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Seção Sindical Rio Grande Filiado ao SINTEST/CUT Outubro/2009 - Ano VI www.aptafurg.org.br APTAFURG PARTICIPA DE SEMINÁRIO REGIONAL SUL DE ASSUNTOS DE APOSENTADORIA E PREVIDÊNCIA Pág. 3 Leia também TRÊS ANOS DA LEI MARIA DA PENHA: DEFICIÊNCIAS EM SUA APLICABILIDADE TRANSPORTE COLETIVO: TEMPO DE ESPERA EM ALGUNS HORÁRIOS CHEGA A 35 MINUTOS PESQUISA MOSTRA QUE GAÚCHOS SÃO A FAVOR DO IMPEACHMENT DA GOVERNADORA YEDA CRUSIUS APROVADO ESTATUTO DA IGUALDADE RACIAL PÁG. 2 PÁG. 6 PÁG. 8 PÁG. 8 PÁG. 8 PÁG. 7 PÁG. 7 PÁG. 7 PÁG. 6 VIGILANTES DE UNIVERSIDADES FEDERAIS PODERÃO TER ADICIONAL DE RISCO CONTAGEM ESPECIAL DO TEMPO DE SERVIÇO APÓS O RJU PARALELO 30 REESTRÉIA NA NOVA PROGRAMAÇÃO DA RÁDIO UNIVERSIDADE SEUS DIREITOS: DEPÓSITO NA HORA DE INTERNAÇÃO CHAPA “CONSTRUÇÃO COLETIVA” ASSUME DCE DA FURG

Jornal APTAFURG

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Edição out/2009

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Seção Sindical Rio GrandeFiliado ao SINTEST/CUT

Outubro/2009 - Ano VIwww.aptafurg.org.br

APTAFURG PARTICIPA DE SEMINÁRIO REGIONAL SUL DE ASSUNTOS DE APOSENTADORIA E PREVIDÊNCIA

Pág. 3

Leia também

TRÊS ANOS DA LEI MARIA DA PENHA: DEFICIÊNCIAS EM SUA APLICABILIDADE

TRANSPORTE COLETIVO:TEMPO DE ESPERA EM ALGUNS HORÁRIOS CHEGA A 35 MINUTOS

PESQUISA MOSTRA QUE GAÚCHOS SÃO A FAVOR DO IMPEACHMENT DA GOVERNADORA YEDA CRUSIUS

APROVADO ESTATUTO DA IGUALDADE RACIAL

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PÁG. 7

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VIGILANTES DE UNIVERSIDADES FEDERAIS PODERÃO TER ADICIONAL DE RISCO

CONTAGEM ESPECIAL DO TEMPO DE SERVIÇO APÓS O RJU

PARALELO 30 REESTRÉIA NA NOVA PROGRAMAÇÃO DA RÁDIO UNIVERSIDADE

SEUS DIREITOS:DEPÓSITO NA HORADE INTERNAÇÃO

CHAPA “CONSTRUÇÃO COLETIVA” ASSUME DCE DA FURG

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2www.aptafurg.org.br

Gênero

TRÊS ANOS DA LEI MARIA DA PENHA: DEFICIÊNCIAS EM SUA APLICABILIDADEEspecialistas reconhecem os avanços. Afirmam que está muito longe da Lei ser aplicada em todos os municípios brasileiros e alertam para as ameaças que rondam a Lei.Fêmea - O processo de elaboração da Lei Maria da Penha (LMP) contou com o protagonismo dos movimentos sociais. Como você analisa a incidência dos movimentos de mulheres nesse processo legislativo?

Iáris Cortês - Não restam dúvidas que os movimentos de mulheres foram os grandes protagonistas em todo o processo de elaboração de leis que ampliaram os direitos das mesmas, principalmente após a Constituinte. Com relação ao processo de elaboração e aprovação da Lei que cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher - Lei 11.340/2006, este processo teve inicio ainda na década de 70, quando o movimento feminista dava seus primeiros passos.

Analba Brazão - O movimento feminista tem incidido bastante, nestas três últimas décadas, no processo legislativo para ampliação dos direitos. Isso se deu fortemente nas áreas de saúde e na área da violência contra as mulheres. A última grande mobilização foi em torno da construção e aprovação da LMP. Agora estamos na luta intensa para que a lei seja implementada da melhor forma possível, enfrentando de todos os lados a fúria patriarcal.

Fêmea - A Lei completa três anos, em agosto deste ano. Qual a sua análise sobre a aplicabilidade desta lei pelos Poderes Executivo e Judiciário?Iáris - Reconhecemos os avanços, o empenho do Executivo, por meio da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM) e de alguns representantes do Judiciário, porém ainda está muito longe da Lei ser aplicada em todos os municípios brasileiros. Além do mais, onde existe a aplicação, nem sempre está sendo feita aos moldes da Lei. Tem o sério problema dos cortes ou contingenciamento de recursos na Lei Orçamentária Anual. Este ano, por exemplo, vimos uma ameaça de corte de 60% dos recursos das políticas públicas para as mulheres e não sei quanto deste montante

estaria destinado ao programa de combate à violência doméstica. São poucas delegacias e casas abrigo. Já no Judiciário, ainda encontramos juízes que levantam a questão superada da inconstitucionalidade da Lei. Poucos Juizados foram criados, em comparação ao número de municípios que existem em nosso país . As equipes multidisciplinares não são suficientes, nem os serviços de atendimento.

Analba - Sabemos que para a aplicabilidade da lei é necessário que o governo federal e os locais atuem de forma articulada, provendo os mecanismos que possibi l i tam a sua implementação. Requer a criação dos juizados especializados nos estados, para julgamento d o s c a s o s d e v i o l ê n c i a d o m é s t i c a , fortalecimento de uma rede integrada de proteção as vítimas e capacitação de seus funcionários. Tudo isto depende de vontade política e de uma justa distribuição orçamentária. Além de sofrerem violência doméstica em suas casas, as mulheres se deparam com a violência institucional e a negligência. No RN, o Juizado foi criado no dia 8 de março, como uma das realizações da governadora “mulher”, mas não foi divulgada a forma como o Estado viabilizaria sua implementação, já que a DEAM da cidade encontrava-se em calamidade. Outro fator que ocorre com os juizados é a não absorção das demandas. No Rio de Janeiro são quase 18 mil processos encaminhados apenas em 2008, nos 4 juizados existentes. As medidas protetivas também não são aplicadas em tempo hábil. Em SC são 6 juizados, mas é o único estado da federação que não possui Defensoria Pública. O balanço nacional da LMP, ação realizada pela AMB, mostra a ineficácia da implementação da Lei e indica que os mecanismos criados nos estados foram impulsionados pela luta do movimento feminista.

Fêmea - Existe um ponto polêmico da LMP que recai sobre o prosseguimento ou não do processo quando a mulher desiste da denúncia contra o agressor. Qual a sua opinião sobre este

ponto?

Iáris - Existem vários pontos polêmicos e ainda vão persistir por muitos anos, pois o machismo velado que existe no Brasil faz com que muitas pessoas achem esta Lei desnecessária. Tentam não ver a violência que as mulheres sofrem em seus lares nem a necessidade de se combater esta violência de forma radical como exprime a LMP. A desistência da denúncia contra o agressor é um ponto nevrálgico, pois pode inviabilizar o alcance total da Lei. Por isso é importante acompanhar o recurso que está no Superior Tribunal de Justiça (STJ) que irá decidir se a mulher pode ou não desistir da denúncia nos crimes de lesão corporal leve ou culposa - agressão física. Se as mulheres puderem desistir, para que servirá a Lei? Seria a volta da banalização da violência doméstica contra as mulheres onde era afirmado que “um tapinha não dói”. O Estado tem que encarar e assumir a responsabilidade de punir os culpados. Dizer que a “autonomia das mulheres” é podada é não conhecer a realidade brasileira, onde cerca de 90% das pessoas não têm acesso à internet. A maioria das mulheres é dependente financeira e emocionalmente, além de submissas a seus pais, maridos ou companheiros. Ainda há a vergonha, o medo da vingança, a pressão da família.

Analba - Em nossa experiência, observamos que muitas mulheres se viam obrigadas a retirar a queixa pelos próprios agressores. A pressão também vinha da família, da dependência econômica, a falta de apoio e principalmente o descrédito na justiça. Exigir a representação, para dar prosseguimento ao processo penal é não reconhecer as relações hierárquicas estabelecidas entre os homens e mulheres. É querer voltar a “conciliação” em nome de uma família “harmoniosa” e fechar os olhos para o ciclo de violência estabelecido nesta relação afetivo-conjugal. Não se pode admitir que, quando a vítima é mulher e a agressão foi cometida no ambiente familiar, possa ser considerado como uma agressão menor, desconsiderando as outras marcas que

vão além daquelas que podem ser vistas no corpo. Com a LMP, a agressão, mesmo as lesões corporais de natureza “leve”, não podem mais ser consideradas como ação privada e que depende da “vontade” da mulher para continuação do processo. Exigir isso é mais um encargo para as mulheres.

Fêmea - Já existem proposições no Congresso para alteração da Lei. Devemos ficar alertas para riscos de retrocessos?

Iáris - Sim. Muitas vezes as alterações prejudiciais estão nas entrelinhas, são despercebidas numa primeira leitura. A experiência que tenho nesses mais de vinte anos é que o movimento de mulheres, aliás, todos os movimentos sociais devem sempre ficar de olhos muito aberto no que acontece no Congresso Nacional.

Analba - Infelizmente, desde a sua aprovação, muitos têm tratado a lei da mesma forma que tratam as vítimas, com desconfiança. São várias as dificuldades que estamos enfrentando e o “alerta feminista” tem que ser constante, por que há real risco de retrocessos. Além de ter vários projetos de alteração na Lei, temos que ficar bastante atentas para o que propõe a Reforma do Código de Processo Penal (PLS 156/2009).. Conseguimos na LMP, retirar a leitura de que a violência contra as mulheres é crime de menor potencial ofensivo, conseguimos colocar esta violência como um crime a ser punido de verdade. Temos que estar atentas para que esta grande conquista na luta pelo fim da violência doméstica não seja confiscada. Por isso faremos, em agosto, m o b i l i z a ç ã o e m d e f e s a d a L e i . Acompanharemos a discussão no Congresso, no STJ e no Supremo Tribunal Federal, que j u l g a r á a A ç ã o D e c l a r a t ó r i a d e Constitucionalidade da LMP e, com certeza, irá confirmar que a Lei não fere nossa Constituição.

COORDENAÇÃO GERAL

Celso Luis Carvalho Maria de Lourdes F. Lose Zulema Helena Ribeiro Hernandes

COORDENAÇÃO DE IMPRENSAMaria de Lourdes F. LoseCleber Antonio Castanheira Marli Gomes Silveira

ExpedienteFiliado ao SINTEST/CUT - Seção Sindical Rio Grande

Jornal Sindicato na Luta

JORNALISTA RESPONSÁVELMarcio Vieira Oliveira- Mtb. 9258 Tel.: (53) 99458125 E-mail: [email protected]

REVISÃOJaqueline Soares Figueiredo Tel.: (53) 99611238

TIRAGEM 1000 exemplares

O Jornal Sindicato na Luta - veículo de comunicação da Associação do Pessoal Técnico-Administrativo da Furg (APTAFURG) - tem distribuição gratuita e dirigida.

Endereço: Rua Padre Nilo Gollo, 76 Bairro: São Jorge - Rio Grande RS Tel.: (53) 3230-2284/3230-5417Email: [email protected]

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3 www.aptafurg.org.br

O presente editorial não pretende apresen-tar mais este número de nosso jornal. A presente edição está bastante variada e continua com o mesmo compromisso de tentar ser um veículo de informação e de debate.

Este pretende apenas tentar dialogar um pouco sobre o que é a relação de poder dentro da Universidade. É um tema muito antigo, porém continua com o mesmo vigor, porquan-to as relações de poder continuam as mesmas. A idéia é apenas resgatar o debate que é bastante atual , sobretudo em nossa Universidade, onde o autoritarismo parece instalar sutilmente, as vezes, quase que imperceptível, e com o aval de alguns TAE´s.

Durante a década de oitenta, essas relações foram abaladas, questionadas e denunciadas como sendo um entulho do autorita-r i s m o , r e p r e s e n t a n d o u m monopólio historicamente construído: o monopólio do c o n h e c i m e n t o e , p o r conseqüência, a proprieda-de deste nas mãos de alguns.

A ciência moderna veio chancelar a idéia de que o único conhecimento válido é o c ientí f ico, aquele s u b m e t i d o a m é t o d o s específicos. Os demais devem ficar na vala do senso comum. E este conhecimento deve ser “outorgado”, “certificado”, pelo Estado. As Universidades devem ser as depositárias desse bem tão precioso, pronto para ser usado por quem está “autorizado” a acessá-lo.

Os técnicos administrativos em educação, os barnabés desse espaço público, ousaram construir uma concepção de universidade diferente; a partir do olhar dos que estão excluídos, e não na perspectiva das classes sociais incluídas, sobretudo os extratos médios que tanto anseiam pela mobilidade social através do “diploma”, mas pelo olhar do operário, do camponês, do jardineiro, do auxiliar de enfermagem, etc.

Ousamos pensar uma universidade democrática, inclusiva e com controle social. Ousamos pensar em uma produção científica voltada para a sociedade brasileira, disposta a enfrentar o desafio de solucionar os graves problemas sociais, típicos de países ex-colônias. Ousamos pensar em um projeto de desenvolvimento para o Brasil, fundamentado em um ambiente de autonomia tecnológica, em conheci-mento produzido por nossos próprios esforços. E mais do que isso, ousamos pensar na produção de conhecimento horizontali-zado, liberto da tradição medieval, em que a universi-dade é o Olimpo, onde ficam os deuses das ciências, e quem está fora deve esperar a solução dos “técnicos”.

Os técnicos-administrativos, agora em educação, pela lei 11091/05, se propuseram a repensar essas relações, construindo um projeto de universidade, cujo centro é a democratização. O Objetivo passou a ser a desverticalização do poder e o combate à oligarquia acadêmica. Nosso segmento passou a exigir mudanças na formatação dos Conselhos, incluindo diversos novos atores, retirando o domínio do poder por apenas um segmento; a exigir eleições livres para o cargo da Reitoria, podendo ser eleito um técnico administrativo, e reconhecimento de que toda a produção do ensino superior é feita por um trabalho que totaliza todas as funções, desde o jardineiro ao pesquisador pós doc. (visão alicerçada na não fragmentação do trabalho).

Dessas lutas é que nasceram tanto o projeto intitulado “Universidade Cidadã para os

A S S U F S M , j u n t a m e n t e c o m a ASSUFRGS promoveu, nos dias 16, 17, 18 e 19 de setembro o Seminário Regional Sul de Assuntos de Aposentadoria e Previdência na Universidade Federal de Santa Maria - UFSM.

No dia 16, pela manhã, foram debatidos os seguintes temas: Ações desenvolvidas pela Comissão Interna de Supervisão de Carreira (CIS) para o aprimoramento do PCCTAE com os palestrantes Genice César da Silva (coordenadora da CIS da UFSM) e Sílvio Corrêa (coordenador adjunto da CIS da UFRGS). Na parte da tarde foi desenvolvido o tema: A lei 11.091 de 2005 e seus desdobramentos com os palestrantes Paulo Henrique Rodrigues dos Santos (coordenador geral da FASUBRA), Vera Miranda (Universidade Federal da Bahia) e Sílvio Corrêa (coordenador adjunto da CIS da UFRGS).

No segundo dia de seminário, o Prof. Dr. José Francisco Dias (Juca) abriu os painéis do dia com a palestra Preparação para aposentadoria e qualidade de vida dos aposentados. Pela tarde, o trabalho realizado pelos GTs da SINTUFSC, A S S U F R G S e A S S U F S M f o r a m apresentados para os participantes.

No dia 18 de setembro, A Reforma da Previdência, o servidor público e as alterações do Regime Previdenciário foi o tema trabalhado pelos advogados Luciana Rambo e Rogério Viola Coelho. À tarde, os Projetos de Lei sobre aposentadorias que estão em tramitação no Congresso foram apresentados pelos advogados Sandra Feltrin e Daisson Porta Nova.

Participaram do seminário várias entidades do Estado, como a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Universidade Federal de Pelotas, Universidade Federal de R i o G r a n d e , C o l é g i o s T é c n i c o s e Universidades de outras regiões, tais, como: Rio de Janeiro, Juiz de Fora, Paraná. Da APTAFURG, estiveram presentes os TAE´s aposentados, Ary Ferro, Neusa Maria Araújo dos Santos, Maria da Graça Amaral e Gaspar Corrêa Lucas, não aposentado.

O dia 19 foi marcado por um passeio pela Região da Quarta Colônia, no período da manhã, com o objetivo de apresentar as belezas naturais da região de Santa Maria aos visitantes. No período da tarde foram f e i t o s o s e n c a m i n h a m e n t o s e o encerramento do seminário. À noite aconteceu um jantar fandango na Sede C a m p e s t r e d a A S S U F S M , c o m apresentações artísticas de CTGs em homenagem ao dia do gaúcho e também apresentações do grupo de dança da ASSUFSM.

OS PRINCIPAIS PONTOS DA PALESTRA: O primeiro tema foi em relação ao papel

das Comissões Internas de Supervisão da Carreira. A palestrante Genice César da Silva inicia a fala apresentando a Composição da Comissão Interna de Supervisão da Carreira. Ela relata que houve várias tentativas de trabalho integrado com

Trabalhadores” como o projeto de carreira. Este último circunscrito à visão de que uma carreira deve ser uma ferramenta de gestão do espaço público. Neste sentido, quanto mais democráticas forem as relações de trabalho no interior das IFES, mais democrática será a sua gestão.

Mas chega a era Lula, e o sistema federal de ensino superior recebe fomento a partir da política de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais – REUNI. Ampliações de campi, construção de novas salas de aula, de novos laboratórios, aquisição de novos equipamentos, abertura de novos cursos, abertura de novos concursos, revitalização dos atuais cursos, enfim, um processo brutal na aposta de melhoria expansão do sistema

público. Não bastasse isso, o Governo Lula coloca no centro de seu

projeto de desenvolvimento, as IFES como responsáveis pela busca de autonomia tecnológica para o pais. Uma política de inovação tecnológica é sustentada com polpudos orçamentos expressos em diversos

programas. E com ênfase nos cursos de licenciatura

v i s a n d o a f o r m a ç ã o d e professores para o Ensino

Fundamental e Médio. Pois bem, quase todos os reitores hoje

surfam na crista de uma política que tem investido muito dinheiro público nas IFES. A produção científica do Brasil atinge 2% de todas a publicações científicas no mundo – feito extraordinário para um país periférico. Temos formado força de trabalho com alta qualificação – um exemplo disso é a presença do ITA na formação de quadros qualificados para o mercado aeronáutico, que produziu a Embraer, a quarta maior fabricante de aeronaves comerciais do mundo.

No entanto, o curioso é que todo esse investimento não tocou em um milímetro do poder estabelecido na área do ensino superior. Ainda vivemos uma visão de poder oligárquico com fortes características medievais (o rito das formaturas não é apenas simbólico, é uma renovação da autoridade acadêmica). Quem

pode ser reitor? Apenas os eleitos pela divindade “legislação”, que toma o

cuidado de ter o poder controla-do por pequenos grupos.

Nossa luta em busca de e l e i ç õ e s f o i v e n c i d a , inclusive pelo Governo Lula. Se houver, não será eleição, diz a lei, será uma consulta. E esta terá pesos diferenciados para cada segmento. Um deles deterá

o maior peso, garantindo a reprodução do controle. O

interessante é que, quando vamos buscar a história da

democracia no Brasil, muitas vezes nos indignamos de como as coisas eram. Mas não nos indignamos com o fato – legal inclusive – de que um estudante é menos cidadão que um técnico e este, por sua vez, é menos cidadão que um docente. Quem ler sobre a velha república e como se dava as relações de poder no seu interior, vai se surpreender com a identidade política daquela época e a encontrada hoje em nossas Instituições Públicas de Ensino Superior.

Terminamos dizendo que apesar disso, em nossa Universidade, nem consulta houve. E a comunidade nada fez, seguiu sua vida, inclusive os TAE, sobretudo aqueles que participaram e participam do atual Governo Universitário. Parece que a democracia não é um valor, é apenas um discurso a ser usado oportunamente. Enquanto isso, se faz de conta que está tudo bem, para o bem estar de alguns.

Ousamos pensar uma universidade

democrática, inclusiva e com controle social

Ainda vivemos uma visão de poder

oligárquicocom fortes

características medievais

APTAFURG PARTICIPA DE SEMINÁRIO REGIONAL SUL DE ASSUNTOS DE APOSENTADORIA E PREVIDÊNCIA

APTAFURG PARTICIPA DE SEMINÁRIO REGIONAL SUL DE ASSUNTOS DE APOSENTADORIA E PREVIDÊNCIA

EDITORIAL

os órgãos de recursos humanos, Planejamento, Sindicatos e apontou várias dificuldades para obter esta integração. Registra a aprovação do Regimento Interno e de um projeto registrado na PROPLAN (pesquisa sobre o que a categoria entendia da Carreira, PDI e Políticas de Capacitação). A pesquisa apontou que poucos tinham conhecimento sobre o PDI. No que tange a construção do PDI, a participação na construção ficou restrita a Administração. No tocante ao reconhecimento da CIS, notou que havia muito desconhecimento do papel e da sua composição.

Sobre o Programa de Capacitação, o dado foi de que os servidores também não haviam apropriação, em função de que o plano era novo. Em função disso, realizaram vários seminários, em especial ao HUSM, Biblioteca para tentaram sanar estas dificuldades. Para tal informação, elaboraram materiais impressos.

A representante da CIS também falou sobre as dificuldades e principalmente a pouca participação dos servidores nos eventos. Durante o seminário foi referendando a questão ambiental.

No que tange a lei 11.091, todos os palestrantes apontaram a necessidade de retomada da Comissão Nacional de Supervisão da Carreira, como espaço estratégico para aprofundar as questões de aprimoramento da lei 11.091; Aumento dos padrões de vencimento em função da reforma da previdência; aumento dos níveis de capacitação, luta pela Ascensão Funcional como forma de d e s e n v o l v i m e n t o n a C a r r e i r a ; necessidade da retomada da discussão da Racionalização dos cargos, a extensão do Anexo IV para todas as classes, reposicionamento dos Aposentados. Neste ponto cabe ressaltar a indicação dos participantes que a FASUBRA deve encampar o reposicionamento dos aposentados.

Na palestra do Professor José Francisco (Juca) , destacamos a importância do movimento na nossa vida, no desenvolvimento e na perspectiva de envelhecimento com dignidade. Na apresentação reforça-se a necessidade de que cada Instituição deve pensar sobre a preparação para aposentadoria com programas e projetos institucionais. Nos dois temas do dia 18 de setembro, tratou-se amplamente da Reforma da Previdência, tipos de aposentadorias e PEC´s que estão tramitando no Congresso, bem como os malefícios da maioria das PEC’s na vida funcional dos servidores Públicos Federais.

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4www.aptafurg.org.br

AMPLIAÇÃO DA SEDE

A APTAFURG está ampliando a sua sede com a construção de um prédio onde abrigará um anfiteatro na parte inferior e na superior várias salas para o uso da categoria e dos movimentos sociais. O projeto prevê ainda, que esse espaço seja utilizado, também, como lazer, além de ser um espaço para a promoção de atividades como palestras, seminários, apresentações artísticas e reuniões.

A obra começou em 2006 e em 2009 tem previsão de conclusão da parte inferior do prédio, com a finalização do anfiteatro. A supervisão da obra está sob a responsabilidade dos coordenadores do Sindicato, Ary Ferro e Gaspar Lucas

A obra está sendo feita em três partes. Na primeira etapa foi realizada a parte de estrutura, telhado, piso, laje, etc. Na segunda etapa, que está em andamento estão sendo implementadas a parte de redes hidráuli-ca e elétrica, faltando agora a colocação das aberturas e, por último, a fase de mobiliário e confecção do palco do anfiteatro. Nesse momento da obra estão sendo colocadas as aberturas internas e externas e os acabamentos das paredes.

Para o coordenador da APTAFURG , Ary Ferro, esse espaço será mais uma oportunidade de integrar os associados, além de ser utilizado para a realização de atividades até então dependentes dos anfiteatros e salas da Universidade, “teremos um espaço para que nossa categoria possa usufruir, salas para eventos, cursos, poderemos, no anfiteatro, por exemplo, realizar a exibição de filmes, entre tantos outros projetos a serem desenvolvidos dentro do sindicato.

A previsão para conclusão da obra é para o final de 2010.

SEGUNDA ETAPA DA OBRA ESTÁ EM FASE DE ACABAMENTOS

Seção Sindical Rio Grande

Filiado à FASUBRA/CUT FAZENDO

MAISDO QUE A SUA PARTE

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5 www.aptafurg.org.br

2006 2006 (continuação)

2008

2007

Despesas Despesas

Despesas

Despesas

TOTAL DAS DESPESAS 2006/2009 R$ 309.487,45

PRES

TAÇÃ

O DE

CONT

AS

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6www.aptafurg.org.br

A representação da FASUBRA Sindical esteve presente na Votação que Aprovou o Estatuto da Igualdade Racial (PL6264/05), na Câmara dos Deputados, no dia 09 de setembro de 2009. Os diretores Luiz Macena da Conceição (Luizão), Emannuel Braz (Maninho) e Rogério Marzolla acompanharam a votação.

A redação final do substitutivo do relator, deputado Antônio Roberto (PV-MG) é resultado de mais de seis anos de discussão no Congresso. Depois de um acordo com deputados contrários a alguns pontos da matéria, a comissão aprovou a redação final do substitutivo com mudanças em relação ao texto original.

Um dos pontos do acordo foi o de que não seria apresentado nenhum recurso no sentido de que o projeto fosse votado no Plenário da Câmara, e a proposta segue para o Senado.

VEJA OS PRINCIPAIS PONTOS DA PROPOSTA APROVADA

Os principais pontos do substitutivo aprovado do Estatuto da Igualdade Racial são:Empregos: o Poder Público poderá oferecer incentivos a empresas com mais de 20 empregados que contratarem pelo menos 20% de negros.Capoeira: A capoeira é reconhecida como

MODIFICAÇÕES DO TEXTO- O texto votado pela comissão especial excluiu referência específica a quilombolas. Também deixou de fora a regra que previa oportunidades iguais para negros nas áreas de publicidade, televisão e cinema.- A retirada do inciso com a definição de remanescentes quilombolas. A estratégia foi suprimir o conceito para manter uma definição “genérica” de remanescente prevista na Constituição, no intuito de dificultar a titulação de terras para esses povos.- Além disso, a retirada do texto das cotas para negros no Ensino Público.- Também foi retirado do texto, os artigos sobre tratamento diferenciado em licitações para empresas com negros no quadro se funcionários.

O QUE FICOU MANTIDO DO TEXTO- As cotas em partidos políticos para representantes de comunidades negras. De acordo com o texto aprovado, coligações e partidos políticos devem ter, no mínimo, 10% de representantes negros em suas campanhas para eleições de deputados federais, estaduais e vereadores.

APROVADO ESTATUTO DA IGUALDADE RACIALdesporto de criação nacional. Assim, o Estado deverá garantir o registro e a proteção da capoeira, inclusive destinando recursos públicos para essa prática. A atividade de capoeirista é reconhecida em todas as modalidades (esporte, luta, dança e música).Discriminação: A proposta acrescenta à Lei 7.716/89, sobre discriminação racial, o crime de expor, na internet ou em qualquer rede pública de computadores, informações ou mensagens que induzam ou incitem a discriminação ou preconceito de raça, cor,

etnia, religião ou procedência nacional. A pena prevista é reclusão de um a três anos e multa.Liberdade religiosa: A proposta assegura o livre exercício dos cultos religiosos de origem africana, prevendo inclusive assistência religiosa aos seus seguidores em hospitais e também denúncia ao Ministério Público para abertura de ação penal em face de atitudes e práticas de intolerância religiosa.Acesso à terra: O poder público promoverá a isonomia nos critérios de financiamento agrícola para incentivar o desenvolvimento das atividades produtivas da população negra no

campo.Moradia: Os programas de moradia do governo federal deverão assegurar tratamento equitativo à população negra, assim como os bancos públicos e privados que atuam em financiamento habitacional.Foto em currículo: A proposta proíbe empregadores de exigir boa aparência e de pedir fotos em currículos de candidatos a empregos. Os infratores ficam sujeitos a multa e prestação de serviços à comunidade.Recursos públicos: Os planos plurianuais (PPAs) e os orçamentos anuais da União d e v e r ã o p r e v e r r e c u r s o s p a r a a implementação de programas de ação afirmativa nas áreas de educação, cultura, esporte e lazer, trabalho, meios de comunicação de massa, moradia, acesso à terra, segurança, acesso à Justiça, financiamentos públicos e contratação pública de serviços e obras. Saúde: a proposta fixa as diretrizes da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra.Em breve estaremos disponibilizando o Estatuto da Igualdade Racial na Íntegra.

“A gente as vezes chega a esperar 35 minutos no ponto do ônibus, esperando e nada de passar, e isso acontece sempre,”, afirma o estudante do curso de Geografia, Armando César, que depende de ônibus diariamente para ir a Universidade, no Campus Carreiros. “ Tem determinados horários que é pior, pois ficamos muito mais tempo esperando o ônibus e nada de aparecer, isso é uma vergonha e já fizemos protestos, reclamações e nada de mudanças.As vezes logo após as reclamações que fazemos diminui o tempo de espera e assim também a superlotação dos ônibus, mas depois o que percebemos com o tempo é que esse numero volta a aumentar e os problemas continuam o mesmo”, afirma o estudante.

Essa reclamação, porém, não acontece somente com os usuários da linha FURG, mas repete-se em diversos pontos da cidade.

Percorremos algumas ruas para conversar com aqueles que mais sentem a falta de preocupação com o transporte coletivo na cidade de Rio Grande. Numa manhã de segunda-feira, saímos as

8 horas da manhã, para tentarmos pegar um ônibus na Avenida Presidente Vargas, umas das principais vias de escoamento da cidade e que é trajeto de diversas linhas. Nosso itinerário era pegarmos um ônibus na altura do Pórtico em direção ao centro. Feito impossí-vel, pois os diversos ônibus que passaram, e s t a v a m l o t a d o s . Vindos de diversos bairros da cidade os ônibus passam sem parar e quando param,

não há condições de entrar pois visivelmente percebe-se a superlotação dos veículos.

No ponto próximo ao Pórtico, onde estamos, está a comerciária Maria Angélica, que tem que estar no trabalho as 8 horas e 30 minutos, não consegue entrar em um ônibus. “ O próximo que passar, mesmo lotado eu vou ter que subir, pois senão, eu vou chegar atrasada mas isso é uma vergonha, pois a gente fica um tempo imenso aqui parada, esperando e nenhum para e quando para está superlotado. Essas pessoas, vem lá do Cassino, por exemplo, até aqui a cidade, de pé, esmagadas e ninguém faz nada, mas também o que temos que fazer? Reclamar para quem?”, finaliza Angélica. E essa pergunta também gostaríamos que fosse respondida: para quem reclamar? E quando reclama-se o que é feito?

Segundo a comerciária, as reclamações são sempre feitas a Secretaria Municipal de Transportes e nada acontece. “A gente reclama e nada é feito, então eu faço a pergunta, para quem reclamar? Sabe o que eles respondem quando

TEMPO DE ESPERA EM ALGUNS HORÁRIOS CHEGA A 35 MINUTOS

TRANSPORTE COLETIVO

A capoeira é reconhecida como desporto de criação nacional. Assim, o Estado

deverá garantir o registro e a proteção da capoeira,

inclusive destinando recursos públicos para essa

prática.

A proposta assegura o livre exercício dos cultos religiosos de origem africana, prevendo inclusive assistência religiosa

aos seus seguidores em hospitais e também denúncia

ao Ministério Público para abertura de ação penal em

face de atitudes e práticas de intolerância religiosa.

fazemos uma reclamação? Eles nos respondem que vão verificar com a empresa, aliás única, praticamente, no município e irão tomar providencias. Eu moro aqui nas proximidades e pego ônibus há uns 6 anos e até hoje, não percebo mudança alguma”, finaliza a comerciária.

Agora, são 10 horas e 25 minutos e o horário de espera chega as 20 minutos, em um ponto na mesma avenida. O porque dessa falta de transporte coletivo? Será porque há poucos veículos? Falta de passageiros? itinerário mal elaborado? As perguntas são muitas e as respostas poucas. A quem recorrer nesses casos?

Junto conosco no ponto de ônibus estava a dona de casa, Maria Célia Azambuja, de 34 anos,que tinha acabado de sair com o filho de 6 anos, de um centro de atendimento médico, que fica nas proximidades da Avenida Presidente Vargas, e ela está espera de ônibus, que a leve para o Parque Marinha. Nenhum ônibus para esse bairro passa até o momento. São 23 minutos, cronometrados, desde a nossa chegada ao ponto. “Isso, que vocês estão vendo aqui acontece todos os dias. Ficamos sempre esperando, uma eternidade esse ônibus e essa demora é sempre. Não há o que fazer, pois a única linha eu posso pegar é essa, pois nenhum outro entra em meu bairro. Nós ficamos a mercê de um grupo de empresários que só pensa no lucro e cadê o lado dos passageiros, que pagam valores altos e não tem um serviço de qualidade”, conta, revoltada a dona de casa.

Outra reclamação que ouvimos com muita freqüência nessa reportagem é sobre o alto valor das passagens. A maioria dos entrevistados afirma que os preços são altos pela qualidade dos serviços que são oferecidos.

“Se tivéssemos um transporte coletivo de qualidade, eficiente, com ônibus de boa qualida-de, em horários adequados, que o tempo de espera fosse pequeno, que tivesse veículos suficientes para os portadores de necessidades especiais, tenho certeza que as pessoas não reclamariam do valor da passagem, mas não é o que percebemos, muito pelo contrário, temos um péssimo transporte coletivo, com ônibus superlotados, idosos de pé, sem espaço, todos aglomerados naquela parte minúscula na frente do ônibus. Essa é a realidade do transporte coletivo da nossa cidade e cadê as soluções para esses problemas que são freqüentes e que afetam uma parcela da comunidade muito grande”, afirma a professora

estadual Luciana Machado, que se desloca diariamente do centro, onde mora até o bairro São João, onde trabalha.

Que alternativas podemos pensar para esse transporte coletivo de baixa qualidade, como afirmam os usuários e entrevistados nessa reportagem?

O SISTEMA DE TRANSPORTES COLETIVO DE CURITIBAO eficiente sistema de transporte coletivo de

Curitiba foi implantado nos anos 1970, buscando baixo custo operacional e serviço de qualidade para o transporte de massa. Esse sistema, um tipo de metrô de superfície, inclui canaletas exclusivas para o transporte coletivo da linha direta, os ligeirinhos, as 351 estações-tubo e os ônibus biarticulados com capacidade para 270 passagei-ros. Possui tarifa integrada, permitindo desloca-mentos por toda a cidade.

Os avanços sociais marcam a história recente do transporte coletivo curitibano. Em 2005, o prefeito Beto Richa determinou o enxugamento de despesas do sistema e o corte de dez centavos na tarifa, reduzida para R$ 1,80.

Também foi criada a tarifa domingueira, que custa apenas R$ 1, e garante o lazer e o convívio social das famílias de baixa renda.

O controle do preço da passagem conseguiu reverter a queda no número de passageiros que vinha sendo registrada desde a década de 90, e atraiu muitos curitibanos de volta ao transporte coletivo. Hoje 2 milhões de passageiros utilizam diariamente o Sistema Integrado de Transporte Coletivo, composto por 1980 ônibus, que atendem 395 linhas. O sistema é responsável pelo emprego direto de 15 mil pessoas, entre motoristas, cobradores, fiscais, mecânicos, entre outros profissionais. Como se pode percebe existem alternativas, aqui apenas citamos uma de tantas outras que nossos governantes e empresários podem assumir como compromisso com a sociedade. Os usuários devem utilizar de suas vozes para se fazerem ser ouvidos, como por exemplo, os seus representantes do Legislativo e Executivo. Esses são nossos representantes legais e são para esses que devemos gritar. O que não pode continuar são esses problemas acontecendo e os usuários os mais atingidos, apenas reclaman-do no ponto de ônibus. É hora de dar um basta!

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GT Segurança

VIGILANTES DE UNIVERSIDADES FEDERAIS PODERÃO TER ADICIONAL DE RISCO

Vigilantes das universidades federais e de pesquisa científica e tecnológica poderão ter direito a um adicional por atividade de risco, cumulativo com as demais vantagens recebidas. O benefício deverá ser fixado entre 50% e 100% do vencimento básico e será integrado às aposentadorias dos profissionais. É o que determina o projeto de lei (PLS 179/08) de autoria do senador Sérgio Zambiasi (PTB-RS) que foi debatido em audiência pública, pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE). A reunião foi acompanhada por um grande número de vigilantes universitários vindos de todo país.

Para Zambiasi, o benefício a ser concedido aos vigilantes é plenamente justificável por um motivo: é que eles são obrigados, em muitas situações, a realizar funções atinentes à atividade policial, com um agravante: não podem efetuar detenção de infratores. Na maioria das universidades, informou Zambiasi, sequer podem portar armas de fogo.

O relator do projeto na CE, senador Romeu Tuma (PTB-SP), favorável à aprovação da matéria, que é autorizativa, ou seja, se aprovada, criará mecanismos para que cada instituição de ensino possa deliberar sobre o assunto - defendeu a criação da carreira de vigilante universitário, como forma de dar maior proteção aos professores, estudantes e funcionários.

O senador Efraim Morais (DEM-PB) classificou de "justa e necessária" a concessão do adicional por atividade de risco para os vigilantes e pediu agilidade na aprovação do projeto. O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) concordou e manifestou "apoio integral" à

proposta, enquanto o senador Paulo Paim (PT-RS) previu que o projeto será aprovado por unanimidade.

VIOLÊNCIA

Durante a reunião, a coordenadora geral da Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra), Léia de Sousa Oliveira, garantiu que os vigilantes universitários exercem, de fato, atividade de risco.

No entender dela, além de proteger o patrimônio das universidades, incluindo caros equipamentos técnicos e científicos, os profissionais promovem ações de prevenção, "de forma pedagógica e educativa junto à comunidade universitária". Ela defendeu também a abertura de concurso público para o c a r g o d e v i g i l a n t e s u n i v e r s i t á r i o s . O coordenador do Grupo de Trabalho de Segurança da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Mozarte Simões da Costa Júnior, informou que na maioria dos campi os vigilantes escoltam, desarmados, funcionários que transportam todo o dinheiro arrecadado nos restaurantes. Isso, observou, comprova atividade de risco, a exemplo do policiamento ostensivo, que em muitas vezes resulta em enfrentamento direto com criminosos. Deixaram de comparecer à reunião os r e p r e s e n t a n t e s d o s M i n i s t é r i o s d o Planejamento, Orçamento e Gestão e da Educação. Se aprovado pela CE, o projeto - que deverá constar da pauta da comissão na próxima reunião - segue para análise das

comissões de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e de Assuntos Sociais (CAS), onde será votado em decisão terminativa.

Segundo o servidor da FURG, Rudnei Greque, da Vigilância, representante da categoria no GT-Segurança , a Comissão de educação, cultura e esporte do Senado Federal, por unanimidade dos senadores presentes, aprovou o encaminhamento para a comissão de constituição e Justiça-CCJ para, posteriormente, ser encaminhado para a Câmara dos Deputados, Projeto de Lei de Autoria do Senador Sérgio Zambiasi. “Agora é mais uma mobilização para avançarmos mais nessa luta. Estamos juntos até o final nesse movimento que, com certeza, já nasceu vitorioso”, afirmou Greque.

MANIFESTO DE APOIO PARLAMENTAR

Os Trabalhadores(as) em Educação, técnico-administrativos do quadro de pessoal das Universidades Federais, pertencente ao cargo de vigilante, vimos à presença de V.Exª. para solicitar apoio e empenho pessoal no sentido de pugnar pela aprovação dos PROJETOS DE LEI, QUE TRAMITAM NESSA CASA QUE VERSAM SOBRE O TEMA “CONCESSÃO DE ADICIONAL POR ATIVIDADE DE RISCO EM SEGURANÇA” (PLS) de nºs. 173 e 179/2008.

Essa reivindicação possui em sua essência, um compromisso com a qualidade e responsabilidade dos serviços prestados por esse contingente de trabalhadores(as) no país.

Além disso, clamamos por reconhecimento ao nosso papel na Universidade, concedendo um tratamento isonômico e justo com a categoria, estendendo benefícios e garantias já concedidos a outros setores do Serviço Público Federal, há muito negados.

sociedade usuária do fazer e missão da Universidade Pública em nossa país. Além disso, clamamos por reconhecimento ao nosso papel na Universidade, concedendo um tratamento isonômico e justo com a categoria, estendendo benefícios e garantias já concedidos a outros setores do Serviço Público Federal, há muito negados.

Comungamos com o entendimento de que a ordem democrática, pressupõem a definição de políticas de estado equânimes para o conjunto de seus trabalhadores( as), dentre eles a categoria de vigilante, que tem um papel estratégico dentro das IFES, atuando em todas as áreas que possuem interface com o ensino, com a pesquisa e com a extensão, e que convivem cotidianamente com situações de risco, no cumprimento responsável do seu papel nessas instituições.

Por fim, queremos destacar que esta Casa responsável pela promulgação de Leis que vão se constituir em políticas de estado, através da atuação responsável e comprometida de parlamentares, que de forma consciente e comprometida com a moral e ética do seu papel público, atuará firmemente para que este país, resgate o princípio da dignidade das instituições e dos cidadãos. Ocasião esta, em que renovamos e depositamos nossa fé e esperança nos verdadeiros homens públicos que fazem parte deste senado brasileiro. Certos de poder contar com o inestimável apoio e insubstituível espírito público que sustentam V. Exª. , reafirmamos nossos sinceros, efusivos e antecipados agradecimentos, subscrevemo- nos.

Muito se tem falado a respeito do chamado Mandado de Injunção 880 (MI 880). Trata-se de ação judicial proposta, entre outros, pela AprofURG, representando seus associados, em que se busca a utilização das regras do Regime Geral de Previdência Social no período do Regime Jurídico Único (RJU). O RJU é vinculado a Regime Próprio de Previdência (PSSS), que não permite a contagem especial de tempo de serviço, por isso a necessidade desta ação judicial.Pois esta ação judicial (MI 880) foi julgada procedente para determinar que, enquanto o congresso nacional não regulamentar o direito a aposentadoria especial do servidor público no Regime Jurídico Único, devem ser aplicadas às regras do Regime Geral de Previdência, que permite a conversão de tempo especial.Esta ação por si só, não fará a contagem especial do tempo. Ela apenas garante a utilização de regras que permitem esta contagem, a partir da vigência do RJU (dez/1990 em diante).A contagem especial do tempo significa para o servidor homem, um acréscimo de 40% no seu tempo de serviço, e para o servidor mulher um acréscimo de 20% no seu tempo de serviço. Diante da relevância do tema, a APTAFURG ingressou junto a universidade

com pedido administrativo que objetiva fazer valer esta decisão, solicitando a conversão de tempo especial c o m o s r e s p e c t i v o s p e r c e n t u a i s mencionados para homem e mulher. O pedido feito procura vincular o direito a contagem especial após 1990, ao período em que o servidor recebeu em contracheque adicional de insalubridade periculosidade ou raio-x, tal como a FURG fez no período até dezembro de 1990. Conjuntamente com este movimento, esta assessoria jurídica participa de coletivo de advogados que procura regulamentar a matéria no âmbito administrativo, junto ao MPOG, através da edição de uma Orientação Normativa específica ao caso.Portanto, a atual fase é de espera. Esperamos resposta do MPOG e da FURG a estes pedidos administrativos. Caso o pedido formulado pela Aptafurg seja deferido, a questão estará em boa parte resolvida. Caso o pedido seja indeferido, teremos que novamente ir ao Judiciário através de ações indiduais. Halley Lino de SouzaOAB/RS 54.730www.lindenmeyer.adv.br053 3233-7400

Jurídico

CONTAGEM ESPECIAL DO TEMPO DE SERVIÇO APÓS O RJU

Em pesquisa recentemente divulgada pelo Jornal Zero Hora, encomendada pelo Grupo RBS ao Ibope,o governo de Yeda Crusius tem um indice de desaprovação em 74%.

Entre os entrevistados, 64% consideram o governo estadual ruim ou péssimo, enquanto 24% regular e 11% ótimo ou bom. A reprovação de Yeda é menor no Interior (70%) em comparação com P o r t o A l e g r e ( 7 9 % ) e municípios da Grande Porto Alegre (81%).

Em relação às suspeitas de envolvimento de Yeda em desvio de recursos do Detran, 29% responderam que consideram as denúncias totalmente verdadeiras e 39% mais verdadeiras que falsas. Sobre o processo de impeachment que tramita na Assembleia Legislativa desde 10 de setembro, 84% afirmam que tem

PESQUISA MOSTRA QUE GAÚCHOS SÃO A FAVOR DO IMPEACHMENT DA GOVERNADORA YEDA CRUSIUS

REPERCUSSÃO

conhecimento sobre o fato, contra 16% que dizem não ter conhecimento.

A pesquisa também aponta que 62% são favoráveis ao impeachment, contra 22% que se dizem contra o afastamento da governadora.

Entre os homens, 57% defendem o impeachment. Entre as mulheres, 68%.

O Ibope também avaliou o g ove rno Lula e ntre os gaúchos. Consideram boa ou ótima a administração federal 5 9 % d o s p e s q u i s a d o s , enquanto que 33% a avaliam como regular e 8% como ruim ou péssima. Já o desempenho

do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é aprovado, de acordo com o levantamento, por 78%, contra 15% que o desaprovam.

Os entrevistados dos municípios da Grande Porto Alegre são os que mais aprovam a forma como Lula vem administrando (86%). Na Capital são 79% e no Interior, 75%.

29% responderam que consideram

as denúncias totalmente verdadeiras

e 39% mais verdadeiras que falsas.

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Rádio Universidade 106,7 - segundas, quartas e sextas feiras, às 11h

Reestreou no dia 21 de setembro, na Rádio Universidade o programa de debates e variedades, Paralelo 30. O objetivo do programa é discutir os assuntos que estão em discussão na atualidade, além de aprofundar temas que não estão na agenda dos veículos da comunicação local e nacional, mas que tem grande impacto na vida do cidadão, como por exemplo, os assuntos da primeira semana de reestreia, que teve a presença do Diretório Central dos Estudantes da FURG, da Marcha Mundial das Mulheres e da discussão das questões que envolvem a acessibilidade dos portadores de necessidades especiais na cidade.

“Nosso objetivo é disputar espaço para dar mais qualidade na informação para a sociedade, pois a intenção do programa é debater, junto com a comunidade, os

O Diretório Central dos Estudantes da FURG é a entidade de representação máxima do movimento estudantil da FURG, uma entidade democrática que elege uma diretoria formada por estudantes militantes de todos os cursos da universidade, que através de um programa político constrói em conjunto com os estudantes uma gestão de um ano.

As entidades estudantis ocupam um espaço fundamental na luta por direitos nos fóruns internos à universidade. A disputa entre opressores e oprimidos se dá todos os dias, entre estudantes, professores e técnicos, nossas entidades - os centros acadêmicos e o diretório central - constroem essas lutas em consonância com as demais lutas colocadas na sociedade, pois o que diz respeito aos estudantes também diz respeito ao futuro da sociedade como um todo.

Nessa gestão de 2009/2010, o diretório

PROGRAMA REESTRÉIA NA NOVA PROGRAMAÇÃO DA RÁDIO UNIVERSIDADE

A REESTRÉIA DO PARALELO 30

CHAPA “CONSTRUÇÃO COLETIVA” ASSUME DCE DA FURG

assuntos que ela entende ser importantes e não aqueles que julgamos ser”, salientou Celso Carvalho, do Conselho de Programação do programa.

Segundo o Conselho de Programação a intenção da pauta é aproximar-se o máximo possível da realidade social do município, mas sempre debatendo, também, as questões mais complexas que envolvem o Brasil e o mundo, mas que tem relação direta com a realidade da população riograndina.

“Nós queremos ouvir o que a comunidade pensa dos assuntos que estamos discutindo, por isso sempre temos linha aberta para a mesma e, também, temos a participação direta das ruas da cidade, com nossa equipe de jornalistas. Pensamos, dessa forma, dar voz para aqueles que nunca são ouvidos”, finalizou Celso.

O programa vai ao ar, as segundas, quartas e sextas-feiras, as 11 horas, na Rádio Universidade, no prefixo 106,7

DEPÓSITO NA HORA DE INTERNAÇÃO

Seus direitos

Uma Lei Federal, de 2002, diz que as i n t e r n a ç õ e s h o s p i t a l a r e s e m estabelecimentos particulares, em casos de urgencia, é proibida a cobrança da c h a m a d a " c a u ç ã o " . A L e i d i z expressamente quais as punições que o hospital deverá sofrer caso ele venha fazer a cobrança. Esse tipo de lei é sancionada mas não há uma ampla divulgação da mesma. Abaixo segue o texto da Lei número 3.359 de 2002.

DIÁRIO OFICIAL

Lei de n° 3.359 de 07/01/02 - Depósitos Antecipados

Foi publicado no DIÁRIO OFICIAL em 09/01/02, A Lei de n° 3.359 de07/01/02, que dispõe:

Art.1° - Fica proibida a exigência de depósito de qualquer natureza,para possibilitar internação de doentes em situação de urgência eemergência, em hospitais da rede privada.'

Art 2° - Comprovada a exigência do depósito, o hospital será obrigado adevolver em dobro o valor depositado ao responsável pela internação.

Art 3° - Ficam os hospitais da rede privada obrigados a darpossibilidade de acesso aos usuários e a afixarem em local visível apresente lei.. '

central tem na gestão “Construção Coletiva” o compromisso de aglutinar os estudantes em torno da reestruturação do estatuto do DCE, na luta constante pela ampliação da qualidade do ensino e do acesso, qualidade para um ensino emancipador, que forme cidadãos e não apenas profissionais, ampliação de acesso a quem h i s t o r i c a m e n t e e s t e v e e x c l u í d o d a universidade brasileira, acesso para todos e não apenas para uma camada social privilegiada.

São várias as lutas que travamos, mas a maior delas com certeza é a luta pela participação estudantil, que é quem revigora esse diretório. É a luta que fortalece todas as outras e oxigena o movimento. Apenas com unidade, com part ic ipação efet iva e com grandes mobilizações conseguiremos construir uma sociedade mais justa e igualitária.

Nas palavras do comandante Che Guevara:

“Se você treme de indignação perante uma injustiça no mundo, então somos companheiros”.

Venha ocupar seu espaço. Transformar a realidade não é tarefa para poucos. Participe dessa construção que é COLETIVA!

www.dce-furg.blogspot.comemail: [email protected]: 3233 6768 – C. Carreiros

COORDENAÇÃO GERALJosiara Novôa (eng mecânica)Renato Passos Filho (direito)Clair Souza (História)