivo do

mesma, apresentancto urn relato na arte de resolver problemas e suas tecnicas e de

que maneira foi organizado.

Con vern salientar que foi feito um bom apanhado em termos de revisao de

literatura, au como melhor pode-se chamar, embasamento teorico, 0 que deu

suporte para a analise de algumas entrevistas feitas com professores de matematica

da rede publica de ensino e que foram necessarias, para S8 encaixarem no tema

preposte nesta monografia.

Expo-se alguns metodos de come resolver um problema, aproveitanda as

ideias de POL YA - na arte de resolu~ao de problemas, passando para analise das

entrevistas com levantamento de dadas necessarios para trac;:ar um perfil de cada

entrevistado, posteriormente pela otimizac;:ao e um exemple a ser seguido, isto quer

dizer, inovac;:ao.

Contudo e preciso dar destaque ao fato de que por menor que tenha side a

amostragem, isto e, apenas onze entrevistados, nota-se que na maioria, pode-se

dizer, segundo os PARAMETROS CURRICULARES NACIONAIS (PCN):

MATEMATICA,

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as movimentos de reorienta(f80 curricular .,"' nao tiveram fOfy8 suficiente para mudar a praticadocente dos professores para eliminar 0 carater elitista desse ensino, bern como melhorar suaqualidade. Em nosso pais 0 ensino de matematica ainda e marcado pelos altos indices de reteny8o,pela formaliz89ao precoce de conceitos, pela excessiva preocupa<;:ao com 0 treino de habilidades emecanizac;ao de processos sem compreensao.

PARAMETROS CURRICULARES NACIONAIS (PCN): MATEMATICA (1998, p. 19)

Pelo perfil trac;ado dos professores nota-s8 tambem que fazem parte de uma

nova safra, que apresentam uma media de idade de 33,9 anos e, apenas, 4,9 anos

em media de tempo de magisterio e que a maioria tem acima de 20 horas/aulas

semanais, 0 que indica urn avanc;o em termos de mudanC;8 na metodologia de

ensina, principal mente proposto pel os peN ·s. 0 esfon;o para isto, vai da vontade e

dedicaC;ao de cada um e espera-se que nao se tenha apenas um dador de aula, mas

sim um agente facilitador no processo-ensino-aprendizagem.

Espera-se ainda uma sintonia nos model os propostas pelo ENEM,

vestibulares, peN(s) e livro didatico, para que 0 professor possa realizar um

trabalha voltada a aprender como preparatorio e tambem uma fonte de informac;6es

necessarias ao contexto do aluno. Em suma, este trabalho teve seu objetivo

atingido, 0 de buscar sensibilizar a todos os interessados de que se faz necessaria

uma interpretac;ao da leltura matematica na lingua materna para resolver

problemas.

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PROTOCOLO DE ENTREVlSTA (ANEX001)

1) Caracteristicas dos Participantes

NOME: COOlGO:

INSTITUICAO: ( ) PLIBLICA ( ) PARTICULAR ( )AMBAS

IOADE: SEXO:

TEMPO DE MAGISTER10:GRAOUACAO:

IPOE AULAS:

2) Do papel do Professor.

EM QUANTAS ESCOLAS LECIONA: _

LECIQNA PARA 0 ENS1NO: ( ) FUNDAMENTAL () MEDIO () AMBOS

2.1) Voce poderia nos dizer 0 que 0 levou a leeionar a disciplina de matematica?

2.2) Como voce va a questao da interpretagao da leitura matematica na linguamaterna?2.2.1) Por qUE'?2.2.2) Voce poderia me dar um exemplo.

3) Da Forma de trabalho do Professor.

3.1) Voce nota interesse par parte do aluno em ler qualquer material quecontenham conteudos da matematica?

3.2) Voce tem estimulado esse tipo de leitura?3.2.1) Se sim -+ Como voce tem trabalhado?

Voce relaciona a matematica com 0 cotidiano de seus alunos?Voce poderia me dar urn exemplo?

3.2.2) Se nao -+ Voce tern a intengao de utilizar este recurso?

3.3) Voce aborda a hist6ria da matematica nos conteudos lecionados? Por que?

3.4) Quais os metodos e ou recursos que voce usa na elabora9ao e resolu9ao deproblemas matematicos?3.4.1) Desses metodos, quais os que voce considera os mais eficientes?3.4.2) Os alunos leem os problemas, interpretam-os e conseguem resolve-los?3.4.2.1) Se sim -+ De que maneira eles conseguem resolve-los?

Os recursos de resolu9ao sao pr6prios ou outros mecanismos?Se nao -+ Voce estimula os alunos nestas resolu96es de problemas?

3.5) Voce tem usufruido de provas nos ultimos concursos do Correio, testes doEN EM, testes de vestibulares e outros para trabalhar em sala com os alunos?3.5.1) Se sim -+ A experiencia tem propiciado um melhor rendimento econhecimento no saber matematico?

Se nao -+ Quais recursos, al8m do livro didatico, voce usa nesta nova visaodos PCN'S (habilidades e competencias)?

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REFERENCIAS

ASSOCIACAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS. Referencias bibliograficas

NBR 6023/ago.2000. Rio de Janeiro, 2000.

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